Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Preview NFL 2013 - Cincinnati Bengals


Jerome Simpson não concorda que futebol americano se joga com os pés no chão


Para saber do que estamos falando aqui e dessas estatísticas, recomendo a leitura desse post antes
Se quiser opinioes e analises sobre o Draft, voces podem ler o Running Diary da primeira rodada ou o manual de como avaliar um Draft na NFL


Depois de terminar a série de previews da AFC East e os previews da NFC East para a temporada 2013 da NFL, começamos a falar da AFC North pelo atual campeão, Baltimore Ravens e pelo seu maior rival, o Pittsburgh Steelers. Agora vamos falar de um dos times em ascensão da NFL, o Cincinnati Bengals. Se você não tem ideia do que estou falando, recomendo que leia esse post introdutório. Btw, a falta de crases nesse texto é porque esse teclado não tem crase, então não reparem, ok?

Cincinnati Bengals

2012 Record: 10-6
Ataque ajustado: 17th
Defesa ajustada: 10th


Em uma divisão dominada por mais de uma década pela dupla Baltimore Ravens e Pittsburgh Steelers (5 Super Bowls combinados desde 2000 e quatro desde 2005), o Cincinnati Bengals emergiu nos últimos anos como um dos times mais jovens e interessantes da NFL. Depois de uma campanha de fracasso em 2010 (4-12, mas com Pythagorean Expectation de 6-10), a equipe aproveitou suas duas escolhas mais altas de Draft e tirou uma página do manual do Detroit Lions, passando a chance de pegar um QB com uma pick alta que não merecia (Blaine Gabbert, no caso) para pegar o melhor jogador disponível (AJ Green) e adereçando sua necessidade de um QB futuramente, quando um jogador que eles gostavam - Andy Dalton - esteve disponível na segunda rodada. O Lions fez a mesma coisa em 2007, quando tinham uma escolha Top3 e uma necessidade urgente de um quarterback mas pegaram Calvin Johnson porque não tinha nenhum QB que valesse a pena naquele lugar - um ano depois pegaram Matthew Stafford com a primeira escolha. Deu certo para o Lions e, considerando que os três QBs pegos depois de AJ Green foram Jake Locker, Blaine Gabbert e Christian Ponder, eu diria que deu certo para o Bengals também.

Essa foi a base (junto do TE Jermaine Gresham, draftado um ano antes)  que o Bengals usou para reconstruir seu ataque. Entre 2011 e 2012, o Bengals também trouxe do Patriots o RB Benjarvus Green-Ellis, draftou Mohamad Sanu para fazer par com Green, e basicamente remontou quase todo seu ataque com jogadores jovens que iriam construir, juntos, esse ataque que seria o fator a levar o Bengals para frente. A defesa tinha perdido um jogador importante em Jonathan Joseph e, embora ainda tivesse alguns jogadores interessantes e jovens talentos como Leon Hall e Geno Atkins, a idéia da diretoria era que o ataque voltasse a assumir o papel de destaque que teve nos per íodos que o Bengals foi um time competitivo na divisão (inclusive no título de divisão de 2005).

Não aconteceu. Embora, claro, não de para chamar de forma alguma o plano da diretoria de fracasso: foram apenas dois anos desde que Green e Dalton chegaram a Ohio, e nesses dois anos a equipe foi duas vezes aos playoffs ganhando em média 9,5 jogos por temporada, obviamente um bom começo para essa nova fase da Franquia. O que não aconteceu de acordo com os planos foi o papel que o ataque iria assumir, especialmente em relação a defesa.

Em 2011, o ataque da equipe foi apenas o 17th melhor da temporada, a mesma colocação que teve em 2010. Estranhamente, a defesa também foi a 17th melhor da temporada 2011 depois de ter sido a 17th melhor da temporada 2010 (em eficiência total calculado pelo Football Outsiders? 17th na NFL, é claro). Boa parte da mudança de 4-12 para 9-7 na verdade aconteceu menos por causa em um grande salto de performance mas sim por causa de seu record em jogos decididos por uma posse de bola, que passou de um patético e insustentável 2-7 em 2010 para um mais comum 5-5 em 2011, e um calendário que passou de ser o segundo mais difícil da NFL para o sétimo mais fácil da Liga. Então no primeiro ano da nova geração da equipe não houve de fato uma grande melhora (imediata, é lógico) na equipe, com seu record tendo sofrido uma grande mudança por conta de fatores externos e de sorte - não a toa foram massacrados na primeira rodada dos playoffs por um Houston Texans com TJ Yates de QB.

