Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Pensamentos rápidos da semana 12 da NFL

Mais uma semana passou, com direito a rodada de Thanksgiving (Um show de horrores das zebras), mais uma vitória do QB favorito do TM Warning, de um kicker se... aliviando na lateral antes de um chute importante (que ele errou) e um SNF com Tyler Palko sendo mais emocionante que um MNF com Drew Brees e Eli Manning. Vamos portanto aos comentários da semana 12 da NFL.

Dizem que chutar de bexiga cheia atrapalha, Novak testou (e deu errado)


Green Bay Packers 27 at 15 Detroit Lions
O Lions teve uma boa chance de dar pro Packers sua primeira derrota, mas entregou a vitória de presente para o adversário. O Lions começou jogando exatamente como se deveria fazer contra o Packers: Correr com a bola, controlar o relógio, pressionar o Aaron Rodgers sem usar defensores extras e forçá-lo a ficar dentro do pocket. Tudo bem, o Lions não estava anotando touchdowns, mas estava mantendo o jogo apertado e o Rodgers fora de ritmo. Ai vieram os erros: O excesso de faltas, as duas interceptações que geraram 14 pontos, mais e mais faltas matando boas campanhas ou dando novas chances ao Packers, até que o time se afundou de vez nos próprios problemas, teve dois jogadores expulsos e saiu totalmente do controle. Foram 17 pontos de interceptações, mais 4 de um FG que virou TD depois de uma falta pessoal imbecil do Ndamukong Suh numa 4th down. Ou seja, foram 21 pontos em erros do Lions, que estava jogando uma boa partida e colocou tudo a perder. Na verdade, dos últimos quatro jogos do Packers, três foram jogos apertados onde o time só venceu por causa dos erros dos seus adversários (Duas pick six e um erro da arbitragem contra o Chargers, a péssima decisão do Onside Kick do Raheem Morris contra o Bucs e agora tudo isso do Lions). Isso nos leva a duas conclusões opostas sobre o Packers:

a) O Packers é um ótimo time, mas é um time que continua vencendo porque tudo tem dado certo ao seu favor, eles estão conseguindo turnovers fáceis, seus adversários estão cometendo erros idiotas quando tem chance. O Packers tem vencido alguns jogos na incompetência dos seus adversários tanto quanto na sua própria competência.

b) O Packers vence esses jogos assim porque simplesmente não comete erros. Os adversários lançam pick sixes, erram jogadas fáceis, cometem faltas importantes e perdem por causa disso. O Packers não perde porque não comete esses erros, é incrível como um time tão agressivo consegue cometer tão poucos erros. O Packers de 2011 não é um time pra entrar pra história entre os grandes da história da Liga, como por exemplo o Patriots de 2007, mas se o time conseguir continuar evitando erros nesse ritmo, talvez seja um time muito mais perigoso que aquele Pats foi.

Sobre o Lions, eu odeio me gabar (Mentira, eu adoro), mas eu já tinha avisado. Quem lembra do que eu comentei sobre o Jim Schwartz indo comprar briga com o Jim Harbaugh ao final da derrota para o 49ers? Pros preguiçosos de plantão, foi isso aqui: " Intensidade é uma coisa importante, que Schwartz trouxe para os mornos Lions quando chegou. Mas descontrole é outra totalmente diferente, e que pode ter impactos muito desastrosos em times jovens como o do Lions (Antes que alguém negue, eu acompanhei 16 rodadas de Mike Singletary, eu sei do que eu estou falando)". No final, foi exatamente isso que aconteceu, Schwartz tentou passar para os jogadores uma mentalidade de luta e intensidade. Deu certo no começo e os jogadores compraram a postura do seu técnico, mas quando as coisas começaram a dar errado e o Schwartz começou a ficar descontrolado, isso passou para o time e o Lions começou a se afundar no próprio nervosismo. Isso acabou lhes custar uma vitória que daria momento ao time e dois jogos ao Suh. Os jogadores são jovens e inexperiêntes, e o técnico que precisava ensinar o time a se controlar acabou tendo efeito reverso.



Miami Dolphins 19 at 20 Dallas Cowboys
O pior jogo do Thanksgiving no papel acabou sendo de longe o jogo mais emocionante. Matt Moore continua jogando bem depois de um começo muito ruim, Tony Romo ainda é o homem capaz de lançar 2 interceptações e um "Romo" e ainda ganhar o jogo com uma atuação muito boa no resto, e no final o que fez a diferença foi o two-point conversion que o Dolphins não tentou quando abriu 19 a 13 no começo do quarto período. Se errasse o two-point, ficaria 19 a 13, mas dificilmente o Dallas faria dois FGs sem resposta. Tanto que eu falei no twitter que o Dolphins iria perder se não tentasse a conversão. Incrível como eu estou quente ultimamente (ou pelo menos evitando falar dos muitos erros e glorificando os poucos acertos). E o Dallas continua firme na sua briga pra conseguir o título da divisão, aproveitando de uma tabela fácil e de uma tabela brutal do Giants. Algo me diz que o que vai definir esse título serão os confrontos diretos. O próximo? Daqui a duas semanas no Sunday Night.



San Francisco 49ers 6 at 16 Baltimore Ravens
Os fãs do 49ers vão reclamar (com razão) de um TD mal anulado do Ted Ginn no primeiro tempo que podia ter mudado a história do jogo, mas a verdade é que o Ravens dominou o jogo do começo ao fim. As duas defesas deram uma aula de futebol americano, mas enquanto o ataque do Ravens deu à defesa do Niners trabalho e a forçou a trabalhar, o ataque do Niners ficou o jogo todo submisso à defesa de Baltimore, especialmente com a sua linha ofensiva sofrendo um baile que não sofria desde que enfrentou o Bengals. O jogo terrestre não encontruo espaços e Alex Smith nunca teve tempo pra lançar (Mesmo o TD anulado do Ginn foi num lançamento sob pressão) e a defesa do Ravens teve o ataque do Niners o tempo todo sob seu controle.

O Ravens é, na verdade, o tipo de time que é um matchup muito ruim pro Niners, um time com um front seven muito físico capaz de colocar pressão no QB por conta própria e parar o jogo terrestre. A sorte do 49ers é que entre os times da NFC os únicos times de playoffs com esses requisitos são o Bears e o Giants, dois times que o Niners pode evitar por ter um bye na primeira rodada. Na AFC temos Ravens e Steelers, mas isso só se o Niners conseguir descobrir uma forma de parar o ataque do Packers. Já o Ravens está muito inconsistente na temporada, mas tem jogado bem contra os principais adversários (venceu duas vezes Steelers, e uma vez Bengals e Niners) e se conseguir continuar pressionando o QB como fez essa semana pra esconder as deficiências dos cornerbacks, tem tudo para ir ao Super Bowl.



Minnesota Vikings 14 at 24 Atlanta Falcons
Peguem a tabela do Falcons com jogos contra o Texans de TJ Yates, o Panthers e o Jaguars em sequência e começa a ficar difícil imaginar que esse time não vá brigar pelos playoffs até o final. O time mais uma vez começou muito bem, contou com mais um bom jogo do Matt Ryan e, de novo, amoleceu na partida e deixou o adversário endurecer o jogo. O Falcons não está sabendo controlar jogos na frente no placar em toda a temporada mesmo com um bom jogo terrestre, e isso pode render problemas. Ainda assim, sua tabela é mais fácil que a dos concorrentes pelo Wild Card, e se o time conseguir evitar uma derrota contra os times mais fracos pela frente vai conseguir uma vaga.



Cleveland Browns 20 at 23 Cincinnati Bengals
Sério, se não for pro Cam Newton ser o calouro ofensivo do ano, corram agora para Cincinnati e entreguem para o AJ Green. Eu sei que o Andy Dalton está jogando muito bem, mas o jogador que faz acontecer no ataque quando o time precisa é o Green. De novo ele levou seu time nas costas nos momentos decisivos contra uma boa defesa aérea e o Bengals saiu com uma vitória importantíssima sabendo que ainda tem dois jogos contra Ravens e Steelers pela frente. O Browns é um time melhor do que parece e o Bengals logo caiu atrás no placar, mas mostrou o poder de reação que vinha mostrando nas últimas semanas e empatou o jogo no final a tempo de vencer com um Field Goal. Com o Bills sendo ruim e o Jets com Mark Sanchez, o Bengals deve conseguir uma vaga de Wild Card pra ganhar o direito de enfrentar a 3rd seed... Que pode ser Raiders, Broncos ou Texans? Yeeks, assim fica fácil. Porque diabos o meu Niners não pode jogar na AFC? (Por favor alguém responda: Mal agradecido, seu time já joga na NFC West e você ainda reclama!)



Carolina Panthers 29 at 19 Indianapolis Colts
O segundo jogo mais fácil do calendário do Colts já foi pro buraco. E o pior, foi um jogo extremamente ganhável, mas o Curtis Painer lançou duas interceptações na end zone. Contagem regressiva: Cinco jogos, com Patriots e Ravens pela frente...



Houston Texans 20 at 13 Jacksonville Jaguars
Se você ainda tinha dúvidas de que o Texans é o Time Bichado do Ano de 2011, conte comigo: Primeiro, o time começa a temporada com Arian Foster machucado. Depois, Mario Williams é perdido para a temporada e Andre Johnson perde mais alguns jogos. Quando Foster voltava detonando geral, Matt Schaub se machuca e perderá o resto da temporada. O reserva, Matt Leinart (a quem eu considerava uma boa opção) não joga nem meia hora que quebra seu collarbone e está provavelmente fora da temporada, entregando o comando do time ao calouro TJ Yates. Será que o time vai atrás de um veterano como David Garrard ou tenta a sorte com Yates e sua boa defesa e jogo ter restre? Será que tenta trocar por um jogador como Donovan McNabb? E se o Yates se machucar (Todos nós sabemos que vai acontecer), quem vai entrar de QB? a) Demeco Ryan? b) Brian Cushing? c) Eu?

Atualização noturna: O salvador da pátria em Houston (em teoria) vai ser Jake Delhomme, que pode assinar com o time agora a noite. Então... Hmm... É, acho que as outras opções (Incluíndo a alternativa c) talvez fossem melhores. O Delhomme já teve bons dias na NFL, mas esses dias não só estão muito no passado como intercalavam períodos épicos de interceptações sem fim. Ele tem aquele talento raro de toda a bola que lançar de alguma forma vai parar nas mãos do adversário (tipo o Phillip Rivers essa temporada) e se for pra jogar num time segundo o modelo Niners 2011 (defesa forte, jogo corrido, QB que comete poucos erros) ele talvez não possa ser tão útil. Mas talvez seja melhor arriscar com o Delhomme do que ir com o novato. Eu disse talvez. A que ponto chegamos, hein Delhomme?
Aliás, esse é possivelmente o fim do Jaguars como o conhecemos. O Jack del Rio foi demitido, e o time vai ser vendido de uma vez por todas, o que aumenta a possibilidade do time sair de Jacksonville e ir pra outra cidade, principalmente Los Angeles. A NFL nunca ligou muito pra um time em LA porque pra Liga isso é irrelevante, ao contrário da NBA, que não poderia aguentar duas semanas sem NFL, muito menos 17 anos como a NFL. Na NFL, o valor dos contratos e sua divisão vai continuar igual se o time jogar em Jacksonville, Los Angeles ou no Tibet. No entanto, pros donos de times, é muito mais interessante ter um time em uma cidade de mercado grande, porque as receitas por fora da Liga (Ingressos, venda de camisetas, etc) são maiores. Isso não faz diferença para o equilíbrio da Liga, mas significa maior lucro para o já rico dono do time. Não esperem ver o Jaguars na Flórida por muito tempo...



