Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Epílogo NFL - O limbo

Dream Team: Você está fazendo isso errado, Vince Young



Continuando nosso epílogo, vamos falar dos times que estão no nosso Power Rankings entre as posições 24 e 13, que são os times que estão no limbo - não sonham com nada, podem até ir aos playoffs mas sabem que seu time ainda está numa fase temporária, não é ruim o bastante pra pegar as primeiras escolhas do Draft nem bom o bastante pra ser relevante na pós temporada. Daqui ele pode destruir tudo e recomeçar, ou pode realizar algumas trocas ou contratações espertas (ou as vezes simplesmente esperar pela evolução de alguns jogadores e o fim de algumas lesões)pra tentar dar o próximo passo... Ou as vezes ele está parado num limbo tão federal que ele simplesmente está preso nele. Vamos ver como os times dessa categoria estão terminando a temporada...


24. Kansas City Chiefs
Pra mim, o Kansas City - por mais difícil que seja falar bem deles tirando uma vitória sobre o Packers - é um time que não tem porque se preocupar muito. A temporada 2011 do atual campeão de divisão estava perdida logo que começou, e só foi se agravando ao longo do tempo. O Chiefs perdeu:

a) Eric Berry, um jovem e extremamente talentoso Safety que só não ganhou séria consideração para Defensive Rookie of the Year em 2010 porque a temporada do Ndamukong Suh foi de nível All-Pro, mas ele é um jogador extremamente jovem e dinâmico, com muito potencial e que tinha tudo pra continuar evoluindo e se tornar o líder dessa defesa. Machucou antes da temporada começar.
b) Jamaal Charles, um dos melhores RBs de toda a NFL que também é jovem e vinha de um 2010 espetacular. Charles era o líder do ataque terrestre, que por sua vez era a âncora do ataque do time. Não só isso, Charles pra mim era um dos cinco melhores jogadores da posição na Liga, e machucou logo na primeira rodada.
c) Tony Moeki, Tight End segundo-anista, um jogador que dava um alvo atlético e grande para um time cujo corpo de recebedores é marcado por jogadores mais de velocidade. Moeki teve um bom 2010 e também machucou na pré temporada.
d) Matt Cassell, um bom (não espetacular, mas bom) QB que era capaz de levar esse time saudável aos playoffs. Pra um time com um WR calouro, um que tinha acabado de assinar sem uma offseason e com dois desfalques importantes, perder seu QB foi a gota d'água.

Mas a verdade é que, por mais que a temporada 2011 do Chiefs tenha ido pelo ralo, é um time que tem razão pra otimismo. As lesões evidenciaram ainda mais a ótima base que o time montou, um time que tem uma excelente defesa cheia de playmakers jovens como Berry, Derrick Johnson e Tamba Hali. Na verdade, a defesa do Chiefs deu muito trabalho a times fortes como Packers, Patriots e Steelers, é uma unidade que pressiona muito o QB adversário e tem uma ótima secundária mesmo sem seu Safety. No ataque, o corpo de recebedores - com a volta de Moeki - fica bem completo e o jogo terrestre voltando a ser uma força deve dar ao ataque o boost que tanto necessita. É uma grande defesa e um ataque que pode ser explosivo e conservador ao mesmo tempo. A dúvida aqui é até onde o Matt Cassell pode levar esse time. Pra mim o ideal era draftar o Matt Barkley, mas como ele não vai entrar no Draft...

Time extremamente desfalcado em 2011, boa defesa, muito jovem... Potencial imenso para esse time. 


23. Miami Dolphins
O Dolphins tem um 5-10 enganador, que faz o Dolphins parecer um time horrível. Tudo bem, o começo do time foi historicamente ruim (e puxou o record geral do time pra baixo), mas desde então o Dolphins mostrou o que a gente queria ver: Boa defesa, o Reggie Bush correndo pra 1000 jardas, e o time venceu vários jogos e cansou times fortes em outros. O problema do Dolphins é simples: Quarterback. Eles apostaram que o Chad Henne ia ser o QB do futuro do time, e ele até jogou bem (mas não demais) antes de machucar, mas acho que não mostrou ainda pra ninguém que ele pode ser um Franchise QB pra levar o time pra frente. O Matt Moore, que assumiu depois, mesclou jogos patéticos com grandes atuações, o que talvez iniba o time de tentar algo mirabolante nessa offseason pra adquirir um QB, mas eu dificilmente acho que o Moore seja a resposta pro futuro do time. Eles não estão mais na briga por Andrew Luck e é mais um time que foi "prejudicado" quando o Barkley preferiu ficar na NCAA mais um ano ao invés de ir pro Draft na NFL.


22. Chicago Bears
O Bears chegou a ter um momento na temporada onde pudemos acreditar que o time estaria na briga séria pelo título, era um time com uma defesa feroz, o Matt Forte em temporada espetacular e o Jay Cutler estava talvez jogando o melhor futebol da carreira. O time sabia pontuar, sabia defender, criava turnovers e parecia que seria um candidato sério a tentar tirar o Packers do topo da NFC nos playoffs. Ai vieram as contusões do Jay Cutler e do Matt Forte, veio Caleb Hanie, e o Bears perdeu seus útlimos cinco jogos antes de se conformar que fez besteira e que deveria ter tentado pegar um QB veterano decente. Sim, o Lovie Smith terminou de botar o prego no caixão do Bears, mas a verdade é que a chance do Bears de ser campeão já tinha sido afundada antes.

Ai vocês podem até pensar... Sem problemas, certo? A defesa é forte, e o ataque era arrasador antes das lesões. Agora é só reassinar com o Matt Forte e pronto, time saudável, é só recomeçar de onde parou. Mas infelizmente não é tão simples assim. O ataque do Bears era muito bom, mas a força do Bears estava sendo (ao contrário de 2010, onde a defesa levou um time mediano mais longe do que devia) o equilibrio entre ataque e defesa. O problema é que a defesa do BEars é velha, e cada ano que passa Brian Urlacher e Lance Briggs ficam mais velhos e perdem eficiência. Ainda são grandes jogadores, mas a defesa do Bears claramente está sentindo a idade. Por isso era importante que o time ficasse saudável e tentasse o possível enquanto a defesa ainda está jogando nesse nível. Eu não espero que a defesa fique ruim de uma hora pra outra, mas ela vai aos poucos perdendo pegada. O quanto antes o Bears ficar forte, melhor.

A chance do BEars aqui é aproveitar uma offseaon a mais pra reforçar as áreas carentes do time e sua depth pra compensar esse envelhecimento. Melhorar o corpo de WRs, a secundária (Um safety, especialmente) e principalmente a linha ofensiva são prioridades imediatas. Se o Bears fizer isso, da pra voltar forte em 2012.


21. Carolina Panthers
O Panthers tomou sua decisão, jogou tudo pra cima e decidiu reconstruir. Sua recompensa? Cam Newton, primeira escolha do Draft de 2011. Na época, eu estava desconfiado com o Newton, achei que ele não valia a primeira escolha de um Draft com Von Miller e Marcell Dareus do lado, e critiquei o Panthers. E bom... Eu peço desculpas. Olhando agora, posso falar que o Panthers tomou a decisão certa. Não vamos ficar cegos por números e falar que o Cam Newton é o melhor calouro de todos os tempos que nem os imbecis da imprensa sensacionalista andam fazendo comparando seus números ao de todo mundo, mas vamos falar o que da pra falar: Que ele é muito bom, tem muito a evoluir e tem tudo pra ser um grande QB na Liga, ta sofrendo os percalços de um calouro e ainda precisa maturar, mas potencial é o que não falta.

Dito isso, o Panthers ainda tem muito trabalho pela frente. Tirando o Steve Smith (Que não é nenhum mocinho), o corpo de recebedores é é fraco e a linha ofensiva do time não joga bem e muitas vezes esconde o bom jogo terrestre da equipe (não é fácil correr com uma O-line dessas) e a defesa tem bons jogadores que foram demolidos por lesões, mas ainda tem muitos buracos pra arrumar. Não da pra arrumar isso em uma offseason, mas o Panthers tem que continuar fazendo bem feito o Draft e a offseason pra continuar juntando as peças. Assim como o Colts vai buscar conseguir essa temporada, o Panthers já tem o núcleo em Jonathan Steward, Newton e Jon Beason. O resto vai vir com o tempo.


20. Arizona Cardinals
A NFL é uma Liga direcionada por QBs. Não que seja obrigatório, mas 90% das vezes um grande time vem acompanhado de um grande QB, e as regras caminham para que cada vez mais seja assim. Foi com essa mentalidade eles trocaram um Cornerback Pro Bowler e uma escolha de segunda rodada pelo Kevin Kolb. Na época a gente comentou que a troca até buscou o jogador certo, mas que estavam pagando um preço de salvador da pátria pra um QB que até agora só tinha jogado meia dúzia de jogos e tido atuações mistas e que nunca tinha provado pra ninguém que podia ser um grande QB, mas que o preço pago por ele ERA o de um grande Quarterback.

Agora, o Cardinals deve estar arrependido da sua decisão. Não só o Kevin Kolb não teve uma temporada bem ruim e marcada por lesões, como o Cardinals teve mais vitórias com o fraco reserva John Skelton do que ele (ta bom, o mérito do Skelton nelas não foi dos maiores, mas ganhou e ponto). E nessa troca, o time abriu mão de bastante coisa até pra ganhar muito pouco, o que nunca é um bom sinal. O time tem bons valores e a defesa começou a melhorar muito nos últimos jogos, mas ainda ta cedo pra falar que é um bom sinal. Na verdade, o bom sinal do time é jogar na NFC West e enfrentar o Rams duas vezes por ano. A linha ofensiva precisa de upgrade, o time precisa de alternativas ao Larry Fitzgerald no jogo aéreo, um bom cornerback, mais profundidade na defesa, mas mais do que tudo, de um Quarterback. E ele não é Kevin Kolb.


19. Seattle Seahawks
A defesa é boa e o Marshawn Lynch está tendo de longe a melhor temporada da carreira dele, e isso está enganando muita gente. A defesa é boa, mas não é dominante, e o ataque não é eficiente de forma alguma. E não é eficiente especialmente porque o seu QB chama Tarvaris Jackson e não Drew Brees. O engraçado do Seahawks é que ele não é um time horrível, o Lynch tem levado o time nas costas e a defesa tem segurando suas pontas, sem falar que poucos times tem um estádio que é tão difícil de jogar (pros adversários) como o Seahawks, o que faz dele um time perigosíssimo em casa. Mas o Seahawks pra mim é um time que está travado num lugar desagradável, o time que não é tão ruim pra jogar tudo fora (E também é bem caro) ou simplesmente ser ruim e pegar escolhas altissimas de Draft mas também não é tão bom pra disputar nada e nem tem uma base consistente pra dar um salto com uma ou duas offseasons, a não ser que troquem pelo Peyton Manning. Em outras palavras, é um time que vai ficar ali ganhando sete jogos por ano mas sem realmente ser um time relevante para a Liga.


18. San Diego Chargers
O Chargers vem cumprindo sua sina dos últimos anos, um time muito talentoso, capaz de defender e produzir em quantidade, mas que sempre chega perto, chega perto, mas morre na praia. Ano passado, o problema foi o Special Teams, que perdeu cinco jogos (!!) através de retornos pra TD de punt ou kickoff ou punts/FGs bloqueados. Essa temporada, foram os turnovers, o Phillip Rivers começou o ano numa sequência horrorosa que o levou à liderança de turnovers da NFL antes que ele colocasse a cabeça no lugar e voltasse a mostrar o grande jogo que tem. Mas claro que aí já era tarde demais.

