Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Os desafiantes e os soberanos

Um breve resumo do Spurs de 2012


Tem tanta coisa interessante nessa Final de Conferência que eu nem sei por onde começar. O Big Three idoso de San Antonio (Tim Duncan, Manu Ginobili e Tony Parker), detentor de quatro títulos (três juntos, um com Duncan sozinho) e que dominou a NBA ao longo de uma década, contra o novo Big Three de Oklahoma (Kevin Durant, Russell Westbrook e James Harden), que possuem JUNTOS 67 anos, só agora estão adquirindo a maturidade adequada e estão apenas começando a se impor como uma força na NBA. O confronto Big Three vs Big Three, o confronto de velha guarda vs nova guarda, etc e tal, vai dar um monte de manchetes divertidas pra mídia ao longo da semana, todas clichês e lugares comuns pra explicar porque essa série é interessante.

Mas porque eu estou ansioso para essa série? Porque é uma série de sete jogos entre os dois melhores times da temporada 2012 da NBA, por isso! Tanto Thunder como Spurs jogaram muito bem na temporada toda, possuem depth, possuem superestrelas, e simplesmente tratorizaram toda a competição nesses playoffs (Três varridas e um 4-1). O que tem pra não gostar desse duelo entre as duas suporpotências do Oeste??

O Thunder, de certa forma, é um time que vem crescendo alucinadamente nos últimos anos. Depois de ganhar 23 jogos em 2009, o time ganhou 50 em 2010 e foi pros playoffs, onde perdeu dos eventuais campeōes Lakers graças a um rebote de ataque do Pau Gasol nos segundos finais do jogo 5. Ano passado, depois de maturar e com Harden um pouco mais preparado, ganharam uma série épica do Grizzlies em sete jogos e perderam nas Finais de Conferencia pros eventuais campeōes Mavericks, principalmente por conta da sua dificuldade em jogar no final de jogos apertados e das dificuldades do Westbrook de criar para os demais jogadores.

Em 2012, o Thunder passou por cima de tudo isso. O Thunder ganhou dois jogos do Lakers quando estava perdendo por 9 pontos faltando dois minutos, simplesmente porque executou tudo da forma certa: Apertou a defesa, forçou roubos de bola (especialmente no Kobe, que ficou com a bola durante quase todo o crunch time no Lakers) fechou o garrafão, obrigou o Lakers a viver das bolas medias e longas ao invés de pontos fáceis no garrafão, tomou conta da bola, e contou com Durant decidindo o jogo com arremessos roubados e semi-impossiveis. Ano passado, o Thunder perdeu porque não sabia (ou não conseguia) fazer tudo isso, o Westbrook acabava cometendo turnovers, o time tomava pontos no contra ataque, e não conseguia pontuar.

Ah, eu não sou ingênuo. Não acho que o Thunder tenha deixado pra trás tudo que fez de errado na hora de fechar jogos na temporada regular. O Scott Brooks ainda tem sua dificuldade em desenhar jogadas, e o ataque do Thunder no final dos jogos ainda depende demais de isolaçōes e arremessos forçados do Durant. Isso não mudou, o que mudou nessa parte foi que os arremessos, dessa vez, caíram. Mas não foi isso que mudou pro Thunder conseguir dominar o Lakers nos finais de jogos. Saber construir jogadas no ataque é apenas uma parte de um final de jogo apertado. O que aconteceu é que o Thunder tirou 10 em todo o resto. Com uma defesa apertada e agressiva eles tiraram o Lakers da zona de conforto e forçaram o time de LA a arremessos difíceis e a rodar a bola mais do que gostariam, o que gerou muitos roubos de bola, que por sua vez geraram pontos fáceis de contra ataque. Se o Thunder ainda tem dificuldade pra construir posses de bola no final na meia quadra, eles compensaram isso conseguindo muitos pontos fáceis de contra ataque e evitando que o Lakers pudesse usar seu melhor jogo. E o que é mais importante, eles tão jogando com a confiança e a atitude não mais de um time jovem que quer roubar algo dos mais velhos, e sim como um time que sabe seu lugar e ta jogando pra chegar lá. 

E especialmente, o Thunder ficou mais perigoso quando o Westbrook e o Durant passaram a entender melhor o tipo de papel que eles devem ter dentro de quadra ao longo de um jogo. No começo do ano, a relação dentro de quadra entre os dois pareceu que ia tomar uma direção de Stringer/Avon (Que os que assistiram The Wire saboreiem a genialidade da comparação, que obviamente não fui eu que fiz, mas eu adorei), com uma certa ajuda da mídia: Se o Thunder perdesse, era por culpa do Westbrook, e se ganhasse era por causa do Durant. Nao era a toa que o Westbrook (Que genuinamente acredita que ele seja tão valioso quanto o Durant - e talvez esteja certo) se sentia tão desvalorizado e estivesse jogando com tanta raiva e necessida de se provar. Acontece que o Durant e o Sam Priesti perceberam isso: Priesti ofereceu ao West uma extensão máxima pra colocar um fim aos rumores de troca, e o Durant aceitou que o Westbrook arremessasse mais e controlasse a bola mais ao longo do jogo porque ele precisa disso pra ser eficiente dentro de campo. Ainda que o Durant pudesse meter 35 ppg se quisesse, ele prefere marcar 28 sabendo que seu time fica mais perigoso quando ele arremessa menos. Isso fez o Westbrook acalmar, parar de jogar nervoso e confiar mais nos seus companheiros.

