Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Previsões embasadas para a temporada 2015 da NFL

"Que que esse cara ta falando de mim ai?"


Infelizmente, por motivos de "emprego novo", faltou o tempo e a disposição para fazer uma cobertura decente da offseason da NFL (a exceção fica por conta da minha coluna favorita, o Running Diary do Draft da NFL), e também para fazer um preview da temporada. Peço desculpas aos que perguntaram e/ou pediram, mas infelizmente, não foi possível esse ano.

O máximo que eu fiz foi um post especial no Spin Bet com minhas apostas para a temporada 2015 da NFL, então se quer ler o que eu penso de alguns times/jogadores e dar risada quando eu perder dinheiro em Janeiro, recomendo muito que leia. 

Mas, para não deixar passar em branco, coloco aqui alguns pensamentos sobre a temporada que se aproxima. Sem falar demais ou sobre todo mundo, vamos ver quais times esse ano parecem se encaixar em diferentes "moldes" para a temporada regular.

Vamos começar com um exemplo, para facilitar, e dai seguimos no ritmo.

(Inspirado nessa coluna do ótimo Bill Barnwell)


O Time Que É o Grande Candidato a Regressão
Em 2014 foi: Carolina Panthers
Em 2015 pode ser: Detroit Lions

Em termos de análise, a temporada regular da NFL tem um grande problema: a amostra de 16 jogos é pequena demais, e como toda amostra pequena, sofre de todo tipo de desvios e influências externas que dificultam nosso entendimento dos fatos. Então enquanto que o que importa ao final da temporada é a campanha de cada equipe (na hora de classificar para os playoffs), esse resultado final nem sempre faz jus ao verdadeiro nível de uma equipe. Muitas vezes, um time conta com ajuda de fatores externos - sob os quais não tem controle - para atingir um resultado melhor do que deveria, e portanto passa a ser um enorme candidato a regressão: quando esses fatores "normalizarem" -e, sendo externos e além do controle da equipe, a tendência é que não se repitam - esse time vai ficar exposto a uma queda normal. Você pode ler mais a respeito dos principais indicadores disso - como Pythagorean Expectations, jogos decididos por uma posse de bola, fumbles recuperados, etc - nessa coluna de 2013 que continua extremamente atual. Outros fatores - como por exemplo mudanças no elenco, perdas para a free agency, lesões - também afetam, obviamente, as chances de um time de regredir de uma temporada para a outra. (PS. Importar frisar que isso pode acontecer para os dois lados. É muito comum um time bom terminar o ano abaixo do esperado devido a fatores externos, sendo assim um candidato a regredir positivamente no ano seguinte).

Esse ano, o grande candidato a regressão é o Detroit Lions. Apesar de terminar o ano passado com 11-5 e uma vaga nos playoffs, tudo indica que o time do Lions não era tão bom assim: seu Pythagorean Expectation (Sério, clique no link acima) diz que o time foi muito mais próximo de um time 9-7, ou seja, quase duas vitórias acima da sua projeção graças em parte a uma campanha de 6-1 em jogos decididos por uma posse de bola ou menos. Ambos os números são insustentáveis, e indicam que Detroit teve ter muito mais dificuldade de ter uma boa campanha em 2015. Times que superam sua PE em 2 jogos perdem, em média, 2.4 jogos a mais no ano seguinte.

Só isso já indicaria uma regressão considerável para Detroit, mas infelizmente para meu amigo Jalisno, os problemas não acabam ai. Em 2014, a grande força do time foi sua dominante linha defensiva, mas nessa offseason o time teve que lidar com as perdas de dois dos seus principais defensores, Ndamukong Suh (Dolphins) e Nick Fairley (Rams). O time trouxe Haloti Ngata para tapar esse buraco, mas ainda é uma perda considerável que enfraquece o que era a grande força da franquia. Entre esses dois fatores - a regressão natural, e a perda de Suh e Farley - é difícil enxergar Detroit repetindo seu 2015, e é um forte candidato a cair de produção.

