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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

O caminho dos 32 times na offseason - Times de playoff

As preocupações de Sherman e do Seahawks na offseason


AVISO IMPORTANTE: Para compensar a ausência no final da temporada, e colocar um ponto final decente na boa temporada 2013 da NFL, a idéia é fazer um mega-Mailbag daqui a duas semanas. A semana que vem vai ser dedicada a olhar o caminho dos 32 times para o ano que vem, e a idéia então é que só na outra semana a gente faça o Mailbag mesmo. Qualquer tópico é válido, qualquer coisa sobre a temporada regular, playoffs, técnicos, jogadores, Free Agency e etc. Perguntas sobre o Draft também serão respondidas, mas terão menor preferência pois é um assunto que ainda vai ter sua cobertura. Então aproveitem para mandar suas perguntas/dúvidas/comentários finais da temporada para tmwarning@hotmail.com com o assunto "Mailbag", que você pode ver sua pergunta aqui e no Esporte Interativo (perguntas enviadas a Mailbags anteriores e não respondidas também serão respondidas, se ainda relevantes, btw). Então participem e vamos fazer desse último MB da temporada 2013 um sucesso.

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Depois de olhar para o passado - mais especificamente, olhar para nossos palpites de antes da temporada começar e ver quais deram certo e quais foram fiascos homéricos - é hora de olhar um pouco para o futuro de cada uma das 32 franquias da NFL. A temporada 2013 agora é passado,  e estamos entrando na pior época do ano (o tempo entre o Super Bowl e o começo do Draft e da Free Agency, que é quando por bem ou por mal a NFL começa de novo). Então é hora de pegar todos os times da NFL e ver em que ponto exatamente cada um deles se encontra nesse momento da offseason, quando estamos todos recolhendo os cacos de 2013 e se preparando para 2014. Qual a direção que cada time deve tomar para 2014? Quais mudanças devem ser feitas? Quais as incógnitas e quais as certezas? É isso que vamos tentar achar nesses posts. Serão três: um para os times de playoffs, um pra os times que não foram aos playoffs na AFC, e um aos times que não foram aos playoffs na NFC.

Então vamos começar hoje com o primeiro grupo: os 12 times que foram aos playoffs em 2013 e que esperam dar um passo a mais em 2014.

Os times de playoffs


Seattle Seahawks

Quer dizer... eles ACABARAM de vencer o Super Bowl, anotando em New Jersey 5 pontos a mais do que o time sofreu em TODOS os jogos de playoffs somados. Acredito que a preocupação com 2014 não esteja tão alta nos lados de Washington. Ainda mais que lá a maconha é legalizada.

Além disso, para repetir em 2014, o Seattle está muito bem posicionado. Graças ao fato de que muitos dos seus principais jogadores (Russell Wilson, Etan Thomas, Richard Sherman, Bruce Irvin, Bobby Wagner, etc) ainda estão em contratos de calouros que pagam um vigésimo do que esses caras mereceriam no mercado pelas suas performances, o Seahawks é um time que tem bastante espaço salarial indo para a offseason. E um dos segredos do Seattle nos últimos dois anos tem sido aproveitar  esse espaço extra na folha salarial para ir na free agency em busca de jogadores veteranos em contratos curtos, como fez esse ano com Cliff Avril e Michael Bennett. Então não só a base do time é ótima, eles tem totais condições de irem no mercado e saírem de lá com veteranos competentes (minha aposta para 2014: Jared Allen) que se encaixem na equipe e mantenham o ótimo nível dos antecessores. Não é a toa que Seattle é o grande favorito em Vegas a vencer o Super Bowl XLIX.

As questões mais complicadas para Seattle são duas. Em primeiro lugar, o time tem alguns free agents relevantes, inclusive Golden Tate e principalmente Michael Bennett. Bennett em especial teve um 2013 espetacular, foi o terceiro melhor jogador dessa defesa, e vai exigir um contrato longo e caro. Então cabe a Seattle decidir o que fazer, e não é a pior das decisões: renovar com seu melhor WR de 2013 e um dos melhores DEs da NFL, ou deixar os dois saírem e usar suas toneladas de espaço salarial para trazer substitutos baratos em contratos curtos? Eu aposto no segundo, especialmente porque chegamos no segundo "problema de Seattle". A consequência de ter uma tonelada de grandes jovens talentos em contrato de calouro é que esses contratos favoráveis não duram para sempre. Em 2015, diversos desses (inclusive Sherman, Thomas e Wilson) irão exigir um novo contrato que os pague de acordo com seu valor real, e talvez seja impossível acomodar todos esses novos milionários no teto salarial da equipe. Então o Seattle pode optar por, ao invés de usar seu espaço salarial para trazer novos jogadores, usá-lo para reconstruir o contrato de Sherman e Thomas em um novo e longo contrato com foco no primeiro ano, aproveitando assim o espaço salarial atual para absorver o grosso do contrato desses dois, e assim deixando a situação mais controlada para 2015 quando Wilson, Irvin e outros devem receber o mesmo tratamento. De qualquer forma, é apenas uma forma de antecipar a offseason de 2015, e considerando a combinação de ótimo núcleo e espaço salarial, Seattle é o favorito a ser o primeiro bi-campeão do Super Bowl desde 2004.


Denver Broncos

O Denver Broncos, basicamente, é um time apostando uma corrida contra o tempo. Eles possuem um dos cinco maiores QBs da história da NFL no seu elenco, montaram um ataque excepcional ao seu redor para maximizar suas habilidades nessa etapa da sua carreira, e possuem bastante talento do outro lado da bola para fazer desse um time equilibrado e sólido. E considerando como Peyton Manning continua batendo recordes aos 37 anos, eles possuem totais condições de serem campeões no presente.

Mas a questão é que a cada ano que passa, Manning fica mais velho e mais perto da aposentadoria, que sinceramente ninguém sabe quando pode acontecer (seu contrato vai até 2016, mas anualmente ele faz exames delicados no pescoço que passou por quatro cirurgias). Então esse é um time voltado justamente para vencer agora, e tem feito isso bem. São dois anos seguidos com a melhor campanha da AFC, e um Super Bowl desde que Manning chegou ao Colorado. Muita gente vai correr para apontar a vergonha que passou no Super Bowl, mas foi contra um time superior de Seattle estando sem Ryan Clady e Von Miller (dois dos seus seis melhores jogadores). Se o time continuar chegando perto, uma hora os fatores vão alinhar a seu favor e o título vai chegar.

O problema é que o teto salarial está apertando e Von Miller está prestes a receber um contrato mastodôntico, e então a não ser que Denver consiga algo muito criativo em termos salariais, eles terão que abrir mão de um dos seus dois principais free agents (Knowshow Moreno também é FA, mas me parece muito mais fácil substituir sua produção a um custo baixo). Dominique-Rodgers Cromartie, um dos CBs mais underrateds da temporada 2013 da NFL, e Eric Decker, com suas 1300 jardas e 11 TDs, foram duas peças essenciais para a ótima campanha do Broncos na temporada, mas parece bastante improvável que ambos consigam ser encaixados no salary cap de Denver quando os dois certamente exigirão um contrato bem lucrativo. Cabe a Denver escolher qual dos dois manter. Eu pessoalmente me inclino por Cromartie: a defesa de Denver é mais frágil que o ataque, os outros dois CBs de Denver não passam confiança para 2014 (Champ Bailey está velho e lidando com lesões, e Tony Carter vindo de um ACL rompido), e basicamente me parece que um CB acima da média é mais importante para Denver nesse momento que um WR. Decker é ótimo e teve um grande 2013, mas o time já tem Julius Thomas, Demaryus Thomas e Wes Welker no ataque aéreo, é mais fácil substituir um cara que já seria sua terceira ou quarta opção no ataque do que o melhor jogador da sua secundária. Mas essa é a vida do Denver agora: fazer seus ajustes a cada offseason, tentar resolver as carências, e dar a bola nas mãos de Peyton Manning em busca de um título.


San Francisco 49ers

Possivelmente o time mais underrated em 2013, o Niners pela terceira vez seguida chegou extremamente perto de seu objetivo e não conseguiu levantar o caneco. Em 2011, o time esteve a três fumbles e uma colisão entre dois DBs indo atrás da mesma interceptação de ir ao Super Bowl. Em 2012, o time esteve a uns 8 passes milagrosos de Joe Flacco e uma falta não marcada do título. E em 2013,  o time esteve a 22 segundos de vencer o Seahawks (o melhor time de 2013) em Seattle (o mais difícil estádio para se jogar na NFL) se não fosse uma jogada espetacular de um jogador espetacular (no caso, Sherman). Então por mais triste que seja sempre chegar perto e nunca conseguir, o lado bom é que se durante três anos, mudando diversas peças importantes do seu time (e inclusive seu QB) seu time continua um dos mais fortes e competitivos da NFL, é porque você tem feito algo certo.

2013 foi uma temporada complicada para San Francisco. Seu melhor WR se machucou na preseason, demorou 11 jogos para voltar, e não esteve a 100% quando voltou. Chris Culliver rompeu o ACL na pré-temporada. Aldon Smith e Patrick Willis, dois dos melhores defensores da NFL, tiveram seus problemas ao longo do ano por questões de saúde. Bruce Miller, um dos jogadores mais importantes taticamente do ataque, machucou na véspera dos playoffs. A questão não é a quantidade de lesões, e sim como todas elas pareceram atingir justamente os problemas do time: o ataque sem Michael Crabtree demorou demais para estabelecer o playbook que queria e teve pouco tempo para entrosar; a saída de Culliver na secundária tirou do time talvez seu melhor CB em 2012; e uma defesa que mudou muitas peças importantes demorou para engrenar sem Smith e Willis. E eles ainda terminaram 12-4  e quase foram ao Super Bowl, então motivos para otimismo não faltam.

Mas diferente dos times citados anteriormente, San Fran tem mais buracos para adereçar nessa offseason, e ainda tem o mesmo problema que o Seahawks vai ter em 2015: descobrir uma forma de dar a todos seus jogadores chave em contrato de calouro (Crabtree, Colin Kaepernick e Aldon Smith, principalmente) sem estourar o teto salarial. A diretoria já tinha se antecipado a isso e os contratos de diversos jogadores importantes (Willis, NaVorro Bowman, Vernon Davis e Joe Staley) já estão entrando na sua fase mais barata, dando alívio salarial, mas não vai ser fácil manter esses caras dentro do cap E adereçar seus principais problemas. Carlos Rogers provavelmente vai ser cortado, salvando 6M em salários, mas mesmo com esses jogadores e suas situações contratuais sob controle, ainda vai sobrar pouco espaço para trazer a ajuda de WR que o time precisa (a não ser que Anquan Boldin fique a um valor mais baixo) e reforçar a secundária. Então o time vai ter que ser criativo com suas dispensas e trocas, ou ainda melhor, apostar no draft. San Francisco tem cinco escolhas entre as três primeiras rodadas do draft e é um forte candidato a algumas trocas na noite do draft para subir e pegar jogadores de maior nível, e o time tem feito um excelente trabalho achando jogadores no draft. Então não tenho dúvida de que essa vai ser a rota favorita do time para tapar os buracos da equipe.

Em geral, muita gente tem tentado overreact e descartar SF, mas é pura besteira. 2013 foi cheio dessas. O ataque era um grande problema que estava segurando o time... até que o melhor WR do time voltou e o ataque decolou na reta final da temporada. Colin Kaepernick não era um QB de verdade (mesmo com QBR acima de Wilson e Cam Newton)... até ele ter números espetaculares com Crabtree e ser o melhor jogador em campo nas duas vitórias de pós-temporada da equipe. O ataque decepcionou anotando apenas 16 pontos contra Seattle... até o melhor ataque da NFL anotar 8. Então sinceramente, descartem esse time por sua própria conta e risco.


New England Patriots

É extremamente difícil colocar a temporada 2013 do Patriots em contexto. Por um lado, foi uma temporada em que tudo deu errado e New England conseguiu sair muito bem mesmo assim. O time viu Sebastian Vollmer, Rob Gronkowski, Jerod Mayo, Vince Wilfork e seu reserva Tom Kelly, e Brandon Spikes irem parar no IR, seis dos principais jogadores de um time cujo sucesso recente vinha da sua capacidade de colocar um monte de jogadores aleatórios ou de menor expressão em um esquema ancorado por grandes talentos, e fazer isso funcionar a perfeição (isso sem contar que Aqib Talib, ótimo no começo da temporada, se machucou e não foi o mesmo o resto do ano). Em 2013 isso não foi possível, e mesmo assim New England conseguiu se sair bem com uma 2nd seed e o quarto melhor ataque da temporada.

Por outro lado, é difícil não olhar para 2013 como uma temporada perdida em um time que também briga com o relógio enquanto tenta aproveitar os últimos anos da carreira de outro QB lendário. Tom Brady ainda é um ótimo QB, mas seus números tem caído nos últimos anos e ele tem começado a dar alguns sinais de declínio nessa idade. Isso pode indicar que a janela de New England com Brady está se fechando, e cada ano é importante para aproveitar seu futuro Hall of Famer. Então um ano como 2013, que foi basicamente perdido por conta das lesões, é um problema para New England.

Claro, para 2014, o primeiro passo do Patriots rumo a uma temporada de sucesso vai ser um pouco de regressão para a média. É extremamente improvável que o time sofra novamente com tantas lesões para tantos jogadores importantes, e isso sozinho já seria suficiente para o time retomar a estabilidade, com Wilfork na linha de frente e Mayo ancorando o miolo, mais um Rob Gronkowski saudável (sim, eu sei que Gronk é injury prone, mas não da para atribuir sua lesão de 2013 a isso de forma alguma). A saúde que faltou em 2013 pode ser suficiente para fazer New England novamente um candidato em 2014, especialmente com Bill Belichick e Brady por lá.