O que o Westbrook demorou pra perceber - e finalmente parece ter percebido nesses playoffs, tornando o Thunder um time muito mais perigoso - é que o não tem problema ele controlar a bola ao longo do jogo (Ele precisa só criar um pouco mais, mas enfim), mas que quando o jogo começa a ficar apertado, quem tem que ficar com a bola é o Durant. Em outras palavras, o problema não é o West arremessar MAIS que o Durant, e sim QUANDO ele arremessa na frente do Durant. Por conta da inconsistencia no arremesso, o Westbrook prefere atacar a cesta quando o jogo está apertado e o ataque de meia quadra ta sendo necessário, mas por conta do seu dominio de bola mais ou menos ele acaba sofrendo muitos turnovers e sendo menos eficiente, gerando pontos faceis para o adversário. Ao invés disso, Durant são os dois pontos mais automáticos da Liga. E o Westbrook percebeu isso, soube a hora de atacar e a hora de deixar a bola com Durant. Ainda que o Thunder não devesse confiar apenas em jogadas de isolação fora do garrafão, só com o Westbrook compreendendo a importância de deixar essas bolas com Durant e Harden, evitar turnovers e apostar nos melhores criadores. Nessas horas, a eficiência é o mais importante. E o Westbrook, nos playoffs, tem sabido reconhecer o valor disso.

Alias, o crescimento do Harden foi um fator importantíssimo também, especialmente porque ele tem a habilidade de criar pros companheiros que o Westbrook não tem. Na temporada, o Thunder não tinha plano B pra quando West e Durant não estivessem bem. Agora, eles simplesmente sabem que podem tocar pro Harden e esperar ele criar jogadas, seja pra ele ou pros outros. O crescimento do Harden acabou sendo um fator importantíssimo pro Thunder conseguir um grupo que não fosse levado só por dois jogadores que criam para si mesmos antes dos demais.

Ou seja, o Thunder realmente é um time perigoso, muito mais maduro e que tem uma identidade muito mais definida do que ano passado. Durant está em excelente fase, Harden cresceu a ponto de virar um excelente jogador que seria titular em uns 27 times da Liga, o time sabe proteger o garrafão (Algo muito importante nos playoffs) e está embalado. E mesmo assim, eu não vejo o Thunder chegando nas Finais, simplesmente porque o Spurs de 2012 é o melhor time de playoffs na NBA desde o Lakers de 2001 (Que tinha Shaq no auge, Kobe se firmando como um Superstar que perdeu apenas um jogo em toda a pós-temporada... E sim, foi o jogo 1 das Finais que o Allen Iverson ficou louco e meteu 48 pontos).

O Spurs tem pelo menos 10 jogadores que podem entrar e contribuir nos playoffs. O Spurs protege os rebotes. O Spurs tem mais opçōes ofensivas que qualquer time da NBA. O Spurs pode jogar grande, pode jogar pequeno, pode jogar meia quadra, pode jogar no contra ataque. É o time que melhor chuta de três, é o time que melhor roda a bola e que pode pontuar de um bilhão de jeitos diferentes. O Spurs tem um armador que ta jogando fora de controle (Tony Parker) e que eé capaz de marcar 28 pontos e dar 9 assistências a qualquer minuto (nenhum PG jogou melhor no ano. Ponto), tem Tim Duncan seis anos mais novo dominando no garrafão e simplesmente fazendo toda hora a coisa certa ao ponto que chega a ficar até sem graça, tem um jogador que está um pouco apagado mas pode vir do banco e mudar o jogo (Manu), e tem mais seis ou sete role players capazes de rodar a bola, chutar de três, defender o garrafão, defender o perímetro... Jogadores que absolutamente não ligam pros seus números, fazem o que o técnico mandar, jogam para o time e só estão preocupados em achar a melhor forma de vencer (o que inclui suas três estrelas). Como se isso não bastasse, eles também possuem o melhor técnico da Liga. So there.

Eu sempre desconfio um pouco de times que não perdem jogos. Como dizia meu pai, times que naão perdem não conhecem seus defeitos. Mas o fato é que o Spurs não está só vencendo seus oponentes, está massacrando todos eles, passando por cima e ganhando com uma eficiência assustadora. O Spurs é uma máquina de jogar basquete, erram pouco e fazem tudo certo. Não fossem dois jogos que o Spurs perdeu descansando seus três astros, o time poderia estar numa sequencia de 30 VITORIAS, sendo grande parte delas por duplos dígitos. Nenhum time está jogando, nem de longe, o que o Spurs está jogando nesse momento.

E tem também a parte subjetiva que eu tanto insisto. O Spurs é um time que tem uma identidade perfeitamente definida e que sabe exatamente o que seus companheiros podem ou não fazer. Cada jogador está muito mais preocupado com a vitória do time do que com o que ele vai fazer individualmente. Cada jogador sabe exatamente o que seus companheiros vão fazer, e o que eles esperam que eles façam. Cada jogador confia no outro. E os jogadores são mais que companheiros, são amigos. Quem viu o Duncan todo feliz quando o Danny Green deu um baile no Chris Paul no jogo 4 percebeu isso perfeitamente. Duncan não tava feliz porque seu time tava ganhando, ele tava feliz porque o Green tava pulando de felicidade por ter dado uma surra em um dos melhores jogadores do mundo. Esse tipo de quimica entre os jogadores é muito underrated mas também muito importante, faz com que os jogadores sempre busquem jogar pelos companheiros. O Spurs é um time Old School que se construiu sobre entrosamento, um grupo de jogadores que sabem o seu papel, sabem o que fazer e que só se importam com a vitória. O Mavericks de 2011 era assim. E o Spurs de 2012 é um time muito melhor que o Mavericks de 2011. Nessa época onde times como Heat e Knicks tentam ganhar deixando de lado todo o conceito de "time" pra pegar vários superstars e colocando pra jogarem juntos, ver um time cuja força vai muito além do "talento", vem dos conceitos mais básicos de "time", jogando nesse nível é uma grande coisa.