Buffalo Bills 24 at 28 New York Jets
Esse jogo teve tantos pontos razoavelmente interessantes ou chamativos que valem até uma listagem:

a) E não é que o safado do Sanchez conseguiu dar a volta por cima quando falavam que ele podia até ser enviado pro banco em favor do Mark Brunell? Uma interceptação idiota e só 180 jardas não impressionam, mas foram 4 touchdowns, inclusive um no finalzinho pro Santonio Holmes que acabou sendo o TD da vitória. Quando um QB como o Joe Flacco tem quatro jogos ótimos e quatro ruins, falamos que ele é inconsistente. E quando um QB joga sete jogos mal e um bom mas acaba levando seu time a duas finais de conferência, como o chamamos? Um Mark Sanchez, é claro!

b) Meio bizarro que em um jogo com tantas implicações pra pós temporada um dos principais tópicos comentados depois do jogo foi a comemoração do Stevie Johnson ao marcar seu touchdown. Pra quem não viu, ele fingiu dar um tiro na própria perna, em apologia ao que aconteceu com o Plaxico Burress, WR do Jets, que acabou o mandando pra cadeia. Alguns acharam engraçado. Outros acharam uma babaquice. Eu achei os dois, mas pessoalmente acho que ele passou dos limites ao tocar em uma coisa tão pessoal e ofensiva. Por outro lado, achei o máximo a comemoração do jato quebrando. As comemorações na NFL costumam ser muito criativas, é só não deixar ir pro lado ofensivo


c) O Stevie Johnson teve um jogo excepcional durante 55 minutos quando deu um baile no Darrelle Revis, jogou em cima dele durante quase quatro períodos e fez o CB do Jets parecer um jogador normal. Mas ele voltou a sofrer com drops, quando deixou nos segundos finais um passe escapar dentro da End Zone, que garantiria a vitória ao Bills. Não é a primeira vez que ele dropa um TD da vitória nos segundos finais depois de um jogo excepcional...

d) Esse jogo praticamente tira o Bills das conversas por playoffs. O Bills chega no máximo a 10-6 e 3-3 dentro da divisão, mas ainda tem um jogo contra o Patriots em Foxborough e dificilmente vai conseguir ficar à frente de Jets ou Bengals, e talvez até mesmo o Broncos. Enquanto isso o Jets ganha vida nova para ir atrás do Bengals na briga do Wild Card, embora eu o ache um time muito inferior.



Arizona Cardinals 23 at 20 Saint Louis Rams 
Eu propus uma pergunta a alguns amigos depois da última rodada. Na verdade foram cinco, mas uma delas era "Quem é o pior time da NFL depois do Colts?". Eu achava que o Rams ia ganhar disparado a votação... E ganhou. O Vikings até se esforçou pra ganhar dois votos, mas não foi o suficiente, o Rams conseguiu essa desonra. Nada parece dar certo pro Rams, que ano passado pareceu pela primeira vez evoluir, viu seu QB calouro ter uma ótima temporada e sua defesa evoluir, só pra desandar tudo de novo essa temporada. Ontem eles conseguiram tomar 200 jardas do Beanie Wells e o segundo TD de retorno de punt de mais de 90 jardas do Patrick Peterson, que aliás já tem quatro na temporada (Se tem sido uma certa decepção como CB, como retornador... nada a reclamar). O que nos leva à questão: Se o Rams jogasse na NFC North, quantos retornos pra TD por jogo o Devin Hester teria?



Tampa Bay Buccaneers 17 at  23 Tennessee Titans
Típico jogo pra todo mundo pensar "Nossa, 190 jardas, o Chris Johnson dos velhos tempos está de volta!" até todos lembrarmos que o Bucs tem a segunda pior defesa da NFL e semana que vem presenciarmos outro fracasso do outrora grande CJ2k (Que daqui a pouco vai mudar o apelido pra CJ20). O Titans ganhou uma nova chance agora com essa lesão do Matt Leinart, o que pode afundar o Texans um pouco, talvez o suficiente pro Titans conseguir uma boa sequencia pra fechar o ano e eventualmente ir pros playoffs. Eu acho difícil ainda, mas... TJ Yates? Jake Delhomme? Tá difícil pro Titans, mas se alguém me falar que é impossível, é melhor olhar de novo os QBs que sobraram com os ossos inteiros por lá.



Chicago Bears 20 at 25 Oakland Raiders
O Raiders continua vencendo jogos feios. A vítima da vez foi o Bears, embora eu não saiba dizer se o Bears foi vítima do Raiders ou do Caleb Hanie. Eu achei que o Bears ainda podia ir aos playoffs se jogasse com seus pontos fortes: Defesa, jogo terrestre e evitasse turnovers (Engraçado como esse modelo está voltando à moda num momento em que o jogo aéreo está mais fácil do que em qualquer outro momento desde o começo dos anos 70) com o seu QB limitado. Também estava confiando em alguns momentos aleatórios do cara onde ele iria lembrar o QB que quase venceu o Packers na final de conferência de 2010. Mas na verdade o Hanie fez exatamente o que ele não devia fazer: Cometeu turnovers. Foram três interceptações só no primeiro tempo, uma delas da linha de 5 jardas do ataque pra ser retornada até a linha de 1 jarda do campo de defesa, o que custou ao Bears NO MÍNIMO seis pontos (O FG que não fez e o FG que levou). Tudo bem, ele fez um lindo TD pro Johnny Knox que manteve o time no jogo, mas um acerto não compensa todos os erros custosos que ele cometeu. O Bears correu de menos com o Matt Forte e isso atrapalhou a vida do seu QB, que teve que resolver com o braço, e não deu certo. Atrapalha a vida, mas como o Lions está totalmente sem controle emocional, ainda da pra conseguir uma vaga nos playoffs.

Tangente rápida: Já podemos oficializar o Raiders como o time que mais depende dos seus chutadores? Ontem foram seis FGs do Sebastian Janikowsky (recorde da franquia) e um excelente trabalho do Shane Lechler não dando ao Devin Hester nenhuma chance de retornar chutes (inclusive acertando um punt de 80 jardas). O Raiders ta ganhando por causa do seu bom jogo terrestre e produções pontuais do ataque também, mas o principal motivo é a tremenda eficiência dessa dupla.



Washington Redskins 23 at 17 Seattle Seahawks
Alguém se incomoda se eu fingir que esse jogo nunca existiu e completamente baní-lo da minha vida? Não? Ótimo.



New England Patriots 38 at 20 Philadelphia Eagles
É fácil esquecer esse detalhe contra adversários fracos, mas o que o Tom Brady está jogando nas últimas semanas é brincadeira. Mesmo só com um recebedor que não possa ser marcado com marcação simples (Wes Welker), ele continua jogando muito bem, distribuindo bem o jogo e fazendo o Rob Gronkowsky parecer um Tony Gonzales mais atlético. Podem falar o que quiser, mas o outro único Quarterback na NFL que faz jogadores medianos parecerem semideuses em toda a NFL nesse nível está tratando seu pescoço com células tronco nesse momento. Dessa vez foi o Deion Branch, que pareceu nove anos mais novo. Eu ainda acho difícil confiar nesse Patriots com essa defesa, mas o Tom Brady parece que decidiu engatar a quinta marcha e esse ataque sempre é difícil de segurar enquanto o camisa 12 estiver pegando os snaps.

Agora, ao Eagles: Esqueçam a temporada 2011, assinem um contrato longo com o DeSean Jackson, arrumem um coordenador defensivo e draftem jogadores da sua linha ofensiva. Vocês tem talento demais pra jogarem tão mal. É inadmissível que um time com Nate Allen, Nnamdi Asomugha, Dominique Rodgers-Cromartie e Assante Samuel seja o pior time da NFL com prevent defenses, ainda mais com Trent Cole e Jason Babin na linha de frente. Falta um DT, falta melhorar os linebackers e a linha ofensiva, mas não é suficiente pra esse fiasco. A ordem agora é botar ordem na casa e se arrumar pra 2012, não ficar pensando no que deu errado.



Denver Broncos 16 at 13 San Diego Chargers
Começa com Thimothy e termina com Tebow. Vocês acertaram: TIM TEBOW! TIM TEBOW! TIM TEBOW! (Eu tentei, sério... mas é mais forte do que eu).

Broncos não para de ganhar, e não para de ganhar do mesmo jeito: Feio, sofrido, apertado no final e por causa de uma defesa e de um time como um todo que se doam 100% do jogo seguindo o exemplo do seu QB. Mas uma coisa me chamou a atenção nesse jogo: O Tebow realmente está evoluindo nos passes!! Tudo bem, ele ainda está longe do ideal, mas lentamente, calmamente, os seus passes estão parecendo os passes de um QB de verdade. Apesar dele ainda errar muitos lançamentos, ele está acertando mais passes médios e muito mais passes longos (Contra uma boa defesa) do que antes, acertando recebedores em alta velocidade. Tudo bem, está sendo um processo bem lento, mas não da pra falar que ele não está tentando. Ele nunca teve a chance de treinar direito, agora que ele tem a chance está fazendo de tudo pra aproveitá-la. Ainda acho que é cedo pra chamar o Tebow de QB pro Broncos ir pra frente, mas 5-1 (Ainda que vários sinais estejam piscando "Sorte! Sorte!") é um record de respeito pra um QB que não completa metade dos seus passes.