O Chargers precisa antes de mais nada tomar banho de sal grosso. É muita zica. Depois, o Chargers precisa dar um jeito de aproveitar todos os grandes talentos do time: Eric Weddle, Shaun Philips, Ryan Matthews (Esse precisa parar de soltar a bola), Vincent Jackson, Antonio Gates e o próprio Rivers. O time precisa de reservas pra linha ofensiva, de mais alvos confiáveis e podia usar um pouco mais de bife na linha de frente da defesa, ams em geral é um time bem completo. Mas um time completo que se autodestroi sempre que tem a chance, e quando não tem a chance, eles mesmos criam. Alguém tem alguma dúvida de que esse time teria condições de vencer a AFC West? Claro que não. Mas não venceram e nem brigam por Wild Card, cortesia dos bilhões de turnovers da equipe. E terminamos essa temporada assim como terminamos as últimas oito do Chargers, nos fazendo a mesma pergunta: Será que ano que vem vai ser o ano?


17. Philadelphia Eagles
Se a temporada 2011 teve um perdedor, este foi o Philadelphia Eagles. Se você não passou os últimos sete meses em uma bolha, sabe muito bem o porque. O Eagles saiu da Free Agent com mais craque do que os morros do Rio: Assinou Nnamdi Asomugha, Jason Babin, Cullen Jenkins, Steve Smith e Vince Young, e ainda trouxe o Dominique Rodgers-Cromartie pela Free Agency. Isso, combinado a um bom núcleo que contava com Jason Peters, DeSean Jackson, Jeremy Maclin, Michael Vick, LeSean McCoy e Trent Cole formava um time que no papel não era só assustador, era absolutamente aterrorizante para a NFC. O time tinha falhas? Muito claras, uma linha ofensiva relativamente fraca especialmente pelo meio, a falta de bife no meio da linha defensiva e a falta de linebackers pra apoiar a defesa terrestre e a cobertura pelo meio da defesa. Mas era tanto talento e tantos jogadores que sozinhos podiam mudar uma partida que não dava pra deixar de imaginar que o time teria muito sucesso. Em condições normais...

Pelo lockout prolongado e a falta de offseasons, times que sofressem grandes mudanças estruturais ou de comando estavam destinados, na média, a sofrerem mais sem tempo para treinarem juntos.  E o Eagles passou pelas duas, também por causa do novo coordenador defensivo Juan Castillo.. Que curiosamente tinha sido o técnico de linha ofensiva do time nas últimas 17 temporadas. DE repente ele vai ser colocado pra treinar uma defesa com seis jogadores que nunca jogaram juntos e sem uma pré temporada. Essa falta de treino ia atrasar ainda mais um processo de adaptação que normalmente já é lento e gradual. Um pouco de inteligência na hora de jogar - ou seja, explorar as falhas do Eagles - e confiança nessa falta de entrosamento e conjunto do Eagles podia ser a receita pra vencer o time de verde. E foi o que aconteceu, mas não parou por aí: O Eagles nunca se achou. Ofensivamente, o Vick não conseguiu ficar confortável no pocket e não tomou as melhores decisões, levando a turnovers. E a defesa foi destruida porque o CAstillo foi um fracasso absoluto como Defensive Coordinator, não soube usar seus jogadores de forma eficiente mesmo com o execsso de talento da equipe. A falta de safetys da equipe após a lesão do Nate Allen também foi um fator determinante pra equipe.

O que poderia ser feito diferente na defesa? Em primeiro lugar, usar mais pacotes com os três cornerbacks - Asomugha, Cromartie e Assante Samuel - inclusive usando pacotes com o Cromartie executando uma função mista de safety-cornerback pra compensar a falta de safetys. Também podia usar pacotes com o Cromartie jogando próximo à linha de scrimmage pra cobrir a zona atrás da linha de scrimmage, um pacote híbrido pro CB que o Packers utiliza muito com o Charles Woodson. Os adversários souberam explorar as fraquezas do Eagles e o Eagles nunca conseguiu usar seus pontos fortes de forma eficiente. E agora o time precisa decidir se fica com Samuel e Jackson, e se vai mandar o CAstillo embora... o que deveria fazer sem falta, um coordenador defensivo decente, um pouco de sorte e esse time estará nos playoffs ano que vem. Uma offseason pode fazer milagres por esse time também.


16. New York Jets
Eu sei que agora estamos falando de times que podem estar nos playoffs, mas também são times que eu não posso levar a sério e pra mim não competem seriamente ao título. E começamos pelo Jets, por um simples motivo: Mark Sanchez.

Olha, eu sei que ele levou o Jets a duas finais seguidas de conferência jogando bem nos playoffs. Eu sei disso. Só considerem o seguinte:

a) Os dois times do Jets que foram campeões tinham a mesma forma de jogar: Correr com a bola trezentas vezes antes de passar com um ataque terrestre muito físico, cortesia de uma boa linha ofensiva e de um fator explosivo no backcourt (Primeiro Thomas Jones em ano espetacular, depois Ladainian Tomlinson dando um último gás na carreira). O Jets não tem mais um backcourt explosivo já que o gás do LT acabou e o Jones saiu, e o Shonne Greene ainda não conseguiu trazer o mesmo fator ao ataque, e também tem uma linha ofensiva muito fragilizada em relação aos dois últimos anos. Isso tirou o poder do jogo terrestre e o poder de controlar o jogo das mãos do Jets, que recorreu ao passe como sua arma.
b) A defesa do Jets sempre foi o fator determinante na equipe, uma unidade muito feroz que evitava ganhos, dava ao ataque boas posições de campo e forçava muitos turnovers. A defesa desse ano é muito mais fraca do que nos últimos anos, os safetys não conseguem mais fazer a cobertura eficientemente e a linha de frente parou de vencer as batalhas físicas. Ela não da mais o suporte que o ataque precisava, seja sob a forma de turnovers ou de baixas pontuações. Isso coloca ainda mais peso no ataque, especialmente no aéreo.

Some esses dois fatores e você chegará a conclusão que o Mark Sanchez é mais importante pro sucesso desse Jets do que de qualquer Jets dos últimos dois anos. E isso é o que está destruindo o time, porque simplesmente ele é bem ruim. Um QB que evita erros pode ser levado por uma grande defesa, e foi o que ele fez nos últimos anos quando chegou nos playoffs. Agora ele está precisando acompanhar o time e as vezes até levá-lo, e não está conseguindo. O Mark Sanchez vai ser o cara do futuro do Jets? Essa é a pergunta que eles vão ter que responder, e pra mim a resposta é não. Aliás, o Jets é um time bem capaz de fazer uma loucura pra pegar o Peyton Manning caso ele esteja disponível pra trocas depois do Draft.


15. Tennessee Titans
O Titans está cada vez mais tentado a colocar o Jake Locker de titular, mas a meu ver o Titans está jogando com absoluta perfeição a sua mão pós-draft. O Titans tem poucas chances de causar estrago nos playoffs esse ano, ainda mais com o Chris Johnson nessa fase. Pra que apressar e colocar o garoto pra jogar o tempo todo? Mantenham ele no banco, treinem o garoto com calma nos fundamentos que ainda lhe faltam (e ainda faltam alguns apesar de todo seu talento, em especial o jogo de pés) e montem o time pra ele simplesmente entrar, tomar comando e levar pra frente. A defesa é jovem, mas é muito boa, só que precisa de jogo e uma offseason. O ataque, ano que vem, deve ter um CJ melhorado com uma pré-temporada (embora eu não credite à falta de offseason os motivos da sua temporada horrorosa... Mas é uma possibilidade, certo?) e um Kenny Britt saudável. Se a defesa maturar o suficiente e o Titans quiser arriscar a sorte com o Locker, ele vai ser um jogador muito mais pronto e completo. Se achar que mais uma temporada vai fazer bem ao garoto, mantenham o Matt Hasselback, se ele ficar saudável é um bom jogador. Adicionar um Wide Receiver a mais, trazer outro safety e um pouco mais de força nos tackles já vão colocar esse jovem time num nível de playoffs.


14. Oakland Raiders
O Raiders é o time que representa o próprio limbo, e a culpa é deles porque eles confundiram a leitura que fizeram. Eles pensaram o seguinte: Se trocarmos por um QB que é muito interceptado, mas também é capaz de boas partidas, podemos ser um time realmente competitivo! A leitura correta seria que se eles fizessem toda essa joça, eles seria um time competitivo dentro da divisão, talvez o suficiente para ir aos playoffs seja por um wild card numa AFC fraca ou numa divisão ainda pior. O time investiu muitíssimo caro no Carson Palmer pra desistir agora, e também não tem escolhas pro próximo Draft que reforcem muito a equipe. É difícil desistir do seu time nesse momento, mas falta muita coisa pro time, começando pela linha ofensiva, passando pela saúde do ótimo Darren McFadden, chegando nos Wide Receivers (Eles tem jogadores rápidos, mas nenhum alvo confiável ou que exija atenção da defesa), e chegando à horrivel secundária do time. São buracos demais para um time tão caro, mas não da pra simplesmente desistir depois de pagar tão caro no Palmer. Agora eles tem que insistir com esse time, torcer pro McFadden ficar saudável e pro Palmer recuperar sua melhor forma, que eles podem chegar aos playoffs, mas dificilmente vão causar algum estrago por lá. Se eu torcesse para um time de playoff da AFC, eu adoraria enfrentar o Raiders nos playoffs. E será difícil para a equipe sair dessa posição nos próximos anos, pra mais ou pra menos.


13. Denver Broncos
Difícil falar isso, mas o Broncos não é um sério candidato ao título. Eu sei, eu sei... Um desses dois times (Raiders ou Broncos) vai aos playoffs, porque os dois estão aqui? Simples: Porque nenhum é bom o suficiente pra ser um dos 12 melhores times da NFL no meu critério, e nenhum deles assusta ninguem nos playoffs. Ou Cowboys ou Giants será eliminado semana que vem, mas garanto que nesse momento eles tiram mais sono dos outros times de playoff da NFC do que qualquer um desses dois da AFC.

O Broncos estava vencendo com um conjunto de três fatores, especialmente: Primeiro, sua defesa, que estava mantendo os placares baixos, ganhando boas posições de campo e forçando turnoveres. Era uma unidade feroz, com um pass rush assassino com a dupla Von Miller e Elvis Dumervil e com boa profundidade no geral. Segundo, seu jogo terrestre, que estava controlando o relógio, limitando o jogo aéreo (que tinha falhas tanto pela relativa dificuldade nos passes do Tim Tebow e sua péssima combinação de linha ofensiva e alvos) e usando seu ótimo option e as corridas do Tim Tebow pra aumentar sua eficiência e compensar por uma linha ofensiva bme fraca. E por fim, mantendo o jogo apertado pra trabalhar no play action e deixar o Tebow soltar o braço e fazer sua mágica nos finais de partida.

Esse modelo funcionou durante algum tempo, mas agora as limitações do time estão aparecendo cada vez mais. Os ataques aprenderam a lidar com a defesa do Broncos, limitando a dupla de pass rushers e explorando a falta de bons jogadores no meio da linha defensiva (A grande fraqueza dessa defesa) e uma secundária que não é ruim, mas também não consegue manter a cobertura por muito tempo, o que acontece quando o pass rush não pressiona o QB. Na defesa, os times perceberam que o grande trunfo do ataque do Broncos - o play action - tem um grave problema. Como o play action envolve um handoff falso e que o QB retome sua postura, ele naturalmente demora mais do que um drop back normal, o que por sua vez exige uma linha ofensiva que seja capaz de segurar o pass rush por mais tempo. E como o técnico John Fox não confia no Tebow passando sem ser pelo play action ou saindo do pocket (onde ele é menos preciso), os adversários do Broncos logo perceberam que só precisavam mandar nove jogadores pra cima da linha ofensiva do Broncos. Isso ao mesmo tempo evitava espaços para as corridas e também chegava no Tebow se ele ameaçasse fazer um play action. Como ele ainda não tem a precisão adequada pra passar sob pressão, como sua linha ofensiva não aguenta um segundo e como seus alvos ainda são muito ruins, essa estratégia engole totalmente o ataque do Broncos.

