Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vejam! Temos twitter, somos internautas modernos!!

Pois é, agora o Two-Minute Warning tem um twitter oficial, criado e gerido por mim. O nome do twitter é @tmwarning e vocês também podem acessar pelo link www.twitter.com/tmwarning . A gente ta usando agora o TM Warning de sigla mesmo, mais facil de divulgar e de lembrar também. A gente queria usar tmwarning como o endereço do blog, mas como já tava sendo usado... bom, deixa pra lá.

O Twitter é uma ferramenta bem legal e agora a gente vai tentar fazer esse teste por lá. Quem tiver interesse é só seguir o profile, ele é aberto, e a gente vai anunciar por lá posts novos, novidades, contratações e tudo mais, e também vamos usá-lo pra comentar jogos quando estivermos assistindo, ai fica mais facil de interagir com todo mundo, além de que o twitter é ótimo pra juntar coisas de várias fontes. Enfim, é um teste, mas eu pelo menos gosto bastante de usar o twitter e devo postar sempre que estiver afim. Se o feedback for bom, posso ficar afim mais frequentemente, mas isso a gente vê depois. Ou seja, adicionem o twitter se tiverem interesse e, se puderem, por favor ajudem a divulgar para quem estiver interessado.

Aliás, agora a gente tem um logo oficial, esse ai que ta no twitter e tambeém no nosso profile do Blogger.

Valeu e até amanhã, quando termino  (finalmente!) de comentar as trocas!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Para a NBA que eu quero descer! - Parte II

Eu sei, estamos atrasados com esse post. Era pra ele ter saído ontem, mas infelizmente não foi possível. A gente deixou algumas trocas pra comentar depois porque algumas eram trocas mais polêmicas e complexas e portanto não só valiam a pena uma análise separada, como também precisam ser analisadas todas de uma vez. Outras duas são duas mais interessantes que também mereciam uma analise separada. Hoje a gente analisa, mais a fundo, o que significam as trocas de Thunder e Boston. Amanhã, as que faltam, porque esse post ficou gigante, peço desculpas mas é um assunto muito importante e que não da pra deixar de lado. Acho que vale a pena ler todo, se tiverem paciência. Desculpem a demora e obrigado pela paciência, novamente!
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Jeff Green e Delonte West estão muito felizes de voltarem ao time onde começaram

Primeiro de tudo, vamos tratar do assunto da semana, o Boston Celtics. Pra isso, a gente precisa analisar não uma, mas quatro trocas que aconteceram ao mesmo tempo.

Celtics mandam Kendrick Perkins e Nate Robinson para o Thunder em troca de Jeff Green, Nenad Krstic e uma escolha de primeira rodada de Draft do Clippers (Protegida no top 10 a partir de 2012).

Bobcats mandam Nazr Mohammed para o Thunder em troca de DJ White e Morris Peterson.

Celtics mandam Marquis Daniels e dinheiro para o Kings em troca de uma escolha de segunda rodada de Draft do Kings em 2017.

Celtics mandam Semih Erden e Luke Harangody para o Cavaliers em troca de uma escolha da segunda rodada do Draft do Cavaliers em 2013.

Acho que muita gente, quando viu essas trocas, achou que o Danny Ainge, GM de Boston, tinha batido a cabeça. Foi também a minha opinião. O Boston Celtics, um dos melhores times da temporada, com uma das melhores defesas da NBA, acabou de desmontar seu quinteto titular, aquele quinteto que nunca perdeu uma série de playoff, aquele quinteto que fez o time ter a segunda melhor campanha da Liga (Apesar do Kendrick Perkins ter perdido vários jogos por lesão). O Boston tinha em uma de suas principais armas o seu garrafão, muito tamanho, muita defesa e muita força física, vinha sendo seu maior trunfo contra as grandes equipes da Liga, principalmente o rival Miami Heat. Logo no começo do ano, com Perkins machucado, o Boston foi atrás de reforçar seu garrafão por causa dessa lesão do pivô: Trouxe o calouro turco Semih Erden e assinou com os free agents Shaquille e Jermaine O'Neal. E o time rendeu muito bem sem o seu titular, o Shaq destruiu todo mundo que viu pela frente e o time ganhou mais uma arma muito perigosa e idosa. O problema é que as lesões voltaram a devastar o time, Delonte West machucou o pulso, Shaq o joelho, Jermaine também, Marquis Daniels machucou seriamente o pescoço, e tudo mais. E quando o Perkins voltou, ele e o Erden eram as únicas opções de pivô do time. Até agora o Jermaine não conseguiu manter uma seqüência digna de nota por causa das suas lesões e o Shaq tem tido atuações e minutos inconstantes por causa das subseqüentes lesões.

Acontece que a posição de pivô não era a única que tinha sido devastada por lesões. Com a lesão do Marquis Daniels, que provavelmente vai ficar fora o resto da temporada, o time não tinha nenhum reserva na posição três. O time podia jogar com uma formação mais baixa usando o Von Wafer ou até o West, mas o time ficava baixo e o Wafer não conseguiria defender um ala mais alto e pontuador, e nos playoffs o Boston não pode depender só do velhote do Paul Pierce pra marcar todo mundo e ainda pontuar. A prioridade do time, portanto, era conseguir um substituto pro Daniels que fizesse a mesma função, um swingman que defendesse bem e arremessasse de três. E o Boston acabou pegando o Jeff Green, do Thunder, pra esse papel.

O Green, que aliás foi draftado pelo Boston e mandado pro então Seattle Supersonics em troca do Ray Allen, é um jogador que sempre foi mal utilizado em Oklahoma. Ele é basicamente um ala, sabe infiltrar, defende bem e tem bom arremesso, mas por jogar na mesma posição do Kevin Durant e pela carência do time em alas de força, o Green acabou tendo que jogar muito na posição quatro, que não é a melhor dele, mas o Green é bom demais pra simplesmente se ter e deixar no banco, então ele era improvisado de power foward, onde rendia menos, não tinha um grande arsenal de costas pra cesta e nem era um reboteiro diferenciado. Eu sempre achei que o Thunder devia trocar ele por um jogador de garrafão, e eu citava o Nuggets numa troca pelo Nenê, caso a troca do Carmelo Anthony rolasse com o Nets e deixasse o time do Colorado sem um bom ala. Mas como o Carmelo foi pro Knicks e agora o Nuggets tem dois alas muito bons, essa troca não teria mais como rolar. E aí o Thunder aceitou a troca pelo Perkins com o Boston.

Antes de mais nada, o Boston não perde muito mandando o Nate Robinson. Eu sou fã do Nate, acho que ele consegue colocar energia quando o time do Boston está morto, mas ele não é mais um jogador essencial pro Boston. O Celtics tem o West, que é um jogador mais completo e que faz o papel de controlar a bola quando o Rajon Rondo está no banco muito melhor que o Nate, que as vezes é afobado demais. E o time também tem o Wafer, que da mais altura e defesa para o time, além de que ambos acertam bolas de três pontos. O Nate, portanto, era dispensável nesse time.

Mas não o Perkins. Eu não acho que o Perkins seja, como alguns (e até ele mesmo) acreditam, um grande pivô. Acho um jogador mediano, que se acha muito melhor do que é, que as vezes acha que pode fazer o que não sabe e por isso acaba cometendo erros bestas e muitos turnovers, além de não ter nada que lembre um jogo ofensivo. No entanto, tem uma coisa que ele sabe fazer e muito bem: defender. O Perkins, no mano a mano, é um dos melhores (se não o melhor) pivô defensivo na NBA, e o pivô que melhor marca o Dwight Howard em toda a Liga. Ele é forte pra burro, não deixa o adversário se aproximar da cesta e força o jogo de meia distância. Ele é um jogador importantíssimo no garrafão pra um time de defesa forte e também era um jogador muito querido pelos companheiros de time, o entrosamento era grande e os jogadores conviviam juntos mesmo fora de quadra. A troca, além de tirar o defensor que o Perkins é, tira uma peça de um grupo muito fechado, muito unido, e talvez nisso que tenha residido o maior problema da troca. O Green é um ótimo jogador de equipe, nunca reclamou de não ter a bola nas mãos ou de jogar fora da posição, é um cara que todo mundo fala que é ótimo pra se ter no time, e duvido que ele tenha problemas pra ser aceito em Boston, mas os jogadores já manifestaram que estão bem descontentes em ver o Perkins indo embora.

De certa forma, o Boston fez uma grande aposta: ele apostou que não vai precisar do Perkins pra vencer, ou seja, não vai precisar dessa presença física e defensiva no garrafão mais do que vai precisar do Green substituindo o Pierce e as vezes até jogando de ala de força e o Kevin Garnett de pivô, em escalações mais baixas. O Green é um ótimo jogador, versátil, dedicado e que pode ajudar muito o Boston, principalmente se o Boston quiser jogar com escalações mais baixas como fazia quando foi campeão em 2008, com o James Posey no lugar do Perkins de ala de força e o Garnett de pivô. O Green claramente via dar um upgrade que o Boston estava precisando, o problema é pensar no que você vai perder. É verdade que o único time no Leste que tem um pivô que é preocupante ofensivamente é o Magic, o resto tem como principais pontuadores no garrafão alas de força, mas o problema é outro: você está desmontando um time que está no topo e tem como principal arma seu tamanho no garrafão, e o Perkins é o líder disso. Mandar o Perkins e o Erden embora é dizer que você confia no Shaq e no Jermaine pra ficarem no seu garrafão, e principalmente confiar na saúde dos dois, o que é quase suicídio. O Nenad Krstic, que veio na troca junto, é um pivô que vai entrar apenas pra pontuar, porque defensivamente ele é muito ruim e por isso deve ter realmente um papel bem limitado e específico no time. Se o Shaq ficar saudável - e essa é a grande aposta que o Boston está fazendo - ele ainda é capaz de contribuir com seu tamanho e defesa de um lado da quadra e ainda ataca muito melhor que o Perkins, é um jogador que contribui em muito no ataque do Boston, além de ser um reboteiro melhor do que o Perkins. O Boston mostrou que com o Shaq saudável, ele é capaz de ganhar de qualquer um. Apostar na saúde do Shaq é o problema, já que faz algum tempo que ele não consegue ficar saudável, e os joelhos do Jermaine não existem, portanto ele já pode ser praticamente descartado.

Outro lado da troca que pode ser levado em conta é o fato do Jeff Green ser um jogador talentoso e jovem, com apenas 24 anos. Com o Big Three nas vésperas de se aposentar, eles tem no Rondo um armador bom o bastante pra se construir um time em volta e no Green um bom primeiro coadjuvante pra se começar a montar esse time. Mas a proposta do Boston Celtics a juntar todo o time do All Star Game de 2001 não era justamente tentar uma última investida no trio Garnett-Allen-Pierce para levantar o caneco? Não era pra pensar em ganhar um título agora, nos últimos anos desses grandes jogadores, pra depois pensar no depois? Não que pensar no futuro seja ruim, é bom, mas fazendo isso o time pode estar perdendo a chance de ganhar um título agora por uma incerteza maior ainda no futuro. Além disso, se o time está tão preocupado com o futuro, porque trocar os calouros Luke Harangody e Erden agora por uma pick na segunda rodada muitos anos pra frente ainda? Nenhum deles ia ser um craque, mas o Erden tinha potencial para ser um bom jogador no futuro, se o Boston queria tanto pensar no futuro porque mandar os moleques embora apenas para liberar espaço no plantel, espaço esses que o Boston deve usar pra assinar veteranos cujos contratos serão finalizados agora, como Leon Powe ou Troy Murphy. No final das contas, pro Boston, a questão vai ser o quanto o garrafão que ele perdeu vai fazer falta. Se o Shaq ficar saudável e em forma, ele é um excelente pivô e que pode bater de frente com qualquer um da Liga, e ai o Krstic ou os alas de força(incluindo o Green) podem servir pra cobrir o buraco em alguns momentos do jogo. Mas eu pessoalmente acho extremamente arriscado você desmontar um time que é possivelmente o melhor da Liga, tirar dele sua maior força que era o garrafão para tentar cobrir uma falha no banco de reservas.