Aliás, muita gente fala (com grande razão) que o sucesso do Broncos recente vem da sua defesa, e não do seu ataque. O que, aliás, é muito verdade, não da pra discutir isso. Mas também vale lembrar que a melhora absurda da defesa se deu após o Tebow assumir a titularidade. Claro que não da pra falar que é por causa dele, o efeito Elvis Dumervil teve grande impacto, mas essa situação me lembra a do Derrick Rose na campanha pra MVP da NBA ano passado: Grande jogador, mas num time onde o principal forte era a defesa absurda, e por isso muitos falavam que o MVP do time era a defesa, sendo que o Rose não era um grande defensor. O argumento faz sentido, mas como eu escrevi longamente num post da época, se o seu melhor jogador e líder joga com força total cada segundo de um jogo, se joga em bolas perdidas, corre como se tivesse três pulmões e se dedica em cada jogada, como da pra falar que isso NÃO afeta os outros jogadores? Essa é a graça dos esportes, um todo não é a soma das suas partes, tem coisas muito mais importantes do que estatísticas na mesa, tem coisas que ninguém vê ou mede mas que afetam silenciosamente todos os jogadores de um time. A liderança e energia de Rose foi exatamente o caso. O mesmo vale para Tim Tebow (ainda que o Rose fosse muito mais importante ofensivamente que o Tebow, claro). A defesa está ganhando jogos? Sim, mas como falar que o seu QB entrar em campo com confiança, jogar seu corpo em todas as jogadas e abdicar dos seus números em nome da vitória NÃO afeta o desempenho e a confiança dos outros jogadores? Tebow não é um grande QB ainda, mas o impacto que ele trouxe pro Broncos ainda vai levar esse time aos playoffs. Anotem.



Pittsburgh Steelers 13 at 9 Kansas City Chiefs
Então o duelo Tyler Palko vs Big Ben Roethlisberger foi mais disputado do que Brees vs Manning... Os maias estavam certo, não há como escapar de 2012.

Eu confesso que admiro o espírito desse time de Kansas, mesmo perdendo vários jogadores muito importantes, de nunca desistir. A defesa do Chiefs está jogando muito bem mesmo sem Eric Berry, pena que o ataque não esteja acompanhando. Volto a falar que o Chiefs não é um time ruim, só é extremamente azarado e com uma boa offseason e um pouco de sorte (E saúde), pode virar um time realmente bom, especialmente se conseguir um QB mais decisivo que o Matt Cassell (apesar de eu gostar dele). O Matt Barkley pode sobrar no Draft, será que não valia a pena uma olhada mais profunda no garoto? O time tem uma base boa e jovem, quase ganhou do Steelers com o Palko e teria ganho não fosse uma sequência infeliz de três turnovers do Palko em três jogadas seguidas.

Tangente rápida: Qual é o problema dos jogos noturnos dessa temporada? Cheio de jogos de times como Colts (Perdoável, porque a tabela foi montada ainda com Peyton Manning), Jets (Imperdoável), Chiefs e Vikings jogando no horário nobre quando tinhamos opções muito melhores. Chiefs duas semanas seguidas com Tyler Palko?? Sério, TV? SÉRIO??



New York Giants 24 at 49 New Orleans Saints
Sabem porque meus três favoritos ao Super Bowl são Packers, Ravens e Steelers? Porque são os únicos times entre os candidatos na NFL a não terem uma fraqueza escancarada. Saints e Patriots, dois dos melhores ataques da NFL, são times muito fortes e com grandes Quaterbacks, mas que possuem defesas muito fracas. O Niners é um time com uma defesa fortíssima, mas que ainda depende de uma linha ofensiva vulnerável e vai depender eventualmente da produção do Alex Smith. O Texans poderia aprontar, mas não sem Quarterback. O Giants seria um candidato interessante, não fosse a demolição da sua defesa antes da temporada e a ausência do Ahmad Bradshaw. Apesar do Packers possuir uma secundária um pouco frágil, o Ravens precisar de consistência ofensiva e o Steelers estar com problemas de saúde, são três times com bons ataques e defesas que não comprometem, times que não tem buracos escancarados que possam ser aproveitados à vontade pelos adversários (os três tem fraquezas, claro, mas não tão evidentes). O Saints mostrou ontem a noite que ainda tem um ataque capaz de bater de frente com qualquer um da NFL e que o Drew Brees ainda é um QB de extrema elite, mas eu não consigo confiar num time com essa defesa. O mesmo para o Patriots.

sábado, 26 de novembro de 2011

Palpites para a semana 11 da NFL

"Acabou o locaaaaaauteeeeee!!"


O LOCKOUT DA NBA TERMINOU, AEEEEEEW! A TEMPORADA COMEÇA DIA 25 DE DEZEMBRO, VAMOS TODOS FESTEJAR E CANTAR CANÇÕES NATALINAS!!

Er... Quer dizer...

Vamos lá, sábado a noite é dia de palpites pra NFL. Até agora estamos 2-1 nos palpites (Acertamos Ravens e Dallas e erramos Lions) e vamos pro resto da rodada. Sobre o lockout da NBA, ainda estamos à espera de mais informações, mas teremos um post a caminho assim que soubermos os detalhes do novo CBA. Como sempre, times da casa em caixa alta.


FALCONS ganha do Vikings
Sem Adrian Peterson, sem um QB que faça a diferença e sem uma secundária saudável contra o Falcons que vem embalado, com um forte jogo terrestre e com o Matt Ryan retomando a forma dos seus melhores dias? Eu não apostaria no Vikings nem com o spread de Vegas (+9,5 o que significa que se eu apostar no Vikings com +9,5 e o time perder por qualquer margem de 9 pontos ou inferior - lógico, se ganhar também - você ganha a aposta). Eu até tava botando alguma fé no Vikings, mas com o Christian Ponder cometendo os mesmos erros desde que assumiu o time, com a secundária baleada e sem Adrian Peterson nunca vão ganhar do Falcons no Georgia Dome.


Texans ganha do JAGUARS
Outro jogo que não penso duas vezes mesmo com o spread pro Jaguars de +5. Eu sei que o Matt Schaub está fora do resto da temporada, assim como o Mario Williams, e portanto dificilmente eu pense que o Texans possa ir ao Super Bowl essa temporada. Mas eu não acho que o Matt Leinart vai ser o fracasso que muita gente está cantando. Sim, ele não jogou bem desde que entrou na Liga, mas ele sempre jogou pra droga do Ken Whisenhunt sem jogo terrestre, e agora está entrando num time cuja defesa tem jogado muito bem (Eu acertei, hein Wade Phillips?) e cujos RBs estão tendo uma temporada espetacular, sem falar em uma ótima linha ofensiva. Ou seja, se o Matt Leinart conseguir fazer o básico - tomar conta da bola, evitar erros, converter passes curtos pra terceiras descidas de menos de 7 jardas, e eventualmente explorar o play action pra jogar no Andre Johnson - eu acho que o Texans vai ficar bem. O Schaub estava sendo menos importante pro sucesso do time essa temporada e acho que o Leinart tem uma boa conjuntura pra dar a volta por cima na sua carreira.


BENGALS ganha do Browns
Exemplo de jogo que eu apostaria no Browns pra cobrir o spread (+7,5) ao invés de manter o palpite no Bengals se fosse pra ganhar algum dinheiro. O Bengals está saindo de uma sequência bem difícil, o AJ Green talvez ainda não jogue (ou não esteja 100%) e o Leon Hall está fora da temporada. Com a defesa terrestre do Browns sendo uma peneira e a linha de frente do Bengals sendo muito forte, eu acredito que o time tenha boas condições de arrancar a vitória jogando em casa. Mas por outro lado também não acho que o time vá dar uma grande surra no Browns. O Andy Dalton vai ter uma briga difícil contra a secundária de Cleveland, o Browns vai converter alguns field goals pra manter o placar apertado, ainda que a dificuldade pra converter na Red Zone vá impedir o time de sair com a vitória.


TITANS ganha do Bucs
O Titans é um time muito irregular, começando pelo seu RB milionário que está jogando pior do que eu. Mas leve em conta que o Bucs tem a segunda pior defesa da NFL (quinta pelo chão) e é difícil acreditar que o Chris Johnson não passe das 80 jardas (Ok, talvez não seja tão dificil, mas ainda assim...). O Bucs tem problemas internos demais e está fora da briga por qualquer coisa, praticamente, então o Titans (que deve dar um gás com o Schaub fora pra tentar o título da divisão) deve vir mais motivado também. E aos curiosos, o spread pro Titans é de -3,5, ou seja, eles tem que vencer por 4 pontos ou mais. Eu iria.


Panthers ganha do COLTS
O ataque do Colts tem média de menos de 9 pontos por jogo nos últimos cinco, está 0-10, a única coisa de boa da sua defesa são seus DEs (que vão ter trabalho com o QB tão scramble) e, afinal de contas, o time já está fazendo as contas pra sair com a primeira escolha do Draft. Do outro lado temos Cam Newton e Steve Smith. Se esse não é o jogo perfeito para o Panthers ganhar uma partida e conseguir dar algum consolo ao Cam Newton antes que ele decida ser trocado, então o Panthers merece a primeira escolha do ano que vem por ter conseguido perder do Colts (Ainda defendo a existência de algum tipo de impacto nos times que conseguiram perder do pior time da Liga, como por exemplo não poder ir aos playoffs ou perder três vitórias na classificação). Ah sim, o spread do Panthers é -3.


Cardinals ganha do RAMS
Se você assistir a esse jogo sem ser um torcedor do Rams ou do Cardinals (E talvez até se você torcer pra eles), então você não tem vida. Faça um favor a si mesmo e passe longe desse jogo (Cardinals +3).


JETS ganha do Bills
Confesso que se eu fosse um apostador eu ficaria com medo de apostar no Jets com o spread de -9 com o Mark Sanchez por lá, mas o fato é que o Jets é um mal matchup para o Bills, está desesperado por uma vitória E está enfrentando um dos times mais ridiculos das últimas rodadas, um time que tomou mais de 35 pontos de média nos últimos três jogos (dois em casa). Se o Bills ganhar, afunda de vez o Jets e o time ainda sonha com os playoffs, mas eu duvido muito. Ryan Fitzpatrick está mais preocupado em contar dinheiro desde que recebeu seus 60 milhões de patacas do que em jogar futebol, aparentemente (mas também, o cara fez economia em Harvard, o que você esperava?).


Bears ganha do RAIDERS
Jay Cutler está fora, Caleb Hanie será o titular do time e caso ele tenha que sair o titular será o Josh McCown... Hmm... Mas pelo menos o Bears ainda tem Devin Hester, Matt Forte e está enfrentando uma defesa fraca. Do outro lado, Carson Palmer sem Darren McFadden enfrentando uma das melhores defesas da NFL (e ainda como favorito, com o spread de -4)? Bears com certeza. Mas eu acho que o time deveria ter conseguido coisa melhor que o Josh McCown, até porque o reserva do McCown é um QB que conseguiu ser interceptado cinco vezes na NCAA jogando contra a Universidade do Hawaii... Mas o Celo já falou disso antes, e ele torce pra esse time. Ou sofre. Sei lá, perguntem pra ele.


Patriots ganha do EAGLESO Eagles (+3,5) venceu o Giants semana passada com Vince Young lançando pra 3 interceptações no típico jogo que o Giants costuma entregar (em casa, favorito, contra um time desfalcado e em má fase, embalado...), mas eu não acho que um milagre acontece uma segunda vez, ainda mais jogando contra o Patriots e Rob Gronkowsky, que vai bater todos os recordes de Touchdowns da história da NFL para Tight Ends. Se não acreditam, pensem dessa forma: Tom Brady ou Vince Young? Bingo.

