Hora de agradecer por tudo que está dando certo - especialmente o joelho do Embiid
Para quem não sabe, alguns anos atrás eu sofri um sério acidente envolvendo um DeLorean, um cavaleiro medieval, uma cruz de maçaranduba (o relatório da polícia diz mogno, mas eu discordo) e uma jacuzzi. O trauma me deixou com sérios problemas psicológicos, e entre eles está o surgimento de duas novas personalidades alternativas: Jean, a otimista; e Javert, a pessimista.
Normalmente as duas ficam controladas, mas como na quinta feira passada foi o Thanksgiving americano e não tivemos nenhum jogo de NBA sequer, meu sistema nervoso central decidiu se desligar por algumas horas e deixar os dois tomarem conta. Então eu fiz um pedido para cada um dos dois: para que escrevessem uma coluna cada um destacando algum ponto específico de cada um dos 30 times da NBA nesse começo de ano. Então Javert escreveu uma coluna destacando um ponto negativo ou de preocupação para cada time; enquanto Jean escreveu uma coluna destacando um ponto positivo de cada um.
Semana passada publicamos a coluna pessimista com os pontos negativos de cada time escrita pelo Javert; então agora é a vez da coluna a coluna otimista, com os pontos positivos, escrita pelo Jean.
Semana passada publicamos a coluna pessimista com os pontos negativos de cada time escrita pelo Javert; então agora é a vez da coluna a coluna otimista, com os pontos positivos, escrita pelo Jean.
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Eu não sei vocês, mas eu adoro o caos que é o primeiro mês da temporada regular.
Simplesmente é aquele momento em que nós não sabemos e temos certeza de nada, então tudo é possível. Talvez aquele time surpreendente vá cair por terra ao longo do tempo, mas isso ainda não aconteceu, e até acontecer esse time é uma ótima surpresa, divertida, envolvente. E aquele time que deveria ser bom mas está começando mal ainda tem muito tempo para se reerguer e voltar a disputar os playoffs, mas até acontecer fica pairando aquele mistério do que vai acontecer SE continuar mal... é uma época ótima tanto pra quem gosta de otimismo como para quem gosta de caos. As possibilidades são ilimitadas.
É claro, também é preciso ter cuidado quando tratamos de amostras pequenas. A narrativa é uma coisa, os sinais podem ser olhados, pequenas tendências analisadas, mas a 20 jogos ainda tem muito ruído estatistico, e muitas mudanças por acontecer. Quase nenhum time é o mesmo em Abril que éem Fevereiro, e não é em Fevereiro o time que é em Novembro. Nós demos apenas os primeiros passos, mais nada.
Ainda assim, é interessante e instrutivo olhar mais de perto para alguns fatores dentro de cada franquia. Pequenas tendências, mudanças, novidades, pontos de esperança. Então vamos passar rapidamente pelos 32 times da NBA e ver quais foram pontos que se destacaram nesses primeiros 40 dias de basquete.
Ainda assim, é interessante e instrutivo olhar mais de perto para alguns fatores dentro de cada franquia. Pequenas tendências, mudanças, novidades, pontos de esperança. Então vamos passar rapidamente pelos 32 times da NBA e ver quais foram pontos que se destacaram nesses primeiros 40 dias de basquete.
Atlanta Hawks
Taurean Prince foi provavelmente o melhor calouro sobre o qual ninguém falou a respeito de 2017, mas o ex-jogador de Baylor terminou muito bem o ano passado e tinha grande esperanças para esse ano. A presença de jogadores como Dennis Schroeder e Kent Bazemore significa que Prince não precisa assumir o centro dos holofotes e carregar um time como outros jovens jogadores em processo de tanking, mas o segundo-anista tem sido impressionante mesmo assim.
Prince parece muito mais confortável em um papel maior esse ano. Se em 2017 parecia ser só um futuro 3-and-D, Prince está mostrando mais capacidade e versatilidade acertando a cesta, e seu arremesso continua se desenvolvendo. Está dando mais assistências, conduzindo mais pick and rolls (que já compõem 16% do seu ataque) e mostrando uma noção surpreendente de quadra tanto para criar o próprio arremesso como para achar seus companheiros. Atlanta tem sido cuidadosa para não expor demais seus jogadores novos, o que parece uma tática certa nesse caso, mas ainda assim vai ser difícil manter Prince fora dos holofotes por muito tempo.
Boston Celtics
Existe na NBA uma série de pequenos axiomas que costumam servir de "guias" na hora de calibrar as expectativas de um time no começo da temporada. "Jogadores jovens costumam ser ruins e times que se fiam demais neles, também"; "Continuidade importa, e times com muitas mudanças demoram para engrenar"; "Você vai ter problemas defensivos se troca dois titulares (Avery Bradley e Jae Crowder) que são conhecidos por serem bons defensores"; e principalmente, "Um time vai sofrer se perder seu jogador mais caro e aquisição mais importante da offseason".
Mas depois de 21 jogos, Boston pegou todos esses axiomas e jogou pela janela, rumo a ter a melhor campanha da NBA. Gordon Hayward, o grande free agent trazido por Boston essa offseason, machucou com 5 minutos na temporada e deve ficar fora o ano todo; o Celtics emendou uma sequência de 16 vitórias seguidas mesmo assim, distribuindo sua carga para Jayson Tatum (19 anos) e Jaylen Brown (21) anos, que responderam mais do que à altura, lideram o time em minutos e tendo participação crucial do sucesso da franquia. Depois de retornar apenas QUATRO jogadores do time do ano passado, perder Avery Bradley e Crowder, e ter SEIS jogadores em contrato de calouro na rotação principal, o Celtics tem a melhor defesa da NBA (ajustando pelo ambiente de crescente foco ofensivo, uma das melhores dos últimos 30 anos), a melhor campanha, melhor RPI, e está chutando bundas a torto e a direito.
Nenhum time que perdeu um All-Star, vários bons defensores, mudou o elenco inteiro e está dependendo tanto de jovens para produzir deveria ser tão bom, mas aqui estamos. Kyrie Irving está cada vez mais confortável no sistema de Brad Stevens, e sua química com Al Horford faz parecer que jogam juntos há anos. Jaylen Brown tem sido uma das revelações do ano, e Jayson Tatum joga com um veterano de 6 anos de NBA. Horford está jogando o melhor basquete da carreira. Aaron Baynes, Daniel Theis, Semi Ojeleye até Shane Larkin, Boston simplesmente acertou todas as transações que fez nessa offseason. E seu novo elenco - cheio de jogadores altos e versáteis, que consegue cobrir muito da quadra e trocar a marcação à vontade - está mostrando em quadra exatamente a visão que Danny Ainge tinha quando trocou Bradley e montou esse time. Boston pode ser o time do futuro no Leste, mas eles já chegaram no presente muito mais cedo - e mais forte - do que se esperaria.
Brooklyn Nets
O Nets é um time ruim com uma perspectiva de futuro complicada devido à falta de escolhas de Draft (a sua desse ano ainda está em Cleveland) e de jovens de grande potencial no elenco (deve doer assistir Jaylen Brown e Jayson Tatum em Boston), mas eles tem algo a seu favor: eles estão cientes disso e planejando de acordo. Não existe (e a diretoria do Nets sabe disso) uma saída milagrosa para essa situação, então Brooklyn inteligentemente está olhando na outra direção: ao invés de ir atrás dos jogadores que não tem, e não tem condição de adquirir, o Nets está preocupado em criar uma base, uma cultura e um esquema tático que façam sentido, para depois preenchê-lo com as peças certas com o tempo.
