Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

O verão de Nova York, parte I (Knicks)


Eu realmente tava evitando esse texto, mas foram duas discussōes tão fortes da offseason da NBA que eu acabei decidindo que não podia deixar passar. Então vamos falar agora da offseason dos dois times de New York, o Knicks e o recém-mudado para o Brooklyn, o Nets (esse deve ser mais curto).

O Knicks foi um time que teve um 2011/2012 muitíssimo complicado. O time começou mal sua primeira temporada com Carmelo Anthony, o técnico Mike D’Anthony não conseguiu fazer o time render, e o Knicks parecia destinado ao fracasso mesmo com a chegada de Tyson Chander (E a ressureição da defesa do Knicks). Quando Melo e Amare Stoudamire se machucaram, parecia que a temporada do time estava condenada de vez e que o Knicks seria um time de loteria. Até que surgiu Jeremy Lin, jogador não draftado que ganhava o mínimo da Liga (e dormia no sofá da casa do Landry Fields), emendou uma sequência louca de double-doubles e jogos com mais de 20 pontos e 10 assistências, colocou vida no time do Knicks e comandou uma virada incrível no momento da equipe, ganhando a internet e a mídia de forma assustadora e virando o fenômeno Linsanity. Quando Melo e Amare voltaram, o técnico D’Anthony não conseguiu fazer o time achar o seu melhor equilíbrio com Lin, Melo e Amare, e acabou saindo. Logo depois, Lin estourou o menisco e o Knicks teve que jogar com Baron Davis de armador, ficando com um ataque estagnado e sem nenhuma variação ofensiva, levando a uma derrota fácil nas mãos do Heat nos playoffs.

Portanto, não era de surpreender que uma das principais histórias envolvendo o Knicks na offseason fosse a do Free Agent (restrito) Jeremy Lin. Desde o começo, ambos os lados foram bem diretos: Lin disse que queria voltar pra NY, Mike Woodson disse que contava com o chinês pra ser seu armador titular, e a direção do Knicks disse que era para Lin ir para o mercado e achar o melhor contrato possível, e que então o Knicks igualaria essa oferta. Parecia bom para todos os lados, certo? Bom, acabou que o Rockets ofereceu ao Lin 25 milhōes or 3 anos, o Knicks optou por não igualar, e de repente a Linsanity em New York chegou ao fim. O que diabos aconteceu?

Acho que essa saída do Lin acabou sendo um choque pela maneira como aconteceu e pelo que ele representava pra NY. Lin tinha sido o cara que salvou a temporada 2012 do Knicks, deu ao time vida nova, deu à torcida um ídolo e chamou atenção do mundo inteiro, e claro, da China. O fato do time ter o primeiro chinês (eu sei que ele nasceu em Palo Alto, mas ele é chinês e ponto) desde Yao Ming a vingar na NBA atraiu para o Knicks todo o enorme mercado chinês, e acreditem, isso quer dizer muita coisa em termos econômicos. Os chineses adoram basquete, eles são os malucos que criaram um canal de TV só pra passar os jogos do Bucks porque tinha um chinês jogando lá! Desde que surgiu a Linsanity, o valor de mercado do Knicks subiu em 600 milhōes de dólares (!!!!) e ganhou ainda mais exposição na mídia. Ou seja, mesmo fora de quadra, Jeremy Lin era excelente para se ter no time.

Mas quando Lin assinou o contrato com o Rockets, de repente o Knicks parou de cortejar sua mina de ouro. James Dolan, dono do time, alegou que teria que pagar muitas multas por estar acima do teto salarial se cobrisse a oferta, e disse que Lin “traiu” o Knicks ao assinar um contrato que lhe pagava 15 milhōes no terceiro ano de contrato, o que faria o Knicks ficar com uma situação salarial muito delicada, pois já tem os contratos monstrous de Amare, Melo e Chandler. Disse que Lin tinha traído a franquia que lhe tinha dado uma chance quando ninguém mais lhe queria, e que não precisavam dele por lá.

