Dream Team: Você está fazendo isso errado, Vince Young
Continuando nosso epílogo, vamos falar dos times que estão no nosso Power Rankings entre as posições 24 e 13, que são os times que estão no limbo - não sonham com nada, podem até ir aos playoffs mas sabem que seu time ainda está numa fase temporária, não é ruim o bastante pra pegar as primeiras escolhas do Draft nem bom o bastante pra ser relevante na pós temporada. Daqui ele pode destruir tudo e recomeçar, ou pode realizar algumas trocas ou contratações espertas (ou as vezes simplesmente esperar pela evolução de alguns jogadores e o fim de algumas lesões)pra tentar dar o próximo passo... Ou as vezes ele está parado num limbo tão federal que ele simplesmente está preso nele. Vamos ver como os times dessa categoria estão terminando a temporada...
24. Kansas City Chiefs
Pra mim, o Kansas City - por mais difícil que seja falar bem deles tirando uma vitória sobre o Packers - é um time que não tem porque se preocupar muito. A temporada 2011 do atual campeão de divisão estava perdida logo que começou, e só foi se agravando ao longo do tempo. O Chiefs perdeu:
a) Eric Berry, um jovem e extremamente talentoso Safety que só não ganhou séria consideração para Defensive Rookie of the Year em 2010 porque a temporada do Ndamukong Suh foi de nível All-Pro, mas ele é um jogador extremamente jovem e dinâmico, com muito potencial e que tinha tudo pra continuar evoluindo e se tornar o líder dessa defesa. Machucou antes da temporada começar.
b) Jamaal Charles, um dos melhores RBs de toda a NFL que também é jovem e vinha de um 2010 espetacular. Charles era o líder do ataque terrestre, que por sua vez era a âncora do ataque do time. Não só isso, Charles pra mim era um dos cinco melhores jogadores da posição na Liga, e machucou logo na primeira rodada.
c) Tony Moeki, Tight End segundo-anista, um jogador que dava um alvo atlético e grande para um time cujo corpo de recebedores é marcado por jogadores mais de velocidade. Moeki teve um bom 2010 e também machucou na pré temporada.
d) Matt Cassell, um bom (não espetacular, mas bom) QB que era capaz de levar esse time saudável aos playoffs. Pra um time com um WR calouro, um que tinha acabado de assinar sem uma offseason e com dois desfalques importantes, perder seu QB foi a gota d'água.
Mas a verdade é que, por mais que a temporada 2011 do Chiefs tenha ido pelo ralo, é um time que tem razão pra otimismo. As lesões evidenciaram ainda mais a ótima base que o time montou, um time que tem uma excelente defesa cheia de playmakers jovens como Berry, Derrick Johnson e Tamba Hali. Na verdade, a defesa do Chiefs deu muito trabalho a times fortes como Packers, Patriots e Steelers, é uma unidade que pressiona muito o QB adversário e tem uma ótima secundária mesmo sem seu Safety. No ataque, o corpo de recebedores - com a volta de Moeki - fica bem completo e o jogo terrestre voltando a ser uma força deve dar ao ataque o boost que tanto necessita. É uma grande defesa e um ataque que pode ser explosivo e conservador ao mesmo tempo. A dúvida aqui é até onde o Matt Cassell pode levar esse time. Pra mim o ideal era draftar o Matt Barkley, mas como ele não vai entrar no Draft...
Time extremamente desfalcado em 2011, boa defesa, muito jovem... Potencial imenso para esse time.
23. Miami Dolphins
O Dolphins tem um 5-10 enganador, que faz o Dolphins parecer um time horrível. Tudo bem, o começo do time foi historicamente ruim (e puxou o record geral do time pra baixo), mas desde então o Dolphins mostrou o que a gente queria ver: Boa defesa, o Reggie Bush correndo pra 1000 jardas, e o time venceu vários jogos e cansou times fortes em outros. O problema do Dolphins é simples: Quarterback. Eles apostaram que o Chad Henne ia ser o QB do futuro do time, e ele até jogou bem (mas não demais) antes de machucar, mas acho que não mostrou ainda pra ninguém que ele pode ser um Franchise QB pra levar o time pra frente. O Matt Moore, que assumiu depois, mesclou jogos patéticos com grandes atuações, o que talvez iniba o time de tentar algo mirabolante nessa offseason pra adquirir um QB, mas eu dificilmente acho que o Moore seja a resposta pro futuro do time. Eles não estão mais na briga por Andrew Luck e é mais um time que foi "prejudicado" quando o Barkley preferiu ficar na NCAA mais um ano ao invés de ir pro Draft na NFL.
22. Chicago Bears
O Bears chegou a ter um momento na temporada onde pudemos acreditar que o time estaria na briga séria pelo título, era um time com uma defesa feroz, o Matt Forte em temporada espetacular e o Jay Cutler estava talvez jogando o melhor futebol da carreira. O time sabia pontuar, sabia defender, criava turnovers e parecia que seria um candidato sério a tentar tirar o Packers do topo da NFC nos playoffs. Ai vieram as contusões do Jay Cutler e do Matt Forte, veio Caleb Hanie, e o Bears perdeu seus útlimos cinco jogos antes de se conformar que fez besteira e que deveria ter tentado pegar um QB veterano decente. Sim, o Lovie Smith terminou de botar o prego no caixão do Bears, mas a verdade é que a chance do Bears de ser campeão já tinha sido afundada antes.