Eu acho que o Broncos tem futuro e tem mais é que insistir no Tebow. Uma offseason treinando com o John Elway e ele vai voltar muito melhor, ele está disposto a treinar até a exaustão pra melhorar seu jogo, e essa é uma qualidade essencial para um QB que chegou na NFL com tantas falhas. Ele vai treinar, vai se matar, e vai melhorar, e o Broncos vai virar um time melhor. Mas o Broncos tem que oferecer aos seus jovens jogadores a conjuntura para que possam continuar levando o time pra frente. O Broncos precisa de uma linha defensiva capaz de vencer um duelo de força pra liberar os seus pass rushers, precisa de uma secundária mais jovem (Brian Dawkins e Champ Bayley estão muito velhos, não duram) e precisa urgente de um ataque melhor, o ataque do Broncos em termos de conjuntura rivaliza com o Browns como um dos piores da Liga. A linha ofensiva é horrorosa e os recebedores são pífios. O Eric Decker e o Demaryus Thomas tiveram bons momentos, mas estão longe de serem grandes jogadores, nenhum deles exige marcação dupla ou é capaz de se desmarcar com pouco espaço pra facilitar os passes do seu QB (Eu até acho que o Thomas pode evoluir e se tornar um bom complemento, mas falta pelo menos um bom WR numero 1,e um Tight End atlético nesse ataque). Por mais que eu goste do Broncos e ache que eles consigam ser competitivos em pequena escala com o que tem agora, eles tem muitas falhas que continuarão sendo exploradas enquanto não forem melhoradas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Epílogo NFL - O fundo do poço


Até ele tirou uma folga para acompanhar a rodada de natal


Feliz natal a todos os leitores desse humilde blog. Tivemos um pequeno break de natal, mas já estamos de volta à ativa.

Faltando apenas uma rodada pro final da temporada regular da NFL, já temos a maior parte da pós temporada definida, e por isso boa parte dos jogos não tem importância mais, o que torna um resumo da rodada cada vez mais dispensável. Ao invés disso, vamos fazer um pseudo power-rankings para comentar de como os times chegam ao final da temporada regular, alguns pensando ano que vem e outros nos playoffs, e separando os times em três categorias: O fundo do poço (os times que estão efetivamente numa situação triste), os que ainda não chegaram lá (que por algum motivo tem algum caminho definido), e os candidatos. Naturalmente, esse epílogo estará separado nessas três partes. Vale ressaltar também que os times estão em ordem inversa à do power rankings.

Mas antes de começar a falar dos times que estão no fundo do poço da temporada 2011 da NFL, vamos dar uma passada rápida pra esclarecer que disputas ainda estão em aberto (além das disputas por posição):

AFC West - A pior divisão da NFL (Agora é oficial) tem o Denver Broncos (Joga vs Chiefs na última semana) e o Oakland Raiders (vs Chargers) empatados com 8-7 na primeira colocação. O Broncos tem a vantagem nos critérios de desempate caso ambos terminem com o mesmo resultado. E sim, será Tim Tebow vs Kyle Orton.

AFC 6th seed - Com a primeira vaga do Wild Card garantida por Ravens/Steelers, a outra ainda está em aberto, com o Bengals (vs Ravens) liderando 9-6 e Raiders, Jets (at Dolphins) e Titans (at Texans) logo atrás com 8-7. Em caso de empate em record, o Raiders tem a vantagem geral no desempate, com o Titans em segundo, Jets em terceiro e Bengals em último (assumindo todos com 9-7 ao final da rodada).

NFC East - E a NFC West pode se orgulhar de não ser uma das duas piores divisões da temporada. Nela, a situação é ainda mais simples, com Giants recebendo o Cowboys na última rodada com o vencedor indo para os playoffs e o perdedor indo pra casa. Simples e direto.

NFC Wild Card - Com o Lions garantindo uma vaga nos playoffs com a rodada de sábado, a outra está em aberto... Até certo ponto. Pro Falcons perder essa vaga, teria que perder seus dois jogos restantes (at Saints, vs Bucs) e o Bears ganhar seus dois jogos (at Packers... E o outro é irrelevante. Acreditem). Não vai acontecer.


Então, sem mais enrolação, vamos aos nosso times que estão no fundo do poço.



32. Saint Louis Rams
Surpresos por não encontrar o Colts nessa colocação, mesmo depois de duas vitórias seguidas contra bons times, sendo que um deles está nos playoffs e o outro pode acabar indo junto? Não culpo quem estiver, mas também não posso concordar. O Colts está num bom momento e já tinha algum tempo que estava jogando com alguma solidez, ou pelo menos tanta solidez como permitia esse time pavoroso, ao contrário do Rams, que parecia disposto a jogar cada vez pior pra... Não sei exatamente o que.

Aliás, estar aqui nessa situação é muito mais doloroso pro Rams do que pro Colts independentemente de quem está com a pior colocação (e está bem próximo). O Colts é um time que já vem ao longo de uma década, que perdeu seu melhor jogador e viu todo seu núcleo sair do time, sucumbir a lesões, ficar simplesmente velho... Enfim, é um time que já passou do seu tempo e agora chegou no instante de desmontar o que sobrou e recomeçar. É a hora do Colts ser ruim. Já pro Rams, a situação é o posto. O Rams era um time em reconstrução que parecia estar engatando uma boa sequência, um time que vinha evoluindo desde a temporada passada, que tava juntando talento (Sam Bradford, Steven Jackson, Chris Long, James Laurinaitis, etc...), jogando bem dos dois lados da bola... E de repente, sem nenhuma lesão significativa (o Bradford machucou quando o time já estava ferrado - aliás, eles venceram o Saints sem o Bradford) ou perdas de jogadores chave (Ninguém cite o OJ Atogwe como sendo chave, ok? Grato), de repente o Rams é um time extremamente capenga, que tem buracos em absolutamente todos os fundamentos e está jogando como um time que não tem nada a ganhar... Ou seja, está jogando como um time no estágio inicial da fase de reconstrução (Ou seja, a fase de destruição) e não como um time que já estava adiantado na sua fase de reconstrução. E isso é preocupante.

A vantagem do Rams é óbvia aqui: Ganharão uma escolha top3 e terão um Draft favorável pela posição geral. Isso vai ajudar o Rams a conseguir bons jogadores para as áreas carentes do time (Ok, quase todas são carentes, mas a maior urgência é na linha ofensiva, secundária e corpo de recebedores) e continuar sua evolução. Mas será que da mesmo pra levar o Rams a sério daqui pra frente depois de uma regressão tão absurda como essa? E será que o Sam Bradford foi apenas vítima da maldição do sophomore ou ele não vai conseguir ser o Franchise QB que todo mundo esperava? O Rams termina o ano com muito mais dúvidas do que tinha ano passado, quando pareceu que tinha dado o primeiro passo rumo à relevância.


31. Indianapolis Colts
O Colts ainda enfrenta o Jaguars fora de casa em um jogo extremamente ganhável... Em situações normais. O Rams não vai vencer o 49ers semana que vem, então se o Colts ganhar esse jogo não vai mais ter a primeira escolha do Draft, e portanto nada de Andrew Luck. E se o Colts quer começar a sua reconstrução por algum lugar, porque não começar logo com um QB que é considerado o melhor prospect desde o próprio Peyton Manning? É um bom ponto inicial, e da ao Colts muita margem para manobras: Troca os veteranos Reggie Wayne e Dallas Clark para competidores pra juntar mais escolhas de Draft ou talentos jovens (Eu faria isso, quando o Colts for voltar a competir eles já vão tar fora da equipe) ou mantê-los por perto para auxiliar no crescimento do Luck? Trocar o Jim Caldwell e começar com um técnico novo ou aceitar o Caldwell pra ser o mentor do Luck (Eu não faria isso... Pra mim ele não vai conseguir)? O que importa é que a franquia tenha uma base de verdade pra começar uma reconstrução séria, e essa base vai vir com a primeira escolha do Draft. E por isso podem ter certeza que o Colts não vai vencer o Jaguars.

Aliás, a decisão mais difícil do time vai ser uma que já comentamos exaustivamente por aqui: O que fazer com o Peyton Manning? Trocar o seu antigo Quarterback pra abrir espaço pro calouro? Manter os dois no time? Convencer o Manning a se aposentar e assumir como coordenador ofensivo do time (Tangente rápida aqui: Pra mim o Manning não tem temperamento pra ser Head Coach, mas ele seria perfeito - PERFEITO -  pra coordenador ofensivo, não tem nenhum jogador mais inteligente e que conheça mais de tática do que eele na NFL hoje)? Pra mim eles tem que trocar o veterano, ele vai destruir o teto salarial da equipe se virar e o Luck no banco é um erro enorme, vai travar o desenvolvimento dele (Ele é um prospect diferente do que era o Aaron Rodgers, ele não precisa de fundamentos mais, precisa só de experiência. Não tem porque mantê-lo na reserva) e o time não tem mais nada a ganhar com o Manning, o time é muito ruim. Vai ser difícil achar um time pro Manning e seu contrato gigante? Sim, vai. Mas eles vão achar, e vão ganhar algumas boas coisas em troca. E aí eles podem se comprometer de vez com a sua reconstrução.


30. Minnesota Vikings
Outro time que começou sua reconstrução nessa temporada draftando um QB calouro, no caso o Christian Ponder. Na época, a gente comentou que o Ponder era um jogador interessante, mas que ele não valia o risco de uma 10ª escolha no Draft. Até agora, ele tem mostrado um pouco de talento e muita inconsistência, nada pra fazer o Vikings ficar seguro da sua escolha. O problema do Vikings é que ele é um time que tem um pouco mais de pressa pra sua reconstrução funcionar, porque senão corre o risco de desperdiçar os melhores anos da carreira do Adrian Peterson num processo de reconstrução que nunca vai aproveitar decentemente o fato de ter o melhor RB da NFL no seu time. E tudo que a NFL não quer é outro Barry Sanders, um dos melhores RBs da história da NFL que passou toda sua carreira em times horríveis do Lions sem nunca conseguir algo de relevante com seu time apesar de toda sua genialidade.

E o pior é que a reconstrução do Vikings ainda está muito atrasada, pelo menos no que diz respeito ao ataque. A defesa ainda precisa reforçar sua linha defensiva pelo meio, adicionar alguém pra fazer par ao Jared Allen e dar mais profundidade à secundária (muitas lesões), mas em geral ela consegue se segurar. O problema é o ataque. Apesar do Peterson, o time não tem uma boa linha ofensiva, não tem wide receivers além do Percy Harvin e nem sabe o que quer na posição de Quarterback, já que até o Joe Webb está começando a jogar no lugar do Ponder. A defesa se aguenta, o ataque precisa primeiro identificar o que quer da vida antes de pensar em outra coisa. Gastar uma 10th pick no Ponder não ajuda o futuro dessa equipe.


29. Tampa Bay Buccaneers
Não sou supersticioso. Ainda acredito que o fato do Bucs estar 0-7 desde que pegou o Albert Haynesworth da waiver é uma coincidência.

Pra mim, o Bucs foi a grande decepção da temporada. Vamos fazer uma rápida comparação entre como o Bucs terminou 2010 e como terminou 2011:

2010: Terminou 10-6, sendo que só perdeu os playoffs (E teria tirado ninguém menos que o Packers!) porque perdeu um jogo extremamente desfalcado para o Lions (Sem Matthew Stafford), em casa e na prorrogação. O time teve anos espetaculares do segundo anista Josh Freeman, que pareceu muito um Franchise QB, e dos calouros LeGarrette Blount (RB) e Mike Williams (WR), além de outro calouro (Arrelious Benn) mostrando potencial. O ataque parecia ter achado um núcleo muito bom pros próximos 10 anos e a defesa, apesar de ter sofrido demais com lesões, e estava cheia de jogadores promissores. Por mais que algumas medidas indicassem que o time teve sorte, não era difícil imaginar que com um bom Draft eles pudessem emergir como um time de playoffs na NFC.