No entanto, algumas dificuldades precisam ser superadas no processo. A defesa foi muito mal em 2013 e isso obviamente teve influência das lesões que Mayo e Wilfork sofreram, mas não justificam tudo. O time ainda não tem pass rush confiável, e perdendo Brandon Spikes o time perde seu melhor LB contra o jogo terrestre (que foi a quinta pior defesa terrestre da NFL, btw, embora obviamente Wilfork vá ajudar). Além disso, a secundária do Patriots pode passar a ser um problema. Apenas Talib e Devin McCourty (espetacular de safety em 2013) foram acima da média na secundária, e Talib pode estar de saída. A situação salarial do Patriots está apertando, e parece que o time vai ter que decidir entre manter Talib ou Julian Edelman. Indepentende de quem for a causalidade, vai custar caro a New England: a perda de Talib vai abrir um buraco imenso na secundária do Patriots (especialmente sem pass rush), e Edelman foi o melhor jogador ofensivo da equipe em 2013 com números Wes Welkerianos, e sua perda vai tirar o alvo de segurança de Brady e o cara que manteve esse ataque vivo sem Gronk. E considerando o espaço salarial apertado, não vai ser nada fácil para New England trazer jogadores para suprir essas carências. O time achou uma identidade ofensiva sólida em torno do jogo terrestre e play actions, e jogando na AFC, não vejo porque o ataque do Pats iria deixar de ser eficiente de uma hora para outra. Mas com Broncos como o chefão da AFC e a ascensão de times como Colts e das potências defensivas da NFC, a margem de erro para o time parece bem pequena nessa offseason.


Carolina Panthers

O Panthers foi uma das histórias mais interessantes de 2013, se transformando em uma potência defensiva e vendo sua "sorte" mudar quando Ron Rivera decidiu que ia passar do técnico mais conservador da NFL para o mais agressivo. Deu tudo certo, o time teve uma temporada espetacular, e por ai vai. Mas ao contrário de muitos times jovens em reconstrução, o Panthers tem que lidar com dois problemas simultaneamente: os buracos na equipe que precisam ser corrigidos, e a falta de teto salarial.

O problema é que o Panthers passou muito rapidamente pela etapa de desconstrução de um time veterano para a montagem do seu time jovem em ascensão. Não que isso seja uma coisa ruim, claro, você sempre quer que seu time vença o quanto antes e perca o mínimo possível. O problema é que isso deixou o time ainda com alguns contratos problemáticos e sufocos salariais do time e da gestão anterior, e isso impede que o time de o próximo passo. O Panthers hoje tem diversas áreas que precisam de reforços: o corpo de recebedores é fraco e precisa de alguém para pegar a tocha de Steve Smith, principalmente, e a secundária precisa de ajuda. O Panthers rende muito quando consegue dominar a linha de scrimmage dos dois lados da bola, mas quando algum time consegue igualar essa pressão, o time perde no backfield: Cam Newton é um grande jogador mas seu potencial é limitado pela falta de WRs capazes de criar separação e manterem jogadas vivas quando Newton precisa usar as pernas para ganhar tempo, e quando a defesa não está criando pressão no QB adversário ela pode ser muito explorada pelo ar (ver: Boldin, Anquan). Foram dois dos principais fatores que levaram ao massacre que foi o segundo tempo de Niners-Panthers nos playoffs, e dois que Carolina precisa adereçar.

Ai entra a questão do teto salarial. Panthers, com seu núcleo jovem, era um grande candidato a ir atrás de um jogador como Hakeem Nicks ou Anterraun Vernum para dar um grande reforço a essas áreas, ou então ir atrás de diversos jogadores de menor nome (Emmanuel Sanders, Dunta Robinson e Donte Whitner, digamos) para complementar os problemas. A questão é que todo o espaço salarial livre do time já deve ser usado para reassinar o espetacular Greg Hardy, e com isso a margem de manobra da equipe diminui muito. Muitos contratos reestruturados e salários "mortos" estão impedindo que o time saia no mercado e resolva seus problemas mesmo com um ou dois veteranos bem colocados, então isso força o time a buscar seus reforços em outras áreas. O draft normalmente seria a principal solução, mas você não vai sair com uma secundária nova e três WRs de elite dele. Então a não ser que o Panthers esteja satisfeito em trazer de volta o time de 2013 e contar com o desenvolvimento de seus jogadores para suprir as carências, eles terão que ficar criativos. Trocar um jogador como Charles Johnson pode ser uma solução interessante (embora eu duvido que exista mercado), mas provavelmente terão que ser mais criativos do que isso para conseguir seu espaço - e isso antes de entrar na questão do novo contrato de Cam Newton, que vira free agent ao final do ano. Então me parece que se o Panthers quiser ser campeão em 2014, esse desenvolvimento terá que vir do que já está na equipe, e não de ajuda externa.


Indianapolis Colts

Apesar de superar de forma prática a regressão que deveria sofrer em 2013, as duas partidas do Colts nos playoffs serviram para mostrar exatamente em que ponto o time se encontra em sua reconstrução, e o que o time tem indo para frente.

Basicamente, o Colts tem o melhor jovem QB de toda a NFL, um cara que provavelmente vai ser o melhor QB da NFL em alguns anos. Ele fez mágica nesses playoffs, e como disse Bill Barnwell, não teve nada mais emocionante nesses playoffs do que quando Andrew Luck fazia um passe para um jogador que não estava na tela. Se eu fosse fazer uma lista dos 10 passes mais lindos ou perfeitos desses playoffs, metade seria de Luck. Enquanto você tiver um QB desse calibre, você vai estar bem na NFL.

O problema é que ficou claro que o Colts não tem muito mais a oferecer, nem um grande time a colocar em torno da sua grande estrela. A verdade é que ao redor do seu franchise QB, é um time bem fraco e limitado: com Reggie Wayne (em final de carreira) machucado, os únicos jogadores ofensivos do time acima da média além de Luck era TY Hilton e talvez Coby Fleener. A linha ofensiva melhorou em relação ao péssimo 2012, mas ainda foi uma unidade abaixo da média cujas deficiências foram mascaradas pela incrível habilidade de Luck de manter jogadas vivas e se livrar da pressão. E a defesa foi absolutamente medíocre em 2013 mesmo contando com o meu candidato a DPOY, Robert Mathis, na temporada da sua carreira - foram apenas três jogadores acima da média em 2013 (Vontae Davis, Jerrell Freeman e Mathis) e apenas um é realmente um jogador de grande impacto. Basicamente, esse foi o Colts nos playoffs: um time incapaz de parar quem quer que fosse, de controlar o jogo no relógio e que dependia de Andrew Luck acertando passes perfeitos para recebedores que não criavam separação para avançar.

Com um QB como Luck e um bom técnico como Chuck Pagano, você tem boas condições de sempre ser competitivo na NFL, mas a verdade é que se o Colts quiser sonhar com o título, vai precisar de um time muito melhor ao redor da sua jovem estrela que isso. Falta ajuda na linha ofensiva, faltam alvos para Luck, e falta praticamente tudo na defesa da equipe. Então o time vai ter que ir atrás desse tipo de ajuda, e não graças ao trabalho recente da diretoria: o time deu dinheiro garantido demais a jogadores medianos como Gosder Cherilus e Jean-Ricky François só porque eram de posições que o time precisava, e trocou sua escolha de primeira rodada por, claro, Trent Richardson. Então apesar de ter bastante espaço salarial, ele não é tão confortável no médio prazo por conta de salários longos (o que diminui as opções da equipe) e o time está sem uma comodidade valiosa para reforçar seu time no draft, o que torna a tarefa do time mais complicada. Esperem que o Colts seja um comprador agressivo nessa free agent (possivelmente com mais gastos exagerados em jogadores na FA por serem upgrades em relação aos jogadores atuais), e torçam para Indianapolis acertar nas rodadas intermediárias do draft, porque Luck me parece pronto para vencer agora e o time ao seu redor não está acompanhando sua evolução. Se o plano do Colts era acelerar sua reconstrução, agora é a hora de dar a Luck o talento que ele precisa para vencer, e duvido que Jim Irsay fique parado - por bem ou por mal (de novo, Trent Richardson).


New Orleans Saints

O Saints é o caso oposto do Colts, mas ainda assim é possível notar um bom número de semelhanças. O Saints também possui um grande QB que sozinho é capaz de ancorar um bom ataque, e um técnico que sabe como maximizar as habilidades de seu quarterback. O time também é todo montado em torno disso: depois que voltou de suspensão, Sean Payton voltou a fazer sua mágica e remontou o ataque de forma espetacular em torno de Drew Brees usando praticamente jogadores menores, dispensados de outros times ou veteranos que já estavam no elenco, de forma que New Orleans terminou o ano com o quinto melhor ataque, principalmente por ter o terceiro melhor ataque aéreo. O problema é o que o time tem a oferecer além de seu QB e o ataque por ele comandado.

Claro, New Orleans é um time melhor que o Colts fora disso - se não fosse, não teria a menor chance de ir aos playoffs em uma hipercompetitiva NFC. A defesa da equipe foi na verdade boa, terminando fora do Top10 por pouco no ano. Kenny Vaccaro teve um grande impacto como calouro, e a secundária segurou bem as pontas durante boa parte da temporada, e isso contribuiu em muito para o bom ano que a equipe teve. Mas a questão é que todo mundo sabia que, mesmo com uma defesa sólida, não ia ser a defesa que iria vencer as partidas para o Saints, era o ataque (nos playoffs, a defesa foi ótima contra Seattle mas perdeu porque o ataque não conseguiu anotar pontos e ainda entregou um TD de presente com um fumble).

Para o Saints, no entanto, a situação é oposta a do Colts porque o time TEM algum complemento ao redor de Brees (embora não tão bom quanto poderia ser), mas que ao invés de trabalhar para aumentar esses complementos, o Saints é um time que ironicamente precisa se desfazer de alguns. O Saints é um dos times que começam a offseason de 2014 ACIMA do teto salarial permitido pela NFL, o que obviamente acarreta em um problema duplo: por um lado, o time não tem condições de trazer novos jogadores para compor as áreas carentes da equipe (e em uma NFC tão ridiculamente forte, a margem de erro dos times é muito menor que na fraca AFC), reforçar seu pass rush, sua defesa terrestre e mesmo sua linha ofensiva, as principais áreas de necessidade. Por outro, o time não só não tem muitas formas de se reforçar estando 13M acima do cap como também vai precisar dar um jeito de descer para o patamar adequado, algo que vai exigir a renúncia a muitos dos free agents da equipe e dispensa de tantos outros jogadores que já estão no time... e isso é ANTES de considerar que o segundo melhor jogador do time, Jimmy Graham, é um free agent que vai exigir um contrato absurdo para continuar em New Orleans. O Saints já anunciou que dispensou os veteranos Jabari Greer, Will Smith e Roman Harper, todos veteranos da conquista de 2009, e também que não vai reassinar com Jonathan Vilma, por tanto tempo um dos pilares dessa defesa. Mais cortes devem vir por ai.

O problema é que mesmo com essas perdas, o time ainda não tem condições de reassinar com Graham (a chave para o 2014 se o time quiser disputar o título), trazer jogadores bons para as posições carentes, dar contratos aos seus calouros, e AINDA ficar abaixo do cap. Isso limita os jogadores que podem chegar, e indica também que outras dispensas ainda podem ou devem ocorrer. O Saints tem feito o possível para vender a idéia de que Graham deve receber a Franchise Tag de tight end, muito mais barata que a de WR e que salvaria ao time preciosos milhões de dólares de espaço salarial, mas essa opção me parece cada vez mais distante. Para manter sua estrela no elenco, o time vai precisar de ainda mais criatividade e mais cortes, o que tornam sua offseason ainda mais turbulenta. Vamos ver se a boa diretoria de NO consegue entrar dentro da taxa salarial e ainda reforçar as áreas carentes do time. Hoje, os prognósticos não parecem muito bons.


San Diego Chargers

Entre todos os times citados até agora, o Chargers provavelmente é quem mais olhou para a temporada 2013 como uma grata e grande surpresa. Niners, Patriots, Broncos e Seahawks começaram o ano como os favoritos ao Super Bowl. Colts e Panthers possivelmente não esperavam uma temporada como essa, mas eram jovens times em ascensão que esperavam chegar nesse ponto em breve. O Saints esperava se reerguer com a volta de seu técnico. Ainda que nem todos começassem o ano como candidatos a chegar até esse ponto - eu tinha apenas os quatro primeiros chegando aos playoffs nos meus palpites - todos eram times cujo caminho indicava, cedo ou tarde, uma trajetória semelhante.

O Chargers era diferente. Depois de dois anos consecutivos muito abaixo do esperado, a expectativa era de que o time fosse passar por uma pequena reformulação. Philip Rivers vinha de duas péssimas temporadas e parecia questão de tempo até deixar de ser titular, os jovens talento da equipe não vinham contribuindo como esperado, a linha ofensiva era um desastre da natureza, e em uma divisão com o juggernault Broncos e o promissor Chiefs, não vi ninguém no começo do ano achando que o Chargers iria conseguir sequer brigar por playoffs. A idéia era reformulação, e que talvez o próximo bom time do Chargers tivesse outro QB e outra base. Por isso a temporada 2013 foi uma surpresa tão grande: não era para o Chargers dar essa volta por cima e sair vencendo jogos quando tudo indicava que o time estava acabado. Philip Rivers se recuperou de dois péssimos anos para ser o segundo melhor QB de 2013, a linha ofensiva mudou da água para o vinho com algumas contratações inteligentes, Ryan Matthews finalmente ficou saudável e teve a temporada que todo mundo cobrava dele (1255 jardas, 7 TDs, 4.4 YPC), Antonio Gates finalmente conseguiu jogar em alto nível de novo, Keenan Allen teve uma das melhores temporadas de um WR calouro na memória recente da NFL, e tudo se encaixou para que esse ataque funcionasse as mil maravilhas e acabasse o ano como o terceiro melhor da NFL e com uma vaga nos playoffs.