Além disso, o Spurs tem algo que é importante demais a essa altura dos playoffs, que é a mentalidade. Quem viu os jogos 3 e 4 viu um time que sabe perfeitamente como jogar seu basquete, e que sabe que esse basquete é o melhor. O Clippers abriu 24 pontos de vantagem sobre o Clippers no jogo 3, e em nenhum momento o Spurs entrou em pânico, ou mudou a sua forma de jogar. Pelo contrário, continuou jogando como sempre sabendo que era o melhor time e que ia alcançar o adversário. E não só o fez como conseguiu abrir uma vantagem de dois dígitos no terceiro quarto marcando 24 pontos seguidos, algo que remete aos bons tempos do Celtics de 1986 (possivelmente o melhor time da NBA de todos os tempos) marcando 25 seguidos contra o Hawks na Final de Conferência. No jogo 4, quando o Clippers ameaçou uma reação no final do jogo, o Spurs continuou absolutamente calmo, sabendo que bastava fazer o que sempre faziam pra ganhar, sem nenhum grama de nervosismo ou medo. E eles ganharam.

Então por mais que eu ache o Thunder um grande time, eu não acho que eles vão ser capazes de vencer o Spurs com Parker e Duncan jogando a barbaridade que tão. Se o Spurs tem uma fraqueza, é um garrafão um pouco frágil, mas o Thunder não tem nenhum jogador de garrafão pra explorar isso ofensivamente. O Thunder gosta de usar seu garrafão pra pegar rebotes ofensivos - o Spurs é o time que menos os cede na Liga. Ainda que o Spurs não deva explorar muito a principal fraqueza do Thunder (O Thunder foi o pior time cedendo turnovers na temporada regular, mas teve um excelente numero contra o Lakers... Que é o time que menos força turnovers na Liga. Mas como o Spurs é o terceiro que menos os força...), o Thunder também não deve conseguir explorar a do Spurs (Se é que um garrafão com Duncan pode ser fraco), e o Spurs conhece muito mais seus pontos fortes que o Thunder. O Spurs depende muito menos de um ou dois jogadores do que o Thunder, mas também tem jogadores capazes de assumir o controle do jogo.

Em outras palavras, o Thunder tem o talento pra bater de frente. Durant e Westbrook são dois dos melhores jogadores da Liga, e Harden tem sido um valioso bench player. Não espero o Spurs vencendo facilmente essa série. Mas pra mim o Thunder vai ter mais dificuldades de impor seu jogo porque sua defesa está muito mais baseada no garrafão do que nas bolas longas. Essa é a grande vantagem do Spurs sobre o Thunder: O Spurs tem uma capacidade de adaptação muito grande, pode jogar com Duncan e Tiago Splitter pra explorar o garrafão, pode colocar o Boris Diaw no perímetro pra chutar de três e passar a bola da cabeça do garrafão, pode jogar baixo com Parker-Gary Neal/Green- Ginobili -Kawhi Leonard-Duncan pra explorar a velocidade e as bolas longas... Enfim, com um técnico como Gregg Popovich ele eé mais do que capaz de montar um esquema de jogo nos quais eles são bons e que seja um bom encaixe para o adversário. E o pior, o estilo preferido do Spurs (velocidade, espaçamento, rotação de bola e bolas longas) é exatamente o que o Thunder não gosta de enfrentar, eles preferem mil vezes times que não tem bolas longas e que usem seu garrafão (sabe, como o Lakers) de forma física. Mesmo o principal jogador de garrafão do Spurs (Duncan) é o tipo de jogador que o Thunder não gosta, a dupla Serge Ibaka e Kendrick Perkins lida muito melhor com jogadores físicos que gostam de trombar, mas muitas vezes tomam bailes de jogadores mais habilidosos, capazes de se afastar da cesta e que possuem uma grande variedade de jogadas de costas pra cesta. Ainda que a presença do Ibaka deva atrapalhar o Tony Parker com seus tocos vindos do nada, a rotação de bola do Spurs e a capacidade dele e do Manu de finalizar por cima de marcadores mais altos deve dar ao Spurs uma vantagem sobre o garrafão do Thunder. E como eu já disse, o Spurs tem uma capacidade muito maior de adaptação do que o Thunder, tanto pela profundidade do elenco como pelo seu técnico. 

Então sim, eu espero que essa série seja absolutamente espetacular. Os dois times estão embalados, tem jogadores espetaculares e são os dois melhores times da Liga. Mas confesso que, no fundo, eu quero ver o Spurs ganhando a série e o título, simplesmente porque eu adoro ver basquete bem jogado, basquete coletivo de um time que vive de entrosamento e chemestry, que não tem egoismo e que coloca a vitória na frente de tudo. Não é sempre que vemos times assim, não só pela dominância mas pela forma como eles fazem, lembrando muito aqueles times mágicos dos anos 80 como Lakers e Celtics pela forma como tocam a bola e como jogam com velocidade e em equipe (Exemplos mais recentes, Kings do começo do século e Suns de 2005-2007, 2010). Esses times são raros, e mais raro ainda que sejam tão bons como o Spurs de 2012. Infelizmente, esses times tendem a ficar para trás, esquecidos ou considerados fracassados, se não sairem com um título. E eu não quero que isso aconteça com esse Spurs. Eu quero que eles sejam recompensados por me levarem a um lugar mais alto como fã de esportes e do basquete bem jogado, do basquete de equipe, cada vez mais raro nos dias de hoje..