Mas claro, com um time jovem, inexperiente e que estava apenas começando a se montar, dificilmente o primeiro ano diz muita coisa e é claro que a diretoria do time não tinha em vista uma melhora imediata quando optou por montar um ataque novo e mais jovem. Evolução dos jogadores, adaptação ao esquema tático e mesmo a chegada de novos jogadores para completar a montagem leva tempo e novas offseasons. Mas em 2012, com um ano a mais de experiência e jogadores novos na equipe, talvez comece a chamar a atenção que o ataque da equipe na temporada foi... Wait for it... Apenas o 17th melhor da NFL!

Claro, não existe motivo para pânico. Mas para um ataque que deveria ter dado uma nova cara a franquia e assumido o comando de carro chefe, é um pouco decepcionante ver o ataque estagnado por dois anos seguidos no mesmo patamar da equipe que fez a diretoria pensar "Ok, já deu, vamos reconstruir!". Esse foi, sem dúvida, um dos motivos que levou a diretoria a usar suas duas primeiras escolhas de Draft para adicionar talentos a esse lado da bola, draftando o melhor TE do Draft (Tyler Eifert) e um dos melhores RBs (Giovani Bernard, que além de tudo tem um nome muito massa) para ver se reforça seu ataque. Mas vamos olhar com mais calma e ver quais são exatamente os problemas que o Bengals tenta resolver.

Para começar, o Bengals teve o 14th melhor ataque terrestre, e olhando mais de perto, da para ver muito bem porque o time sentiu tanta necessidade de ir atrás de um RB numa rodada alta do Draft. A equipe tem praticamente zero de depth atrás do seu (provavelmente ex) titular Benjarvus Green-Ellis. Nenhum outro jogador do elenco inteiro teve mais de 50 corridas, em parte porque Bernard Scott machucou e eventualmente foi para o IR, mas o fato é que eles dependeram quase que exclusivamente de um RB medíocre que não conseguiu passar das 3.9 jardas por corrida (para efeito de comparação, o malfadado Chris Johnson teve 4.5). A chegada de Giovani Bernard não só trás depth a equipe como ele é um jogador muito mais explosivo e simplesmente melhor que Green-Ellis, deve assumir a posição de titular e deixar Scott e Ellis se revezando para aliviar sua carga. A linha ofensiva da equipe foi na verdade muito boa em 2012 tanto contra a corrida como contra o passe e o problema foi a falta de ajuda dos backs, então a chegada de Bernard deve ajudar.

O problema - e muito mais preocupante - são as dificuldades do time pelo ar. O ataque aéreo da equipe despencou para o 19th melhor da NFL em 2012, e isso é um problema. Andy Dalton, quando foi draftado, era considerado um prospect um tanto quanto "pronto", o tipo de cara com o jogo para já chegar de titular na NFL mas com pouco espaço para evoluir e sem um teto muito alto. Até agora, ele tem correspondido a essa descrição: durante seu ano de calouro todos ficamos impressionados com sua calma e presença no pocket, sua capacidade de chamar jogadas e permanecer em controle, mas no segundo ano isso parou de ser novidade e começamos a prestar atenção na sua dificuldade em converter passes longos (26.3% de passes completados quando viajam mais de 20 jardas no ar, 30th melhor na Liga), dificuldade para jogar a bola na direção de quem quer que não seja o AJ Green, falta de capacidades de improviso e outras do gênero, coisas que não evoluíram da sua temporada de calouro para essa. E isso preocupa porque trocar QB é algo muito mais difícil (especialmente sem escolhas altas de Draft, e o Bengals é um time bom para ter escolhas tão altas), e o time naturalmente não quer ir nessa direção, por isso a diretoria correu para cima de Tyler Eifert para dar mais uma arma ao seu QB e aumentar ainda mais as opções que ficou um pouco previsível ao longo da temporada e nos playoffs, quando os times começaram a dobrar (ou mesmo triplicar) a marcação em Green toda santa jogada e forçar os outros playmakers do time a vencê-los, e seja por causa da dificuldade de Dalton ou da falta de habilidade de separação de jogadores como Mohamed Sanu e Jermaine Greshan, o fato é que o ataque ficou muito estagnado e trazer Eifert - um TE extremamente dinâmico e um missmatch ambulante - é não só uma forma de dar mais alvos ao seu quarterback mas também colocar um segundo alvo de confiança para quando Green tiver quatro jogadores em cima.