Ai vocês podem até pensar... Sem problemas, certo? A defesa é forte, e o ataque era arrasador antes das lesões. Agora é só reassinar com o Matt Forte e pronto, time saudável, é só recomeçar de onde parou. Mas infelizmente não é tão simples assim. O ataque do Bears era muito bom, mas a força do Bears estava sendo (ao contrário de 2010, onde a defesa levou um time mediano mais longe do que devia) o equilibrio entre ataque e defesa. O problema é que a defesa do BEars é velha, e cada ano que passa Brian Urlacher e Lance Briggs ficam mais velhos e perdem eficiência. Ainda são grandes jogadores, mas a defesa do Bears claramente está sentindo a idade. Por isso era importante que o time ficasse saudável e tentasse o possível enquanto a defesa ainda está jogando nesse nível. Eu não espero que a defesa fique ruim de uma hora pra outra, mas ela vai aos poucos perdendo pegada. O quanto antes o Bears ficar forte, melhor.
A chance do BEars aqui é aproveitar uma offseaon a mais pra reforçar as áreas carentes do time e sua depth pra compensar esse envelhecimento. Melhorar o corpo de WRs, a secundária (Um safety, especialmente) e principalmente a linha ofensiva são prioridades imediatas. Se o Bears fizer isso, da pra voltar forte em 2012.
21. Carolina Panthers
O Panthers tomou sua decisão, jogou tudo pra cima e decidiu reconstruir. Sua recompensa? Cam Newton, primeira escolha do Draft de 2011. Na época, eu estava desconfiado com o Newton, achei que ele não valia a primeira escolha de um Draft com Von Miller e Marcell Dareus do lado, e critiquei o Panthers. E bom... Eu peço desculpas. Olhando agora, posso falar que o Panthers tomou a decisão certa. Não vamos ficar cegos por números e falar que o Cam Newton é o melhor calouro de todos os tempos que nem os imbecis da imprensa sensacionalista andam fazendo comparando seus números ao de todo mundo, mas vamos falar o que da pra falar: Que ele é muito bom, tem muito a evoluir e tem tudo pra ser um grande QB na Liga, ta sofrendo os percalços de um calouro e ainda precisa maturar, mas potencial é o que não falta.
Dito isso, o Panthers ainda tem muito trabalho pela frente. Tirando o Steve Smith (Que não é nenhum mocinho), o corpo de recebedores é é fraco e a linha ofensiva do time não joga bem e muitas vezes esconde o bom jogo terrestre da equipe (não é fácil correr com uma O-line dessas) e a defesa tem bons jogadores que foram demolidos por lesões, mas ainda tem muitos buracos pra arrumar. Não da pra arrumar isso em uma offseason, mas o Panthers tem que continuar fazendo bem feito o Draft e a offseason pra continuar juntando as peças. Assim como o Colts vai buscar conseguir essa temporada, o Panthers já tem o núcleo em Jonathan Steward, Newton e Jon Beason. O resto vai vir com o tempo.
20. Arizona Cardinals
A NFL é uma Liga direcionada por QBs. Não que seja obrigatório, mas 90% das vezes um grande time vem acompanhado de um grande QB, e as regras caminham para que cada vez mais seja assim. Foi com essa mentalidade eles trocaram um Cornerback Pro Bowler e uma escolha de segunda rodada pelo Kevin Kolb. Na época a gente comentou que a troca até buscou o jogador certo, mas que estavam pagando um preço de salvador da pátria pra um QB que até agora só tinha jogado meia dúzia de jogos e tido atuações mistas e que nunca tinha provado pra ninguém que podia ser um grande QB, mas que o preço pago por ele ERA o de um grande Quarterback.
Agora, o Cardinals deve estar arrependido da sua decisão. Não só o Kevin Kolb não teve uma temporada bem ruim e marcada por lesões, como o Cardinals teve mais vitórias com o fraco reserva John Skelton do que ele (ta bom, o mérito do Skelton nelas não foi dos maiores, mas ganhou e ponto). E nessa troca, o time abriu mão de bastante coisa até pra ganhar muito pouco, o que nunca é um bom sinal. O time tem bons valores e a defesa começou a melhorar muito nos últimos jogos, mas ainda ta cedo pra falar que é um bom sinal. Na verdade, o bom sinal do time é jogar na NFC West e enfrentar o Rams duas vezes por ano. A linha ofensiva precisa de upgrade, o time precisa de alternativas ao Larry Fitzgerald no jogo aéreo, um bom cornerback, mais profundidade na defesa, mas mais do que tudo, de um Quarterback. E ele não é Kevin Kolb.
19. Seattle Seahawks
A defesa é boa e o Marshawn Lynch está tendo de longe a melhor temporada da carreira dele, e isso está enganando muita gente. A defesa é boa, mas não é dominante, e o ataque não é eficiente de forma alguma. E não é eficiente especialmente porque o seu QB chama Tarvaris Jackson e não Drew Brees. O engraçado do Seahawks é que ele não é um time horrível, o Lynch tem levado o time nas costas e a defesa tem segurando suas pontas, sem falar que poucos times tem um estádio que é tão difícil de jogar (pros adversários) como o Seahawks, o que faz dele um time perigosíssimo em casa. Mas o Seahawks pra mim é um time que está travado num lugar desagradável, o time que não é tão ruim pra jogar tudo fora (E também é bem caro) ou simplesmente ser ruim e pegar escolhas altissimas de Draft mas também não é tão bom pra disputar nada e nem tem uma base consistente pra dar um salto com uma ou duas offseasons, a não ser que troquem pelo Peyton Manning. Em outras palavras, é um time que vai ficar ali ganhando sete jogos por ano mas sem realmente ser um time relevante para a Liga.
18. San Diego Chargers
O Chargers vem cumprindo sua sina dos últimos anos, um time muito talentoso, capaz de defender e produzir em quantidade, mas que sempre chega perto, chega perto, mas morre na praia. Ano passado, o problema foi o Special Teams, que perdeu cinco jogos (!!) através de retornos pra TD de punt ou kickoff ou punts/FGs bloqueados. Essa temporada, foram os turnovers, o Phillip Rivers começou o ano numa sequência horrorosa que o levou à liderança de turnovers da NFL antes que ele colocasse a cabeça no lugar e voltasse a mostrar o grande jogo que tem. Mas claro que aí já era tarde demais.