E Kenny Atkinson, o técnico que o Nets escolheu para comandar esse processo, está conseguindo com muito sucesso fazer seu time jogar do jeito certo. Claro que o Nets ainda é ruim, mas assistindo os jogos fica claro que existe algo de funcional por trás. O time simplesmente joga o basquete que deveria jogar: o time faz boas movimentações, os jogadores consistentemente fazem as leituras certas, os passes certos, sabem quais os arremessos deveriam conseguir. Eles são o 5º time na NBA em drives por jogo, 13º em passes por jogo, o 2º time que mais chuta de 3, E o 2º time que mais bate lances livres - eles sabem o que estão fazendo em quadra.
O problema é que os jogadores que estão lá não são bons o suficiente para executar tudo isso em alto nível, mas esse é o próximo passo. Brooklyn encheu seu time de veteranos (Allen Crabbe, DeMarre Carroll) que fazem sentido para ajudar esse esquema a se desenvolver, enquanto apostam em jogadores talentoso (Spencer Dinwiddie, Joe Harris) que fazem sentido dentro dessa forma de se jogar. É muito mais fácil achar uma escolha na segunda rodada ou uma barganha na free agency se você sabe exatamente o que espera para o jogador que vai ser encaixado no seu time (como San Antonio, Golden State e Boston estão nos lembrando constantemente). E essa é a vantagem de se ter já esse sistema e essa cultura no lugar, e isso que o ótimo Atkinson e a boa diretoria encabeçada por Sean Marks estão implementando com sucesso. O processo ainda é longo e as vitórias demorarão a vir, mas existe algo de encorajador acontecendo no Brooklyn.
Charlotte Hornets
Uma das minhas histórias favoritas desse começo de ano tem sido o crescimento de Jeremy Lamb em Charlotte. Depois de passar praticamente toda sua carreira como um reserva de pouca expressão, Lamb enfim explodiu esse ano em um papel maior, iniciando boa parte do ano como titular na ausência de Nicolas Batum e mostrando um jogo bem mais avançado do que antes.
Lamb tem média de 16 pontos em 29 minutos por jogo, a segunda melhor marca no Hornets depois de Kemba Walker. Mas o mais interessante é o quanto Lamb tem mostrado em áreas que antes não eram uma força: o ala do Hornets está chutando sólidos 37,3% de três pontos no ano (32,4% na carreira) em um número alto de tentativas (4 por jogo), está atacando a cesta e cavando faltas com mais frequência do que nunca (3.8 FTs por jogo, quase o dobro de 2017) e, mais importante, tem mostrado um novo nível conduzindo pick and rolls e atacando a partir do drible que tem sido crucial para o Hornets tentando sobreviver sem Batum: Lamb tem média de 0.93 pontos por posse de bola conduzindo um pick and roll (72nd percentil da NBA) e dando 3.4 assistências por jogo, mais do que triplicando sua média da carreira (1.1).
Essa melhora em todas as áreas do jogo de Lamb fez dele um reserva pouco utilizado para um jogador crucial para Charlotte: Depois de ser apenas 8th em minutos por jogo no time em 2017, Lamb agora é o terceiro atrás de Dwight e Kemba Walker, e o Hornets tem destroçados adversários quando Lamb e Kemba jogam juntos ao tom de + 10.5 de Net Rating, que seria equivalente à segunda marca da NBA (Rockets). Lamb foi para o banco depois da volta de Batum, mas ainda tem jogado minutos de titular, e o Hornets sabe o quão importante é o bicampeão universitário para suas pretensões na temporada. Muito legal ver um dos meus jogadores universitários favoritos enfim ganhando seu espaço na NBA.
Chicago Bulls
Trocar seu melhor jogador por pouco, como fez o Bulls, sempre vai gerar muitas derrotas e descontentamento de curto prazo. É inevitável. Jimmy Butler foi o que manteve o Bulls vivo em 2017, e sua saída - previsivelmente - transformou Chicago no pior time da NBA em 2018. Mas um dos motivos pelos quais esse cavalo morto não tem sido mais tão chutado é a performance do calouro Lauri Markkanen, que também foi bastante criticado quando foi escolhido no #7.
Os números do finlandês não saltam tanto aos olhos - 14 pontos, 8 rebotes, 40 FG%, 35 3PT% - mas é óbvio que o Bulls não está jogando pelo hoje, e sim pelo futuro, e o que Lauri tem mostrado nesse sentido tem sido bastante encorajador. O arremesso de fora já era conhecido, mas Markkanen tem mostrado mais em quase todas as outras áreas: seu arremesso tem enorme versatilidade (pull ups, vindo de screens, etc), seus rebotes estão melhores do que o esperado, e Lauri está mostrado bem mais habilidade botando a bola no chão e criando arremessos do que parecia ter. Até sua tão criticada defesa parece melhor na NBA: Markkanen não é (e provavelmente não será) um protetor de aro, mas tem mostrado pés ágeis quando precisa trocar a marcação e acompanhar jogadores menores no perímetro. Não é Ben Simmons, mas sem dúvida é um raio de esperança no que promete ser uma difícil reconstrução para o Bulls.
Cleveland Cavaliers
As vezes eu sinto que não estamos falando de LeBron James tanto quanto deveríamos. Eu sei que LeBron já está naquele nível que tomamos sua grandeza por garantida e por isso ela para de nos impressionar, mas não deveria. Esse é o ano 15 para LeBron na NBA. Ele tem 33 anos, 1300 jogos e 51.000 minutos (contando playoffs) nas costas. Qualquer ser humano normal estaria começando a olhar para a descendente.
Mas LeBron? Ele está anotando 28.5 pontos, 8.6 rebotes, 7,5 assistências por jogo enquanto arremessa 58% de quadra e 42% de três pontos, e fazendo tudo isso enquanto é segundo na NBA em PER e segundo em minutos por jogo atrás de Giannis (o que, diga-se de passagem, é absurdamente irresponsável por parte do time). Ele está carregando nas costas um Cavs desfigurado que perdeu seu segundo melhor jogador (Kyrie), viu Jae Crowder voltar a ser uma abóbora, perdeu Tristan Thompson por lesão, e esteve contando com minutos de Rose, Wade, Jeff Green e Jose Calderon para ter uma rotação. É uma temporada fantástica de um dos melhores jogadores de basquete que jamais pisaram sobre essa Terra sob qualquer ótica possível. Apreciem LeBron James enquanto é tempo.
Dallas Mavericks
No último sábado, dia 25/11, o Mavericks enfrentou o Thunder em Dallas, e fomos brindados com uma performance quase vintage de Dirk Nowitzki: uma série de bolas longas, fakes, giros, fadeaways, e é claro, um dos arremessos mais bonitos da história da NBA. Foi lindo de se ver, um lembrete sobre como era e as vezes ainda é fantástico assistir a um dos melhores e mais únicos jogadores da história da NBA.
Então ao invés de falar sobre a temporada do Mavericks, vou simplesmente deixar vocês com esse mix do Dirk para lembrarmos enquanto é tempo.
Sentiremos muito sua falta, Dirk.
