Eu realmente tava evitando esse texto, mas foram duas
discussōes tão fortes da offseason da NBA que eu acabei decidindo que não podia
deixar passar. Então vamos falar agora da offseason dos dois times de New York,
o Knicks e o recém-mudado para o Brooklyn, o Nets (esse deve ser mais curto).
O Knicks foi um time que teve um 2011/2012 muitíssimo
complicado. O time começou mal sua primeira temporada com Carmelo Anthony, o
técnico Mike D’Anthony não conseguiu fazer o time render, e o Knicks parecia
destinado ao fracasso mesmo com a chegada de Tyson Chander (E a ressureição da
defesa do Knicks). Quando Melo e Amare Stoudamire se machucaram, parecia que a
temporada do time estava condenada de vez e que o Knicks seria um time de
loteria. Até que surgiu Jeremy Lin, jogador não draftado que ganhava o mínimo
da Liga (e dormia no sofá da casa do Landry Fields), emendou uma sequência
louca de double-doubles e jogos com mais de 20 pontos e 10 assistências,
colocou vida no time do Knicks e comandou uma virada incrível no momento da
equipe, ganhando a internet e a mídia de forma assustadora e virando o fenômeno
Linsanity. Quando Melo e Amare voltaram, o técnico D’Anthony não conseguiu fazer
o time achar o seu melhor equilíbrio com Lin, Melo e Amare, e acabou saindo.
Logo depois, Lin estourou o menisco e o Knicks teve que jogar com Baron Davis
de armador, ficando com um ataque estagnado e sem nenhuma variação ofensiva,
levando a uma derrota fácil nas mãos do Heat nos playoffs.
Portanto, não era de surpreender que uma das principais
histórias envolvendo o Knicks na offseason fosse a do Free Agent (restrito)
Jeremy Lin. Desde o começo, ambos os lados foram bem diretos: Lin disse que
queria voltar pra NY, Mike Woodson disse que contava com o chinês pra ser seu
armador titular, e a direção do Knicks disse que era para Lin ir para o mercado
e achar o melhor contrato possível, e que então o Knicks igualaria essa oferta.
Parecia bom para todos os lados, certo? Bom, acabou que o Rockets ofereceu ao
Lin 25 milhōes or 3 anos, o Knicks optou por não igualar, e de repente a
Linsanity em New York chegou ao fim. O que diabos aconteceu?
Acho que essa saída do Lin acabou sendo um choque pela
maneira como aconteceu e pelo que ele representava pra NY. Lin tinha sido o
cara que salvou a temporada 2012 do Knicks, deu ao time vida nova, deu à
torcida um ídolo e chamou atenção do mundo inteiro, e claro, da China. O fato
do time ter o primeiro chinês (eu sei que ele nasceu em Palo Alto, mas ele é
chinês e ponto) desde Yao Ming a vingar na NBA atraiu para o Knicks todo o
enorme mercado chinês, e acreditem, isso quer dizer muita coisa em termos
econômicos. Os chineses adoram basquete, eles são os malucos que criaram um
canal de TV só pra passar os jogos do Bucks porque tinha um chinês jogando lá!
Desde que surgiu a Linsanity, o valor de mercado do Knicks subiu em 600 milhōes
de dólares (!!!!) e ganhou ainda mais exposição na mídia. Ou seja, mesmo fora
de quadra, Jeremy Lin era excelente para se ter no time.
Mas quando Lin assinou o contrato com o Rockets, de repente
o Knicks parou de cortejar sua mina de ouro. James Dolan, dono do time, alegou
que teria que pagar muitas multas por estar acima do teto salarial se cobrisse
a oferta, e disse que Lin “traiu” o Knicks ao assinar um contrato que lhe
pagava 15 milhōes no terceiro ano de contrato, o que faria o Knicks ficar com
uma situação salarial muito delicada, pois já tem os contratos monstrous de
Amare, Melo e Chandler. Disse que Lin tinha traído a franquia que lhe tinha
dado uma chance quando ninguém mais lhe queria, e que não precisavam dele por
lá.