2011: Josh Freeman teve um ano bem ruim, Blount sofreu com lesões e fumbles, o corpo de recebedores (Tirando talvez o Kellen Winslow) teve um ano horroroso, a defesa continuou sofrendo com lesões nos jogadores chave e no geral foi uma das piores da NFL. O time foi nervoso o ano todo, cansou de perder jogos (ou transformar derrotas em massacres) por causa de nervosismo ou imaturidade e de repente aparece como o quarto pior time da NFL numa sequência incrível de nove derrotas seguidas e nenhuma perspectiva de melhora.

Qual deles a gente tem que se basear pros próximos anos do Bucs? Difícil dizer. Mas a favor do time, a temporada 2011 foi destruída por lesões (infelizmente são sempre nos mesmos jogadores e importantes, o que é um péssimo sinal) e pelo nervosismo e imaturidade de um time extremamente jovem com um técnico extremamente jovem. É normal pra times jovens e inexperientes terem problemas de consistência, jogadores jovens ainda não são capazes de enfrentarem todo tipo de adversidade e sem alguém pra segurar as pontas no banco isso tende a destuir sua temporada por dentro. Então eu ainda não estou pronto pra descartar uma volta por cima do Bucs em 2011, ainda mais agora que vão ter escolhas altas no Draft. Mas que eles perderam totalmente o benefício da dúvida, eles perderam. Eles provavemlente vão terminar o ano numa sequência de 10 derrotas. E eu não vejo o Raheem Morris trabalhando bem a parte psicológica do elenco pra lidar com isso.


28. Cleveland Browns
Eu ainda não estou pronto pra admitir meu erro com o Colt McCoy, porque ele ainda não teve chances de jogar em algo que lembrasse vagamente um ataque, uma linha ofensiva e algo que lembre vagamente um jogador capaz de receber um passe. Acrescente aí o fato de que o Browns jogou a temporada 2011 sem um jogo terrestre, e fica difícil colocar nas costas do McCoy a culpa pela temporada desastrosa no ataque que o Browns está tendo, ele jogou sem qualquer tipo de ajuda a temporada inteira. Então não vou desistir do McCoy ainda, embora eu esteja começandoa  ficar em dúvida. Ah sim, vale notar que o Peyton Hillis provavelmente não volta pro time em 2012... E aí percebemos o horror que está esse ataque do Browns. Em termos de falta de jogadores e conjunto, talvez seja o pior de toda a NFL!

A defesa do Browns não é tão ruim, na verdade a secundária do time é bem bacana e o Joe Haden vai ser uma estrela na posição de CB, mas a defesa terrestre foi tão ruim que os times nem precisavam passar pra vencer. A vantagem do Browns é que eles tem duas escolhas de primeira rodada esse Draft, mas ainda é muito pouco pra uma Franquia que quer dar a volta por cima.


27. Jacksonville Jaguars
O Jaguars é outro time com um QB novo que está sendo obrigado a jogar sem um ataque (pelo menos o Jaguars tem um grande RB, mas o resto é do nível do Browns, sendo que a linha ofensiva é ainda pior). Eu já falei várias vezes que não vou julgar o Blaine Gabbert enquanto ele não tiver a chance de jogar com um ataque pelo menos razoável e já falei mil vezes de como o Jaguars conseguiu quebrar o recorde de pior preparação para a temporada nos últimos anos quando dispensou o David Garrard, confiou no Josh McClown de QB titular e depois, pra tentar corrigir, entregou o comando do time a um calouro despreparado. Nota 10 de preparação! Só que ao contrário. Apesar disso, o time tem uma boa defesa e se investir pesado nesse Draft no ataque de forma geral, dar ao Gabbert uma offseason e um técnico novo (Jeff Fisher?) e conseguir um ou dois Free Agents interessantes, não deixa de ser um time com uma boa base se o calouro conseguir dar o próximo (alias, o primeiro) passo.

Mas o Jaguars também tem outra coisa a se preocupar, que é a troca de dono. Agora que o Shahid Khan comprou o time, voltaram as conversas sobre uma possível mudança do time pra Los Angeles. Como já dissemos, a receita da Liga (Patrocínios, direitos de transmissão, etc) é igualmente dividida entre todos os times, de forma que até os de mercado pequeno - como Jacksonville - tem condições financeiras de bater de frente com os de mercado grande graças ao teto salarial. Mas a renda que vem por fora - ingressos, venda de camisetas, receita do estágio, etc - vão direto pros donos do time, e elas são bem maiores em LA do que em Jacksonville, então o dono de um time vai eventualmente ganhar mais dinheiro na California. E isso é motivo suficiente pra ele querer mudar. O Roger Goodell disse que antes de pensar em mudar um time pra LA, a cidade precisa de um estádio novo e moderno, e o próprio Kahn disse que não tem planos pra tirar o time de lá. Mas é difícil saber com certeza quando se trata disso. Seattle Supersonics que o dia. Eu pessoalmente odeio ver times saindo das suas cidades e torço pra que isso não aconteça.


26. Washington Redskins
O Redskins é um time que não é tão ruim como aparenta, especialmente na defesa. O time tem uma defesa bem forte, física e com vários playmakers como Brian Orakpo e LaRon Landry e é uma unidade capaz de equilibrar um jogo, como eles cansaram de fazer. Como a unidade de forma geral é bem jovem, não é difícil esperar um crescimento da unidade em 2011, especialmente se conseguirem um cornerback mais confiável que o DeAngelo Hall, talentoso mas que as vezes não está afim de jogar.

Pra mim o principal problema do Redskins não está exatamente dentro de campo. O ataque é fraco, sofre pela falta de jogadores e pelas lesões, mas não é totalmente culpa dele também. Pra mim o problema é o técnico, o Mike Shanahan. Um técnico é um elemento extremamente importante dentro de um tempo, não só pela parte tática mas pela parte psicológica. Ele tem que motivar os jogadores, saber extrair deles o melhor, saber quando alguém precisa de uma passada de mão na cabeça, de quando precisa de um grito... Tem que passar confiança e colocar todos os jogadores na mesma página pra continuar competindo. E o Shanahan, infelizmente, não tem nenhum controle sobre o grupo, e não tem feito nada pra melhorar a situação da equipe. Ele mudava a cada semana de QB e RB titulares, trocava seus jogadores sem nenhum motivo ou aviso, parecia que fazia isso porque gostava. Os jogadores não sabiam o que estava de errado,  não sabiam se iam jogar ou não, um dia o Roy Helu corria 23 vezes e recebia 8 passes, no jogo seguinte nem tocava na bola. O time ficou perdido e confuso, e parou de se dedicar, começou a aceitar as derrotas e jogou sem nenhuma vontade boa parte da temporada. E nenhum time é capaz de manter isso por muito tempo. Ou o Shanaham muda de postura e começa a agir como um técnico de verdade, cria um grupo unido e mantém o time focado, ou então a solução pro Redskins vai ser se livrar do seu técnico, e logo, antes de pensar em arrumar seu ataque.


25. Buffalo Bills
O Bills não é um time tão ruim como parece, especialmente porque sua defesa desmontou com a lesão do Kyle Williams. Ela sobrecarregou o Marcell Dareus, forçou a secundária a aproximar da linha de scrimmage (O que dificultou as interceptações, boa fonte de turnovers no começo da temporada) e destruiu de uma vez o que sobrou da defesa do time, terrestre e aérea. O Fred Jackson também estava tendo ótima temporada antes da lesão, e então é fácil colocar a culpa nas lesões pela decadência do time após o bom começo. O que não é exatamente errado, mas que também não aborda a totalidade do problema.

A lesão do Williams atrapalhou muito a defesa e a do Jackson atrapalhou o ataque, é verdade. Mas a verdade é que o início do time foi um inicio enganador. O nível de interceptações do time estava sendo totalmente insustentável e elas estavam sendo o energizador pro seu ataque, e o Ryan Fitzpatrick estava jogando num nível muito superior ao que tinha feito na carreira até então e todo mundo acabou pensando que era pra valer. Se era mesmo, eu não sei, sei que depois que ele assinou sua extensão de 60 milhões de dólares ele parou de jogar bem - aliás, jogou muito mal, e afundou o ataque junto com ele. As fraquezas do time foram expostas, mas são contornáveis no médio prazo. O time precisa de mais depth na linha defensiva, precisa melhorar seus cornerbacks e um linebacker mais dominante na defesa. E no ataque, uma melhora na linha ofensiva e mais alvos, um dos motivos pro ataque do Bills ter sofrido tanto foi o fato de que a marcação começou a dobrar no Stevie Johnson e o time não achou outro alvo pra compensar. São várias carências, mas o time também tem bastante valor. O ponto de interrogação aqui é o Fitzpatrick. Será que ele consegue voltar àquele nível do começo da temporada, ou aquilio era um fluke e o verdadeiro Fitz era esse que ta jogando tão mal que está afundando o time? Eu não sei dizer, mas não coloco a mão no fogo...


Aguardem a segunda parte do nosso Epílogo!

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Pensamentos rápidos da semana 15 da NFL

Dan Orlovsky, o mensageiro do apocalipse, manda beijos à torcida



Sabe quando estamos fazendo contas de soma com números grandes e esquecemos de somar aquele"um" que subiu numa coluna? Lamento informar, mas foi o que aconteceu com os maias. Eles acharam que o mundo ia acabar em 2012, mas era apenas um erro de conta, na verdade era 2011. Os sinais estão em toda a parte, e só não vê quem não quer. Ou vocês acham que é uma mera coincidência que esse domingo o Colts venceu, o Packers perdeu, o Broncos marcou 13 pontos no primeiro quarto e o Chad Ochocinco marcou um Touchdown? Tudo isso acontecendo no mesmo dia, ainda? Estamos condenados. Muito obrigado a todos os leitores, foi muito bom escrever pra vocês. Um minuto de silêncio...



Jacksonville Jaguars 14 at 41 Atlanta Falcons
A rodada até começou normal. De verdade. Ta bom, eu achava que o Jaguars ia surpreender e equilibrar um pouco mais o jogo, mas não da pra olhar pra esse resultado e estranhar. O Falcons é um bom time e o Matt Ryan tem jogado muito bem. Meu problema com o Falcons é a incapacidade que eles tão mostrando de jogar o que sabem contra defesas boas, onde eles parecem encolher e se assustar. Mas contra a defesa desfalcada do Jaguars? Normal, normal...



Dallas Cowboys 31 at 15 Tampa Bay Buccaneers
Outro jogo que foi desequilibrado. Na verdade, o Dallas até tentou equilibrar no segundo tempo e o Bucs conseguiu 15 pontos, mas parou nisso. A favor do Dallas, eles tentaram de verdade. O Dallas fez sua parte, mas por incrível que pareça, a derrota do Giants não realmente beneficia o time. Agora o Dallas tem uma vitória a mais que o Giants, mas... E dai? Se os dois vencerem o próximo jogo, a vaga vai ser decidida da mesma forma: no confronto direto da última semana, porque o Giants vencendo terá vantagem no critério de desempate. Se o Giants tivesse vencido e ambos vencessem na próxima rodada... Eles chegariam empatados na última rodada, e quem vencesse seria o campeão da divisão. Ou seja, a derrota dessa semana do Giants e essa vitória do Dallas não mudam nada em relação aos playoffs pra esses dois times... Desde que consigam vencer o Jets semana que vem. O que ela pode mudar? A gente vai falar disso mais abaixo...



Miami Dolphins 30 at 23 Buffalo Bills
Um jogo inútil que só mereceu destaque pelas 200 jardas terrestres do Reggie Bush, que aos poucos tem se adaptado muito melhor ao papel de RB titular que ele assumiu pela primeira vez em Miami. Tudo bem, é contra a defesa terrestre atual do Bills, mas é alguma coisa. O CJ Spiller também teve uma boa partida, o que é um consolo pro Bills, mas aquela extensão do Ryan Fitzpatrick ta parecendo cada vez mais cara...