Denver Nuggets
Múltiplas lesões, dispensas, movimentações, excesso de jogadores em uma mesma posição, e por ai vai - todos esses fatores tornaram quase impossível para o Denver ter uma rotação estável. Apenas UMA lineup do time jogou mais do que 150 minutos junta no ano inteiro. Ou mais do que 120 minutos o ano inteiro. Ou 100 minutos o ano inteiro. Ou CINQUENTA minutos junto o ano inteiro. É isso ai, a segunda lineup mais usada pelo Denver jogou junto apenas QUARANTA E QUATRO minutos TOTAIS ao longo do ano. Você vai ter muita dificuldade para montar um time quando isso acontecer.
A boa notícia é que essa lineup que é exceção - a titular do time antes da lesão de Millsap e que jogou junta por 224 minutos - tem sido realmente uma das mais divertidas de se assistir da NBA, e uma das mais dominantes. Muitas vezes nos jogos do Nuggets o time tem problemas com a armação de jogadas, com falta de espaçamento, com a falta de entrosamento... mas quando esses cinco - Murray, Harris, Chandler, Jokic e Millsap - jogam juntos é como se um raio luminoso viesse e focasse no Pepsi Center. Essa lineup não tem praticamente nenhuma das falhas que as outras apresentam: eles NUNCA cometem turnovers (o que é significativo, considerando que Denver é o segundo time com mais turnovers na NBA), passam a bola com facilidade (seriam #4 em AST% na NBA), pegam rebotes feito maníacos (53,5% em % de rebotes, que seria a melhor marca da liga) e parecem que jogam juntos faz cinco anos. Eles bombardeiam bolas de três livres, rodam a bola, sabem quando cortar e quando sair para o perímetro, se movimentam sem a bola, e destroem times dos dois lados da quadra: esses cinco juntos tem um Offensive Rating de 112.5 (seria #2 na NBA, à frente de Houston) e 100.5 de Defensive Rating (seria #4 na NBA logo atrás de Utah), o que da um Net Rating de 12,0 equivalente ao Golden State Warriors como time.
O Nuggets tem problemas quando esse quinteto (e em especial o trio Murray-Jokic-Millsap) se separa, e com a lesão de Millsap deve demorar um pouco para voltarem a jogar juntos. Isso vai significar mais mudanças, mais experimentos, e mais lineups que não funcionam tão bem - o que deve render sofrimento no curto prazo, mas vai ajudar esse time a encontrar as "outras lineups" para funcionar em torno dessa principal. Ainda assim, é uma lineup que nos da um gostinho do quão bom esse time pode ser quando tudo está encaixando, e um enorme prazer de ver jogar.
Detroit Pistons
Se eu tivesse um voto para o Most Improved Player - o jogador que mais evoluiu na temporada - certamente ele iria hoje para Andre Drummond. Imagino que hoje Porzingis seja o favorito ao prêmio, mas meu voto seria para o pivô do Pistons. Depois de ano sendo um jogador talentoso mas que nunca tinha realmente juntado isso em uma atuação consistente e dominante (e inclusive ser nomeado pelo chefe o Jogador Menos Valioso de 2017), Drummond melhorou quase todos os aspectos do seu jogo e enfim está parecendo a estrela que prometia desde que chegou à NBA.
O que chama a atenção é o aproveitamento nos lances livres, que passou de patéticos 38,6% para decentes 61,8% esse ano. Isso permite a Drummond ficar mais tempo em quadra (especialmente no final de jogos) e igualmente mais tempo com a bola nas mãos, sem precisar ter medo de sofrer uma falta intencional. Ao invés de precisar se livrar rápido da bola e definir a jogada com pressa, Drummond agora pode tomar seu tempo e fazer as jogadas pensadas, o que liberou todo seu jogo.
Drummond esse ano mais do que triplicou (de 4,7% para 16,1%) seu AST% e viu suas assistências por jogo subirem para impressionantes 3,5. Ano passado Drummond não era remotamente capaz de dar passes com esse aos 14 segundos do vídeo abaixo...
... mas agora eles fazem parte da sua rotina em quadra e da forma do Pistons de atacar. Drummond também trocou muitos de seus horríveis lances de costa para a cesta (post ups compunham 27% das suas posses totais em 2017 e caíram para apenas 10% esse ano) por jogadas mais eficientes e que não precisam congelar todo o ritmo ofensivo do time, e principalmente por mais toques na cabeça do garrafão, que ajudam a abrir espaço para o resto da equipe e estão abrindo sua habilidade nos passes. Defensivamente, Drummond ainda consegue usar seu tamanho e atleticismo para causar estrago com tocos e roubos, mas ele está muito mais inteligente esse ano em como se posicionar, ignorando os "disfarces" das jogadas adversárias e se concentrando na ação que realmente importa, e que ele realmente precisa defender. Drummond tem sido uma revelação em tantos aspectos esse ano que chega a parecer outro jogador, e tem sido uma parte crucial do sucesso do Pistons em 2017/18.
(Para mais detalhes, recomendo esse texto do ótimo Scott Rafferty -> https://t.co/cK2WSWeaQd)
Golden State Warriors
Vamos contar:
- #1 em ataque
- #5 em defesa
- #1 em Net Rating
- #2 em RPI
- #1 em AST%
- #1 em TS%
- #1 em eFG%
- Tudo isso com o calendário mais difícil do Oeste até aqui.
Eu sei que é tentador olhar o Warriors em uma noite preguiçosa de temporada regular e tentar achar que estão em decadência ou em crise, mas seus dados avançados estão quase no nível que estavam ano passado, e saudável esse ainda é o time a ser batido na NBA.
Houston Rockets
Houston é uma maiores surpresas do começo de temporada, com o segundo melhor Net Rating, segunda melhor campanha e segundo melhor ataque da NBA. Harden está jogando em nível MVP, e Chris Paul parece totalmente confortável em quadra. Não poderiam pedir um começo melhor.
E um aspecto específico que tem sido bem interessante nesse início do Rockets é o uso das suas lineups de small ball. E eu não digo small ball no sentido antigo de "sem um ala de força ou pivô de origem", embora essas também tenham sido ótimas para Houston - o time do Texas tem um Net Rating de +13.1 quando Ryan Anderson está em quadra sem Clint Capela.
Mas as que mais me interessaram são aquelas que são REALMENTE small ball, com Mbah a Moute ou PJ Tucker jogando de pivô e um exército de arremessadores ao redor. Houston ainda não está usando essas lineups com muita frequência - apenas 16 minutos até aqui - mas nesses minutos elas tem destruídos times durante curtas sequências, com um Net Rating de +16,4 nesses minutos. São em geral lineups capazes de trocar a marcação entre 4 ou 5 posições, e com Tucker e Mbah a Moute bombardeando bolas de longa distância com sólido aproveitamento fica dificílimo marcar essas unidades. Elas lembram, na verdade, a lineup da Morte do Warriors à sua própria maneira. Vai ser interessante acompanhar se Houston continua usando esses grupos, e se vai ser uma arma a ser usada contra Golden State caso os dois favoritos do Oeste venham a se cruzar nos playoffs.
Indiana Pacers
A troca de Paul George por parte do Indiana Pacers está parecendo muito melhor hoje em dia, não?