Ok, eu não preciso falar pra ninguém o quanto isso é
ridículo, certo? A parte financeira especialmente, pois o retorno financeiro em
termos de marketing, açōes e pelo mercado chines já compensam qualquer multa
por estar acima do teto salarial (especialmente porque Dolan NUNCA ligou de
gastar dinheiro e pagar salários absurdos com o Knicks – ele é o cara que pagou 90 milhōes por Eddy Curry e Jerome Jones, for Christ sake!). A segunda parte é
ainda pior: O Knicks não tinha dito para o Lin procurar o melhor contrato pra
ele, que o Knicks iria igualar? Não sei se ninguém percebeu, mas o Knicks nunca
ofereceu ao Lin um contrato! Esperavam o que? O Rockets fez a melhor proposta,
esperou que o Knicks igualasse, só que isso nunca aconteceu. Essa cartada da
“lealdade” do Dolan foi ainda mais patética: O Knicks nunca deu ao Lin essa
“chance” por pena de um jogador não draftado e sem emprego, o Knicks foi atrás
dele porque precisava de armadores! Acabou dando certo, Lin jogou muito acima
do seu contrato de 450 mil patacas, e esperava ser pago de acordo nesse
contrato. Como voce pode esperar que um jogador que tava dormindo no sofá da casa
de um amigo fosse recusar um contrato gordo que lhe ofereciam, especialmente
quando seu time tinha dito que iria igualar qualquer proposta??
A verdade? Dolan não reassinou com Lin por motivos
exclusivamente pessoais e infantis. Dolan ficou enciumado pela atenção que Lin
recebeu da mídia e da torcida, ficou bravo quando Lin contratou um diretor de
imagem diferente do que ele e boa parte do Knicks usava (aparentemente isso significa que ele não mostrou lealdade ao time, segundo Dolan... E não, não é brincadeira), e não ligou a minima pro resto. Foi uma
decisão totalmente motivada por questōes pessoais e infantis que não tinham
nada a ver com basquete, porque ele realmente se sentiu traído que Lin assinou uma oferta com o Rockets, contratou um diretor de imagem próprio, e não ficou abanando o rabo pro dono do time como ele gosta que as pessoas façam. Dolan é o mesmo cara que teve a chance de trazer Phil
Jackson pra ser técnico do time esse ano – ele mesmo se ofereceu – mas recusou
porque chou que Jackson palpitava demais nos movimentos da direção, preferindo
o infinitamente pior Mike Woodson como
técnico, que obedece cegamente tudo que Dolan fala.
Agora vamos aos fatos que envolvem basquete. Dolan já tinha
trazido dois armadores mesmo antes de Lin assinar o contrato com o Rockets: O
idoso Jason Kidd e o jogador mais odiado de Portland, Ray Felton, que teve uma
boa passagem pelo clube em 2011 mas nunca mais fez nada de útil e teve um
péssimo 2012, acima do peso, desinteressado e emputecendo a torcida dos times
pelos quais passou. Já Lin era um bom armador, muito bom atacando a cesta, com
bom arremesso e bom passe, mas abaixo da média defensivamente e que cometia um
número alto de desperdícios de bola. E mais importante, por melhor que Lin
tenha sido no Knicks, ele jogou apenas 22 jogos, uma amostra pequena demais pra
poder dar um parecer definitivo.
E aqui está o grande erro que muitas pessoas (em especial
torcedores do Knicks em estado de negação) estão cometendo: Elas estão confundindo “Jeremy Lin não é
o novo Chris Paul e ainda tem muito a provar na NBA” (dois fatos inegáveis) com
“O Knicks é um time melhor com Felton e Kidd”. Fica realmente difícil de
avaliar Lin depois de só 22 jogos, não sabemos o que ele ainda vai melhorar e o
que ali não vai se manter. O que eu posso falar que vi é que ele é um jogador
muito inteligente, excelente no pick and roll (seja passando ou atacando a
cesta), e que joga com muita intensidade, tem alguma dificuldade na defesa e teve um alto índice de turnovers (indice que esteve entre os maiores da NBA... Logo entre Steve Nash e Rajon Rondo, dois dos melhores playmakers da NBA. So there!). Acho que no melhor cenário ele vai
ser um titular de alto nível (mas não de elite), e no pior vai ser um bom
jogador para vir o banco, criar cestas pra si mesmo e pros outros, e mudar o ritmo
da partida (um JJ Barea bem melhorado). Vale 8 milhōes por ano dentro de quadra? Pra mim, sim.
Mas não podemos saber até ele ter mais tempo de jogo.
