Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

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domingo, 23 de janeiro de 2011

Preview: New York Jets at Pittsburgh Steelers

James Harrison quer descobrir se o sangue do Mark Sanchez é verde

Quando duas das melhores defesas da NFL (talvez até mesmo as duas melhores) se enfrentam, geralmente a gente pensa em jogos de placares baixo. Não é a toa, claro, se você tem duas unidades fortíssimas evitando os pontos e duas unidades não tão boas tentando marcar os pontos. Mas as vezes a gente se surpreende, como no jogo entre Steelers e Ravens. Porque as defesas são tão boas e forçam tantos turnovers que pro ataque pontuar é fácil. O Ravens marcou 24 pontos tendo só 160 jardas totais no jogo todo, fruto de vários turnovers de sua defesa. Mas a gente não pode esperar tanto isso nessa partida simplesmente porque a defesa do Jets  não é tão boa forçando turnovers quanto a defesa do Ravens. Portanto, é mais fácil imaginar um jogo de placar baixo, apertado, com os dois QBs tomando pressão o jogo todo e os jogos terrestres tendo dificuldade pra se estabelecerem. E num jogo tomado por tanta defesa, pra ganhar a chave é produzir melhor no ataque, aproveitar as chances que sua defesa criar e não desperdiçar a bola, evitar turnovers e faltas e tentar ganhar jardas aos poucos, sem desperdiçar chances.

As chaves da partida para o Steelers:
O Steelers tem uma enorme vantagem sobre os outros dois adversários do Jets essa temporada, a sua defesa. Tanto Patriots como Colts tinham uma defesa muito fraca, uma unidade inconsistente, e que o Jets conseguiu lidar com relativo sucesso com base no seu jogo terrestre e deixando o Mark Sanchez lançar só bolas curtas ou bolas pegando a defesa despreparada pra um passe longo, principalmente play actions. Nenhum dos dois conseguiu pressionar o Sanchez direito, deu tempo pra ele pensar e sobreviveram bem mais na incompetência do garoto que no talento de suas defesas e na capacidade delas de pararem o ataque do Jets, alem de terem sido bem exploradas pelo forte jogo terrestre do Jets. Eram times que viviam pelos seus fortes ataques, ataques que combinaram atuações fracas (A do Patriots muito mais abaixo da media do que a do Colts) e atuações fantásticas da defesa do Jets, e ai não conseguiram pontuar tanto, a defesa não conseguiu segurar muito, e o Jets saiu vencedor porque nesse esporte conhecido como futebol americano ganha quem tem mais pontos, simples assim. Mas o Steelers não só tem uma defesa mais forte que a dos outros dois - até porque não é algo difícil - como tem uma defesa fortíssima, pra mim a melhor da NFL, e não vai dar um segundo de sossego pro ataque do Sanchez. E é exatamente isso que eles tem que explorar, a vantagem que eles tem quando o ataque do Jets está em campo: Eles tem que ser agressivos, contar com sua fortíssima linha de frente pra segurar o jogo terrestre do Jets e colocar pressão demais no Mark Sanchez, o que nem o Pats nem o Colts conseguiu fazer direito. O Sanchez tem que ficar em situações de passe e, nessas situações, ter que se preocupar mais com o James Harrison fungando no seu pescoço do que no lançamento. O Sanchez é ruim, mas com tempo ele vai completar seus passes, até porque conta com bons alvos. O Steelers tem que pressionar ao máximo o Sanchez e o jogo terrestre pra tornar o ataque não só unidimensional e previsível mas também porque é a melhor forma de forçar turnovers, através de sacks (o Sanchez não protege bem a bola, e não adianta muito proteger a bola se é o Harrison que vai te acertar) e fazendo o Sanchez forçar os passes. E como eu já disse, produzir turnovers é a melhor forma de colocar seu ataque numa situação de pontuar. E acho que uma trombada dessas ajuda a produzir uns fumbles:


O Steelers também tem que fazer exatamente o oposto no ataque: Proteger o QB, estabelecer o jogo terrestre, e proteger a bola. De certa forma, o time tem que fazer exatamente o que fez contra o Ravens, colocar pressão, parar o jogo corrido, jogar curto no ataque, ter paciência, gastar o relógio e aproveitar os turnovers. A diferença é que o Steelers deve ter mais facilidade pra parar o ataque do Jets, simplesmente porque o jogo terrestre é uma preocupação com o Troy Polamalu voando na secundária pro Jets e era uma arma possível pro Ravens antes do Joe Flacco amarelar feio e errar toda vez que tocava na bola. Mas no ataque são dois times parecidos e o Steelers tem que enfrentar como fez de forma eficiente no segundo tempo contra o Ravens: passes curtos, estabelecer o jogo terrestre nem que seja pra conversões curtas, e soltar o braço quando o Ben Roethlisberger, que é um QB muito inteligente, perceber que tem espaço. O  Mike Wallace, que pra mim é um dos WRs mais underrateds e com o cabelo mais feio da NFL, vai ter que aparecer bastante com sua velocidade pelo meio, principalmente se o Darrelle Revis tiver sucesso em parar o Hines Ward. E o Big Ben também vai ter que usar e abusar da sua melhor característica, que é a capacidade de render em altíssimo nível saindo do pocket e sob pressão. Com essa mobilidade e esse talento bizarro de jogar melhor com gente pendurada no pescoço dele, ele é capaz de evitar as blitzes do Jets por algum tempo correndo e saindo do pocket, comprando um tempo importantíssimo pra um time com uma linha ofensiva esburacada, e é um QB absolutamente fantástico quando tem gente pendurada no pescoço dele, é como se ele jogasse melhor assim (E ele joga!) e portanto essa habilidade de comprar tempo é muito perigosa pro Jets e uma arma que o Steelers pode usar com sucesso pra abrir a defesa do Jets e, claro, evitar sacks.

As chaves da partida para o Jets:
Eu pessoalmente não gosto do Jets, acho o Jets um time fraco no geral, um time que engana com uma boa defesa as muitas falhas que tem. Também não gosto do Jets pessoalmente, talvez porque acho o Rex Ryan um tremendo pentelho. Mas não da pra negar que seja um time muito interessante.

O Jets desse ano é um time de restolhos, um time que juntou varios jogadores que ninguém mais queria ao redor da Liga, jogadores que por alguma razão eram desacreditados ou cotados como causadores de problemas. Foi assim que o time conseguiu, a preço de banana, jogadores como Braylon Edwards, que deixou a galera em Cleveland louca da vida de dando deixar cair bolas e com seus problemas fora de campo, Antonio Cromartie e Santonio Holmes, outros dois jogadores que apesar de muito bons tinham problemas extra-campo demais pro gosto dos seus times, foram trocados também antes que pudessem soletrar ‘Roethlisberger’. E o Ladainian Tomlinson, que foi um dos maiores RBs de todos os tempos mas que estava muito mal em San Diego, foi o principal desses, foi o melhor corredor do seu forte ataque terrestre e tem jogado muito bem nessa temporada. O LT não funcionava mais em San Diego, e a saída dele foi boa pros dois, ele teve a chance de recomeçar em outro lugar e o Chargers pode recomeçar com outro RB, sem a pressão que ter o LT no time trazia. E o Jets trouxe todos esses jogadores, velhos, desacreditados ou encrenqueiros, e o Rex Ryan transformou todos eles em um time, um time unido e com vontade de vencer. Eu sempre critico o joguinho psicológico, a provocação explicita que o Rex Ryan adora fazer antes de cada jogo, todo aquele trash talk que tanto irrita a gente, mas com o tempo isso virou uma identidade pro time, a identidade de um time que quer superar todo mundo, que quer mostrar pra todo mundo que eles são os melhores, e que combina perfeitamente com o grupo que o Ryan montou. Eu acho o Ryan um pentelho, mas eu tiro o chapéu pro que ele anda fazendo como técnico em New York. E essa união, essa gana dos jogadores tem sido a maior arma do time. O time joga do começo ao fim como se fosse o ultimo jogo da vida, cada jogador se supera dentro de campo pra fazer o possível pro time como um todo funcionar. O que venceu um Patriots que, apesar de muito melhor, entrou sonolento, desconcentrado, e muitas vezes ficou perdido em campo. O Jets é um time chato, mas muito interessante.