O outro lado da moeda é o Thunder. O Thunder tem um elenco jovem extremamente promissor: Kevin Durant tem 22 anos, assim como Russell Westbrook, e Serge Ibaka e James Harden tem 21. É um time muito novo, que cheira a fralda e tem muito pra evoluir ainda, mesmo que Durant e Westbrook ja estejam entre os melhores jogadores da NBA nas suas posições. É um time que, embora muito empolgante, talentoso e que tenha feito um 2010 espetacular dando canseira até no Lakers, ainda era tratado como um time para o futuro, um time que precisava esperar os velhos Celtics, Lakers e Spurs encerrarem os ciclos atuais pra então tentar tomar para si o posto de melhor time, quando o elenco estaria mais velho, desenvolvido e maduro. Era um time que tinha um ataque muito bom, um dos melhores pontuadores da NBA e que sabia jogar muito bem na correria, mas que tinha uma defesa deficiente demais pra poder competir em alto nível quando chegasse nos playoffs, e que também sentia falta de um pontuador no garrafão. O perímetro do time é excelente com Westbrook, Durant e o ótimo defensor Thabo Sefolosha, revezando com o Harden e suas bolas de três pontos. O problema era no garrafão, onde o único ser humano capaz de pontuar era o Krstic, que defende pior que eu e meu 1m70 e por isso a defesa do Thunder era uma peneira. O Serge Ibaka até dava uns tocos bem legais porque era atlético pra cacete, mas ele joga melhor de ala de força, defendendo jogadores do seu tamanho e usando seu agora confiável arremesso de meia distância além dos cortes em direção à cesta, só que era forçado a jogar de pivô porque nenhum pivô de verdade do elenco sabia soletrar 'defesa' enquanto levantava os braços, e ai o Green ficava de ala de força. Ta vendo a confusão que isso causava num time que supostamente era pra ser uma grande potência em uns dois anos mas que jogava com um garrafão totalmente improvisado por falta de um cara capaz de defender??

O Thunder tem uma das piores defesas da Liga e é a defesa que mais involuiu da temporada passada pra cá, junto com o Cavaliers, por motivos lógicos. O que é uma causa direta desse rolo no garrafão, porque o Westbrook e o Sefolosha são ótimos defensores e o Kevin Durant até quebra um galho com seus braços de Dalshim. Mas com Green e Ibaka improvisados, o Thunder era um time muito mais vulnerável. Sabendo disso, o time foi atrás de um pivô, e trouxe não só um, mas dois. Em troca, perdeu o Krstic, que não vai fazer muita falta porque pontuar o resto do time sabe fazer e muito bem, o Green, que eu disse ali em cima que era um talento desperdiçado porque nunca iria ser titular no lugar do Durant e que não rendia tanto de ala de força, o DJ White, um calouro que era perfeitamente dispensável no time e o Morris Peterson, que não merece nem um comentário. Ou seja, sentir falta mesmo só do Jeff Green, que era um ótimo jogador pra ser reserva do Durant e ainda quebrava um galho na posição quatro quando precisava, mas como eu já disse, não gosto dele na posição quatro e ele é bom demais pra ser reserva do Durant jogando menos de 15 minutos por jogo.

Em troca, o Thunder adiciona exatamente o que não tinha: garrafão. O Perkins não é um jogador confiável ofensivamente, na verdade ele é bem ruinzinho, mas ele tem uma ótima defesa e pega rebotes, exatamente o que o Thunder precisa se quiser bater de frente com times como o Lakers, que vence seus adversários na altura. Além disso, o Perkins é um jogador muito intenso e emocional, e jogadores assim sempre são úteis em times, eles motivam os companheiros, uma das razões pela qual o Rasheed Wallace era tão importante nos times por onde passava. O Thunder tem jogadores calmos, de personalidade mais introvertida, e as vezes falta um pouco de pegada. A intensidade que o Perkins vai trazer pode ser um tipo de energia que o Thunder as vezes precisa. Também recebe o Narz Mohammed que eu sempre achei um ótimo pivô totalmente subestimado. Ótimo reboteiro, tem um bom arsenal ofensivo, sabe pontuar bem, defende bem e sabe dar uns tocos. Não é um dos melhores pivôs da Liga, mas é um jogador que pode ter seus 15-10 de média se tiver os minutos necessários, além de contribuir com defesa e rebotes bem melhores que do Krstic e permitir que o Ibaka volte a sua posição de origem, a de ala de força. O projeto pro futuro do Thunder ainda está lá, o núcleo é jovem e ainda tem muito a se desenvolver. A diferença é que agora o Thunder tem as peças para fazer tentativas sérias ao título mesmo antes que os jogadores se desenvolvam totalmente e os rivais sintam a idade. O ataque fortíssimo e a juventude ainda estão no time, a diferença é que agora eles tem o garrafão que eles precisavam: talvez não tanto no ataque, mas muito na defesa. Se o ótimo técnico Scott Brooks conseguir achar a fórmula certa para esse time com as novas peças no garrafão, eu acho que o time pode e deve ser incluído entre os times com reais chances de ganhar o Oeste, junto com Lakers, Spurs e Mavericks.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Para a NBA que eu quero descer! - Parte I


Dois dos jogadores envolvidos no dia mais maluco da temporada

A NBA já estava doida, quando antes da Trade Deadline (data limite para trocas, ou seja, ontem) dois All Stars trocaram de time, Deron Williams e Carmelo Anthony, cujas trocas nós explicamos nos dois posts abaixo. Mas ai, em cima da hora, a NBA começou a pipocar de trocas, e não só trocas inúteis como o James Johnson indo para o Raptors, mas sim trocas envolvendo nomes como Jeff Green, Gerald Wallace e Shanne Battier! Mudou muita coisa, muitos times assumiram outras posturas, e foi uma correria só pra conseguir acompanhar tudo que aconteceu. E portanto viemos aqui analisar todas as trocas que aconteceram desde a ida do Deron para o Nets. No entanto, eu preferi dividir o post em duas partes. Hoje vou comentar as trocas mais simples e que já estão esclarecidas, e amanha eu comento as restantes e mais complexas, e que merecem mais atenção.
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Wizards mandam Kirk Hinrich e Hilton Armstrong para o Hawks por Mike Bibby, Jordan Crawford, Maurice Evans e uma escolha de primeira rodada no Draft de 2011.

O Hawks é, já faz algum tempo, um time de playoffs no Leste, mas nunca foi um time que realmente pudesse ser levado a sério. A prova veio ano passado, quando o time sofreu muito pra ganhar do Bucks sem Andrew Bogut e tomou uma varrida do Orlando Magic. E um dos motivos pra isso era a posição de armador. Depois do Draft de 2005, onde o Hawks usou a segunda escolha do Draft em Marvin Williams e deixou passar Chris Paul, Deron Williams e Raymond Felton, a posição de armador começou a pesar mais e mais pro Hawks. Eles trocaram pelo Mike Bibby, que já foi um ótimo armador mas que agora está velho e não faz mais muita coisa em quadra. De certa forma, o Bibby nem é o armador do time, quem fica com a bola é o Joe Johnson ou o Jamal Crawford e o Bibby serve mais de arremessador que outra coisa. O time sempre esteve atrás de um upgrade na posição de armador e agora conseguiu um no Kirk Hinrich, que é um ótimo defensor, arremessa muito bem de longa distância, que as vezes é um problema pro time, e também sabe ficar com a bola nas mãos e armar o time. Ou seja, é um upgrade dos dois lados da quadra. Ainda não é, talvez, o jogador que o time precisasse pra posição, mas já é uma melhora. Mas ainda não tapa o maior buraco do time, a falta de uma presença física no garrafão. O Al Horford é um ótimo jogador, bom reboteiro, muito técnico, mas não é alto e nem físico o suficiente pra marcar um jogador como o Dwight Howard, por exemplo. O Hawks precisa de uma presença física no meio do garrafão, e isso o time não conseguiu solucionar até ontem. Agora o time precisa decidir o que fazer com os contratos expirantes ao final da temporada, e se mantém o time junto pra mais uma tentativa.

Pro Wizards, a troca é só pra continuar o projeto de reconstrução. O Bibby vai vir pra ser reserva do John Wall até o fim do contrato, mas o Jordan Crawford é um SG calouro que tem potencial e o time também ganhou uma escolha de draft da primeira rodada, provavelmente uma não muito alta mas também não tão baixa, lá pela 18ª escolha, que pode ser usada pra achar um bom jogador de garrafão. O saldo pro Wizards, na prática, é um calouro que pode dar em um bom jogador e uma escolha da primeira rodada, que pode ser usada em um jovem bom jogador,  além do contrato do Maurice Evans acabar essa temporada e ano que vem eles terem que pagar 3 milhões a menos pro Bibby do que pagariam pro Hinrich. Eu gostei da troca, acho que o Kirk Hinrich é um jogador que não tem muito a adicionar para um time que é fraco e não briga por nada e tem muito a adicionar para um time já montado que precise de defesa e bolas de três pontos. O tipo de jogador que cairia perfeito na maioria dos times que busca um título. Que é exatamente o que o Hawks quer ser. Mas não é.
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Warriors mandam Dan Gadzuric e Brandan Wright para o Nets em troca de uma escolha de segunda rodada do Draft de 2012 e Troy Murphy

Troca inútil do dia, o Warriors vai terminar o contrato do Troy Murphy agora pra se livrar dos 11 milhões que esse cara ganha e das multas, enquanto ao fim do ano os contratos do Dan Gadzuric e do Brandan Wright também terminam e libera teto salarial pra contratar free agents para fazer companhia ao Deron Williams. Ou seja, grandes coisas, os dois liberando teto salarial, a única diferença é quem vai ser liberado agora e quem vai ficar até o final do ano. Aliás, existem já muitos boatos de time que vão pular em cima do Murphy se ele realmente for dispensado. Um desses times será o principal foco do post de amanhã...
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Hornets mandam Marcus Thornton para o Kings em troca de Carl Landry

Essa troca é bem legal. O Hornets é um time que busca ir longe na pós temporada e convencer o Chris Paul a ficar em New Orleans ao invés de fugir pra jogar magic com os amiguinhos em New York, e para isso eles precisam convencer o armador de que o time tem condições de chegar longe e só precisa de mais alguns ajustes. É um time que tem uma defesa muito forte, mas que às vezes sofre no ataque. O PF do time, David West, é um ótimo jogador, arremessa muito bem de meia distância e funciona bem demais no pick and pop com o Paul, mas tem alergia de garrafão e prefere arremessar de meia distância o dia todo. O Carl Landry chega pra fazer exatamente o contrário, mas na mesma posição: pontuar de dentro do garrafão, algo que só o Emeka Okafor faz no time e mesmo assim de forma meio inconsistente, o Okafor tem como maiores atributos a defesa e os rebotes. O Landry é um jogador útil pro Hornets porque trás essa nova arma ao ataque do time, e pode viver dos passes do Chris Paul o dia todo embaixo da cesta, onde ele tromba até colocar a bola no aro. E o Marcus Thornton já era bem dispensável lá desde a chegada e a ascensão do Marco Bellineli e tava recentemente perdendo minutos até pro Willie Green. Ele é o melhor e mais promissor dos três, mas era dispensável, enquanto um pontuador de garrafão pra vir do banco é muito mais urgente pra um time que quer ser competitivo.