O Chargers precisa antes de mais nada tomar banho de sal grosso. É muita zica. Depois, o Chargers precisa dar um jeito de aproveitar todos os grandes talentos do time: Eric Weddle, Shaun Philips, Ryan Matthews (Esse precisa parar de soltar a bola), Vincent Jackson, Antonio Gates e o próprio Rivers. O time precisa de reservas pra linha ofensiva, de mais alvos confiáveis e podia usar um pouco mais de bife na linha de frente da defesa, ams em geral é um time bem completo. Mas um time completo que se autodestroi sempre que tem a chance, e quando não tem a chance, eles mesmos criam. Alguém tem alguma dúvida de que esse time teria condições de vencer a AFC West? Claro que não. Mas não venceram e nem brigam por Wild Card, cortesia dos bilhões de turnovers da equipe. E terminamos essa temporada assim como terminamos as últimas oito do Chargers, nos fazendo a mesma pergunta: Será que ano que vem vai ser o ano?
17. Philadelphia Eagles
Se a temporada 2011 teve um perdedor, este foi o Philadelphia Eagles. Se você não passou os últimos sete meses em uma bolha, sabe muito bem o porque. O Eagles saiu da Free Agent com mais craque do que os morros do Rio: Assinou Nnamdi Asomugha, Jason Babin, Cullen Jenkins, Steve Smith e Vince Young, e ainda trouxe o Dominique Rodgers-Cromartie pela Free Agency. Isso, combinado a um bom núcleo que contava com Jason Peters, DeSean Jackson, Jeremy Maclin, Michael Vick, LeSean McCoy e Trent Cole formava um time que no papel não era só assustador, era absolutamente aterrorizante para a NFC. O time tinha falhas? Muito claras, uma linha ofensiva relativamente fraca especialmente pelo meio, a falta de bife no meio da linha defensiva e a falta de linebackers pra apoiar a defesa terrestre e a cobertura pelo meio da defesa. Mas era tanto talento e tantos jogadores que sozinhos podiam mudar uma partida que não dava pra deixar de imaginar que o time teria muito sucesso. Em condições normais...
Pelo lockout prolongado e a falta de offseasons, times que sofressem grandes mudanças estruturais ou de comando estavam destinados, na média, a sofrerem mais sem tempo para treinarem juntos. E o Eagles passou pelas duas, também por causa do novo coordenador defensivo Juan Castillo.. Que curiosamente tinha sido o técnico de linha ofensiva do time nas últimas 17 temporadas. DE repente ele vai ser colocado pra treinar uma defesa com seis jogadores que nunca jogaram juntos e sem uma pré temporada. Essa falta de treino ia atrasar ainda mais um processo de adaptação que normalmente já é lento e gradual. Um pouco de inteligência na hora de jogar - ou seja, explorar as falhas do Eagles - e confiança nessa falta de entrosamento e conjunto do Eagles podia ser a receita pra vencer o time de verde. E foi o que aconteceu, mas não parou por aí: O Eagles nunca se achou. Ofensivamente, o Vick não conseguiu ficar confortável no pocket e não tomou as melhores decisões, levando a turnovers. E a defesa foi destruida porque o CAstillo foi um fracasso absoluto como Defensive Coordinator, não soube usar seus jogadores de forma eficiente mesmo com o execsso de talento da equipe. A falta de safetys da equipe após a lesão do Nate Allen também foi um fator determinante pra equipe.
O que poderia ser feito diferente na defesa? Em primeiro lugar, usar mais pacotes com os três cornerbacks - Asomugha, Cromartie e Assante Samuel - inclusive usando pacotes com o Cromartie executando uma função mista de safety-cornerback pra compensar a falta de safetys. Também podia usar pacotes com o Cromartie jogando próximo à linha de scrimmage pra cobrir a zona atrás da linha de scrimmage, um pacote híbrido pro CB que o Packers utiliza muito com o Charles Woodson. Os adversários souberam explorar as fraquezas do Eagles e o Eagles nunca conseguiu usar seus pontos fortes de forma eficiente. E agora o time precisa decidir se fica com Samuel e Jackson, e se vai mandar o CAstillo embora... o que deveria fazer sem falta, um coordenador defensivo decente, um pouco de sorte e esse time estará nos playoffs ano que vem. Uma offseason pode fazer milagres por esse time também.
16. New York Jets
Eu sei que agora estamos falando de times que podem estar nos playoffs, mas também são times que eu não posso levar a sério e pra mim não competem seriamente ao título. E começamos pelo Jets, por um simples motivo: Mark Sanchez.
Olha, eu sei que ele levou o Jets a duas finais seguidas de conferência jogando bem nos playoffs. Eu sei disso. Só considerem o seguinte:
a) Os dois times do Jets que foram campeões tinham a mesma forma de jogar: Correr com a bola trezentas vezes antes de passar com um ataque terrestre muito físico, cortesia de uma boa linha ofensiva e de um fator explosivo no backcourt (Primeiro Thomas Jones em ano espetacular, depois Ladainian Tomlinson dando um último gás na carreira). O Jets não tem mais um backcourt explosivo já que o gás do LT acabou e o Jones saiu, e o Shonne Greene ainda não conseguiu trazer o mesmo fator ao ataque, e também tem uma linha ofensiva muito fragilizada em relação aos dois últimos anos. Isso tirou o poder do jogo terrestre e o poder de controlar o jogo das mãos do Jets, que recorreu ao passe como sua arma.
b) A defesa do Jets sempre foi o fator determinante na equipe, uma unidade muito feroz que evitava ganhos, dava ao ataque boas posições de campo e forçava muitos turnovers. A defesa desse ano é muito mais fraca do que nos últimos anos, os safetys não conseguem mais fazer a cobertura eficientemente e a linha de frente parou de vencer as batalhas físicas. Ela não da mais o suporte que o ataque precisava, seja sob a forma de turnovers ou de baixas pontuações. Isso coloca ainda mais peso no ataque, especialmente no aéreo.