Mas no final, o que quer que o Bengals tenha planejado de grandeza para seu ataque, vai ter que passar por Dalton. O ataque terrestre deve ser melhor na temporada seguinte mas não elite, e com o talento absurdo que o Bengals está colocando junto dele - talvez o melhor WR da NFL que não tem apelido de Transformers, uma das melhores (se não a melhor) dupla de TEs da NFL, um talento emergente em Sanu - está nas mãos do Red Rifle (melhor apelido de QB da atualidade, btw) levar esse time um passo adiante. Os defensores do garoto gostam de apontar que ele foi aos playoffs nas suas duas primeiras temporadas, uma descrição que se aplica a apenas outros quatro QBs na história da NFL e inclui Dan Marino, John Elway, Ben Roethlisberger e Floe Flacco - mas também inclui Pat Haden, Bernie Kosar, Shaun King e claro... Mark Sanchez. Então não quer dizer realmente muita coisa nesse momento. Mas no momento, a amostra pequena que temos não é a mais promissora: 26th em QBR em 2011 (46.7, abaixo da média) , como calouro, e 22nd em 2012 com um fraco 50.7. Ele obviamente não é horrível e é um jogador jovem que jogou apenas duas temporadas profisisonais, então apesar de não ser o jogador com mais potencial da NFL, ele ainda tem algum espaço para evoluir. Mas em duas temporadas ele tem tido dificuldades sérias de executar as jogadas certas nas horas certas, tem tido muitos problemas quando a primeira opção de passe (leia-se AJ Green) é tirada pela defesa e exige uma adaptação, não tem força no braço (de novo, 26.3% de aproveitamento em passes de mais de 20 jardas), e não tem compensado isso com um excelente aproveitamento nos passes (63%) como Alex Smith, por exemplo. Sua média de jardas por passe de 6.9 não é horrível, mas abaixo de jogadores como Matt Schaub (7.4) e Josh Freeman (7.3). E como seu QBR nos indica, ele não tem feito um bom trabalho tirando proveito da situação das boas situações que tem sido colocado dentro do ataque do Bengals. Ainda que seja cedo demais para tirar conclusões finais sobre Dalton e achar que ele será assim pelo resto da carreira, o fato é que ele tem sido um QB mediano que tem parecido melhor do que é pelo bom time ao seu redor. E se o Bengals quiser sonhar em dar o próximo passo, vai precisar que ele melhore.

No entanto, se a história nos ensinou alguma coisa, é que podemos ter sucesso (e embora hoje em dia seja um pouco mais difícil nessa era onde passar é tão incentivado pelas regras, ainda temos casos) com um ataque bem completo, um QB mediano e uma defesa de elite. E embora a defesa do Bengals não seja de elite (ainda, pelo menos) tem mostrado muitos sinais encorajadores - alguns até demais, para ser sincero, que fazem as pessoas pensar em uma potencial regressão. Se o ataque se manteve em 17th pelo terceiro ano consecutivo, a defesa deu um salto de 17th para ser a 10th melhor defesa da NFL mesmo sem grandes mudanças no seu pessoal, mantendo a base de um ano a outro e com sua escolha de primeira rodada (Dre Kirkpatrick) e adicionando apenas alguns role players (em particular Terrence Newman e Adam "Pacman" Jones). O principal motivo dessa melhora foi, principalmente, o espetacular crescimento do DT Geno Atkins, uma escolha de quarta rodada de 2009. Em 2012, Atkins foi provavelmente o terceiro ou quarto melhor defensor da NFL (atrás de JJ Watt, Von Miller e talvez Aldon Smith) e emergiu como uma força imparável no meio da defesa 4-3 da equipe, capaz de ir atrás do QB adversário, ocupar múltiplos bloqueadores e liberar seus demais companheiros de linha para se movimentar com mais liberdade. Tirando Watt, Atkins foi talvez o defensor mais importante de qualquer time da NFL, a âncora dessa defesa que só funcionava em torno dele e quando ele estava causando estrago e tornando a vida mais fácil para todo mundo ao seu redor (ao ponto que o Bengals até deu um contrato de 40M para um pass rusher situacional que tem dois jogos como titular em três anos, Carlos Dunlap). Esse impacto foi tão grande ao longo da temporada que, embora o Bengals tenha terminado com a 10th melhor defesa da NFL no ano, esse número sobe para terceira melhor quando usamos os números ponderados do Football Outsiders (de novo, isso significa que essa estatística atribui maior peso a um jogo quanto mais tarde ele foi na temporada), o que mostra a incrível melhora dessa unidade ao longo do ano.

E aí entra a parte que pode cair para qualquer lado, e depende de como você enxerga o copo, meio cheio ou meio vazio. A performance da defesa do Bengals foi impressionante esse ano, mas ela dependeu de duas coisas, basicamente: um ano espetacular do Geno Atkins, e a performance individualmente espetacular (e totalmente surpresa) de jogadores como Adam Jones. O que chama a atenção, na verdade, é que essa melhora exponencial ao longo da temporada aconteceu sem nenhum grande motivador (como um jogador importante voltando de lesão, uma mudança de coordenador defensivo ou esquema tático, uma mudança numa posição chave ou algo parecido), foi apenas por conta de uma grande melhora na atuação mesmo, e tamanha variância sempre chama a atenção por um motivo. Então temos duas possibilidades: ou você assume que essa grande melhora ao longo da temporada foi real, representa o valor verdadeiro dessa unidade defensiva e que o nível de Atkins em 2012 é o que devemos esperar daqui para frente, ou você assume que embora uma melhora fosse esperada de um núcleo jovem com algumas adições pontuais, essa gritante melhora ao longo da temporada foi fruto de um ano fora da curva (ou de oito jogos fora da curva) que deve regredir em 2012.

