Atualizando: A NFL e a associação dos jogadores extenderam o prazo para a definição da nova CBA em sete dias. Portanto, o novo prazo agora é sexta, 11 de março.
Também aproveito para atualizar pra vocês a lista dos players que receberam a Franchise Tag, e se você não sabe o que é Franchise Tag é só ler nesse post do Marcelo. Mais jogadores foram Taggeds, então aproveito pra trazer a lista completa:
Pittsburgh Steelers - Lamarr Woodley LB
New England Patriots - Logan Mankins G
Philadelphia Eagles - Michael Vick QB
New York Jets - David Harris LB
San Diego Chargers - Vincent Jackson WR
Baltimore Ravens - Haloti Ngata DT
Indianapolis Colts - Peyton Manning QB
Kansas City Chiefs - Tamba Hali LB
Minnesota Vikings - Chad Greenway LB
Cleveland Browns - Phil Dawson K
Carolina Panthers - Ryan Kalil C
Jacksonville Jaguars - Marcedes Lewis TE
Miami Dolphins - Paul Soliai DT
Oakland Raiders - Kamerion Wimbley LB
Dessas todas, apenas o Vick e o Manning receberam uma Tag exclusiva. Vale a pena reparar que o número de players que receberam a Tag é bem superior ao do ano passado, quando apenas cinco jogadores receberam. A Franchise Tag é um recurso que impede seus melhores free agents de deixarem o time, mas também é um recurso caro, já que você paga ao jogador 120% do seu último salário OU a média dos cinco maiores salários da Liga na sua posição na última temporada, o valor que for maior. Isso porque a classe de Free Agents desse ano realmente é muito melhor do que a do ano passado em termos de nome, destaque para o Carolina Panthers que Taggou o Ryan Kalil, segundo Center da história a ser Tagged, e por isso corre o grande risco de perder o melhor jogador do time, o RB DeAngelo Williams. O time claramente decidiu apostar no futuro (ou presente) do Jonathan Stewart. Outro exemplo de time com mais jogadores do que Tags é o Vikings, que mesmo tendo colocado a Tag no Greenway ainda tinha Sidney Rice e Ray Williams virando Free Agents, e ambos declararam interesse em testar seu valor no mercado, dificilmente voltando para Minneapolis.
Outro caso interessante é o do Vincent Jackson. Ele já tinha recebido a Tag ano passado, mas se recusou a assinar um contrato com seu time porque o time não estava disposto a oferecer o que o WR queria, um contrato longo, devido às incertezas do novo CBA. Esse impasse se prolongou, fato que explicamos em um dos nossos primeiros posts, sem que V-Jax assinasse um contrato. O jogador queria ser trocado, mas o Chargers não o trocou e Jackson acabou assinando um contrato curto para jogar o resto da temporada. O Chargers tinha a clara intenção, a princípio, de deixar o Jackson ir embora, mas depois de sofrer toda a temporada por causa de falta de WR, tendo que depender de jogadores inconstantes como Lagedu Nanee e Malcom Floyd, principalmente depois da lesão do Antonio Gates, e depois que o Jackson anotou 150 jardas e 3 TDs contra o 49ers, o Chargers pensou duas vezes em deixar o jogador se mandar e colocou a Tag nele. Jackson disse que fica mas ainda quer um contrato longo, e o Chargers diz que prefere esperar um ano antes, para ver o comportamento do jogador, que claramente saiu queimado do ocorrido. Mas como a nova CBA quando sair vai ter uma duração longa, o Chargers pode também estar apenas esperando o CBA sair para então oferecer um contrato longo dentro dos seus termos. Vamos ver no que vai dar.
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Também tivemos algumas aquisições importantes na Free Agency e alguns jogadores que renovaram que eu vou citar apenas por diversão, que são Champ Bailey do Broncos e Ronde Barber do Bucs, dois dos melhores CBs da última década e que já estão relativamente velhinhos. O Bailey assinou um contrato de quatro anos, e o Barber de apenas um. O Broncos claramente quer tentar ganhar o que puder, como puder, e o contrato que ofereceram pro Bailey é mais desespero do que outra coisa. Por outro lado, o contrato de um ano do Barber mostra que o time está realmente comprometido com a renovação do time e do elenco, e o Barber disse que quer ficar para poder servir de mentor para a molecada e em especial pro CB Aqib Talib, que é excelente jogador mas tem alguns problemas de personalidade.
Na Free Agency, as principais contratações foram de quatro veteranos: Jeremy Shockey, Shaun Rogers, OJ Atogwe e Bob Sanders.
Jeremy Shockey é um TE veterano que nunca foi um jogador fora de série mas que sempre foi um jogador muito sólido. É ótimo bloqueando, é capaz de receber passes e sabe usar seu corpo pra se posicionar na frente dos adversários para conversões curtas e difíceis, como a two-point conversion que o Saints fez no Super Bowl do ano passado. Shockey fez parte de dois elencos campeões - O Giants de 2007 e o Saints de 2009 - e sempre foi um jogador que fazia o trabalho sujo muito bem. É o tipo de veterano importante para times que busquem evoluir. No entanto, ele vem tendo problemas com lesões desde seu último ano no Giants, principalmente no joelho. Essas lesões tem minado sua forma física, acabado com sua regularidade e tem atrapalhado sua sequência no time, até que foi dispensado pelo Saints, que tinha outros jogadores jovens para a posição e não precisava do Shockey recebendo um salário tão alto. Ainda assim, é um jogador que atrai interesse e o Miami Dolphins - um time bom mas com muitas peças precisando de um upgrade - pareceu querer trazer o jogador, mas na última hora o GM não quis fazer uma proposta e Shockey foi para o Panthers. O Panthers é um time que foi muito bom algum tempo atrás mas que com a saida do Williams, a situação precária de QBs e a falta de capacidade do elenco é um time que grita 'reconstrução'. O Shockey é um TE que vai ajudar o time e é um alvo grande e experiente para o QB da equipe, seja ele o Jimmy Clausen ou qualquer calouro que eles draftem. Em outras palavras, o papel dele vai ser apenas pra ajudar a desenvolver o QB do time, porque eu não vejo que outro interesse um time claramente em reconstrução teria para um veterano com histórico de lesões.