Seattle Seahawks 38 at 14 Chicago Bears
O Chicago não perdeu a vaga nos playoffs quando o Matt Forte se lesionou. O Bears perdeu essa vaga quando o Lovie Smith decidiu que não precisava de um QB melhor do que o Caleb Hanie pra conseguir uma vaga nos playoffs mesmo sem um RB multidimensional pra ajudar. A defesa é boa, mas não da pra ganhar de 1 a 0 com penalti roubado na NFL. Eles precisavam de um ataque que colocasse alguns pontos no placar. Com o Forte e o Jay Cutler, estava fazendo isso muitíssimo bem. Sem o Cutler, a coisa engrossava, mas ainda dava se o foco do ataque fosse o Forte tanto pelo ar como pelo chão. Sem o Forte e com Marion Barber, a única chance de playoffs do time era que o seu QB ganhasse jogos com seu braço. O time exigiu isso de Hanie, ele tem amis interceptações que TDs, nesse jogo só foram três ints, duas retornadas pra TD. Ou seja, se o Lovie Smith lesse as colunas do TM Warning, teria percebido que precisava de um QB, e talvez o Bears tivesse vivo na temporada.



Carolina Panthers 28 at 13 Houston Texans
Pela primeira vez desde a lesão do Matt Leinart, o TJ Yates pareceu um calouro de quinta rodada jogando de QB. Sua compostura e confiança das últimas semanas o deixaram na mão, e a forte defesa do time não foi a mesma sem o coordenador defensivo Wade Phillips, que está de licença após uma cirurgia. Os números do TJ Yates não foram dos piores - 19/30 pra 212 jardas, mas ele lançou duas interceptações e pareceu assustado em muitos momentos. Esse é o problema de ter alguém inexperiente chamando o jogo, ele está encarando situações novas e precisa depender apenas do que ele será capaz de adaptar durante o próprio jogo. Até agora ele foi bem quando seu time esteve em comando, mas com a defesa não sendo tão dominante como de costume, ele não conseguiu manter a compostura e errou mais do que de costume. Isso é normal, um dos motivos de ser tão difícil vencer com um calouro na posição, e é um risco que o Texans sabia que estava correndo. Ainda acho que insistir no Yates é a melhor solução que eles tem, afinal o Phillips já deve voltar na próxima semana e a presença dele com certeza vai afetar a defesa.



Tennessee Titans 13 at 27 Indianapolis Colts
E aqui está o primeiro sinal do fim do mundo maia! Não é apenas o Colts ganhando - é o Colts ganhando jogando bem e marcando 27 pontos contra uma boa defesa!! E isso com seu QB passando para apenas 82 jardas!! WTF está acontecendo aqui??

A verdade é que o Colts soube aproveitar bem os erros do adversário. Um muffed punt na linha de 1 jarda do Titans, uma interceptação retornada pra TD e um erro de defesa que resultou numa corrida de 80 jardas do Donald Brown. O Dan Orlovsky não teve um grande jogo, mas evitou turnovers, o Colts não errou, e o Titans errou até demais. O Jake Locker até entrou no final pra tentar salvar a pátria, e ele até conseguiu um TD, mas o Colts saiu com uma boa vitória. Agora o Colts tem apenas um jogo de vantagem sobre Vikings e Rams na corrida por Andrew Luck e a tabela do Colts ainda permite ao time uma vitória. Ou toma cuidado ou vai perder um jogador que já parecia ganho.

Tangente rápida: O quão irônico é o fato de que o QB que ajudou o Colts a quebrar o que seria uma temporada históricamente ruim de 0-16 foi o mesmo QB que levou o Lions à primeira (e até agora única) campanha 0-16 da história?



Green Bay Packers 14 at 19 Kansas City Chiefs
E aqui está o segundo (E a meu ver mais surpreendente ainda) sinal do apocalipse. O que o Chiefs fez foi fazer o que eu já tinha cantado como o caminho para vencer o Packers - evitar erros e especialmente turnovers, correr bem com a bola, trabalhar no play action, explorar o meio do campo, e pressionar o Aaron Rodgers para forçá-lo a ficar dentro do pocket, impedindo seu scramble -  coisas muito simples de se falar ou até observar mas nem de longe fácil de se executar dentro de campo contra esse belo time. Mas o Chiefs não só fez isso como o fez à perfeição, e ainda contou com um grande número de drops do Packers pra dominar totalmtente a partida, porque o jogo foi muito mais dominado pelo Chiefs do que o placar final mostra.

Na verdade, eu senti pena do Packers porque, como eu disse nos palpites, você não sabe quando vai ter chance de entrar pra história dessa maneira de novo, pode ser a única chance na vida. Mas se você for pensar, essa derrota foi boa pro Packers. O Greg Jennings já está fora por lesão, e o time perdeu mais dois OLs possivelmente para o resto da temporada nessa partida. Com o record perfeito quebrado, o Packers não tem mais motivo pra manter seu time titular em campo e pode colocar todo mundo no banco pra evitar que mais jogadores sucumbam a lesões. Além disso, um time que não perde não conhece suas limitações - essa derrota foi importante pro Packers poder observar melhor seus defeitos para corrigí-los futuramente. E por fim, essa derrota e o fim da temporada perfeita para com esse hype ridiculo de "melhor time de todos os tempos". O Packers tem uma das cinco piores defesas da NFL, mas como o time (Que pegou um calendário muito fácil) tava invicto, todo mundo queria usar isso pra justificar que era o melhor time de todos os tempos, uma tremenda perda de tempo. Agora pelo menos não teremos mais essas comparações e podemos nos focar no que interessa: o resto da temporada 2012 da NFL, que promete ser espetacular.



New Orleans Saints 42 at 20 Minnesota Vikings
O Vikings continua perdendo e simplesmente sendo ruim, e o Drew Brees continua com uma temporada impressionante, foram cinco TDs e nenhuma interceptação nessa partida. O Brees está a pouco mais de 300 jardas de quebrar o recorde de jardas do Dan Marino, e dificlmente vai perder o recorde. Eu já disse e volto a insistir nessa tecla: Hoje em dia, conseguir 5000 jardas é muito, muito mais fácil do que conseguir 5000 jardas em 1984, ficar olhando só pros números é algo que engana muito e não esclarece nada. A temporada de 84 do Marino é, pra mim, a melhor temporada regular de um QB em todos os tempos, estatisticamente ou não. Não deixem os números enganarem vocês, olhem para o que está atrás dos números. E não deixem esse fato fazer vocês não prestarem atenção no simples fato de que a temporada 2011 do Brees está sendo espetacular e merece ser lembrada como uma temporada histórica. Assim como a do Rodgers.



Washington Redskins 23 at 10 New York Giants
Ok, esse eu errei feio mesmo. Eu achei que esse jogo era tão óbvio que o Giants ia entregar que eles iam surpreender e não entregar, já que é o time que menos faz o lógico na NFL. Mas eu tentei olhar demais e ignorei o fácil, que era o fato de que era um jogo perfeito pro Giants perder porque tinha tudo pra ganhar. Confuso? É claro, é o Giants. Foi um dos piores jogos do time que eu vi no ano. Eli Manning foi muito mal, a defesa foi totalmente dominada pelo Rex Grossman e o ataque foi acuado pelo que realmente é uma boa defesa. Como eu já disso, esse resultado não altera a questão Giants/Cowboys, desde que o Giants vença semana que vem: Em qualquer caso a disputa entre os dois fica pra última rodada. O peso que essa derrota teve? Bem...



New York Jets 19 at 45 Philadelphia Eagles
Ele deu uma última e definitiva chance ao Philadelphia Eagles de salvar a sua temporada, por incrível que pareça!! É fácil pro Eagles? Nem de longe, o time precisa de algumas combinações de resultados (Ganhar do Cowboys semana que vem e a rodada final, torcer pelo Jets contra o Giants semana que vem, e o Giants precisa ganhar do Dallas no encerramento), mas agora é possível de novo. O Giants acabou de perder do Redskins, é tão difícil imaginar eles perdendo do Jets? O Eagles tem condições de vencer o Dallas essa semana. Se isso acontecer, o Giants só precisa vencer em casa o Cowboys pra dar ao Eagles caminho livre aos playoffs.

Isso não vai acontecer porque, a meu ver, o Giants não vai perder do Jets. O Jets mostrou essa semana como é um time medíocre, o Mark Sanchez teve mais um jogo pavoroso e chegou a ir pro banco do M... M... Argh, do Mark Brunnel! O cara tem 41 anos!! Além disso, vai ser um jogo de muita pressão pro Giants, que se perder deixa de depender só de si pela classificação, e eles vão entrar sob desconfiança. Ou seja, a conjuntura que costuma resultar em bons jogos pro Giants. Mas que o Eagles está vivo, ele está, e é o tipo de time que ninguém iria querer enfrentar nos playoffs.

Outro time que se beneficiou desse jogo? Bem...



Cincinnati Bengals 20 at 13 Saint Louis Rams
Foi um jogo bem feito, o Bengals não jogou bem e o Andy Dalton fez história ao ser superado em performance pelo Kellen Clemens. Mas a defesa do Bengals apareceu bem, segurou o Rams a apenas 2 conversões de terceira descida no jogo todo em 13 tentativas e o jogo terrestre apareceu pra anotar os dois TDs do time de Ohio. Semana passada, o Jets controlava o próprio destino. Agora os dois times estão empatados, ombro a ombro, e o Jets está caminhando para enfrentar o Giants num jogo de vida ou morte pros dois, principalmente por causa da vitória do Jets. Tudo bem, o Bengals não tem jogado bem, teve problemas contra um dos piores times da Liga e ainda enfrenta o Ravens. Mas pelo menos agora não tem diferença entre os dois na coluna de vitórias.



Detroit Lions 28 at 27 Oakland Raiders
Conforme esperado, foi um jogo feio e cheio de faltas, mas também foi um excelente jogo, muito emocionante. O Raiders chegou a abrir 26 a 14 de vantagem num fumble retornado pra TD, quando o Hue Jackson cometeu o erro fatal da partida. Faltam 9 minutos pra acabar o jogo, e você tem a chance de a) chutar um extra point e fazer 27 a 14 ou b) tentar um two-point conversion pra abrir 28 a 14. Lembrando que faltam 9 minutos, o que vocês fariam?

Bom, se vocês fariam a, então vocês não servem pra Head Coaches na NFL... Ou talvez sirvam, já que foi o que o Jackson decidiu e ele está lá enchendo o cofre de dinheiro. 13 pontos de vantagem significa que o adversário vence o jogo com dois touchdowns. Se a conversão de dois pontos der certo, o adversário EMPATA o jogo com dois TDs. Se você falha na conversão de dois pontos, a vantagem fica em 12 e o adversário AINDA vence o jogo com um touchdown. Não é óbvio então que nessa situação então o melhor a fazer é tentar a conversão de dois pontos? Tudo bem, existe o outro argumento, que é que se você tiver 13 de vantagem, o adversário pode empatar com um TD e dois FGs, enquanto que com 12 pontos você perde o jogo. Mas a questão é que faltavam 9 minutos. A chance do Lions conseguir três posses de bola para pontuar com nove minutos no relógio era extremamente pequena. Duas posses de bola pontuando em 9 minutos é possível, três é muito difícil. A decisão do Jackson faria sentido se fosse, digamos, no terceiro período. No quarto? Não fez. E o Raiders pagou por isso porque perdeu exatamente por esse um ponto de diferença.

Bônus do dia: 214 jardas e 2 TDs? Bem vindo de volta, Megatron, sentimos sua falta!!



Cleveland Browns 17 at 20 Arizona Cardinals
O Cardinals não é um grande time. Mas... É um time que está começando a ser eficiente. A defesa tem jogado bem, principalmente, e pra falar a verdade tem dado um pouco de sorte. Mas o que importa são as vitórias. Infelizmente pro Cardinals, as vitórias do Lions e do Falcons complicaram a vida do time pros playoffs. Mesmo com Saints e Packers pela frente desses dois, o Cardinals dificilmente vai ter a chance de sonhar com alguma coisa. E a verdade é que por mais que o John Skelton esteja vencendo alguns jogos de QB, ele tem jogado bem mal (Tirando a partida contra o 49ers) e o time tem vencido apesar dele. Ainda acho que o Kevin Kolb foi um fiasco que não vai levar o time a lugar nenhum, mas ele é um QB melhor que o Skelton.