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Sim, o Two-Minute Warning está com uma nova parceria (De algum jeito eu preciso ganhar algum dinheiro com o blog, certo?). Ainda hoje, post novo sobre Spurs vs Thunder. Fiquem de olho!

terça-feira, 22 de maio de 2012

Primeira fase dos playoffs: As pedreiras

Antes de anunciar um novo parceiro para o TW Warning, vamos correr pra recuperar o que ficou pra trás no assunto playoffs da NBA, e passar de uma vez por todas pras Finais de Conferencia, quando a coisa começa a ficar realmente interessante. Portanto, depois de falar das mamatas da primeira rodada dos playoffs, falaremos das pedreiras... E, infelizmente, das lesōes.

Infelizmente, essa imagem vai marcar os playoffs de 2012 pra sempre



Lakers vs Nuggets (4-3)
Odeio me gabar quando eu acerto alguma coisa (mentira, eu adoro), mas eu avisei que essa série tinha tudo pra ser muito emocionante e decidida em sete jogos. Veja só como meus poderes proféticos andam afiados:


Apesar de parecer um absurdo a primeira vista, pra mim esse confronto tem tudo pra ser um duelo muito interessante. O Nuggets tem três coisas que incomodam muito o Lakers: Um armador muito rápido no Ty Lawson, um jogador de garrafão extremamente energético e que defende muito bem, e tem um excelente defensor de periímetro pra colar no Kobe (Aaron Afflalo). Somando essas três coisas com a depth de Denver e um dia onde as bolas de três estejam caindo, e de repente podemos ter uma série



Pois é, foi exatamente isso que deu o tom da série, em especial o primeiro item. Depois de usar sua força e seu garrafão pra abrir logo uma vantagem de 2 a 0 na série, o Lakers passou a ter muito trabalho pra segurar o Ty Lawson. O armador deu um baile no Ramon Sessions e no Steve Blake, costurou a defesa do Lakers e achou seus companheiros. O Lakers tem problemas com armadores velozes desde... O que, a década de 80 (Sleepy Floyd, alguém?)? Bom, o Lawson não foi exceção, ele pintou o diabo com o Lakers quando o Nuggets encostou na série.

Isso também teve uma ajuda do garrafão do Nuggets, que com energia e atleticismo conseguiu se impor pra cima do garrafão forte de Los Angeles. O que, Kenneth Faried? Um pouco, mas nem tanto. Quem realmente fez a diferença no garrafão do Nuggets (Além da depth e versatilidade geral dos big man de Denver) foi o JaValle McGee. Durmam com essa, o mesmo McGee que não sabe qual é o lado que ataca e defende. Mas a verdade é que a energia e atleticismo do McGee e do Faried serviu muito bem pra incomodar os pivôs de LA, evitar que eles controlassem o jogo na área pintada e forçar o Lakers a rodar mais a bola e confiar nos chutes de três. O que foi importantíssimo pra Denver, porque as bolas de três do Lakers não estavam caindo e isso impediu que o Lakers conseguisse desacelerar em muito o ritmo do jogo. Isso favoreceu o Lawson e o ataque mais rápido do Denver, tirou o Lakers da sua zona de conforto e colocou o time de LA contra a parede com um jogo 7.

No entanto, no Jogo 7 aconteceram duas coisas muito importantes pro Lakers, que não tinham acontecido até ali. Primeiro, as bolas de três de Metta World Peace e Steve Blake começaram a cair, o que abriu demais o jogo para o Lakers, deu espaço para Andrew Bynum e Pau Gasol trabalharem no garrafão (especialmente nos rebotes) e, principalmente, serviu para desacelerar o jogo. O jogo mais lento era tudo que o Lakers queria pra evitar que o Nuggets saisse correndo e pontuando na transição, como fez a série toda, mas isso só foi possível porque as bolas de três caíram e o garrafão se aproveitou disso pra funcionar. Além disso, no segundo tempo do jogo 7, Kobe pediu pessoalmente pra marcar o Ty Lawson. Lawson não fez mais nada, foi engolido pelo camisa 24 e isso tirou demais o poder de fogo de Denver, que não conseguiu acompanhar o Lakers. Ainda assim, uma boa performance do Nuggets com seu elenco ainda muito jovem (e sem Wilson Chandler).


Clippers vs Grizzlies (4-3)
Ok, essa é complicada. Juro que não sei realmente explicar o que aconteceu nessa série. Mas eu tenho CERTEZA que fomos eu e o Zeca que zicamos o Grizzlies no nosso podcast (Pros preguiçosos, a gente apontou o Grizzlies como nosso candidato ao tiítulo. Eu sou um homem de honra, também lembro meus erros grosseiros). Aos torcedores do Grizzlies, sentimos muito. Se eu soubesse que era tão fácil assim tinha aproveitado pra secar também o Heat e o Lakers. 

Ok, vamos ver o que a gente tem... Primeiro, o Grizzlies tava dominando o jogo, abriu 27 pontos de vantagem, e entregou tudo no segundo tempo. Claro que o Clippers tem mérito, mas o Grizzlies simplesmente dormiu na partida: Parou de correr pra defender contra ataques, nao rodou a marcação direito, ficou preguiçoso no ataque... Em resumo, achou que o jogo tava ganho, naão se esforçou pra manter o placar, e ai quando o Clippers veio pra cima o time não teve capacidade de se recuperar e reagir. O Clippers abriu o placar da série e tirou todo e qualquer momento que o Grizzlies tivesse.