Já o Shaun Rogers é outro veterano e que tem três Pro Bowls na bagagem. A famosa Beluga Negra foi o pilar da defesa do Browns e do Lions ao longo da sua carreira, mas com a idade sua eficiência vem diminuindo e acabou sendo dispensado do Browns. Ele ainda é um jogador de muita massa e que, se não tem a mesma capacidade de dar tackles e sacks que outrora teve, pelo menos ainda ocupa uma posição na linha defensiva que é capaz de forçar algumas dobras de marcação. Segundo constam, Rogers tinha propostas de seis milhões de patacas de Redskins e Seahawks, mas preferiu assinar um contrato de 'apenas' quatro milhões com o Saints. A idéia aqui é claríssima: Rogers queria ir para um time com uma chance real de título, e o Saints era um time que vinha tendo problemas defensivos e que precisava de um pouco de bife na linha defensiva. O que também mostra claramente que o Saints ainda acredita em tentar mais algumas corridas para o título mesmo com o seu principal jogador ofensivo, Darren Sharper, devastado por lesões. O Saints conseguiu se reforçar com essa troca e deve ficar menos vulnerável ao jogo terrestre, boa aquisição para eles.
Já o OJ Atogwe era mais ou menos o que o Broncos deveria ter feito com o Bailey. Atogwe não era tão velho quanto o Bailey e também nunca foi tão bom, mas era um safety bom e que foi importante na grande melhora do Rams temporada passada - melhora essa que eu defendo que veio pela defesa, e não pelo ataque. Mas o Rams é um time em reconstrução, pronto pra entregar tudo pro Sam Bradford e ir aos poucos montando o time em volta dele e do Steven Jackson. O Atogwe tem apenas 29 anos, mas iria ganhar mais de oito milhões de patacas e o Rams não estava disposto a pagar isso para um jogador que estava começando a ficar velho e que seria muito mais útil para um time disposto a vencer agora do que um time que quer reconstruir para o futuro. Assim, o Atogwe foi formar com o LaRon Landry a dupla de safetys do Redskins. Eu não sei quem o Redskins ta enganando, eles não tem time nem QB para tentar ser campeão, mas o time parece desesperado por adicionar veteranos como se fossem tentar uma corrida para o título. A defesa tem bons jogadores, a dupla de safetys é forte, mas o time não vai a lugar nenhum assim, pelo contrário, é o time mais fraco na divisão. Não entendo que milagre o Redskins está esperando.
Por fim, o grande Bob Sanders, The Eraser. Sanders é um caso muito triste que vai ganhar a medalha Penny Hardaway de jogador que poderia ser genial se conseguisse ficar saudável. Quando estava saudável, ele era considerado um dos três melhores safetys da Liga junto com Troy Polamalu e Ed Reed, era um jogador absurdamente ágil e que era excelente reconhecendo a jogada e parando o jogo terrestre, além de dar umas pancadas bem fortes e ser ótimo na cobertura aérea. Era um dos melhores safetys da NFL, daqueles que poderia quem sabe entrar para a história, mas infelizmente ele nunca conseguiu ficar saudável tempo suficiente para isso. Já faz mais de três temporadas que o Bob Sanders não consegue jogar mais do que uma partida. Primeiro, foi uma lesão grave no joelho, que acabou sendo recorrente. Depois, ele estourou o biceps numa partida e não voltou mais. Essa temporada ele se machucou logo na primeira partida e não voltou mais. Por melhor que ele fosse, não dava pro Colts ficar segurando ele pra sempre se ele não jogasse, e ai ele foi dispensado. Assim, o Chagers acabou indo atrás do Sanders e o pegou. Eu não acho que ele, mesmo que saudável, possa voltar a ser o safety que era. Eu duvido até de que ele possa ficar saudável com a freqüência necessária para contribuir para o Chargers. No entanto, o contrato é só de um ano e baixo, o Chargers não tem muito a perder e se saudável pode ser um bom jogador. Só não entendo porque ele ainda não parou, o corpo dele claramente não agüenta mais.
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No aguardo de mais novidades sobre a CBA. Quaisquer novidades, a gente traz e posta aqui para vocês. E não esqueçam de seguir nosso twitter, www.twitter.com/tmwarning
eita da uma olhada nisso Vitor
ResponderExcluirhttp://edition.cnn.com/2011/US/03/04/michigan.basketball.death/index.html?hpt=T2
coitado do cara!
Pois é, eu vi. Coitado mesmo, um moleque novo e talentoso desses morrer no momento de glória do time... Fiquei triste pra cacete também.
ResponderExcluirLembrei de outra história que li esses dias no Bola Presa sobre um técnico viciado em basquete que morreu no meio da quadra do time de onde era técnico no meio da melhor temporada da história do colégio. O artigo é esse e vale a lida: http://www.thepostgame.com/homepage/201101/big-coach-little-gym