Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quinta-feira, 20 de março de 2014

Como arrumar a loteria da NBA

Resumo da temporada 2014 do 76ers (Imagem: SB Nation)



Com uma das melhores classe de draft em 11 anos a espreita na NCAA e um número muito alto de times dedicando a temporada 2013/14 da NBA a conseguir uma escolha alta de draft na tentativa de conseguir o próximo Anthony Davis ou Kevin Durant, voltou ao palco central de debates - tanto entre os altos escalões da NBA como nos círculos obscuros da internet - a questão do "tank". Para quem não sabe, "tank" é o termo usado vagamente em times que dedicam uma temporada - ou pelo menos uma parte dela - a serem o pior possível, com o objetivo de perder jogos, terminar o ano com um record ruim e ter uma escolha maior no draft. E essa prática parece ainda mais em voga atualmente.

Na temporada 2014, já temos Philadelphia, Boston, Milwaukee (que ironicamente montou um time para tentar os playoffs, mas quando viu que não ia dar jogou tudo para o alto), Orlando, Utah, Los Angeles Lakers e Sacramento em modo de tank, e é só questão de tempo para Detroit (precisa ficar com uma pick Top8 para não mandá-la para Charlotte), New Orleans (pick é só Top6 protegida), Nuggets e Cavaliers se juntarem ao time. São 11 times de 30 totais - ou seja, mais de 33% da NBA está jogando para perder nessa reta final de temporada. 

Embora exista um debate sobre se isso realmente é uma questão preocupante ou não, a questão é que a própria estrutura da NBA, dentro e fora de quadra, incentiva esse tipo de coisa. Temos anos e anos (e mais anos e anos) de evidência na história da NBA de que é extremamente difícil vencer um título na NBA sem pelo menos uma superestrela, e essas são bastante raras na liga. Além disso, é difícil conseguir uma estrela já estabelecida, especialmente se você é um time de mercado menor: jogadores assim são menos propensos a atingirem o mercado, e o novo CBA coloca fortes incentivos (um ano a mais de contrato e dinheiro extra) para que esses jogadores renovem com seus times ao invés de mudar de ares quando acaba seu contrato. Então a melhor (e as vezes única) forma que um time tem de conseguir esse tipo de jogador é o draft, e portanto não é a toa que tantos times decidam desmontar times medianos que não brigarão pelo título em uma tentativa de ser muito ruim, conseguir uma escolha alta na hora certa e pegar o próximo Anthony Davis.

Então esse é o lado da necessidade, a enorme importância de conseguir achar ouro no topo do draft para tentar brigar por um título. Mas tem o outro lado, que é a forma como a estrutura do draft incentiva esse tipo de coisa. Se você desmontar todo sue time na offseason, trocar dois dos seus melhores jogadores por bolachas, jogar Byron Mullens por 20 minutos, perder 20 jogos seguidos e terminar com a pior campanha da NBA - basicamente tudo que o Sixers fez nos últimos meses - o sistema de loteria da NBA te recompensa com 25% de chance de conseguir a 1st pick do draft e 100% de chance de conseguir uma das quatro primeiras. 

Em outras palavras, você tem incentivo demais na NBA para perder. Claro, os benefícios de ganhar existem: você incentiva seus torcedores a irem ao estádio, incentiva a compra de season tickets, vai vender mais camisas e outros produtos da equipe, e se for aos playoffs, vai ter a chance de sediar pelo menos dois jogos de playoffs. Não é como se ganhar viesse sem benefícios. A questão é que os benefícios de se destruir seu time, perder o máximo de jogos e terminar com uma das piores campanhas da liga são muito maiores. A regra da NBA é que, se o seu time não é bom o suficiente para brigar pelo título e não tem meios de crescer (ativos para uma troca bombástica, jogadores jovens em evolução, cap space, etc) é melhor que você jogue tudo fora, troque seus jogadores por ativos futuros e aposte no draft - especialmente depois que o Thunder executou esse plano a risca e virou um dos melhores times da NBA (a verdade é que não é tão simples assim, mas esse é assunto para outro post).

Algumas pessoas veem isso como um problema - se você incentiva um terço da liga a perder de propósito, você diminui a competitividade, torna jogos menos interessantes e diminui o interesse na NBA por parte do público. Muita gente se desliga da liga quando vê seu time jogando tão mal por muito tempo, e muitos fãs casuais podem se perder na letargia que vira o final da temporada regular quando tantos times estão interessados em perder. Outros veem isso como uma estratégia válida: se as regras da liga permitem e incentivam esse tipo de coisa, é uma alternativa de alto risco e alta recompensa com o objetivo final de conseguir uma superestrela no draft que pode dar muito errado e ser bastante custosa. Afinal, não é como se os jogadores e técnicos estivessem tentando perder de propósito dentro de quadra, é só uma estratégia da diretoria de depenar o plantel (modo FM: ligado) em troca de jogadores jovens e ativos futuros (o Sixers conseguiu Nerlens Noel e a 1st round pick do Pelicans, por exemplo) enquanto busca essa escolha alta de draft. Mas não importa sua visão, ambas parecem chegar em um consenso: a loteria da NBA é falha e precisa mudar.

Para quem não sabe como isso funciona, é simples: entre os 14 times da NBA que não vão aos playoffs tem um sorteio para determinar quem fica com as três primeiras escolhas do draft, usando bolas de ping-pong. Quanto pior sua colocação final na temporada, maior a chance de ganhar - 25% de chance de ganhar a 1st pick se você foi o pior time, enquanto que o 14th pior time (ou seja, o melhor a não ir para os playoffs, o último da loteria) tem só 0.5% de chance. Usando bolas de ping-pong, são sorteados times para as primeiras três escolhas do draft, e a partir dai é ordenado por ordem de pior campanha para melhor. A idéia é que você ainda tente ajudar mais os piores times, mas sem dar a eles a certeza da 1st pick para tirar uma parte do interesse no tank.

Claro, não funciona: tankar ainda é muito mais atraente do que tentar ir para os playoffs com um time mediano. E ultimamente, a NBA tem trabalhado em busca de uma nova solução para a loteria e para o draft que diminua o interesse no tank e incentive mais os times a tentar uma baga na pós-temporada.