Como de costume, a verdade provavelmente é algum ponto entre essas duas opções que só saberemos de fato quando a temporada estiver rolando, mas pessoalmente eu me inclino um pouco mais pela segunda hipótese. Não é algo incomum um jovem como Atkins de repente dar um salto de produtividade na carreira, mas para atingir de repente esse nível totalmente fora do comum é um pouco mais, e manter ele por mais de uma temporada ainda mais, então embora seja muito possível que Atkins realmente tenha dado um salto de produtividade, dificilmente vai conseguir manter esse nível por muito tempo. Ainda que ele deva continuar sendo muito bom, foi seu nível espetacular que elevou essa defesa ao nível que chegou, e se essa dominação sofrer uma regressão o resto da defesa vai perder muito espaço de atuação. Ainda que obviamente isso seja especulação, um monte de escritores e analistas de NFL que eu respeito muito concordam que Atkins é um dos maiores candidatos a uma regressão em 2013, e a defesa do Bengals sofreria com isso. Um outro ponto interessante é que a defesa da equipe ano passado ganhou grande contribuições de excelentes anos de jogadores como Pacman Jones e Terrence Newman, jogadores sólidos no geral mas que vinham sem boas contribuições já fazia algum tempo, e portanto são de certa forma incógnitas para repeti-las. Por conta desses dois fatos, eu espero uma certa regressão dessa boa defesa de volta a um nível mais normal, especialmente levando em conta que o time não teve que lidar com nenhuma lesão importante além de Kirkpatrick e que isso pode mudar para 2013.

Ainda assim, a defesa deve ficar bem. Eles tem bastante talento, especialmente na secundária (mesmo que Jones e Newman não repitam seu 2012, a equipe ainda tem Leon Hall e Kirkpatrick para revezar os snaps, um excelente quarteto) apesar das incertezas com os safeties, e Atkins mesmo regredindo ainda é um dos melhores DTs da NFL. Rey Maualuga lidera um grupo de LBs que vai ter que lidar com a saída de Manny Lawson, mas que deve continuar sólido e profundo. Ainda que se Atkins for menos dominante em 2013 esse grupo deva sentir os efeitos, não quer dizer que vá ser uma unidade ruim, o talento disponível ainda é muito bom e tem tudo para montar uma sólida unidade, talvez mesmo Top10 na NFL.

Por isso em 2013, o Bengals deve continuar um time bom mesmo se Dalton não der o salto de produtividade que o time precisa. Seu Pythagorean Expectations foi de 10 vitórias e, tirando um record em jogos decididos por uma posse de bola de 5-3, os números de 2012 não apresentam nenhum tipo de aberração. O time deve melhorar ofensivamente com Eifert e Bernard em 2012 e supondo alguma evolução de Andy Dalton (ainda que eu esteja pessimista em relação a um grande salto), e mesmo que a defesa regrida do nível que esteve no final da temporada, alguma melhora deve carregar em relação ao começo fraco da temporada passada (ao invés de terminar em 10th com uma variação absurda, pode terminar em 10th sem tanta variação, por exemplo), e o Bengals tem tido um bom trabalho de sua comissão técnica (especialmente na defesa) ao longo dos anos. Um dos motivos pelos quais eu acredito tanto que a AFC North esteja em aberto é justamente que tanto Ravens como Steelers são incógnitas vindo de uma reformulação, enquanto o Bengals é um time 10-6 que deve sofrer uma certa regressão defensivamente e que passa do quarto calendário mais fácil da Liga para o 12th mais difícil. Todos os três times podem muito bem terminar 10-6 como podem cair para 7-9 com um pouco de azar, mas entre os três, para mim o Bengals é o time com menor nível de incerteza e que tem talento demais dos dois lados da bola. Cair para algo como 9-7 (ou manter o 10-6) seria talvez o mais provável para essa equipe, mas ainda é minha aposta para ganhar a AFC North ou, pelo menos, arrancar uma vaga de playoffs.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Os calouros, oito meses depois...

Como costumamos dizer, é muito difícil avaliar um QB quando ele está saindo do College. São dois mundos totalmente diferentes e o tipo de jogo da NFL é totalmente diferente da NCAA. Por isso, sucesso em um deles não necessariamente quer dizer sucesso no outro, enquanto temos QBs como Tim Teb... Droga, QBs como Troy Smith ganhando Heisman Trophys e sem emprego na NFL e temos QBs draftados na sexta rodada sendo MVPs da NFL (Talvez o nome de Tom Brady seja familiar). O jogo da NCAA geralmente oferece ao QB  mais tempo, um jogo mais físico, defesas menos agressivas e nele um fundamento pra QBs é a habilidade de sair do pocket e correr com a bola ou passá-la em movimento, enquanto na NFL ele tem que conseguir ler defesas, passar com precisão dentro do pocket e estar preparado para uma defesa mais física, muito mais rápida e que consegue cobrir distâncias com facilidade. Como os WRs na NCAA conseguem geralmente mais espaço, muita precisão não é chave, mas na NFL é.