Ok, eu não preciso falar pra ninguém o quanto isso é ridículo, certo? A parte financeira especialmente, pois o retorno financeiro em termos de marketing, açōes e pelo mercado chines já compensam qualquer multa por estar acima do teto salarial (especialmente porque Dolan NUNCA ligou de gastar dinheiro e pagar salários absurdos com o Knicks – ele é o cara que pagou 90 milhōes por Eddy Curry e Jerome Jones, for Christ sake!). A segunda parte é ainda pior: O Knicks não tinha dito para o Lin procurar o melhor contrato pra ele, que o Knicks iria igualar? Não sei se ninguém percebeu, mas o Knicks nunca ofereceu ao Lin um contrato! Esperavam o que? O Rockets fez a melhor proposta, esperou que o Knicks igualasse, só que isso nunca aconteceu. Essa cartada da “lealdade” do Dolan foi ainda mais patética: O Knicks nunca deu ao Lin essa “chance” por pena de um jogador não draftado e sem emprego, o Knicks foi atrás dele porque precisava de armadores! Acabou dando certo, Lin jogou muito acima do seu contrato de 450 mil patacas, e esperava ser pago de acordo nesse contrato. Como voce pode esperar que um jogador que tava dormindo no sofá da casa de um amigo fosse recusar um contrato gordo que lhe ofereciam, especialmente quando seu time tinha dito que iria igualar qualquer proposta??

A verdade? Dolan não reassinou com Lin por motivos exclusivamente pessoais e infantis. Dolan ficou enciumado pela atenção que Lin recebeu da mídia e da torcida, ficou bravo quando Lin contratou um diretor de imagem diferente do que ele e boa parte do Knicks usava (aparentemente isso significa que ele não mostrou lealdade ao time, segundo Dolan... E não, não é brincadeira), e não ligou a minima pro resto. Foi uma decisão totalmente motivada por questōes pessoais e infantis que não tinham nada a ver com basquete, porque ele realmente se sentiu traído que Lin assinou uma oferta com o Rockets, contratou um diretor de imagem próprio, e não ficou abanando o rabo pro dono do time como ele gosta que as pessoas façam. Dolan é o mesmo cara que teve a chance de trazer Phil Jackson pra ser técnico do time esse ano – ele mesmo se ofereceu – mas recusou porque chou que Jackson palpitava demais nos movimentos da direção, preferindo o infinitamente pior  Mike Woodson como técnico, que obedece cegamente tudo que Dolan fala.

Agora vamos aos fatos que envolvem basquete. Dolan já tinha trazido dois armadores mesmo antes de Lin assinar o contrato com o Rockets: O idoso Jason Kidd e o jogador mais odiado de Portland, Ray Felton, que teve uma boa passagem pelo clube em 2011 mas nunca mais fez nada de útil e teve um péssimo 2012, acima do peso, desinteressado e emputecendo a torcida dos times pelos quais passou. Já Lin era um bom armador, muito bom atacando a cesta, com bom arremesso e bom passe, mas abaixo da média defensivamente e que cometia um número alto de desperdícios de bola. E mais importante, por melhor que Lin tenha sido no Knicks, ele jogou apenas 22 jogos, uma amostra pequena demais pra poder dar um parecer definitivo.

E aqui está o grande erro que muitas pessoas (em especial torcedores do Knicks em estado de negação) estão cometendo: Elas estão confundindo “Jeremy Lin não é o novo Chris Paul e ainda tem muito a provar na NBA” (dois fatos inegáveis) com “O Knicks é um time melhor com Felton e Kidd”. Fica realmente difícil de avaliar Lin depois de só 22 jogos, não sabemos o que ele ainda vai melhorar e o que ali não vai se manter. O que eu posso falar que vi é que ele é um jogador muito inteligente, excelente no pick and roll (seja passando ou atacando a cesta), e que joga com muita intensidade, tem alguma dificuldade na defesa e teve um alto índice de turnovers (indice que esteve entre os maiores da NBA... Logo entre Steve Nash e Rajon Rondo, dois dos melhores playmakers da NBA. So there!). Acho que no melhor cenário ele vai ser um titular de alto nível (mas não de elite), e no pior vai ser um bom jogador para vir o banco, criar cestas pra si mesmo e pros outros, e mudar o ritmo da partida (um JJ Barea bem melhorado). Vale 8 milhōes por ano dentro de quadra? Pra mim, sim. Mas não podemos saber até ele ter mais tempo de jogo.