Entre elas, uma das que tem ganho mais força e debate ultimamente é a da "roda", que o grande Zach Lowe explicou em detalhes. A idéia da "roda" é que os times sempre draftarão em uma posição pré-estabelecida em um esquema de rotatividade: ao longo de 30 anos, cada time vai draftar uma vesz em cada uma das 30 posições possíveis do draft. Então se eu tenho a 1st pick em 2014, eu teria a 30th pick em 2015, a 19th em 2016, e por ai vai, passando por todas as escolhas até voltar a ter a 1st pick em 2045 (para os detalhes exatos, recomendo ler o texto do Lowe). Como cada escolha é fixa e não depende da performance de cada time em um dado ano, ela desincentiva o tank e aumenta as chances de times bons ou medianos se reforçarem no draft. Mas claro, ela também gera alguns problemas: é muito mais difícil para times ruins se reforçarem escolhendo no Top6 apenas uma vez a cada seis anos; você coloca um peso maior na free agency (o que tecnicamente favoreceria times mais ricos ou de mercado maior); e você cria todo tipo de viés para jogadores que estão decidindo entrar no draft ou não (uma 1st pick projetada pode preferir voltar para a NCAA ao invés de ir para um time inferior). Algumas soluções já estão sendo propostas para solucionar alguns desses problemas - por exemplo, ao invés de o ciclo ser de 30 anos, ser de seis, e em cada etapa do ciclo o time escolher em um grupo de picks (1-6, 7-12, etc), e dentro desse grupo a posição de cada time seria selecionada por uma mini loteria. É mais um exemplo de como a NBA está investindo em solucionar o problema da loteria, mas como isso será feito ainda é alvo de debates. Zach Lowe propôs um debate muito interessante com diversas soluções e seus problemas (inclusive a citada acima para a "roda"), e a questão está ganhando força em ciclos da NBA.

Então como a idéia atual é fazer sugestões e criar modos para resolver o problema da loteria da melhor forma possível, eu tenho algumas sugestões. Não são totalmente minhas, algumas são totalmente inspiradas em outras teorias já existentes (os devidos créditos serão dados, claro), outras pegam emprestados detalhes, e por ai vai. Mas entre as muitas soluções possíveis, eu tenho três a sugerir que me parecem mais divertidas, mais justas e que melhor podem resolver alguns dos problemas atuais. Vamos da mais extrema para a mais razoável.

Chances iguais para toda a loteria - com uma diferença


Essa obviamente não é uma idéia nova, mas que eu sempre achei interessante. Se o problema é que você premia os times que perdem demais ao invés de se esforçar para manter um elenco competitivo, porque não tirar o incentivo do último lugar? Dando chances iguais para todo mundo, você mantém os incentivos dos times por vencer jogos, deixar um time competitivo e agradar a torcida e os consumidores, e ao mesmo tempo mantém os times da loteria como os beneficiados pelo draft. Assim o Sixers teria a mesma chance de ter a 1st pick e um franchise player que um time que tentou vencer jogos e ficou de fora dos playoffs por jogar em uma conferência ultra-forte, como o Wolves e o Suns. Porque francamente, porque o Sixers, que jogou uma temporada fora e avacalhou com seus jogos, deveria ser mais beneficiado pela sua temporada do que um time como o Wolves, que tentou vencer até o final mas não foi aos playoffs por jogar em um Oeste historicamente forte.

Então as chances iguais na loteria - e o sorteio pelo menos para as 6 primeiras picks, digamos - beneficiariam os times que quase chegaram aos playoffs e iria desincentivar os times que perdem de propósito. Você tem o benefício de montar um bom time e gastar dinheiro, e se não for bom o suficiente para ir aos playoffs, você continua tendo a chance de arrumar um grande jogador para continuar melhorando.

Claro, algumas reclamações logo aparecem para esse modelo. O primeiro é que torna mais difícil para times ruins se reconstruírem, já que se você chegou no fundo do poço por qualquer motivo (por exemplo, Lebron saindo do seu time) você não tem o consolo de pelo menos. E tem uma certa verdade. Mas esses são, hoje, uma minoria dos times que acabam com escolhas altas, a maioria sendo times que jogam fora seus jogadores para tankar (Sixers) ou que são incapazes demais por tempo demais de desenvolver jogadores e talentos (Kings). Porque recompensar esses caras em detrimento de times como Minnesota, Phoenix ou New Orleans, que vem desenvolvendo talentos, fazendo ótimos negócios (Luis Scola por Miles Plumlee, Gerald Green e uma 1st round pick, alguém?) e tentando chegar aos playoffs? Outros dizem que esse sistema valoriza demais a classe "média" da NBA e da a chance para times já bons de conseguirem os astros, mas de novo, qual o problema de reforçar times bons?! Você não pode ter times ótimos e recheados de talento sem ter outros times ruins. Se quer ser bom, que aproveite suas escolhas de primeira rodada não importa onde caiam (Paul George, DeMar DeRozan, Roy Hibbert, etc), desenvolva seus talentos e faça negócios inteligentes - seja uma boa organização ao invés de simplesmente ser ruim.

Claro, a grande objeção a esse esquema é que ele deixa o tank mais "fácil". Você pode tankar e tentar uma escolha alta de draft mesmo sem precisar jogar tudo fora e perder 20 jogos seguidos, sem trocar todos seus bons jogadores e sem descaradamente se esforçar para terminar 20-62 - é um tank mais fácil e mais discreto. Mas ai que entra a diferença: as duas 8th seeds dos playoffs TAMBÉM fariam parte da loteria - seria uma loteria com 16 times, e não 14 como é hoje. Isso serve para tornar a 8th seed - e portanto uma vaga nos playoffs - o MELHOR lugar para um time mediano ou fraco terminar a temporada, você tem os incentivos de costumes para ir aos playoffs (chance de tentar um upset, pelo menos dois jogos em casa, dinheiro extra, popularidade, visibilidade, etc) e ainda mantém as chances de conseguir um grande talento no draft. Em outras palavras, os times que estivessem no modo tank "light" facilitado por esse tipo de loteria agora tem um incentivo maior para se reforçar e tentar ir aos playoffs. E apesar da 8th seed poder gerar algum tank de final de temporada entre times que estão acima dela, ela também oferece desvantagens para um time que já estaria indo aos playoffs: ela é mais próxima da eliminação (e nesse caso você possivelmente estaria a um jogo ou dois dando errado de cair fora dos playoffs, já que a briga pela vaga entre as 10-8th sedes seria maior), e também significa um 1st round matchup contra a top seed da sua conferência, tornando mais difícil avançar no torneio. Funciona de todos os lados.