Pro Kings, a idéia é continuar a renovar o elenco. Depois dos ótimos Tyreke Evans e Demarcus Cousins, o time agora adiciona mais um bom jogador, jovem, que defende bem e chuta de três e teve média de 20 pontos por jogo quase ano passado quando foi titular, mandando embora um jogador que só dava dor de cabeça e que já tinha dito que queria ser trocado. Agora o time deve dar minutos a mais para o Jason Thompson se desenvolver, continuar a focar em dar minutos pra pirralhada e pensar seriamente no draft do ano que vem. Um ala ou um bom armador viriam muito bem a calhar para esse time, que já tem um núcleo jovem e talentoso.
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Clippers mandam Baron Davis e uma escolha de primeira rodada no Draft de 2011 para o Cavaliers em troca de Mo Williams e Jamario Moon

Uma troca entre Clippers e Cavaliers, essa é pra desequilibrar a galáxia! O Cavaliers quer se livrar logo de todos que tenham relação com a Era Lebron ou com contratos enormes pra jogar tudo no lixo e reconstruir de vez, e o Mo Williams foi o primeiro. Eles mandaram o Mo junto com o contrato expirante do Jamario Moon pelo Baron Davis, mas com olho na primeira escolha do draft do Clippers. É mais uma peça do projeto de reconstrução depois da saída do Lebron, o Clippers tem uma campanha fraca e sua escolha pode ficar entre as dez primeiras do draft, e é isso que o Cavs quer, já que sua própria escolha de draft também deve ser bem alta, e aí o time já contaria com dois calouros altos no draft pra começar sua reconstrução pós-Lebron. Mais uma peça no seu projeto de reconstrução, e o Baron Davis tem boas chances de ficar mofando no banco pra deixar o Ramon Sessions destruir todo mundo em quadra. Que, aliás, é o que o Baron Davis vai querer, ele era um jogador que sempre teve problemas de motivação no Clippers, jogava só quando queria, do jeito que queria e só entrava em forma quando estava afim.

Já o Clippers fez essa troca por dois motivos: primeiro se livrar do Davis, ele já esteve bem desinteressado em Los Angeles e não rendia mais tudo isso, agora o Clippers vai entregar o controle da franquia nas mãos do Blake Griffin e do Eric Gordon de vez. O que chega a ser um pouco bizarro é que como eu disse ali em cima, o Davis tem mesmo esses problemas de interesse. Mas acontece que no momento, o Davis estava realmente ficando interessado em jogar, ele gostou da atenção que o Blake Griffin recebia, e ficava feliz em jogar pontes aéreas pro moleque o dia todo. Ele melhorou muito de produtividade com isso e o Clippres chegou a ser um bom time, até o Eric Gordon se machucar e acabar com o bom momento da franquia. Eles tiveram muito tempo pra mandar o Davis embora e só mandaram quando ele realmente começou a render. O segundo é pra se livrar do contrato monstruoso do Baron Davis. O contrato do Moon é expirante embora o contrato do Mo Williams tenha a mesma duração que o do Davis, ele vale quase seis milhões a menos por temporada. Pra um time que não gosta de gastar e que vai ter que manter seus dois principais jogadores em breve, esse dinheiro pode ser importante. O Eric Gordon e o Blake Griffin não vão querer assinar extensões baratas e o time precisa de teto salarial e também manter suas finanças controladas como gosta o Donald Sterling, dono do time. Na prática, o Clippers não vai sentir falta nem do Davis nem da sua escolha no draft, o Eric Bladsoe é um bom armador e que vai ter os minutos necessários pra evoluir mais e o time já tem um núcleo jovem muito extenso, não faz sentido continuar juntando pirralhos pra embolar tudo e ter que trocar alguém. O Clippers não tem um grande ganho imediato, mas é um plano pro futuro válido.
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Suns mandam Goran Dragic e uma escolha protegida da primeira rodada do draft de 2011 para o Rockets em troca de Aaron Brooks

O Rockets é um time que, pra mim, sofre com o mesmo problema que o Blazers sofria um tempo atrás: Excesso de jogadores bons nas mesmas posições. O Rockets tem Kyle Lowry, Aaron Brooks, Kevin Martin, Terrence Williams e Courtney Lee para as posições um e dois, é muito difícil você conseguir dar minutos para todo mundo, deixar todo mundo satisfeito e explorar o que cada um tem a oferecer, até porque são jogadores bem diferentes entre si. O Brooks foi o titular ano passado de armador, mas começou esse ano machucado e perdeu espaço para o Lowry, que joga melhor como armador puro do que o Brooks. Ai o Brook foi pro banco, entrava pouco durante as partidas, teve um aproveitamento de bola de três (Sua especialidade) bem abaixo do ano passado e não conseguiu um ritmo bom. Claramente tinha gente sobrando no time, e a solução do Rockets foi se livrar do Brooks. Em troca, eles recebem uma escolha de primeira rodada do Suns (Ela é protegida, portanto se o Suns ficar na loteria essa temporada, a escolha que vai para Houston passa a ser a da primeira rodada do Orlando Magic) e o Goran Dragic, que é um armador que chegou na Liga bem desacreditado (Draftado pelo Spurs, lógico, e trocado a preço de banana para o Suns) mas que evoluiu muito, substituiu muito bem o Steve Nash nos playoffs (Quem não lembra dos 19 pontos no quarto período que ele marcou contra o Spurs no jogo três ano passado?) e é um jogador muito bom. Ele é um armador mais completo que o Brooks, arma muito bem o jogo, e ainda tem um arremesso bem bacana de três pontos. Sua defesa não é tão boa, mas ele também não é o Nash, que parece pregado no chão. Ou seja, um jogador que pode até ser inferior ao Brooks, mas que também pode jogar menos minutos de forma bem mais eficiente do que o Brooks fazia, até porque ele arma muito bem o jogo e pontua quando precisa, ao contrário do Brooks, que quando entrava com os reservas em quadra só sabia arremessar de três. É um armador mais novo, que exige menos minutos que o Brooks e faz uma função mais útil para o time reserva do Rockets, alem de uma escolha da primeira rodada.

Pro Suns, a idéia é simples: Colocar mais gente talentosa no time pra tentar uma última (ou penúltima) esticada para a pós temporada. O Brooks é um ótimo pontuador, pode jogar na posição dois e não precisa da bola nas mãos para ser eficiente. Ele teve um ótimo 2010, chegou a ser eleito o Most Improved Player, mas que foi mandado embora de Houston porque tava sobrando naquele time e não era mais tão necessário por lá, com o Lowry comandando a festa e o Martin, o Lee e o Chase Buddinger acertando tudo de três pontos. Já no Suns, ele vem pra fazer exatamente o que ele sabe: pontos. De certa forma, parece um upgrade um pouco desesperado pelo Suns pra tentar fazer uma última tentativa fracassada. O Brooks vai provavelmente jogar mais minutos na posição dois, junto com o Nash, tirando minutos do fraquíssimo defensor Vince Carter, que atualmente só chuta de três: exatamente o que o Brooks faz bem melhor que ele. Na prática é um movimento pra reforçar o banco do Suns, adicionando um pontuador numa unidade cheia de jogadores defensivos: Jared Dudley, Mickael Pietrus e Marcin Gortat. Outro lado do Brooks é que ele vai ser um free agent restrito ao final da temporada, então o Suns pode simplesmente deixar ele ir embora se sentir que é hora de jogar tudo no lixo ou que está muito caro pra renovar. Por outro lado, parece uma decisão estúpida, o contrato do Brooks é barato e o do Dragic também era, o Dragic é mais novo, mais versátil e parece um jogador muito melhor pra estar num time em reconstrução. Entendo a pressa do Suns, mas a longo prazo eu achava melhor ter o Dragic no time porque, convenhamos, o Suns não vai ganhar nada.
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Por hoje a gente fica com essas, as mais light. As trocas mais importantes, mais impactantes e mais polêmicas a gente deixou pra amanhã, inclusive a minha troca favorita. E não, ela não envolve o Boston Celtics... Não deixem de conferir amanhã!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

A troca com três vencedores

Sloan e Williams combinam uma briga pra ambos darem o fora de Utah

Para quem não sabe, hoje é a Trade Deadline da NBA, ou seja, a data limite para que os times possam trocar jogadores e escolhas do draft entre si. Os times ainda têm algumas horas pra terminar suas trocas antes que o mercado se feche e só abra novamente ao fim da temporada, e geralmente é perto dessa data (ou nela) que acontece o maior número de trocas dentro da própria temporada, sem contar a offseason. A troca mais esperada e que causou maior rebuliço a gente já comentou ontem, foi a ida do Carmelo Anthony pro Knicks, Carmelo que aliás estreou fazendo 27 pontos e pegando 10 rebotes contra o Bucks. Bom? Sim, ótimo, mas o Knicks conseguiu tomar 108 pontos desse mesmo Bucks, o que mostra que a idéia do Knicks é realmente atacar muito e não defender ninguém, aposto que o Bucks só não fez mais porque os jogadores estavam num dia ruim, eles tem o ataque mais triste da Liga. Mas acontece que ontem o Nets também fez uma troca megalômana e conseguiu trazer uma estrela: Deron Williams.

A primeira reação de muita gente deve ter sido "Cacete, mais uma grande estrela mudando de time, ta na moda!", e a segunda talvez seja algo como 'Cadê o amor à camisa, a identificação com a franquia que draftou e onde o jogador cresceu??'. Mas a verdade é que existe uma diferença fundamental nessa troca em relação à do Carmelo Anthony: Williams não queria ser trocado. Ele gosta do Jazz, gosta de morar em Salt Lake City, e sempre deixou claro que o time era sua prioridade. Queria ir longe, ser campeão com o Jazz. Ele não fez lobby pra ser trocado, e mesmo seu contrato acabando no final da próxima temporada, ele não declarou sua intenção de sair do time explicitamente. Mas ele é uma estrela, é um grande jogador e é muito competitivo, quer ser campeão, como todo mundo quer. E ele sempre cobrou isso do time de Utah, queria um elenco que fosse capaz de chegar longe, ir para as Finais, ganhar um troféu. E isso sempre foi uma causa de enorme descontentamento por parte do Deron, porque o Jazz nunca conseguiu isso e nem tentou, pra ser sincero. O Jazz é um time que vive preocupado com dinheiro, e que não sente vergonha em mandar jogadores embora apenas para economizar o salário. Foi o que o time fez com o Ronnie Brewer, que foi mandado pro Grizzlies e que gerou muita revolta no Deron, que até comentou que 'Os outros times fazem trocas pra ficarem melhores, só o nosso faz trocas pra ficar pior'. O Jazz também mandou o Eric Maynor, PG calouro e muito promissor, a preço de banana para o Thunder, novamente para economizar. Também não igualou a proposta do Blazers pelo Wesley Matthews. Tudo bem, a proposta era enorme e absurda até, mas o Matthews ta fazendo muita falta por lá e ta destruindo tudo e todos em Portland. Ou seja, o Jazz é uma franquia que não está disposta a grandes gastos, quer economizar seu dinheiro, e pra você montar um time vencedor você tem que gastar, pagar salários altos, manter vários jogadores caros. O Jazz não tem esse perfil de equipe vencedora, e isso sempre incomodou o Deron Williams.

Mas o Deron Williams sempre deu tempo ao tempo. Disse que tinha até o final do seu contrato pra jogar em um time competitivo, ou seja, deixou bem claro que só ia sair se não houvesse uma condição de melhora. O Jazz sentiu o perigo de perder sua grande estrela, como o Nuggets sentiu, por exemplo, mas o time ainda tinha um ano pra conseguir contratar jogadores e convencer o Williams a ficar, pra daí trocar ele se desse errado. Mas o Jazz não era um time que faria isso, não faria grandes gastos elevados, e portanto sabia que o Deron iria querer dar o fora dali quando visse que não ia ter chances de títulos dessa forma. E o Deron não é burro e sabia disso, e começou a pensar em jogar em NY, mas no Knicks, junto com a recém formada dupla Melo - Amare Stoudamire. Mas o Jazz trocou o armador pro primo pobre de NY, algo como flertar com o Lakers e ir parar no Clippers. Mandou o Deron para o Nets, uma franquia decadente e com remotíssimas chances de playoffs.