Aliás, se o Julian Edelman aiinda sair dessa partida com uma interceptação, é hora de oficializar a secundária do Patriots como sendo melhor que a do Eagles e o Julian Edelman indo pra DB sendo mais importante do que as contratações de Dominique Rodgers-Cromartie e Nnamdi Asomugha. Só que ao contrário. Ou não, sei lá. Estou confuso agora.


SEAHAWKS ganha do Redskins
Eu apostaria em qualquer time da NFL (tirando o Colts) pra vencer o Redskins (+3,5) nesse momento, mesmo com eles endurecendo a partida contra o Cowboys. A defesa é muito boa, verdade, mas o ataque não tem WRs, não sabe quem é o RB titular dessa birosca e a grande questão ofensiva da Franquia ainda é "Rex Grossman ou John Beck?". Ou seja, um mau sinal. O Redskins pra mim é forte candidato a ser o time que vai trocar muita coisa, comprometer o teto salarial e gastar quase 80 milhões de dólares pra trocar por um QB de 36 anos saido de 3 cirurgias no pescoço que talvez nunca mais possa voltar a jogar consistentemente na NFL. E vocês se perguntam porque a Franquia não é relevante desde os anos 90 mesmo sendo a segunda mais rica da Liga.


Broncos ganha do CHARGERSA defesa do Broncos (+ 6) é melhor do que muita gente imagina e o Von Miller está disparando na disputa pra Defensive Rookie of the Year. Aliás, tentem achar outro time com uma dupla tão boa de OLBs como Von Miller e Elvis Dumervil além do Steelers. O Phillip Rivers já provou que está numa fase tão ruim que ele vai ser interceptado não importa o que ele faça e quão bem ele tente cuidar da bola (Ele é o QB que foi interceptado se livrando da bola pela lateral!) e a defesa do Broncos vai conseguir dar muita dor de cabeça ao time de San Diego. E claro que o Chargers vai chegar ganhando apertado no final da partida só pra ver o Eric Weddle errar um tackle num scramble do Tim Tebow que vai levar a uma corrida de 15 jardas e o TD da vitória. A NFL é um lugar doido e muitas vezes usar a lógica vai te levar ao lugar errado, mas nenhum time consegue ser ao mesmo tempo tão previsível e ao mesmo tempo tão irracional como o Denver "Passes para frente são superestimados" Broncos de 2011.


Steelers ganha do CHIEFSSe o Chiefs pegou o Kyle Orton da Free Agency é porque o time acha que com um bom QB eles ainda podem ir aos playoffs (lembrando que o Orton é Free Agent ao final da temporada). E se eles acham realmente que podem ir aos playoffs e fazer algo de útil pra justificar essa contratação, é porque eles perderam a noção de como as coisas estão indo. Seria muito mais inteligente manter o Tyler Palko (argh!), ser uma droga até o final da temporada, cair no Draft e pegar o Matt Barkley pra montar um time com Barkley, Jamaal Charles (IR), Dwyane Bowe, Jonathan Baldwin, Tony Moeki (IR), Steve Breaston, Tamba Hali, Brandon Flowers e Eric Berry (IR). Pra mim isso é um time para ganhar essa divisão se o Tim Tebow continuar sem saber lançar até o ano que vem. Mas pegaram o Kyle Orton pra de repente ganhar mais alguns jogos pra que? Eles não vão conseguir passar o Raiders, provavelmente não o Broncos e possivelmente nem o Chargers. E nem venham usar a desculpa do "orgulho da franquia para não terminar com um record tão ruim" porque acho que o orgulho do Chiefs já foi pro espaço faz tempo. Aposto no Steelers mesmo com o spread -10,5.


SAINTS ganha do GiantsVai ser um jogo apertado, e eu acho que o Giants vai fazer jogo duro (apostaria no Giants com o spread atual, +7), mas no final vão acabar cometendo alguns erros infantis num Dome barulhento e vão perder a partida. Ainda mais sem Ahmad Bradshaw pra tirar vantagem da droga que é a defesa terrestre do Saints. O Brandon Jacobs é excelente pra ganhos curtos, mas ele não tem a explosão pra conseguir grandes avanços com frequência. Eu ainda prefiro apostar no Drew Brees, mesmo que ele não tenha recebido muita ajuda essa temporada. E sim, o Giants vai perder esse jogo e mesmo assim ganhar a divisão. Não duvidem.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os calouros, oito meses depois...

Como costumamos dizer, é muito difícil avaliar um QB quando ele está saindo do College. São dois mundos totalmente diferentes e o tipo de jogo da NFL é totalmente diferente da NCAA. Por isso, sucesso em um deles não necessariamente quer dizer sucesso no outro, enquanto temos QBs como Tim Teb... Droga, QBs como Troy Smith ganhando Heisman Trophys e sem emprego na NFL e temos QBs draftados na sexta rodada sendo MVPs da NFL (Talvez o nome de Tom Brady seja familiar). O jogo da NCAA geralmente oferece ao QB  mais tempo, um jogo mais físico, defesas menos agressivas e nele um fundamento pra QBs é a habilidade de sair do pocket e correr com a bola ou passá-la em movimento, enquanto na NFL ele tem que conseguir ler defesas, passar com precisão dentro do pocket e estar preparado para uma defesa mais física, muito mais rápida e que consegue cobrir distâncias com facilidade. Como os WRs na NCAA conseguem geralmente mais espaço, muita precisão não é chave, mas na NFL é.

A grande maioria dos analistas no College avalia os QBs com base em dois critérios principais: Número de jogos jogados no College e porcentagem de passes completos. Como eu sempre digo, estatísticas dependem das circunstâncias, então não adianta acertar 75% dos passes se eles são todos de cinco jardas. Mas a grosso modo, essas são as duas varáveis principais, e existe até algumas estatísticas que levam elas em conta para achar um "Rating" para os QBs. Mas além disso, existe uma infinidade de fatores que também são considerados: O quanto ele está pronto pra jogar, seu potencial a longo prazo, força do seu braço, adequação do seu estilo de jogo ao time, capacidade de ler defesas e chamar jogadas e, por fim, o chamado "intangíveis" (Recomendo esse post que trata sobre o assunto logo no primeiro jogo). Antes do Draft, os jogadores são avaliados de acordo com os critérios que cada time acha relevante e acabamos traçando "perfis" dos jogadores. Agora, oito meses e 10 rodadas depois, vamos dar uma olhada em como estão esses QBs e se eles corresponderam às expectativas (Por ordem de escolha, com os records atualizado até a semana 11).


"Ao infinito e além!"

Cam Newton, 1st pick (1st round), Carolina Panthers (2-8)

Cam Newton foi a primeira escolha de todo o Draft e chegou desacreditados por muitos (Eu!) pra ser escolhido tão alto. Newton se deu muito bem na NCAA com sua habilidade de correr com a bola e seu braço forte, e todo mundo sabia que seu potencial saia pelo teto de tão grande caso pudesse desenvolver na totalidade suas habilidades. O problema é que ele sempre deu mostras de ter alguns problemas de comportamento, nunca foi o jogador mais esforçado do mundo fora de campo e sempre confiou demais nas suas habilidades naturais, as vezes desdenhando da necessidade de treino. Essa trilha geralmente é um caminho para o fracasso na NFL: Muitos jogadores (especialmente QBs, a posição mais difícil da NFL) chegam na NFL do Draft com toneladas de potencial, mas com uma má atitude. Esses jogadores muitas vezes não treinam com tanto afinco, deixam de desenvolver suas habilidades ao fazerem essa transição tão difícil porque não gostam de treinar ou porque confiam que são bons o suficiente, não viram líderes dentro do elenco e descobrem que as habilidades que antes funcionavam não eram suficientes para a Liga. As vezes, tarde demais. É o caso de jogadores como JaMarcus Russell ou, uma comparação melhor a meu ver, Vince Young, que chegou muito bem, foi Calouro do Ano e capa do Madden, mas se afundou em problemas pessoais, não aceitava erros, nunca foi um líder no time e agora é reserva do Eagles. O talento estava lá, o potencial também, mas também estava lá um ingrediente para jogar tudo isso pela janela, e por isso sua escolha foi bem arriscada.

Até agora, ele está mostrando o que esperávamos dele, mas também está mostrando muito mais. Chegou na Liga causando estrago, passando pra 400 jardas e 3 TDs, correndo com a bola e ressuscitando a carreira do Steve Smith. Mostrou seu braço forte, mostrou que seus treinos na offseason com outros QBs (um bom sinal) deram resultado, ele muitas vezes mostrou grande precisão e compensou com as pernas a falta de habilidade dos seus bloqueadores. Mesmo incapaz de levar seu time a vitórias (E vamos e venhamos, o time é muito ruim, ainda mais sem o Jon Beason), suas habilidades, seus números (O que sempre é perigoso, ainda mais hoje em dia...) e seu estilo de jogo eletrizante logo chamaram a atenção de todo mundo que gostava de NFL. Ou seja, deu mostras do seu grande talento e deixou todo mundo babando e com gosto de quero mais.

O que era, desde o começo, o problema! Um grande talento que poderia ser desperdiçado caso não soubesse evoluir seu jogo, lidar com as derrotas que inevitavelmente vêm com um time fraco, lidar com o mundo de diferentes experiências de sucesso e fracasso que você inevitavelmente vai enfrentar jogando na NFL. Lidar com tudo isso não é fácil, e a imaturidade ou cabeça fraca de um jogador talentoso pode acabar com sua carreira. Por mais que sua espetacular produção tenha surpreendido todo mundo e sido até mais do que nós esperávemos conseguir logo de cara mesmo com o talento dele (Ele tem decaído de produção nas últimas rodadas, mas isso é normal, os times começam a se armar pra pará-lo cada vez mais), e ele mostrou que está mais pronto que imaginávamos. Mas o script de antes do Draft ainda está valendo. Vimos seu incrível talento e seu potencial, mas ainda estamos por ver como ele vai lidar com tudo que está por vir, se vai continuar treinando e evoluindo seu jogo, se vai saber lidar com as diferentes facetas de ser um jogador da NFL e consolidar seu talento de uma vez por todas. A forma como se portou após a derrota para o Falcons, quando jogou muito mal, é um bom indicador positivo: Não desanimou, deu a volta por cima e teve um grande jogo na semana seguinte. Se ele conseguir continuar assim e nunca desistir, esse cara vai longe. Agora, estou convencido de que o Panthers fez a escolha certa no Draft.


"O que? Oitava escolha? Tem certeza que foi da primeira rodada?"