Esse sucesso recente, especialmente de um ataque que foi tão bom mesmo contando com tantos desfalques e lesões no começo do ano, provavelmente muda um pouco o foco do time para o curto prazo. Claro, a reconstrução não vai parar por aqui: a defesa foi uma atrocidade durante boa parte da temporada 2013 (embora para ser justo tenha melhorado na reta final e tenha ido bem nos playoffs), e o time ainda está bastante próximo do teto salarial (algumas estimativas colocam o time apenas 1.5M abaixo do limite). Então até para tornar mais viável a questão financeira do time, a idéia é que o time caminhe em direção a um núcleo mais jovem, como um processo comum de reconstrução. A diferença é que agora a diretoria deve focar esse rejuvenescimento da equipe em torno de um núcleo competente e pronto para ganhar jogos agora (especialmente se Philip Rivers mantiver o nível) ao invés de através de um processo de desconstrução do elenco.

Então para continuar essa reformulação, a defesa deve ser o foco. Rivers está garantido por um bom tempo ainda, Matthews e Allen são jogadores bons, jovens e baratos e alguns jogadores estão voltando de lesão que não atuaram em 2013. A linha ofensiva se deu muito bem com DJ Flucker e alguns veteranos e deve trazer algum sangue novo, mas o maior problema do time foi mesmo sua defesa, que foi a pior da NFL durante toda a temporada e terminou justamente como a 32nd de toda a liga. Então eu espero que seja o foco do time, especialmente no draft (já que a FA não me parece uma boa opção). O time precisa pelo menos conseguir estabilizar sua defesa em um nível médio na NFL, e eu espero que o time vá pesado atrás desses jogadores no draft. O time encerrou razoavelmente bem na defesa o ano, então a expectativa é que possam construir em cima disso. Um pass rusher, mais um pouco de bife na linha defensiva e um novo cornerback titular me parecem as maiores necessidades da equipe, e esse é um draft bem profundo nas duas primeiras, então o Chargers parece estar em boa situação. Resta ver se o time conseguirá resolver suas questões salariais primeiro.


Philadelphia Eagles
Eu já escrevi isso antes, mas entre os quatro times que perderam na rodada de wild card, três deles não tem grandes motivos para se sentirem tristes. Claro, ninguém quer perder nos playoffs, especialmente de forma apertada, mas em geral são times que estão na trajetória certa.

Em nenhum time isso fica mais evidente que no Eagles. Ano passado, o time era uma zona, tentando juntar os cacos do fracassado "Dream Team", cheio de contratos caros, passando vergonha e acabando em último lugar na NFC East. Na última offseason, o time se livrou de tudo isso, praticamente recomeçando do zero com um novo técnico, Chip Kelly... e não poderia ter funcionado mais. Kelly fez o ataque voar em 2013 mesmo com todas as dúvidas sobre seus QBs (2nd melhor ataque), Nick Foles emergiu como um sólido QB titular, LeSean McCoy e DeSean Jackson brilharam, e o Eagles ganhou a divisão e foi aos playoffs. Então um ano depois do time decidir explodir tudo e recomeçar, o time ganhou 10 jogos e foi aos offs. Parece bom para mim.

E felizmente para o Eagles, as coisas não param por ai. Philadelphia tem uma ótima combinação indo em frente, com um time jovem e uma folha salarial livre de contratos absurdos. Isso dá ao time grande flexibilidade, pois pode ir no mercado atrás de grandes jogadores e ainda tem dinheiro para começar a reestruturar ou renovar alguns contratos dos seus jogadores mais jovens. É uma situação excelente.

Claro, uma consequência de uma reconstrução tão rápida é que o time tem muitos buracos a serem adereçados. A defesa em particular não foi bem em 2013 (embora tenha melhorado próximo ao final da temporada), e com vários veteranos de saída nos dois últimos anos, deve passar por uma renovação grande. O time achou alguns jovens talentos como Brandon Boykins (espetacular na segunda metade da temporada) e Cedric Thorton, mas ainda precisa reforçar principalmente a sua defesa aérea - nenhum jogador tirando Boykins foi bem na cobertura em 2013, especialmente os linebackers, e quando você combina as duas principais áreas de dificuldade da defesa em 2013 - o pass rush e a cobertura - o resultado normalmente é uma peneira pelo ar... e foi o que aconteceu.

Então o Eagles deve ter dois focos. Refinar seu já muito explosivo ataque, principalmente no que tange a QB. Nick Foles foi espetacular na segunda metade da temporada, mas é possível que seja um candidato a alguma regressão, ou então que Chip Kelly conclua que foi mais mérito do sistema que do jogador, e que um QB novo poderia levar esse time a novas alturas (btw, isso é só especulação, e duvido que para 2014. Não vejo nada além de uma lesão tirando a titularidade de Foles). E principalmente, dar um jeito nessa defesa. A secundária precisa de ajuda, e o grupo de linebackers do time foi bom contra a corrida, mas atroz contra o passe - apenas quatro times foram piores contra TEs e slot WRs pelo meio do campo. Então essa deve ser a direção da equipe, e embora a linha defensiva tenha sido boa em 2013, esperem um novo DE por lá essa temporada para ajudar na pressão. Com um grande técnico, um grande ataque, boas escolhas de draft e uma tonelada de espaço salarial, não sei se existe um time que seja mais candidato a dar um salto entre 2013 e 2014 nesse grupo.


Kansas City Chiefs

O Chiefs é outro time que deu um salto enorme em 2013, passando de pior time da NFL aos playoffs graças a uma mudança de técnico e de QB. Mas ao contrário do Eagles, que tem uma força definida (seu ataque) e uma clara fraqueza (a defesa), o balanceado Chiefs tem mais dúvidas sobre quais áreas merecem maior atenção.

Em 2013, pelo menos no começo, a história do time era sobre sua fortíssima defesa e seu ataque conservador. E de fato, era assim que o time vencia, nas costas de Jamaal Charles, sua defesa forçando toneladas de turnovers, e posições de campo. Acontece que isso, de forma improvável, se reverteu ao longo do ano: Alex Smith ficou mais a vontade, Charles explodiu de vez, e o ataque teve que se virar para compensar uma defesa frágil e pouco explosiva. Contra o Broncos o time perdeu mesmo com 28 pontos do ataque, e nos playoffs foi a defesa que cedeu 45 pontos para o Colts conseguir a virada depois do ataque abrir uma larga vantagem (nas últimas sete semanas, foram jogos de 38, 28, 45, 56 e 44 pontos e só um abaixo de 24). Então mesmo que no papel o ataque seja a área frágil da equipe, esse final de temporada e a performance surpreendentemente fraca da defesa deixam alguma dúvida no ar.

Claro, o ataque ainda vai ser a prioridade. Alex Smith se firmou definitivamente como o titular, e Jamaal Charles foi o melhor RB de 2013, mas isso não vai impedir o Chiefs de reforçar o grupo ao seu redor. O time precisa principalmente melhorar os alvos da equipe: tirando Dwayne Bowe, o time não tem nenhum recebedor acima da média, e considerando o quanto Alex Smith gosta de passes curtos e precisos, um jogador mais explosivo nos moldes de um Tavon Austin ou Percy Harvin (o tipo de jogador que pode causar estrago DEPOIS da recepção) seria fundamental para elevar ainda mais o nível desse ataque. Um tight end também iria ajudar muito, especialmente considerando o estrago que Alex Smith fazia com Vernon Davis em SF e o que conseguiu fazer com o limitado Anthony Fasano.

Mas o maior problema desse ataque é a linha ofensiva. Os dois melhores linemen do time em 2013 são free agents, e tanto Branden Albert como Geoff Schwartz não devem retornar em 2014 por questões salariais. Schwartz foi substituido de forma competente por Jon Asamoah quando machucou, então não me parece um problema, mas Albert é um dos melhores LTs da NFL e não possui um substituto com rodagem. O substituto natural seria Eric Fisher, 1st pick do draft passado que não jogou bem fora da sua posição de origem em 2013, e que esperam que renda mais voltando ao lado esquerdo da linha. Mas para um time que depende tanto do jogo terrestre, preocupa tanta incerteza na linha, e portanto é provável que o time queira reforçar o resto do quinteto para não deixar dúvidas.

Com tantos buracos no ataque, a defesa deve mesmo ficar em segundo plano, mas isso não significa que o time não tenha problemas. O time precisa repor a produção de Tyson Jackson na linha defensiva, e a secundária precisa urgentemente de ajuda, seja um novo CB (Dunta Robinson foi dispensado por questões salariais) um um novo safety para jogar ao lado de Eric Berry (ou ambos). A prioridade no momento me parece ser a secundária, embora a volta de Justin Houston de OLB vá ajudar bastante. O problema é que os recursos da equipe são um tanto quanto limitados - uma escolha de segunda rodada vai para San Francisco, e o espaço salarial da equipe, embora exista, não seja imenso. O time deve conseguir um CB no mercado a preços razoáveis e deveria ir atrás de Emmanuel Sanders, que não deve sair muito caro, mas vai ter que confiar na sua capacidade de continuar achando talentos no draft para conseguir tapar esse monte de buracos criados. Resta ver se conseguirão ou não.


Green Bay Packers

Foi basicamente uma temporada direto do inferno para o Packers. Clay MAtthews machucou e perdeu mais de metade dos jogos, Colin Kaepernick apareceu duas vezes no caminho do time, Aaron Rodgers perdeu jogos e seus reservas eram Seneca Wallace, Matt Flynn e Scott Tolzien, Casey Heyward rompeu o ligamento, Randall Cobb perdeu grande parte da temporada... e de alguma forma o Packers ainda venceu a divisão e chegou perto de vencer San Francisco nos playoffs. Obrigado, Lions.

Como tem sido a norma desde que foram campeões em 2010, o Packers viveu pelo seu ataque e a defesa não foi capaz de acompanhar. Com o Offensive Rookie of the Year Eddie Lacy a bordo, o Packers agora tem um dos melhores combos QB/WR da NFL, e Jordy Nelson provavelmente foi o WR mais underrated de 2013. Mesmo com seis jogos de Wallace, Flynn e Tolzien, o Packers ainda terminou com o nono melhor ataque da NFL, e não tenho dúvidas de que com Rodgers estaria no Top5. Por outro lado, a defesa foi a segunda pior da temporada. Adivinhem onde o Packers deve concentrar seus esforços essa offseason??

A verdade é que Green Bay tem algumas decisões importantes a tomar. Por um lado, o time tem muitos free agents: no ataque os principais são James Jones e Jermichael Finley, e na defesa o time está perdendo seus três DT (Johnny Jolly, BJ Raji e Ryan Pickett) e dois importantes defensive backs (MD Jennings e Sam Shields). Por outro, o time tem uma quantidade razoável de cap space para gastar como parecer mais adequado ao time. A defesa deve ser prioridade, mas também me parece mais difícil de arrumar: a secundária ainda tem Tramon Williams, a volta de Heyward e o bom Micah Hyde, mas ainda foi abaixo da média em 2013 e precisa de mais ajuda, especialmente um safety. A linha defensiva provavelmente vai continuar com Raji, não tem nada que salve nessa linha de frente: os linebackers foram horríveis tanto na cobertura como no jogo terrestre como no pass rush, e os muitos jogadores para a função que o time trouxe usando escolhas altas de draft não engrenaram. Mesmo se Clay Matthews finalmente ficar saudável, tem coisa demais que o time precisa: outro pass rusher, pelo menos um MLB que seja capaz de acompanhar um TE e cobrir sua área do campo, e mais bife para a linha defensiva que seja capaz de executar alguma função decentemente. Então tem um buraco imenso ai que mesmo com bom cap o time não vai ser capaz de preencher.

Isso pode levar o time a focar do outro lado da quadra, esperando que ter um dos melhores QBs da NFL e um ataque devastador possa levar o time longe de novo. Embora o ataque tenha seus problemas (faltou WRs quando Cobb e Jones machucaram, e a linha ofensiva é um desastre), eles são menores e podem ser mais mascarados pela presença de um jogador fora de série dando as ordens. O time não vai com tudo atrás de um WR tendo Nelson e Cobb (e dificilmente irá dar muito dinheiro para Jones ser seu WR #3), especialmente com o sucesso que o time tem tido achando WRs no draft, e pode investir um pouco mais pesado em um novo tackle e um guard para fazer a vida de Lacy e Rodgers mais confortável. Com o que sobrar, devem atacar a defesa, e para sua sorte não faltam jogadores de linha nessa free agency - embora seja difícil dizer quais o time vai estar disposto a pagar. Com o histórico do Packers de não ir atrás de free agents, esperem um time bastante agitado na noite do draft.


Cincinnati Bengals

Eu falei antes, e defendo de novo, que entre os quatro times que foram eliminados na rodada de WC dos playoffs, o Bengals é quem menos deve estar satisfeito. Mesmo com uma temporada que viu Leon Hall e Geno Atkins se machucarem e perderem o resto da temporada, foi um final decepcionante para um time que todo ano promete e não cumpre. Então vamos começar com as boas notícias: Hall e Atkins devem estar de volta para 2014, fazendo do Bengals um dos times com base mais completa e talentosa da NFL... e uma TONELADA de espaço salarial.  Nada mau, certo?