Alguns meses depois do dia que Kevin Pritchard quase explodiu a internet, eu tenho 100% de certeza que OKC ainda faria essa troca 10 de 10 vezes, mas a impressão cada vez mais é que o Pacers não foi roubado como pareceu à primeira vista. E isso porque as duas aquisições do time na troca estão jogando melhor do que jamais jogaram em OKC ou Orlando.
Victor Oladipo em particular tem sido uma revelação. Jogando no ritmo de jogo veloz desse ano Oladipo enfim está conseguindo mostrar toda sua agilidade e velocidade, e tem sido imparável na quadra aberta. Com 23 pontos, 5 rebotes e 4 assistências de média e 54 eFG%, Oladipo está tendo de longe a melhor temporada da carreira dos dois lados da quadra, e deve receber alguma atenção na hora de definir os participantes do Leste no All Star Game.
Domatas Sabonis também está mostrando em Indiana uma promessa que não mostrou quando era refém de Russell Westbrook em OKC. Sabonis chegou à NBA com seus maiores atrativos sendo seu jogo no garrafão, os passes e os rebotes, o tipo de jogador que foi feito para jogar de pivô na NBA moderna. E seu primeiro ano em OKC foi basicamente ficar na zona morta esperando um passe e arremessando de três - não a toa não conseguiu mostrar todo seu talento por lá.
Em Indiana - e especialmente sem Myles Turner, o que permitiu a Sabonis jogar de pivô - o filho da lenda do basquete soviético tem mostrado seu jogo completo, dominando o garrafão com seu jogo de pernas, inteligência nos passes, e dominação nos rebotes. Sabonis tem esse ano médias de 13-9-2,5 com 55 FG%, depois de ter 6-4-1 e 40 FG%. E seus números são aida melhores considerando quando jogou sem Myles Turner, como pivô titular do time: 14-11-3 com 60 FG% durante 9 jogos, e em geral o ex-astro de Gonzaga tem médias de 18 pontos, 13 rebotes e 4 assistências por 36 minutos quando joga sem Turner. Nesses minutos, o Pacers tem um Net Rating de +5.8, que seria a quinta melhor marca da NBA. Um jogador muito melhor e mais promissor do que sua avaliação quando foi adquirido de OKC.
Nem Oladipo nem Sabonis parece ser o tipo de estrela em torno do qual você constrói uma franquia, mas considerando o papo de que o Pacers não tinha conseguido nada de valor pela sua estrela, o começo de ano da dupla é encorajador, e estão ajudando o Pacers a se manter competitivo num surpreendente Leste. O próximo desafio: achar uma forma de fazer Sabonis e Turner jogarem juntos em quadra.
Los Angeles Clippers
É impossível achar um ponto positivo na temporada do Clippers, um time sólido e divertido no papel que viu sua temporada acabar cedo com lesão atrás de lesão para seus principais jogadores. O Clippers agora está 8-12 e lidando com mais uma lesão no joelho de Blake Griffin, o ano parece perdido, e o futuro cada vez mais duvidoso.
Então... hm... e ai pessoal, já viram o novo trailer de Guerra Infinita?! Parece fantástico!!
Los Angeles Lakers
A defesa de Los Angeles caiu para #8 na NBA recentemente depois de chegar a ser a terceira melhor da liga em certo ponto, mas ainda assim é de se impressionar com a eficiência do Lakers do lado defensivo da quadra. Esse é o mesmo Lakers que foi a PIOR defesa da NBA um ano atrás! Ter uma defesa Top10 para começar o ano é um grande passo à frente - e um bastante inesperado.
E mais impressionante ainda é o Lakers conseguir isso com praticamente só dois bons defensores no seu elenco (três se contar Julius Randle motivado, o que tem acontecido mais do que o normal esse ano) em KCP e Brandon Ingram. Essa sólida defesa para começar o ano tem vindo não do talento individual dos seus defensores mas sim do seu esforço coletivo, o que é sempre um bom lembrete de que defender na NBA moderna NUNCA é apenas individual. Esse time, pura e simplesmente, sabe o que está fazendo na defesa: os jogadores são capazes de trocar marcação entre várias posições, são bastante ativos nas linhas de passe e nas rotações, jogam duro e com vontade, lutam contra pick and rolls, e mostram uma noção geral boa do que devem fazer. Essa defesa ser #8 não é por acaso.
Parte disso não é sustentável, e alguma regressão já começou: O Lakers tem muita dificuldade em conter penetração a partir do drible (especialmente na posição de armador); eles enfrentaram um calendário bem fácil (7th mais fácil da liga); seu perfil de arremessos não é o ideal (só Milwaukee cede mais arremessos perto do aro); e seus adversários ainda estão acertando um percentual abaixo do normal de arremessos livres, o que é geralmente insustentável. Tudo indica que esse número ainda deve cair do oitavo lugar.
Mas ainda assim, esse time não chegou ao #8 por acaso. Ninguém chega. Esse número e as boas performances defensivas são um testamento não só ao trabalho de Luke Walton, mas também ao quão duro e investido esse elenco está jogando esse ano.
Memphis Grizzlies
Em meio a um desastroso início de temporada, um ponto positivo é que Memphis achou mais um jogador decadente e não desejado para reviver a carreira e mostrar pro mundo que consegue reabilitar QUALQUER jogador do planeta: Tyreke Evans.
Engraçado pensar hoje que Tyreke foi Calouro do Ano sobre Steph Curry e James Harden em 2009, e considerado uma grande estrela do futuro. Mas a cada ano que passava Harden parecia piorar um pouco, as lesões continuavam se sucedendo, e sua falta de arremesso e estilo de jogo individualista começaram a se destacar negativamente cada vez mais em uma NBA que caminhava na direção oposta. Seu espaço foi minguando, e chegou ao ponto que Tyreke teve que assinar um contrato de 1 ano, 3 milhões para tentar reconstruir seu valor na NBA.
Mas Reke parece ter escolhido o lugar certo para isso. Em 20 partidas, Evans vem tendo talvez o melhor ano da sua carreira. São 18 pontos, 5 rebotes e 3.5 assistências por jogo em apenas 28 minutos vindos do banco de reservas, e tem sido crucial para ancorar as rotações vindas do banco de reservas, especialmente com Mike Conley machucado. E, talvez mais importante, Evans parece ter se reinventado como um bom arremessador: está acertando 42% das suas bolas de longa distância em um alto número de tentativas (4.3 por jogo). Não é a estrela que parecia ser quando calouro, mas sem dúvida o Tyreke Evans desse ano é um sólido jogador de NBA. Uma evolução e volta por cima que fazem dele hoje o provável líder na corrida pelo prêmio de Sexto Homem do Ano.
Miami Heat
Discretamente, Kelly Olynyk está se provando uma das mais interessantes contratações da última janela de transferências, e já é hora do pivô ganhar mais minutos em quadra. Ele é apenas o oitavo jogador com mais minutos no time do Miami Heat (em parte porque divide a posição com Hassan Whiteside e quase não tem sido usado de ala de força), mas ele é o jogador que tem sido o diferencial para Miami quando está em quadra, especialmente comandando lineups vindas do banco.