A grande maioria dos analistas no College avalia os QBs com base em dois critérios principais: Número de jogos jogados no College e porcentagem de passes completos. Como eu sempre digo, estatísticas dependem das circunstâncias, então não adianta acertar 75% dos passes se eles são todos de cinco jardas. Mas a grosso modo, essas são as duas varáveis principais, e existe até algumas estatísticas que levam elas em conta para achar um "Rating" para os QBs. Mas além disso, existe uma infinidade de fatores que também são considerados: O quanto ele está pronto pra jogar, seu potencial a longo prazo, força do seu braço, adequação do seu estilo de jogo ao time, capacidade de ler defesas e chamar jogadas e, por fim, o chamado "intangíveis" (Recomendo esse post que trata sobre o assunto logo no primeiro jogo). Antes do Draft, os jogadores são avaliados de acordo com os critérios que cada time acha relevante e acabamos traçando "perfis" dos jogadores. Agora, oito meses e 10 rodadas depois, vamos dar uma olhada em como estão esses QBs e se eles corresponderam às expectativas (Por ordem de escolha, com os records atualizado até a semana 11).


"Ao infinito e além!"

Cam Newton, 1st pick (1st round), Carolina Panthers (2-8)

Cam Newton foi a primeira escolha de todo o Draft e chegou desacreditados por muitos (Eu!) pra ser escolhido tão alto. Newton se deu muito bem na NCAA com sua habilidade de correr com a bola e seu braço forte, e todo mundo sabia que seu potencial saia pelo teto de tão grande caso pudesse desenvolver na totalidade suas habilidades. O problema é que ele sempre deu mostras de ter alguns problemas de comportamento, nunca foi o jogador mais esforçado do mundo fora de campo e sempre confiou demais nas suas habilidades naturais, as vezes desdenhando da necessidade de treino. Essa trilha geralmente é um caminho para o fracasso na NFL: Muitos jogadores (especialmente QBs, a posição mais difícil da NFL) chegam na NFL do Draft com toneladas de potencial, mas com uma má atitude. Esses jogadores muitas vezes não treinam com tanto afinco, deixam de desenvolver suas habilidades ao fazerem essa transição tão difícil porque não gostam de treinar ou porque confiam que são bons o suficiente, não viram líderes dentro do elenco e descobrem que as habilidades que antes funcionavam não eram suficientes para a Liga. As vezes, tarde demais. É o caso de jogadores como JaMarcus Russell ou, uma comparação melhor a meu ver, Vince Young, que chegou muito bem, foi Calouro do Ano e capa do Madden, mas se afundou em problemas pessoais, não aceitava erros, nunca foi um líder no time e agora é reserva do Eagles. O talento estava lá, o potencial também, mas também estava lá um ingrediente para jogar tudo isso pela janela, e por isso sua escolha foi bem arriscada.

Até agora, ele está mostrando o que esperávamos dele, mas também está mostrando muito mais. Chegou na Liga causando estrago, passando pra 400 jardas e 3 TDs, correndo com a bola e ressuscitando a carreira do Steve Smith. Mostrou seu braço forte, mostrou que seus treinos na offseason com outros QBs (um bom sinal) deram resultado, ele muitas vezes mostrou grande precisão e compensou com as pernas a falta de habilidade dos seus bloqueadores. Mesmo incapaz de levar seu time a vitórias (E vamos e venhamos, o time é muito ruim, ainda mais sem o Jon Beason), suas habilidades, seus números (O que sempre é perigoso, ainda mais hoje em dia...) e seu estilo de jogo eletrizante logo chamaram a atenção de todo mundo que gostava de NFL. Ou seja, deu mostras do seu grande talento e deixou todo mundo babando e com gosto de quero mais.