Some esses dois fatores e você chegará a conclusão que o Mark Sanchez é mais importante pro sucesso desse Jets do que de qualquer Jets dos últimos dois anos. E isso é o que está destruindo o time, porque simplesmente ele é bem ruim. Um QB que evita erros pode ser levado por uma grande defesa, e foi o que ele fez nos últimos anos quando chegou nos playoffs. Agora ele está precisando acompanhar o time e as vezes até levá-lo, e não está conseguindo. O Mark Sanchez vai ser o cara do futuro do Jets? Essa é a pergunta que eles vão ter que responder, e pra mim a resposta é não. Aliás, o Jets é um time bem capaz de fazer uma loucura pra pegar o Peyton Manning caso ele esteja disponível pra trocas depois do Draft.
15. Tennessee Titans
O Titans está cada vez mais tentado a colocar o Jake Locker de titular, mas a meu ver o Titans está jogando com absoluta perfeição a sua mão pós-draft. O Titans tem poucas chances de causar estrago nos playoffs esse ano, ainda mais com o Chris Johnson nessa fase. Pra que apressar e colocar o garoto pra jogar o tempo todo? Mantenham ele no banco, treinem o garoto com calma nos fundamentos que ainda lhe faltam (e ainda faltam alguns apesar de todo seu talento, em especial o jogo de pés) e montem o time pra ele simplesmente entrar, tomar comando e levar pra frente. A defesa é jovem, mas é muito boa, só que precisa de jogo e uma offseason. O ataque, ano que vem, deve ter um CJ melhorado com uma pré-temporada (embora eu não credite à falta de offseason os motivos da sua temporada horrorosa... Mas é uma possibilidade, certo?) e um Kenny Britt saudável. Se a defesa maturar o suficiente e o Titans quiser arriscar a sorte com o Locker, ele vai ser um jogador muito mais pronto e completo. Se achar que mais uma temporada vai fazer bem ao garoto, mantenham o Matt Hasselback, se ele ficar saudável é um bom jogador. Adicionar um Wide Receiver a mais, trazer outro safety e um pouco mais de força nos tackles já vão colocar esse jovem time num nível de playoffs.
14. Oakland Raiders
O Raiders é o time que representa o próprio limbo, e a culpa é deles porque eles confundiram a leitura que fizeram. Eles pensaram o seguinte: Se trocarmos por um QB que é muito interceptado, mas também é capaz de boas partidas, podemos ser um time realmente competitivo! A leitura correta seria que se eles fizessem toda essa joça, eles seria um time competitivo dentro da divisão, talvez o suficiente para ir aos playoffs seja por um wild card numa AFC fraca ou numa divisão ainda pior. O time investiu muitíssimo caro no Carson Palmer pra desistir agora, e também não tem escolhas pro próximo Draft que reforcem muito a equipe. É difícil desistir do seu time nesse momento, mas falta muita coisa pro time, começando pela linha ofensiva, passando pela saúde do ótimo Darren McFadden, chegando nos Wide Receivers (Eles tem jogadores rápidos, mas nenhum alvo confiável ou que exija atenção da defesa), e chegando à horrivel secundária do time. São buracos demais para um time tão caro, mas não da pra simplesmente desistir depois de pagar tão caro no Palmer. Agora eles tem que insistir com esse time, torcer pro McFadden ficar saudável e pro Palmer recuperar sua melhor forma, que eles podem chegar aos playoffs, mas dificilmente vão causar algum estrago por lá. Se eu torcesse para um time de playoff da AFC, eu adoraria enfrentar o Raiders nos playoffs. E será difícil para a equipe sair dessa posição nos próximos anos, pra mais ou pra menos.
13. Denver Broncos
Difícil falar isso, mas o Broncos não é um sério candidato ao título. Eu sei, eu sei... Um desses dois times (Raiders ou Broncos) vai aos playoffs, porque os dois estão aqui? Simples: Porque nenhum é bom o suficiente pra ser um dos 12 melhores times da NFL no meu critério, e nenhum deles assusta ninguem nos playoffs. Ou Cowboys ou Giants será eliminado semana que vem, mas garanto que nesse momento eles tiram mais sono dos outros times de playoff da NFC do que qualquer um desses dois da AFC.
O Broncos estava vencendo com um conjunto de três fatores, especialmente: Primeiro, sua defesa, que estava mantendo os placares baixos, ganhando boas posições de campo e forçando turnoveres. Era uma unidade feroz, com um pass rush assassino com a dupla Von Miller e Elvis Dumervil e com boa profundidade no geral. Segundo, seu jogo terrestre, que estava controlando o relógio, limitando o jogo aéreo (que tinha falhas tanto pela relativa dificuldade nos passes do Tim Tebow e sua péssima combinação de linha ofensiva e alvos) e usando seu ótimo option e as corridas do Tim Tebow pra aumentar sua eficiência e compensar por uma linha ofensiva bme fraca. E por fim, mantendo o jogo apertado pra trabalhar no play action e deixar o Tebow soltar o braço e fazer sua mágica nos finais de partida.