Esse espaço salarial depende, claro, do DE Michael Johnson. Johnson é um free agent saindo de uma temporada espetacular, e que certamente vai ganhar um salário imenso em 2014. O Bengals tem o espaço salarial para trazer Johnson de volta ou mesmo usar a franchise tag no jogador, mas a organização acabou de comprometer muito dinheiro com Carlos Dunlap e Geno Atkins, e não me parece que o Bengals iria gostar de ter seus três jogadores mais caros sendo de posições tão semelhantes. O time tem tido muito sucesso achando DLs no draft, e possivelmente será mais vantajoso para a equipe achar e desenvolver 80% do jogador que Johnson era dessa maneira do que pagar 20 vezes mais para Johnson continuar na equipe, especialmente considerando dois potenciais free agents de 2015, que agora podem negociar uma extensão e que tornam a situação salarial do time tão interessante: AJ Green, e Andy Dalton.

AJ Green é simples: ele vai receber um contrato mastodôntico, seja hoje ou daqui a um ano, Cincy nunca vai deixá-lo ir embora. Já Dalton é um problema diferente. Embora seja um QB mediano ou até mesmo acima da média as vezes, ele não é muito mais do que isso e as vezes parece verdadeiramente medíocre. Embora tenha melhorado um pouco em 2013 com alvos cada vez melhores, Dalton ainda é basicamente o que tem sido sua carreira toda: um QB sólido que pode vencer com um grande time ao seu redor, mas dificilmente vá vencer grandes times sozinho. E embora a amostra seja pequena e eu ache inútil exagerar na reação com apenas três anos de carreira, muitos apontam para seus péssimos números em playoffs (um TD, seis interceptações, três derrotas decepcionantes) como uma prova de que ele não vai ser o tipo de jogador que levaria o time ao Super Bowl. A verdade é que ninguém sabe exatamente o quanto Dalton tem a oferecer e o quanto ele estaria segurando um potencial candidato ao Super Bowl, nem mesmo Cincy, então até eles descobrirem me parece muito improvável que se comprometam com o QB com um contrato longo. Eles muito provavelmente vão deixar Dalton jogar esse último ano, ver o processo e o resultado, e tomar uma decisão em 2015. Ent ão considerando que Dalton não deve ganhar um novo contrato até 2015, que o time tem bastante espaço salarial, e que Green está elegível para uma extensão... os cenários da equipe são muito interessantes.

O primeiro seria assinar logo com AJ Green uma extensão salarial, mas acho que o time não deve ter pressa. Assinar logo o contrato daria ao time a possibilidade de estruturá-lo de antemão da forma como fosse mais conveniente, mas isso pode ser feito ao longo da temporada, não existe motivo para pressa. Eles sabem que o contrato será finalizado em algum ponto, e a questão é o que fazer com o resto desse espaço salarial. Sem Johnson na folha de pagamentos, o time também não deve ter grande problemas mesmo que Dalton e Green tenham que reassinar juntos ao final da temporada, então cabe a grande pergunta: o que eles devem fazer com o espaço salarial restante? E a melhor resposta é contratar o máximo possível de bons jogadores, especialmente vindo de temporadas complicadas, em contratos de um ano (o modelo do Seahawks, inclusive). Esses jogadores não estarão mais no cap em 2015 quando os contratos de Green e talvez Dalton aumentarem, e eles aumentam as chances de sucesso no curto prazo da equipe. E se o time eventualmente decidir não renovar com Dalton, eles sempre podem renovar com os jogadores que já estão na equipe para continuarem no time enquanto procuram outra solução para QB. Me parece o mais razoável.

A questão ai seria quem buscar, pois o Bengals tem um dos times mais completos da NFL. O que não significa que o time não possa se beneficiar de upgrades em certas áreas: o time ainda precisa de um bom safety, e alguma profundidade para CB não seria de todo ruim com Leon Hall voltando de lesão. Um DE como Jared Allen, em contrato de um ano, seria ótimo para manter o nível de Johnson e suavizar a transição para o próximo jogador da posição. Um WR como Anquan Boldin também seria ótima companhia para Green no ataque e pode ajudar esse time a deslanchar. Não é tão fácil achar um bom encaixe em contratos curtos que ainda sejam um upgrade nesse time tão completo, mas não é um problema ruim para se ter. Na "pior" das hipóteses, o time pode assinar um free agent mais de topo (Michael Bennett?) a um contrato extremamente concentrado no primeiro ano, de forma a absorver o maior impacto salarial em 2014 e deixar a folha ainda estável para o futuro. Não me parece nada mau.



quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Um apanhado do resto da Free Agency

Vontae Leach pode ser gordo, mas a conta bancária dele é muuuito mais



Sinto muito pela demora em postar, as coisas estão corridas e os textos infelizmente não estão saindo com a rapidez que a gente queria. Mas pelo menos a gente continua por aqui quando conseguimos, não desistam da gente!

Desde o final do lockout da NFL (ou melhor, desde que eu voltei de viagem), a gente já falou de muitas coisas. Analisamos o Draft dos 32 times da Liga por divisão, comentamos sobre as diferenças entre os lockouts da NFL e da NBA e dissemos porque o da NBA não deve ser resolvido tão cedo. Também falamos muito da Free Agency, comentamos sobre como o Eagles montou um excelente time, dissemos que o Patriots, melhor time da NFL, apostou em veteranos com algum risco mas com alta recompensa em caso de sucesso para complementar os jovens jogadores do time e tentar cobrir suas falhas. Comentamos a contratação de seis Free Agents em dois posts separados (Parte I e Parte II) e também falamos dos caminhos opostos tomados por Seahawks e Cardinals, esse último acompanhado de uma análise da famosa troca pelo Kevin Kolb. Agora ficamos apenas com contratações menores, jogadas de menor importância sobre as quais que eu não acho que valha a pena ficar falando muito ou dedicando posts inteiros a elas. Por isso, esse post vai ser pra falar rapidamente (juro, vai ser curto!) de alguns times que até podem ser citados de passagem, mas não merecem mais do que isso. Felizmente esse período complicado por aqui coincide com o período antes da NFL e sem NBA, então é realmente uma época meio parada (Eu sei que tem pré-temporada, mas a pré-temporada é pros técnicos observarem seus times e seus jogadores, tem muito pouca coisa que realmente se pode extrair desses jogos). Mais pra frente vamos voltar com algumas novidades, temos programado um especial pro Blog, o Celo pediu pra falar do Pré-Olimpico de basquete e quando chegar a NFL devemos voltar a intensificar a coisa por aqui. Mas por enquanto, fiquem com...


Os que tem motivos para comemorar

Baltimore Ravens
O Ravens ainda tem vários problemas - falta um RT, já que o time não queria mais o Jared Gaither - e a principal chance do Ravens ser campeão depende do Joe Flacco aumentar o nível do seu jogo, especialmente nos playoffs. Ou seja, o Ravens vai precisar dar esse salto de dentro pra fora. Ainda assim, o Ravens teve um sucesso moderado nessa Offseason: Reassinou seu Free Agent mais importante no Chris Carr, trouxe de volta Free Agents relativamente importantes em Tom Zbikowski Marshall Yanda e Bernard Pollack, e assinaram dois Free Agents interessantes no Ricky Williams, pra ser o reserva do Ray Rice, e principalmente no Vontae Leach (que vai ganhar um contrato kajilhonário). O Leach foi o melhor FB da Liga em 2010 e uma das causas da temporada absurda do Arian Foster, e agora vai ocupar a função que já foi do Lorenzo Neal nesse ataque de Baltimore, o que vai ajudar a intenção do técnico de jogar mais pelo chão com o Rice. Uma adição cara, mas extremamente valiosa.

O time também perdeu alguns alvos que já foram importantes - Derrick Mason, Todd Heap - mas nenhum deles realmente estava contribuindo muito. Esse é um time que deveria ter ido atrás do Steve Breaston, mas conseguiu o Lee Evans do Bills no final das contas, via troca. Pra quem não lembra - todo mundo que não tinha ele no Fantasy - ele foi o WR do Bills que teve três TDs numa única partida em 2010 contra esse mesmo Ravens. Ele nunca deu muito certo em Buffalo (também, quem conseguiria?) mas tem a chance de dar um rebound na carreira e ajudar um veterano Anquan Boldin (Sem falar que o time pegou o Torrey Smith no Draft). O Breaston seria melhor do que ele, mas já é melhor do que o Mason atualmente. O Heap não vai fazer tanta falta, agora os TEs mais jovens do elenco como Ed Dickson e Denis Pitta vão poder tomar conta - como já deveriam ter feito ano passado.


Kansas City Chiefs
Vai ser difícil o Chiefs repetir a temporada 2010 que teve, o time talvez tenha chegado mais longe do que deveria. Mas não foi por isso que o time deixou de trazer jogadores importantes, ambos citados no time acima: Jared Gaither e Steve Breaston, além do LeRon McClain. O Chiefs sabe que chegou mais longe do que deveria, mas também sabe que a divisão tem como melhor time os pouco-confiáveis Chargers e que uma vaga pode acabar sobrando pro time. Por isso foi atrás de jogadores que fossem adicionar ao time, especialmente ao ataque. Gaither é problemático mas é um bom OT, e não só ele protege o QB bem como também é forte no jogo terrestre. A grande força do Chiefs foi a dupla de RBs e adicionar um bom RT e um dos melhores FBs da Liga só vai adicionar a essa força. E mesmo deixando claro que a intenção do time é continuar levando o ataque nas costas do jogo terrestre, o time teve o bom senso de pegar um excelente WR pra fazer par com o Dwayne Bowe. O Matt Cassell tem se desenvolvido num bom QB, mas com um alvo só esse ataque fica extremamente dependente do jogo terrestre. Um outro bom alvo - aliado ao promissor Tony Moeaki e ao excelente grupo de RBs - já vai fazer maravilhas pelo ataque aéreo do Chiefs. E acreditem, o time precisa disso.


Carolina Panthers
Não, vocês não estão sonhando, o Carolina Panthers se deu bem nessa Free Agency. Eu já bati aqui na tecla de que o Panthers não é um time tão ruim como pareceu em 2010, o time só teve muitos problemas e tem fraqueza demais em áreas chaves (leia-se QB). O time tem um núcleo muito jovem e talentoso, e o Panthers fez o excelente trabalho (que muitas vezes passa batido) de segurar esse núcleo jovem: Renovou com o ótimo DE Charles Johnson, trouxe de volta o DeAngelo Williams e assinou um contrato longo com o sensacional LB Jon Beason. Segurou jogadores menores (James Anderson é um bom jogador e liderou o time em tackles em 2010) e trouxe alguns bons FAs (Ron Edwards, Jeremy Shockey antes do lockout e especialmente o bom TE Greg Olsen), mas o que realmente fez o Panthers se destacar foi a forma como manteve os jogadores talentosos que formam o núcleo do time para o futuro - Para uma franquia em reconstrução, isso é de extrema importancia.


Os que ainda não sabem se ganharam ou perderam

San Francisco 49ers
É difícil um time que não sabe muito bem que caminho tomar (E nem em que caminho está) conseguir acertar nesses momentos complicados, como uma Free Agency totalmente maluca que nem essa. Acho que a unica certeza do Niners agora é que eles finalmente conseguiram um bom técnico pra começar a recolocar o time no caminho certo. O Niners apostou no Draft e no bom núcleo que o time conseguiu pra ir pra frente. Mas isso não quer dizer que o time não tenha conseguido bons jogadores. O time resolveu uma das maiores carências que tinha ao trazer o Center Pro Bowler Jonathan Goodwin do Saints (Pra quem não lembra, o 49ers perdeu dois jogos porque o C antigo cometeu dois touchbacks fazendo snaps por cima da cabeça do QB), adicionou um bom WR no Braylon Edwards pra melhorar o estagnado ataque aéreo do time e reforçou em muito sua secundária (Outra área carente) com o CB Carlos Rodgers e os Safetys Madieu Williams e Donte Whitner.

Mas por outro lado, o time viu a principal força da sua equipe - a defesa - perder QUATRO titulares: O CB Nate Clements, os LBs Takeo Spikes e Manny Lawson e o NT Aubrayo Franklin. Enquanto o Spikes e o Lawson não devem fazer tanta falta (O time tem substituto pro primeiro e o Lawson era muito problemático em relação ao que produzia), o Clements e especialmente o Franklin vão fazer muita falta. O Clements teve um 2010 fraco mas ainda era o melhor CB do time, e o Rodgers jogaria melhor do lado oposto a ele ao invés de jogar com o Shawnte Spencer (que joga melhor de nickel). O time reforçou muito bem o ataque e adicionou profundidade à secundária, mas perdeu muitos jogadores da sua defesa e, talvez, o segundo jogador mais importante dela no Franklin. Dependendo de como o 49ers repuser esses jogadores, a Free Agency pode ter sido boa ou ruim pro time.


Jacksonville Jaguars
O time Draftou muito bem e tem um grupo muito jovem e promissor pra acompanhar o calouro Blaine Gabbert. O time está conseguindo manter esse grupo - perdeu o Mike Sims-Walker, mas acho que ninguém por lá está infeliz de vê-lo pelas costas - e tratou de ir atrás de alguns jogadores jovens que ficaram livres graças ao novo CBA - ou seja, jogadores de quartas ou quintas temporadas, normalmente Free Agents restritos. Nesses caso foram o SS Dawan Landry, o ILB Paul Posluszny e o OLB Clint Sessions (Landry está indo pra sexta temporada, os outros indo pra quinta). Todos são jogadores com talento, que tiveram boas temporadas e eram titulares em times de playoffs (Tirando o Paul, que jogava no Bills). Sem dúvida o Jaguars reforçou seu elenco e adicionou ainda mais valor ao seu grupo. O problema aqui é que como o Jaguars não é exatamente o time mais atraente do mundo, eles acabaram pagando para esses jogadores contratos enormes, muito acima do que eles deveriam ganhar. Todos são bons jogadores, já disse, mas nenhum deles está entre os melhores da posição e estão ganhando como se fossem. Pra um time que daqui a pouco vai ter que começar a reassinar seus Free Agents e contratar os jogadores para fechar o elenco, essa manobra salarial ousada pode voltar pra assombrar daqui a uns anos.