Miami tem uma defesa decente, um time que sabe onde estar e o que fazer desse lado da bola, mas o ataque tem sido uma desgraça (quinto pior da NBA) e parece só encontrar vida quando Olynyk está em quadra provendo espaçamento com suas bolas longas (47 3PT% na temporada, o que deve cair um pouco ainda). Ainda que a maioria disso seja contra reservas, quando o pivô está em quadra o jogo fica mais aberto, os armadores de Miami conseguem realizar suas infiltrações e fazer a bola rodar até o lugar certo, e Miami pontua no nível de um ataque Top8 da NBA. Quando vai pro banco? O ataque de Miami vira basicamente o ataque do Kings, segunda pior marca da NBA, com 96.6 pontos por 100 posses de bola anotado. Miami tem muitos outros problemas para resolver, mas começar a dar mais minutos para Olynyk pode ser um ponto de partida.
Milwaukee Bucks
A impressão é que esse é um assunto todo ano, mas um inevitável simplesmente porque Giannis Antetokounmpo continua evoluindo. O grego deu um salto de qualidade me 2016... depois outro em 2017, quando foi 2nd Team All NBA e ganhou o prêmio de MIP... e agora em 2018 parece ter dado mais um salto de qualidade que nos faz o quão bom Giannis - que tem apenas VINTE E DOIS ANOS de idade - vai realmente ser algum dia.
Esse ano Giannis simplesmente atingiu um novo nível, principalmente como pontuador. Se não tinha dúvidas de que Giannis já era uma superestrela, agora Antetokounmpo já está sendo discutindo entre os 10, talvez 5 melhores da NBA, e com razão. Giannis ainda não tem um bom arremesso, mas a verdade é que isso simplesmente não importa: ele consegue chegar até o aro quando quer graças a seus braços gigantes e seu controle do corpo, e quando Giannis consegue espaço ele é imparável: o grego tem média de 30 pontos por jogo em incríveis 56 FG% e está cavando faltas no melhor ritmo da carreira. Seus rebotes também estão no melhor nível da vida (10.2 por jogo), sua defesa continua excelente e destrutiva, e atualmente ninguém na liga inteira tem PER melhor que os 31.7 de Giannis.
E o Bucks ainda é extremamente dependente da sua grande estrela. Com Giannis em quadra, o Bucks tem basicamente uma defesa média e um ataque equivalente ao sexto melhor da NBA, o que da um Net Rating de +3.3 - marca que seria a sétima melhor da NBA. Mas quando Antetokounmpo senta, Milwaukee despenca para o terceiro pior ataque da NBA, a pior defesa da liga, e um Net Rating de -11.4. Apesar de todo o talento em Milwaukee, existe uma falta de padrão para ser bem usado,e muito do que esse time ainda faz é confiar no talento descomunal de sua estrela para carregar o piano dos dois lados da quadra - e é um testamento para o quão bom Giannis já é o fato de que ele está conseguindo.
Minnesota Timberwolves
Para um time cujas peças não se encaixavam muito bem, que poderia ter problemas de espaçamento e muitos jogadores que seguram demais a bola e gostam de centralizar o jogo, Minnesota começou muito bem a temporada ado lado ofensivo da bola, tendo o quinto melhor ataque da liga rumo a uma campanha de 13-9 até aqui.
O mais engraçado é que Minnesota AINDA tem problemas de espaçamento e não arremessa bolas de três pontos - é o segundo time com menos bolas longas na temporada - e é abaixo da média em quesitos como % de assistências e passes por jogo, que são indicadores de jogo coletivo. Minny está basicamente tendo sucesso com a tática Toronto Raptors: diminua o ritmo de jogo, não sofra turnovers, aproveite cada posse de bola, consiga um monte de lances livres e aproveite o talento individual de suas estrelas ao máximo (e como bônus adicional também estão dominando os rebotes ofensivos, pegando 26% dos seus próprios erros, quarta melhor marca da liga).
Por um lado, é encorajador ver que Minny está conseguindo ter um excelente ataque mesmo com todos os problemas que se esperava que tivesse nessa adaptação, e da esperança para o que esse time virá a ser desse lado da quadra quado conseguir integrar todo seu talento. Por outro, precisam trabalhar agora até o final do ano para capitalizar em cima disso e continuar desenvolvendo um ataque mais fluido e diversificado, para não chegar em Abril e acontecer o que todo ano acontece com o ataque de Toronto nos playoffs.
New Orleans Pelicans
Uma das grandes perguntas que ficou na NBA ao final do ano passado dizia respeito ao Pelicans e sua dupla de estrelas, Davis e Cousins: é possível um time da NBA render em alto nível no basquete moderno com um time construído ao redor de dois jogadores de garrafão, nesse momento em que todo mundo está tentando jogar mais baixo e focando no perímetro. E até aqui, a resposta parece ser que sim.
No agregado, o Pelicans está 11-10 na temporada com Net Rating de -0.2 (17th no ano) - bem médio. Mas isso diz mais sobre a falta de talento e a montagem irregular desse elenco do que sobre a capacidade do time jogar com dois jogadores de garrafão. Na verdade, quando Davis e Cousins estão juntos em quadra, o Pelicans tem um Net Rating de +4.3, marca que colocaria New Orleans como o sexto melhor time da NBA. O principal problema é realmente quando Davis senta e Cousins comanda as lineups vindas do banco: -10.5 por 100 posses de ola quando Cousins joga sem Anthony Davis.
Esse sucesso com dois pivôs vem não só do enorme nível de talento de Cousins e Davis, mas sim pelo fato dos dois serem jogadores com características bastante modernas: Cousins evoluiu em um arremessador de três pontos respeitável, e Davis também tem boa eficiência no seu arremesso, ainda que ele ainda não se estenda tanto até a linha de 3, o que abre espaço em quadra. Ambos são muito bons batendo bola e podem fazer tanto o papel do ball handler como o do screener em um pick and roll, muitas vezes juntos (Cousins anota 0,9 PPP quando conduz um pick and roll, marca no 70th percentil dos jogadores da NBA), e são capazes de destruir qualquer defensor menor que acabe por defendê-los, o que impede trocas de marcação.
Isso tudo permitiu que a comissão técnica do Pelicans ficasse bastante criativa com a forma de usar seus jogadores. É muito comum ver o Pelicans usando jogadas normalmente desenhadas para liberar os armadores, vindo de corta-luz fora da bola por exemplo... só que New Orleans inverte essas jogadas e usa seus PIVÔS para receber essas jogadas, o que confunde totalmente a marcação e, quando bem executado, torna o time praticamente impossível de defender. Davis e Cousins tem as habilidades de perímetro para fazer funcionar e dar continuidade a essas jogadas; times não estão acostumados a defender essas jogadas com as pessoas que normalmente marcariam esses dois jogadores; e tanto Davis como Cousins vai punir qualquer troca de marcação. Não funciona sempre, mas quando funciona, é realmente muito legal de se ver - eu pessoalmente adoro esses times e jogadas que fogem do padrão que estamos acostumados, e nos mostram novas possibilidades.
New Orleans não tem talento e arremessadores suficientes no time para maximizar Davis e Cousins ainda, mas o time parece ter provado uma coisa: de que ambos podem funcionar jogando juntos. Com Cousins perto de se tornar agente livre, essa é uma informação preciosa para se ter e que pode definir o futuro da franquia.
New York Knicks
Todo mundo sabia que Kristaps Porzingis era bom, mas escondido atrás de Carmelo Anthony em um desastroso esquema era difícil saber exatamente o quanto.