Menção honrosa: Arizona Cardinals


O Time Que Promete Explodir Mas Decepciona
Em 2014 foi: Cleveland Browns
Em 2015 pode ser: Miami Dolphins

Em 2014, o Browns parecia o time pronto dar um salto e se tornar competitivo: uma boa e jovem defesa cheia de talentos, um ataque com uma boa linha ofensiva e um novo quarterback, e um calendário favorável. O time até mesmo começou o ano 7-4 antes de tudo desandar. Mas o saldo acabou sendo um fiasco: a defesa não evoluiu tão bem como o esperado, Josh Gordon foi suspenso, Manziel e Gilbert não renderam e tiveram problemas extra-campo, Alex Mack machucou, e o Browns teve mais uma temporada de fracassos.

Em 2015, o Bills é óbvio demais, um queridinho da offseason que causou impacto ao contratar nomes como Shady McCoy e Percy Harvin, mas que ainda tem Tyrod Taylor de quarterback e uma péssima linha ofensiva. Então ao invés de falar do Bills, que vai ser grosseiramente movido para menção honrosa, vamos falar de outro popular candidato a dar um salto em 2015: o Miami Dolphins.

Para ficar claro, não estou dizendo que o Dolphins vai ser um time ruim. Mas depois de contratar Ndamukong Suh o Dolphins se tornou um time frequentemente citado na hora de apontar as "surpresas" de 2015 ou times que tendem a melhorar e brigar pelos playoffs. E embora isso não esteja fora do alcance de Miami, também me parece prematuro ficar animado demais.

Suh sem dúvida é um grande jogador, e próximo a Cameron Wake e Olivier Vernon, a expectativa é que Miami tenha uma das melhores linhas de frente da liga. E pode até ser que aconteça, mas ainda assim, a defesa preocupa. O enorme dinheiro dado a Suh significa que o Dolphins não teve como adereçar suas enormes falhas entre os linebackers e na secundária, e portanto vai depender demais  da sua linha de frente para aguentar a barra por 16 jogos. Apesar de ter uma ótima defesa no começo do ano, a secundária do time despencou para uma das piores da liga na reta final, e sem ter contratado bons reforços na offseason, é difícil imaginar muita mudança nesse sentido. Apostar em um time muito focado no topo, com algumas estrelas mas pouca profundidade, é sempre arriscado, e o Falcons está ai pra lembrar que nem sempre funciona.

Outro ponto que faz muitas pessoas terem otimismo com o Dolphins é o QB Ryan Tannehill, que aparentou uma evolução em 2014 depois de subir seu aproveitamento de 60% para 66.4%. Muitos encararam isso como um sinal de que o jovem QB estava prestes a explodir. Mas ai você começa a olhar mais de perto, e percebe que apesar dessa aparente evolução, suas jardas por passe subiram apenas de 6.7 para 6.9, números um pouco abaixo da média. O que aconteceu então? Tannehill simplesmente passou a fazer passes mais curtos, de maior aproveitamento (por isso o salto em %) mas de menos jardas. Não que não tenha acontecido alguma melhora do jogador, mas muito foi uma mudança de esquema tático, e não tem muito a indicar que Tannehill esteja para explodir.

Considerando tudo, Miami deve ser um time decente que pode muito bem beliscar uma vaga de wild card na AFC, mas considerando os buracos do elenco (especialmente na defesa), ainda acho que não é a hora do Dolphins dar um salto rumo a relevância nos playoffs.

Menção honrosa: Buffalo Bills


O Jogador Desconhecido Que Explode no Lugar Certo
Em 2014 foi: Justin Forsett
Em 2015 pode ser: Joseph Randle

Uma escolha de sétima rodada em 2008, Justin Forsett tinha apenas 347 corridas na carreira antes de ganhar por default a vaga de RB titular do Ravens em 2014... onde imediatamente explodiu para 1266 jardas e 5.4 jardas por corrida (melhor marca da NFL) no esquema de bloqueios por zona do coordenador ofensivo Gary Kubiak. Esse esquema é famoso por transformar RBs anônimos em estrelas (Arian Foster, alguém?), e Forsett aproveitou a oportunidade para transformar sua carreira.

O maior candidato para ser o jogador "Lugar certo, hora certa" de 2015 é Joseph Randle. Lembra ano passado quando DeMarco Murray explodiu para 1845 jardas? Esse total teve mais a ver com a linha ofensiva do que você imagina. Escrevi sobre isso na época (na parte de "Offensive Player of the Year), mas Murray teve 2.3 jardas por corrida ANTES de sofrer qualquer contato ano passado, e a linha ofensiva de Dallas foi a segunda melhor no jogo terrestre (per PFF). Não que Murray não tivesse tido um ótimo ano, mas também teve muita ajuda da sua linha ofensiva. E agora quem está jogando atrás dessa fantástica linha ofensiva é Joseph Randle... que aliás teve 6.7 jardas por corrida em 2014 atrás dessa mesma linha. Claro que manter esse número é impossível, com uma carga maior, mas da uma amostra de que Randle se sentiu bem confortável nesse esquema tático.