E como eu disse, acabou se confundindo essa incerteza em
torno de Lin com o fato (irreal) de que o Knicks estaria melhor sem ele. Kidd
foi um dos melhores armadores da história da NBA, mas já faz uns bons anos que
ele não está jogando em alto nível, ele não tem mais físico pra conduzir o
ataque e criar problemas para defesa ou pra defender jogadores mais rápidos, e
hoje vive basicamente de sua inteligência no jogo (impar) e de um bom (mas não
ótimo) arremesso de longa distância, o que é pouco pro que o Knicks precisa. Já Felton a gente não sabe o que esperar,
pode ser o bom jogador de 2011, mas está vindo de uma temporada pavorosa e fora
de forma, incapaz de arremessar ou conduzir o ataque, dificil imaginar ele
assumindo um papel como o de Lin ano passado.
E o Knicks acabou caindo em um lugar perigoso na NBA sem
Jeremy Lin. Na NBA, é extremamente difícil ir longe se você não tiver no ataque
uma de três coisas: Um armador que crie arremessos para o time, boa
movimentação de bola, ou um jogador que force ajustes da defesa (como dobras) e
use isso para achar companheiros livres (Com duas exceçōes - Pistons de 2004, a
eternal exceção da NBA de uma era de pouco talento onde defesas mandavam, e o
Celtics de 2008 que contava com uma defesa histórica e três Hall of Famers no
ataque). Por exemplo, o Heat de 2012 tinha Lebron fazendo o terceiro. O Mavs de
2011 tinha a excelente movimentação de bola, bem como os Lakers de 2009/2010. O
Spurs quatro vezes campeão combinava a excelente movimentação de bola com o Tim
Duncan atraindo marcaçōes duplas e distribuindo o jogo perfeitamente do
garrafão. E o Knicks não tem nenhuma dessas três coisas. A rotação de bola do
time desde a saída do Mike D’Anthony é bem fraca, e Carmelo não é tão eficiente
forçando ajustes da defesa e usando isso pra distribuir o jogo. Se o time for
incapaz de desenvolver alguma dessas duas coisas, o time precisaria de um
armador capaz de criar arremessos para
todos pra fazer o ataque engrenar. Só que agora o time jogou fora a sua única
chance de ter em 2012 um jogador capaz de fazer esse papel. Não admira que o ataque do Knicks seja tão
estagnado sem Lin, não é mesmo?
Por falar nisso, não caiam no conto de que o Knicks não
funcionava com Lin e Melo jogando juntos. Sim, o Knicks nunca achou a melhor
forma de usar os dois juntos em quadra, mas a verdade é que com os dois juntos
em quadra e sem Amare, o time tinha um point diferential de +14 por 48 minutos,
uma excelente marca. Sim, a amostra é pequena, mas isso mostra que pelo menos
durante esse tempo, os dois funcionaram bem juntos em quadra (especialmente
porque Lin fazia de Chandler uma poderosa arma no pick and roll e isso abria
muito pro Melo). O que matava mesmo era quando o Amare entrava em quadra, que
dai o PD caia pra +2,4 por 48 minutos. Yikes!!
A verdade é que essa história em torno do Lin ser “infiel” e
de que ele ainda tem muito o que provar, que o contrato prejudicava o Knicks no
teto salarial, etc e tal, evitava que todo mundo olhasse pro verdadeiro
elefante na sala, o contrato monstruoso do Amare Stoudamire. Estamos falando de
um contrato de 100 milhōes por 5 anos pra um jogador que tem joelhos tão
ferrados que o time foi incapaz de colocar um seguro neles quando assinou seu
contrato, um jogador que sempre foi um defensor e reboteiro muito fraco, e que
ofensivamente sempre teve excelentes numerous… Até que lembramos que ele passou
sua carreira quase inteira recebendo passes açucarados do Steve Nash, foi
incapaz de coexistir ofensivamente com o Shaq (não que eu o culpe por isso)
ocupando o garrafão, e que só voltou a demolir todo mundo ofensivamente em 2010
quando o time voltou a jogar na velocidade e com o Nash controlando o ataque no
pick and roll. Amare nunca deveria ter ganho um contrato de 100 milhōes que não
viesse com o Nash de brinde, e agora ele é um jogador que ninguém aceitaria
numa troca pelo seu contrato, um jogador que assassina a eficiência ofensiva do
time toda vez que entra em quadra (e não contribui positivamente com rebotes ou
defesa), que mata o salary cap da equipe e que sempre se machuca porque, de
novo, seus joelhos estão tão ferrados que não puderam nem ser assegurados!! O
cenário ideal seria um Amare vindo do banco pra fazer um pick and roll com um
armador de alto nível (Nash e Lin seria perfeito, Lin de titular, Nash vindo
com Amare do banco) cercado por role players e arremessadores de longe, mas
isso não vai acontecer. Ao invés disso Amare vai continuar no ataque, empatando
a movimentação de bola, trombando com Chandler no garrafão e matando o teto
salarial da equipe. E depois o salário de 8 Mi do Lin que era o problema, né?