O Nets é uma das franquias mais fracassadas nos últimos anos e ano passado quase teve o pior recorde da NBA em todos os tempos. Esse ano, no entanto, o Nets tem um novo dono, o bilionário russo Mikhail Prokhorov, que é daqueles donos que está afim de gastar e gastar pra tornar seu time um grande time, no melhor estilo Mark Cuban. As motivações podem ser diferentes, mas a vontade é parecida. E o Prokhorov, que vai levar o Nets para o Brooklin daqui a dois anos, queria trazer uma grande estrela para dar novo ânimo para a franquia, ser o símbolo do time nessa ida para New York e liderar uma volta por cima. Eles queriam mesmo o Carmelo, mas o Melo sempre deixou claro que queria ir para o Knicks e o Nuggets não aceitou as propostas do Nets. O Melo acabou indo pra onde queria, e ai o Nets juntou tudo que tinha oferecido pelo Carmelo - Devin Harris, o calouro e terceira escolha do draft Derrick Favors, uma escolha de primeira rodada deles mesmos em 2011 e uma escolha do Warriors de primeira rodada de 2012 - e mandou tudo isso para Utah em troca do Deron Williams. O Jazz não está disposto a grandes gastos, sabia que não iria conseguir montar um grande time e que por isso corria o risco de perder o Deron Williams a troco de nada no final da próxima temporada. Assim, o Jazz apenas antecipou o que seria inevitável, trocar o Deron pra não sair de mãos abanando, e preferiu fazer isso agora pra não ter que pagar o salário de 16 milhões pro armador na próxima temporada, mais as multas por estar acima do teto salarial. E o Nets conseguiu sua estrela, que fará um ótimo núcleo jovem com o Brook Lopez, e que será o centro da reconstrução que o Nets vai fazer agora, e o Prokhorov não vai economizar, vai gastar seus centavos pra contratar jogadores, encher o ginásio, vender camisetas e fazer uma transição de sucesso pro Brooklin. O time vai agora se entrosar um pouco, esperar o final da temporada, pra ai atacar todo jogador que estiver sem contrato pra montar um time forte em volta desses dois. Não é uma proposta tão segura, talvez uma reformulação a longo prazo fosse melhor, mas com tudo em consideração, foi a escolha que eles preferiram.

E o Deron Williams ficou bravo, ele preferia ter ficado no Jazz ao invés de ir parar o Nets, mas de certa forma, a troca foi boa pra ele. Se antes ele tava num time que não estava afim de gastar, montar um super time e dar ao Deron o time competitivo capaz de buscar um título que ele tanto queria, agora ele está num que tem como plano gastar até as calças pra montar esse time, e ele tem muito mais chances de ganhar um título no Nets nos próximos anos do que ele iria ter no Jazz. É a diferença entre o time disposto a gastar muito dinheiro pra ser campeão e um que troca seus jogadores a troco de nada apenas para economizar dinheiro.

E o Jazz agora finalmente está com os bolsos limpos, mas está sem um time competitivo também. Perderam seu melhor jogador e um dos melhores da NBA, e agora vão ter que recomeçar tudo do zero. O Andrei Kirilenko e seu contrato de 17 milhões vão embora ao final dessa temporada, o Mehmet Okur deve ser mandado de volta pra Turquia via Sedex, e o elenco vai ficar limpinho e sem nenhum jogador que preste também além do Al Jefferson e do Paul Millsap, que também ganham contratos longos mas são jovens ainda, ambos tem 26 anos, e um deles pode ser trocado pra liberar espaço pro Favors jogar de titular, ganhar minutos e desenvolver seu jogo. Ele não tem sido grande coisa na temporada até aqui, até porque não tem tido muito espaço no Nets e claramente não estava nos planos deles, mas tem talento, bom defensor e que precisa de paciência, tempo, investimento e minutos pra crescer, pode chegar a ser um bom jogador. Além disso, o Jazz deve ter duas escolhas de draft relativamente altas em cada um dos próximos dois drafts, possivelmente as quatro da loteria e talvez até no top 3. Agora é a hora que o Jazz escolheu pra jogar tudo pra cima e recomeçar do zero. Com a saída do Jerry Sloan e agora do Deron Williams, o Jazz vai começar tudo de novo, um técnico novo, um elenco novo, novas estrelas, e dessa vez gastando bem menos em salários. O time vai ser ruim, ter escolhas altas no draft, montar um time com novos jogadores e novas estrelas, e tentar ser campeão antes que elas fiquem mais velhas, mais famosas e o time não queira mais pagar o salário delas. Mas a chance de recomeçar está ai, tem bons jogadores jovens, tem boas escolhas nos próximos drafts. Foi a decisão deles de sair do estado estacionário e caro onde o time se encontrava, dentro da proposta do próprio time de não gastar. Agora vamos esperar e ver como o time se sai nessa proposta de reconstrução.

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Como hoje é a trade deadline, nosso post sobre o Draft da NFL e sobre o All Star Game vai atrasar mais um pouco. Amanha a gente trás todas as trocas que aconteceram e nós não comentamos.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Start spreading the news...

Carmelo fez biquinho e acabou sendo trocado

Eu sei que eu ia falar sobre o All Star Game, mas isso fica pra hoje a noite, porque temos um assunto mais importante em mãos. Finalmente acabou a novela, terminou a enrolação, as negociações chegaram ao fim e Carmelo Anthony conseguiu o que tanto queria: foi trocado. O Denver Nuggets anunciou hoje que o ala foi mandado junto com Chauncey Billups, Renaldo Balkman, Anthony Carter e Sheldon Williams para o New York Knicks em troca de Raymond Felton, Danilo Gallinari, Wilson Chandler, Timofey Mozgov e mais um pacote de escolhas de draft, incluindo uma escolha de primeira rodada e duas de segunda.

Para entender essa troca e porque o Carmelo não simplesmente esperou seu contrato acabar ao fim da temporada pra mudar de time, primeiro a gente tem que entender a situação em que está a NBA. Eu falei recentemente sobre o CBA da NFL, o acordo entre a Liga e a união dos jogadores, que está em negociações para a próxima temporada e que é o acordo responsável por estabelecer vários fatores, inclusive o teto salarial das próximas temporadas. Pra ler mais é só clicar no link. Mas acontece que a NBA vive uma situação parecida. Vou falar mais dela num post específico, mas em essência a questão é muito parecida com a da NFL, o acordo atual está pra vencer (no caso da NFL ele já venceu) e as negociações entre Liga e união dos jogadores não está avançando com a velocidade necessária, e isso está causando uma enorme incerteza para a próxima temporada. Em particular, está causando uma incerteza com relação aos salários. Na NBA, existe um teto salarial que é um 'soft cap', ou seja, ele pode ser ultrapassado em certas situações e seguindo certas regras, desde que o time que ultrapasse esse teto pague uma multa. Além dele, existe um hard cap, um teto salarial que nenhum time pode ultrapassar, em nenhuma circunstância. E uma das pautas desse novo acordo entre Liga e união é a diminuição desse teto salarial, sob o argumento da NBA de que quase nenhuma franquia anda tendo lucro recentemente.

E essa diminuição do teto salarial é o que tem assustado os jogadores. Um jogador que assinou um contrato no começo dessa temporada teve seu contrato calculado com base no teto salarial vigente, mas um jogador que assinar um contrato ao final dessa temporada assinará com valores calculados com base no novo teto salarial, que possivelmente será menor, e assim ele irá ganhar bem menos dinheiro. Isso, lógico, supondo que se chegue a um acordo e que a redução do teto realmente aconteça. Essa é a razão pela qual jogadores como Paul Pierce, Dirk Nowitzky e até o Richard Jefferson optaram por sair antes do último ano de seus contratos ao final da temporada passada para assinar novos contratos. Os contratos novos pagam menos dinheiro do que eles iriam ganhar no último ano do contrato anterior, mas assinando esses contratos eles garantiram que ele durasse mais tempo, ao invés de ganhar mais dinheiro no último ano e ficar correndo o risco de assinar um contrato muito menor e mais curto sob o novo CBA. E também foi esse o motivo que levou o Carmelo Anthony a querer sair agora do Nuggets, ao invés de terminar seu contrato ao final do ano e fazer um anúncio em rede nacional indicando pra onde ele levaria seus talentos. Se terminar o contrato ao final do ano, ele assinará um contrato de free agent com o time que ele quiser, mas corre o risco de ser um contrato com um valor menor por causa do novo CBA. Ao invés disso, ele queria assinar agora uma extensão contratual nos moldes do acordo atual, que vai lhe garantir mais dinheiro.

Quanto a sair do Nuggets, o motivo é simples. Ele quer vencer títulos e jogar em algum lugar de muita visibilidade. O Nuggets era um ótimo time, chegou até as finais do Oeste em 2009, quando deu uma bela canseira no Lakers, mas em 2010 o time se perdeu quando o técnico George Karl se ausentou durante os playoffs pra tratar de um câncer. O time, então, ficou muito enfraquecido e foi massacrado pelo Deron Williams e o Utah Jazz nos playoffs. E vendo os seus amiguinhos do draft de 2003 se juntarem em Miami, formarem um super time e estarem muito fortes na briga por um título, o Melo também quer ir para um time com estrelas, onde ele seria capaz de brigar por muitos títulos e ser reconhecido por isso. O Melo é um superstar, um dos melhores pontuadores da Liga, mas ele é um jogador que até que recebe pouco reconhecimento pra alguém que é isso tudo. E por isso ele ficou tentado com a idéia de jogar em NY, onde ele cresceu e onde fez faculdade. E a idéia começou a parecer ainda mais tentadora quando o Knicks trouxe o Amare Stoudamire e falou em trazer o Chris Paul. O Nuggets tem um bom time, o Billups é um tremendo armador, o Aaron Afflalo é um dos melhores carregadores de piano da NBA, o Nenê é um ótimo pivô, mas a verdade é que esse time depende muito de dois jogadores velhos, o próprio Billups e do Kenyon Martin. E ambos já estão claramente na descendente da carreira, não vão durar muito mais tempo e o Nuggets pode voltar a ser um time mediano, sem defesa de garrafão e sem organização ofensiva, e portanto sem chances de título. E não é o que o Carmelo quer, então ele pediu pra sair.

Pro Nuggets, foi um bom negócio. Eles ofereceram quinhentas extensões muito valiosas pro Carmelo, que foram recusadas quinhentas vezes, ficou bem claro que ele não ia continuar em Denver. Então, pra não ficarem de mãos abanando ao final da temporada como ficaram Cavaliers e Raptors, eles trataram de buscar trocas para seu All Star. A primeira proposta que apareceu foi do Nets, que envolvia o calouro Derrick Favors e uma cacetada de escolhas de draft. Quando a negociação esfriou, veio o Knicks, e depois de muita enrolação, pentelhação e negociações, o Knicks ofereceu Chandler, Galinari, Felton e uma escolha de primeira rodada. O Nuggets pediu Felton, Chandler, Landry Fields e Timofey Mozgov, alem da escolha de draft. No final, Fields ficou e Galinari foi pra Denver. Pro Nuggets, foi um sucesso, na medida do possível. Perder um All Star como o Melo nunca é um sucesso, mas a situação seria pior se não trocassem, e conseguiram muita coisa em troca. Ao trocar seus dois melhores jogadores, o Nuggets deixou bem claro que vai reconstruir o elenco.

O time trouxe Raymond Felton, em ótima fase, para a posição que era do Billups. É verdade que o Billups era o jogador mais importante do ataque do Nuggets porque era quem cadenciava o jogo, ditava o ritmo e organizava as ações ofensivas. O Felton não tem essa habilidade nesse grau, mas ele já mostrou que sabe jogar um basquete cadenciado quando era armador do Bobcats e tem jogado ainda melhor na velocidade do Knicks, e o Karl vai ter que saber como extrair o máximo dos dois lados do jogo do Felton. Além disso, o armador sophomore Ty Lawson é outro que é muito bom, um jogador que imprime muita velocidade, sabe pontuar e é excelente pra entrar no banco pra trazer energia e colocar os reservas do time naquele ritmo alucinante que nenhum time reserva na Liga consegue acompanhar. De acompanhamento, o time ainda tem o ótimo Afflalo, que é um role player excelente, defende muito bem, ótimo arremessador e que desde que começou a ter mais a bola nas mãos também tem correspondido muito melhor do que a encomenda, e o JR Smith, que tem um QI próximo da Luciana Gimenez mas que é talentoso e atlético pro diabo, da umas enterradas muito boas e que é ótimo pra vir do banco arremessar de três, principalmente se o seu time está na frente no placar. A posição três, de ala, ficou vaga com a saída do Carmelo, mas ganhou dois bons jogadores pra posição. O Wilson Chandler vinha tendo uma temporada sensacional no Nuggets, é um ótimo jogador e era candidatíssimo ao prêmio de melhor sexto homem da temporada até começar a jogar de titular. E também trouxe o Gallinari, que não é um jogador dos mais completos que já se viu mas que arremessa muito bem de três, sabe bater pra dentro e da umas enterradas bem maneiras também. Também pode quebrar um galho na posição de ala-pivô pela sua altura, mas quando ele fazia isso no Knicks o garrafão era vergonhoso, é um recurso limitado a ser usado. E o melhor, o Gallinari tem 22 anos, e o Chandler 23. O time ainda conta com o Nenê, que também é um jogador eficientíssimo no garrafão. Agora sem o Melo o Nenê provavelmente vai ter mais bolas pra arremessar e uma maior responsabilidade, o que pode ser até bom para o pivô. E o Timofey Mozgov é um pivô cru mas que teve recentemente uns jogos muito bons, inclusive um jogo de 23 pontos e 14 rebotes contra o Pistons e deixou todo mundo com um gostinho de quero mais. Não acho que ele vai ser um grande jogador, mas com os minutos necessários pode evoluir e virar um bom reserva. E detalhe que, tirando o Nenê e seus 28 anos, o jogador mais jovem de todos os outros é o Felton com 26 anos!