O Dallas ameaçou fazer uma rotação no backfield, o que naturalmente iria limitar os toques de Randle e portanto suas jardas, mas o camisa 21 ainda deve ser o principal jogador nessa rotação de Dallas, e com um ótimo combo QB/WR abrindo espaços e jogando atrás de uma dominante linha ofensiva, Randle tem tudo para explodir em 2015 e, no mínimo, ganhar algumas ligas de fantasy por conta própria.


Jogador Subvalorizado Que Estoura Na Situação Certa
Em 2014 foi: Golden Tate
Em 2015 pode ser: DeAndre Hopkins

Eu sou suspeito para falar, pois sou um grande fã de Golden Tate desde antes do Draft, ainda em seus dias em Notre Dame. Lembro especificamente de estar falando com meu amigo e colega Marcelo Ferrantini - hoje comentarista do Esporte Interativo - uma noite de NCAA quando Tate anotou um touchdown depois de driblar 24 jogadores (ok, foram uns 10, mas ainda assim) do time adversário que nos fez imediatamente parar a conversa e ficar meia hora no telefone trocando grunhidos como "Wow" e "Caaaara..." por causa do touchdown. Enfim, fato é que Tate se tornou o principal alvo do campeão Seattle antes de sair na offseason para Detroit... onde imediatamente teve uma temporada de 99 recepções, 1300 jardas e se estabeleceu como um dos melhores WRs da NFL. Não é que Tate tenha se tornado um bom WR em 2014 - ele já era ótimo em Seattle, mas era mais difícil de perceber isso em um ataque muito mais voltado para o jogo terrestre (Seattle foi o time que menos vezes passou a bola entre 2012 e 2013). Em 2014, em um ataque muito mais aéreo, Tate assumiu o papel de principal WR com a lesão de Megatron e mostrou todo seu arsenal, sua capacidade de quebrar tackles e seu incrível dinamismo após a recepção. Hoje, todo mundo reconhece Tate, mas ele precisou explodir na situação certa para isso.

Em 2015, meu candidato a isso é DeAndre Hopkins, o que de certa forma é trapacear, porque Hopkins já é um dos melhores WRs da NFL. Apesar de receber passes de Ryan Fitzpatrick, Case Keenum e Ryan MAllett e ser apenas a segunda opção de WRs do seu time, Hopkins terminou 2014 12h em jardas recebidas com 1220. Eu já citei que Hopkins estava no seu segundo ano na NFL? O camisa 10 já é um ótimo WR, falta o reconhecimento.

Esse reconhecimento deve enfim vir em 2015. Não é a toa que eu apostei em DeAndre Hopkins para liderar a liga em jardas recebidas essa temporada. Com Andre Johnson - que teve 147 passes lançados na sua direção - fora da cidade, o palco é todo de Hopkins para brilhar, algo que se torna ainda mais verdade considerando a lesão de Arian Foster e o tempo que o RB deve perder. Mesmo com QBs fracos (Brian Hoyer e Mallett), os passes ainda precisam ir na direção de alguém, e sem Johnson então Hopkins é o óbvio alvo de boa parte desses passes - ainda mais sem o RB que deveria ser o foco do time, forçando a equipe a passar ainda mais. Hopkins é um ótimo candidato a ter uma temporada incrível em 2015 que vai te deixar se questionando porque nunca tinha prestado mais atenção nele antes.

Menção honrosa: Davante Adams


A Grande Contratação Que Fracassa
Em 2014 foi: Michael Johnson
Em 2015 pode ser: Julius Thomas

Michael Johnson era um dos melhores DEs da NFL jogando em Cincinnati quando virou Free Agent e recebeu 43M de dólares do Tampa Bay Buccaneers em uma das grandes contratações da offseason. Foi um fracasso: Johnson teve apenas 4 sacks na temporada e, longe de Mike Zimmer e Geno Atkins, foi um dos piores jogadores da temporada 2014. Depois de apenas um ano na Flórida, o Bucs cortou Johnson, que voltou para o Bengals essa offseason.