Mas agora como indiscutível foco do time finalmente estamos conseguindo ver o letão atingindo seu potencial, e é glorioso. Porzingis está tendo média de quase 26 pontos por jogo com excelentes níveis de eficiência (46,7 FG%, 39,8 3PT%, 84,1 FT%) e sendo alvo frequente de marcações duplas e triplas. Sério, como você marca Porzingis? Ele tem excelente domínio de bola para um grandalhão e é mais do que capaz de colocar a bola no chão e dar um ou dois dribles para abrir espaço; ele é muito ágil e atlético, com um pouco de espaço para engatar a marcha ele consegue atingir o aro e finalizar com muita facilidade; seu jogo de costas para a cesta continua se desenvolvendo (Porzingis está com média de 1,06 PPP em jogadas de post up, no 78th percentil da NBA); e se nada disso der certo, ele pode simplesmente arremessar por cima de você. Porzingis tem 2m21 (7'4) com um excelente arremesso que se estende até a linha dos 3 pontos e tem um alto ponto de lançamento - nenhum jogador na NBA vai bloquear isso.
Porzingis está maturando em uma das maiores armas da NBA, um pivô e extremamente atlético alto capaz de proteger o aro (lidera a NBA pelo segundo ano seguido em aproveitamento dos adversários perto do aro) e ser uma força imparável no ataque, capaz de espaçar a quadra (39,8 3PT%), atacar a cesta, punir trocas e basicamente pontuar como quiser. Ele manteve praticamente sozinho o que deveria ser um péssimo time do Knicks vivo no Leste e sonhando com playoffs. O Knicks tem o Net Rating do quinto melhor time da NBA (+4.7) quando Porzingis está em quadra e do quinto pior (-6.6) quando ele está no banco. Tire Porzingis desse time e eles estão brigando pela primeira escolha do Draft. Com o letão, não é absurdo imaginar esse time jogando na pós-temporada quando Abril chegar.
Oklahoma City Thunder
O Thunder tem sido uma das maiores decepções do começo de ano, com uma campanha de 8-12 e três derrotas seguidas desde sua convincente vitória sobre Golden State. O novo Big Three de OKC não começou bem sua trajetória em Oklahoma.
No entanto, os números pintam uma história diferente. É há muito tempo conhecido que vitórias e derrotas não são a melhor maneira de se avaliar o nível de performance de um time. Uma melhor, por exemplo, é ver qual o saldo de pontos (ou o famoso Net Rating, saldo de pontos por 100 posses de bola) do time. Outra é avaliar o perfil das vitórias e derrotas - jogos decididos por menos posses de bola tendem a ser mais aleatórios e dizer menos sobre o nível de jogo dos times, enquanto vitórias ou derrotas por margens largas tendem a indicar uma diferença de nível maior.
Então a boa notícia é que esse dois fatores são bem favoráveis ao Thunder. Em 20 jogos, OKC tem um Net Rating +2,4, que seria a oitava melhor marca da NBA. Analisando o perfil de jogos do Thunder, isso fica ainda mais claro: das suas 12 derrotas, 10 delas foram por 8 pontos ou menos, e cinco delas por 4 pontos ou menos. Das 8 vitórias, nenhuma por menos de 9 pontos, e 7 delas por pelo menos 13 pontos. Em outras palavras, OKC está ganhando seus jogos por muito e perdendo por pouco - em teoria, ao longo do tempo a variância nas derrotas apertadas tende a nivelar, e esses jogos (especialmente os decididos por 4 pontos ou menos) tendem a ser quase 50% de vitórias. Esse perfil indica que OKC está jogando acima do nível do seu total de vitórias, e com o tempo isso deve melhorar.
(Javert me pediu para incluir essa observação: Vale citar que OKC teve a sexta tabela mais fácil da NBA e que seus números gerais de saldo de pontos estão distorcidos por causa de alguns massacres sobre os piores times da NBA, em especial o Bulls)
Também vale observar que, apesar do seu Big Three estar encontrando dificuldades para render como esperado junto, eles não estão de forma alguma mal: o Thunder tem um Net Rating de +4.7 quando suas três estrelas estão juntas em quadra, baixo para um Big Three com aspirações ao título, mas ainda um número muito sólido. É cedo demais para descartar esse time e esse nível de talento.
Orlando Magic
É muito bom ver Orlando - que durante tanto tempo permaneceu como um reduto do basquete arcaico, ao ponto de jogar com Aaron Gordon de SF durante grande parte de 2017 para acomodar Jeff Green e um exército de jogadores de garrafão - finalmente abraçando um basquete mais moderno, e mais importante, uma identidade.
Orlando chegou como uma das grandes surpresas do ano graças às suas bolas de três pontos, o que é incrível quando lembramos que em 2017 o Magic foi o quinto time com menos bolas de três pontos, e o time de segundo pior aproveitamento. E ainda assim esse ano - com Aaron Gordon jogando quase exclusivamente na posição 4 e mostrando um muito evoluído arremesso - Orlando é o terceiro time que mais fez cestas de três pontos no ano, atrás apenas de Houston e Golden State, e é o quarto time de melhor aproveitamento. O ataque, claro, reagiu de acordo: depois de ser o segundo pior da NBA em 2017, agora é um respeitável 12th lugar.
Parte dessa melhora vem da evolução individual de alguns jogadores: Aaron Gordon está chutando um career-high 5.3 bolas de três por jogo com aproveitamento (talvez insustentável) de 43%, enquanto o pivô Nikola Vucevic estendeu seu alcance nos arremessos para a linha de três, chutando sólidos 36% em 4 chutes por jogo. Essas melhoras podem não ser sustentáveis no médio prazo (ainda é difícil dizer), mas elas também estão ligadas a uma mudança de postura e esquema tático em Orlando. Os pivôs atrás de Vucevic estão praticamente todos afundados no banco, o time está jogando com muito mais velocidade (#6 na NBA) e é fácil ver uma mudança de postura dos jogadores no ataque, buscando sempre a opção da bola longa nos passes, e uma movimentação dos jogadores voltada para conseguir esses arremessos longos. Orlando enfim chegou no século 21, e pode ser o primeiro (e importante) passo rumo a estabelecer uma identidade que não existia sob o ex-GM Rob Hennigan.
Philadelphia 76ers
Philadelphia era para ser o time do futuro, mas - assim com aconteceu com Boston - parece que esse futuro está chegando muito mais cedo do que o antecipado. Em outras palavras, o futuro ainda é brilhante, mas está ficando claro que esse time já é muito bom nesse momento. Nos seus últimos 9 jogos, Philly está 6-3 com três vitórias por 20+ pontos, e as três únicas derrotas vindo nas mãos dos grandes favoritos Warriors e Cavaliers, mais o Boston Celtics (sem Embiid). Até aqui, Philadelphia enfrentou o calendário mais difícil de toda NBA.
E parte desse sucesso de Philly vem da dominação da sua nova lineup titular. O Sixers finalmente colocou Ben Simmons como PG nominal da equipe e cercou ele e Embiid de arremessadores em JJ Redick, Robert Covington e Dario Saric (cuja bola de 3 está mostrando evolução esse ano) - em teoria a formação certa para maximizar seu fantástico calouro.