O que era, desde o começo, o problema! Um grande talento que poderia ser desperdiçado caso não soubesse evoluir seu jogo, lidar com as derrotas que inevitavelmente vêm com um time fraco, lidar com o mundo de diferentes experiências de sucesso e fracasso que você inevitavelmente vai enfrentar jogando na NFL. Lidar com tudo isso não é fácil, e a imaturidade ou cabeça fraca de um jogador talentoso pode acabar com sua carreira. Por mais que sua espetacular produção tenha surpreendido todo mundo e sido até mais do que nós esperávemos conseguir logo de cara mesmo com o talento dele (Ele tem decaído de produção nas últimas rodadas, mas isso é normal, os times começam a se armar pra pará-lo cada vez mais), e ele mostrou que está mais pronto que imaginávamos. Mas o script de antes do Draft ainda está valendo. Vimos seu incrível talento e seu potencial, mas ainda estamos por ver como ele vai lidar com tudo que está por vir, se vai continuar treinando e evoluindo seu jogo, se vai saber lidar com as diferentes facetas de ser um jogador da NFL e consolidar seu talento de uma vez por todas. A forma como se portou após a derrota para o Falcons, quando jogou muito mal, é um bom indicador positivo: Não desanimou, deu a volta por cima e teve um grande jogo na semana seguinte. Se ele conseguir continuar assim e nunca desistir, esse cara vai longe. Agora, estou convencido de que o Panthers fez a escolha certa no Draft.


"O que? Oitava escolha? Tem certeza que foi da primeira rodada?"

Jake Locker, 8th pick (1st round), Tennessee Titans (5-5)


Ao contrário de todos os outros QBs selecionados na primeira rodada, Jake Locker teve uma vantagem logo de cara: Ele foi o único selecionado pra um time com a conjuntura adequada para deixá-lo treinar e evoluir sem precisar entrar em quadra. Eu preciso falar que sempre gostei muito do Jake Locker no College e sempre achei que ele ia ser um baita Quarterback na NFL. Se tivesse saído do College em 2010, provavelmente teria disputado com o Sam Bradford a primeira escolha do Draft (e ganho), de tão grande que era o hype em cima dele e de tão bem que ele vinha jogando. Mas ele preferiu voltar para sua temporada de Senior em Washington, onde ele sofreu uma lesão no começo do ano e jogou o resto da temporada machucado, tendo uma temporada mais fraca e perdendo muito valor no Draft. Pra mim, ele tinha muito valor, e uma temporada machucada onde ainda assim levou seu time a um Bowl pra mim é porque ela tem algum valor. Mas muitas pessoas diziam que ele não iria se dar bem na NFL porque não era um grande passador de dentro do pocket, não tinha a precisão adequada. Tudo isso com base nesse último ano.

De certa forma, eu até concordava, pelo menos no curto prazo. Sua falta de precisão provavelmente iria atrapalhar seu jogo no começo e o ideal para ele seria achar um time que já tivesse um QB veterano para ser o titular, onde ele poderia treinar na reserva sem a pressão e com um mentor mais velho que lhe ensinasse os fundamentos. O Titans não tinha isso, mas a diretoria de lá foi bastante competente: Logo assinou com o veterano (e meu QB favorito uns anos atrás antes das lesões) Matt Hasselback e deu ao careca a titularidade da equipe. Pra mim isso foi perfeito pro calouro porque era exatamente do que ele precisava, e assim Locker ficou a temporada quase inteira fora das quadras, se preparando e melhorando seus fundamentos, desenvolvendo seu talento. O problema disso é que não tivemos muitas chances de vê-lo em quadra para avaliar o que ele tem pra oferecer, tirando no jogo contra o Falcons. Quando Hasselback machucou e o calouro entrou, ele anotou dois TDs e quase liderou seu time à vitória numa ótima partida, deixando os torcedores otimistas. Um pouco de experiência deve ter feito bem a ele, mas eu acho que ainda não está na hora dele. Se Matt estiver saudável, provavelmente vai voltar a ser titular. Eu só posso dizer que o Titans está fazendo tudo certo nesse quesito e que o Locker tem tudo pra ser um grande QB daqui a alguns anos.


O melhor cosplay de Encantado de toda a NFL

Blaine Gabbert, 10th pick (1st round), Jacksonville Jaguars


Ao contrário do Jake Locker, que foi Draftado por um time de excelente conjuntura pra ele se desenvolver, Blaine Gabbert caiu na situação diametralmente oposta, num time que teve um dos piores planejamentos que eu vi em muito tempo. O time trocou sua 16ª escolha com o Redskins pela 10ª pra poder pegar o Gabbert, que disputava com o Newton o posto de "Melhor QB do Draft" antes do dito cujo. Eu nunca me convenci que o Gabbert merecia isso, mas achei que ele podia ser um bom QB com algum treino. Um dos problemas com essa classe de Quarterbacks é que eram poucos aqueles que estavam prontos pra entrar e jogar, e embora tivéssemos vários jogadores com potencial (Palavra perigosa...) não são todos os jogadores que conseguem realizar seu potencial na NFL, um dos motivos pra essa classe de QBs ter sido tão desacreditada. O Gabbert tinha talento e com treino poderia ser um sólido QB titular (Nunca achei que ele poderia chegar a ser um QB de elite, mas sempre achei que podia ser um bom jogador).