Os times que saíram perdendo, seja mais ou seja menos


Chicago Bears
O Chicago Bears foi o rei dos times overachieving na temporada 2010, chegando até a final de conferência onde perderam para o Packers. O time não era ruim, era até bom, mas nem de longe tão bom assim. Um QB talentoso mas nem um pouco confiável, um grupo de WRs muito jovem, imaturo, com características repetidas, uma secundária questionável e uma linha ofensiva muito fraca acabaram sendo levadas nas costas por uma excelente defesa e uma linha de frente absolutamente sensacional (além de um ótimo ano do Matt Forte). O Bears precisava fazer as coisas bem feitas nessa offseason pra sonhar com uma final de conferência de novo, mas o time fez quase tudo errado.

Primeiro de tudo, deixou o seu melhor jogador da linha ofensiva, o Center Ex-Pro Bowl Olin Kreutz ir embora na Free Agency porque o time estava gastando demais e queria pagar menos por ele, e dai substituiu por outro C muito mais fraco que vai custar 500 mil a menos apenas. Depois não reassinou seu WR mais promissor (Devin Aromashodu) e trocou seu melhor recebedor (Greg Olsen) para pegar em troca Roy Williams e Marion Barber (Sem falar que o time apostou no Vernon Goldshon, um dos piores top10 draft picks dos últimos anos). Ou seja, o time acabou ficando sem NENHUM recebedor acima da média pra jogar com um QB não-confiável, enfraqueceu a já horrível linha defensiva e está contando com Roy Williams (que nos últimos dois anos jogou num ataque bem melhor e mesmo assim não fez nada) e Marion Barber (Um RB explosivo e forte que perdeu boa parte da sua força e explosão e que, embora ainda possa funcionar com um RB de curtas distâncias, está jogando no time com o ginásio de PIOR GRAMADO para esse tipo de jogada) pra se recuperar. Qual a chance disso dar certo?


New York Giants
O Giants, que joga na divisão do chamativo Eagles, está comemorando o fato de não chamar atenção da imprensa e estar, nas próprias palavras do elenco, "flying under the radar" (Tradução livre "Voando sob o radar", quando um time está indo bem mas sem chamar atenção). O time teve um Draft que eu gostei muito, tem um bom elenco, uma boa defesa e um time bem montado. Tem alguns problemas de consistência e atitude, mas o elenco é bom. Mas o Giants saiu da Free Agent sem nenhum reforço de peso (Mas com aquele famoso C do 49ers, o David Bass, que fez os dois snaps por cima do QB) e ainda perdeu dois dos seus alvos mais importantes, o líder em recepções Steve Smith e a válvula de escape Kevin Boss, sem adicionar nenhum recebedor melhor que o Michael Clayton. Pra um time que tinha um ataque funcional, mas sem ser ótimo, perder dois jogadores tão importantes assim faz uma grande diferença. Talvez o Giants não tenha tanto a comemorar assim.


Minnesota Vikings
Não vou nem comentar o fato do time ter perdido o Sidney Rice. Mas pense no seguinte: O Vikings acabou de ficar sete anos mais novo na posição de QB contratando um cara de 34 anos. Isso é tudo, Meritíssimo.

domingo, 14 de agosto de 2011

Algumas contratações, parte II


PANIC MOVE!

Quinta a gente comentou três Free Agents importantes que assinaram com times que buscavam o título, no caso Aubrayo Franklin em New Orleans, Ray Edwards em Atlanta e Plaxico Burress em New York. Pedindo desculpas pelo fim de semana sem posts, hoje a gente continua falando de outros três Free Agents importantes: Stephen Tulloch indo pro Detroit Lions, Johnathan Joseph indo pro Houston Texans e... Bem, Steve Smith indo para o Philadelphia Eagles. Eu sei que a gente já falou do Eagles antes, o Steve Smith trollou a gente e assinou com o Eagles logo depois que posso post saiu e a gente acabou não falando dele naquele post. De certa forma, até foi bom, porque naquele post meu objetivo era mostrar como os Free Agents que o Eagles assinou mudariam a forma do time de encarar seus adversários, enquanto que o Steve Smith é uma excelente adição mas não vai ter o mesmo papel de mudança do Nnamdi Asomugha, por exemplo.

A gente também não vai comentar algumas mudanças como por exemplo o Olin Kreutz indo para o Saints, porque apesar de ser um ex-Pro Bowler indo para um time que briga pelo título, não altera em nada, ele está lá indo simplesmente pra tapar o buraco que o Jonathan Goodwin deixou indo pro 49ers. Algumas mudanças menores - em especial o projeto bizarro do Seahawks - vão ganhar destaque mais pra frente, mas tudo a seu tempo.


Stephen Tullock, MLB, Detroit Lions

O projeto de reconstrução do Detroit Lions, depois de anos amargando a fama de franquia fracassada, seguiu aos trancos e barrancos. O time teve a pior campanha de um time na história da Liga (0-16), pegou um WR (Calvin Johnson) antes de conseguir um QB que lançasse para ele (Matthew Stafford) e ainda deu sorte algumas vezes por jogadores como o Ndamukong Suh cairem no colo deles. Mas depois de alguns anos e muito sufoco, o Lions finalmente já pode ser levado a sério. E mais importante, o time já pode SE levar a sério. Agora o time de Detroit tem um núcleo de ataque (QB, RB e WR) jovem, talentoso e promissor, um DT que apesar de ser sophomore já é um dos melhores jogadores de defesa da Liga, um calouro que apesar de problemático tem muito futuro e bons complementos a esses jogadores centrais, veteranos ou jovens. O time sabe que apesar de poder brigar por uma vaga nos playoffs essa temporada se o Stafford ficar saudável, o Lions não tem que se preocupar com esse ano e sim com o que vai vir pela frente. O essencial é conseguir jogadores que sejam habilidosos, mas também que possam acompanhar a garotada do time por vários anos, de preferencia jogadores jovens. Nessa situação o mais comum é via Draft, mas isso não quer dizer que de vez em quando um time desses não consiga achar algo assim na Free Agency. E ajudado pelo lockout, o Lions achou um no Stephen Tulloch.

O Tulloch é um MLB que jogava no Titans. Ele foi o líder do time em sacks mesmo após a saída do Albert Haynesworth e é um jogador que não só é habilidoso, atlético, muito rápido e que se tiver espaço vai ser muito perigoso como também tem só 26 anos. Como toda a defesa (jogadores e técnicos) se mandaram e o time aceitou que agora vai ter que recomeçar tudo de novo, o Stephen Tulloch, que virou Free Agent irrestrito por causa do CBA, seguiu o coordenador defensivo Jim Schwartz (atual Head Coach) para o Detroit Lions. O Lions tem uma linha defensiva monstruosa - Nick Fairley, Kyle Vanden Bosch e Suh - que pode e provavelmente vai manter os bloqueadores muito ocupados e isso vai criar muito espaço para o Tulloch atuar voando em direção ao jogador com a bola como ele sabe fazer. O Lions já tem uma boa dupla jovem na linha (Suh e Fairley), tem no Louis Delmas um safety muito promissor, assinou o também jovem Michael Johnson, SS que era titular do Giants mas virou Free Agent e o Giants não pode assinar por causa do teto salarial, pra formar uma boa dupla na secundária. Apesar de ainda faltar um bom Cornerback pro time, o Tulloch chega pra reforçar uma das poucas áreas da equipe que ainda não tinha um jogador jovem e talentoso para ser o líder da posição. Acabou de conseguir um. Excelente trabalho!


Johnathan Joseph, CB, Houston Texans

Toda vez que alguém usar alguma expressão como "Panic move", ela deveria por lei vir com uma foto do Johnathan Joseph. Como vocês viram, eu já tentei começar essa tradição, agora vamos ver se ela pega.

O Houston Texans é o famoso "time queridinho" da torcida, aquele time que todo mundo gosta, ninguém detesta, que tem bons jogadores, um timinho bacana e grandes expectativas mas que nunca as alcança. Depois que o Texans juntou o ótimo Matt Schaub com o genial Andre Johnson e montou um dos ataques aéreos mais explosivos da Liga, todo mundo achou que seria uma questão de tempo e maturidade pro time ser figura registrada nos playoffs da AFC. Mas o tempo passou e o Texans continuou no "quase". Mesmo depois de juntar sua dupla premiada com a surpresa Arian Foster, lider em jardas terrestres de 2010, o time não só não engrenou como regrediu pela primeira vez em algum tempo. Isso se deu, em grande parte, pela grande queda de produção da defesa. O Brian Cushing não repetiu em 2010 as boas atuações de 2009 depois de ser pego por uso de esteroides, e principalmente a perda do Dunta Robinson expos a secundária do Texans como uma das secundárias mais fracas de toda a Liga. Portanto, não era de se estranhar que o Texans entrasse no mercado em busca de um grande Cornerback pra sua secundária que mais parece a do time daqui da rua.

O grande nome no mercado de Free Agents era, naturalmente, o Nnamdi Asomugha, que como vocês deveriam saber acabou no Eagles. Mas antes de assinar com o Eagles, o Asomugha esteve sendo disputado principalmente por quatro times: Jets, 49ers, Cowboys e Texans. Quando Cowboys e Niners caíram fora, o Asomugha praticamente estava fechado com o Texans. Era apenas uma questão de tempo até fecharem negócio e acertarem os detalhes, a oferta era enorme e o Nnamdi tinha interesse em jogar lá (e na grana). Mas o Texans, que não queria sair de mãos abanando, também negociou com outro grande nome, o Joseph, ao mesmo tempo. E aí aconteceu o que causou o panic move do Texans: O Joseph disse que estava pronto pra assinar com o time.

Ou seja, o time estava quase conseguindo o Asomugha, o melhor CB da Free Agency e pra mim de toda a NFL, quando o Joseph já estava pronto pra assinar. Como o Texans estava disposto a abrir o cofre e tinha um time bem montado, acabou conquistando os dois cornerbacks. Mas o problema era o que fazer: Deixar passar o Joseph para ficar com o Asomugha - perderia o Joseph e tinha uma grande chance de assinar com o melhor CB, mas não estava garantido - ou então assinar o Joseph, perder a chance de sair com o Asomugha, mas pelo menos garantir um CB de elite sem a menor chance de erro. Apesar de que era quase certo que iriam assinar o Asomugha, o time morreu de medo de sair de lá sem ninguém e fechou com o Joseph na hora. Foi, pura e simplesmente, um panic move, o time entrou em pânico e assinou a primeira opção que apareceu de CB, ainda que uma melhor estivesse muito próxima.

Ainda que inegavelmente tenha sido uma decisão motivada por puro pânico de sair de mãos abanando, não da pra falar que o Texans se saiu mal. O Joseph não é tão absurdo como o Asomugha, mas é um CB de elite, e também é quatro anos mais novo que o Nnamdi. O Texans conseguiu seu CB de elite, acabou optando por pegar um mais garantido do que um melhor mas com uma mínima (mas existente) chance de dar errado. Panic move total, mas não foi tão ruim como pagar 35 milhões pro Travis Outlaw. Saíram com um grande jogador, embora com mais calma provavelmente sairiam com um melhor.


Steve Smith, WR, Philadelphia Eagles

Antes que as pessoas confundam, esse é o Steve Smith que era do Giants, e não o que era do Panthers. Se fosse o do Panthers, mandassem logo o Lombardi Trophy pra Philadelphia (se ele conseguisse ficar saudável).

Mas mesmo sendo o Steve Smith menos bom, ainda foi uma adição sensacional para o ataque do Eagles, e eu explico porque. Como eu falei quando comentei as aquisições anteriores do Eagles, o time usou o seu baixíssimo teto salarial (fruto da renovação) para contratar Free Agents em profusão que complementem o excelente núcleo jovem da equipe (mais o Michael Vick, que não é tão jovem assim). O Giants, que estava muito acima do novo teto salarial, se viu obrigado a abrir mão de alguns jogadores, e um deles foi o machucado Steve Smith. O Eagles aproveitou e adicionou o jovem receiver.

O Smith é talentoso por si só. Depois da prisão do Plaxico Burress, que a gente comentou no útlimo post, o Giants se comprometeu com seus WRs jovens para tomar o lugar da sua antiga estrela, entre eles Mario Manningham, Smith e Hakeem Nicks. O Smith foi o segundo jogador com mais recepções em 2009 (Wes Welker foi o primeiro), bateu o recorde da história do Giants pra mais recepções em uma temporada e foi ao Pro Bowl naquele ano. Tudo isso na sua primeira temporada como titular, dividindo as atenções com outros WRs (O nº1 do time era o Nicks) e com o Eli Manning de QB. Ano passado ele começou bem, mas teve problemas com lesões e acabou perdendo vários jogos. Na verdade ele ainda está lesionado, mas a expectativa é de que ele volte a tempo para começar a temporada.