Esse modelo funcionou durante algum tempo, mas agora as limitações do time estão aparecendo cada vez mais. Os ataques aprenderam a lidar com a defesa do Broncos, limitando a dupla de pass rushers e explorando a falta de bons jogadores no meio da linha defensiva (A grande fraqueza dessa defesa) e uma secundária que não é ruim, mas também não consegue manter a cobertura por muito tempo, o que acontece quando o pass rush não pressiona o QB. Na defesa, os times perceberam que o grande trunfo do ataque do Broncos - o play action - tem um grave problema. Como o play action envolve um handoff falso e que o QB retome sua postura, ele naturalmente demora mais do que um drop back normal, o que por sua vez exige uma linha ofensiva que seja capaz de segurar o pass rush por mais tempo. E como o técnico John Fox não confia no Tebow passando sem ser pelo play action ou saindo do pocket (onde ele é menos preciso), os adversários do Broncos logo perceberam que só precisavam mandar nove jogadores pra cima da linha ofensiva do Broncos. Isso ao mesmo tempo evitava espaços para as corridas e também chegava no Tebow se ele ameaçasse fazer um play action. Como ele ainda não tem a precisão adequada pra passar sob pressão, como sua linha ofensiva não aguenta um segundo e como seus alvos ainda são muito ruins, essa estratégia engole totalmente o ataque do Broncos.
Eu acho que o Broncos tem futuro e tem mais é que insistir no Tebow. Uma offseason treinando com o John Elway e ele vai voltar muito melhor, ele está disposto a treinar até a exaustão pra melhorar seu jogo, e essa é uma qualidade essencial para um QB que chegou na NFL com tantas falhas. Ele vai treinar, vai se matar, e vai melhorar, e o Broncos vai virar um time melhor. Mas o Broncos tem que oferecer aos seus jovens jogadores a conjuntura para que possam continuar levando o time pra frente. O Broncos precisa de uma linha defensiva capaz de vencer um duelo de força pra liberar os seus pass rushers, precisa de uma secundária mais jovem (Brian Dawkins e Champ Bayley estão muito velhos, não duram) e precisa urgente de um ataque melhor, o ataque do Broncos em termos de conjuntura rivaliza com o Browns como um dos piores da Liga. A linha ofensiva é horrorosa e os recebedores são pífios. O Eric Decker e o Demaryus Thomas tiveram bons momentos, mas estão longe de serem grandes jogadores, nenhum deles exige marcação dupla ou é capaz de se desmarcar com pouco espaço pra facilitar os passes do seu QB (Eu até acho que o Thomas pode evoluir e se tornar um bom complemento, mas falta pelo menos um bom WR numero 1,e um Tight End atlético nesse ataque). Por mais que eu goste do Broncos e ache que eles consigam ser competitivos em pequena escala com o que tem agora, eles tem muitas falhas que continuarão sendo exploradas enquanto não forem melhoradas.
22. Chicago Bears
O Bears chegou a ter um momento na temporada onde pudemos acreditar que o time estaria na briga séria pelo título, era um time com uma defesa feroz, o Matt Forte em temporada espetacular e o Jay Cutler estava talvez jogando o melhor futebol da carreira. O time sabia pontuar, sabia defender, criava turnovers e parecia que seria um candidato sério a tentar tirar o Packers do topo da NFC nos playoffs. Ai vieram as contusões do Jay Cutler e do Matt Forte, veio Caleb Hanie, e o Bears perdeu seus útlimos cinco jogos antes de se conformar que fez besteira e que deveria ter tentado pegar um QB veterano decente. Sim, o Lovie Smith terminou de botar o prego no caixão do Bears, mas a verdade é que a chance do Bears de ser campeão já tinha sido afundada antes.
Ai vocês podem até pensar... Sem problemas, certo? A defesa é forte, e o ataque era arrasador antes das lesões. Agora é só reassinar com o Matt Forte e pronto, time saudável, é só recomeçar de onde parou. Mas infelizmente não é tão simples assim. O ataque do Bears era muito bom, mas a força do Bears estava sendo (ao contrário de 2010, onde a defesa levou um time mediano mais longe do que devia) o equilibrio entre ataque e defesa. O problema é que a defesa do BEars é velha, e cada ano que passa Brian Urlacher e Lance Briggs ficam mais velhos e perdem eficiência. Ainda são grandes jogadores, mas a defesa do Bears claramente está sentindo a idade. Por isso era importante que o time ficasse saudável e tentasse o possível enquanto a defesa ainda está jogando nesse nível. Eu não espero que a defesa fique ruim de uma hora pra outra, mas ela vai aos poucos perdendo pegada. O quanto antes o Bears ficar forte, melhor.
A chance do BEars aqui é aproveitar uma offseaon a mais pra reforçar as áreas carentes do time e sua depth pra compensar esse envelhecimento. Melhorar o corpo de WRs, a secundária (Um safety, especialmente) e principalmente a linha ofensiva são prioridades imediatas. Se o Bears fizer isso, da pra voltar forte em 2012.
21. Carolina Panthers
O Panthers tomou sua decisão, jogou tudo pra cima e decidiu reconstruir. Sua recompensa? Cam Newton, primeira escolha do Draft de 2011. Na época, eu estava desconfiado com o Newton, achei que ele não valia a primeira escolha de um Draft com Von Miller e Marcell Dareus do lado, e critiquei o Panthers. E bom... Eu peço desculpas. Olhando agora, posso falar que o Panthers tomou a decisão certa. Não vamos ficar cegos por números e falar que o Cam Newton é o melhor calouro de todos os tempos que nem os imbecis da imprensa sensacionalista andam fazendo comparando seus números ao de todo mundo, mas vamos falar o que da pra falar: Que ele é muito bom, tem muito a evoluir e tem tudo pra ser um grande QB na Liga, ta sofrendo os percalços de um calouro e ainda precisa maturar, mas potencial é o que não falta.
Dito isso, o Panthers ainda tem muito trabalho pela frente. Tirando o Steve Smith (Que não é nenhum mocinho), o corpo de recebedores é é fraco e a linha ofensiva do time não joga bem e muitas vezes esconde o bom jogo terrestre da equipe (não é fácil correr com uma O-line dessas) e a defesa tem bons jogadores que foram demolidos por lesões, mas ainda tem muitos buracos pra arrumar. Não da pra arrumar isso em uma offseason, mas o Panthers tem que continuar fazendo bem feito o Draft e a offseason pra continuar juntando as peças. Assim como o Colts vai buscar conseguir essa temporada, o Panthers já tem o núcleo em Jonathan Steward, Newton e Jon Beason. O resto vai vir com o tempo.