O Jaguars draftou ele com a mentalidade certa. O Jaguars tinha uma boa defesa, um bom RB e o David Garrard de QB, era o caso de deixar o Gabbert treinando no banco um pouco antes de dar a ele a posição de titular. Estava tudo certo até o momento que o time dispensou o David Garrard antes da temporada começar, que foi a pior decisão pós-lockout da NFL. O Jaguars tirou seu QB titular, que era bom, e deu o comando do time ao Luke McCown que só está na NFL atualmente porque tem um nome legal. O McCown foi uma droga, o time só perdeu com ele e aí o time fez o que deveria ter evitado desde o começo, colocou o Gabbert no sufoco pra tentar salvar sua temporada. Ou seja, dispensou seu veterano titular que deveria ter sido o mentor do Gabbert, colocou um reserva horrível, que foi pro banco colocar o calouro no fogo aos zero minutos. Gabbert entrou muito cru, sem jogo de pernas, sem algumas noções básicas e jogando com recebedores horríveis e uma péssima linha ofensiva. Tirando o Maurice Jones-Drew, não recebeu nenhum tipo de ajuda. Ou seja, a decisão do time de dispensar o David Garrard foi horrível, acabou com o calouro logo de cara, acabou com a temporada do time e nem sequer serviu pra evoluir sua escolha de primeira rodada!!

Eu ainda não desisti do Gabbert e acho difícil dar um parecer sobre ele enquanto ele não jogar num ataque relativamente decente, com uma linha que lhe de tempo e WRs que se desmarquem e segurem a bola. Ele tem evoluido lentamente desde que assumiu como titular, mas ainda está longe de jogar bem, completa poucos passes, não arrisca bolas longas e as vezes tem problemas com a leitura da defesa. Difícil culpar só ele por isso tudo, a conjuntura que ele pegou foi a pior possível, mas que ele tem sido o QB que menos tem mostrado até aqui é verdade. O Jaguars devia dar um pouco mais de liberdade pra ele nesse final de temporada já que tudo foi pro lixo mesmo, deixar ele tentar passes mais longos e tudo mais. Espero que em 2012 o Jaguars volte com um plano - e um ataque - melhores pra tentar salvar seu investimento.


Christian Ponder encontra um amigo



Christian Ponder, 12th pick (1st round), Minnesota Vikings (2-8)


Eu preciso confessar que nunca coloquei muita fé no Christian Ponder. Achava ele atlético, com uma boa precisão, mas não colocava fé que ele seria capaz de se adaptar totalmente à NFL. Ele tinha alguns problemas de leitura desde o College e muitas vezes colocava a bola ao alcance dos defensores adversários, faltava a ele o controle de bola pra fazer ela passar em coberturas apertadas (Quem viu o primeiro jogo contra o Packers viu isso perfeitamente, suas duas interceptações vindo em passes muito baixos e fracos que ficaram ao alcance do defensor, quando passes mais altos e com mais rotação provavelmente teriam acertados seus alvos). Achei que ele poderia vir a ser um jogador decente, mas nada que justificasse uma 12ª escolha.

Até aqui, isso tem se mostrado correto. Seus problemas de leituras de defesas continuam, seus arremessos continuam sem mostarda e, embora alguns fundamentos como jogo de pés tenham melhorado (já eram bons), ele continua tendo problemas com sua precisão. Ponder é outro QB que se beneficiaria de uma temporada no banco treinando, mas como a experiência Donovan McNabb não deu certo e eles estão loucos pra mostrar pro Adrian Peterson que eles tem condições de oferecer a ele um time competitivo. Ai o Ponder entrou e tem mostrado ao mesmo tempo a habilidade e a precisão (sem falar na habilidade atlética), sua dificuldade de tomar decisõs rapidamente e ler defesas, além dos passes que flutuam demais para o nível da NFL. Algumas coisas ele vai melhorar com a idade e com treino, outras eu acho que simplesmente fazem parte do seu jogo e não vão evoluir. Ainda não acho que valeria uma 12th pick.


Nem bem chegou e nosso querido Red Rifle 
já tem um dos melhores apelidos da NFL

Andy Dalton, 35th pick (2nd round), Cincinnati Bengals (6-4)



Andy Dalton era considerado o Quarterback mais "pronto" desse Draft, ou seja, um jogador cujos fundamentos e habilidades já estavam moldados próximos ao nível da NFL e portanto seria a melhor escolha pra chegar e já entrar de titular, sem necessidade de um período muito longo de adaptação básica pra treinar fundamentos. Por isso foi escolhido pelo Bengals, um time com uma boa defesa e que achava que só estava a um QB (que não fosse o Carson Palmer) de competir. A defesa não é mais tão jovem, então como não queriam esperar um QB que fosse se desenvolver lentamente, acharam melhor escolher o QB que mais estivesse pronto pra entrar e chegar jogando desde o primeiro dia com o excelente AJ Green.