Em outras palavras, esse modo de loteria evita o super-tank estilo Philly, aumenta as chances de times medianos darem um salto rumo a disputa do título ganhando a loteria, incentiva os times "não fedem nem cheiram" a investir e brigar pelos playoffs tornando a temporada mais competitiva, e não gera incentivos demais para times que já estão indo aos playoffs perderem para entrar na loteria. Problemas esse tipo tem - nenhum vai ser perfeito - mas soluciona diversos deles e gera incentivos melhores. Sou particularmente fã dessa solução, talvez seja minha favorita.


Entertaining as Hell Tournament, de Bill Simmons 


Essa é a melhor idéia relacionada a NBA que eu vi nos últimos anos e não tem um motivo pela qual não deveria acontecer. Na verdade, essa idéia deveria acontecer independente do que acontecesse com a loteria, porque ela é boa demais, mas já que o debate atual é esse, vamos tentar encaixar as duas coisas. Simmons propôs essa idéia já faz uns 7 anos, eu me apaixonei por ela logo de cara, e ela ganhou tanto interesse ao redor da liga que a própria NBA chegou a ter uma ou duas reuniões para discuti-la. Se você ainda não conhece o Entertaining as Hell Tournament, você está perdendo tempo.

A idéia é simples: com uma temporada regular mais curta, ao invés de classificarem os 8 melhores times de cada conferência para formar os playoffs como são hoje, classificam automaticamente apenas os 7 melhores. Os 16 times restantes jogariam um torneio mata-mata, jogo único, estilo March Madness pelas duas vagas restantes. Ignorando conferências, os times receberiam seeds de acordo apenas com seu record na temporada regular. O bracket seria montado igual ao do March Madness, com o time com a seed mais alta jogando a partida em casa. Os dois finalistas se classificariam para os playoffs como as 8th seeds, e o vencedor da final teria duas recompensas: ele poderia escolher em qual conferência entraria como 8th seed, e também participaria da loteria como o 15o time. Enquanto isso, os times que classificaram automaticamente ganham uma semana extra para descansar.

Em termos de loteria, diferentes soluções já foram propostas pelo próprio Simmons sobre o torneio. A que eu defendo é a mesma de antes, chances iguais para todos os times que não foram aos playoffs mais o campeão do torneio. Isso faz com que perder na temporada regular seja totalmente inútil - tudo que vai te render é uma seed pior e menos dinheiro - e todos tem incentivo para montar times competitivos mesmo com trocas ao longo do ano, já que todos tem chance de ir aos playoffs. Na verdade, a natureza de jogo único do torneio faria ainda mais fácil entrar nos playoffs, então você tem um incentivo até o final de vencer e montar um bom time. Você não pode montar um time horrível como o Sixers para uma dada temporada sem se prejudicar enormemente, e não ganha nada com isso - pelo contrário, só tem a perder em sua relação com a torcida ao não montar um time respeitável para o EAHT. E nenhum time tem incentivo para perder nenhum jogo que seja - os times que já em boa posição para os playoffs não vão querer o risco de cair fora dos playoffs por uma chance em 15 de conseguir a 1st pick, e para os times que já estão no torneio a maior recompensa seria ganhar todos os jogos.

Eu não consigo ver o lado negativo disso tudo. Primeiro, seria divertido pra cacete - dai o nome do torneio, tão magistralmente escolhido. Segundo, ele daria uma alternativa extremamente interessante para a reta final da temporada regular, que normalmente é cansativa e arrastada com muitos jogos que não valem nada - encurtem a temporada em uns 10 ou 12 jogos, façam o EAHT no lugar, e recompensem os times bons com uma semana de descanso. Terceiro, você valoriza os times que se reforçaram ao longo do campeonato ou que tiveram jogadores importantes perdendo tempo demais da temporada, mas que voltaram para a reta final - agora eles tem uma chance de ir aos playoffs, ao invés de colocar os melhores jogadores no banco para tentar uma pick melhor. Quarto que você resolve o problema do tank... e isso sem falar nos benefícios menos evidentes, como a chance de um time menor ganhar uma série de jogos estilo March Madness e ganhar destaque nacional e mais torcedores; que isso iria aumentar muito a exposição da NBA pré-playoffs e atrair muitos fãs casuais; ou que você aumenta sua receita vendendo patrocínio e direitos de transmissão dessa bagaça. Essa proposta funciona em todos os níveis. E claro, seria a coisa mais divertida que criariam na NBA desde a criação do campeonato de enterradas. Faça acontecer, Adam Silver!


Loteria completa


Esse é basicamente um meio termo entre tudo isso, menos extremo que a primeira proposta e menos inovador demais para a NBA que a segunda (a NBA só não é a liga mais jurássica dos EUA porque temos a MLB). E ela vem em duas etapas.

Primeiro, suavizar as porcentagens entre os times de loteria. Não precisa dar chances iguais para todos os times, mas diminuir a diferença de forma que os piores times não tenham uma vantagem tão desproporcional. Hoje, o pior time recebe 25% de chance, o segundo 19.9%, o terceiro 15.6%, o oitavo 2.8%, e o último 0.5%. Idealmente, essa diferença seria normalizada, mudando a distribuição para que os times do final da loteria não tenham tão pouca chance nem que os primeiros tenham tanta, ainda que mantendo a ordem original de que as maiores chances sejam dos piores times. É uma forma menor de causar o impacto que eu queria na primeira proposta, dar aos times medianos uma chance de conseguir se reforçar e tirar as vantagens de ser horrível comparativamente a ser abaixo da média.