Ou seja, o time trocou seu All Star por uma cambada de jogadores jovens, talentosos e com um futuro muito promissor. O time agora precisa terminar sua reconstrução e se livrar do contrato monstruoso do Al Harrington que o time assinou numa esperança de manter o Carmelo, e esperar o Martin aposentar. O Nuggets fez sua reconstrução usando o Melo e mantendo uma base de jogadores talentosos no time, e mesmo perdendo o Melo é um time muito melhor que o Cavs, Raptors e metade do Leste. Mas pra coroar essa reconstrução, o time precisa de uma coisa. E o que o time perdeu é exatamente o que ele precisa: uma estrela. Um time com cinco ótimos role players pode ganhar alguns jogos, o Rockets já mostrou isso pra gente, mas não vão conseguir ganhar um título. Eles precisam de uma estrela, de um jogador capaz de vencer jogos sozinho e decidir jogos apertados no final. E isso eles não tem no momento, e também não tem uma escolha alta no próximo draft o suficiente pra conseguir um. Como eles vão atrair esse marquee player eu não sei, mas é o que o Nuggets precisa pra finalizar sua reconstrução.

Pro Knicks, eu confesso que, a curto prazo, não achei um bom negócio. O Carmelo é um ótimo jogador, já falei isso antes, mas o time titular do Knicks foi totalmente desmontado para isso, três titulares foram embora, e esse era o melhor time que o Knicks tinha em muito tempo. O Knicks ganha um jogador capaz de fazer uma combinação mortal com o Stoudamire, mas nenhum dos dois defende porcaria nenhuma e agora eles vão sofrer pra colocar gente em volta desses dois. Também tem o fato do Billups ser um armador que tinha como principal característica ser um jogador que controla o jogo, diminui o ritmo, cadencia, mantém a calma, toma um chazinho e aciona os jogadores nas horas certas. Foi essa característica dele que botou ordem no ataque do Nuggets e revolucionou o time quando ele foi trocado pelo Allen Iverson. Mas eu estou muito curioso pra ver como isso vai funcionar no Knicks. Não sei como o Mike D'Anthony pretende usar o Billups, se pretende usá-lo da mesma forma, desacelerar o ataque e deixar o controle do jogo em suas mãos, ou se ele vai continuar usando sua filosofia dos "Sete segundos ou menos" e correndo como um louco, desperdiçando a principal característica que fez do Billups um dos melhores armadores ao longo da última década. Portanto, o Knicks que já era um time confuso ficou ainda mais e, além de duas estrelas sensacionais, o time não tem mais nada, nem sequer um plano de jogo definido.

Mas o plano do Knicks é outro, e bem maior. O Knicks é uma das franquias mais tradicionais da NBA, a segunda mais valiosa atrás só do Lakers e um time que movimenta muito dinheiro. Mas também é a franquia mais fracassada dos últimos tempos e que busca desesperadamente se reerguer. Eles não conseguiram isso nessa free agency com o Lebron James, como sonhavam, então buscaram o Stoudamire como prêmio de consolação e começaram a sonhar com Carmelo e Chris Paul. E esse é o plano por trás da troca: Trazer mais craques ainda, satisfazer seus sonhos megalômanos e fazer um Big Three versão 3.0. Se a troca for simplesmente porque acharam que melhoraram o time por hora, eles estão totalmente errados, o Knicks é um time ainda mais longe do título. Mas se o plano é aproveitar que no final do ano os contratos expiram, e ai montar um novo time em volta das suas duas grandes estrelas, pode dar muito certo. Esperar o CP3 e o Dwight Howard terminarem seus contratos pra se juntarem ao time é arriscado, já deu bem errado com o Lebron, mas pelo menos eles tem algum atrativo, que são seus dois All Stars.

Aliás, essa tendência de concentração está cada vez maior na NBA. De certa forma ela começou e não começou com o Big Three do Boston, em 2008. Inegável que essa foi a primeira vez que três grandes jogadores sem um título se juntaram pra finalmente conseguir nos tempos recentes, mas também tem uma diferença fundamental, que é o fato dos três jogadores do Boston, apesar de futuros Hall of Famers, também eram jogadores que já tinham passado seu auge, velhos, em decadência, apesar de ótimos. Já os que andam se juntando no Heat, Knicks e cia são jogadores que estão no auge, jovens, com muitos anos pra ganharem títulos pela frente. E essa concentração é outra coisa que a NBA quer impedir com sua redução do teto salarial, pra evitar que os times possam oferecer contratos gigantescos pra vários jogadores e montem um time só com craques. Não que a NBA não goste desses times, mas se isso virar uma grande tendência pode causar um grande desequilíbrio na Liga, e isso pode começar a ter o efeito negativo, ninguém vai querer ver 95% dos jogos da NBA se todos os grandes jogadores se concentrarem em cinco times. Mas essa discussão é outra, e vai durar muito mais ainda, um novo CBA ainda está bem distante. Por hora, vamos nos divertir com a nova dupla de All Stars da NBA e ver como o Nuggets continua sua reconstrução com esse time de pirralhos talentosos.


Como TM Warning também é cultura, o título do post de hoje é parte de uma famosa música de Frank Sinatra chamada New York, New York: "Start spreading the news, I'm leaving today, I'm gonna be a part of New York, New York"

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Hoje era o dia de postar sobre o All Star Game, mas o post de ontem ficou tão grande que eu achei melhor deixar ele dois dias pra galera ter tempo de ler com calma sem querer minha cabeça. O All Star Game vem amanha, possivelmente cedo. Ainda essa semana a gente termina nossa série 'A Offseason', mas não prometo quando. Aproveitando, eu dividir o post anterior por evento. Fica mais facil pra achar o que se está procurando e a leitura fica mais organizada.

Até amanha!

domingo, 20 de fevereiro de 2011

All Star Weekend 2011 - Parte I

Já começo pedindo desculpas pelo post imenso de hoje, mas como ele é cheio de vídeos e bem descontraído, ele é bem mais de boa de ler do que as análises de costume.


BBVA Celebrity Game

Já estamos no domingo desse All Star Weekend e, pra minha surpresa, tem sido um All Star Weekend acima do que a gente está acostumado, pelo menos até aqui. O ASW não é um evento (Afinal, o ASW é uim grande evento com vários menores) pra ser levado a sério, é pra se divertir, assistir com a cabeça aberta e dar uma relaxada, mas as vezes o que a gente vê lá não da nem pra divertir nem relaxar e a gente acaba mudando de canal pra ver os gols do Paulistão ou as tretas do BBB. Mais ou menos como aquele amistoso da seleção brasileira que acaba ficando tão chato, mas tão chato que voce acaba dormindo ou usando a TV pra ver um filme. E eu confesso que achei que esse ia ser o esquema predominante quando vi que tinham chamado o Justin Bieber pro jogo das celebridades (que alias é geralmente o evento mais chato do ASW).

Mesmo o BBVA Celebrity Game sendo o evento mais chato, do tipo que a gente pouco liga pra quem vai estar jogando, eu fiquei meio incomodado porque achei que era uma decisão de chamar alguém que não tinha porcaria nenhuma a ver com basquete e que era um ídolo teen (em geral do público feminino, beleza, mas enfim) numa tentativa tosca de fazer mais gente assistir ao jogo, e achei que era um anúncio de que todo o fim de semana ia seguir esse tema. Mas confesso que me enganei. Conforme o fim de semana foi chegando deu pra ver que o Bieber (Por mais pentelho que ele seja) é alguém que gosta bastante de basquete e que sabe jogar e joga até bem, e que portanto chamar ele também envolvia basquete (lógico que a ideia tambem era atrair mais gente), e afinal chamar celebridades que gostem de basquete e joguem é exatamente a ideia do jogo, e a verdade é que ele foi uma das coisas mais divertidas do geralmente monótono jogo das celebridades, assim como ver o Scottie Pippen dar um toco no garoto só levantando o braço sem o menor esforço e o Secretário da Educação dos EUA dando um passe por trás das costas! Até que pra um jogo que costuma ser chato foi bem animado, teve jogadas bem legais e deu pra gente se divertir enquanto esperava o jogo dos calouros contra "veteranos", que geralmente é bem divertido também. Os melhores momentos do jogo tão logo ai embaixo. No final, o MVP foi o Bieber, que aliás tem um arremesso feio pra cacete.


Rookies vs Sophomores Challenge
Depois desse surpreendentemente bom aperitivo, foi a vez do jogo dos rookies contra os sophomores. Geralmente é um dos eventos mais divertidos do All Star Weekend, a molecada aproveita pra se divertir e se exibir um pouco e geralmente é um jogo onde ninguém se mata mas onde rola uma certa vontade de vencer e um pouco mais de vontade do que no jogo principal. Infelizmente esse jogo não foi bem assim. O grande astro do jogo, Blake Griffin, jogou pouco porque afinal iria participar dos três dias do ASW, ninguém estava nem um pouco interessado em defender (talvez só o Dejuan Blair, e olhe lá) e era um festival de cestas livres de um lado, alguem colocava a bola em jogo pro outro lado, cesta livre do outro lado, e ficava nisso. Chegou a ficar bem entediante as vezes, só nos minutos finais a molecada mostrou algum interesse em ganhar a partida e foi uma decepção o jogo, enterradas são legais mas quando elas são dadas sem ninguém em volta elas começam a perder a graça. Parecia que o técnico dos dois lados era o Don Nelson (Se bem que tinhamos Amare Stoudamire e Carmelo Anthony, não tava tãaaao longe) e todo mundo seria chicoteado se levantasse os braços e tentasse defender. Ou fingir que defendia. A partida valeu só por alguns lances bem legais, em especial a ponte aérea sensacional do John Wall, que foi o MVP do jogo após quebrar o recorde da história do confronto com 22 assistências, pro Blake Griffin a partir de um passe 'picado' e muito criativo.


Foi engraçado, quando o Griffin estava em quadra, ver como todo mundo brincava de Baron Davis e ficava jogando a bola pra cima da forma mais absurda possível pra ver o moleque enterrar de qualquer jeito possível. Mas no final ele ficou pouco em quadra e quem aproveitou pra fazer a festa foi o DeMarcus Cousins, que mostrou que é um fominha mesmo e fez mais de 30 pontos. Aliás, pra um fominha, até que ele fez um passe bem legal.


No final, os calouros aproveitaram uma boa sequência e finalizaram de vez a partida. Os melhores lances podem ser vistos no vídeo abaixo também.



E pra finalizar com estilo, o John Wall e o Wesley Johnson quiseram deixar uma marca da passagem deles por lá.