Jake Locker, 8th pick (1st round), Tennessee Titans (5-5)


Ao contrário de todos os outros QBs selecionados na primeira rodada, Jake Locker teve uma vantagem logo de cara: Ele foi o único selecionado pra um time com a conjuntura adequada para deixá-lo treinar e evoluir sem precisar entrar em quadra. Eu preciso falar que sempre gostei muito do Jake Locker no College e sempre achei que ele ia ser um baita Quarterback na NFL. Se tivesse saído do College em 2010, provavelmente teria disputado com o Sam Bradford a primeira escolha do Draft (e ganho), de tão grande que era o hype em cima dele e de tão bem que ele vinha jogando. Mas ele preferiu voltar para sua temporada de Senior em Washington, onde ele sofreu uma lesão no começo do ano e jogou o resto da temporada machucado, tendo uma temporada mais fraca e perdendo muito valor no Draft. Pra mim, ele tinha muito valor, e uma temporada machucada onde ainda assim levou seu time a um Bowl pra mim é porque ela tem algum valor. Mas muitas pessoas diziam que ele não iria se dar bem na NFL porque não era um grande passador de dentro do pocket, não tinha a precisão adequada. Tudo isso com base nesse último ano.

De certa forma, eu até concordava, pelo menos no curto prazo. Sua falta de precisão provavelmente iria atrapalhar seu jogo no começo e o ideal para ele seria achar um time que já tivesse um QB veterano para ser o titular, onde ele poderia treinar na reserva sem a pressão e com um mentor mais velho que lhe ensinasse os fundamentos. O Titans não tinha isso, mas a diretoria de lá foi bastante competente: Logo assinou com o veterano (e meu QB favorito uns anos atrás antes das lesões) Matt Hasselback e deu ao careca a titularidade da equipe. Pra mim isso foi perfeito pro calouro porque era exatamente do que ele precisava, e assim Locker ficou a temporada quase inteira fora das quadras, se preparando e melhorando seus fundamentos, desenvolvendo seu talento. O problema disso é que não tivemos muitas chances de vê-lo em quadra para avaliar o que ele tem pra oferecer, tirando no jogo contra o Falcons. Quando Hasselback machucou e o calouro entrou, ele anotou dois TDs e quase liderou seu time à vitória numa ótima partida, deixando os torcedores otimistas. Um pouco de experiência deve ter feito bem a ele, mas eu acho que ainda não está na hora dele. Se Matt estiver saudável, provavelmente vai voltar a ser titular. Eu só posso dizer que o Titans está fazendo tudo certo nesse quesito e que o Locker tem tudo pra ser um grande QB daqui a alguns anos.


O melhor cosplay de Encantado de toda a NFL

Blaine Gabbert, 10th pick (1st round), Jacksonville Jaguars


Ao contrário do Jake Locker, que foi Draftado por um time de excelente conjuntura pra ele se desenvolver, Blaine Gabbert caiu na situação diametralmente oposta, num time que teve um dos piores planejamentos que eu vi em muito tempo. O time trocou sua 16ª escolha com o Redskins pela 10ª pra poder pegar o Gabbert, que disputava com o Newton o posto de "Melhor QB do Draft" antes do dito cujo. Eu nunca me convenci que o Gabbert merecia isso, mas achei que ele podia ser um bom QB com algum treino. Um dos problemas com essa classe de Quarterbacks é que eram poucos aqueles que estavam prontos pra entrar e jogar, e embora tivéssemos vários jogadores com potencial (Palavra perigosa...) não são todos os jogadores que conseguem realizar seu potencial na NFL, um dos motivos pra essa classe de QBs ter sido tão desacreditada. O Gabbert tinha talento e com treino poderia ser um sólido QB titular (Nunca achei que ele poderia chegar a ser um QB de elite, mas sempre achei que podia ser um bom jogador).

O Jaguars draftou ele com a mentalidade certa. O Jaguars tinha uma boa defesa, um bom RB e o David Garrard de QB, era o caso de deixar o Gabbert treinando no banco um pouco antes de dar a ele a posição de titular. Estava tudo certo até o momento que o time dispensou o David Garrard antes da temporada começar, que foi a pior decisão pós-lockout da NFL. O Jaguars tirou seu QB titular, que era bom, e deu o comando do time ao Luke McCown que só está na NFL atualmente porque tem um nome legal. O McCown foi uma droga, o time só perdeu com ele e aí o time fez o que deveria ter evitado desde o começo, colocou o Gabbert no sufoco pra tentar salvar sua temporada. Ou seja, dispensou seu veterano titular que deveria ter sido o mentor do Gabbert, colocou um reserva horrível, que foi pro banco colocar o calouro no fogo aos zero minutos. Gabbert entrou muito cru, sem jogo de pernas, sem algumas noções básicas e jogando com recebedores horríveis e uma péssima linha ofensiva. Tirando o Maurice Jones-Drew, não recebeu nenhum tipo de ajuda. Ou seja, a decisão do time de dispensar o David Garrard foi horrível, acabou com o calouro logo de cara, acabou com a temporada do time e nem sequer serviu pra evoluir sua escolha de primeira rodada!!

Eu ainda não desisti do Gabbert e acho difícil dar um parecer sobre ele enquanto ele não jogar num ataque relativamente decente, com uma linha que lhe de tempo e WRs que se desmarquem e segurem a bola. Ele tem evoluido lentamente desde que assumiu como titular, mas ainda está longe de jogar bem, completa poucos passes, não arrisca bolas longas e as vezes tem problemas com a leitura da defesa. Difícil culpar só ele por isso tudo, a conjuntura que ele pegou foi a pior possível, mas que ele tem sido o QB que menos tem mostrado até aqui é verdade. O Jaguars devia dar um pouco mais de liberdade pra ele nesse final de temporada já que tudo foi pro lixo mesmo, deixar ele tentar passes mais longos e tudo mais. Espero que em 2012 o Jaguars volte com um plano - e um ataque - melhores pra tentar salvar seu investimento.


Christian Ponder encontra um amigo



Christian Ponder, 12th pick (1st round), Minnesota Vikings (2-8)


Eu preciso confessar que nunca coloquei muita fé no Christian Ponder. Achava ele atlético, com uma boa precisão, mas não colocava fé que ele seria capaz de se adaptar totalmente à NFL. Ele tinha alguns problemas de leitura desde o College e muitas vezes colocava a bola ao alcance dos defensores adversários, faltava a ele o controle de bola pra fazer ela passar em coberturas apertadas (Quem viu o primeiro jogo contra o Packers viu isso perfeitamente, suas duas interceptações vindo em passes muito baixos e fracos que ficaram ao alcance do defensor, quando passes mais altos e com mais rotação provavelmente teriam acertados seus alvos). Achei que ele poderia vir a ser um jogador decente, mas nada que justificasse uma 12ª escolha.

Até aqui, isso tem se mostrado correto. Seus problemas de leituras de defesas continuam, seus arremessos continuam sem mostarda e, embora alguns fundamentos como jogo de pés tenham melhorado (já eram bons), ele continua tendo problemas com sua precisão. Ponder é outro QB que se beneficiaria de uma temporada no banco treinando, mas como a experiência Donovan McNabb não deu certo e eles estão loucos pra mostrar pro Adrian Peterson que eles tem condições de oferecer a ele um time competitivo. Ai o Ponder entrou e tem mostrado ao mesmo tempo a habilidade e a precisão (sem falar na habilidade atlética), sua dificuldade de tomar decisõs rapidamente e ler defesas, além dos passes que flutuam demais para o nível da NFL. Algumas coisas ele vai melhorar com a idade e com treino, outras eu acho que simplesmente fazem parte do seu jogo e não vão evoluir. Ainda não acho que valeria uma 12th pick.


Nem bem chegou e nosso querido Red Rifle 
já tem um dos melhores apelidos da NFL

Andy Dalton, 35th pick (2nd round), Cincinnati Bengals (6-4)



Andy Dalton era considerado o Quarterback mais "pronto" desse Draft, ou seja, um jogador cujos fundamentos e habilidades já estavam moldados próximos ao nível da NFL e portanto seria a melhor escolha pra chegar e já entrar de titular, sem necessidade de um período muito longo de adaptação básica pra treinar fundamentos. Por isso foi escolhido pelo Bengals, um time com uma boa defesa e que achava que só estava a um QB (que não fosse o Carson Palmer) de competir. A defesa não é mais tão jovem, então como não queriam esperar um QB que fosse se desenvolver lentamente, acharam melhor escolher o QB que mais estivesse pronto pra entrar e chegar jogando desde o primeiro dia com o excelente AJ Green.

E o Andy Dalton ao mesmo tempo tem obedecido fielmente ao script de antes do Draft e tem surpreendido todo mundo. A análise do Dalton é que ele era um jogador muito polido, que podia entrar e jogar desde o começo, mas que também não tinha muito espaço pra ter grandes evoluções, tirando pequenas cosias (experiência, leitura de defesas, etc) que vem com o tempo ele tinha poucas falhas que poderiam ser corrigidas com treino. Ao mesmo tempo esse grande preparo era o seu ponto forte, porque dava uma opção imediata ao time que o Draftasse, e seu ponto fraco, porque seu potencial era mais limitado que o dos outros, o motivo dele ter caido até a segunda rodada mesmo sendo melhor que o Ponder, por exemplo. Pelo que eu vejo do Dalton, esse é exatamente o caso, um QB muito sólido, com bons fundamentos e muito inteligente que tem pouco espaço para sofrer grandes crescimentos, como é o caso por exemplo do Cam Newton. O que você vê é o que você tem, e pronto.

Na verdade, as vezes esse tipo de escolha até é mais valiosa do que uma escolha de um jogador cru mas com grande potencial. Jogadores assim são uma incógnita, jogadores como Dalton são uma certeza. As vezes os times se deslumbram por esse potencial e pegam um jogador que não lhes da retorno nenhum, como por exemplo o Jamarcus Russell. Claro que depende muito da escolha na qual você se encontra e das outras opções disponíveis, mas as vezes é melhor garantir alguma coisa do que pegar um investimento de alto risco. Eu achei que o Bengals errou ao pegar um QB no Draft ao invés de buscar algum no mercado porque isso garante um compromisso a longo prazo e eu não sei quanto mais essa defesa vai ficar nesse ritmo e junta (Problema que o Raiders solucionou oferecendo duas possíveis escolhas de primeira rodada pelo Carson Palmer, absolutamente TUDO que o Bengals precisava pra fazer sua aposta dar muito certo). Mas a verdade é que o "básico" que o Dalton trouxe acabou sendo ainda melhor do que o esperado. Que ele estava pronto e dificilmente evoluiria a grandes passos a gente sabia, mas não imaginava que ele seria tão bom. Ele as vezes força jogadas e tem muitas interceptações, mas isso é comum pra um primeiro ano, até porque essa parte é exatamente o que ele ainda pode evoluir na NFL. O Dalton ao mesmo tempo acabou saindo exatamente o que se esperava e ao mesmo tempo melhor do que se imaginava.