Mas ai entra a segunda etapa: TODAS as 14 picks são sorteadas. Hoje em dia, apenas as três primeiras são, e dai em diante é por ordem de record. Isso significa que acabar com o pior record da NBA não só te garante 25% de chance de acabar com a 1st pick, ele também te garante 100% de certeza de uma Top4 pick, o que talvez seja tão importante quanto. Então esse modo faria o ajuste para que você não tivesse garantia de nada dentro da loteria, sorteando todas as picks. O pior time teria as maiores chances de conseguir uma escolha boa, mas ai teria mais influência de sorte - hoje, com má sorte, o máximo que ele cai é para 4th, mas com chances menos favoráveis ele poderia facilmente cair para 9th ou 10th. Você garante menos para os piores times, e portanto tira seus incentivos a serem tão ruins.

Eu não gosto tanto dessa proposta como gosto do resto, porque ela não corrige os problemas atuais, ela só os ameniza. Mas ela é conservadora, e portanto é a que tem mais chances de ser aprovada entre essas três. Ela não cria novos problemas ou novas formas de tank, ela mantém os incentivos atuais para os times vencedores... mas ela corta alguns dos incentivos para os times que decidem tankar uma temporada inteira, com a possibilidade de reforçar alguns dos times médios ou superiores da loteria com escolhas altas aqui e ali (o que, como eu já disse, é bom!). Então ele não faz tanto por novidades, ele mantém a base atual da estrutura de "recompensa", ele só diminuiu a quantidade dos incentivos e tenta balancear as coisas melhor. É um progresso.

----------------------------------------------------------------------------------------------
Então são os meus três métodos favoritos para arrumar o problema da loteria. Nenhum realmente resolve tudo, mas alguns adereçam melhor alguns problemas do que outros, e todos possuem um lado positivo tentando dar um passo contra o tank. E alguns tem potencial para ser muito divertido.

Então eu pergunto, quais vocês gostam mais? E qual outras sugestões vocês acham que pode dar um passo contra essa questão do tank e ainda resolver outros problemas de quebra na NBA?

17 comentários:

  1. Gostei da primeira opção, as outras eu achei que possuem falhas d+. Por exemplo, a segunda. a NBA ainda vai ter um campeonato diferente da nfl, mas com esse mini campeonato pode ter times que forçam ou até mesmo jogadores forçarem uns jogos para chegar aos playoffs. Onde não terão chances de vencer(ja que o resto do playoffs nao muda
    )e poderem contundir(tipo o RG3).

    ResponderExcluir
  2. Entertaining as Hell Tournament é perfeito e realmente ñ entendo o pq de ñ acontecer,jogadores como o Love q ñ vai aos playoffs por jogar numa conferencia absurda poderia arrebentar em alguns jogos e levar seu time a real pós temporada.Times q tem jogadores experientes como os Nets poderia fazer frente a times super atleticos por estarem descansados.Se querem aumentar a receita NBA faça isso e esqueça a história de por patrocinio na camisa

    ResponderExcluir
  3. Mudanças na loteria do Draft são muito improváveis.Pra muitas equipes ela são a única chance de conseguir um futuro melhor e como esse tipo de proposta tem que ser aceito por 75 % dos donos das equipes,e é lógico que muitos não concordariam em perder suas "únicas fichas".E não dá pra dizer que alguns não tem razão.Imagina uma equipe como o Thunder que já é um contender,com uma escolha top 5 no draft?Poderíamos ter o caso de equipes fortes ficarmos cada vez mais forte e equipes fracas cada vez mais fracas,ou seja,um desequilíbrio ainda maior.Acabaria o motivo pra perder de propósito mas continuariam sem motivo pra ganhar(no caso da primeira proposta).Sem contar o lado do jogador que sai do universitário com a perspectiva de ser uma estrela na liga e cair num time pronto onde não terá muito tempo de quadra e não evoluir como se espera.Pra eles costuma ser melhor chegar num time onde ele teria muito tempo de jogo e poderia errar sem tanta cobrança e desenvolver seu jogo.

    Na segunda proposta o principal problema poderia ser a competitividade.Uma equipe que não fez por merecer a classificação pros playoffs o ano inteiro,chega e ganha umas 3 partidas em uma semana e vai pra pós-temporada.Qual seria o merecimento de uma equipe como Sixers de ainda ter chances de disputar os playoffs mesmo depois de perder uns 20 seguidos?Me lembra a discussão que se tem na NFL sobre incluir mais 2 equipes na pós temporada(alguma chance de pintar um post sobre o assunto?).

    Além disso,muitas equipes comprometeram por trocas diversas escolhas dos próximos 5,6 anos o que inviabiliza qualquer mudança a curto e médio prazo.

    O caminho natural seria uma proposta mais parecida com a terceira,de equilibrar as chances das equipes pegarem a 1ª escolha.Como as escolhas futuras que foram trocadas não tem seu posicionamento real conhecido(quais serão as equipes de loteria daqui a 2 anos não se sabe),seria muito mais fácil aplicar essa fórmula em um curto espaço de tempo e já ir preparando uma proposta mais elaborada.Seria como uma transição.Com certeza eles pensariam 2 vezes antes de perder tanto de propósito,sem contar que o benefício não seria tão grande perto do possível prejuízo.

    Em relação ao faturamento que envolveria a segunda proposta,não sei se ele cresceria tanto com uma temporada regular menor.Será que o faturamento no final realmente compensaria jogar sei lá,20 jogos a menos,ainda mais em caso de equipes naturalmente competitivas que lotam o ginásio o ano inteiro?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Uma mudança na loteria não é improvável, ela é inevitável. A loteria já foi mudada seis vezes desde que foi criada, e é só questão de tempo para ser mudada de novo. E eu discordo veementemente sobre o draft ser a única chance de equipes mais fracas conseguirem um futuro melhor (até porque muitas delas são fracas hoje porque tankaram): Pacers, Grizzlies, Houston, Bulls (sem Rose), todos se transformaram em contenders com jogadores que não vieram de Top6 picks porque foram inteligentes desenvolvendo talentos médios de draft, fazendo boas trocas, acumulando ativos e tudo mais, enquanto times como Cavs (duas 1st picks, duas 4th picks, um titular de NBA) e Kings (cinco Top5 picks seguidas) vivem na loteria mas são incapazes de desenvolver seus jogadores ou montar um time de verdade. Porque recompensar esses caras ainda mais? A igualdade da loteria da chances iguais a todo mundo, então além da sorte de cair com as melhores picks na hora certa, a diferença é saber quais times desenvolvem melhor o seu conjunto de jogadores. Qual o problema de premiar boas franquias? E claro que os times tem motivo para ganhar - ir aos playoffs da muito dinheiro, e agora perder não é mais tão interessante, especialmente se você puder arrancar aquela interessante 8th seed.