E no final do jogo, o Craig Sager ainda teve tempo de ser babaca e zuar o Cousins na frente do ginásio todo quando o Wall recebeu seu troféu de MVP falando que o Cousins não gosta quando não recebe a bola, por causa da briga que ele teve com o Donte Greene semana passada quando ele passou a bola pro Tyreke Evans e não pro novato pra um arremesso decisivo num jogo contra o Thunder. Beleza, o calouro é esquentadinho e fominha, mas não precisava jogar isso na cara dele na frente de todo mundo. Alem disso, o talento do moleque é bem real, e ele não usa ternos tão feios quanto o Sager.

Haier Shooting Star, Skill Challenge e Three Point Contest

No dia seguinte, começamos com a Haier Shooting Stars, um evento onde os times são formados por três competidores a partir de um estado ou cidade: um jogador atual desse estado ou cidade, uma jogadora da WNBA e um ex-jogador, e tem que acertar seis arremessos de diferentes pontos da quadra, inclusive uma bola do meio dela. Quem ganhou foi o Team Atlanta, que tinha o Al Horford do Hawks, a Coco Miller do Atlanta Dream, e o ex-jogador do Hawks Steve Smith. Eu acho esse evento bem chato, mas pra quem quiser ver, está aqui o vídeo, pessoalmente me recuso a postar aqui no blog. O melhor comentário que eu posso fazer sobre o assunto foi um que eu vi no twitter, onde aliás várias pessoas mandaram. Se um time tivesse o Kevin Love, ganharia com tempo recorde. Não entendeu porque? Clique aqui e aqui, vale a pena ver ele acertando arremessos de qualquer lugar da quadra.

Depois veio a competição de habilidades, onde o Russell Westbrook se classificou para a final contra o Stephen Curry só pra pagar mico, foi uma das atuações mais esquecíveis que eu lembro de ter visto nesse evento. Por falar em esquecível, o Chris Paul também vai perder uns fãs e até uns votos no quesito 'melhor armador da NBA' depois dessa aqui. No final o Curry, com sua cara de bebê, foi aproveitar pra ganhar um carinho de uma guria com a camisa do Warriors e mais cara de criança que ele ainda, todo malandrão. Aliás, o Curry parece mais um armador da escola Steve Nash, ótimos arremessadores que não enterram, embora o Curry nem de longe seja tão engraçado como o Nash, nem tão bom passador. Ninguém na NBA é nenhum dos dois, de qualquer forma. Se querem ver a disputa desleal entre Curry e Westbrook na final, só ver o vídeo abaixo.




Depois veio a competição de três pontos, contando com o atual campeão Paul Pierce e o atual recordista de bolas de três na NBA, Ray Allen. Mas no final quem levou a melhor foi o Miami Heat. Depois de contratar Chris Bosh, Lebron James e juntar os dois com o Dwyane Wade, quem acabou levando o primeiro título do ano pra Miami foi o James Jones. Beleza que eu acho improvável que eles coloquem uma bandeira no ginásio em homenagem ao JJ, mas pelo menos ele pode tirar um sarro do Lebron e do Wade antes do próximo treino, pelo menos até que os dois enterrem na cabeça dele. Mas antes disso, o Daniel Gibson passou vergonha em nome do Cavaliers e o Kevin Durant fez uma atuação péssima e esquecível, e não deu pra não lembrar do Westbrook no evento anterior. Tou começando a achar que eles fizeram de propósito pra diminuir o hype que começou em cima do time depois da temporada passada, os dois foram mal demais. No final, o nível foi bem baixo e eu quase (QUASE!) senti saudades do Jason Kapono e do Deaquan Cook. Triste, triste...


Slam Dunk Challenge
Mas ai chegou o principal evento da noite, e que também muitas vezes é a grande decepção da noite: o campeonato de enterradas. E, no final, valeu cada segundo de espera! Foi uma das competições mais sensacionais que eu vi na vida e teve um nível altíssimo, qualquer um dos quatro participantes merecia um prêmio só pelo nível das enterradas que fizeram ontem. O último colocado foi o Serge Ibaka, que não só foi excelente como também deu azar. Na primeira enterrada dele, ele imitou as lendárias enterradas do Michael Jordan e do Dr J (Que aliás estava de juiz na competição), enterrando pulando da linha do lance livre.


A enterrada foi bem legal e também foi de primeira, e de certa forma foi até mais dificil que a do Dr J e do Jordan: ele pula de trás da linha do lance livre e é bem maior e mais pesado, não é fácil enterrar daí. Mas infelizmente ele apenas colocou a bola dentro da cesta, não conseguiu dar uma cravada de verdade, e acho que só por isso não ficou com o 10, porque foi só isso que faltou mesmo pra essa enterrada. Na segunda tentativa, ele fez um pouco de graça e acabou ficando bem legal, um molequinho disse que seu brinquedo estava preso no aro e pediu ajuda pro Super Ibaka pra resgatar. Ele resgatou... com os dentes!!



A idéia foi criativa e a enterrada foi legal e bem difícil, mas novamente teve um problema: ele errou a enterrada na primeira tentativa. Beleza, não é o fim do mundo ele tentar duas vezes, ams pra uma enterrada dessas tem que acertar de primeira, ainda mais porque teve que parar tudo pra colocar novamente o bichinho no aro. Ficou com a pior pontuação, mas fica também com um moral enorme, foi melhor que muito ganhador do torneio recentemente.

Depois veio o injustiçado, DeMar DeRozan. Ano passado ele ja tinha participado e perdido a final para o Nate Robinson, teve até uma enterrada bem legal que tirou nota 10 dos cinco jurados. Dessa vez ele voltou bem preparado, e primeiro ele contou com uma ajudinha pra uma tenterrada muito boa mas que, infelizmente, também perdeu seus pontos porque errou bastante até finalmente acertar, uma pena porque a tenterrada foi muito legal.



Na segunda, o DeRozan deu show. A força da enterrada, a dificuldade, a plástica do movimento, foi a melhor enterrada da noite nesse sentido, de longe. Foi de primeira, foi criativa, não foi exagerada mas foi perfeita. Nota 50 com muito orgulho pra essa enterrada. A verdade é que o DeRozan merecia ir para a final por essa enterrada sozinha, mas não foi por muito pouco.



Depois veio um dos nomes mais doidos da NBA, o grande JaValle McGee. A primeira enterrada dele foi sensacional, um misto excelente de criatividade, habilidade e enterrada pura e simples, ele enterrou duas bolas em duas cestas, e ainda a segunda foi uma bela cravada.

Alto nível de dificuldade, daqueles que voce nem liga se ele demorou quinze vezes pra acertar, eu juro que duvidava que fosse dar certo. A segunda, é meio estranha. É daquelas que ou voce ama ou voce odeia, da 10 ou da 6 (mínimo possível da competição). Ele enterrou TRÊS bolas na mesma tabela, com uma ajudinha do Wall. 


Nota 10 pela criatividade e pela dificuldade (de novo), mas eu confesso que não achei essa enterrada tão boa. Muito criativa, bem legal, mas não foi nem de longe uma enterrada bonita ou emocionante, ele simplesmente colocou as três bolas em cima do aro, não foi nem uma enterrada direito, se ele tivesse pego a terceira bola e cravado com força eu teria gostado mais. Ele já tinha ganho uma pela criatividade, podia ter feito algo mais impactante nessa. MAs mesmo assim, foi suficiente pra ir pra final.

Por último, tivemos o Blake Griffin, o queridinho local, queridinho da NBA, rei das enterradas e da cabeça do Timofey Mozgov. Ele começou com uma enterrada simples, direta e excelente, um 360 estilizado, plástico, difícil e com bastante força. Grande estilo, grande enterrada, e de forma simples e sem exageros.


A segunda do Griffin foi, em uma única palavra, uma pena. Uma pena porque a enterrada que ele queria dar e que seria alucinante não deu certo, ele tentou, tentou e o Baron Davis também não ajudou porque não acertava um maldito passe pra ele. No final, ele acabou dando uma enterrada legalzinha, que com ele claro que ficou boa, mas que foi a mais fraca desse campeonato até então.


Não merecia ter ido por ela até a final, ainda mais depois do que fez o DeMar DeRozan, mas é claro que todo mundo tava pagando pra ver o que o Griffin ia fazer na final e não tinha como ele ficar de fora. Uma pena, porque o DeRozan foi sensacional, mas digamos que valeu a pena a injustiça.

Chegamos, então, na final, e o Griffin começou mostrando que tava louco pra levar o troféu pra casa. Não que eu ache que ele tinha que se esforçar muito, a votação é por voto popular e por isso ele iria levar de qualquer jeito, mas ele começou dando uma enterrada sensacional.


A enterrada foi doida e absolutamente sensacional, ela lembra muito essa enterrada do Vince Carter, mas muito mais dificil. Não que a do Carter tenha sido facil, foi sensacional, mas fazer isso indo direto pra cesta é uma coisa, outra é pegar o 'passe' da tabela atrás do corpo, dar a enterrada e ainda conseguir colocar todo o antebraço dentro do aro, é de outro mundo. Eu ainda acho que ele poderia ter colocado a perna se quisesse, mas tudo bem, já foi bem legal. O McGee, então, respondeu com o que eu cobrei dele antes: Menos criatividade e mais plástica. Ele respondeu muito bem.


Foi uma ótima enterrada, ele quase bateu a cabeça na tabela e quando voce ve o replay percebe como a enterrada foi boa.  Essa foi a vez dele deixar a criatividade de lado e ir pra ignorância, e o resultado acabou sendo muito bom.

Ai o bastão voltou pro Griffin. E ele não ia deixar largar, foi a hora de apelar pra ignorância. Ele primeiro trouxe um carro, que parou embaixo da cesta. Depois, ele trouxe um coral infantil pra cantar I Believe I Can Fly. E depois, pra humilhar nós, meros mortais, ele pulou por cima do capô de um carro e deu uma belissima cravada recebendo um passe do Baron Davis de dentro do teto solar.


Eu preciso comentar o quanto essa enterrada foi alucinante?? Beleza, foi um teatro exagerado pra burro e o capô é a parte mais baixa do carro, mas criou um clima incrível, a galera tava quase pulando, e ainda ganhou bônus pela cara de bobo do Davis saindo do teto solar com a bola na mão, e... ele pulou em cima de um carro, caramba!! E também se arriscou bastante, até porque ele tinha que acertar essa de primeira, se errasse ia acabar todo o clima que ele criou no ginásio com seu coral e a entrada do carro. E ele agarrou a bola no ar, voou uns três metros (O quanto ele fica no ar é incrível), deu uma belíssima cravada e o ginásio simplesmente veio abaixo, explodiu, ninguém calava a boca nem por decreto. Foi linda, foi inovadora, foi doida e foi simplesmente explodiu o ginásio. O ginásio todo tava berrando, ele só tinha aquela chance pra acertar, e acertou. Só por essa enterrada, ele tinha que ganhar.

E eu não entendi se o McGee sentiu a porrada ou o que foi, se ele não esperava chegar na final, mas acontece que o McGee fechou o campeonato de forma extremamente patética.


Foi triste, ele podia ter conseguido melhor. Ele jura que o Ibaka usou a enterrada que ele ia usar com o boneco e por isso ele ficou sem nada, no melhor estilo 'ele roubou minha bala', mas o fato é que essa enterrada merecia ter desclassificado o McGee e chamado o DeRozan pra tentar dar duas enterradas e ganhar do Griffin, o que seria impossível.

Foi um tremendo evento, altíssimo nível, grandes enterradas, muita criatividade e um show do Griffin que deve ter feito até o Tim Duncan dar uns pulos de emoção, eu fiquei surpreso que o Staples Center não desabou. Foi a melhor competição dos últimos anos e sem dúvida a melhor que eu vi na vida, e os quatro participantes estão de parabéns. Agora tem o All Star Game, que vai ganhar post próprio. Palpites??

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Offseason - Free Agency

"Ele!? Não, pô! Me escolhe aí!"

Sim, galera, acabou a temporada da NFL. Agora, uma das partes mais legais da temporada começa! A off-season sempre marca a formação dos times para a temporada seguinte, e, como não pode faltar em todo ano da NFL, contratos estão acabando e a lista da Free Agency está enorme.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! O que é a Free Agency?!"