"Olha como e sei lançar, professor!"


Colin Kaepernick, 36th pick (2nd round), San Francisco 49ers (9-1)


Não há muito a falar do Colin Kaepernick, um Quarterback atlético e com braço forte que chegou totalmente despreparado à NFL depois de jogar no College usando o sistema Pistol, uma variação do Shotgun (Aos torcedores do Chiefs e fãs hardcore de NFL, foi o esquema que o Chiefs usou na reta final de 2008 quando o QB foi o Tyler Thigpen). O Jim Harbaugh gostou do garoto, o 49ers o escolheu e ele tem treinado na sombra do Alex Smith pra de repente ser o Quarterback do futuro. Como ele só jogou dois minutos, é difícil avaliar algo sobre ele. Só sei que eu confio na avaliação do Harbaugh e que vamos ter que esperar pra ver o que vai sair dai.


Ryan Mallett mostra seu lado Heavy Metal


Ryan Mallett, 74th pick (3rd round), New England Patriots (7-3)


Melhor definição que eu li sobre o Ryan Mallett foi o que alguém (desculpe, não lembro quem!) no twitter: "Ele tem o talento do Joe Montana e maturidade de um personagem de Malhação". Claro que as comparações são exageradas, mas foi uma das melhores que eu já vi!! Além disso, ela pega bem a essência do Mallett: Tem muito talento pra ser desenvolvido, tem tudo pra ser um grande jogador mas ainda é muito cru e precisa de treino, mas não gosta de treinar, não leva seus deveres a sério e prefere ficar festando e comemorando do que se dedicar ao seu jogo, além de confiar demais nas suas habilidades. Se o Bill Belichick conseguir colocar ele na linha e ele treinar alguns anos atrás do Tom Brady, ele pode se desenvolver e ser um bom jogador.



Vendo agora, essa classe de novatos acabou gerando alguns bons jogadores e outros interessantes pro futuro. Cam Newton tem tudo pra ser um superstar e o Andy Dalton pode ser um QB de playoffs no time certo (que o Bengals tem tudo pra ser com quatro escolhas de primeira rodada em dois anos), e Ponder e Gabbert ainda tem um potencial interessante. Além disso, Locker, Mallett e Kaepernick ainda podem virar alguma coisa porque estão na melhor situação possível. A descrença dessa classe de novatos vinha do pouco número de QBs prontos e confiáveis, mas pode acabar gerando mais QBs titulares do que qualquer classe dos útlimos cinco anos.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Sem Cutler. E agora, Lovie Smith?

"Cacuquei tetinho!"

Bem amigos do TMWarning, depois de dois séculos e meio estou aqui novamente, e, dessa vez, de volta para ficar! Sim, caros amigos. Jay Cutler, que vinha jogando de uma forma excelente nos últimos jogos do Chicago Bears, se lesionou e pode ficar fora do resto da temporada regular, logo quando as expectativas para a classificação do Bears para os playoffs aumentavam e ganhavam contornos reais. Todos podem dizer "Ok, mas o Bears tem o Matt Forte. Não vai ser de tão grande falta.". Sinto informar. Jay Cutler vinha sendo CRUCIAL para essa campanha dos Bears. Das últimas 5 vitórias, Cutler e seus passes foram definitivos em, pelo menos, três deles. Além disso, a linha ofensiva cresceu, e o próprio Cutler tem sido mais móvel, evitando sacks. Nos últimos 5 jogos, ele passou para 7 TDs, e mais um correndo, com 3 Ints, tendo perdido apenas duas bolas por fumble. São 8 TDs para 5 turnovers, com 1110 jardas aéreas (222 por jogo). Nos 5 primeiros jogos, foram 5 TDs e 5 Ints, 1209 jardas aéreas (241,8 por jogo). Ou seja. Além do aumento no número de TDs, da queda no número de interceptações, Jay Cutler teve um crescimento importante em PONTOS POR JARDA. Pode parecer bobeira, mas isso mostra que as campanhas lideradas pelo QB titular dos Bears vem sendo melhor aproveitadas, e que ele vem realmente cuidando melhor da bola. Mas, como coração de torcedor de Chicago não bate, apanha, o crescente carregador de pianos de Chicago quebrou o dedão da mão direita, sua mão de passe. Sua volta pode acontecer somente no caso da passagem do time para os playoffs. Ok, Marcelo, falou, falou, e eu ainda não entendi pra que você tá escrevendo esse post. Simples. Porque acho que Caleb Hanie, o reserva imediato dos Bears, não tem condições para carregar o time à pós-temporada. Hanie, em sua última participação em jogos oficiais (na final da NFC do ano passado, contra o Green Bay Packers) não fez um jogo ruim. Completou 13 de 20 passes, para 153 jardas, com 1 TD e 2 Ints, entrando no meio do jogo. Mas, ainda assim, não é um QB capaz de carregar um time aos playoffs. Ainda mais sendo um time da NFC North, uma das divisões mais equilibradas da liga esse ano (se não a mais equilibrada). Então, assim como o Lovie Smith se pergunta, você pergunta à mim. O que fazer? Chicago não vai investir em um GRANDE QB para substituir Cutler por 6 jogos, seria ridículo, e aposto que vocês estão rindo só por eu ter sequer levantado isto aqui. Informação inútil. O que sobra? Hanie ou Nathan Enderle. Aff. Não dá pra acreditar que ele escreveu isso tudo pra dizer o óbvio. Mas não. Existe uma terceira opção. Chicago carece de um bom backup para a posição de QB. Porque não aproveitar a falta de um QB para achar um backup dentre os QBs que não vêm jogando na liga? Seja veterano ou novato, boas opções para um reserva imediato de um jogador que sofre bastantes lesões não faltam por aí. Mas quem? Esses aí embaixo, ó:

Troy Smith

"Eu? Mas estou atrás do calouro que está atrás do Alex Smith!"

Ao meu ver, a melhor opção. Troy Smith é um jogador novo (27 anos), tem 4 anos na liga, e, ano passado, apareceu muito bem, conduzindo o ataque do 49ers por 6 jogos, completando uma porcentagem de 50,3% dos passes, com uma média de 8,1 jardas por passe, 5 TDs e 4 Ints, sofrendo 18 sacks. Não são números tão excelentes assim. Mas Troy Smith é bom em resolver com as pernas. Com o crescimento da linha ofensiva dos Bears, o QB, que ano passado, em 21 corridas conseguiu 121 jardas (uma média de 5,1 por corrida), para 1 TD. Isso mostra que ele não é somente um "scrambler de end zone". É ágil, um tanto preciso em seus passes e, com Matt Forte no jogo terrestre, o ataque West Coast do Bears passa a ter uma excelente option com os dois. Além disso, é um jogador que já liderou um time, mesmo que por pouco tempo, e ainda é novo.
Nota: *****

Marc Bulger

"É. Não seria tão ruim parar em Chicago. Tem uma brisa legal."

O Raven de 34 anos é um jogador experiente, e já foi titular do St. Louis Rams, logo, é capaz de levar os Bears aos playoffs. Especulações já dizem que o Bears pode realmente procurar Bulger como backup, mesmo que seja reserva do Caleb Hanie. É um jogador que já teve uma temporada com mais de 4000 jardas aéreas, com 122 TDs na carreira, e 10 anos de bagagem na liga. Em Baltimore, ele não tem tantas chances, com Joe Flacco saudável. Com a fragilidade de Jay Cutler, Bulger pode ver em Chicago uma chance para dar novo rumo à sua carreira, mesmo que já camninhando para os últimos 5 a 8 anos. Bela contratação, e seria de grande ajuda nas sidelines, mesmo com a volta do titular.
Nota: *****

Donovan McNabb

"Vou aproveitar e mudar meu nome para Donovan McNômade!"

Experiência. McNabb perdeu a vaga de titular no Minnesota Vikings para o calouro Christian Ponder, e parece que não vai ficar por lá. Seria uma boa para o veterano de 35 anos procurar logo um destino, se quiser continuar na liga. E, para ser backup, que seja de um time com chances de playoffs. McNabb foi o líder do Philadelphia Eagles por muitos anos, com temporadas fantásticas, porém, suas duas últimas temporadas, no Washington Redskins em 2010 e no Vikings esse ano, foram bem fracas, e seu valor caiu. Não seria uma contratação tão cara para os ursos. Ainda assim seria uma contratação de risco. Mas tem um porém, e que beneficia MUITO o contrato com McNabb. Ele pode servir como um bom mentor para o titular Cutler. É um jogador inteligente e que vem ajudando o calouro de Minnesota na sideline.
Nota: ****

Jon Kitna

"Ah, sei lá. Aqui em Dallas tá tão legal!"

Kitna, outro veterano, de 39 anos, foi capaz de jogar bem no ano passado, quando teve de substituir Tony Romo no Dallas Cowboys, que perdeu grande parte da temporada por conta de uma lesão. Teve uma percentagem alta de passes completos (65,7%), marcou 16 TDs, em um time que não tinha um jogo terrestre muito funcional (convenhamos que Forte >>> Jones + Choice). É uma contratação de valor reduzido, devido a idade do jogador, e imediata, pelo mesmo motivo, tendo em vista que a aposentadoria dele está próxima. Mas Kitna já jogou com Mike Martz, e não teria tantos problemas para se adaptar ao seu West Coast.
Nota: ***

Shaun Hill

"E esse teu ombro de vidro aí? Cala a boca, Matt, eu fico!"

O QB de 31 anos de Detroit seria uma excelente opção, não fosse tão difícil de tirá-lo dos Lions. Matthew Stafford é um ótimo QB, mas sofre muito com lesões, então é um time que precisa de um bom backup, e não perderia Hill, ainda mais para um rival de divisão. Hill, em 2010, substituiu Stafford por 11 jogos (10 começando), e passou para mais de 2600 jardas, com 16 Tds e 12 Ints. É também um QB móvel e capaz de sair de situações ruins no pocket. Mas, como já disse, é muito difícil que o Lions o libere.
Nota: **

Marc Brunell

"Não, sério. Eu já tou com pinta de Head Coach e
ainda tem nego querendo que eu vá correr?"

Ah, cara, ele tem 41 anos já! Sim. E, ano passado, completou 7 de 13 passes tentados, para 117 jardas e 2 TDs. Uma média de incríveis 9 jardas por passe! Novamente, seria uma solução imediata, tendo extensão, somente, em ajuda na sideline, com sua experiência. Não é possível dizer que seria um jogador capaz de carregar o Bears aos playoffs, nem que aguentaria jogos inteiros, então ainda precisaria-se muito do Caleb Hanie. É uma opção, mas não é das melhores.
Nota: *

Trent Edwards

"Serião?!"