E essa lineup foi um ENORME sucesso. Philly tem destruído adversários nos 154 minutos que essa formação jogou junta: seu Net Rating de +20,6 não só lideraria a liga por quilômetros como é a terceira melhor lineup de TODA a NBA entre grupos que jogaram 100 minutos juntos. Ela é uma lineup impressionante que ao mesmo tempo é alta e baixa: ela tem três arremessadores (quatro se contar Embiid) e não tem um ala de força tradicional, jogando com seus alas bem abertos; e ao mesmo tempo tem QUATRO jogadores com 6'6 ou acima e todos capazes de trocar a marcação em jogadores menores. Ela consegue ao mesmo tempo te superar com velocidade e versatilidade como é capaz de te esmagar com tamanho e força física. Tem sido glorioso ver essa formação jogando junta (diga-se de passagens, as lineups com Ben Simmons e Embiid jogando juntos tem Net Rating de +9,9).
Vai ser interessante ver como Philly vai reintegrar Fultz à rotação quando voltar e como esse grupo continua evoluindo, mas por enquanto o Sixers parece ter encontrado sua melhor lineup, e ela deixa bem claro que Philly é um time para se respeitar já em 2018.
Phoenix Suns
Em meio ao que tem sido uma temporada ruim no Arizona, o crescimento de Devin Booker continua ser o principal foco de otimismo. Booker ainda tem apenas 21 anos, mas seu crescimento contínuo tem mostrado que o Suns realmente pode ter achado ouro com o ex-jogador de Kentucky.
A produção bruta de Booker não mudou muito em relação ao ano passado: 23 pontos e 4 assistências por jogo, contra 22 pontos e 3.4 assistências em virtualmente a mesma USG%. Mas olhando de perto, você percebe que seu PER saltou de 14.6 para 18.1, seus Win Shares por 48 minutos mais que dobraram (de 0.035 para 0.081) e que basicamente todas suas estatísticas avançadas indicam que Booker está sendo muito melhor esse ano. Por que isso acontece, então?
Porque se Booker não aumentou sua produção, ele aumentou grosseiramente sua eficiência. Seu True Shooting% saltou quase 40 pontos (de .531 para .568) e seu eFG% também (de .475 para .513). E isso acontece simplesmente porque Booker está melhor na hora de arremessar a bola (em termos de jump shot mesmo): ano passado, Booker converteu 36% das suas bolas de três e 38,7% das bolas de meia distância, enquanto esse ano esses números estão em 38% e 48%, respectivamente. Ajuda que Booker trocou alguns arremessos de meia distância (que hoje constituem 32% de seus arremessos, menos que os 36% do ano passado) por bolas de três (subiram de 28% para 35% esse ano) e se tornado mais seletivo de modo geral com os arremessos, trocando arremessos contestados por chutes com mais espaço (59% dos seus arremessos em 2017 era contestados, contra 51% em 2018).
Ainda tem pontos para Booker evoluir - seus arremessos no aro caíram em 2018, sua defesa ainda é fraca, e ainda depende demais das bolas de meia distância apesar da queda. Mas ele está jogando com mais vontade na defesa, sua capacidade como criador e passador continua melhorando, e o jogo parece que está vindo cada vez naturalmente para ele. Sinais encorajadores do jogador chave para o futuro dessa franquia.
Portland Trail Blazers
Alguém esperava o Blazers tendo uma grande defesa esse ano? Eu com certeza não, mas aqui estão eles com a segunda melhor defesa da temporada nesse começo de ano apesar do começo um pouco lento de Nurkic e ainda usar McCollum e Lillard como seus principais jogadores. Portland está cedendo 99,5 pontos por 100 posses de bola no ano. Isso é realmente muito bom.
Parte disso, já aviso, não vai se sustentar. Com a amostra pequena nessa altura do ano, muito da flutuação nessas estatísticas se da por coisas que o time tem pouco controle, como por exemplo quão bem o adversário vai arremessar suas bolas livres ou seus lances livres. Portland tem sido o terceiro time com mais "sorte" nas bolas de três pontos, por exemplo - uma hora essas bolas vão começar a cair por simples questão de variância, e a defesa vai cair de acordo (Blazers também enfrentou o calendário mais fácil da NBA inteira, vale citar).
Mas Portland está bem defensivamente também por outro motivo: está forçando os adversários a darem os arremessos que o Blazers quer. Ao invés de contestar todos os arremessos, Portland está focado em proteger o garrafão e se manter próximo dos arremessadores que estão atrás da linha dos três pontos, forçando os adversários a chutar daquela indesejável área de meia distância. Portland é o sétimo time que cede menos arremessos perto do aro, e NENHUM time é melhor evitando os arremessos de três pontos do que o Blazers. O time sabe exatamente o que quer fazer na defesa, qual o plano, e os jogadores estão executando como podem: recuar no pick and roll, não trazer ajuda de fora ou rotações longas, e forçar os adversários a vencer a partir do drible. É obviamente mais fácil fazer isso contra um calendário favorável, e essa defesa ainda deve ser testada contra adversários melhores, mas ter um plano bem definido e jogadores que sabem como executá-lo já é um bom começo.
Sacramento Kings
Nota: A exigência para essa coluna ser escrita foi de que não precisaria achar nada de positivo para falar sobre o Sacramento Kings. Agradecemos a compreensão.
San Antonio Spurs
Todo mundo continua esperando a volta de Kawhi Leonard - que enfim voltou a treinar em quadra! - para prestar mais atenção ao Spurs. E por causa disso a excelente temporada de LaMarcus Aldridge está passando despercebida, e injustamente.
Aldridge teve um começo difícil no Spurs e estava reconhecidamente infeliz ano passado em San Antonio, foi muito mal na pós-temporada, e parecia improvável que a parceria entre Aldridge e o Spurs continuasse por muito tempo. Mas Pop e Aldridge aproveitaram a offseason para lavar a roupa suja, e o Spurs deu ao seu ala de força um novo e caro contrato que chegou a levantar muitas sobrancelhas ao redor da liga.
Até aqui, parece ter sido o movimento certo, e Aldridge parece um jogador totalmente renovado. Parte disso ainda será testada, já que a ausência de Kawhi Leonard empurrou Aldridge de volta para ser o foco ofensivo da equipe (como ele queria), o que possivelmente não vai continuar quando Kawhi voltar de lesão. Mas nesses 21 jogos Aldridge vem tendo uma das melhores temporadas da carreira e parece cada centímetro daquele jogador que era tão cobiçado em Portland. Ele está abusando jogadores melhores no garrafão, e voltou a ter um maior percentual dos seus arremessos perto do aro. Seus arremessos continuam excelentes, mas agora Aldridge deu um passo a mais para trás e está arremessando mais bolas de três com um respeitável 36 3PT%. Está mais envolvido no ataque e respondendo isso com mais vontade, movimentação, melhores corta-luz, e simplesmente jogando no nível que San Antonio esperava desde o começo.
Junte tudo isso e Aldridge está arremessando mais bolas de três (e com melhor aproveitamento) do que nunca na carreira, batendo mais lances livres, tendo sua melhor marca de pontos por minuto (25 por 36 minutos), e defendendo em alto nível mais uma vez. E embora sua linha estatística estatística seja excelente - 23 pontos, 8 rebotes por jogo, com 52 FG%, 36 3PT%, 83 FT% - o maior testamento ao quão boa vem sendo sua temporada provavelmente é o quanto o Spurs depende dele. San Antonio, normalmente famoso por seus ótimos bancos e por não depender de um único jogador, simplesmente afunda quando Aldridge não está em quadra - nesses minutos o time é um -4.1 por 100 posses de Net Rating, mais do que o dobro do que o jogador mais próximo. Parte disso não vai se manter quando Kawhi voltar e retomarem a distribuição de arremessos, mas é muito encorajador para o Spurs a forma que Aldridge vem mostrando para começar essa temporada.