Calma, meu chuchuzinho, o titio vai explicar. A free agency é, nada mais, que a lista de jogadores cujos contratos expiraram e, a partir desse momento, estão livres para negociar com outras franquias da liga.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Os cara lá da Enéféu num pódi mudá dus time no meio do ano?!"

Sim, meu querido. Eles podem. Porém é extremamente arriscado para o jogador, que pode não se encaixar bem no playbook do time que o contrata, e nada lucrativo para o time que o perde.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que si acabô us contrátu, us cara vazum logo dus time?"

Não, não, amorzinho. Existe, dentro do regulamento da NFL, um artigo que permite às franquias segurar os jogadores que têm mais de 3 anos de serviço, jogando por elas. São os Restricted Free Agents (Jogadores livres restritos). No caso desses jogadores, a franquia tem a prioridade na renovação do contrato do jogador. Se uma franquia oferece um contrato mais alto, sua atual franquia tem o direito de igualar a oferta e se manter com os direitos do jogador.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que us jogadô fica as vida inteira nu mêmo time!?"

Pelo contrário! Assim como existem os Restricted Free Agents, existem os Unrestricted Free Agents (Jogadores livres Não-Restritos). São aqueles jogadores cujo contrato expirou depois de 6 anos ou mais de serviço à franquia. Esses jogadores ficam completamente livres para negociar com outras franquias, sem benefício algum às suas franquias atuais.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que tudu us jogadô da Néfiél tão nessas situação?!"

Não. Além disso existem os jogadores cujos contratos não acabaram, dã! Além disso, existem os jogadores que estarão no Draft desse ano, jovens vindos do College que, através de um sistema de escolhas, entrarão na NFL. Isso nos leva ao último caso dos free agents. Os Undrafted Free Agents (Jogadores livres Não-Escolhidos no Draft). Os jogadores que vieram do college e não são draftados são, automaticamente, colocados nessa lista. Eles, assim como os Unrestricted Free Agents, estão completamente livres para negociar com qualquer franquia.

"Ah, tio! Qué dizê nitão que si um time tem as moráu, ele sai pegano tudu que é doido?!"

Hoje em dia, sim! A NFL tinha, até o ano passado, um sistema de Salary Cap (teto salarial) que impedia que um time tivesse uma lista de pagamento enorme, equilibrando assim a distribuição dos free agents pelos times. Porém, ano passado, resolveu-se que não se usaria o Salary Cap. Esse ano, ainda não se sabe como será feito esse controle, se é que será feito. Inclusive essa é uma das maiores brigas da liga, e que, inclusive, trás rumores de uma possível greve, que pararia a NFL por um ano, o que eu, sinceramente, não acredito.

"Esse tio é dos lokera, mano, insplicô tudim! Vô até pega uns Fieident pá mim!"

Não. Isso ainda não é tudo! A NFL trabalha com um sistema de "Jogadores de Franquia". São jogadores de uma grande importância para uma franquia (citemos aqui Peyton Manning, que se encaixa no caso), que, mesmo com seu jogador tendo mais de 6 anos de serviço à franquia, são beneficiadas na renovação do contrato desses jogadores. Porém, cada franquia tem o direito de "marcar" dois jogadores por ano. Mas não da mesma forma. A NFL usa 2 Tags ("marcas"). A Franchise Tag, mais forte, permite que uma franquia "prenda" um jogador que esteja prestes a se tornar um Unrestricted Free Agent, se certas condições contratuais forem devidamente seguidas. A Franchise Tag pode ser:

- Exclusiva, não permitindo que o jogador negocie com outras franquias, mas, para isso, a franquia precisa oferecer um contrato de um ano com o maior valor entre: A média entre os 5 maiores salários da posição do jogador ou 120% do seu salário anual antigo

- Não-Exclusiva, permitindo que o jogador negocie com outras franquias, oferecendo as mesmas condições contratuais dos exclusivos. Porém, no caso do jogador assinar com outra franquia, seu antigo time recebe, como bonificação, duas escolhas de primeiro round nos drafts seguintes.

Além disso, existe a Transition Tag, que permite, praticamente, que a franquia transforme um Unrestricted Free Agent em um Restricted Free Agent por temporada. Leiam bem. Eu disse "praticamente". A Transition Tag é uma ferramenta que possui clausulas complicadíssimas, que, se eu fosse parar aqui pra explicar, esse post deixaria de ser sobre a free agency e passaria a ser sobre Poison Pills, malandragem usada por alguns times para burlar as Transfer Tags.

Até agora, os jogadores já marcados pelas Franchise Tags esse ano são:

Logan Mankins - Guard - New England Patriots (Não Exclusivo)
Michael Vick - Quarterback - Philadelphia Eagles (Exclusivo)
David Harris - Linebacker - New York Jets (Não Exclusivo)
Vincent Jackson - Wide Receiver - San Diego Chargers (Não Exclusivo)
Haloti Ngata - Defensive Tackle - Baltimore Ravens (Não Exclusivo)
Peyton Manning - Quarterback - Indianapolis Colts (Exclusivo)
Tamba Hali - Linebacker - Kansas City Chiefs (Não Exclusivo)

"Quanta dificudádi! Fala logo dus mano que tão sem time aí, véi!"

A lista da free agency, como todo ano, é extensa e apresenta jogadores importantíssimos para suas franquias. Por isso, é errado dizer que todos os jogadores presentes na lista serão transferidos. Na verdade, grande parte deles acaba renovando seu contrato com suas atuais franquias. Então, os comentários aqui serão feitos apenas sobre os mais importantes da lista, separados por posição. No final, a lista completa será postada, para que vocês, leitores, analisem e tirem suas próprias conclusões!

"Anda lóóóógu, véi!"
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- Quarterbacks

A lista é grande, porém, um Quarterback importante para seu time, geralmente, não sai. É o caso de Peyton Manning, que já recebeu a Franchise Tag Exclusiva do Indianapolis Colts e, muito provavelmente, renova seu contrato. Por ser uma posição chave e que requer muito estudo de playbook e de forma de jogar, além do modo de jogo a ser adaptado com um novo quarterback, as transferências são raras. Porém, alguns casos se fazem necessários.

É o caso do Minessotta Vikings, que tinha o veterano Brett Favre como seu QB. Porém, Favre está fora da liga. Anunciou sua décima quinta aposentadoria, ainda dizendo que dessa vez é real. Porém, mesmo assim, seu contrato com os Vikings expirou, e, depois da pífia temporada de 2010, é muito difícil que o time dos Vikings queira renovar o contrato do vovô. Pela lógica, o QB de Minessotta voltaria a ser Tarvaris Jackson, que não desperta muita confiança. Porém Jackson também terminou seu contrato, se tornando um Free Agent. Com isso, os Vikings tem três opções:

- Renovar o contrato de um dos dois QBs e arriscar. (Difícil que se escolha por essa opção)
- Buscar um calouro no Draft e arriscar. (É mais risco que a renovação, acho quase impossível que caiam pra esse lado)
- Trazer algum QB da Free Agency. (Bela opção)

O mesmo caso acontece com o San Francisco 49ers, onde os QBs Alex Smith e Troy Smith encerram seu contrato nessa off-season. Porém, a estrada do 49ers se torna mais fácil, tendo em vista que ambos são QBs novos e não tão caros. A renovação dos 2 seria a melhor saída, para um time que cresceu de produção no final da temporada.

Outra situação preocupante é a do Washington Redskins, que teve problemas com o excelente veterano Donovan McNabb, que perdeu a vaga (mesmo o time já estando virtualmente fora da pós temporada) para o reserva Rex Grossman (o mesmo que levou o Bears ao Super Bowl em 2006, fraco), que teve atuações até melhores que a do titular, mas que termina seu contrato agora. A dúvida é: McNabb se recupera esse ano? Não seria o caso de ter um backup melhor que o Grossman?

Na onda dos backups, o Chicago Bears entra com força total. Já era comprovado que o time sofria de uma forte carência de reservas para o muitas vezes problemático Jay Cutler. Mas o problema se agrava à medida que os 2 reservas, Todd Collins e Caleb Hanie, terminam seu contrato nessa off-season. Caleb Hanie, inclusive, mostrou bom braço na final de conferência, quase levando o Bears ao empate contra o campeão Green Bay Packers. Mas não seria o caso de ter alguém como o não aproveitado Seneca Wallace, cujo contrato também expirou, como backup?

O caso mais significativo entre os QBs é o do Seattle Seahawks. Matt Hasselback está ficando velho. Mesmo assim, mostrou, nos playoffs, que ainda tem lenha para queimar. O veterano encerra seu contrato, e a questão fica. Seria a hora dos Seahawks investirem numa renovação de um time que não figura entre os grandes da NFL há algum tempo, ou seria a hora de ver até onde o velho Matt pode ir e arriscar na manutenção e no entrosamento de um time liderado por um jogador cuja carreira não dura mais tanto tempo?

A lista dos Quarterbacks sem contrato é:

Peyton Manning
Michael Vick
Brett Favre
Seneca Wallace
Matt Hasselback
Matt Moore
Alex Smith
Matt Leinart
Marc Bulger
Todd Collins
Caleb Hanie
Brady Quinn
Drew Stanton
Trent Edwards
Luke McCrown
Brodie Croyle
Chad Pennington
Tyler Thigpen
Tarvaris Jackson
Jim Sorgi
Kellen Clemens
Kyle Boller
Bruce Gradkowski
Dennin Dixon
Billy Volek
Troy Smith
Kerry Collins
Rex Grossman

São diversas opções para diversos problemas. Mas será que são opções válidas?

"Viji Maria! Tem time pra issu tudigente jogá!?"

Atualizando: O Celo esqueceu da grande estrela da classe de free agents de QBs de 2011: O Free Agent moral, Jamarcus Russell!
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- Running Backs

Essa sim é uma lista enorme. E importante. Muitos BONS Running Backs não aproveitados devem sair e buscar uma vaga em times que estão precisando. Porém é aqui onde veremos o maior número de Franchise Tags.

É o caso de Michael Bush. O jogador do Oakland Raiders ficou boa parte do ano à sombra de Darren McFadden, mesmo que tenha tido algumas excelentes atuações. Outros RB nessa mesma situação são Darren Sproles - praticamente deixado de lado com o crescimento de Mike Tolbert - Derrick Ward, Brandon Jackson, e outros.

Um caso curioso é o do Miami Dolphins. Seus dois RB, que, nessa temporada, não foram bem, estão na lista. Ronnie Brown e Ricky Williams devem se separar. Provavelmente Miami só renova com um deles, e sai em busca de reforços pra outras áreas mais carentes de seu jogo.

A lista é reforçada por craques como Arian Foster, DeAngelo Williams, BenJarvus Green-Ellis, Pierre Thomas, além de muitos outros, alguns deles devem receber as marcações de seus times, como o caso do Foster.

Expectativas em cima do veterano Brian Westbrook, que, na última temporada, pelo San Francisco 49ers, entrou no lugar do contundido Frank Gore e, quando nada se esperava dele, mostrou que ainda tem muito gás e pode ajudar times que sofrem com a falta de um bom RB.

A lista dos RB:

DeAngelo Williams
Arian Foster
Ahmad Bradshaw
Cedric Benson
Mike Tolbert
Darren Sproles
BenJarvus Green-Ellis
Ronnie Brown
Ricky Williams
Michael Bush
Pierre Thomas
Leon Washington
Vonta Leach
Le'Ron McClain
John Kuhn
Tim Hightower
Jerious Norwood
Mike Bell
Laurence Marooney
Kevin Smith
Brandon Jackson
Derrick Ward
Joseph Addai
Mike Hart
Patrick Cobbs
Sammy Morris
Kevin Faulk
Fred Taylor
Danny Ware
Jerome Harrison
Mewelde Moore
Brian Westbrook
Kenneth Darby
Michael Spurlock
Cadillac Williams
Jason Snelling
Brian Leonard
Lawrence Vickers
Jerome Felton
Korey Hall
Lex Hilliard
Naufahu Tahi
Tony Richardson
Heath Evans
Marcel Reece
Ahmard Hall

"Essis negu tudo são aqueles que recebe as bola pá corre?!"
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- Wide Receivers

Nessa lista temos algumas curiosidades, e é possível que vejamos, também, algumas tags aqui. É o caso do já marcado Vincent Jackson, que não sai dos Chargers esse ano.

