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- Na quinta feira contra o Lakers, o Ray Allen bateu o recorde que era do Reggie Miller pra mais cestas de três na carreira. Reggie tinha 2560 quando se aposentou, e Allen acertou suas bolas de número 2560 e 2561 logo no primeiro quarto da partida, onde o Celtics acabou perdendo pro time de Los Angeles. Miller e Allen possuem um aproveitamento muito parecido ao longo da carreira, Miller tem 39,5% e Allen 39,8%, e portanto precisaram de um número muito próximo de arremessos pra chegar nesse total de cestas de três pontos, foram pouco mais que 50 a mais do Miller. O que chama mais a atenção mesmo é que o Ray Allen precisou de quase 300 jogos a menos na carreira pra atingir essa marca, o que da mais de três temporadas a menos que o Miller. Ambos tiveram grandes carreiras e são jogadores bastante parecidos, e muito mais importante do que falar qual dos dois era o melhor arremessador é reparar a distância que os dois estão para o terceiro colocado da lista, Jason Kidd. São 804 cestas de distância para Miller, o que quer dizer que ele teria que fazer praticamente uma bola de três por jogo nas próximas dez temporadas da NFL para conseguir atingir o recorde, isso se o Allen não disparar de vez. Dois arremessadores incríveis e da melhor qualidade, dois grandes jogadores que provavelmente um dia serão imortalizados no Hall da Fama, com toda a razão. E, lógico, a cesta tinha que ser contra o Lakers.
Esse uniforme retrô do Lakers é uma das coisas
mais gays que eu já vi numa quadra de basquete
- Incrível como no mundo dos esportes as pessoas tem memória curta. Depois de perder pro Spurs, pro próprio Celtics e alguns outros times, o Lakers estava em 'crise'. Era hora de trocar o Ron Artest, o Kobe Bryant tava velho, o Phil Jackson não era mais capaz de reerguer um time, tava na hora de trocar tudo, etc. Agora o Lakers, com boa atuação do Kobe, venceu o Boston em Massaschussets e de repente tudo está bem, o Kobe ainda é um dos melhores da Liga, o Andrew Bynum é o melhor pivô do Oeste, e o Lakers é o time a ser batido na NBA. É verdade que o Lakers ainda não mostrou um basquete convincente nessa temporada, principalmente contra os principais candidatos ao título, mas colocar um rótulo de 'crise' no time é um pouco exagerado. Ano passado, nas semanas que precederam os playoffs, não era esse mesmo Lakers e o Boston do outro lado que estavam velhos, em crise e incapazes de manter o ritmo? Parece que ninguém aprende que o que importa acontece em maio.
- E no meio dessa 'crise' do Lakers, Mitch Kupchak, o GM da Franquia, disse que talvez fosse a hora de tentar uma troca pra dar um novo gás ao time. O banco de reservas do time não tem conseguido ser a força que foi no começo da temporada e mesmo os titulares parecem sem a mesma energia dentro de quadra. E foi só isso pra começarem a pipocar os boatos de troca sobre o Carmelo Anthony indo pra lá, é incrível como o Lakers está envolvido em boatos de troca sobre qualquer jogador que fale uma palavra com T, lembro que no começo do ano colocaram até o Chris Paul no time depois que ele declarou insatisfação com o Hornets. E agora, mesmo depois de quinhentas fontes falarem que não vai haver uma negociação, ainda tem gente que coloca o fato como uma possibilidade real. Mas a verdade é que é muito difícil que isso aconteça. O Lakers é um time veterano, que vem de um bicampeonato e que sabe como vencer títulos. Trocar pelo Carmelo seria, antes de tudo, uma troca radical no seu esquema de jogo, mudar drasticamente a forma de jogar que ganhou dos títulos e chegou a três finais nos últimos três anos. Isso é algo que pode acontecer com times que estão pelo caminho, mas fazer isso com o atual campeão, sendo que ele não perdeu peças importantes de um ano pro outro (Jordan Farmar não conta, todo mundo sabe), beira a idiotice. Além disso, pra troca ser realizada, seria preciso envolver o Andrew Bynum e/ou o Lamar Odom. O Melo é um ótimo jogador, um dos pontuadores mais completos da NBA, mas não sei se pro Lakers valeria a pena abrir mão de algo que é talvez sua maior força nos playoffs e que poucos times tem, que é seu garrafão gigante com Bynum e Pau Gasol. O Lakers teve muitos problemas com o garrafão sem o Bynum, porque o Gasol era obrigado a jogar de pivô e isso desgastava muito o espanhol. Além disso, o time também perderia quem jogou junto a ele nessa fase, o Odom, e que além do poder de pontuação que o Carmelo tem num nível bem mais elevado oferece ao Lakers muitas coisas que o ala do Nuggets não ofereceria: controle de bola, defesa e contra ataques. E adicionaria um pontuador que joga com a bola na mão, algo que o time já tem no Kobe. Se o Carmelo entrasse no time, iria não só tirar o fortíssimo garrafão do time de LA como iria tornar necessária toda uma mudança no plano de jogo pra poder jogar com Melo e Kobe juntos, algo que foi bem problemático em Miami essa temporada, por exemplo. Por tudo isso, acho bem inviável que o Melo vá pra LA. NY e Denver continuam sendo os destinos mais prováveis pro ala.