O problema do Grizzlies foi a dificuldade que o time teve em envolver no jogo seus dois jogadores de garrafão, Marc Gasol e Zach Randolph. Ao invés disso, o time insistiu com o Rudy Gay no perímetro, que teve médias muito ruins de 19 pontos e 42%, o que não seria tããão ruim se, sabe, ele não estivesse sendo marcado pelo Caron Butler, que tava com uma fucking mão quebrada! Quando o Grizzlies finalmente usou seu garrafão do jeito certo, Marc Gasol engoliu o Clippers com farinha e finalmente explorou o garrafão fraco e vulnerável do seu adversário, ganhando os jogos 5 e 6 (Esse ultimo em Los Angeles). Mas ai chegamos ao jogo 7, que fo bizarro: Gasol foi muito bem, mas Zach Randolph acertou apenas 3 de 12 arremessos, ningueém além de Gasol e Gay (que desapareceu no quarto periodo, com um turnover e nenhum Field Goal) anotou mais de 10 pontos, e o Chris Paul fez o seu papel para o Clippers fechar a série num jogo marcado por muito nervosismos e ataques muito ruins: 82 a 72 pro Clippers, que chutou 38% no jogo. O Grizzlies? 32%. Ta explicado?


Celtics vs Hawks (4-2)
Uma série bizarra, e eu nem sei por onde começar. Primeiro, no jogo 1, Joe Johnson e Josh Smith jogam muito bem, Rajon Rondo tromba de proposito em um juiz e é expulso (e suspenso), e o Hawks não só ganha o jogo 1 como sabia que ia jogar o jogo 2 contra um Celtics sem seu melhor jogador. No jogo 2, no entanto, o Celtics venceu mesmo sem Rondo, graças a um jogo histórico do Paul Pierce (jogando com uma perna só): 36-14-4 e todas as cestas importantes do time no segundo tempo pra tirar a diferença de 12 pontos, naqueles jogos onde ele parece imparável e acerta todo tipo de arremesso. Isso também com a pequena ajuda do Josh Smith ter se machucado perto do final do jogo (embora duvido que isso fosse mudar o jogo com o Pierce nesse estado). 

O jogo 3, sem Smith, foi mais difícil do que todo mundo esperava, mas o Celtics ganhou com um triple double do Rondo. O jogo 4, mesmo com as voltas de Smith e Al Horford, foi uma lavada do Celtics que parecia que ia empolgar nos playoffs, que tava achando seu melhor jogo, com Rondo voando, Pierce e Ray Allen afiados de longe, e Kevin Garnett voltando uns anos no tempo. Parecia então que o Celtics ia jogar essa série pras mamatas.

Mas não, no jogo 5 o Hawks assumiu o controle e chegou a abrir vantagem de dois dígitos no final do terceiro período, só pra ver o Celtics anotar 10 seguidos antes do fim do terceiro quarto. Ai o Al Horford esqueceu que tinha ficado quatro meses parado, tomou conta do jogo e abriu 4 pontos de vantagem... Pra ver o Pierce acertar uma bola ninja de três e o Rondo roubar o inbound pass faltando 10 segundos. Ai o Rondo, famoso por passar bolas ate quando tem caminho livre pra cesta, esqueceu de passar a bola, quis resolver sozinho, errou o drible e nem arremessou antes do tempo acabar. E claro que no jogo 6 o Hawks jogou melhor, abriu boa vantagem, viu o Garnett meter um 28-14 e o Celtics virar o jogo nos segundos finais, dai o Horford errar um lance livre decisivo (depois de ter dominado o periodo todo) e o Celtics sair com uma vitória bizarra. Ufa.

Ou seja, foi muito esquisito, e o pior: Eu assisti a todos os jogos dessa série, e não consigo explicar quase nada do que aconteceu. Foi aleatorio demais, os jogadores foram de lua demais e foi justamente isso que determinou cada jogo. Ou seja, imprevisível. O melhor time venceu, mas suou demais e não convenceu. E o saldo de baixas do Celtics acabou sendo o mais importante dessa rodada: Pierce sem uma perna indo pra Philadelphia, Avery Bradley sem um braço (O que claramente ta limitando o garoto e fazendo ele perder importantes jogos) e o Ray Allen incapaz de correr normalmente. Esse Celtics provavelmente é, quando consideramos as lesōes do Chris Wilcox e do Jeff Green, o time do Celtics mais zicado de lesōes desde 1987 (quando tinha Robert Parish e Danny Ainge com lesōes sérias na perna - especialmente Parish - e seu segundo melhor jogador, Kevin McHale, jogando com um fucking pé quebrado... E mesmo assim levou a série contra o Lakers a seis jogos. E sim, o McHale daria o toco no baby hook do Magic Johnson no jogo 4 se estivesse saudável. Vamos em frente antes que eu jogue o notebook pela janela). Uma pena, porque era o time mais embalado do Leste antes do fim da temporada e das lesōes. Espero que consiga se reencontrar caso passe pelo Sixers a tempo de enfrentar Heat ou Pacers. E por falar em lesōes...


Sixers vs Bulls (4-2)
Sinto muito, não tem o que falar dessa série a não ser a lesão que tirou o Derrick Rose dos playoffs, das olimpíadas e, talvez, até mesmo da temporada do ano que vem. Se era necessário ou não manter o Rose naquele momento de um jogo já ganho de playoffs, não é a questão: Ao mesmo tempo que o Rose voltava de uma lesão séria e seria melhor poupá-lo com o jogo já ganho, também era fato de que o armador estava sem ritmo de jogo e precisava jogar para poder voltar a estar entrosado com a equipe e o jogo em si. Nao vou entrar nessa questão.