20. Arizona Cardinals
A NFL é uma Liga direcionada por QBs. Não que seja obrigatório, mas 90% das vezes um grande time vem acompanhado de um grande QB, e as regras caminham para que cada vez mais seja assim. Foi com essa mentalidade eles trocaram um Cornerback Pro Bowler e uma escolha de segunda rodada pelo Kevin Kolb. Na época a gente comentou que a troca até buscou o jogador certo, mas que estavam pagando um preço de salvador da pátria pra um QB que até agora só tinha jogado meia dúzia de jogos e tido atuações mistas e que nunca tinha provado pra ninguém que podia ser um grande QB, mas que o preço pago por ele ERA o de um grande Quarterback.
Agora, o Cardinals deve estar arrependido da sua decisão. Não só o Kevin Kolb não teve uma temporada bem ruim e marcada por lesões, como o Cardinals teve mais vitórias com o fraco reserva John Skelton do que ele (ta bom, o mérito do Skelton nelas não foi dos maiores, mas ganhou e ponto). E nessa troca, o time abriu mão de bastante coisa até pra ganhar muito pouco, o que nunca é um bom sinal. O time tem bons valores e a defesa começou a melhorar muito nos últimos jogos, mas ainda ta cedo pra falar que é um bom sinal. Na verdade, o bom sinal do time é jogar na NFC West e enfrentar o Rams duas vezes por ano. A linha ofensiva precisa de upgrade, o time precisa de alternativas ao Larry Fitzgerald no jogo aéreo, um bom cornerback, mais profundidade na defesa, mas mais do que tudo, de um Quarterback. E ele não é Kevin Kolb.
19. Seattle Seahawks
A defesa é boa e o Marshawn Lynch está tendo de longe a melhor temporada da carreira dele, e isso está enganando muita gente. A defesa é boa, mas não é dominante, e o ataque não é eficiente de forma alguma. E não é eficiente especialmente porque o seu QB chama Tarvaris Jackson e não Drew Brees. O engraçado do Seahawks é que ele não é um time horrível, o Lynch tem levado o time nas costas e a defesa tem segurando suas pontas, sem falar que poucos times tem um estádio que é tão difícil de jogar (pros adversários) como o Seahawks, o que faz dele um time perigosíssimo em casa. Mas o Seahawks pra mim é um time que está travado num lugar desagradável, o time que não é tão ruim pra jogar tudo fora (E também é bem caro) ou simplesmente ser ruim e pegar escolhas altissimas de Draft mas também não é tão bom pra disputar nada e nem tem uma base consistente pra dar um salto com uma ou duas offseasons, a não ser que troquem pelo Peyton Manning. Em outras palavras, é um time que vai ficar ali ganhando sete jogos por ano mas sem realmente ser um time relevante para a Liga.
18. San Diego Chargers
O Chargers vem cumprindo sua sina dos últimos anos, um time muito talentoso, capaz de defender e produzir em quantidade, mas que sempre chega perto, chega perto, mas morre na praia. Ano passado, o problema foi o Special Teams, que perdeu cinco jogos (!!) através de retornos pra TD de punt ou kickoff ou punts/FGs bloqueados. Essa temporada, foram os turnovers, o Phillip Rivers começou o ano numa sequência horrorosa que o levou à liderança de turnovers da NFL antes que ele colocasse a cabeça no lugar e voltasse a mostrar o grande jogo que tem. Mas claro que aí já era tarde demais.
O Chargers precisa antes de mais nada tomar banho de sal grosso. É muita zica. Depois, o Chargers precisa dar um jeito de aproveitar todos os grandes talentos do time: Eric Weddle, Shaun Philips, Ryan Matthews (Esse precisa parar de soltar a bola), Vincent Jackson, Antonio Gates e o próprio Rivers. O time precisa de reservas pra linha ofensiva, de mais alvos confiáveis e podia usar um pouco mais de bife na linha de frente da defesa, ams em geral é um time bem completo. Mas um time completo que se autodestroi sempre que tem a chance, e quando não tem a chance, eles mesmos criam. Alguém tem alguma dúvida de que esse time teria condições de vencer a AFC West? Claro que não. Mas não venceram e nem brigam por Wild Card, cortesia dos bilhões de turnovers da equipe. E terminamos essa temporada assim como terminamos as últimas oito do Chargers, nos fazendo a mesma pergunta: Será que ano que vem vai ser o ano?
17. Philadelphia Eagles
Se a temporada 2011 teve um perdedor, este foi o Philadelphia Eagles. Se você não passou os últimos sete meses em uma bolha, sabe muito bem o porque. O Eagles saiu da Free Agent com mais craque do que os morros do Rio: Assinou Nnamdi Asomugha, Jason Babin, Cullen Jenkins, Steve Smith e Vince Young, e ainda trouxe o Dominique Rodgers-Cromartie pela Free Agency. Isso, combinado a um bom núcleo que contava com Jason Peters, DeSean Jackson, Jeremy Maclin, Michael Vick, LeSean McCoy e Trent Cole formava um time que no papel não era só assustador, era absolutamente aterrorizante para a NFC. O time tinha falhas? Muito claras, uma linha ofensiva relativamente fraca especialmente pelo meio, a falta de bife no meio da linha defensiva e a falta de linebackers pra apoiar a defesa terrestre e a cobertura pelo meio da defesa. Mas era tanto talento e tantos jogadores que sozinhos podiam mudar uma partida que não dava pra deixar de imaginar que o time teria muito sucesso. Em condições normais...