Mas claro que isso não vai fazer o time ganhar sozinho. E o time tem ganho porque conta com uma defesa excepcional e tem como técnico um dos melhores coordenadores defensivos que já pisou nesse Planeta. A defesa do Jets (Apesar de ter contado com uma partida do ataque do Patriots bem abaixo do que ele pode render) tem sido quase perfeita nesses playoffs, tem colocado pressão no QB com varias blitzes elaboradas, a especialidade do Ryan, viu o Darrelle Revis jogar como um monstro de novo, viu a linha defensiva formar uma parede, e viu o time colher os frutos com boas vitórias fora de casa. E se o time conseguiu parar Peyton Manning e Tom Brady, não vejo porque não pode parar o Ben Roethlisberger. O Big Ben tem um elenco de apoio melhor que o do Manning, que só tinha de confiavel o Reggie Wayne, que foi anulado de forma perfeita pelo Revis, e precisa entrar em campo mais ligado do que o Brady, alem de ter uma característica muito perigosa pra essa defesa que os outros não tinham: ele é excelente saindo do pocket. Eu falei ali em cima de como ele é ótimo usando as pernas pra ganhar tempo e ainda melhor fazendo passes com gente fungando no seu cangote. E portanto o Jets não só tem que ir pra blitz, mas tem que ser muito eficiente nela: O Big Ben é um QB muito forte e que quebra muitos tackles, o Jets tem que dar a pancada nele direito, de forma que ele não tenha como fugir. E melhor ainda se conseguir trazer a pressão pra dentro do pocket, cercar o Big Ben de forma que ele tenha que ficar dentro do pocket, sem tempo como é a função de qualquer blitz, claro, mas sem poder sair do pocket, ganhar tempo e passar em movimento. Conter essa movimentação lateral do Big Ben é tão importante quanto colocar uma boa pressão nele. O Jets também deve explorar a pouca opção de recebedores, caso o Hines Ward - a jogada de segurança do Big Ben - esteja sendo anulada pelo Darrelle Revis. O Wallace é ótimo, mas sozinho não vai resolver nada contra uma secundária forte e o Antonio Cromartie se tiver inspirado, então usar a secundária nas bltizes pode ser bom não só como blitz mas também pra confundir o Big Ben. E tem que tomar cuidado com os passes longos, embora o Ben tenha provado que é capaz de viver de passes curtos contra o Ravens, ele ainda tem uma das melhores - pra mim A melhor agora que o Brett Favre ja era- bomba da NFL, então um descuido da defesa do Jets pode resultar num ganho de 50 jardas.

O problema do Jets realmente vive no ataque. E é essencial, mais do que nunca, que o Jets consiga correr eficientemente. Pelo meio, pelas pontas, de trenzinho, não importa, o Jets tem que conseguir usar seu jogo terrestre. A secundária do Steelers é extremamente forte e vai comer vivo o Mark Sanchez se o Jets não conseguir impor sua força pelo chão e conseguir conversões mais curtas pro Sanchez tentar. O Sanchez pode conseguir descolar um passe mais longo caso a defesa do Steelers esteja focada na corrida, mas pra isso a defesa vai ter que se preocupar com ela a ponto de colocar o Polamalu mais próximo da zona de scrimmage freqüentemente. E o Sanchez tem que tomar decisões inteligentes com a bola na mão. Jogar a bola fora ao invés de forçar um passe quando estiver sob pressão, saber quando soltar a bola e tentar fugir ou quando é pra engolir o sack, e principalmente cuidar bem da bola. Turnovers sempre são destrutivos pra um time, mas eles tem um peso ainda maior quando o jogo é uma batalha entre dois times com defesas fortes, como eu não canso de afirmar jogo após jogo nesses playoffs. Um turnovers geralmente impede que você marque pontos ou coloca o adversário numa boa posição de campo pra anotar os dele, e desperdiçar oportunidades e ceder pontos fáceis pro adversário é o que ferra um time num jogo entre boas defesas.