E o Andy Dalton ao mesmo tempo tem obedecido fielmente ao script de antes do Draft e tem surpreendido todo mundo. A análise do Dalton é que ele era um jogador muito polido, que podia entrar e jogar desde o começo, mas que também não tinha muito espaço pra ter grandes evoluções, tirando pequenas cosias (experiência, leitura de defesas, etc) que vem com o tempo ele tinha poucas falhas que poderiam ser corrigidas com treino. Ao mesmo tempo esse grande preparo era o seu ponto forte, porque dava uma opção imediata ao time que o Draftasse, e seu ponto fraco, porque seu potencial era mais limitado que o dos outros, o motivo dele ter caido até a segunda rodada mesmo sendo melhor que o Ponder, por exemplo. Pelo que eu vejo do Dalton, esse é exatamente o caso, um QB muito sólido, com bons fundamentos e muito inteligente que tem pouco espaço para sofrer grandes crescimentos, como é o caso por exemplo do Cam Newton. O que você vê é o que você tem, e pronto.

Na verdade, as vezes esse tipo de escolha até é mais valiosa do que uma escolha de um jogador cru mas com grande potencial. Jogadores assim são uma incógnita, jogadores como Dalton são uma certeza. As vezes os times se deslumbram por esse potencial e pegam um jogador que não lhes da retorno nenhum, como por exemplo o Jamarcus Russell. Claro que depende muito da escolha na qual você se encontra e das outras opções disponíveis, mas as vezes é melhor garantir alguma coisa do que pegar um investimento de alto risco. Eu achei que o Bengals errou ao pegar um QB no Draft ao invés de buscar algum no mercado porque isso garante um compromisso a longo prazo e eu não sei quanto mais essa defesa vai ficar nesse ritmo e junta (Problema que o Raiders solucionou oferecendo duas possíveis escolhas de primeira rodada pelo Carson Palmer, absolutamente TUDO que o Bengals precisava pra fazer sua aposta dar muito certo). Mas a verdade é que o "básico" que o Dalton trouxe acabou sendo ainda melhor do que o esperado. Que ele estava pronto e dificilmente evoluiria a grandes passos a gente sabia, mas não imaginava que ele seria tão bom. Ele as vezes força jogadas e tem muitas interceptações, mas isso é comum pra um primeiro ano, até porque essa parte é exatamente o que ele ainda pode evoluir na NFL. O Dalton ao mesmo tempo acabou saindo exatamente o que se esperava e ao mesmo tempo melhor do que se imaginava.


"Olha como e sei lançar, professor!"


Colin Kaepernick, 36th pick (2nd round), San Francisco 49ers (9-1)


Não há muito a falar do Colin Kaepernick, um Quarterback atlético e com braço forte que chegou totalmente despreparado à NFL depois de jogar no College usando o sistema Pistol, uma variação do Shotgun (Aos torcedores do Chiefs e fãs hardcore de NFL, foi o esquema que o Chiefs usou na reta final de 2008 quando o QB foi o Tyler Thigpen). O Jim Harbaugh gostou do garoto, o 49ers o escolheu e ele tem treinado na sombra do Alex Smith pra de repente ser o Quarterback do futuro. Como ele só jogou dois minutos, é difícil avaliar algo sobre ele. Só sei que eu confio na avaliação do Harbaugh e que vamos ter que esperar pra ver o que vai sair dai.


Ryan Mallett mostra seu lado Heavy Metal


Ryan Mallett, 74th pick (3rd round), New England Patriots (7-3)


Melhor definição que eu li sobre o Ryan Mallett foi o que alguém (desculpe, não lembro quem!) no twitter: "Ele tem o talento do Joe Montana e maturidade de um personagem de Malhação". Claro que as comparações são exageradas, mas foi uma das melhores que eu já vi!! Além disso, ela pega bem a essência do Mallett: Tem muito talento pra ser desenvolvido, tem tudo pra ser um grande jogador mas ainda é muito cru e precisa de treino, mas não gosta de treinar, não leva seus deveres a sério e prefere ficar festando e comemorando do que se dedicar ao seu jogo, além de confiar demais nas suas habilidades. Se o Bill Belichick conseguir colocar ele na linha e ele treinar alguns anos atrás do Tom Brady, ele pode se desenvolver e ser um bom jogador.



Vendo agora, essa classe de novatos acabou gerando alguns bons jogadores e outros interessantes pro futuro. Cam Newton tem tudo pra ser um superstar e o Andy Dalton pode ser um QB de playoffs no time certo (que o Bengals tem tudo pra ser com quatro escolhas de primeira rodada em dois anos), e Ponder e Gabbert ainda tem um potencial interessante. Além disso, Locker, Mallett e Kaepernick ainda podem virar alguma coisa porque estão na melhor situação possível. A descrença dessa classe de novatos vinha do pouco número de QBs prontos e confiáveis, mas pode acabar gerando mais QBs titulares do que qualquer classe dos útlimos cinco anos.