Os consagrados veteranos Terrell Owens e Randy Moss estão disponíveis no mercado. Moss é praticamente certo de sair dos Titans. Já Owens terá problemas na sua renovação. Como o RB Cedric Benson também encerra seu contrato, o Cincinatti Bengals não protegerá os 2 jogadores com a tag. A procura será forte pelo jogador que não a receber.

Outros ótimos WR encerram seu contrato. Santonio Holmes vem sem tags para a lista, Santana Moss já foi liberado pelo Redskins, e ainda esperamos notícias sobre Sidney Rice, Braylon Edwards, Malcom Floyd, Mike Williams, Steve Breaston, Mike Sims-Walker, TJ Houshmandzadeh, Legedu Naanee e Lance Moore.

A lista dos WR fica com:

Vincent Jackson
Sidney Rice
Santonio Holmes
Braylon Edwards
Malcom Floyd
Steve Smith (NYG)
Terrell Owens
Randy Moss
Mike Williams
James Jones
Steve Breaston
Early Doucet
Brian Finneran
TJ Houshmandzadeh
Rashied Davis
Devin Aromashodu
Chansi Stuckey
Sam Hurd
Jacoby Jones
Mike Sims-Walker
Kevin Curtis
Hank Basket
Greg Lewis
Lance Moore
Courtney Roby
Derek Hagan
Darius Reynaud
Brad Smith
Johnnie Lee Higgins
Legedu Naanee
Ben Obomanu
Laurent Robinson
Danny Amendola
Mark Clayton
Maurice Stovall
Santana Moss

"Eu já tô todus perdidos quesses nômi tudo."
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- Tight Ends

Eles protagonizaram alguns dos melhores lances do ano. Inclusive grandes defesas, como a do New York Jets, tem sérios problemas com bons Tight Ends.

A lista dessa temporada não vem com astros do calibre de Tony Gonzales, mas ainda assim é boa e pode reforçar alguns times.

Zach Miller, do Oakland Raiders, não deve sair. Além dele, Randy McMichael, do San Diego Chargers, deve ficar por onde está.

Além deles, temos Mercedes Lewis, Owen Daniels e Bo Scaife, esses dois últimos brigarão pelo lugar no time do Texans.

A lista dos TE:

Zach Miller
Mercedes Lewis
Owen Daniels
Kevin Boss
Ben Patrick
Dante Rosario
Desmond Clark
Reggie Kelly
Alex Smith
Leonard Pope
Joey Haynos
David Rhomas
Matt Spaeth
Kris Wilson
Randy McMichael
Daniel Fells
John Gilmore
Bo Scaife

"O quequessis caras fazi?!"
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- Ofensive Line

Esses jogadores devem receber uma procura enorme nessa temporada. Times como o Bears, que sofreram com a fragilidade de sua linha ofensiva, devem investir pesado para a contratação desses jogadores.

Os holofotes ficam principalmente em cima do veterano Alan Faneca. No Arizona Cardinals, com a fraca campanha desse ano, dificilmente o jogador fica.

Além dele, Logan Mankins, Carl Nicks, Tyson Clabo e muitos outros aumentam a lista.

A lista dos OL/IL:

Tyson Clabo
Doug Free
Jared Gaither
Jammal Brown
Matt Light
Jermon Bushrod
Willie Colon
Alex Barron
Ryan Harris
Corey Hilliard
Rashad Butler
Charlie Johnson
Ryan O'Callaghan
Pat McQuistan
Ryan Cook
Zach Strief
Wayne Hunter
Khalif Barnes
Langston Walker
Mario Henderson
Trai Essex
Jonathan Scott
Jeromey Clary
Barry Sims
Sean Locklear
Adam Goldberg
John Greco
Jeremy Trueblood
Stephon Heyer
Carl Nicks
Logan Mankins
Davin Joseph
Harvey Dahl
Ryan Kalil
Daryn Colledge
Alan Faneca
Deuce Lutui
Lyle Sendlein
Justin Blalock
Chis Chester
Marshal Yanda
Olin Kreutz
Evan Mathis
Kyle Cook
Nate Livings
Kyle Kosier
Jason Spitz
Kasey Studdard
Mike Brisiel
Kyle DeVan
Mike Pollak
Rudy Niswanger
Casey Wiegmann
Richie Incognito
Nate Garner
Jonathan Goodwin
Kevin Boothe
Samson Satele
Reggie Wells
Scott Mruczkowski
David Baas
Chris Spencer
Leroy Harris
Will Montgomery

"É sério quessis gordim jogum tudu na Néfiél?!"
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- Punters/Kickers

Talvez essa temporada tenha sido a prova de como faz falta um bom Kicker ou Punter num time da NFL. A prova disso!? Shaun Suisham ainda deve estar olhando seu chute voar pro lado no Super Bowl até hoje.

A lista é curta, mas é EXCELENTE, com Kickers, como o consagrado Adam Vinatieri, livres para negociar.

Punters:

Adam Podlesh
Sam Koch
Daniel Sepulveda

Kickers:

Matt Prater
Ryan Longwell
David Akers
Adam Vinatieri

"Bota us Robértu Calos pra dar essas bicuda aí!"
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- Defensive Ends

Entramos nas defesas. E só conseguimos entrar porque esses loucos estão todos sem time! Nossa, que piada trash, desculpem.

A lista dos defensive ends conta com reforços como Mathias Kiwanuka e Cullen Jenkins.

Não é, dessa vez, uma lista tão forte, com jogadores decisivos, mas, para reforçar defesas fracas, é ótima, com jogadores não tão caros, mas que podem fazer uma boa diferença.

A lista dos DE:

Cullen Jenkins
Mathias Kiwanuka
Charles Johnson
Ray Edwards
Jason Babin
Shaun Ellis
Kenny Iwebema
Bryan Robinson
Jayme Mitchell
Robaire Smith
Stephen Bowen
Jason Hatcher
Marcus Spears
Cliff Avril
Turk McBride
Mark Anderson
Wallace Gilberry
Shaun Smith
Tony McDaniel
Brian Robison
Anthony Hargrove
Jimmy Wilkerson
Dave Tollefson
Victor Abiamiri
Nick Eason
Chris Hoke
Jacques Cesaire
Travis Johnson
Ray McDonald
CJ Ah You
Tim Crowder
Greg White
Dave Bell
Kedric Golston

"Olha u tamaim dessis malóki!"
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- Defensive Tackles

É. Definitivamente as listas de defesa não estão tão absurdas como as do ataque. Mas é o mesmo caso da lista dos Defensive Ends. Existem aqui boas jóias a serem lapidadas. Uma boa defesa, com um ou dois reforços dessa lista, podem se tornar excelentes defesas esse ano.

Os destaques da lista são o já tagged Haloti Ngata, logo, não deve sair, e Richard Seymour, esse, eu duvido que fique em Oakland. Ele tem muito a dar, e em Oakland ele não chegará tão cedo a ter condições de disputar um título.

A lista dos DT:

Haloti Ngata
Richard Seymour
Brandon Mebane
Aubrayo Franklin
Pat Williams
Alan Branch
Gabe Watson
John McCargo
Nick Hayden
Anthony Adams
Matt Toeaina
Andre Fullen
Shaun Cody
Antonio Johnson
Daniel Muir
Eric Foster
Ron Edwards
Paul Soliai
Fred Evans
Gerard Warren
Remi Ayodele
Barry Coefield
John Henderson
Chris Hovan
Clifton Ryan

"Mebane! Olha só! Us mano tá pedindo pra baní!"
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- Linebackers

Finalmente uma lista reforçada para as defesas! A oferta de Linebackers está boa, muitos times devem se reforçar pesadamente nessa lista.

O destaque fica com LaMarr Woodley, do Pittsburg Steelers, que, possívelmente, recebe uma tag e não sai. Mas ainda existem bons LB nessa lista.

A lista dos LB:

Chad Greenway
LaMarr Woodley
Tamba Hali
David Harris
Stephen Tulloch
Paul Posluszny
James Anderson
Rocky McIntosh
Thomas Davis
Barrett Ruud
Takeo Spikes
Stephen Nicholas
Mike Peterson
Tavares Gooden
Keith Ellison
Jamar Williams
Pisa Tinoisamoa
Nick Roach
Dhani Jones
Brandon Johnson
D’Qwell Jackson
Chris Gocong
Matt Roth
Jason Trusnik
Landon Johnson
Zach Diles
Kevin Bentley
Clint Session
Justin Durant
Kirk Morrison
Mike Vrabel
Quentin Moses
Ben Leber
Erin Henderson
Tracy White
Danny Clark
Scott Shanle
Chase Blackburn
Keith Bulluck
Thomas Howard
Kamerion Wimbley
Stewart Bradley
Ernie Sims
Omar Gaither
Antwan Barnes
Kevin Burnett
Stephen Cooper
Brandon Siler
Travis LaBoy
Manny Lawson
Will Herring
Leroy Hill
Matt McCoy
David Vobora
Quincy Black
David Thornton

"Imagina tomá uma atrupelada dessis manu!?"
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- Cornerbacks

Outra belíssima lista. O destaque fica com Antonio Cromartie, do Nwe York Jets, que já não receberá Franchise Tag. Além dele, Ike Taylor, Champ Bailey e Ronde Barber estão entre os possíveis negociados dessa temporada.

Negociações intensas devem acontecer com esses CBs.

A lista dos CB:

Champ Bailey
Nnamdi Asomugha
Brent Grimes
Carlos Rodgers
Ronde Barber
Antonio Cromartie
Ike Taylor
Richard Marshall
Brian Williams
Chris Carr
Fabian Washington
Josh Wilson
Drayton Florence
Richard Marshall
Corey Graham
Eric Wright
CC Brown
Brandon McDonald
Chris Houston
Josh Bell
Jason Allen
Travis Daniels
Brandon Carr
Al Harris
Lito Sheppard
Frank Walker
Kyle Arrington
Usama Young
Drew Coleman
Stanford Routt
William Gay
Paul Oliver
Dashon Goldson
Kelly Jennings
Roy Lewis
Justin King
Roderick Hood
Phillip Buchanon

"CB?! Essis aí são us manu çangui bãum!"
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- Safeties

Sim. Essa lista está LINDA.

Pra começar, Bob Sanders, dispensado do Indianapolis Colts, encabeça a lista que conta com Atari Bigby, Melvin Bullitt, Danieal Manning e Roman Harper.

Bullitt deve ficar em Indianapolis, substituindo Sanders. Mas ainda assim, ele não receberá a Franchise Tag, que ficou com Peyton Manning, por motivos óbvios.

A lista dos S:

Bob Sanders
Quintin Mikell
Roman Harper
Eric Weddle
Dawan Landry
Tanard Jackson
Bernard Pollard
Atari Bigby
Matt Ware
Haruki Nakamura
Tom Zbikowski
George Wilson
Gerald Alexander
Chinedum Ndukwe
Gibril Wilson
Danieal Manning
Abram Elam
Sabby Piscitelli
Alan Ball
Gerald Sensabaugh
Charlie Peprah
Anthony Smith
Melvin Bullitt
Sean Considine
Tyrell Johnson
Husain Abdullah
Brandon McGowan
Jarrad Page
Darren Sharper
Michael Johnson
Deon Grant
Brodney Pool
Eric Smith
Lawyer Milloy
Reed Doughty

"Essis manu são tudu tipu sapo, mano!"
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Com essa enorme quantidade de free agents, provavelmente teremos uma enxurrada de negociações nessa off-season, o que deixará nossas férias da NFL bem movimentadas.

Postaremos sempre as novidades, então fiquem ligados para as possíveis transações dessa inter temporada!

Se tiverem alguma novidade, nos mandem pelo e-mail tmwarning@hotmail.com.

Deixem seus comentários!
Abraços!

"Us comentário!? Que diabéiss?! Que coisa tris - - Ei, tio! O que tu vai fazer com essa faca?! Tio?! Ai medeus! Socorro! PÁRA TIU! AJUDAS ASAJ SAH ..."