Pelo lockout prolongado e a falta de offseasons, times que sofressem grandes mudanças estruturais ou de comando estavam destinados, na média, a sofrerem mais sem tempo para treinarem juntos. E o Eagles passou pelas duas, também por causa do novo coordenador defensivo Juan Castillo.. Que curiosamente tinha sido o técnico de linha ofensiva do time nas últimas 17 temporadas. DE repente ele vai ser colocado pra treinar uma defesa com seis jogadores que nunca jogaram juntos e sem uma pré temporada. Essa falta de treino ia atrasar ainda mais um processo de adaptação que normalmente já é lento e gradual. Um pouco de inteligência na hora de jogar - ou seja, explorar as falhas do Eagles - e confiança nessa falta de entrosamento e conjunto do Eagles podia ser a receita pra vencer o time de verde. E foi o que aconteceu, mas não parou por aí: O Eagles nunca se achou. Ofensivamente, o Vick não conseguiu ficar confortável no pocket e não tomou as melhores decisões, levando a turnovers. E a defesa foi destruida porque o CAstillo foi um fracasso absoluto como Defensive Coordinator, não soube usar seus jogadores de forma eficiente mesmo com o execsso de talento da equipe. A falta de safetys da equipe após a lesão do Nate Allen também foi um fator determinante pra equipe.
O que poderia ser feito diferente na defesa? Em primeiro lugar, usar mais pacotes com os três cornerbacks - Asomugha, Cromartie e Assante Samuel - inclusive usando pacotes com o Cromartie executando uma função mista de safety-cornerback pra compensar a falta de safetys. Também podia usar pacotes com o Cromartie jogando próximo à linha de scrimmage pra cobrir a zona atrás da linha de scrimmage, um pacote híbrido pro CB que o Packers utiliza muito com o Charles Woodson. Os adversários souberam explorar as fraquezas do Eagles e o Eagles nunca conseguiu usar seus pontos fortes de forma eficiente. E agora o time precisa decidir se fica com Samuel e Jackson, e se vai mandar o CAstillo embora... o que deveria fazer sem falta, um coordenador defensivo decente, um pouco de sorte e esse time estará nos playoffs ano que vem. Uma offseason pode fazer milagres por esse time também.
16. New York Jets
Eu sei que agora estamos falando de times que podem estar nos playoffs, mas também são times que eu não posso levar a sério e pra mim não competem seriamente ao título. E começamos pelo Jets, por um simples motivo: Mark Sanchez.
Olha, eu sei que ele levou o Jets a duas finais seguidas de conferência jogando bem nos playoffs. Eu sei disso. Só considerem o seguinte:
a) Os dois times do Jets que foram campeões tinham a mesma forma de jogar: Correr com a bola trezentas vezes antes de passar com um ataque terrestre muito físico, cortesia de uma boa linha ofensiva e de um fator explosivo no backcourt (Primeiro Thomas Jones em ano espetacular, depois Ladainian Tomlinson dando um último gás na carreira). O Jets não tem mais um backcourt explosivo já que o gás do LT acabou e o Jones saiu, e o Shonne Greene ainda não conseguiu trazer o mesmo fator ao ataque, e também tem uma linha ofensiva muito fragilizada em relação aos dois últimos anos. Isso tirou o poder do jogo terrestre e o poder de controlar o jogo das mãos do Jets, que recorreu ao passe como sua arma.
b) A defesa do Jets sempre foi o fator determinante na equipe, uma unidade muito feroz que evitava ganhos, dava ao ataque boas posições de campo e forçava muitos turnovers. A defesa desse ano é muito mais fraca do que nos últimos anos, os safetys não conseguem mais fazer a cobertura eficientemente e a linha de frente parou de vencer as batalhas físicas. Ela não da mais o suporte que o ataque precisava, seja sob a forma de turnovers ou de baixas pontuações. Isso coloca ainda mais peso no ataque, especialmente no aéreo.
Some esses dois fatores e você chegará a conclusão que o Mark Sanchez é mais importante pro sucesso desse Jets do que de qualquer Jets dos últimos dois anos. E isso é o que está destruindo o time, porque simplesmente ele é bem ruim. Um QB que evita erros pode ser levado por uma grande defesa, e foi o que ele fez nos últimos anos quando chegou nos playoffs. Agora ele está precisando acompanhar o time e as vezes até levá-lo, e não está conseguindo. O Mark Sanchez vai ser o cara do futuro do Jets? Essa é a pergunta que eles vão ter que responder, e pra mim a resposta é não. Aliás, o Jets é um time bem capaz de fazer uma loucura pra pegar o Peyton Manning caso ele esteja disponível pra trocas depois do Draft.
15. Tennessee Titans
O Titans está cada vez mais tentado a colocar o Jake Locker de titular, mas a meu ver o Titans está jogando com absoluta perfeição a sua mão pós-draft. O Titans tem poucas chances de causar estrago nos playoffs esse ano, ainda mais com o Chris Johnson nessa fase. Pra que apressar e colocar o garoto pra jogar o tempo todo? Mantenham ele no banco, treinem o garoto com calma nos fundamentos que ainda lhe faltam (e ainda faltam alguns apesar de todo seu talento, em especial o jogo de pés) e montem o time pra ele simplesmente entrar, tomar comando e levar pra frente. A defesa é jovem, mas é muito boa, só que precisa de jogo e uma offseason. O ataque, ano que vem, deve ter um CJ melhorado com uma pré-temporada (embora eu não credite à falta de offseason os motivos da sua temporada horrorosa... Mas é uma possibilidade, certo?) e um Kenny Britt saudável. Se a defesa maturar o suficiente e o Titans quiser arriscar a sorte com o Locker, ele vai ser um jogador muito mais pronto e completo. Se achar que mais uma temporada vai fazer bem ao garoto, mantenham o Matt Hasselback, se ele ficar saudável é um bom jogador. Adicionar um Wide Receiver a mais, trazer outro safety e um pouco mais de força nos tackles já vão colocar esse jovem time num nível de playoffs.