O grande candidato a fracasso milionário dessa offseason tem que ser Julius Thomas, que recebeu um contrato de 5 anos, 46M do Jaguars. Deixando de lado os valores por um instante, primeiro tem uma pergunta a ser feita: nós temos certeza que Julius Thomas realmente é tão bom assim?

Um calouro da quarta rodada do Draft de 2011, Thomas teve uma recepção para 5 jardas nos seus dois primeiros anos de NFL antes de Peyton Manning fazer dele uma estrela, indo para dois Pro Bowls consecutivos com 24 touchdowns em dois anos. Mas Thomas é um jogador bastante limitado: um dos piores bloqueadores da NFL, Thomas também não é um bom jogador quando se trata de receber passes em espaço, sendo um corredor de rotas medíocre. O que Julius Thomas tem é um físico enorme, o que o torna um alvo fantástico na end zone, como atestam seus 24 touchdowns. Mas fora da end zone, não sei se Thomas realmente adiciona muito: nesses mesmos dois anos, o TE teve apenas 1277 jardas recebidas, uma marca medíocre, especialmente considerando que passou esse tempo em alguns dos ataques mais produtivos da história da NFL. E isso antes de lembrar que seu QB nesse tempo foi Peyton Manning, um mago que tem um longo histórico de transformar jogadores medianos e/ou unidimensionais em estrelas com esquemas inteligentes, audibles geniais e passes fora de série. Tire todos os fatores que não devem se repetir em Jacksonville, e a verdade é que Thomas é basicamente um humano muito grande, que pode causar estrago na end zone mas pouco mais faz pelo time. Não é exatamente o tipo de jogador que você quer essa bolada. É um erro clássico -e mortal - overpay um jogador mediano pela sua produção dentro de um sistema muito específico e esperar que ele produza igual em outra situação.

Eu entendo que Jacksonville - o segundo pior time na Red Zone em 2014 - queira um jogador para facilitar os touchdowns próximos para ajudar seu ataque e o desenvolvimento de Blake Bortles. Mas ao mesmo tempo, qual a vantagem de ter um ótimo alvo de end zone se, para começar, seu time não chega lá? O Jaguars foi o time com menos posses de bola na red zone da liga - 28 em 16 jogos - e, como foi dito, Thomas pouco vai ajudar nesse aspecto, já que sua maior força é converter os passes dentro da linha das 20 jardas. Da para entender buscar um jogador que pode corrigir uma fraqueza, mas não da para justificar pagar a esse jogador um excesso de dinheiro que poderia ser muito melhor empregado corrigindo outras áreas mais importantes do time.

Além do que, o Jaguars deveria ser o primeiro time a ficar esperto na hora de pagar TEs limitados que anotam toneladas de touchdowns. Em 2010, Marcedes Lewis teve a temporada da sua carreira, sendo um monstro na end zone e anotando 10 touchdowns na temporada, eventualmente ganhando uma vaga no Pro Bowl. Inspirados por esse sucesso, o Jags renovou seu TE por 35M de patacas ao final da temporada... só para ver Lewis anotar 10 touchdowns nos 4 anos desde então. Somados. A situação não é a mesma, claro, mas é o tipo de experiência que deveria fazer Jacksonville pensar duas vezes antes de overpay um jogador como Thomas.

Menção honrosa: Byron Maxwell


O Jovem Time Que Explode de Produção
Em 2013 foi: Carolina Panthers
Em 2014 foi: Ninguém
Em 2015 pode ser: Minnesota Vikings

Eu tenho estado na Vikings Bandwagon desde 2014e , com um ano de delay, digo que agora vai: ESSE É O ANO!

Times "jovens e promissores" sempre são perigosos, porque embora as vezes um time entregue o que prometeu e seja realmente divertido, também acontece muitas vezes de um time ficar preso tempo demais nesse "quase", sem nunca realmente dar o salto de produtividade que precisa para ser um contender. As vezes é porque o talento em mãos nunca se desenvolve como esperado; as vezes por puro azar, por estar no lugar errado na hora errada; e as vezes porque o time foi overrated desde o começo. É mais comum que times jovens e promissores decepcionem e continuem medianos do que realmente atingirem seu potencial.