A questão que importa é que isso tirou de cena o melhor time do Leste ao longo de toda a temporada regular, com uma defesa forte, um superstar pra controlar o jogo e, mais importante, uma identidade. O Bulls tinha falhas, podia não dar em nada, mas o fato é que tirar dos playoffs o time de melhor campanha de uma conferência sempre vai causar um desequilibrio importante, o que o Bill Simmons chamou de "Título com uma nota de rodapé", um título legítimo mas influenciado por algo que sempre vai fazer as pessoas falarem "Ah, mas naquele ano teve...", como por exemplo o título do Lakers de 87 (Veja acima), do Rockets de 94 (Aposentadoria de Michael Jordan no auge dos seus poderes), do Spurs de 1999 (Lockout que fez mais de metade da liga chegar totalmente despreparada na temporada, o que levou o Knicks a chegar às Finais graças a uma jogada duvidosa e sem seu melhor jogador no Patrick Ewing, machucado, que definitivamente teve importancia quando seu time foi massacrado por Tim Duncan - David Robinson), Hawks em 1958 (perna quebrada do Bill Russell), Lakers em 1988 (Isiah Thomas machucando seriamente o pé no jogo 6 das Finais com Detroit liderando 3-2 e indo fechar a série)... E por ai vai. Voces entendem a idéia, uma nota de rodapé indicando que o tiítulo foi legiítimo, mas teve ajuda de um fator de sorte que não pode ser deixado de lado. Diferente de um asterisco, que indicaria algo claramente falso e ilegítimo, como os Home Runs do Barry Bonds (socado até o pescoço de esteroides), o final da carreira do Roger Clemens (idem), e por ai vai.

A lesão do Rose faz do título de 2012 um título assim? Sim, com certeza. Nao significa que o Bulls ia ganhar e deixou de ganhar por causa disso, mas indica que, quem quer que tenha ganho o título, teve caminho facilitado por uma lesão que tirou da briga um dos times mais fortes do ano. Ninguém garante que o Spurs não ia ser campeão em 2005, mas ele teve caminho muito facilitado pelas lesōes de Joe Johnson (Suns), Dwyane Wade (Heat) e a confusão do Ron Artest (Pacers) no Palace of Auburn Hills terem tirado do páreo três dos cinco melhores times do ano. O mesmo vai acontecer esse ano. Seja Heat, Celtics (Amem!), Spurs ou Thunder a ganhar o título, todo mundo vai lembrar que o Bulls não disputou o título porque o Rose machucou. É cruel, mas é assim que funcionam os esportes, todo mundo pensa demais no "E se...". E afinal de contas, o Rose PODIA levar o Bulls ao título. A gente não sabe. E nunca vai saber. Só sabemos que os playoffs perderam um dos seus jogadores mais interessantes, um dos melhores times e a chance de sete jogos de Heat e Bulls se matando depois de tanta animosidade na temporada regular. O Bulls jogou a temporada regular muito bem sem Rose porque jogou confiante, sabendo que quando importasse, o camisa 1 estaria la dentro com eles. Nos playoffs, quando a lesão do Rose deixou claro que ele NAO ia voltar mais e que o Bulls estava sozinho até o final, o time desanimou (especialmente quando o Joakim Noah também machucou). O time foi capaz de jogar com intensidade quando Rose estava fora quando sabiam que ele voltaria, mas sem a esperança de uma volta, o Bulls simplesmente não teve forças pra continuar, e o Sixers passou por cima. Uma pena imensa...

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Podcast TM Warning - Major League Baseball

Pra compensar os 10 dias que eu passei ausênte por causa do TCC, hoje temos o nosso segundo podcast. Esse podcast em particular é sobre baseball - prefiro alcançar a NBA com mais calma - e meu convidado foi meu amigo Vinicius, do blog Spinballnet.

Os temas que tratamos foram, propositalmente, bem abrangentes, e por isso o podcast também ficou bastante longo (1h15). Fizemos uma introdução comentando um pouco sobre baseball e o que o torna divertido pra quem pouco conhece ou não acompanha o esporte, buscamos explicar ao máximo estatísticas mais obscuras e, de modo geral, fazer um podcast tanto pra quem conhece o esporte como pra quem está conhecendo agora.

Pra ajudar quem não conhece, ja faz algum tempo que eu fiz aqui um post explicando as regras do baseball, pode ser acessado pela barra lateral do blog ou então clicando aqui. Pretendo fazer um outro explicando o uso de estatísticas no baseball, meu assunto favorito do esporte, mas fica pra depois que a NBA terminar.

Só mais uma coisa: A qualidade da voz do Vinicius não ficou muito boa, em parte porque o microfone dele estava distorcendo um pouco o som, mas principalmente porque ainda não tive tempo de aprender a mexer na ferramenta de podcast do computador o suficiente pra separar o som em dois canais conforme a fonte. Prometo que ainda vou descobrir. Falha minha, falha minha...

Enfim, aqui está nosso podcast. Podem acessar direto do site ou baixá-lo.

A entrevista que o Spinballnet fez com o Scott Machado, armador brasileiro de Iowa que vai entrar no Draft da NBA, está nesse link.

Aproveitando, o video do Brett Lawrie que citamos no podcast é esse aqui.

Lembrando mais uma vez que esse podcast também vai estar disponível no www.spinballnet.blogspot.com

Agradeço a todos e espero que gostem!

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Primeira fase dos playoffs: As mamatas

Finalmente entreguei meu projeto de TCC, já foi aprovado, e agora voltamos à vida como a conhecemos. E isso significa que vamos ter que correr demais pra chegar em dia com o que ta rolando na NBA. Ja que ta um pouco tarde demais pra falar do que vai acontecer daqui pra frente, vamos começar falando do que já passou. Ou seja, das oito séries de primeira rodada. Começando hoje com as quatro séries que foram mais curtas, mais fáceis ou até mais chatas: Spurs vs Jazz (Divertido demais ver o Spurs jogar ultimamente), Thunder vs Mavs (Surpreendentemente divertida), Pacers vs Magic (Algumas coisas legais, mas no geral chato demais) e Heat vs Knicks (Decepção).