New England Patriots 41 at 23 Denver Broncos
Mais um bom jogo - não espetacular, mas bom - do Tim Tebow, mas dessa vez não foi suficiente. O time cometeu três turnovers, o Tom Brady entrou inspirado, a defesa jogou mal, o melhor RB do time saiu machucado e o Broncos não teve chance dessa vez. Eu achei que o Broncos ia ter uma chance nesse jogo porque eu confiava no jogo terrestre do time e principalmente no monstruoso pass rush de Elvis Dumervil e Von Miller, mas a linha ofensiva do Patriots jogou muito bem, anulou esses dois que tiveram um jogo totalmente apagado, e a contusão do Willis McGahee num momento que o Broncos dominava a partida contribuiu ainda mais para atrapalhar a vida do Broncos, que agora tem dois times na sua cola (1 jogo atrás) mas o time possui uma tabela relativamente fácil (Bills e Chiefs).

Alias, o que eu mais gostei dessa partida foi a maneira como os dois QBs entraram nesse jogo. Tebow, que ainda está no começo da carreira, encarrou esse jogo como mais um, um jogo para jogar como todos os outros. Já Tom Brady, um veterano ultra-competitivo, entrou encarando esse jogo como uma partida de playoffs, ele queria a todo custo vencer Tebow. Era exatamente com essa postura que ele entrava pra enfrentar seus grandes rivais, Ben Roethlisberger, Peyton Manning, etc, como quem quer vencer por motivos quase pessoais. Foi assim que ele entrou pra enfrentar Tim Tebow. E não poderiamos fazer um cumprimento maior do que esse pro camisa 15.



Baltimore Ravens 14 at 34 San Diego Chargers
E o Chargers foi um dos grandes beneficiados dessa rodada, inclusive jogando uma excelente partida e conseguindo uma grande vitória sobre o Ravens, com atuação de gala do Phillip Rivers. O Rivers demorou bastante pra se achar na temporada, mas nas últimas semanas tem parecido mais e mais o QB que a gente sabe que ele é e que está entre a elite da Liga. Agora o Chargers está aproveitando a rodada: Um jogo atrás do Broncos na briga pelo título da conferência, e um jogo atrás da dupla Jets/Bengals na briga pelo wild card. A tabela do Chargers não é exatamente um passeio no parque - Lions e Raiders - mas o time está mostrando, finalmente, um futebol americano de playoffs. Ótimos passes, jogo terrestre funcionando, Vincent Jackson em boa fase depois de um ano inconsistente e uma defesa agressiva com o Eric Weddle em um ótim momento. Pra mim é mais time que o Bengals, o Jets ou o Broncos. Mas como não depende só de si mesmo - pra mim o Broncos não perde mais, por exemplo - o Chargers pode acabar continuando sua sina de um time talentoso que demora demais pra engrenar e sempre morre na praia. O Mavs tinha essa fama e conseguiu superar. Vamos ver... Eu não descartaria, de jeito nenhum, o Chargers nos playoffs.



Pittsburgh Steelers 3 at 20 San Francisco 49ers
O 49ers tem que tratar essa vitória como ela realmente foi: Uma vitória importante, contra um grande time, que pode garantir ao time a 2nd seed. Mas tem que lembrar que a vida do Niners foi facilitada pelo Big Ben Roethlisberger jogando no sacrifício com um tornozelo machucado, o que prejudicou muito seus lançamentos longos e seu scramble e ajudou na segunda interceptação da partida. Mas o Niners jogou muito bem em diversas outras formas, a defesa terrestre foi muito boa, o monstro calouro Aldon Smith está a 1,5 sacks de quebrar o recorde da NFL para calouros, e o time de especialistas fez um papel incrível limitando a posição de campo do Steelers, e o Andy Lee teve um jogo muito bom. Ou seja, tem que tomar cuidado ao comemorar a vitória, afinal enfrentou um adversário com seu QB muito quebrado, mas também tem que comemorar e admirar as muitas coisas certas que a equipe fez. Mantenho minha opinião sobre o Niners, um time que joga bem em casa e vai ser muito dificil de vencer em casa nos playoffs, sem dúvida um candidato ao título, mas que talvez tenha dificuldade em jogos de placares altos.

Do outro lado, eu realmente não entendi qual era a do Steelers nessa partida. Antes de mais nada, eu já não entendi porque o Big Ben estava jogando. Tudo bem, ele é bem melhor que o Byron Leftwitch ou o Charlie Batch mesmo jogando de muletas, mas ele estava com uma lesão séria, enfrentando uma defesa muito boa, muito física e com ótimo pass rush, e pior, mesmo com Big Ben a vitória não estava garantida. Tudo bem, eu entendo a vontade do Steelers de vencer e assumir a liderança da divisão, uma folga na primeira rodada e jogos em casa fazem a diferença. Mas valia a pena arriscar a saúde do Big Ben pros playoffs num jogo dificílimo desses? Será que não valia a pena arriscar com o Batch, confiar na sua ótima defesa e poupar o Big Ben? Perder esse jogo atrapalhava, mas não era o fim do mundo. Perder o Ben pros playoffs é o fim da temporada do Steelers. Pra piorar, o Mike Tomlin manteve o Ben em campo mesmo com uma desvantagem de 17 pontos no quarto período e com o Aldon Smith comendo a linha ofensiva do Steelers viva só pra ver o QB levando mais pancada. Pra que manter ele no time? Não é como se eles tivessem chance de virar o jogo. Como muito bem disse um seguidor no twitter, ele não precisa provar pra ninguém que tem raça. O Steelers cruzou a linha que separa vontade e estupidez e deu sorte de não sair com mais problemas...

domingo, 18 de dezembro de 2011

Palpites para a semana 15 da NFL

Começando desde o começo:

FALCONS ganha do Jaguars
Cowboys ganha do BUCS
Não foram exatamente as apostas mais difíceis, né? Eu até achava que o jogo do Falcons ia ser um pouco mais apertado, mas não via o Jaguars ganhando nem com a mãe do Blaine Gabbert apitando, imagina em casa e com um juiz neutro. E eu prometi que não ia mais falar mal do Bucs por enquanto, então... Não acho que o Tony Romo vá ter condições de perder esse jogo. Falo mais disso no resumo da rodada.


Agora, vamos aos jogos de domingo, time que joga em casa em caixa alta:

Barcelona ganha do Santos
Mas vou torcer muito para o contrário. Só não consigo imaginar o Messi indo pra cima do Durval e do Edu Dracena e não dar risada. Ta bom que da última vez que o Puyol enfrentou um time brasileiro ele levou um baile histórico do Iarley, mas... Bem, de volta à NFL, ninguém aqui quer me ver falando de futebol.



Seahawks ganha do BEARS
O Bears tem uma defesa boa, e eu até acho que iria aos playoffs se o Matt Forte não tivesse se machucado, mas quando o Forte saiu machucado, o Bears tinha que saber que com o Caleb Hanie de QB - sem um RB multidimensional e dominante - não ia levar o time a lugar nenhum. Pra mim o tinha tinha que ir atrás de algum veterano, oferecer um contrato só até o final da temporada e rezar pelo melhor, mas depois de duas derrotas o time já deixou bem claro que não vai fazer isso. Está aceitando perder essa temporada. Se for o caso, então é melhor já ir se preocupando com coisas como reassinar o Forte, melhorar a linha ofensiva e achar um bom jogador de secundária OU WR no Draft (embora eu goste do Earl Bennett). Porque com o Hanie, esqueçam a temporada.

Aliás, por mais maluco que seja, podemos ver o Seahawks nos playoffs! O time enfrenta Bears e ainda encara o Cardinals na última rodada, com o Marshawn Lynch jogando o melhor futebol americano da carreira. Se eles conseguirem vencer o Niners no Candlestick Park na semana que vem - um grande se - eles tem tudo para terminar 9-7, o que pode garantir uma sexta vaga nos playoffs se o Lions continuar se autodestruindo e com o Bears jogando essa bolinha no ataque. O quão bizarro seria isso??



Dolphins ganha do BILLS
Um time que eu até achei que tava embalando, é melhor do que seu record indica e está jogando sem técnico morfético jogando contra o time-que-não-deve-ser-mencionado. Esse vai ser um dos piores jogos da rodada. Passem longe.

Aliás, tangente rápida: O Darren Sproles está jogando muito e o Saints saiu ganhando ao deixar o Reggie Bush sair pra ficar com ele, mas o Bush até que se adaptou - lentamente, mas adaptou - ao posto de principal RB do Miami. Já são uns três ou quatro jogos de mais de 100 jardas e ele tem conseguido boas sequencias na Liga. Ainda acho que ele sozinho não da conta por 16 jogos e não gostei do que o Daniel Thomas apresentiu como seu companheiro de backfield até aqui.



Packers ganha do CHIEFS
Contagem regressiva: Dois...



Titans ganha do COLTS
Contagem regressiva: Dois...

Ok, eu ainda acho que o Colts vai perder aqui, e também acho que vai terminar 0-16, mas o fato é que o Colts tem uma sequência de jogos razoável para evitar de entrar pra história desse jeito inglório. Relevem por um segundo que o QB do time é o Dan Orlovsky e que a defesa é uma desgraça, e os RBs não conseguem nem correr atrás de um cachorro quente... Enfim, o Colts pega (em casa) o Titans com o Jake Locker possivelmente fora e com o Chris Johnson ainda jogando mal, depois enfrenta o Houston "Não-Quero-Meu-Time-Enfrentando-Esses-Caras-Nos-Playoffs" Texans e fecha contra o Jaguars. Não é exatamente fácil, mas da pra falar que existe uma chance, especialmente contra o Jaguars. Não vão perder o Andrew Luck de jeito nenhum, não era hora de dar um gás e tentar vencer um jogo que seja?



GIANTS ganha do Redskins
O Giants é um time que adora enganar, que adora fazer o difícil ao invés do fácil e surpreende todo mundo em jogos muito fáceis com derrotas, eles sempre fazem o contrário do que é esperado. E esse é o típico jogo que o Giants sempre perde: Favorito, em casa, embalado, precisando de uma vitória pra se manter no topo da divisão, contra o REx Grossman... Ou seja, tudo a favor, nada contra, e o Giants sempre vai lá e perde. A verdade é que esse jogo é previsível demais pra ser uma derrota vergonhosa do Giants que ninguém espera - a essa altura do campeonato, todo mundo espera uma derrota nesse jogo. Por isso eles vão ganhar e enganar todo mundo de novo. Com virada do Eli Manning no quarto período, claro. Tem sido um monstro nos quartos períodos o Eli. Não está na extrema elite da NFL (Tom Brady, Drew Brees, Aaron Rodgers, Peyton Manning), nem no nível do irmão, mas com certeza é um QB de elite na Liga.



BENGALS ganha do Rams
O Bengals teve uma sequência brutal, então nada melhor do que um jogo contra o Rams pra recolocar o time nos eixos, não é mesmo? Eu achava que o Bengals ia pros playoffs, mas acho que o Jets fez o que tinha que fazer, o Bengals (que ainda enfrenta o Ravens) não conseguiu surpreender em uma divisão muito mais difícil, e agora está numa situação bem mais difícil e não depende mais só de si mesmo. O Jets também não tem o jogo mais fácil do mundo esse semana, mas o Bengals ainda precisa fazer sua parte, especialmente ganhar do Ravens na semana 17. Mas por enquanto, vida mole aqui contra o Rams do Kellen Clemens.



TEXANS ganha do Panthers
Eu achava que o Panthers ia brincar de estragar a vida dos times de playoff aqui, mas o Cam Newton deu uma decaída, o resto do time está a mesma droga de sempre, e agora o calouro enfrenta uma das melhores defesas da NFL, mais vida dura pro moleque. Analogamente, eu esperava que o Texans ia ter alguns problemas com o TJ Yates (Que tem jogado muito bem), mas seu jogo terrestre é muito forte, sua defesa continua com a mesma pegada de sempre e seu QB está fazendo o simples muito bem. Somando as duas coisas - lembrando que a defesa terrestre do Panthers só não é chamada aqui de queijo suiço porque é uma ofensa a um queijo tão simpático - eu acho que o Texans continua sua caminhada rumo a um 1st round bye por aqui.