      Sobre a segunda, a questão é que o Sixers de 2014 não existiria - você não tem incentivo para destruir seu time intencionalmente, e ao contrário, tem incentivo para montar um time pelo menos competitivo - perder jogos só faria do seu caminho no EAHT mais difícil, e perder na primeira rodada não te da vantagem nenhuma. E se você ganhar uns jogos e ir aos playoffs, bom, qual o problema?! Você fez por merecer, e como o March Madness nos mostra todo ano, nada mais divertido que uma Cinderella! (Sobre a NFL, talvez mais para frente, mas já adianto qe odeio a ideia. A NFL é a única liga nos EUA com o número ideal de times nos playoffs)

      E bom, pergunto de novo, qual o problema em "prejudicar" organizações incompetentes que trocaram diversas escolhas no curto prazo e ainda são ruins demais para ir aos playoffs? Você valoriza boa gestão.

      Sobre o faturamento, acho que cresce demais. As semanas finais da temporada regular são as menos assistidas, com menor presença, e em geral que geram menos interesse e menos debate da mídia (algo underrated mas importante para a NBA). Agora você substitui por um torneio mata-mata com times (supostamente) mais competitivos e equilibrados (já que todos os times teriam incentivos para ganhar o torneio) que você pode vender patrocínio E direitos de transmissão separados. Me parece um win-win financeiro em todos os sentidos possíveis, inclusive para os times.

      Excluir
    2. Também acho que é inevitável a mudança do sistema atual,mas só acho que não irá ser aplicada tão rapidamente(posso até errar,mas venho aqui dizer que errei rsrsrsrs).Como eu disse,muitas escolhas comprometidas e muitas equipes não vão abrir mão de poder perder por anos seguidos e tentar montar um time com escolhas altas.Fazendo uma comparação meio "safada",imagina um viciado em jogos de azar.É óbvio que ele vai perder toda a grana mas ele acredita que uma hora a sorte vai mudar e ele vai ganhar um grana.Agora,tente convencer ele do contrário?Mais ou menos isso que acontece com essas equipes incompetentes.Elas não vão largar o osso tão fácil e isso deve emperrar a mudança em algumas temporadas.Só pra esclarecer sou contra o Tank mas como uma mudança depende da aprovação da maioria dos donos de franquia,não sei se isso vai acontecer tão cedo.

      Sobre as propostas,vou focar na que você disse ser sua favorita.Acho que ela tem seus pontos positivos mas pode ser melhorada.Não sou a favor de dar mais uma chance pra equipes tão incompetentes de ir aos playoffs.Quero dizer,eles perdem o ano inteiro e ganhar 3 jogos de equipes fracas(No Leste por exemplo) ir pra pós temporada e ainda ter uma escolha de loteria.Não vejo mérito algum se por acaso o Celtics(torço pra eles) depois de trocarem todo mundo,perder a rodo na temporada,ganhar de Bucks,Magic e Cavs e ir pros offs,pra ser varrido pelo Heat ou pelo Pacers.

      Uma ideia por exemplo seriam 6 classificados por conferência direto(12 total),das restantes as 8 de melhores campanhas vão pra um "wild-card" valendo 4 vagas(séries melhor de 5 talvez).Diminuir a temporada regular também seria um boa nesse caso já que poderíamos minimizar as lesões,e diminuíram esse período que não vale tanto(aliás,seria valorizado pela briga pelas últimas vagas).

      E também a loteria,acabar com essa coisa de apenas as 3 primeiras serem sorteadas e dar uma top 4 automática pra pior campanha.Com uma chance bem menor de pegar uma alta escolha no caso de perder de propósito,ter a chance de com uma campanha mediana e até heroica pra aluguns(em uma liga de 30 equipes não dá pra ter só contenders),disputar 1 série Wild-Card,1 de playoffs,valeria muito a mais a pena ganhar(o que é o que agente espera em uma competição).

      Não acho que colocar todo mundo que não teve campanha pra passar,pra jogar um mata-mata estilo march-madness seria positivo pois existe uma diferença crucia,a qualidade técnica.Não querendo dizer que a NCAA é um torneio de qualidade superior,mas no torneio da NCAA as equipes classificadas são geralmente as melhores do país,sendo utilizados critérios de avaliação definidos para selecionar os candidatos.Sendo mais seletivos dá pra ter séries equilibradas,de boa qualidade e valorizando equipes como o Phoenix,Cats,Wolves e outras que abriram mão do Tank pra competir a vera e que tem qualidade,podendo ser melhor aproveitadas na competição.

      Aliás,na NCAA com tantas equipes no quadro nacional o modelo atual deles é o ideal pro basquete universitário.Na NBA com muito menos equipes,seria injusto na minha visão dar uma chance pra uma equipe fraca em 1 jogo conseguir avançar na competição.Séries de 5 jogos com equipes mais competitivas poderiam ser mais atrativas do que jogos únicos entre Bucks e Jazz por exemplo.Resumindo tudo,é um bom protótipo mas dá pra melhorar o projeto.

      Excluir
  4. Eu não vou nem um pouco com a cara do Simmons, mas tenho que reconhecer que o EAHT é uma sacada de gênio. Agora que o Bernie Ecclestone da NBA saiu do comando da liga, é a hora perfeita pra colocar a ideia em prática. FAÇA ACONTECER, ADAM SILVER!²

    Sério... quanto tempo vai demorar pra NBA perceber que, em matéria de esportes, nada é mais divertido que um mata-mata? Olhem a Copa do Mundo, olhem os playoffs de jogo único da NFL, olhem os antigos GPs do PRIDE... todos usam esse modelo, dão a cada partida um caráter decisivo (que os jogos 1 e 2 dos playoffs da NBA nunca têm, por exemplo) E DÃO CERTO PRA CARAMBA! O Stern sempre foi muito burro de não enxergar o lucro e a popularidade que esse torneio daria. Espero de coração que o sucessor dele não seja burro também.