Dito isso, eu estou bastante confiante no que tange ao Minnesota Vikings de 2015, porque embora tenha sido aos poucos e as vezes sem chamar a atenção, esse time está LOTADO de grandes talentos, do começo ao fim. Vocês já devem ter percebido isso pelas minhas apostas, mas eu estou esperando um grande salto de produção da equipe.

Antes de mais nada, Minnesota deve ter uma das melhores defesas da liga. Apesar da inconsistência em 2014, normal dada a pouca idade do time, o Vikings terminou o ano 9th em defesa pela PFF, e tem tudo para explodir. Para começar, Minnesota deve ter uma das melhores secundárias da NFL: Harrison Smith é o melhor safety da liga não chamado Etan Thomas (Smith nunca ter ido a um Pro Bowl é um crime), e seu parceiro na retaguarda Robert Blanton finalmente desabrochou em 2014, formando uma das melhores duplas de safeties da liga. Xavier Rhodes e Captain Munnerlyn formam uma sólida dupla de cornerbacks, e com a chegada de Trae Waynes (escolha de primeira rodada no Draft de 2015) Munnerlyn pode enfim dedicar a maioria do seu tempo ao slot, formando assim um ótimo trio de cornerbacks. Todo mundo sabe que Seattle usa Game Shark, mas entre as defesas normais, Minny tem tudo para ter a melhor secundária da liga.

Além disso, a linha de frente de Minny também é uma força a ser considerada. Sharif Floyd e Anthony Barr são duas jovens estrelas em ascenção, Everson Griffen explodiu em um papel mais integral depois de receber uma bela extensão, Gerald Hodges e Audie Cole tiveram ótimas temporadas, e o time enfim conseguiu solucionar seu maior problema (a falta de um bom MLB) selecionando o ótimo Eric Kendricks no Draft. É muito talento em uma defesa só, e com as importantes chegadas de Waynes e Kendricks, um ano a mais de evolução para os jovens talentos, e um ano a mais sob o comando do guru defensivo Mike Zimmer, essa é a aposta mais segura da temporada para dar um grande salto defensivo.

E do lado ofensivo, apesar de algumas falhas importantes, o Vikings também parece pronto para melhorar consideravelmente. Eu sou suspeito para falar por ser fã do cara desde o College (e um dos seus maiores defensores na época do Draft), mas Bridgewater foi de longe o melhor quarterback calouro de 2014 e um dos melhores da NFL, ponto, durante a reta final da temporada. Ter um bom QB é sempre ótimo na NFL, e um ótimo QB em um contrato de calouro é o tipo de ativo que pode mudar um time inteiro (ver: SEAHAWKS, Seattle). E agora Bridge terá ajuda de Adrian Peterson, que foi o melhor RB da liga não muito tempo atrás, e reforços no jogo aéreo com a chegada de Mike Wallace. A linha ofensiva - um dos maiores problemas em 2014 - ainda é ruim, e isso limita consideravelmente o potencial desse ataque, mas se conseguir evoluir o suficiente para ser sólido e a defesa der o salto esperado, já é o suficiente para fazer de Minnesota um time muito assustador. Não é o tipo de time que eu queria ver pela frente em 2015.

Por falar nisso, deixa eu ver contra quem meu time joga essa semana...

... fuck.

Menção honrosa: Saint Louis Rams


O Nome Grande Que Cai Em Um Time Novo
Em 2014 foi: Hakeem Nicks
Em 2015 pode ser: LeSean McCoy

LeSean McCoy ganhou muitas manchetes quando foi para Buffalo em troca de Kiko Alonso, e muito mais hype sobre como agora o Bills iria finalmente engrenar um bom ataque terrestre. Eu acho que não será o caso, e acho que McCoy vai ser uma frustração para o Bills e para quem pegou ele na primeira rodada do fantasy (algo que eu evitei como a praga). Me permita explicar.

Primeiro de tudo, embora McCoy seja um bom RB, eu acho que o camisa 25 acabou overrated por causa do seu ótimo 2013, onde acumulou números fantásticos dentro do esquema revolucionário e ultra-veloz de Chip Kelly: 1607 jardas corridas, 2146 jardas totais, 11 touchdowns. Esse é o tipo de outlier que você precisa tomar cuidado, especialmente se foi atingido dentro de um esquema extremamente favorável e diferente do novo.