Spurs vs Jazz (4-0)
Quando temos uma varrida onde os três primeiros jogos são tão one-sided, especialmente se o time que perde foi o 8th seed, costumamos pensar que o 8th seed que é ruim, e que não merecia estar nos playoffs (Ver: Conferência Leste nos ultimos anos, tirando 2012). Mas a verdade é que esse nao era o caso. O Jazz era um bom time, com um bom técnico, muito bem montado, com depth e um garrafão muito forte. Era um time que controlava os rebotes, sabia acionar Al Jefferson no garrafão e que jogava com muita vontade. Além disso, foi um time que cresceu na hora certa e chegou nos playoffs com muitos méritos. Ainda que inexperiente por conta da baixa idade e poucas apariçōes de seus jogadores nos playoffs, o Utah Jazz dificilmente foi o "problema" da série. O problema é que o Spurs é simplesmente bom demais!

O Spurs, que tradicionalmente na era Gregg Popovich-Tim Duncan sempre foi um time muito defensivo, lento e extremamente mecânico e as vezes entediante no ataque, agora é um time extremamente veloz, criativo, cheio de bolas de três pontos e muita depth. Se o Spurs dos primeiros títulos chegava a ser entediante, esse Spurs é o time mais divertido desses playoffs, tanto pelo grande número de bons jogadores como pelo estilo leve, rápido, com boa movimentação de bola e sua capacidade alucinante de massacrar quem estiver pela frente. O Spurs vem de 15 vitórias seguidas, e seria mais se não tivesse descansado tanto seus três principais jogadores na reta final.

O Spurs, portanto, foi quem tornou a série fácil. Ainda que não tenha o garrafão forte do Jazz, o Spurs sabe muito bem pegar rebotes de defesa e simplesmente massacrou o Jazz em bolas longas na transição e com bom espaçamento na meia quadra. Eu tinha avisado já que o Tony Parker tinha tudo pra ser o cara mais importante do Spurs, dado o fato do Jazz não ter ninguém pra marcá-lo no mano a mano nem alguém no garrafão pra fazer uma cobertura eficiente. E foi o que aconteceu, ele fez o que quis e o Jazz nunca realmente ameaçou o Spurs. Ninguém garante que o Spurs vá ser campeão, ainda tem algumas falhas e a concorrência de Thunder e Heat não vai ser fácil, mas o fato inegável é que a NBA nao tem nenhum time jogando o que o Spurs ta jogando nesse momento...



Heat vs Knicks (4-1)
Antes de mais nada, defendo meu ponto de vista: Essa poderia ser uma ótima série de 6 ou 7 jogos caso o Imam Shumpert não tivesse se machucado logo no primeiro jogo. Aliás, lesōes parecem ser a história dos playoffs até aqui, com Baron Davis, Shump, Derrick Rose indo pro saco, e jogadores como Elton Brand, Paul Pierce jogando limitados (Sem falar na lesão do Chris Bosh que de repente tornou a série Heat vs Pacers muito interessante). Mas a do Shumpert foi especialmente problemática. Junte isso ao fato do Tyson Chandler (Defensive Player of the Year, vale alguma coisa) não estar 100% e do Mike Woodson ser... Bem... Limitado na hora de montar seu ataque com qualquer estrategia que não seja isolar o Carmelo Anthony. O resultado foi um 4 a 1, com um ou dois jogos divertidos... E pronto.

A lesão do Shumpert custou mais ao Knicks do que pareceu à primeira vista. Em primeiro lugar, e mais obvio, tirou do Knicks seu melhor marcador de perímetro e alguém capaz de marcar e incomodar muito o Lebron mas especialmente Dwyane Wade. Além disso, tirou do time a sua flexibilidade para jogar com o Carmelo de PF como tanto fez quando o Amare Stoudamire esteve machucado. O time até tentou, mas isso significava deixar o Steve Novak em quadra marcando Lebron ou Bosh... E isso foi ridiculo. O ataque estagnado do Knicks tambeém sentiu muita falta de alguem pra correr nos contra ataques, e também outra pessoa pra assumir a armação além do Mike Bibby quando o Davis machucou. Fez falta, e nos tirou uma excelente série...

Enquanto isso, o Mike Woodson tomou uma surra homérica da defesa do Miami Heat. A defesa do time da Flórida não é brincadeira, Lebron é um dos melhores defensores de toda a NBA e ele e o Wade são dois pitbulls babando atrás da bola, forçando turnover atrás de turnover (o que rende pontos fáceis de transição) e sufocando o adversário. O problema do Knicks não foi simplesmente não conseguir vencer essa defesa, e sim ter insistido com a mesma tática durante a série toda, bola no Melo e sai da frente. O primeiro jogo foi especialmente patético: O Heat defendeu o Melo com a simples tatica de entrar na frente dele pra evitar ele de receber a bola. Nada mais do que isso. E o Melo passou o jogo todo apagado porque o time não conseguiu fazer a bola chegar ate ele!