    BTW, concordo 100% que times historicamente ruins não merecem essa mãozinha da liga. Até porque, se o front office do time for constituído de meia dúzia de jumentos com síndrome de down, não tem first pick que dê fim ao calvário. Olhem o caso do Cavs, por exemplo: conseguiram dois pivetes fenomenais dentro da mesma década (Lebron e Irving), mas entre contratações erradas, técnicos incompetentes e principalmente drafts desperdiçados, nunca chegaram perto de aproveitar o talento que tinham em mãos. Uma franquia dessas merece um castigo, não escolhas altas de draft.

    Por outro lado, existe entre alguns times essa visão besta de que escolhas mais baixas não servem pra nada. Eu sempre usei esse exemplo e vou continuar usando: olhem o elenco atual do Bulls. Eles têm um SG fantástico que veio da 30ª pick, um PF muitíssimo bom que veio da 26ª e o melhor pivô da atualidade vindo da 9ª! Quer dizer, metade do elenco do terceiro melhor time do Leste veio de escolhas abaixo do top 8. E acho que nem preciso falar do Spurs, né?

    #fucktanking

    ResponderExcluir
  5. Eu sou fã da loteria. Na verdade, prefiro o modo como se dá o draft da NFL, em que a última equipe da temporada regular tem, obrigatoriamente, a primeira escolha. E na NFL, ninguém discute o tank. Talvez não tenhamos tank na NFL (não tão discarado como o tank do 76ers, mas eu acredito que tenha sim, apesar da história de que não há time na NFL que entre em campo para perder). Mas como você disse várias vezes durante o texto, para algumas equipes, o único modo para se reconstruir é o draft. Ou, como você acha que algumas equipes como o Bucks, Kings, Pelicans e Jazz se reconstruiriam ? Se esses times não tiverem a chance de escolher lá em cima, é melhor fechar, porque qual free agent gostaria de jogar em Milwaukee ou Sacramento ? Concordo com você quando diz que os times tem que administrar melhor suas escolhas, mesmo que seja abaixo da 15ª escolha (a gente sabe que o Cleveland poderia estar lá em cima se fosse um time organizado), mas a loteria, no formato atual, já tem as suas ferramentas para tentar impedir o tank e acho que seria muito injusto ver esse time do 76ers escolher em 15ª, por exemplo. E afinal, o draft é uma das várias ferramentas existentes para que as franquias tenham chances iguais todos os anos. Em sua origem, o draft tinha por finalidade dar ao piores times uma chance de se reconstruir. Então, porque dar àquele time que brigou por vaga nos playoffs uma chance de escolher alto (e claro que seria maravilhoso ver Andrew Wiggins jogar com o Kevin Love) ? Acho que tem que se manter a finalidade do draft em sua origem. E, como torcedor do Lakers, espero ver Embiid ou Parker em LA, mas um núcleo MCW - Parker ou Wiggins - Noel também não seria nada mal para os próximos 10 anos de liga. E por fim, é óbvio que a NBA tem que fazer o EAHT para ontem.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Porque o Sixers merece uma escolha boa sendo que eles intencionalmente trocaram seus melhores jogadores por escolhas horríveis, estão usando em altos minutos jogadores que nem na NBA deveriam estar e em geral fazendo de tudo para perder? Isso tira a competitividade da NBA, diminui audiência e atendência, desrespeita o consumidor e tem um efeito negativo em fãs casuais que ligam a TV e veem Brandon Davis jogando 20 mpg. Porque um time que est´å se esforçando para perder ao invés de ganhar merece ser recompensado? Não merece.

      E você pergunta como Bucks, Kings, Jazz e cia fariam para se reconstruir sem tantos incentivos no draft. Não trocar e deixar seus melhores jogadores saindo do time por nada em uma tentativa de perder de propósito era um bom começo. Além disso, você faz uma gestão interessante, não atulha seu salary cap com jogadores como Marcus Thorthon ou OJ Mayo, faz trocas inteligentes, acumula ativos, e não gasta as suas escolhas de draft em jogadores como Joe Alexander, Thomas Robinson (trocado em menos de seis meses), Tristan Thompson ou Jrue Holiday (custou ao Pelicans Nerlens Noel e uma pick alta esse ano). Em outras palavras, faça o que franquias como Houston, Memphis, Mavericks e Pacers fizeram para serem tão fortes sem escolhas altas de draft.

      Para mim existe uma diferença clara entre o modelo da NFL (que recompensa times em má fase em um esporte extremamente) e o da NBA (que incentiva times a perderem de propósito e recompensa times por serem menos competitivos e prejudicarem a qualidade da liga).

      Excluir
  6. O formato proposto no EAHT pra mim é ruim,dar a chance das piores equipes ainda se classificar pros playoffs ganhando alguns jogos contra algumas equipes fracas não é legal.Jogar umas 60 partidas e decidir o futuro em 1,pra mim é muito estilo NBB.

    Classificando as 6 melhores de cada conferência direto pros offs,e das restante as 8 melhores campanhas pra um 4 séries melhor de 5 valendo as 4 vagas restantes pros offs e ainda conseguindo uma escolha de loteria seria uma boa ideia.

    A equipe teria a oportunidade de jogar 2 séries de playoffs(o que geraria mais receita),haveria ainda uma chance de ter uma boa escolha e principalmente,essa fase seria tecnicamente melhor do que simplesmente colocar todos,inclusive os lanternas,pra jogarem partidas únicas.Seria muito bacana uma melhor de 5 entre Memphis,Dallas,Suns e Wolves por exemplo.Depois disso,que tal uma possível série entre HeatXGrizz...

    Deixando a distribuição das bolinhas dos sorteios,e sorteando todas as escolhas da loteria,aliado a chance de poder se apresentar na pós-temporada em um confronto contra uma equipe de força parecida,a ideia de tankar teria muito menos vantagens do que hoje e seria um risco tremendo para as equipes.Mais do que não ter motivo pra perder,as equipes teriam motivos pra buscar vencer na temporada,buscar seu lugar ao sol e claro colocaria muito mais a prova a capacidade das diretorias de cada franquia,já que não bastaria esperar por escolhas altas em anos seguidos.