Segundo, McCoy regrediu visivelmente em 2014. Sua relação de jardas por corrida caiu de 5.1 para 4.2, apenas a vigésima segunda melhor marca da NFL (min. 100 corridas), o que fica ainda mais medíocre quando lembramos que o Eagles não só tem um ótimo esquema ofensivo como também teve a melhor linha ofensiva no jogo terrestre de 2014. Para efeito de comparação, no mesmo esquema e com a mesma linha, Darren Sproles teve 5.8 jardas por corrida. Individualmente, McCoy não teve uma boa temporada - suas 1300 jardas são mais devido a sua ótima linha ofensiva e alto número de corridas, e o RB também teve as piores marcas da carreira em touchdowns (5), fumbles (4) e jardas recebidas (150). E embora seja normal esperar flutuações nas temporadas dos jogadores e um ano em queda não queira indicar uma tendência, vale citar que desde 2011 McCoy é o segundo jogador com mais corridas e o jogador com mais toques entre todos da NFL, só que não é um monstro físico como Lynch (primeiro no primeiro e segundo no segundo quesito. Sim, isso faz sentido. Releia). RB tendem a decair cedo, especialmente com uma carga grande. Não quer dizer que SEJA o caso, mas algo para ter em mente

Terceiro, muito se falou sobre o Bills finalmente ter um bom RB e escapar da ineficiência e improdutividade de jogadores como CJ Spiller (3.8 jardas por corrida em 2014) e Fred Jackson (3.7). No entanto, a poucas pessoas ocorreu que talvez essa falta de produção não seja exatamente um problema dos running backs - de fato, o site ProFootball Focus, que da notas baseado nos feitos individuais dos jogadores, colocou Fred Jackson como um RB acima da média em 2014. A verdade é que o Bills teve a PIOR linha ofensiva bloqueando para a corrida em 2014, e quando você não tem espaços, é bastante difícil correr mesmo, seja você Spiller, Jackson, McCoy ou Barry Sanders. Em 2014, Jackson teve 2.3 jardas por corrida DEPOIS do contato, marca igual a Le'Veon Bell, Mark Ingram, Frank Gore e Justin Forsett (líder da NFL em jardas por corrida, btw). E, claro, .2 melhor do que LeSean McCoy. Ele simplesmente não tinha para onde correr. O maior problema do time não foi o jogador, e sim sua horrível linha ofensiva.

Desses três pontos, é o terceiro que mais me faz temer por McCoy em 2015. McCoy está no seu melhor operando em espaço, quando pode usar sua absurda agilidade para desviar de marcadores e encontrar espaços para explodir, mas não é um jogador particularmente produtivo quando precisa operar nas trincheiras e fazer algo acontecer sem ajuda dos bloqueadores. Dos 18 RBs em 2014 que tiveram pelo menos metade das corridas do time, McCoy foi o segundo PIOR conseguindo jardas e quebrando tackles quando não estava sendo ajudado pelos bloqueadores, ganhando apenas de Andre Ellington. E acontece que, a não ser que algo mude drasticamente em Buffalo, é exatamente isso que McCoy vai ter que fazer em sua passagem por lá, tanto pela péssima ajuda que terá com bloqueios e espaços, tanto pela preferência do coordenador ofensivo Greg Roman de jogar um jogo fisico e de atrito pelo chão. Basicamente você está tirando McCoy da melhor situação possível (excelente e variado esquema ofensivo, ótima linha, muitos espaços e jogadas em campo aberto) para ele e colocando-o na pior (nenhuma ajuda dos bloqueios, poucas armas, pouca ajuda do jogo aéreo, poucas jogadas em espaço, muita necessidade de achar espaço na força), e isso indica um ano muito complicado para o ex-jogador do Eagles.

Menção honrosa: Brandon Marshall

Palpites oficiais para a temporada 2015 da NFL

AFC East: New England Patriots
AFC North: Baltimore Ravens
AFC South: Indianapolis Colts
AFC West: Denver Broncos
AFC Wild Card: Pittsburgh Steelers, San Diego Chargers

NFC East: Philadelphia Eagles
NFC North: Green Bay Packers
NFC South: New Orleans Saints
NFC West: Seattle Seahawks
NFC Wild Card: Minnesota Vikings, Saint Louis Rams


Podem começar a xingar!