Com a chegada de Carson Palmer em Oakland, o papel do quintanista ficou mais claro no elenco. Nenhum. Edwards nunca conseguiu uma excelente temporada desde que foi draftado, em 2007. Edwards pode chegar apenas como um tapa-buraco, para ser reserva de Hanie, que tem mais possibilidades de ser o titular, por já estar treinando há 2 anos no ataque de Mike Martz.
Nota: *

JaMarcus Russell

"Heim!?!?!?!"

Há, piada, enganei vocês. Nota: -**********

Kyle Orton era uma grande opção para o time de Chicago. Mas, hoje, o ex-Bears, e agora ex-Broncos, foi pego nos waivers pelo Kansas City Chiefs. Há que se contar que o Bears não tem um time tão caro. O salary cap ainda pode receber uma carga. Então, quem sabe, não vemos uma cara nova passando bola para os WR de Chicago?

Analisem e comentem! Novas opções são bem vindas!

Não se esqueçam dos comentários do Jurema, no post anterior!
Abraços!

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Pensamentos rápidos da semana 11 da NFL

Vamos lá, com os pensamentos rápidos da semana. Talvez amanhã tenhamos uma novidade... Se ela não aparecer, retomamos a programação normal quinta feira. Eu nem sei mais porque eu faço essas promessas... Bom, chegou a hora de glorificar o Tim Tebow comentar os jogos da rodada 11 da NFL.


A jogada mais legal da semana 11 da NFL

 
New York Jets 13 at 17 Denver Broncos
Vou poupar vocês por enquanto dos gritos (TIM TEBOW! TIM TEBOW!), mas não da pra deixar de notar pela milésima vez que Tim Tebow está 4-1 de titular contra 1-4 do Kyle Orton. Isso completando 47% dos seus passes!!

Aliás, esse jogo mostrou muito bem o porque do Broncos estar tão bem com Tebow. Você assiste a um jogo do Jets e parece que o time desconfia do seu QB, que todo mundo está esperando que o Mark Sanchez faça algo errado. Ou seja, o time joga como quem sabe que seu QB vai fazer besteira e portanto vão ter que vencer o jogo por ele, mesmo que ele tenha levado o Jets, por bem ou por mal, a duas finais consecutivas da AFC. Já o Broncos é o completo oposto. O time está todo na mesma página, está jogando com confiança e todos os jogadores confiam no seu QB. Eles jogam na defesa para dar ao Tebow mais uma chance, não para ganhar um jogo que seu QB eventualmente vai perder. Os WRs que recebem tão poucos passes continuam bloqueando jogada após jogada e o time todo joga como quem tem total confiança que ele vai resolver quando o time precisar mesmo ele completando 47% dos seus passes, tudo isso porque tem um cara lá que está fazendo acontecer, passando a confiança para os jogadores e jogando com mais vontade do que qualquer outro jogador na Liga, obcecado a se tornar um bom QB apesar de todas as circunstâncias contra ele e que está disposto a fazer tudo pra ganhar, seja tomando pauladas, correndo pra 200 jardas ou passando só 8 bolas. Isso não se compra nem se treina, e é chamado "liderança". O Jets é o time do Rex Ryan, mas ele não está dentro de campo. O Broncos é o time do Tim Tebow, um time que ele mudou totalmente ao assumir, que está jogando sua melhor defesa no campeonato e com uma vontade que antes não tinha. O time está vencendo jogos por causa de sua boa defesa e produções pontuais no quarto período, mas tudo isso se deve à nova postura do time que começou com seu QB. Eu não ligo se ele não pode lançar, ele ganha jogos, ele faz o time jogar. Esse é o famoso "intangível" que tanto se fala no Draft quando se trata de QBs. Ele tem isso mais do que ninguém, e por isso seu time continua ganhando.

Na verdade, é por isso que eu apoiei tanto o Justin Verlander pra ganhar o MVP da American League na MLB. Dois jogadores (Jose Bautista e Jacoby Ellsbury) tiveram temporadas individualmente e isoladamente melhores e mais impressionantes (o WAR - Wins Above Replacement - do Ellsbury foi uma coisa ridicula, e tanto ele como o Bautista terminaram na frente do Verlander), e talvez tenham sido os dois melhores jogadores. Mas ser o melhor jogador não significa ser o mais valioso. Bautista e Ellsbury foram sensacionais, mas sua produção foi de certa forma pontual - os Home Runs, as corridas, etc - coisas importantes, sem dúvida, mas mensuráveis. Mas o verdadeiro valor do Verlander para o Detroit Tigers vai muito além dos números. Ele jogou num time cujos arremessadores titulares (Tirando ele) combinavam para um ERA de quase 5, num bom ataque mas não espetacular. O Tigers ganhou só 50% dos seus jogos quando Verlander não jogava, e toda vez que Verlander entrava em quadra ele entrava carregando todas as esperanças do time nas costas, arremessar sete entradas, manter o placar baixo, poupar o bullpen e principalmente vencer a partida. Foi o Verlander que fez esse time acreditar em si mesmo, foi ele que fez o Tigers ser um dos times mais temidos da MLB, um time que praticamente dizia pra você "A cada cinco dias, somos invencíveis". Se Bautista e Ellsbury não tivessem jogado, os destinos de Jays e Sox não teriam mudado, mas sem Verlander o Tigers provavelmente seria o penúltimo colocado na AL Central e estaria condenado ao esquecimento - ao invés disso, todo mundo estava morrendo de medo de enfrentar o Verlander e o Tigers nos playoffs. Esse tipo de valor não pode ser medido por nenhum tipo de estatísticas, a não ser uma extremamente primitiva e insuficiente chamada "vitórias". Muitas coisas que não observamos ou calculamos tem um impacto direto no resultado do seu time. Por isso Verlander foi o MVP da AL. Por isso o Broncos está ganhando com Tim Tebow. E por isso que eu estou 100% crente que o Broncos vai pros playoffs esse ano (Ta bom, o fato do Phillip Rivers estar uma droga ajuda).



Cincinnati Bengals 24 at 31 Baltimore Ravens
E a nossa querida Calvin Johnson Rule ataca de novo, dessa vez anulando um Touchdown do Jermaine Gresham. Eu não discuto a decisão dos juizes (Afinal, está na regra), mas eu acho essa regra imbecil mesmo. Isso nos privou de uma prorrogação, pelo menos. E vale lembrar que o Bengals está jogando sem seu melhor defensor (Leon Hall, fora pelo resto da temporada) e sem seu melhor jogador de ataque (AJ Green, que deve voltar na próxima semana). A maturidade do time e do seu QB Andy Dalton está me impressionando. Dalton não teve seu melhor jogo, lançou três interceptações idiotas, mas se recuperou, castigou a forte defesa do Ravens e manteve o time no jogo até o final. O Ravens é um time melhor nesse momento? É sim. Mas o Bengals está jogando com tanta vontade e maturidade que eu ficaria muito surpreso se esses dois times não fossem aos playoffs essa temporada junto com o Steelers.



Jacksonville Jaguars 10 at 14 Cleveland Browns
Para quem não viu o jogo: Parabéns, vocês são pessoas de sorte. O time do Browns tem protagonizado alguns dos piores jogos da temporada, e o Jaguars também. Quando juntamos os dois o que temos? Lucro. Só que ao contrário. Aliás, essa rodada foi cruel em termos de jogos chatos, ainda tivemos um que quase foi pior. Pelo menos esse teve emoção, com o Mike Thomas dropando o passe da vitória nos segundos finais dentro da end zone. Depois reclamam que o Blaine Gabbert não está produzindo (o que também não é mentira), mas ele não tem nenhum ser humano bípede no seu time capaz de agarrar uma bola oval de couro.



Carolina Panthers 35 at 49 Detroit Lions
Acho que esse jogo foi o mais bizarro da rodada, e isso é falar até que muito dele. O jogo começou mal, com três interceptações nas três primeiras posses de bola do jogo, duas do Matthew Stafford (Jogando com um dedo lesionado que ao mesmo tempo fez ele jogar muito mal o primeiro tempo e lançar 5 TDs no segundo tempo, aparentemente um dedo mágico que se curou no intervalo) e uma do Cam Newton. Ai o Panthers acordou pro jogo, explorou o fraco Amari Spievey até ele pedir pra sair  (Mentira, o Jim Schwartz que afundou ele no banco, sem aperto de mão nem nada), o Cam Newton correu pra dois TDs e o Panthers abriu vantagem.

Mas como já é de regra, a defesa do Panthers entregou o ouro. O Lions tem como maior ponto fraco em 2011 o fraquíssimo jogo terrestre do time, que já era ruim com o Jahvid Best saudável e está pior sem ele. Mas claro que o Lions teve um jogo de 140 (e mais de 60 aéreas) do Kevin Smith, que voltou à equipe depois de ter sido dispensado a troco de nada. E o Matt Stafford lançou cinco TDs (Bizarramente nenhum para o Megatron) pra colocar o Lions de novo na frente. Aliás, é incrível, deviamos abrir uma nova aposta em Vegas: Qual será o próximo time que vai ter a (in)competência de marcar menos de 30 pontos na defesa do Panthers?



Tampa Bay Buccaneers 26 at 35 Green Bay Packers
E os invictos Packers mais uma vez mostrando problemas contra um time extremamente bipolar, jogando um dos seus piores jogos no ano e mesmo assim saindo com a vitória. O Bucs foi o time que mais incomodou o Aaron Rodgers na NFL até aqui, usando uma fórmula bastante simples (de um time que até ontem não tinha pass rush). O Aaron Rodgers é, de longe, o melhor QB da NFL saindo do pocket, a sua capacidade de passar a bola em movimento é inigualada na NFL hoje (Aquele arremesso patenteado dele no qual ele corre para um lado, planta o pé de trás e faz um lançamento contra o movimento do corpo é um show à parte), mas não passando de dentro do pocket. Não que ele seja ruim, mas é onde ele se sente menos confortável e mostra menos precisão. A linha ofensiva do Packers melhorou mas ainda não é muito confiável, e o Rodgers as vezes segura demais a bola confiando que seus recebedores vão se liberar, o que sempre acontece porque o corpo de recebedores é muito bom, mas o tempo que ele ganha fora do pocket para isso acontecer é muito maior do que dentro dele, e por isso ele segura em excesso a bola quando é obrigado a ficar lá dentro. O que o Bucs fez, portanto, foi pressionar o Rodgers pra dentro do pocket, onde ele se sente menos confortável e fazendo o QB segurar a bola demais muitas vezes (Claro que mesmo assim foram 299 jardas e 3 TDs, mas é o Rodgers!).