    Com menos jogos na temporada regular,as equipes poderia descansar mais o que diminuiria as lesões e talvez eleve o nível de jogo e claro,tendo menos jogos as equipes não poderiam se dar ao luxo de ir empurrando com a barriga a temporada inteira.Uma sequência de uns 5,6 jogos ruins por exemplo teria um impacto maior na campanha,talvez a diferença de ter ou não mando de quadra,ir ou não direto pros playoffs e etc.

    Além do mais,o que é preferível,ver um confronto entre um Bucks x Magic ou uma série entre Mavs X Grizzlies por exemplo?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É um passo na ideia do EAHT, mas sua idéia é impossível porque não tem como você deixar os melhores times da NBA um mês parados para jogar tantas séries de cinco jogos entre times de menor expressão (o EAHT dura uma semana). Além disso, o EAHT elimina os incentivos para a existência de times como o Sixers, então não teremos times como eles chegando aos playoffs porque não existirão.

      Excluir
    2. No caso não seria 1 mês parado.As 8 equipes de 7 a 10 lugar em cada conferência jogariam apenas uma série cada de 5 jogos por exemplo.Seriam 2 séres em cada conferência,entre o 7º e 10º,8º e 9º de cada uma.Seriam 4 séries e os 4 vencedores pegariam as 4 vagas restantes nos playoffs.Uma série de 5 jogos é possível de se fazer em uns 10,12 dias o que já daria um descanso pras melhores equipes(aliás,quase 2 semanas já é uma pausa difícil de se fazer também).

      E sorteando todas as picks da loteria,equilibrando mais a distribuição das chances ou até colocando chances iguais também,a chance da pior equipe conseguir uma escolha top 4 seria bastante reduzida,tornando o Tank muito mais arriscado.

      Seria na minha visão um upgrade no EAHT porque daria mais qualidade nessa fase em que os melhores ainda não entram e não permitiria que uma equipe tão fraca tal qual os Sixers de ainda lutar por alguma coisa mesmo não fazendo nada por merecer.As zebras que aconteceriam nesse EAHT original seriam pra mim constrangedoras já que se trataria de uma equipe que perdeu o ano todo praticamente,diferente do College onde as equipes participantes são selecionadas de acordo com seu desempenho.

      De qualquer maneira,a ideia do EAHT é realmente bacana só acho que pode ficar ainda melhor.

      Excluir
  7. Primeiro um desbafo: Esse time do Sixers e um lixo!!! impossivel se importar com eles, não entra no meu league pass nunca.

    Agora com relação ao post na minha opinião a loteria completa seria a melhor opção, uma boa transição para idéias mais "ousadas" no futuro.

    Sobre a idéia do torneio do Bill Simmons, gostei e concordo com os cometários do Jal.

    me levantou essa questão sobre os play-offs da NBA/MLB.

    entendo que a idéia dos vencedores serem conhecidos em melhor de 07 jogos seja a mais justa do mundo, esportivamente falando, mas passa longe de serem divertidos.

    As primeiras partidas tem valor baixissimo eu só assisto quando está "Win or Go Home" tipo do quinto jogo pra frente, séries em que um time abre 3 x 0 também são um saco.

    Pensando nisto será que a NBA/MLB nunca pensaram em fazer os Play-offs estilo NFL? com jogos unicos, as melhores campanhas teriam mando de quadra e a final seria numa quadra/campo neutro estilo Superbowl.

    NBA Finals e World Series não geram 1% do interesse do Superbowl.

    A idéia de jogo único eliminatório gera uma urgência e fascínio,atraindo o público casual, eu mesmo não assisto o basquete colegial porém quando chega o March Madness eu acho sensacional. Vejo e normalmento fico torcendo pelas "Cinderelas"...rsrs

    Enfim a NFL esta aí pra mostrar que jogos únicos geram muito mais expectativa, mais mídia e aumenta consideravelmente o valor comercial do evento.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Acho que o jogo em si e a estrutura do campeonato não permitem isso.Na NBA são 82 jogos por temporada(e mesmo que diminua teríamos uns 60 jogos),na MLB então...Jogar essa caralhada de partidas e decidir tudo em 1 jogo não parece ser muito justo.

      Na NFL isso dá certo porque são 16 jogos,então decidir em jogo único não é absurdo.Sem contar que não sei se cabe na NFL um aumento do calendário e dos playoffs,duvido que os jogadores conseguiriam aguentar mais partidas do que atualmente.

      Excluir
    2. O Sebastião tem razão, é impossível pela natureza dos esportes e dos torneios. Na NFL, o jogo único é a única solução porque fisicamente é impossível jogar séries mais longas. Mas na MLB (um esporte EXTREMAMENTE voluvel onde séries de 5 ou 7 jogos já são extremamente sujeitas a flutuações aleatórias) seria a pior coisa que poderia acontecer, e mesmo na NBA você iria tirar jogos bons a toa. Para a NBA, isso pode significar cerca de 40 jogos a menos POR PÓS TEMPORADA, o que fazer com todo esse dinheiro perdido? E ainda assim, parte do que torna os playoffs da NBA tão interessantes justamente é que seu formato recompensa os melhores times e força todo tipo de ajustes.

      E sobre a WS e as Finais não atraírem tanto interesse como o Super Bowl, isso é porque o futebol americano atrai muito mais interesse que basquete ou baseball. O futebol americano universitário tem o pior formato de decisão do universo conhecido, com exatamente UM jogo de playoffs (o BCS), e ainda tem mais audiência que MLB e NBA.