Saints ganha do VIKINGS
Jogo que pode ser um pouco enganoso aqui, com o Mark Ingram fora, que pode ser mais perto do que a gente imagina... Mas o Saints não vai conseguir perder esse jogo. O Saints não depende só de si para conseguir a 2nd seed, depende de uma derrota do Niners, mas com o Niners enfrentando o Steelers no melhor MNF das últimas semanas, o Saints tem que gostar das suas chances. A derrota do 49ers pro Cardinals semana passada caiu do céu pra um time que parecia não brigar por mais nada até chegar a pós temporada. E por isso acho que o gás do Saints pra vencer o Vikings vai conseguir salvar o pescoço do time em Minneapolis.



LIONS ganha do Raiders
A melhor pergunta aqui é: Quem vai cometer mais faltas? Ainda aposto no Lions pra ganhar esse duelo em particular entre os dois times que mais cometem faltas da Liga. Aliás, se eu sou o Jim Schwartz, eu coloco o Ndamukong Suh de OG só pra ver ele enfrentando o Richard Seymour, vai ser outro duelo particular pra ver quem é expulso primeiro. Com tantas disputas interessantes, porque a gente ainda liga pra futebol americano bem jogado, mesmo?

Aliás, a defesa do Lions tem jogado mal e o time está se autodestruindo com faltas, mas o Matthew Stafford merece algum crédito por ter conseguido aprender a jogar com seus outros alvos quando o Calvin Johnson tem cobertura tripla. Os WRs tem aparecido bem (em especial o Titus Young) mas o Stafford tem feito um bom trabalho achando seus alvos. Essa variação vai ser muito importante nos playoffs se o Lions quiser ter alguma sorte... Embora eu ainda ache que o time não vai longe enquanto não parar com as faltas.



BRONCOS ganha do Patriots
Tom Brady contra Tim Tebow, eu não vou perder esse jogo por nada no mundo! Nada!! E a verdade é que eu acho que esse é um ótimo matchup pro Denver: O Pats é um time que tem tido problemas com pressão vindo das laterais (Elvis Dumervil e Von Miller mandam beijos), que tem uma defesa muito ruim pelo chão e ainda pior pelo ar, ou seja, um time que vai ter dificuldade de parar o ataque do Broncos mesmo ele sendo uma droga durante três quartos. Quer dizer, a defesa do Pats teve dificuldade com Rex Grossman e Dan Orlovsky. Não é difícil imaginar um bom jogo do Tim Tebow, um jogador que tem melhorado nos passes a cada semana, conseguindo pontuar com consistência. É verdade, é o melhor ataque que o Tebow enfrentou, mas também é a pior defesa. Acho que vai ser decidido no quarto período com uma campanha do Tebow no finalzinho (ORLY??). Ainda não estou convencido desse Patriots.



CARDINALS ganha do Browns
Outro time que pode roubar a sexta vaga nos playoffs da NFC, que também enfrenta um jogo fácil essa semana e o Seahawks na semana 17. O problema - assim como Seattle - é o jogo no meio do caminho, contra o Bengals fora da casa. Mas tudo bem, por enquanto vai conseguir ganhar do Browns do Seneca Wallace. E sim, eu ainda acho que o Browns deve ser punido pelo que fez com o Colt McCoy quinta feira. E exemplarmente, pra não se repetir mais. É sério.



EAGLES ganha do Jets
Pra mim essa é a grande chance do Bengals ir aos playoffs, porque o Jets deve perder semana que vem do Giants e ganhar na última semana do Dolphins. Como eu acho que o Bengals vence dois jogos e perde do Ravens, esse é o jogo que pode definir a 6th seed da AFC. E não é um jogo fácil, eu ainda acho o Jets um time bem mediano. Mas é um time mediano consistente, ao contrário do Eagles, que é um bom time com um problema quase obsceno de inconsistência. Se os dois times jogarem o que sabem, o Eagles ganha, mas eu questiono a capacidade desse time de jogar bem consistentemente. Mas na Philadelphia, com aquela secundária enfrentando o Mark Sanchez, eu confio numa vitória do Eagles. É sério. Não me perguntem porque.



Ravens ganha do CHARGERS
O azar do Chargers é que o Tim Tebow está na NFL, senão o time iria ressurgir das cinzas mais uma vez em dezembro pra ganhar a divisão, ainda mais com o Raiders todo estrupiado por lesões e jogando essa bolinha. Acho até que vai ser um excelente jogo, mas sem o Marcus McNeil eu acho que o Terrell Suggs vai fazer a festa e isso vai fazer a diferença. O Chargers é um time melhor do que o seu record indica e possivelmente até termina na frente do Oakland Raiders, mas... Não na frente do Broncos. Não na frente de TEEEEEBOOOOOW!!



NINERS ganha do Steelers
Jogão, e eu explico minha decisão: James Harrison não joga, suspenso. Patrick Willis provavelmente está fora, machucado (Não deve voltar antes dos playoffs). Pra mim a defesa do 49ers é um tantinho melhor que a do Steelers, só peca pela falta de um playmaker na secundária. Mas pra mim o ataque do Pittsburgh é muito melhor do que o do Niners, e isso que faz a diferença. No entanto, o Niners tem uma defesa terrestre assassina e o ataque terrestre do Pittsburgh não é nada demais, então o jogo aéreo vai ter que aparecer. E eu acho que o Big Ben Roethlisberger não vai jogar, e com o Charlie Batch de titular eu não acredito que o ataque do Steelers vá produzir muito. No final, eu acho que esse jogo vai ser definido em duas frentes: Especialistas, e turnovers. Pra mim, o 49ers leva vantagem no primeiro. O segundo é uma questão de quem comete menos, e pra mim o Steelers sem Harrison perde mais em termos de forçar turnovers que o Niners sem Willis. Além disso, o ataque do Niners é melhor do que o do Steelers com Batch, então eu aposto no Niners se o Big BEn não jogar. Se ele jogar, aposto no Steelers. Simples, não?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Chris Paul, Los Angeles Clippers e o NBA Hornets


"Eu gostava do Hornets antes dele virar mainstream"


Calma fãs de NFL, eu sei que a temporada está na reta decisiva, mas esse assunto é importante e bombástico demais pra não falar no momento. Deixemos a NFL quieta por enquanto, até porque só temos quatro vagas de playoffs realmente em disputa no momento por lá. Vamos nos concentrar no enorme rolo que foi a questão do Chris Paul e sua saída de New Orleans. Essa questão começou, na verdade muito tempo atrás, e não foi nada além de um grande resumo de várias histórias que já vinham desenvolvendo.

A primeira foi a compra do Hornets pela NBA quando o antigo dono quis se desfazer do time. A NBA era uma entidade um pouco desgastada pelo fiasco que aconteceu com o Seattle Supersonics, e quando o dono antigo do time anunciou sua intenção de vender o time pela dificuldade financeira da equipe de jogar num mercado pequeno e devastado pelo Furacão Katrina, a NBA não achou nenhum comprador que estivesse disposto a comprar o time E manter o Hornets em New Orleans. Eu já bati nessa tecla antes, mas a NBA é um modelo de gestão brutal com os times de mercado pequeno, que não ganham tanto dinheiro com cotas de televisão, venda de ingressos e receitas com suas arenas e ainda jogam em cidades pouco atraente para os grandes jogadores da Liga. Como a NBA não queria outra franquia mudando de cidade, eles decidiram comprar o Hornets até que outro comprador - disposto a manter o time por lá - aparecesse.

Claro que isso era um desastre esperando pra acontecer, afinal o Hornets agora era um time com 29 donos, os 29 donos dos mesmos times que disputam com o Hornets títulos, vagas nos playoffs e, claro, jogadores. Lembram de quando o Hornets trocou o Marcus Thornton pelo Carl Landry, o que aumentou a folha salarial do time? Os outros donos - em especial o Mark Cuban - cairam matando em cima, dizendo que estavam pagando mais dinheiro por um jogador que estava jogando em outro time, o que também não deixava de ser verdade. A sorte é que o Hornets era um time pouco expressivo na NBA para ter grandes problemas envolvendo os donos. Ou pelo menos até outra história cruzar com essa, que é um dos novos grandes problemas dos times de mercado pequeno.

No ano que passou, Lebron James, Deron Williams e Carmelo Anthony nos mostraram uma simples verdade: Superstars, na maioria, não querem jogar em times de mercado pequeno. Eles querem jogar em cidades grandes, ganhar dinheiro e jogar juntos de outros grandes jogadores, não ficar em times pequenos de cidades pequenas que não tem dinheiro pra contratar jogadores milionários. É uma triste verdade, mas tem acontecido cada vez mais, e os times de mercado pequeno tem que torcer pra montar uma boa base em volta do seu Superstar (San Antonio) antes que eles saiam ao final dos seus contratos pra times mais caros em cidades maiores. E vimos também que a alternativa que essas franquias tem é trocar seus Franchise Players. Raptors e Cavs não trocaram seus jogadores e perderam os dois a preço de nada, enquanto Denver e Jazz trocaram Deron e Carmelo antes do final dos seus contratos, juntaram vários ativos e estão numa reconstrução muito mais interessante do que times que perderam seus superstars de graça. Ou seja, nesses casos, ou o time pequeno troca seu All-Star, ou então recomeça do zero.

E ai que chegamos ao problema: O contrato do Chris Paul pode acabar ao final da temporada, ele não quer renovar de jeito nenhum (Não da pra culpá-lo. Ele é um dos jogadores mais leais da NBA, mas jogar num time sem dono, cujo melhor teammate acabou de ir pra Indiana, sem dinheiro  nem perspectivas de futuro... Não rola) e portanto a única alternativa pro Hornets é trocá-lo pra tentar juntar os ativos e começar de novo. E aí o Hornets, que era um time pouco importante, de repente se ve com a necessidade de trocar o melhor armador da NBA, talvez o melhor armador puro de todos os tempos. Em um segundo, o Hornets passou de time irrelevante para time que pode definir os próximos anos da NBA.

Quando a NBA comprou o Hornets, o David Stern deixou claro que as decisões de basquete do time estavam totalmente a cargo do GM Dell Demps, que as decisões dele seriam imediatamente acatadas e que a Liga não ia se envolver nas decisões, que seu papel era somente achar um novo dono para a franquia. Mas ai, ao final do CBA e assim que foram liberadas as trocas, o Demps e o Hornets fecharam uma troca de três times com Lakers e Rockets que mandaria CP3 pro Lakers, Pau Gasol para o Rockets e Lamar Odom, Luis Scola, Kevin Martin, Goran Dragic e uma escolha futura do de primeira rodada do Knicks pro Hornets.  O Hornets precisava trocar seu Superstar pra não perdê-lo por nada, e o Dell Demps costurou um acordo com outros dois times, ao ponto que a troca foi anunciada. Só que ela ainda precisava passar pela aprovação do dono do Hornets. Ou seja, a NBA. E daí ela não passou, porque o David Stern vetou a troca alegando "razões de basquete' para tal.