Então sim, o Lin ainda tinha muito a provar. Sim, 8 Mi é um
salário alto e que atrapalharia o cap do Knicks (embora isso seja um bilhão de
vezes mais culpa do Amare e seu salário-assalto, mas whatever). Mas você também
perdeu sua maior chance de tirar a estagnação ofensiva da equipe, um jogador
que rendia um dinheiro absurdo fora de quadra pra equipe (acreditem, não foi
por acaso que ele foi pro unico time que sabe exatamente o tamanho da vantagem de explorar o mercado internacional por ter tido Yao) e que fez as açōes do Knicks caírem 60M só por causa
da possibilidade dele sair do time quando assinou o primeiro contrato com o
Rockets. O Knicks ainda tem uma defesa muito boa, um dos melhores pontuadores
da Liga no Melo e um elenco profundo, não é um time pra loteria ou que deva
perder os playoffs… Mas isso não quer dizer que o Knicks esteja pronto pra
bater de frente com os melhores times do Leste, simplesmente porque ele não tem
um padrão ofensivo eficiente pela falta de um bom armador, boa movimentação de
bola ou um jogador que force ajustes da defesa e faça o ataque funcionar em
torno disso. A chance do Knicks de ter isso era caso Lin repetisse as atuaçōes
de 2012. Ao invés disso, o Knicks perdeu essa chance e deve voltar a ter o
mesmo problema do ano passado, um ataque que não tem uma segunda opção ao Melo
e que não consegue envolver os demais jogadores.
A verdade é que para 2013, o Knicks tinha muito mais chances
de título com Lin do que sem ele, e for a de quadra ganhava muito mais dinheiro
com ele (foi a camisa mais vendida da temporada, por exemplo). E ele queria
ficar, mas o ego e as babaquices de Dolan fizeram o time perder essa chance. E
vale citar também que o técnico Mike Woodson nunca foi um grande técnico
ofensivamente capaz de dar movimentação de bola ao ataque (uma das fontes desse
problema no time), mas Phil Jackson era um dos melhores da história nisso… E
Jackson não é técnico do Knicks porque Dolan não quis um técnico influente,
preferindo um pau mandado. Então Dolan e seu ego custaram ao Knicks a chance de
ter um bom armador controlando o ataque E/OU um técnico capaz de implementar ao
time a movimentação de bola que tanto precisa. Muito obrigado, James Dolan. Se
eu fosse torcedor do Knicks, começaria a preparer as desculpas pra mudar pro
Nets – ninguém merece um dono tão incompetente (corte para os torcedores do
Suns concordando freneticamente).
Por fim, um aspecto da saída do Lin que acabou muito
underrated aqui no Brasil, mas foi um tópico importante nos EUA: Os torcedores
do Knicks. Lin não era só um bom armador, ele era um dos grandes ídolos da
torcida do Knicks. Eu acabei ligando para meu amigo Ian (americano de New York,
nascido e criado por lá, torcedor do Knicks há muito tempo e a unica pessoa que eu conheço que tem - ou que admite que tem - uma camisa do Latrell Sprewell) via skype pra
perguntar o que ela achava disso, como torcedor. A resposta dele, em tradução
livre e tirando os “man…” do final de
cada frase:
“Eu, e provavelmente a grande parte dos torcedores do
Knicks, nos sentimos traídos quando vimos que Dolan não quis manter Lin depois
de ter prometido que o faria. Foi um choque coletivo, um tapa na cara dessa
fanbase. A cidade parecia de luto do basquete. Não é pelo que Lin significava
dentro de quadra… Era pro que ele significava pra todos nós que torcemos pelo
time, que acompanhamos esse time durante tantos anos e aguentamos muita
incompetência e jogadores pouco carismáticos ao longo do tempo. Lin era o nosso
jogador. Eu sei que Carmelo é o nosso Franchise Player e nosso melhor jogador,
e vamos aonde ele nos levar… Mas Melo foi criado no Nuggets. Nós só o trouxemos
para NY. Lin era nosso desde o começo. Ele surgiu aqui, tinha orgulho em ser um
Knick e de jogar no MSG enquanto assistíamos. E ele conectava com a torcida de
uma forma que Melo ou Stoud (Quem diabos chama o Amare de Stoud??) nunca seriam
capazes. Ele trouxe o interesse de volta pro time, ao ponto de que os ingressos
subiram de preço no seu terceiro jogo e ninguém ligou de pagar o extra. Não nos
importávamos, nós só queriamos estar lá para ver Lin e o Knicks. E agora esse
jogador saiu daqui por causa do mesmo dono incompetente que tem nos torturado há anos. Alguns jogadores
simplesmente conectam com a torcida de uma forma diferente, especial. Alguns de
nós esperam a vida toda por um jogador assim. Pros torcedores do seu Celtics, é
o Pierce. Pro Yankees, é o Alex Rodriguez (Ok, ok, essa talvez ele não tenha
falado, eu só queria colocar aqui). E pros torcedores do Knicks, era Jeremy Lin. E ele se foi.”