      Excluir
  8. E eu fico aqui pensando em como o San Antonio Spurs fica tanto tempo no topo sem depender de loteria. Achar um David Robinson ou um Tim Duncan é sorte? Sim, muita. Mas encontrar ótimos talentos em posições altas ou segundas rodadas é mais do que sorte. É competência. E trabalhar esses talentos pra se transformarem em ótimos jogadores é sinal de competência maior ainda.
    Acho que tankar por mais de duas temporadas é o mais pleno sinal da incompetência. Desmontar um time depios de um longo ciclo e sofrer com um time fraco por duas temporadas, tendo o benefício da loteria, é justo. Mas na terceira você já tem que voltar aos playoffs, ou no mínimo brigar seriamente por eles. No quarto ano tem de ter um time decente. Mas vejam quanto tempo faz que LeBron saiu de Cleveland, quantas escolhas #1 que tiveram e o lixo de time que tem lá. Vejam quento tempo faz que o Kings é saco de pancada. Há quanto tempo o New Orleans tem escolhas altas e ainda é um time ruim? Na NBA tem dois categorias de times ruins. Na primeira estão os que são assumidamente péssimos, como Sixers e Kings. Na segunda estão os que poderiam ser bons mas são ruins, como Bucks, Suns, Magic e os eternas promessas, como Wolves e Pelicans. É muita falta de competência ou de vergonha na cara? Fico dividido. Vejam o caso do Bobcats. Em que eles tem um time melhor que o Cavs? Mas criaram vergonha e decidiram voltar aos playoffs. Ou o caso do Warriors, que há duas rodadas fazia parte do grupo das eternas promessas? Finalmente criaram vergonha e hoje são um time decente.
    Nesta questão da vergonha temos que elogiar os times do Texas. Nunca vemos Rockets ou Dallas tankando só pra voltarem aos dias de glória. GMs inteligentes e com brios tem feito seus times jogarem pra vencer mesmo com elencos limitados. E aos poucos, com trocas e desenvolvimento, conseguem se manter entre os times decentes, ano após anos. Do Spurs eu já falei e não preciso repetir.
    Agora, porque San Antonio é sempre bom e Sacramento nunca é? Isso não mostra que loteria tem pouca influencia no resultado prático da Liga?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. É fato que o Spurs tankou tudo que podia por Duncan, mas isso que você disse é um dos motivos pelos quais não gosto da loteria atual. Porque premiar os times que ficam anos e anos lá embaixo e ainda trocam jogadores para tal? Perder de propósito só enfraquece o produto da NBA. E isso reforça o conceito de que a única forma de ficar bom é tankando, mas não é verdade - você fica bom desenvolvendo talentos, fazendo trocas inteligentes, e não errando coisas primárias. O draft ajuda, e foi assim que o Spurs conseguiu Duncan... mas não foi assim que conseguiu Tony Parker, Manu, Leonard e companhia. Uma coisa é ajudar um time ruim a melhorar (como faz a NFL), outra coisa é incentivar totalmente os times medianos a perder mais jogos de propósito (que é o que acontece na NBA).

      Sobre Spurs e Kings, tem duas diferenças. Uma é que o Spurs sempre teve a sorte de conseguir seu FP (duncan) e montar tudo em volta dele, mantendo sempre o mesmo pilar, e o Kings não. A segunda é que o Spurs fez um trabalho magnífico escolhendo a dedo os jogadores de alto caráter que queriam, desenvolvendo os talentos específicos que precisavam, e basicamente aproveitando talento e valor infinitamente melhor do que qualquer franquia da NBA, enquanto o Kings continua dando contratos estúpidos, draftando os jogadores errados, desenvolvendo muito mal seus jogadores (dentro e fora de quadra) e basicamente mudando constantemente seus objetivos, suas políticas e seu jogo. Sorte é um fator importante, mas hoje ele tem um destaque demais entre os times ruins pelo formato da NBA, enquanto o formato que eu proponho daria um foco maior no segundo.

      Excluir
    2. Sim, o Spurs tankou por Robinson e depois por Duncan. Principalmente pelo Duncan, já que o time já era decente e dois anos antes tinha feito a melhor temporada de sua história até então.
      Eu realmente acredito que os times precisam desmontar após um ciclo que dure um tempo razoável e partir com tudo pra loteria. O Lakers atual tá aí pra demonstrar isso. É um time acostumado a vencer, a sempre ter estrelas e jogar Finais da NBA, mas depois de um loooongo ciclo chamado Kobe Bryant, tá na hora de desfazer tudo e remontar pensando no futuro (a propósito, dar um contrato de 40M por dois anos pro Kobe pós duas lesões sérias e 36y não ajuda muito, mas enfim...). O Celtics desmontou a era Big3, Rondo e Rivers e agora depende do Draft. Acredito que o próprio San Antonio vai partir pra outro tank daqui a duas temporadas quando Duncan e Ginobili (e possivelmente Popovich) finalmente derem adeus e Parker já tiver 33 anos. Mas como eu disse, ficar dois anos no Draft pegando jogadores de mais talento, limpando folha e fazendo bons negócios é aceitável numa Liga tão competitiva. Mas no terceiro ano o time já tem que ser pelo menos bom a ponto de brigar por playoffs no Oeste ou a ponto de entrar de fato nos playoffs no Leste. No quarto ano o time tem que ser candidato a contender. OKC Thunder que o diga.
      O que irrita é ver a falta de competência de algumas franquias. O Wolves gastou boa parte do auge do Garnett e o máximo que conseguiu foi uma final de conferência. Agora estão gastando a juventude do Love do mesmo jeito. O Cavs fez duas Finais porque LeBron James é LeBron James (e porque jogam no Leste), e depois só desgosto. O Pistons tem um time bom a cada duas décadas. Bucks só volta a ganhar se exumar o cadáver do Jabbar. Magic faz uma Final de NBA por década, no máximo, não importa quem esteja jogando lá. Raptors é piada. Kings jogou fora o melhor cas carreiras de Bibby, Webber e um pedaço ainda respeitável da carreira do Divac, e depois nunca mais (será que vão esperar a reencarnação de The Big O?).
      Por outro lado, o Chicago depende de um ou dois ajustes pra voltar a ser contender - isso se a diretoria parar de atrapalhar o Thibs. Miami ganhou título com LeBron e sem LeBron e deve estar matando Cleveland de inveja. Celtics viveu uns altos e baixos no últimos tempos, mas já mostrou que não perdeu a veia de campeão. Indy ainda não ganhou, mas já mostrou que cedo ou tarde vai. Os times do Texas se não são sempre contender, pelo menos não passam a vergonha de ficar constantemente presos no buraco negro do tank.

      Se todo mundo se esforçasse pra ficar neste segundo grupo, a NBA seria muito mais divertida e rentável. Mas parece que a maioria escolhe o caminho da esmola, por algum motivo que me é desconhecido, mas que parece incompetência.

      Excluir