E como eu disse, acabou se confundindo essa incerteza em torno de Lin com o fato (irreal) de que o Knicks estaria melhor sem ele. Kidd foi um dos melhores armadores da história da NBA, mas já faz uns bons anos que ele não está jogando em alto nível, ele não tem mais físico pra conduzir o ataque e criar problemas para defesa ou pra defender jogadores mais rápidos, e hoje vive basicamente de sua inteligência no jogo (impar) e de um bom (mas não ótimo) arremesso de longa distância, o que é pouco pro que o Knicks precisa. Já Felton a gente não sabe o que esperar, pode ser o bom jogador de 2011, mas está vindo de uma temporada pavorosa e fora de forma, incapaz de arremessar ou conduzir o ataque, dificil imaginar ele assumindo um papel como o de Lin ano passado.

E o Knicks acabou caindo em um lugar perigoso na NBA sem Jeremy Lin. Na NBA, é extremamente difícil ir longe se você não tiver no ataque uma de três coisas: Um armador que crie arremessos para o time, boa movimentação de bola, ou um jogador que force ajustes da defesa (como dobras) e use isso para achar companheiros livres (Com duas exceçōes - Pistons de 2004, a eternal exceção da NBA de uma era de pouco talento onde defesas mandavam, e o Celtics de 2008 que contava com uma defesa histórica e três Hall of Famers no ataque). Por exemplo, o Heat de 2012 tinha Lebron fazendo o terceiro. O Mavs de 2011 tinha a excelente movimentação de bola, bem como os Lakers de 2009/2010. O Spurs quatro vezes campeão combinava a excelente movimentação de bola com o Tim Duncan atraindo marcaçōes duplas e distribuindo o jogo perfeitamente do garrafão. E o Knicks não tem nenhuma dessas três coisas. A rotação de bola do time desde a saída do Mike D’Anthony é bem fraca, e Carmelo não é tão eficiente forçando ajustes da defesa e usando isso pra distribuir o jogo. Se o time for incapaz de desenvolver alguma dessas duas coisas, o time precisaria de um armador capaz  de criar arremessos para todos pra fazer o ataque engrenar. Só que agora o time jogou fora a sua única chance de ter em 2012 um jogador capaz de fazer esse papel.  Não admira que o ataque do Knicks seja tão estagnado sem Lin, não é mesmo?

Por falar nisso, não caiam no conto de que o Knicks não funcionava com Lin e Melo jogando juntos. Sim, o Knicks nunca achou a melhor forma de usar os dois juntos em quadra, mas a verdade é que com os dois juntos em quadra e sem Amare, o time tinha um point diferential de +14 por 48 minutos, uma excelente marca. Sim, a amostra é pequena, mas isso mostra que pelo menos durante esse tempo, os dois funcionaram bem juntos em quadra (especialmente porque Lin fazia de Chandler uma poderosa arma no pick and roll e isso abria muito pro Melo). O que matava mesmo era quando o Amare entrava em quadra, que dai o PD caia pra +2,4 por 48 minutos. Yikes!!

A verdade é que essa história em torno do Lin ser “infiel” e de que ele ainda tem muito o que provar, que o contrato prejudicava o Knicks no teto salarial, etc e tal, evitava que todo mundo olhasse pro verdadeiro elefante na sala, o contrato monstruoso do Amare Stoudamire. Estamos falando de um contrato de 100 milhōes por 5 anos pra um jogador que tem joelhos tão ferrados que o time foi incapaz de colocar um seguro neles quando assinou seu contrato, um jogador que sempre foi um defensor e reboteiro muito fraco, e que ofensivamente sempre teve excelentes numerous… Até que lembramos que ele passou sua carreira quase inteira recebendo passes açucarados do Steve Nash, foi incapaz de coexistir ofensivamente com o Shaq (não que eu o culpe por isso) ocupando o garrafão, e que só voltou a demolir todo mundo ofensivamente em 2010 quando o time voltou a jogar na velocidade e com o Nash controlando o ataque no pick and roll. Amare nunca deveria ter ganho um contrato de 100 milhōes que não viesse com o Nash de brinde, e agora ele é um jogador que ninguém aceitaria numa troca pelo seu contrato, um jogador que assassina a eficiência ofensiva do time toda vez que entra em quadra (e não contribui positivamente com rebotes ou defesa), que mata o salary cap da equipe e que sempre se machuca porque, de novo, seus joelhos estão tão ferrados que não puderam nem ser assegurados!! O cenário ideal seria um Amare vindo do banco pra fazer um pick and roll com um armador de alto nível (Nash e Lin seria perfeito, Lin de titular, Nash vindo com Amare do banco) cercado por role players e arremessadores de longe, mas isso não vai acontecer. Ao invés disso Amare vai continuar no ataque, empatando a movimentação de bola, trombando com Chandler no garrafão e matando o teto salarial da equipe. E depois o salário de 8 Mi do Lin que era o problema, né?