Primeiro, eu queria deixar bem claro que não gostava dessa troca pra quase ninguém. Pra mim, só um time sairia em vantagem dessa troca, que era o Rockets. O Rockets acumulou talentos jovens por muito tempo pra fazer um movimento grande, e conseguiria um dos melhores da Liga no Gasol, alguém que de repente poderia ser colocado para fazer par com o Nenê (Rockets estava pesado atrás dele e não tenho dúvidas de que jogar ao lado do Gasol teria sido um motivo forte pro Nenê ir pra lá) e complementado com os jovens que já estavam no time, Kyle Lowry, Courtney Lee, etc, para montar um time muito competitivo. O Rockets perderia dois bons jogadores, mas levaria para casa um superstar e ainda seria um lugar atraente para um dos melhors FAs do mercado. Mas o Lakers, pra mim, é um time que saia perdendo porque perdia sua grande força do garrafão. Chris Paul e Kobe Bryant no mesmo time, dois jogadores que gostam de jogar com a bola, não iam ser tão efetivos como separados e o Lakers se tornaria um time com um garrafão fraco, especialmente se o Andrew Bynum machucasse o joelho num jogo de Janeiro contra o Grizzlies... Sabe, como ia acontecer de qualquer jeito. Mas pro Hornets, eu também não gostava da troca. O time que o Hornets ia montar era muito interessante, com Dragic, Martin, Trevor Ariza, Scola e Emeka Okafor com Odom vindo do banco, um time bem equilibrado que podia até mesmo ir aos playoffs, mas isso é tudo que o time ia ganhar. O time ia ser bom por algum tempo, mas Scola e Odom já estão do lado errado dos 30 anos e o Kevin Martin também já tem 29. O Hornets ia montar um time bom que logo ia se desmontar e não ia ganhar nenhum tipo de ativo de longo prazo que pudesse auxiliar o time na sua reconstrução. Em dois anos, esse time estaria acabado e o Hornets ia ter que recomeçar do zero do mesmo jeito, e mesmo nesses dois anos não seria um time capaz de brigar seriamente pelo título. Era bom no curto prazo, mas não no médio/longo prazo. Mas de qualquer forma, podia não ser a melhor troca do mundo e ter muitos riscos envolvidos, mas ao mesmo tempo era uma troca 100% defensável e todos tinham assumido um risco por uma recompensa, não era assalto à mão armada nos moldes de Gasol-para-o-Lakers.

Acontece que foi uma troca que foi fechada entre os três GMs e anunciada para a mídia. E foi só depois que o David Stern vetou, alegando que não era boa pro Hornets. Pra mim até não era tão boa como o time poderia conseguir de outra forma, mas não foi esse o verdadeiro motivo. O verdadeiro motivo foi que alguns dos outros donos, em especial o Cuban, foram ao Stern chiar que o Lakers estava pegando mais um Superstar e bla bla bla. Eles nem se preocuparam em pensar se o Lakers seria mesmo um time melhor com o CP3 (Pra mim não), só começaram a reclamar de que o Lakers estava polarizando a Liga e etc e tal, e aí o Stern se viu pressionado por alguns dos donos e vetou a troca pra agradá-los. Não foi uma decisão pensando no time ou mesmo na ética, ela foi apenas política pra satisfazer meia dúzia de donos que chiaram. Passaram por cima da decisão do Demps (que o Stern tinha prometido que seria definitiva) e destruíram os planos de dois times no processo de forma covarde. 

Pra mim não tem desculpa, foi um abuso de poder do Stern pra agradar esses donos da nova geração que ficam de mimimi porque não entendem que certos times - Lakers, Knicks, Celtics - simplesmente TEM mais apelo aos jogadores do que Mavericks, Hornets ou Suns. História conta no basquete, mas parece que muitos desses donos novos querem que  não aconteça. O CP3 querer jogar no Lakers é algo comum, qualquer jogador de basquete quer jogar em times tão grandes e com tanta história assim. E o problema é que isso destruiu totalmente os planos de Rockets e Lakers. O Rockets, como eu disse, vinha acumulando jovens pra gastar num movimento grande, e quando apareceu a chance, Stern vetou. O Rockets perdeu a chance de conseguir seu superstar e agora Scola e Martin vão jogar sabendo que o time estava tentando trocá-los, não é todo jogador que tem a cabeça pra jogar da mesma forma. Esse veto pode ter acabado com a chance do Houston de conseguir um Superstar, o que atrasaria o planejamento do time em dois ou três anos... Mas isso ninguém se importou. O mesmo vale para o Lakers, que envolveu dois dos seus principais jogadores na troca, dois jogadores que sempre tiveram algumas questões sobre seu foco, e que uma vez que a troca foi vetada depois de anunciada, podia gerar nos dois uma certa má vontade para continuar num time que quase trocou os dois (O que aconteceu com o Odom, que exigiu uma troca e acabou indo pro Mavs em troca de jububas - uma troca que, como o Kobe fez questão de frisar, o Cuban não reclamou...). O Hornets pode simplesmente buscar uma alternativa na troca, mas tanto Lakers como Houston tiveram seu planejamento muito danificado por causa do veto, o Lakers foi obrigado a trocar um dos seus melhores jogadores (Embora o Denis do Bola Presa ache que a trade exception que o time ganhou na troca faça parte de um plano maior) e pode ver o outro perder um pouco do seu foco, enquanto que vetou ao Rockets a chance que eles estavam esperando desde que começaram a juntar esse banco de pirralhos talentosos (E embora seja de uma forma indireta, ele também afetou o planejamento de um outro time, o Knicks. O Knicks não tinha ninguém pra trocar por Paul agora, mas se ele virasse FA ao final da temporada, NY seria o destino do armador. Mas quando a troca foi anunciada, com Paul indo para um time onde ele sem dúvidas assinaria uma extensão ao final da temporada, o time decidiu que não ia mais assinar ocm ele e assinou o Tyson Chandler por um preço astronômico que comeu todo o resto do teto salarial. Horas depois, a troca foi vetada, o Paul continuou em New Orleans com risco de virar FA ao final da temporada, mas o Knicks já tinha feito uma troca que iria fazer com quem ele não pudesse assinar o armador ao final da temporada).

Quando o mundo da NBA ainda estava em choque pelo veto, entra na história o Clippers, outro dos times que estavam na briga pelo armador de New Orleans e primo pobre do Lakers. O Clippers é um dos times mais interessantes da Liga por causa do seu bom núcleo de Blake Griffin, Eric Gordon e DeAndre Jordan, e conseguiu fechar com Demps uma troca por Paul. A troca enviaria Eric Bledsoe (Armador pirralho muito talentoso), Al-Farouq Aminu (Bom ala, também no segundo ano), o contrato expirante do Chris Kaman e a escolha de primeira rodada de 2012 do Minnesota Timberwolves, que não deve ser das três primeiras mas deve ser alta o suficiente num Draft muito bom, e em troca o Hornets mandaria o Paul. A troca foi anunciada e bombou no twitter, mas dessa vez todo mundo preferiu esperar pelo parecer do David Stern, que também vetou a troca e pediu um valor muito alto pelo armador (Queria tudo isso MAIS Gordon) e esfriou a conversa.

E aqui está a questão: Ao contrário do primeiro veto - um veto que ocorreu exclusivamente por pressão dos outros donos e que é 100% indefensável - nesse veto o Stern fez uma jogada brilhante pensando exclusivamente em termos técnicos. Para a NBA, é interessante que o Hornets seja um time o mais atraente possível para atrair possiveis compradores, e portanto ele tem que ter as melhores perspectivas possível. Pra mim, o veto ainda foi antiético porque passou novamente por cima da promessa de que o Demps teria total autonomia nas decisões, mas foi brilhante porque o Stern percebeu que o Clippers era uma franquia desesperada atrás do Chris Paul e que estava disposta a oferecer ainda mais para juntar o combo Paul/Blake. Com esse veto, ele conseguiu fazer o Clippers oferecer ainda mais, e o Clippers - ao invés de manter sua posição e jogar com o desespero do Hornets em fazer essa troca, o que seria o jogo inteligente já que não tinha nenhuma outra troca possível pra New Orleans - mordeu a isca e aumentou ainda mais a proposta, tornando uma proposta que já era boa ainda melhor pro Hornets, que dessa vez aceitou. Agora o time de NO ganhou a 1st pick de Minny, Aminu, Gordon e Kaman, o que é muito melhor do que qualquer uma das propostas anteriores. Agora o time vai possivelmente ser muito ruim em 2011, mas pelo menos tem uma ótima perspectiva de futuro: O time ganhou um ótimo armador muito jovem (23 anos) e com potencial para ser um All Star, um ótimo arremessador que sabe armar, atacar a cesta e é bom defensor. Também ganhou um ala promissor, um bom center com contrato expirante (O que pode render ao time mais uma troca inteligente pois esses são os jogadores mais procurados do mercado) e uma escolha de primeira rodada do Wolves que possivelmente não vai ser top 5 (Temos mais de cinco times piores que o Wolves), mas provavelmente também estará no top 12 de um Draft muito bom. E aí que está a questão: O Hornets será uma droga em 2012, e provavelmente terminará com uma escolha muito alta no Draft, que repito, é um Draft muito bom. Se o Hornets for a desgraça que todo mundo espera, o time pode sair desse Draft com duas escolhas altas, digamos... Austin Rivers (12th pick) e Anthony Davis (3rd pick), pra juntar com Gordon e formar um EXCELENTE núcleo pro futuro!! Essa troca faz do Hornets um time muito ruim agora, mas da ao time muito potencial pra começar sua reconstrução com tudo em 2013 e juntar um ótimo núcleo pra recomeçar. Foi uma excelente troca, e o Hornets agora realmente tem chance de ter uma boa reconstrução.

Pro Clippers, eu achei que ela foi mal conduzida (se tivessem forçado teriam conseguido manter o Gordon e ainda realizar a troca, talvez incluindo o Mo Williams nela ou uma escolha de Draft futura), pois se tivessem feito o certo - esperado, tido paciência e usado sua posição mais forte pra não deixar o preço aumentar - teriam um time de Chris Paul (26 anos), Eric Gordon (23), Caron Butler (Bom veterano, defende bem e sabe pontuar), Blake Griffin (22 anos) e DeAndre Jordan (23) anos, ainda com Chauncey Billups (excelente veterano, bom líder) no banco, era um excelente time, time pra pensar em título logo de cara e um time que tinha tudo pra só evoluir nos próximos anos, especialmente com boas adições para o banco, um pontuador e um homem de garrafão pra se juntarem ao Billups e ao Randy Foye. Mesmo assim, a troca não foi ruim - mas ela foi arriscada. O Gordon tinha potencial imenso e em três anos podia ser o melhor SG da NBA dependendo de como o corpo do Dwyane Wade (não) aguentasse os próximos anos, e trocar ele pelo Chris Paul junto da escolha do Wolves foi um preço talvez alto demais a se pagar por um jogador que talvez saia do seu time em dois anos (não há garantias de que ele vá renovar) e também tem problemas sérios nos joelhos, ainda que seja o melhor armador da NBA. Foi um preço alto, talvez alto demais dependendo de como os joelhos e o fim do contrato do Paul acabarem se desenrolando. Mas o fato é que pra um time que vive há tanto tempo na mediocridade, uma medida arriscada e ousada dessas é importante pra dar ao time outra cara, pra colocar o time de vez entre os grandes pra todo mundo ver. Se tivessem mantido o Gordon, talvez tivessem até o um time melhor, mas a recompensa que eles podem ganhar aqui é ainda maior, e a troca do CP3 não só deu ao Clippers um time, e sim todo um respeito e importancia ao redor da Liga. Foi um risco alto, mas a recompensa também pode ser alta.

E o David Stern, o grande vilão dos bastidores, acabou conseguindo o que queria, deu ao Hornets uma excelente base cheia de valor que é atrativa para um dono que entenda de basquete e veja o potencial do lugar. A forma como ele lidou com a troca com Lakers e Rockets foi inaceitável, com uma incrível falta de ética para agradar donos mimados e chorões que simplesmente não queriam ver Chris Paul no Lakers sem nem se perguntar se o Lakers seria um time mais forte. Todos saíram perdendo com esse veto, inclusive a Liga, que viu sua credibilidade ainda mais afetada. Mas na segunda troca, com o Clippers, o Stern jogou suas cartas perfeitamente e conseguiu realmente o maior valor que o Hornets conseguiria numa troca. O que não justifica a forma como tratou Lakers e Rockets, mas agora ele pelo menos pode admitir que já cumpriu sua função como GM do NBA Hornets, um time que tem um futuro muito interessante.