O que eu mais gostei nessa contratação é que ele é um tipo de WR que o time não tinha. Os dois WRs titulares do time, DeSean Jackson e Jeremy Maclin, são jogadores de velocidade, de jogadas longas. O Smith é o contrário, um WR de possession, para rotas mais curtas e para jogadas de segurança. Sem um TE de elite (eu gosto do Brent Celek, mas ele ainda não é tão confiável a esse ponto) a presença de um WR desse tipo é muito importante, ele da uma opção mais rápida, fácil e garantida para um QB. O ganho geralmente não é muito grande - pra isso existem Maclin e Jackson - mas é um alvo diferente do que o time costuma oferecer e que vai deixar o ataque aéreo muito mais rico, especialmente se o Maclin demorar para voltar. Ótima contratação, ótimo jogador. A versatilidade que ele vai oferecer ao ataque vai deixar o Vick ainda mais confortável pra continuar desenvolvendo suas habilidades de passador de dentro do pocket.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

O fim do lockout!!

Não, você não leu errado, o lockout da NFL realmente acabou!! Depois de malditos 136 dias, muita conversa, muitos processos e pouca definição, a água bateu na bunda da galera e ambas as partes aceleraram o processo, e finalmente conseguimos o que queriamos: A volta da NFL!

Eu falei quando voltei de viagem que esse lockout era uma simples questão de ganância, sobre como dividir a enorme quantidade de dinheiro que a Liga faz todo ano entre jogadores e times, que a relação entre ambos os lados não era de todo ruim e que quando a temporada ameaçasse ter problemas, ambos os times iam se apressar pra colocar as coisas a limpo. Dito e feito, conforme fomos nos aproximando da pré-temporada ambos os lados voltaram a negociar, esqueceram os problemas na Justiça, abriram mão de algumas coisas e montaram um CBA que agradou a ambos os lados. Tivemos uma ameaça de problema quinta feira, quando os jogadores decidiram avaliar com mais calma alguns detalhes que eles consideraram que foram apressados pela Liga, mas no final chegaram todos a um acordo e hoje tivemos a votação do novo CBA, que foi aprovado por unanimidade. Tanto o DeMaurice Smith como o Roger Goodell já declararam que o novo CBA é pra valer e que o lockout oficialmente acabou. O novo CBA terá duração de 10 anos e nenhum dos lados poderá quebrar o acordo unilateralmente.

Minha ideia hoje é deixar um pouco as análises do Draft em hold - paramos na NFC South - pra explicar o que acontece daqui pra frente. Um texto mais curto e light, e amanha a gente retoma o Draft e se prepara para a porralouquice que vai ser essa Offseason, ainda que curta.

No momento, o CBA foi votado e aprovado por ambas as partes, e as duas chegaram amigavelmente a um acordo, de forma que é extremamente improvável que tenhamos algum tipo de reviravolta. A NFLPA já entrou com o processo para ser refeita como sindicato (Lembram de quando ela se desfez?) e o novo CBA já deve ser oficializado. Mas como o lockout foi oficialmente levantado e ela está se refazendo, isso quer dizer que a partir de amanhã os jogadores já vão poder interagir com os times e comparecer às dependências dos seus times.

Ainda amanhã, os times já vão poder assinar seus calouros e reassinar os seus jogadores que vão virar Free Agents, e ainda pior, dispensar os seus jogadores que não quiserem. Pelo novo CBA, o teto salarial vai sofrer uma redução substancial, e alguns times vão ter que cortar jogadores para se manterem abaixo dele, então eles podem começar a ser dispensados a partir de amanhã. Também amanhã os times já vão poder discutir trocas entre si e conversar com Free Agents de outros times e calouros que não foram draftados, ainda que não possam assinar com nenhum deles e nem oficializar as trocas. Atualização: Foi confirmado agora a noite que os times já estão autorizados a assinarem com jogadores não draftados, e a maior parte dos times já está indo atrás e fazendo negócios. O resto das restrições - trocas e Free Agents de outros times - continua.

Provavelmente também serão os dias em que os times vão aproveitar para realizar testes físicos com seus jogadores e ver qual deles precisam de um treinamento especializado, caso por exemplo do Peyton Manning, que se recupera de um problema no pescoço. Na quarta feira começaram os training camps, 10 times já marcaram os primeiros treinos para quarta feira, outros 10 para quinta, 10 para sexta e os 2 restantes para o final de semana.

Na quinta feira, começa o período de Waivers (quando os jogadores dispensados passam 24 horas na Waiver e qualquer time pode chamá-lo de lá, e aí entre os que chamaram o time com o pior record tem preferência. Também é quinta feira que começa o período de dispensas, e isso vai ser muito importante porque o novo teto salarial está abaixo do antigo e com os contratos feitos pelo antigo CBA vigentes, muitos times vão ser obrigados a realizarem dispensas para ficarem abaixo do novo teto ou terem espaço suficiente pra assinarem calouros ou Free Agents.

E sexta feira, enfim, a Free Agency vai ser liberada de forma definitiva. A partir das 7h da noite de sexta, os times vão poder assinar Free Agents, realizar trocas e coisas do tipo. Vai ser quando a loucura vai começar de vez, porque os times vão ter apenas uma semana pra assinarem e trocarem todo mundo antes que começe a pré-temporada (Supondo que ela comece dia 7 mesmo), então o volume de movimentações de jogadores nessa semana vai ser ridiculo, e eu vou ter que me desdobrar pra conseguir cobrir tudo isso. Mas enfim, a gente consegue. O que realmente importa é que, de uma vez por todas, a NFL está de volta. Nosso segundo semestre está salvo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Boletim NFL

A Offseason ainda não pegou pra valer, ta todo mundo esperando se sai ou se não sai o novo CBA antes de começar a negociar com free agents. Mas de certa forma, a melhor hora pra negociar com Free Agents é agora, porque os jogadores ainda podem receber e assinar um contrato. Passado o prazo final do CBA - que foi era ontem, mas que foi estendido em 24h e boatos dizem que pode ser estendido uma semana - os times tem que esperar um novo CBA para assinar contratos. Alguns preferem esperar, alguns preferem ir à caça o quanto antes. Por isso trouxe o Boletim NFL pra atualizar vocês nas questões interessantes da NFL por agora, a mais importante sendo a extensão do CBA.

Atualizando: A NFL e a associação dos jogadores extenderam o prazo para a definição da nova CBA em sete dias. Portanto, o novo prazo agora é sexta, 11 de março.

Também aproveito para atualizar pra vocês a lista dos players que receberam a Franchise Tag, e se você não sabe o que é Franchise Tag é só ler nesse post do Marcelo. Mais jogadores foram Taggeds, então aproveito pra trazer a lista completa:

Pittsburgh Steelers - Lamarr Woodley LB
New England Patriots - Logan Mankins G
Philadelphia Eagles - Michael Vick QB
New York Jets - David Harris LB
San Diego Chargers - Vincent Jackson WR
Baltimore Ravens - Haloti Ngata DT
Indianapolis Colts - Peyton Manning QB
Kansas City Chiefs - Tamba Hali LB
Minnesota Vikings - Chad Greenway LB
Cleveland Browns - Phil Dawson K
Carolina Panthers - Ryan Kalil C
Jacksonville Jaguars - Marcedes Lewis TE
Miami Dolphins - Paul Soliai DT
Oakland Raiders - Kamerion Wimbley LB

Dessas todas, apenas o Vick e o Manning receberam uma Tag exclusiva. Vale a pena reparar que o número de players que receberam a Tag é bem superior ao do ano passado, quando apenas cinco jogadores receberam. A Franchise Tag é um recurso que impede seus melhores free agents de deixarem o time, mas também é um recurso caro, já que você paga ao jogador 120% do seu último salário OU a média dos cinco maiores salários da Liga na sua posição na última temporada, o valor que for maior. Isso porque a classe de Free Agents desse ano realmente é muito melhor do que a do ano passado em termos de nome, destaque para o Carolina Panthers que Taggou o Ryan Kalil, segundo Center da história a ser Tagged, e por isso corre o grande risco de perder o melhor jogador do time, o RB DeAngelo Williams. O time claramente decidiu apostar no futuro (ou presente) do Jonathan Stewart. Outro exemplo de time com mais jogadores do que Tags é o Vikings, que mesmo tendo colocado a Tag no Greenway ainda tinha Sidney Rice e Ray Williams virando Free Agents, e ambos declararam interesse em testar seu valor no mercado, dificilmente voltando para Minneapolis.

Outro caso interessante é o do Vincent Jackson. Ele já tinha recebido a Tag ano passado, mas se recusou a assinar um contrato com seu time porque o time não estava disposto a oferecer o que o WR queria, um contrato longo, devido às incertezas do novo CBA. Esse impasse se prolongou, fato que explicamos em um dos nossos primeiros posts, sem que V-Jax assinasse um contrato. O jogador queria ser trocado, mas o Chargers não o trocou e Jackson acabou assinando um contrato curto para jogar o resto da temporada. O Chargers tinha a clara intenção, a princípio, de deixar o Jackson ir embora, mas depois de sofrer toda a temporada por causa de falta de WR, tendo que depender de jogadores inconstantes como Lagedu Nanee e Malcom Floyd, principalmente depois da lesão do Antonio Gates, e depois que o Jackson anotou 150 jardas e 3 TDs contra o 49ers, o Chargers pensou duas vezes em deixar o jogador se mandar e colocou a Tag nele. Jackson disse que fica mas ainda quer um contrato longo, e o Chargers diz que prefere esperar um ano antes, para ver o comportamento do jogador, que claramente saiu queimado do ocorrido. Mas como a nova CBA quando sair vai ter uma duração longa, o Chargers pode também estar apenas esperando o CBA sair para então oferecer um contrato longo dentro dos seus termos. Vamos ver no que vai dar.
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Também tivemos algumas aquisições importantes na Free Agency e alguns jogadores que renovaram que eu vou citar apenas por diversão, que são Champ Bailey do Broncos e Ronde Barber do Bucs, dois dos melhores CBs da última década e que já estão relativamente velhinhos. O Bailey assinou um contrato de quatro anos, e o Barber de apenas um. O Broncos claramente quer tentar ganhar o que puder, como puder, e o contrato que ofereceram pro Bailey é mais desespero do que outra coisa. Por outro lado, o contrato de um ano do Barber mostra que o time está realmente comprometido com a renovação do time e do elenco, e o Barber disse que quer ficar para poder servir de mentor para a molecada e em especial pro CB Aqib Talib, que é excelente jogador mas tem alguns problemas de personalidade.

Na Free Agency, as principais contratações foram de quatro veteranos: Jeremy Shockey, Shaun Rogers, OJ Atogwe e Bob Sanders.

Jeremy Shockey é um TE veterano que nunca foi um jogador fora de série mas que sempre foi um jogador muito sólido. É ótimo bloqueando, é capaz de receber passes e sabe usar seu corpo pra se posicionar na frente dos adversários para conversões curtas e difíceis, como a two-point conversion que o Saints fez no Super Bowl do ano passado. Shockey fez parte de dois elencos campeões - O Giants de 2007 e o Saints de 2009 - e sempre foi um jogador que fazia o trabalho sujo muito bem. É o tipo de veterano importante para times que busquem evoluir. No entanto, ele vem tendo problemas com lesões desde seu último ano no Giants, principalmente no joelho. Essas lesões tem minado sua forma física, acabado com sua regularidade e tem atrapalhado sua sequência no time, até que foi dispensado pelo Saints, que tinha outros jogadores jovens para a posição e não precisava do Shockey recebendo um salário tão alto. Ainda assim, é um jogador que atrai interesse e o Miami Dolphins - um time bom mas com muitas peças precisando de um upgrade - pareceu querer trazer o jogador, mas na última hora o GM não quis fazer uma proposta e Shockey foi para o Panthers. O Panthers é um time que foi muito bom algum tempo atrás mas que com a saida do Williams, a situação precária de QBs e a falta de capacidade do elenco é um time que grita 'reconstrução'. O Shockey é um TE que vai ajudar o time e é um alvo grande e experiente para o QB da equipe, seja ele o Jimmy Clausen ou qualquer calouro que eles draftem. Em outras palavras, o papel dele vai ser apenas pra ajudar a desenvolver o QB do time, porque eu não vejo que outro interesse um time claramente em reconstrução teria para um veterano com histórico de lesões.

Já o Shaun Rogers é outro veterano e que tem três Pro Bowls na bagagem. A famosa Beluga Negra foi o pilar da defesa do Browns e do Lions ao longo da sua carreira, mas com a idade sua eficiência vem diminuindo e acabou sendo dispensado do Browns. Ele ainda é um jogador de muita massa e que, se não tem a mesma capacidade de dar tackles e sacks que outrora teve, pelo menos ainda ocupa uma posição na linha defensiva que é capaz de forçar algumas dobras de marcação. Segundo constam, Rogers tinha propostas de seis milhões de patacas de Redskins e Seahawks, mas preferiu assinar um contrato de 'apenas' quatro milhões com o Saints. A idéia aqui é claríssima: Rogers queria ir para um time com uma chance real de título, e o Saints era um time que vinha tendo problemas defensivos e que precisava de um pouco de bife na linha defensiva. O que também mostra claramente que o Saints ainda acredita em tentar mais algumas corridas para o título mesmo com o seu principal jogador ofensivo, Darren Sharper, devastado por lesões. O Saints conseguiu se reforçar com essa troca e deve ficar menos vulnerável ao jogo terrestre, boa aquisição para eles.