Na verdade, o Bucs teve um jogo muito bom. Eu só absolutamente não entendi porque o Raheem Morris tentou um onside kick quando seu time tinha encostado no placar (28 a 26) a ponto de precisar apenas de um FG pra vencer, com sua defesa jogando muito bem, tempo no relógio (4:30 minutos) e já tendo fracassado anteriormente. Eu sei que é o Rodgers, mas o certo era ter devolvido a bola pro Packers lá atrás, continuar pressionando o QB pra dentro do pocket, recuperar a bola sem deixar o adversário pontuar e vencer a partida, mas o onside kick (Aliás, os dois foram mal feitos) deu ao Packers uma posição de campo boa demais, desestabilizou o time e deu ao Rodgers tudo que ele precisava pra vencer o jogo. Faltou inteligência e confiança ao técnico e isso pode ter custado a vitória ao seu time. Por outro lado, o Packers ganhou mais um jogo sofrido, e mais uma vez mostrou uma marca dos grandes times: a capacidade de vencer mesmo jogando longe do seu melhor.



Buffalo Bills 8 at 35 Miami Dolphins
Matt Moore ganha sua terceira partida seguida e o Bills afunda com sua terceira derrota seguida. Nessas derrotas, Ryan Fitzpatrick (Jogando de contrato novo, 60 milhões de patacas) lançou sete interceptações e o time tomou 106 pontos pra anotar 26. Algo está errado em Buffalo e algo está certo em Miami. Aliás, o Dolphins nunca foi um time tão ruim, tirando que queriam Andrew Luck. Quando o time se uniu pra salvar o emprego do técnico Tony Sparano, o time está jogando bem, vencendo jogos importantes e saindo do fundo do poço. Agora que o time já desistiu de ser ruim e está ganhando, quem sabe... Se o time decidir que está bem com o Matt Moore melhor pra eles, mas caso contrário podem ainda trocar pra subir no Draft e pegar o Matt Barkley.

Já a queda livre do Buffalo era esperada de certa forma (Ritmo de turnovers e interceptações muito alto pra ser mantido muito tempo), mas acho que ninguém esperava tanto assim. Todo mundo está mal, a defesa não se encontra mais, Fitz voltou a parecer um graduado de Harvard e até o Fred Jackson - que chegou a estar no caminho pra quebrar o recorde de jardas totais do Chris Johnson - está jogando mal. Como diria um certo brasileiro: Que faaase.



Oakland Raiders 27 at 21 Minnesota Vikings
O Raiders é um time melhor sem o Darren McFadden do que o Vikings sem o Adrian Peterson. E por mais que eu ainda não confie nele pra manter uma certa regularidade, o Raiders é um time muito melhor com o Carson Palmer do que com o Jason Campbell de QB. Aliás, o Christian Ponder jogou muito mal essa partida e o Vikings só teve uma chance porque o Raiders não consegue passar um jogo sem ceder 100 jardas de faltas - eles tem quase 100 faltas a mais que o segundo time que mais cometeu faltas!



Dallas Cowboys 27 at 24 Washington Redskins
Eu nem vou falar nada do Washington Redskins, porque um time que não sabe quem é seu RB titular (Duas semanas atrás foi o Roy Helu, semana passada o Ryan Torain, essa semana o Tashard Choice...) por birra do técnico, e cujos jogadores ainda saem falando besteira (O Jabbar Gaffney falou pra um torcedor morrer, o Fred Davis xingou os juizes por um fumble que existiu, o DeAngelo Hall pediu pra ser cortado, etc) quando perdem. Mas o Dallas também jogou um jogo feio que só foi salvo porque a) O Tony Romo voltou a jogar bem e b) o Graham Gano não conseguiria acertar um Field Goal nem que sua vida dependesse disso ontem a noite. A melhor frase que resume esse jogo? Gano fez o Romo parecer clutch.

Aliás, não durmam no Cowboys. Com a derrota do Giants, os dois times estão empatados e o Dallas tem a planta de um time vencedor: Um bom QB, um ótimo RB, bons alvos, e especialmente uma defesa que consegue colocar pressão no Quarterback adversário sem recorrer a blitzes, algo indispensável para qualquer time que queira vencer o Packers esse ano. O Dallas dificilmente vai passar Niners ou Saints na disputa pra subir de seed, então a briga vai ser com o Giants pelo título da divisão ou, quem sabe, eventualmente brigar com Bears e Falcons pela última vaga do Wild Card.



Arizona Cardinals 7 at 23 San Francisco 49ers
Apesar de ter forçado cinco turnovers e ter controlado o jogo de ponta a ponta, não foi a melhor partida do 49ers. O Alex Smith errou alguns passes fáceis, o time teve vários drops, David Akers errou três Field Goals (Dois bloqueados) e em geral o time errou mais do que costuma. Mas se tinha um jogo onde o time podia se permitir isso, contra um adversário muito inferior e com sua defesa dominando a partida, era justamente essa. Agora o time vai ter um dos seus jogos mais difíceis em Baltimore contra o Ravens. E pelo menos o Ken Whisenhunt está comemorando porque não vai mais ter que ouvir argumentos em favor do John Skelton sobre o Kevin Kolb.



Seattle Seahawks 24 at 7 Saint Louis Rams
Os primeiros três passes do Seahawks na partida:
1º passe: Sidney Rice passe completo para Mike Williams, 51 jardas.
2º passe: Tarvaris Jackson, interceptação
3º passe: Tarvaris Jackson, interceptação.

Tudo que você precisa saber sobre o Seahawks de 2011.

E sim, o Rams perdeu desse time por 17 pontos. Tudo que você precisa saber sobre o Rams de 2011.



Tennessee Titans 17 at 23 Atlanta Falcons
Quando parecia que o Chris Johnson ia engatar uma boa sequência e voltar à velha forma... 13 jardas em 12 corridas, com um salário de 13 milhões pra essa temporada. Se me derem 50 patacas eu corro pra 13 jardas em 12 tentativas, então que diabos o CJ está fazendo lá em Nashville? Cruz credo...

Aliás, a melhor noticia para o Titans nessa partida em que foi totalmente dominado durante 90% da partida foi a ótima atuação do calouro Jake Locker. Ele era meu QB preferido pra esse Draft, acho que o trabalho do Titans tem sido ótimo em deixar ele treinando com calma na reserva sem pressão alguma, mas também foi bom ver que o talento está lá, e acho que ele tem tudo pra dar certo na Liga. E por falar em QBs, o Matt Ryan parece estar voltando aos bons tempos, não só lançando como conduzindo o ataque. O no huddle que ele chamou durante longos períodos na partida confundiu totalmente a boa defesa do Titans e deu ao seu time a melhor chance de vitória. Com um certo QB fora, o Falcons tem boas chances de conseguir uma vaga no Wild Card.



San Diego Chargers 20 at 31 Chicago Bears
E aqui está a desgraça da rodada. Menção honrosa, claro, para o Phillip Rivers, que de um dos melhores QBs da NFL passou a piada da Liga que não consegue nem jogar um passe pra fora sem ser interceptado (Sério, vejam os highlights do jogo!). Mas o Bears era um time que viinha jogando o fino da bola: Ótimo RB, forte defesa, e com o Jay Cutler jogando melhor e melhor a cada dia que passava. Era um time que tinha se achado e era um forte candidato a aprontar na NFL. Eu sei que eu tinha falado que o Bears de 2010 não era tudo isso e que chegou longe mais por sorte do que outra coisa, mas aqui está a questão: O Bears de 2011 é de longe um time melhor que o Bears de 2010: A defesa de frente continua ótima, a secundária melhorou, o time FINALMENTE achou uma identidade ofensiva com o Matt Forte e o Cutler estava mais confortável do que nunca, sem falar que o Devin Hester está jogando muito melhor agora que voltou a ser especialista em tempo integral (O Lovie Smith tem Gummy Bears no lugar do cérebro por ter demorado até agora pra entender isso).  E agora o Cutler provavelmente vai perder o resto da temporada regular e, mesmo que volte a tempo para os playoffs, o Bears ainda precisa se classificar com uma concorrência bem acirrada. Uma pena, porque eu queria MUITO ver esse Bears na pós temporada, estava se tornando um dos times mais legais da NFL. As alternativas para o Bears com Cutler fora por pelo menos um mês? Isso vai ficar pra amanhã...

Pensando melhor, maldade com os Gummy Bears, peço desculpas.



Philadelphia Eagles 17 at 10 New York Giants
Eu estou me odiando por não ter previsto isso e apostado no Eagles. É sério, pensem comigo: Giants jogando em casa contra o Eagles (lembram do ano passado? Eu lembro), vindo em uma boa sequencia, embalado, jogando bem, Eli Manning em ótima fase, como francos favoritos e jogando contra um time problemático com seu QB reserva? Era ÓBVIO que o Giants ia perder esse jogo!! Eu preciso relembrar, pra NUNCA apostar no Giants quando eles são favoritos, estão em boa fase e estão ganhando confiança da mídia. Isso é tão clássico Giants que não da nem pra ficar surpreso. Perdi um palpite a toa, maldito Vince Young.



Kansas City Chiefs 3 at 34 New England Patriots
Tyler Palko contra Tom Brady com um cotovelo só. Fim da história.


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E agora, já que já é quarta feira, os palpites para os clássicos do Thanksgiving americano, quinta feira, com os times da casa em parênteses:

LIONS ganha do Packers
Sim, eu estou chamando mais uma vez a derrota do Packers. Não é fácil jogar no Ford Field, a torcida vai comparecer em peso e a linha defensiva do Detroit tem tudo pra conseguir dar muito trabalho ao Aaron Rodgers nos moldes do que o Tampa fez essa semana. Além disso, o ataque aéreo do Lions está tinindo e a defesa aérea do Packers não está bem. Se o Lions conseguir impor seu ataque aéreo desde o começo da partida - um SE bem grande - eu acho que o time de Detroit consegue essa vitória. Promessa de grande jogo.


COWBOYS ganha do Dolphins
O Dolphins está embalado e tem um time bom, mas o Dallas é muito melhor. Se o Cowboys conseguir perder esse jogo então o Giants tem que ir aos playoffs por default, não é possível!


RAVENS ganha do 49ers
Doeu chamar esse jogo, mas eu acho que o Ravens vai vencer. A defesa do Ravens é a melhor que o 49ers enfrentou até aqui, o time vai ter mais dificuldade para impor seu estilo de jogo no ataque e o Ravens também joga em casa, fator importantíssimo. O 49ers provavelmente vai tirar efetivamente o Ray Rice do jogo cedo, o que vai forçar o Ravens a usar mais o Joe Flacco, e Baltimore é um time menos eficiente quando faz isso, mas a defesa do Niners tem tido problemas com bolas longas e eu estou morrendo de medo do Torrey Smith conseguindo passar pelas costas do Donte Whitner e quem quer que substitua o Dashon Goldshon se ele realmente for suspenso. Vai ser um jogo feio e de muita defesa, e em defesas eu acho que os times se equivalem: A defesa terrestre do Niners é um pouco melhor, os pass rushes são iguais e a defesa aérea do Ravens é um pouco melhor. Mas eu aposto no Ravens pelo potencial de big plays que o ataque aéreo do Niners não tem.