(Se eu fosse tão direto assim, vocês teriam acabado esse
post 15 minutos atrás)
Ta aí pra vocês de um torcedor do Knicks direto de New York.
E ele está certo em uma coisa: Alguns jogadores REALMENTE conectam com a
torcida de uma forma diferente dos outros. E não era difícil ver que a relação
deles com Lin era diferente. Talvez não no nivel Bernard King ou Willis Reed…
Mas sem dúvida diferenciada. Um jogador esforçado, que todo mundo tinha
descartado e deu a volta por cima, e que tinha genuino orgulho de ser um Knick. Você nunca quer ver um
jogador assim jogando para outro time, com outro uniforme, especialmente quando
foi por uma decisão do seu próprio time… E especialmente quando foi por um motivo idiota. O
time do Knicks vai sentir falta de Jeremy Lin dentro de quadra, mas talvez quem
mais vá sentir vai ser a torcida do Knicks. Depois de anos de má gestão, fracassos e jogadores pouco carismáticos, o Knicks montou um bom time, e pegou um raio numa garrafa com Jeremy Lin, a peça que faltava pra esse time dentro de campo e o jogador carismático e divertido que a torcida queria e precisava fora dele pra voltar a conectar com o time. E deixou esse jogador sair sem nenhum esforço para mantê-lo. E depois se perguntam porque os torcedores do Knicks odeiam James Dolan.
Parabéns!! Texto muito bem escrito, realmente queria saber mais detalhes sobre essa história mal explicada do Lin. Apesar de ser torcedor do LA Lakers, fiquei chateado pela saída do Linsanity do Knicks, gostei bastante do fenômeno criado pela sua aparição, sua trajetória é emocionante e a volta por cima é gloriosa... Pena que o "amado" sr. James Dolan é um gigantesco imbecil.
ResponderExcluirpor: @andxtreme
Parece que o Daryl Morey descobriu uma clausula no CBA que dizia que ao igualar uma proposta por um FA restrito de um determinado tipo (Lin e Asik, por exemplo) o time não poderia pagar mais de 5M nos dois primeiros anos, e portanto uma proposta de 25M, 3 anos teria que ser coberta no formato 5-5-15M. O chamado "poison pill contract".
ResponderExcluirO Dolan aparentemente (junto com toda essa frescura que eu falei acima do diretor de imagem, do ciume da atencao que o Lin recebia e tudo mais) não gostou que o Lin teria aceitado essa proposta que seria prejudicial ao Knicks por dar um salto no terceiro ano, algo como "trairagem dele de aceitar isso", pura frescura.
Aparentemente o Dolan nao sabe que tem uma clausula no CBA que permite ao Knicks dividir igualmente no salary cap o salario desse jogador ao longo da sua duração. Ou seja, o Knicks pagaria 5-5-15M (e portanto no ultimo ano pagaria um valor alto de multas), mas no cap salarial contaria 8,3-8,3-8,3, e portato o Knicks nao teria um problema contra o teto no terceiro ano.
Ou seja, alem de fresco, não sabe o que esta fazendo!
E pelo lado do Rockets. Se o Lin não der certo pode ser trocado antes do terceiro ano de contrato ou anistiado, confere?
ResponderExcluirAnistiado não porque o Rockets ja usou a anistia no Scola pra abrir espaço salarial, mas pode ser trocado normalmente sim
ResponderExcluir