Claro, a dependência do Carmelo sem o Jeremy Lin a gente já conhecia, especialmente com o Davis em fim de carreira. E o Heat tem todos os méritos de se aproveitar disso. Mas me assustou o fato de que o Woodson nem TENTOU algo diferente, nem mesmo pra levar a bola no Melo, era o Melo vindo buscar no meio de quadra e tentando resolver. E claro, o Amare ainda teve tempo de socar o vidro de um extintor e perder um jogo 3 decisivo. Grande, grande... O Heat era um time melhor que o Knicks, mas com Shump e Chandler a 100%, ainda acho que teriamos seis ou sete jogos miuto divertidos. Olho nessa rivalidade...



Thunder vs Mavericks (4-0)
Não lembro qual foi a última vez que eu vi uma varrida de série tão equilibrada. Apesar da varrida e do Thunder ter se mostrado um time claramente melhor e, principalmente, com mais armas ofensivas, o Thunder venceu jogos bem apertados: 1 ponto no jogo 1, 3 pontos no jogo 2, e 6 pontos no jogo 4. Muitos desses jogos foram decididos nos detalhes, e nisso o Thunder leva vantagem porque tem um conjunto melhor. E, especialmente, porque o Mavericks foi incapaz de fazer aquilo que lhe deu o título ano passado: dominar o garrafão defensivamente, com rebotes e defesa de aro.

Eu já deixei isso claro, mas preciso repetir: O Mavericks leu errado a situação da temporada 2012 da NBA. Com o lockout e uma temporada insana pela frente, o campeonato estava muito em aberto pra qualquer time que chegasse nos playoffs saudável e com uma boa dose de talento e defesa, o que o Mavs tinha ano passado. Mas eles optaram por deixar o Chandler ir pro Knicks e apostar tudo em Deron Williams e Dwight Howard na Free Agency. Pode dar certo, a gente não sabe. Mas o que a gente sabe é o seguinte: A carreira do Dirk Nowitzki nao ta longe de acabar, e você não sabe quantas chances vai ter de brigar pelo título com ele. E por isso você tem que aproveitar todas elas. Por isso que Kevin McHale jogou com um pé quebrado em 1987 mesmo sabendo que isso provavelmente afetaria o resto da carreira dele. Aquela era a chance, ele tinha que aproveitar. Não sabia se teria outra (E sim, se ele estivesse 100%, o Celtics teria sido campeão. Argh...). 

Em outras palavras, o Mavs teve uma boa série, seus coadjuvantes foram bem, mas o time sentiu falta da defesa de garrafão e dos rebotes do Chandler. Ainda que a defesa do time continuasse boa, a identidade que o time tinha ano passado desapareceu quando perdeu seu segundo principal jogador (Chandler). Aquele tinha tinha seu padrão pronto, sua rotação pronta, sabia suas forças e fraquezas e, o mais importante, sabia como jogar nos momentos decisivos dos jogos. O Mavs sem Chandler teve que se reinventar em uma temporada mais curta e sem offseason, e não deu certo. O Mavs sobreviveu na série porque Shawn Marion foi muito bem, porque Dirk foi Dirk em alguns momentos (Não na série toda, mas enfim) e porque o coletivo do time funcionou muito bem, mas pra vencer o fortíssimo Thunder eles precisavam de algo a mais. Que tinham, e perderam.

Talvez Deron vá mesmo pra lá. Talvez o Mavs ganhe mais um ou mais títulos com Dirk e Deron e/ou Dwight. Ninguém sabe. O que eu sei é que o Mavs teve uma chance real de disputar o título de 2012 e preferiu apostar num futuro incerto.


Pacers vs Magic (4-1)
A única coisa legal dessa série foi ver os jogadores do Magic jogando como se tivesse algo a provar e, mais importante, como se estivessem realmente se divertindo, pela primeira vez desde o ano passado. A perda do Dwight Howard, obviamente, afetou muito o time em termos de talento, mas a equipe se motivou muito mais do que antes e foi pra cima com vontade. Infelizmente faltou talento, o Pacers tem uma equipe melhor com uma defesa muito forte, e as bolas de três do Magic não fizeram milagres.

Aliás, pra mim o mais curioso da série foi que eu imaginei que o Pacers iria abusar do seu tamanho contra o Magic sem Dwight, mas foi o contrário nos ultimos jogos, com o Pacers respondendo ao baixo time do Magic com uma lineup cheia de guards (Chegou a jogar com George Hill, Darren Collison, Leandrinho e Paul George juntos), o que acabou dando certo. Alias, eles tentaram isso contra o Heat também quando Miami perdeu Chris Bosh, mas eu discordo, pra mim focar no garrafão é muito melhor do que tentar ir pro 1x1 contra Lebron e Wade. Mas isso fica pra depois.

O Magic agora ta com um dilema. Acho muito dificil Dwight ficar lá depois de toda a palhaçada do Dwight, a treta com o Stan Van Gundy e pela forma como os jogadores pareceram muito irritados com toda a história. Ele deve sair, mas ningueém sabe como, se vai desistir do seu ultimo ano de contrato mesmo tendo jurado nao fazê-lo (Ele pode fazer isso, ou já pegou a opção, algueém sabe?), ou se o Magic vai simplesmente trocá-lo pela melhor oferta. Mas espero que, se for para trocar, que o faça logo. Ter um jogador assim no time só vai atrapalhar, vide o Denver do ano passado.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Desculpas

Galera, eu sei que tem coisa pra burro acontecendo que merece ser levada em consideracao e ganhar um post - Draft da NFL, playoffs da NBA, meu post sobre o Wolves e o Rubio, etc - mas infelizmente tou com algumas coisas pra resolver que sao urgentes. Ate domingo, vou ficar ocupado o dia todo com essas coisas, e portanto essa semana nao terei condicoes de postar. Se tudo der certo, segunda que vem retomamos o ritmo.

Agraceco a compreensao (e esse notebook nao tem acentos, btw).