Então sim, o Lin ainda tinha muito a provar. Sim, 8 Mi é um salário alto e que atrapalharia o cap do Knicks (embora isso seja um bilhão de vezes mais culpa do Amare e seu salário-assalto, mas whatever). Mas você também perdeu sua maior chance de tirar a estagnação ofensiva da equipe, um jogador que rendia um dinheiro absurdo fora de quadra pra equipe (acreditem, não foi por acaso que ele foi pro unico time que sabe exatamente o tamanho da vantagem de explorar o mercado internacional por ter tido Yao) e que fez as açōes do Knicks caírem 60M só por causa da possibilidade dele sair do time quando assinou o primeiro contrato com o Rockets. O Knicks ainda tem uma defesa muito boa, um dos melhores pontuadores da Liga no Melo e um elenco profundo, não é um time pra loteria ou que deva perder os playoffs… Mas isso não quer dizer que o Knicks esteja pronto pra bater de frente com os melhores times do Leste, simplesmente porque ele não tem um padrão ofensivo eficiente pela falta de um bom armador, boa movimentação de bola ou um jogador que force ajustes da defesa e faça o ataque funcionar em torno disso. A chance do Knicks de ter isso era caso Lin repetisse as atuaçōes de 2012. Ao invés disso, o Knicks perdeu essa chance e deve voltar a ter o mesmo problema do ano passado, um ataque que não tem uma segunda opção ao Melo e que não consegue envolver os demais jogadores.

A verdade é que para 2013, o Knicks tinha muito mais chances de título com Lin do que sem ele, e for a de quadra ganhava muito mais dinheiro com ele (foi a camisa mais vendida da temporada, por exemplo). E ele queria ficar, mas o ego e as babaquices de Dolan fizeram o time perder essa chance. E vale citar também que o técnico Mike Woodson nunca foi um grande técnico ofensivamente capaz de dar movimentação de bola ao ataque (uma das fontes desse problema no time), mas Phil Jackson era um dos melhores da história nisso… E Jackson não é técnico do Knicks porque Dolan não quis um técnico influente, preferindo um pau mandado. Então Dolan e seu ego custaram ao Knicks a chance de ter um bom armador controlando o ataque E/OU um técnico capaz de implementar ao time a movimentação de bola que tanto precisa. Muito obrigado, James Dolan. Se eu fosse torcedor do Knicks, começaria a preparer as desculpas pra mudar pro Nets – ninguém merece um dono tão incompetente (corte para os torcedores do Suns concordando freneticamente).

Por fim, um aspecto da saída do Lin que acabou muito underrated aqui no Brasil, mas foi um tópico importante nos EUA: Os torcedores do Knicks. Lin não era só um bom armador, ele era um dos grandes ídolos da torcida do Knicks. Eu acabei ligando para meu amigo Ian (americano de New York, nascido e criado por lá, torcedor do Knicks há muito tempo e a unica pessoa que eu conheço que tem - ou que admite que tem - uma camisa do Latrell Sprewell) via skype pra perguntar o que ela achava disso, como torcedor. A resposta dele, em tradução livre e tirando os  “man…” do final de cada frase:

“Eu, e provavelmente a grande parte dos torcedores do Knicks, nos sentimos traídos quando vimos que Dolan não quis manter Lin depois de ter prometido que o faria. Foi um choque coletivo, um tapa na cara dessa fanbase. A cidade parecia de luto do basquete. Não é pelo que Lin significava dentro de quadra… Era pro que ele significava pra todos nós que torcemos pelo time, que acompanhamos esse time durante tantos anos e aguentamos muita incompetência e jogadores pouco carismáticos ao longo do tempo. Lin era o nosso jogador. Eu sei que Carmelo é o nosso Franchise Player e nosso melhor jogador, e vamos aonde ele nos levar… Mas Melo foi criado no Nuggets. Nós só o trouxemos para NY. Lin era nosso desde o começo. Ele surgiu aqui, tinha orgulho em ser um Knick e de jogar no MSG enquanto assistíamos. E ele conectava com a torcida de uma forma que Melo ou Stoud (Quem diabos chama o Amare de Stoud??) nunca seriam capazes. Ele trouxe o interesse de volta pro time, ao ponto de que os ingressos subiram de preço no seu terceiro jogo e ninguém ligou de pagar o extra. Não nos importávamos, nós só queriamos estar lá para ver Lin e o Knicks. E agora esse jogador saiu daqui por causa do mesmo dono incompetente que tem nos torturado há anos. Alguns jogadores simplesmente conectam com a torcida de uma forma diferente, especial. Alguns de nós esperam a vida toda por um jogador assim. Pros torcedores do seu Celtics, é o Pierce. Pro Yankees, é o Alex Rodriguez (Ok, ok, essa talvez ele não tenha falado, eu só queria colocar aqui). E pros torcedores do  Knicks, era Jeremy Lin. E ele se foi.”

(Se eu fosse tão direto assim, vocês teriam acabado esse post 15 minutos atrás)

Ta aí pra vocês de um torcedor do Knicks direto de New York. E ele está certo em uma coisa: Alguns jogadores REALMENTE conectam com a torcida de uma forma diferente dos outros. E não era difícil ver que a relação deles com Lin era diferente. Talvez não no nivel Bernard King ou Willis Reed… Mas sem dúvida diferenciada. Um jogador esforçado, que todo mundo tinha descartado e deu a volta por cima, e que tinha genuino orgulho de ser um Knick. Você nunca quer ver um jogador assim jogando para outro time, com outro uniforme, especialmente quando foi por uma decisão do seu próprio time… E especialmente quando foi por um motivo idiota. O time do Knicks vai sentir falta de Jeremy Lin dentro de quadra, mas talvez quem mais vá sentir vai ser a torcida do Knicks. Depois de anos de má gestão, fracassos e jogadores pouco carismáticos, o Knicks montou um bom time, e pegou um raio numa garrafa com Jeremy Lin, a peça que faltava pra esse time dentro de campo e o jogador carismático e divertido que a torcida queria e precisava fora dele pra voltar a conectar com o time. E deixou esse jogador sair sem nenhum esforço para mantê-lo. E depois se perguntam porque os torcedores do Knicks odeiam James Dolan.

4 comentários:

  1. Parabéns!! Texto muito bem escrito, realmente queria saber mais detalhes sobre essa história mal explicada do Lin. Apesar de ser torcedor do LA Lakers, fiquei chateado pela saída do Linsanity do Knicks, gostei bastante do fenômeno criado pela sua aparição, sua trajetória é emocionante e a volta por cima é gloriosa... Pena que o "amado" sr. James Dolan é um gigantesco imbecil.

    por: @andxtreme

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  2. Parece que o Daryl Morey descobriu uma clausula no CBA que dizia que ao igualar uma proposta por um FA restrito de um determinado tipo (Lin e Asik, por exemplo) o time não poderia pagar mais de 5M nos dois primeiros anos, e portanto uma proposta de 25M, 3 anos teria que ser coberta no formato 5-5-15M. O chamado "poison pill contract".

    O Dolan aparentemente (junto com toda essa frescura que eu falei acima do diretor de imagem, do ciume da atencao que o Lin recebia e tudo mais) não gostou que o Lin teria aceitado essa proposta que seria prejudicial ao Knicks por dar um salto no terceiro ano, algo como "trairagem dele de aceitar isso", pura frescura.

    Aparentemente o Dolan nao sabe que tem uma clausula no CBA que permite ao Knicks dividir igualmente no salary cap o salario desse jogador ao longo da sua duração. Ou seja, o Knicks pagaria 5-5-15M (e portanto no ultimo ano pagaria um valor alto de multas), mas no cap salarial contaria 8,3-8,3-8,3, e portato o Knicks nao teria um problema contra o teto no terceiro ano.

    Ou seja, alem de fresco, não sabe o que esta fazendo!

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  3. E pelo lado do Rockets. Se o Lin não der certo pode ser trocado antes do terceiro ano de contrato ou anistiado, confere?

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  4. Anistiado não porque o Rockets ja usou a anistia no Scola pra abrir espaço salarial, mas pode ser trocado normalmente sim

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