Toronto Raptors
Não é nenhuma novidade o Toronto Raptors ter um bom ataque na temporada regular da NBA. Eles tiveram o terceiro melhor ataque em 2015, o quinto em 2016, e sexto em 2017. Então Toronto ter o terceiro melhor ataque da liga até o momento não surpreende ninguém.
O problema do Raptors sempre foi que seu estilo ofensivo - baseado em cuidar bem das posses de bola para não cometer turnovers, arremessos de meia distância contestados, e muitos lances livres - chegava nos playoffs e simplesmente implodia: Toronto teve o segundo pior ataque dos playoffs em 2015, o terceiro pior em 2017, e o quinto pior em 2016. Nos playoffs, os lances livres não vem com tanta facilidade, os espaços para esses arremessos contestados de meia distância fica ainda menor, e fica muito difícil conseguir achar os mesmos pontos que na temporada regular sem conseguir aquelas bolas suculentas em transição, sem o espaçamento e pontos extras gerados pelas bolas de três pontos, e sem o tipo de criatividade e versatilidade que torna um ataque mais difícil de ser defendido.
Por esse motivo Toronto entrou em 2017/18 com o objetivo de mudar sua forma de jogar no ataque para que isso não se repetisse quando chegasse nos playoffs. E, até aqui, os primeiros resultados são positivos: estão jogando num ritmo mais rápido (de 22nd para 14th em pace) e arremessando muito mais bolas de três (37,7% de seus arremessos vem de trás da linha dos três pontos, contra 28% ano passado) esse ano. Estão rodando mais a bola (16th em passes por jogo depois de terminarem 27th ano passado) e buscando mais os passes para os companheiros livres
Isso ainda não está tão natural para o Raptors - Javert escreveu semana passada sobre como Toronto ainda está revertendo para seus velhos hábitos nos finais de jogos, o que levanta questionamentos sobre o quão sustentável isso será em uma situação mais difícil como pós temporada. Mas por enquanto é encorajador ver que Toronto está se esforçando para caminhar na direção de tentar algo novo e diferente, e os primeiros resultados tem sido positivos.
Utah Jazz
É sempre um erro querer avaliar jogadores jovens (em especial calouros) depois de apenas 20 jogos. Muitos grandes jogadores tiveram começos ruins, e jogadores ruins tiveram começos ótimos. Então leve tudo nesse sentido com um grão de sal. Mas olha, parece cada vez mais que o Jazz achou ouro em Donavan Mitchell nesse Draft.
Mitchell nem deveria ser do Jazz - a escolha #13 veio em uma troca com o Nuggets, que estupidamente trocou essa escolha por um ala de força mediano (Trey Lyles) e a escolha #24, na qual escolheram outro ala de força mediano (Tyler Lydon), sendo que ala de força já é a opção mais atulhada do time. As vezes você precisa dar sorte com essas coisas, e o Jazz deu com essa sequela maluca de Denver.
E Mitchell tem sido uma revelação. Seu tempo de jogo acabou aumentando com as lesões de Rodney Hood e Dante Exum perdendo a temporada, mas o ex-armador de Louisville correspondeu mais do que à altura. Até aqui são 15 pontos, 3 rebotes e 3 assistências por jogo com boa defesa e 35,6 3PT%, e os números são ainda melhores considerando os 11 jogos desde que Mitchell recuperou a titularidade no time: 18-4-4, 43,6 FG%, 39 3PT%, 78 FT%. Mitchell está mostrando ser capaz de fazer um pouco de tudo (e bem) em quadra, seja armar um pouco o jogo, seja buscar seus próprios pontos, arremessar de fora, ou usar sua explosão e habilidade atlética para atacar o aro. Mitchell defende em alto nível, está desenvolvendo um jogo ofensivo cada vez mais refinado, e desenvolvendo rapidamente. E cada vez mais está parecendo um dos grandes acertos desse Draft.
O calouro, claro, ainda tem chão. Sua seleção de arremessos pode ser questionável, e ficar focado demais em arremessar e esquecer de passar a bola. Ainda não está claro se Mitchell tem a visão e capacidade nos passes para ser um armador principal, ou se seu tamanho vai permitir que defenda jogadores da posição 2 com facilidade (pense nos tipos DeMar DeRozan). Mas ele é talentoso, muito atlético e explosivo, e está se desenvolvendo a uma velocidade impressionante. Sua defesa já é refinada, e sua capacidade de fazer arremessos difíceis também. Tem certas coisas que não se pode ensinar, e Mitchell mostra muita delas - e uma vontade singular em aprender as demais. Desse time de Utah, ele é quem tem mais chances de se tornar uma estrela algum dia (além, claro, de Rudy Gobert, que já o é), e talvez essa não seja uma aposta tão improvável assim.
Mitchell também precisa aprender melhor a respeitar as leis. Como por exemplo a lei da gravidade.
Washington Wizards
Como um time sem acesso a boas escolhas de Draft ou espaço salarial e que ainda não está no nível dos candidatos ao título, Washington é o tipo de franquia que para dar os próximos passos depende muito do desenvolvimento interno dos seus jogadores. Ao invés de achar novos grandes jogadores, precisa acertar nas margens essa contratação (e principalmente reforçar o banco) enquanto os bons jogadores que já estão lá dão novos passos rumo a se tornarem estrelas (ou próximo disso).
E por isso é tão importante a contínua evolução de Otto Porter para esse time. Depois do milionário contrato que recebeu na offseason algumas pessoas esperavam que Porter caísse um pouco de produção, mas na verdade o contrário aconteceu: com Markieff Morris machucado durante um bom tempo e as lesões que tem mantido John Wall fora das quadras, Washington precisou que Porter assumisse um maior papel na equipe, e o quinto-anista está aceitando a incumbência e correspondendo mais do que à altura.
Porter viu sua carga subir para novos níveis - seu USG% está em 18,3% e sua média de arremessos por jogo em 12,1, ambos as marcas mais altas da sua carreira - mas de alguma forma sua eficiência conseguiu aumentar ainda mais. Apesar do maior volume e de estar tentando arremessos cada vez mais difíceis, Porter está arremessando 52,1% de quadra e 47,5% de três pontos, as melhores marcas da carreira. E seja por necessidade ou evolução natural, o role player Porter agora está assumindo a responsabilidade e sendo o protagonista quando necessário, como fez na vitória sobre o Wolves na terça feira dia 28. Porter está mais confortável criando o próprio arremesso, não apenas finalizando o que era criado por outros (em geral Wall), e isso tem sido ingrediente crucial para manter o Wizards vivo com o tempo perdido pela sua estrela. Apenas Wall tem um Net Rating maior que Porter entre os jogadores de rotação do Wizards, e a defesa despenca quando Porter vai para o banco. Entre a evolução de Porter e a de Bradley Beal (mais confortável do que nunca armando o jogo e atacando a cesta) Washington está vendo a tão esperada evolução de seus jovens jogadores acontecendo.
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