14. Oakland Raiders
O Raiders é o time que representa o próprio limbo, e a culpa é deles porque eles confundiram a leitura que fizeram. Eles pensaram o seguinte: Se trocarmos por um QB que é muito interceptado, mas também é capaz de boas partidas, podemos ser um time realmente competitivo! A leitura correta seria que se eles fizessem toda essa joça, eles seria um time competitivo dentro da divisão, talvez o suficiente para ir aos playoffs seja por um wild card numa AFC fraca ou numa divisão ainda pior. O time investiu muitíssimo caro no Carson Palmer pra desistir agora, e também não tem escolhas pro próximo Draft que reforcem muito a equipe. É difícil desistir do seu time nesse momento, mas falta muita coisa pro time, começando pela linha ofensiva, passando pela saúde do ótimo Darren McFadden, chegando nos Wide Receivers (Eles tem jogadores rápidos, mas nenhum alvo confiável ou que exija atenção da defesa), e chegando à horrivel secundária do time. São buracos demais para um time tão caro, mas não da pra simplesmente desistir depois de pagar tão caro no Palmer. Agora eles tem que insistir com esse time, torcer pro McFadden ficar saudável e pro Palmer recuperar sua melhor forma, que eles podem chegar aos playoffs, mas dificilmente vão causar algum estrago por lá. Se eu torcesse para um time de playoff da AFC, eu adoraria enfrentar o Raiders nos playoffs. E será difícil para a equipe sair dessa posição nos próximos anos, pra mais ou pra menos.
13. Denver Broncos
Difícil falar isso, mas o Broncos não é um sério candidato ao título. Eu sei, eu sei... Um desses dois times (Raiders ou Broncos) vai aos playoffs, porque os dois estão aqui? Simples: Porque nenhum é bom o suficiente pra ser um dos 12 melhores times da NFL no meu critério, e nenhum deles assusta ninguem nos playoffs. Ou Cowboys ou Giants será eliminado semana que vem, mas garanto que nesse momento eles tiram mais sono dos outros times de playoff da NFC do que qualquer um desses dois da AFC.
O Broncos estava vencendo com um conjunto de três fatores, especialmente: Primeiro, sua defesa, que estava mantendo os placares baixos, ganhando boas posições de campo e forçando turnoveres. Era uma unidade feroz, com um pass rush assassino com a dupla Von Miller e Elvis Dumervil e com boa profundidade no geral. Segundo, seu jogo terrestre, que estava controlando o relógio, limitando o jogo aéreo (que tinha falhas tanto pela relativa dificuldade nos passes do Tim Tebow e sua péssima combinação de linha ofensiva e alvos) e usando seu ótimo option e as corridas do Tim Tebow pra aumentar sua eficiência e compensar por uma linha ofensiva bme fraca. E por fim, mantendo o jogo apertado pra trabalhar no play action e deixar o Tebow soltar o braço e fazer sua mágica nos finais de partida.
Esse modelo funcionou durante algum tempo, mas agora as limitações do time estão aparecendo cada vez mais. Os ataques aprenderam a lidar com a defesa do Broncos, limitando a dupla de pass rushers e explorando a falta de bons jogadores no meio da linha defensiva (A grande fraqueza dessa defesa) e uma secundária que não é ruim, mas também não consegue manter a cobertura por muito tempo, o que acontece quando o pass rush não pressiona o QB. Na defesa, os times perceberam que o grande trunfo do ataque do Broncos - o play action - tem um grave problema. Como o play action envolve um handoff falso e que o QB retome sua postura, ele naturalmente demora mais do que um drop back normal, o que por sua vez exige uma linha ofensiva que seja capaz de segurar o pass rush por mais tempo. E como o técnico John Fox não confia no Tebow passando sem ser pelo play action ou saindo do pocket (onde ele é menos preciso), os adversários do Broncos logo perceberam que só precisavam mandar nove jogadores pra cima da linha ofensiva do Broncos. Isso ao mesmo tempo evitava espaços para as corridas e também chegava no Tebow se ele ameaçasse fazer um play action. Como ele ainda não tem a precisão adequada pra passar sob pressão, como sua linha ofensiva não aguenta um segundo e como seus alvos ainda são muito ruins, essa estratégia engole totalmente o ataque do Broncos.
Eu acho que o Broncos tem futuro e tem mais é que insistir no Tebow. Uma offseason treinando com o John Elway e ele vai voltar muito melhor, ele está disposto a treinar até a exaustão pra melhorar seu jogo, e essa é uma qualidade essencial para um QB que chegou na NFL com tantas falhas. Ele vai treinar, vai se matar, e vai melhorar, e o Broncos vai virar um time melhor. Mas o Broncos tem que oferecer aos seus jovens jogadores a conjuntura para que possam continuar levando o time pra frente. O Broncos precisa de uma linha defensiva capaz de vencer um duelo de força pra liberar os seus pass rushers, precisa de uma secundária mais jovem (Brian Dawkins e Champ Bayley estão muito velhos, não duram) e precisa urgente de um ataque melhor, o ataque do Broncos em termos de conjuntura rivaliza com o Browns como um dos piores da Liga. A linha ofensiva é horrorosa e os recebedores são pífios. O Eric Decker e o Demaryus Thomas tiveram bons momentos, mas estão longe de serem grandes jogadores, nenhum deles exige marcação dupla ou é capaz de se desmarcar com pouco espaço pra facilitar os passes do seu QB (Eu até acho que o Thomas pode evoluir e se tornar um bom complemento, mas falta pelo menos um bom WR numero 1,e um Tight End atlético nesse ataque). Por mais que eu goste do Broncos e ache que eles consigam ser competitivos em pequena escala com o que tem agora, eles tem muitas falhas que continuarão sendo exploradas enquanto não forem melhoradas.