A esperança para o futuro: Samardo Samuels
- O Cleveland Cavaliers é um time incrível. Depois de quebrar o recorde da NBA de mais derrotas seguidas em uma temporada só (23) e o recorde de derrotas seguidas totais (24), ambas marcas que já pertenciam à Franquia, o time ainda empatou o recorde total dos esportes americanos pra mais derrotas em seqüência, 26 derrotas, que pertencia antes somente ao Tampa Bay Buccaneers. E quem disse que o Cavs precisava do Lebron James pra quebrar recordes na NBA?? Quando todo mundo esperava que o time novo do Lebron fosse quebrar recordes, o time antigo fez isso bem na sua fuça, uma provocação explícita. Mas a seqüência lendária do Cavs acabou com uma vitória sobre o Clippers, sempre eles. Pobre Blake Griffin, merecia coisa melhor na NBA.- O Yankees tem uma mania de grandeza que eu não consigo explicar. Eles sempre foram o time que mais gastou, mais fez contratações milionárias e bombásticas na Liga. Mas essa free agency, eles saíram sem os três principais jogadores disponíveis: Carl Crawford foi pro rival Red Sox, o Jayson Werth foi pro Washington Nationals e o Cliff Lee foi formar a rotação mais roubada da MLB no Philadelphia Phiilies. Isso foi, de certa forma, um golpe nos Yankees, que sempre saíam dessas situações com o melhor jogador no mercado a preços altíssimos, já que a franquia arrecada muito dinheiro e na MLB não existe teto salarial. O Yankees conseguiu fazer o básico, reassinou com o Derek Jeter e com Mariano Rivera, mas não causou o impacto que costuma causar. Até que o Yankees foi atrás do Rafael Soriano, que foi o closer do Rays em 2010 e o melhor closer da AL, e conseguiu fechar com o arremessador. O Soriano ainda é um tremendo bullpen, ótimo jogador e teve um ótimo 2010, mas ele está ficando velho e já está na descendente da carreira o suficiente pra não ter causado um grande alvoroço no mercado. Mas ainda é um jogador bom o suficiente pra causar estrago no seu novo time. O Yankees, apesar do ótimo time, mostrou sinais de desgaste temporada passada, principalmente entre os pitchers. O lendário Andy Pettite se aposentou, a rotação e o bullpen nos playoffs mostraram que não conseguem segurar a onda com a mesma freqüência de antes e o time ficou em alerta. Por isso, trouxe um jogador que, embora dificilmente vá roubar a vaga do Mariano Rivera, ainda tem tudo pra contribuir para o bullpen de um time que não tem nenhum jogador confiável faz algum tempo (tirando, lógico, o Rivera). O Joba Chamberlein já faz muito tempo que não é confiável, e embora a rotação titular seja boa, ela não consegue fazer tudo sozinha. Agora o time conseguiu um reliever de respeito e ainda aproveitou pra virar manchete. Resta saber qual deles vai ser mais importante pro Yankees.
- Eu já falei que o Packers foi campeão do Super Bowl?
- Para quem está preocupado com futebol americano, não se preocupem. A parte movimentada da offseason ainda está pra começar e o draft começa a ficar sério a partir do Combine que vai ter semana que vem. Não se desesperem que, assim que a Liga voltar a dar sinal de vida, estaremos trazendo o que tiver de mais interessante.
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