Já o OJ Atogwe era mais ou menos o que o Broncos deveria ter feito com o Bailey. Atogwe não era tão velho quanto o Bailey e também nunca foi tão bom, mas era um safety bom e que foi importante na grande melhora do Rams temporada passada - melhora essa que eu defendo que veio pela defesa, e não pelo ataque. Mas o Rams é um time em reconstrução, pronto pra entregar tudo pro Sam Bradford e ir aos poucos montando o time em volta dele e do Steven Jackson. O Atogwe tem apenas 29 anos, mas iria ganhar mais de oito milhões de patacas e o Rams não estava disposto a pagar isso para um jogador que estava começando a ficar velho e que seria muito mais útil para um time disposto a vencer agora do que um time que quer reconstruir para o futuro. Assim, o Atogwe foi formar com o LaRon Landry a dupla de safetys do Redskins. Eu não sei quem o Redskins ta enganando, eles não tem time nem QB para tentar ser campeão, mas o time parece desesperado por adicionar veteranos como se fossem tentar uma corrida para o título. A defesa tem bons jogadores, a dupla de safetys é forte, mas o time não vai a lugar nenhum assim, pelo contrário, é o time mais fraco na divisão. Não entendo que milagre o Redskins está esperando.

Por fim, o grande Bob Sanders, The Eraser. Sanders é um caso muito triste que vai ganhar a medalha Penny Hardaway de jogador que poderia ser genial se conseguisse ficar saudável. Quando estava saudável, ele era considerado um dos três melhores safetys da Liga junto com Troy Polamalu e Ed Reed, era um jogador absurdamente ágil e que era excelente reconhecendo a jogada e parando o jogo terrestre, além de dar umas pancadas bem fortes e ser ótimo na cobertura aérea. Era um dos melhores safetys da NFL, daqueles que poderia quem sabe entrar para a história, mas infelizmente ele nunca conseguiu ficar saudável tempo suficiente para isso. Já faz mais de três temporadas que o Bob Sanders não consegue jogar mais do que uma partida. Primeiro, foi uma lesão grave no joelho, que acabou sendo recorrente. Depois, ele estourou o biceps numa partida e não voltou mais. Essa temporada ele se machucou logo na primeira partida e não voltou mais. Por melhor que ele fosse, não dava pro Colts ficar segurando ele pra sempre se ele não jogasse, e ai ele foi dispensado. Assim, o Chagers acabou indo atrás do Sanders e o pegou. Eu não acho que ele, mesmo que saudável, possa voltar a ser o safety que era. Eu duvido até de que ele possa ficar saudável com a freqüência necessária para contribuir para o Chargers. No entanto, o contrato é só de um ano e baixo, o Chargers não tem muito a perder e se saudável pode ser um bom jogador. Só não entendo porque ele ainda não parou, o corpo dele claramente não agüenta mais.
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No aguardo de mais novidades sobre a CBA. Quaisquer novidades, a gente traz e posta aqui para vocês. E não esqueçam de seguir nosso twitter, www.twitter.com/tmwarning

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A Offseason - Free Agency

"Ele!? Não, pô! Me escolhe aí!"

Sim, galera, acabou a temporada da NFL. Agora, uma das partes mais legais da temporada começa! A off-season sempre marca a formação dos times para a temporada seguinte, e, como não pode faltar em todo ano da NFL, contratos estão acabando e a lista da Free Agency está enorme.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! O que é a Free Agency?!"

Calma, meu chuchuzinho, o titio vai explicar. A free agency é, nada mais, que a lista de jogadores cujos contratos expiraram e, a partir desse momento, estão livres para negociar com outras franquias da liga.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Os cara lá da Enéféu num pódi mudá dus time no meio do ano?!"

Sim, meu querido. Eles podem. Porém é extremamente arriscado para o jogador, que pode não se encaixar bem no playbook do time que o contrata, e nada lucrativo para o time que o perde.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que si acabô us contrátu, us cara vazum logo dus time?"

Não, não, amorzinho. Existe, dentro do regulamento da NFL, um artigo que permite às franquias segurar os jogadores que têm mais de 3 anos de serviço, jogando por elas. São os Restricted Free Agents (Jogadores livres restritos). No caso desses jogadores, a franquia tem a prioridade na renovação do contrato do jogador. Se uma franquia oferece um contrato mais alto, sua atual franquia tem o direito de igualar a oferta e se manter com os direitos do jogador.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que us jogadô fica as vida inteira nu mêmo time!?"

Pelo contrário! Assim como existem os Restricted Free Agents, existem os Unrestricted Free Agents (Jogadores livres Não-Restritos). São aqueles jogadores cujo contrato expirou depois de 6 anos ou mais de serviço à franquia. Esses jogadores ficam completamente livres para negociar com outras franquias, sem benefício algum às suas franquias atuais.

"Mas, mas, mas...Ô TIO! Qué dizê nitão que tudu us jogadô da Néfiél tão nessas situação?!"

Não. Além disso existem os jogadores cujos contratos não acabaram, dã! Além disso, existem os jogadores que estarão no Draft desse ano, jovens vindos do College que, através de um sistema de escolhas, entrarão na NFL. Isso nos leva ao último caso dos free agents. Os Undrafted Free Agents (Jogadores livres Não-Escolhidos no Draft). Os jogadores que vieram do college e não são draftados são, automaticamente, colocados nessa lista. Eles, assim como os Unrestricted Free Agents, estão completamente livres para negociar com qualquer franquia.

"Ah, tio! Qué dizê nitão que si um time tem as moráu, ele sai pegano tudu que é doido?!"

Hoje em dia, sim! A NFL tinha, até o ano passado, um sistema de Salary Cap (teto salarial) que impedia que um time tivesse uma lista de pagamento enorme, equilibrando assim a distribuição dos free agents pelos times. Porém, ano passado, resolveu-se que não se usaria o Salary Cap. Esse ano, ainda não se sabe como será feito esse controle, se é que será feito. Inclusive essa é uma das maiores brigas da liga, e que, inclusive, trás rumores de uma possível greve, que pararia a NFL por um ano, o que eu, sinceramente, não acredito.

"Esse tio é dos lokera, mano, insplicô tudim! Vô até pega uns Fieident pá mim!"

Não. Isso ainda não é tudo! A NFL trabalha com um sistema de "Jogadores de Franquia". São jogadores de uma grande importância para uma franquia (citemos aqui Peyton Manning, que se encaixa no caso), que, mesmo com seu jogador tendo mais de 6 anos de serviço à franquia, são beneficiadas na renovação do contrato desses jogadores. Porém, cada franquia tem o direito de "marcar" dois jogadores por ano. Mas não da mesma forma. A NFL usa 2 Tags ("marcas"). A Franchise Tag, mais forte, permite que uma franquia "prenda" um jogador que esteja prestes a se tornar um Unrestricted Free Agent, se certas condições contratuais forem devidamente seguidas. A Franchise Tag pode ser:

- Exclusiva, não permitindo que o jogador negocie com outras franquias, mas, para isso, a franquia precisa oferecer um contrato de um ano com o maior valor entre: A média entre os 5 maiores salários da posição do jogador ou 120% do seu salário anual antigo

- Não-Exclusiva, permitindo que o jogador negocie com outras franquias, oferecendo as mesmas condições contratuais dos exclusivos. Porém, no caso do jogador assinar com outra franquia, seu antigo time recebe, como bonificação, duas escolhas de primeiro round nos drafts seguintes.

Além disso, existe a Transition Tag, que permite, praticamente, que a franquia transforme um Unrestricted Free Agent em um Restricted Free Agent por temporada. Leiam bem. Eu disse "praticamente". A Transition Tag é uma ferramenta que possui clausulas complicadíssimas, que, se eu fosse parar aqui pra explicar, esse post deixaria de ser sobre a free agency e passaria a ser sobre Poison Pills, malandragem usada por alguns times para burlar as Transfer Tags.

Até agora, os jogadores já marcados pelas Franchise Tags esse ano são:

Logan Mankins - Guard - New England Patriots (Não Exclusivo)
Michael Vick - Quarterback - Philadelphia Eagles (Exclusivo)
David Harris - Linebacker - New York Jets (Não Exclusivo)
Vincent Jackson - Wide Receiver - San Diego Chargers (Não Exclusivo)
Haloti Ngata - Defensive Tackle - Baltimore Ravens (Não Exclusivo)
Peyton Manning - Quarterback - Indianapolis Colts (Exclusivo)
Tamba Hali - Linebacker - Kansas City Chiefs (Não Exclusivo)

"Quanta dificudádi! Fala logo dus mano que tão sem time aí, véi!"

A lista da free agency, como todo ano, é extensa e apresenta jogadores importantíssimos para suas franquias. Por isso, é errado dizer que todos os jogadores presentes na lista serão transferidos. Na verdade, grande parte deles acaba renovando seu contrato com suas atuais franquias. Então, os comentários aqui serão feitos apenas sobre os mais importantes da lista, separados por posição. No final, a lista completa será postada, para que vocês, leitores, analisem e tirem suas próprias conclusões!

"Anda lóóóógu, véi!"
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- Quarterbacks

A lista é grande, porém, um Quarterback importante para seu time, geralmente, não sai. É o caso de Peyton Manning, que já recebeu a Franchise Tag Exclusiva do Indianapolis Colts e, muito provavelmente, renova seu contrato. Por ser uma posição chave e que requer muito estudo de playbook e de forma de jogar, além do modo de jogo a ser adaptado com um novo quarterback, as transferências são raras. Porém, alguns casos se fazem necessários.

É o caso do Minessotta Vikings, que tinha o veterano Brett Favre como seu QB. Porém, Favre está fora da liga. Anunciou sua décima quinta aposentadoria, ainda dizendo que dessa vez é real. Porém, mesmo assim, seu contrato com os Vikings expirou, e, depois da pífia temporada de 2010, é muito difícil que o time dos Vikings queira renovar o contrato do vovô. Pela lógica, o QB de Minessotta voltaria a ser Tarvaris Jackson, que não desperta muita confiança. Porém Jackson também terminou seu contrato, se tornando um Free Agent. Com isso, os Vikings tem três opções:

- Renovar o contrato de um dos dois QBs e arriscar. (Difícil que se escolha por essa opção)
- Buscar um calouro no Draft e arriscar. (É mais risco que a renovação, acho quase impossível que caiam pra esse lado)
- Trazer algum QB da Free Agency. (Bela opção)

O mesmo caso acontece com o San Francisco 49ers, onde os QBs Alex Smith e Troy Smith encerram seu contrato nessa off-season. Porém, a estrada do 49ers se torna mais fácil, tendo em vista que ambos são QBs novos e não tão caros. A renovação dos 2 seria a melhor saída, para um time que cresceu de produção no final da temporada.

Outra situação preocupante é a do Washington Redskins, que teve problemas com o excelente veterano Donovan McNabb, que perdeu a vaga (mesmo o time já estando virtualmente fora da pós temporada) para o reserva Rex Grossman (o mesmo que levou o Bears ao Super Bowl em 2006, fraco), que teve atuações até melhores que a do titular, mas que termina seu contrato agora. A dúvida é: McNabb se recupera esse ano? Não seria o caso de ter um backup melhor que o Grossman?

Na onda dos backups, o Chicago Bears entra com força total. Já era comprovado que o time sofria de uma forte carência de reservas para o muitas vezes problemático Jay Cutler. Mas o problema se agrava à medida que os 2 reservas, Todd Collins e Caleb Hanie, terminam seu contrato nessa off-season. Caleb Hanie, inclusive, mostrou bom braço na final de conferência, quase levando o Bears ao empate contra o campeão Green Bay Packers. Mas não seria o caso de ter alguém como o não aproveitado Seneca Wallace, cujo contrato também expirou, como backup?

O caso mais significativo entre os QBs é o do Seattle Seahawks. Matt Hasselback está ficando velho. Mesmo assim, mostrou, nos playoffs, que ainda tem lenha para queimar. O veterano encerra seu contrato, e a questão fica. Seria a hora dos Seahawks investirem numa renovação de um time que não figura entre os grandes da NFL há algum tempo, ou seria a hora de ver até onde o velho Matt pode ir e arriscar na manutenção e no entrosamento de um time liderado por um jogador cuja carreira não dura mais tanto tempo?

A lista dos Quarterbacks sem contrato é:

Peyton Manning
Michael Vick
Brett Favre
Seneca Wallace
Matt Hasselback
Matt Moore
Alex Smith
Matt Leinart
Marc Bulger
Todd Collins
Caleb Hanie
Brady Quinn
Drew Stanton
Trent Edwards
Luke McCrown
Brodie Croyle
Chad Pennington
Tyler Thigpen
Tarvaris Jackson
Jim Sorgi
Kellen Clemens
Kyle Boller
Bruce Gradkowski
Dennin Dixon
Billy Volek
Troy Smith
Kerry Collins
Rex Grossman

São diversas opções para diversos problemas. Mas será que são opções válidas?

"Viji Maria! Tem time pra issu tudigente jogá!?"

Atualizando: O Celo esqueceu da grande estrela da classe de free agents de QBs de 2011: O Free Agent moral, Jamarcus Russell!
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- Running Backs

Essa sim é uma lista enorme. E importante. Muitos BONS Running Backs não aproveitados devem sair e buscar uma vaga em times que estão precisando. Porém é aqui onde veremos o maior número de Franchise Tags.

É o caso de Michael Bush. O jogador do Oakland Raiders ficou boa parte do ano à sombra de Darren McFadden, mesmo que tenha tido algumas excelentes atuações. Outros RB nessa mesma situação são Darren Sproles - praticamente deixado de lado com o crescimento de Mike Tolbert - Derrick Ward, Brandon Jackson, e outros.

Um caso curioso é o do Miami Dolphins. Seus dois RB, que, nessa temporada, não foram bem, estão na lista. Ronnie Brown e Ricky Williams devem se separar. Provavelmente Miami só renova com um deles, e sai em busca de reforços pra outras áreas mais carentes de seu jogo.

A lista é reforçada por craques como Arian Foster, DeAngelo Williams, BenJarvus Green-Ellis, Pierre Thomas, além de muitos outros, alguns deles devem receber as marcações de seus times, como o caso do Foster.

Expectativas em cima do veterano Brian Westbrook, que, na última temporada, pelo San Francisco 49ers, entrou no lugar do contundido Frank Gore e, quando nada se esperava dele, mostrou que ainda tem muito gás e pode ajudar times que sofrem com a falta de um bom RB.

A lista dos RB:

DeAngelo Williams
Arian Foster
Ahmad Bradshaw
Cedric Benson
Mike Tolbert
Darren Sproles
BenJarvus Green-Ellis
Ronnie Brown
Ricky Williams
Michael Bush
Pierre Thomas
Leon Washington
Vonta Leach
Le'Ron McClain
John Kuhn
Tim Hightower
Jerious Norwood
Mike Bell
Laurence Marooney
Kevin Smith
Brandon Jackson
Derrick Ward
Joseph Addai
Mike Hart
Patrick Cobbs
Sammy Morris
Kevin Faulk
Fred Taylor
Danny Ware
Jerome Harrison
Mewelde Moore
Brian Westbrook
Kenneth Darby
Michael Spurlock
Cadillac Williams
Jason Snelling
Brian Leonard
Lawrence Vickers
Jerome Felton
Korey Hall
Lex Hilliard
Naufahu Tahi
Tony Richardson
Heath Evans
Marcel Reece
Ahmard Hall

"Essis negu tudo são aqueles que recebe as bola pá corre?!"
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- Wide Receivers

Nessa lista temos algumas curiosidades, e é possível que vejamos, também, algumas tags aqui. É o caso do já marcado Vincent Jackson, que não sai dos Chargers esse ano.

Os consagrados veteranos Terrell Owens e Randy Moss estão disponíveis no mercado. Moss é praticamente certo de sair dos Titans. Já Owens terá problemas na sua renovação. Como o RB Cedric Benson também encerra seu contrato, o Cincinatti Bengals não protegerá os 2 jogadores com a tag. A procura será forte pelo jogador que não a receber.

Outros ótimos WR encerram seu contrato. Santonio Holmes vem sem tags para a lista, Santana Moss já foi liberado pelo Redskins, e ainda esperamos notícias sobre Sidney Rice, Braylon Edwards, Malcom Floyd, Mike Williams, Steve Breaston, Mike Sims-Walker, TJ Houshmandzadeh, Legedu Naanee e Lance Moore.

A lista dos WR fica com:

Vincent Jackson
Sidney Rice
Santonio Holmes
Braylon Edwards
Malcom Floyd
Steve Smith (NYG)
Terrell Owens
Randy Moss
Mike Williams
James Jones
Steve Breaston
Early Doucet
Brian Finneran
TJ Houshmandzadeh
Rashied Davis
Devin Aromashodu
Chansi Stuckey
Sam Hurd
Jacoby Jones
Mike Sims-Walker
Kevin Curtis
Hank Basket
Greg Lewis
Lance Moore
Courtney Roby
Derek Hagan
Darius Reynaud
Brad Smith
Johnnie Lee Higgins
Legedu Naanee
Ben Obomanu
Laurent Robinson
Danny Amendola
Mark Clayton
Maurice Stovall
Santana Moss

"Eu já tô todus perdidos quesses nômi tudo."
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- Tight Ends

Eles protagonizaram alguns dos melhores lances do ano. Inclusive grandes defesas, como a do New York Jets, tem sérios problemas com bons Tight Ends.

A lista dessa temporada não vem com astros do calibre de Tony Gonzales, mas ainda assim é boa e pode reforçar alguns times.

Zach Miller, do Oakland Raiders, não deve sair. Além dele, Randy McMichael, do San Diego Chargers, deve ficar por onde está.

Além deles, temos Mercedes Lewis, Owen Daniels e Bo Scaife, esses dois últimos brigarão pelo lugar no time do Texans.

A lista dos TE:

Zach Miller
Mercedes Lewis
Owen Daniels
Kevin Boss
Ben Patrick
Dante Rosario
Desmond Clark
Reggie Kelly
Alex Smith
Leonard Pope
Joey Haynos
David Rhomas
Matt Spaeth
Kris Wilson
Randy McMichael
Daniel Fells
John Gilmore
Bo Scaife

"O quequessis caras fazi?!"
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- Ofensive Line

Esses jogadores devem receber uma procura enorme nessa temporada. Times como o Bears, que sofreram com a fragilidade de sua linha ofensiva, devem investir pesado para a contratação desses jogadores.

Os holofotes ficam principalmente em cima do veterano Alan Faneca. No Arizona Cardinals, com a fraca campanha desse ano, dificilmente o jogador fica.

Além dele, Logan Mankins, Carl Nicks, Tyson Clabo e muitos outros aumentam a lista.

A lista dos OL/IL:

Tyson Clabo
Doug Free
Jared Gaither
Jammal Brown
Matt Light
Jermon Bushrod
Willie Colon
Alex Barron
Ryan Harris
Corey Hilliard
Rashad Butler
Charlie Johnson
Ryan O'Callaghan
Pat McQuistan
Ryan Cook
Zach Strief
Wayne Hunter
Khalif Barnes
Langston Walker
Mario Henderson
Trai Essex
Jonathan Scott
Jeromey Clary
Barry Sims
Sean Locklear
Adam Goldberg
John Greco
Jeremy Trueblood
Stephon Heyer
Carl Nicks
Logan Mankins
Davin Joseph
Harvey Dahl
Ryan Kalil
Daryn Colledge
Alan Faneca
Deuce Lutui
Lyle Sendlein
Justin Blalock
Chis Chester
Marshal Yanda
Olin Kreutz
Evan Mathis
Kyle Cook
Nate Livings
Kyle Kosier
Jason Spitz
Kasey Studdard
Mike Brisiel
Kyle DeVan
Mike Pollak
Rudy Niswanger
Casey Wiegmann
Richie Incognito
Nate Garner
Jonathan Goodwin
Kevin Boothe
Samson Satele
Reggie Wells
Scott Mruczkowski
David Baas
Chris Spencer
Leroy Harris
Will Montgomery

"É sério quessis gordim jogum tudu na Néfiél?!"
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- Punters/Kickers

Talvez essa temporada tenha sido a prova de como faz falta um bom Kicker ou Punter num time da NFL. A prova disso!? Shaun Suisham ainda deve estar olhando seu chute voar pro lado no Super Bowl até hoje.

A lista é curta, mas é EXCELENTE, com Kickers, como o consagrado Adam Vinatieri, livres para negociar.

Punters:

Adam Podlesh
Sam Koch
Daniel Sepulveda

Kickers:

Matt Prater
Ryan Longwell
David Akers
Adam Vinatieri

"Bota us Robértu Calos pra dar essas bicuda aí!"
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- Defensive Ends

Entramos nas defesas. E só conseguimos entrar porque esses loucos estão todos sem time! Nossa, que piada trash, desculpem.

A lista dos defensive ends conta com reforços como Mathias Kiwanuka e Cullen Jenkins.

Não é, dessa vez, uma lista tão forte, com jogadores decisivos, mas, para reforçar defesas fracas, é ótima, com jogadores não tão caros, mas que podem fazer uma boa diferença.

A lista dos DE:

Cullen Jenkins
Mathias Kiwanuka
Charles Johnson
Ray Edwards
Jason Babin
Shaun Ellis
Kenny Iwebema
Bryan Robinson
Jayme Mitchell
Robaire Smith
Stephen Bowen
Jason Hatcher
Marcus Spears
Cliff Avril
Turk McBride
Mark Anderson
Wallace Gilberry
Shaun Smith
Tony McDaniel
Brian Robison
Anthony Hargrove
Jimmy Wilkerson
Dave Tollefson
Victor Abiamiri
Nick Eason
Chris Hoke
Jacques Cesaire
Travis Johnson
Ray McDonald
CJ Ah You
Tim Crowder
Greg White
Dave Bell
Kedric Golston

"Olha u tamaim dessis malóki!"
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- Defensive Tackles

É. Definitivamente as listas de defesa não estão tão absurdas como as do ataque. Mas é o mesmo caso da lista dos Defensive Ends. Existem aqui boas jóias a serem lapidadas. Uma boa defesa, com um ou dois reforços dessa lista, podem se tornar excelentes defesas esse ano.

Os destaques da lista são o já tagged Haloti Ngata, logo, não deve sair, e Richard Seymour, esse, eu duvido que fique em Oakland. Ele tem muito a dar, e em Oakland ele não chegará tão cedo a ter condições de disputar um título.

A lista dos DT:

Haloti Ngata
Richard Seymour
Brandon Mebane
Aubrayo Franklin
Pat Williams
Alan Branch
Gabe Watson
John McCargo
Nick Hayden
Anthony Adams
Matt Toeaina
Andre Fullen
Shaun Cody
Antonio Johnson
Daniel Muir
Eric Foster
Ron Edwards
Paul Soliai
Fred Evans
Gerard Warren
Remi Ayodele
Barry Coefield
John Henderson
Chris Hovan
Clifton Ryan

"Mebane! Olha só! Us mano tá pedindo pra baní!"
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- Linebackers

Finalmente uma lista reforçada para as defesas! A oferta de Linebackers está boa, muitos times devem se reforçar pesadamente nessa lista.

O destaque fica com LaMarr Woodley, do Pittsburg Steelers, que, possívelmente, recebe uma tag e não sai. Mas ainda existem bons LB nessa lista.

A lista dos LB:

Chad Greenway
LaMarr Woodley
Tamba Hali
David Harris
Stephen Tulloch
Paul Posluszny
James Anderson
Rocky McIntosh
Thomas Davis
Barrett Ruud
Takeo Spikes
Stephen Nicholas
Mike Peterson
Tavares Gooden
Keith Ellison
Jamar Williams
Pisa Tinoisamoa
Nick Roach
Dhani Jones
Brandon Johnson
D’Qwell Jackson
Chris Gocong
Matt Roth
Jason Trusnik
Landon Johnson
Zach Diles
Kevin Bentley
Clint Session
Justin Durant
Kirk Morrison
Mike Vrabel
Quentin Moses
Ben Leber
Erin Henderson
Tracy White
Danny Clark
Scott Shanle
Chase Blackburn
Keith Bulluck
Thomas Howard
Kamerion Wimbley
Stewart Bradley
Ernie Sims
Omar Gaither
Antwan Barnes
Kevin Burnett
Stephen Cooper
Brandon Siler
Travis LaBoy
Manny Lawson
Will Herring
Leroy Hill
Matt McCoy
David Vobora
Quincy Black
David Thornton

"Imagina tomá uma atrupelada dessis manu!?"
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- Cornerbacks

Outra belíssima lista. O destaque fica com Antonio Cromartie, do Nwe York Jets, que já não receberá Franchise Tag. Além dele, Ike Taylor, Champ Bailey e Ronde Barber estão entre os possíveis negociados dessa temporada.

Negociações intensas devem acontecer com esses CBs.

A lista dos CB:

Champ Bailey
Nnamdi Asomugha
Brent Grimes
Carlos Rodgers
Ronde Barber
Antonio Cromartie
Ike Taylor
Richard Marshall
Brian Williams
Chris Carr
Fabian Washington
Josh Wilson
Drayton Florence
Richard Marshall
Corey Graham
Eric Wright
CC Brown
Brandon McDonald
Chris Houston
Josh Bell
Jason Allen
Travis Daniels
Brandon Carr
Al Harris
Lito Sheppard
Frank Walker
Kyle Arrington
Usama Young
Drew Coleman
Stanford Routt
William Gay
Paul Oliver
Dashon Goldson
Kelly Jennings
Roy Lewis
Justin King
Roderick Hood
Phillip Buchanon

"CB?! Essis aí são us manu çangui bãum!"
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- Safeties

Sim. Essa lista está LINDA.

Pra começar, Bob Sanders, dispensado do Indianapolis Colts, encabeça a lista que conta com Atari Bigby, Melvin Bullitt, Danieal Manning e Roman Harper.

Bullitt deve ficar em Indianapolis, substituindo Sanders. Mas ainda assim, ele não receberá a Franchise Tag, que ficou com Peyton Manning, por motivos óbvios.

A lista dos S:

Bob Sanders
Quintin Mikell
Roman Harper
Eric Weddle
Dawan Landry
Tanard Jackson
Bernard Pollard
Atari Bigby
Matt Ware
Haruki Nakamura
Tom Zbikowski
George Wilson
Gerald Alexander
Chinedum Ndukwe
Gibril Wilson
Danieal Manning
Abram Elam
Sabby Piscitelli
Alan Ball
Gerald Sensabaugh
Charlie Peprah
Anthony Smith
Melvin Bullitt
Sean Considine
Tyrell Johnson
Husain Abdullah
Brandon McGowan
Jarrad Page
Darren Sharper
Michael Johnson
Deon Grant
Brodney Pool
Eric Smith
Lawyer Milloy
Reed Doughty

"Essis manu são tudu tipu sapo, mano!"
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Com essa enorme quantidade de free agents, provavelmente teremos uma enxurrada de negociações nessa off-season, o que deixará nossas férias da NFL bem movimentadas.

Postaremos sempre as novidades, então fiquem ligados para as possíveis transações dessa inter temporada!

Se tiverem alguma novidade, nos mandem pelo e-mail tmwarning@hotmail.com.

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Abraços!

"Us comentário!? Que diabéiss?! Que coisa tris - - Ei, tio! O que tu vai fazer com essa faca?! Tio?! Ai medeus! Socorro! PÁRA TIU! AJUDAS ASAJ SAH ..."