Palpite: O Steelers vai para o Super Bowl pela milésima vez, porque o ataque do Jets vai ter problemas contra a defesa do Steelers e o Sanchez raramente é capaz de ganhar jogos por conta própria.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Resumo das Semifinais de Conferência: Domingo

Ta atrasado mas chegou. Depois do que rolou no sábado, hora de falar do que aconteceu no domingo. Pra mim a maior decepção da temporada aconteceu no domingo, em pleno Gillete Stadium, mas vamos falar com calma. Amanha vou realizar meus desejos e voltar a falar de NBA, pra aqueles que gostam. Mas a NFL terá prioridade até o fim dos playoffs, ja que a NBA só entra na sua fase decisiva depois disso. E se preparem, que o post de hoje ficou bem longo.

O jogo dessa semana foi tão facil que vale mais a pena
 começar a ficar animado pro da semana que vem

 
Seattle Seahawks 24 at 35 Chicago Bears
O preview desse jogo pode ser visto aqui

Depois do que o Seattle aprontou na rodada de Wild Card pra cima dos atuais campeões Saints, ninguem mais se atrevia a duvidar que o Seattle seria capaz de ganhar do desacreditado Bears. Matt Hasselback e Marshawn Lynch saiam de um jogo sensacional de ambos e pareciam no ritmo pra talvez assustar o Bears. Algumas pessoas apostavam no Seahawks, outras apostavam no Bears mas não se surpreenderiam em caso de derrota. Mas no final, esse foi o jogo mais facil dos playoffs até aqui, incluindo Packers vs Falcons. Se semana passada o jogo que parecia o pior foi excelente, essa rodada o jogo que parecia o pior FOI o pior.

O Seahawks, desde o começo, mostrou que não era o mesmo time que tinha derrotado o Saints. O time entrou naquela partida sem pressão, disposto a surpreender, com o apoio da torcida. Mas nessa rodada, o time pareceu sentir a pressão depois da vitória espetacular de sabado passado, e ainda teve que jogar em frente a uma torcida hostil. O Seahawks não conseguiu lidar com isso, teve medo de arriscar quartas descidas pra uma jarda, por exemplo, que com certeza teria arriscado semana passada, viu seus jogadores secundários desaparecerem dentro de campo (as vezes eu ficava olhando se nenhum juiz ia dar uma falta por 'sete homens em campo' ou algo assim) e ainda foi simplesmente destruido psicologicamente por um infeliz incidente logo no começo da partida, quando após uma boa recepção do John Carlson pra uma primeira descida o Danieal Manning deu um tranco que o mandou pra fora de campo. Mas Carlson caiu de cabeça no chão de muito mau jeito e apagou dentro de campo. Entraram os médicos, e ainda imovel Carlson saiu de campo direto para o hospital, e isso não só tirou o Tight End titular do time como tambem deixou o time muito abalado. Os jogadores pareciam com medo de irem pra trombadas, sem falar que ver um colega de time tombar dessa forma e poder correr até risco de vida (A informação que chega é que tanto ele como Marcus Trufant, que tambem saiu mais tarde do jogo depois de cair imovel em campo e correr risco de uma lesão cervical, não correm mais riscos, ja estão bem e voltarão pra Seattle ainda hoje).

E o Seattle desabou. Atrás no placar, extremamente nervoso com a situação e atrás no placar, o Hasselback parecia incapaz de acertar passes, os recebedores incapazes de se desmarcarem (e as vezes até de receber bons passes!), a linha ofensiva não conseguia ganhar tempo como fez contra o Saints, a defesa foi completamente destruida e a diferença só foi abrindo. O Seattle tambem abandonou de vez o jogo terrestre e passou a jogar só pelo ar, e deu totalmente errado, a defesa botou pressão no QB e cobriu os recebedores sem esforço, e o Seattle não foi a lugar nenhum.

E o Bears aproveitou de um jogo estilo Aaron Rodgers do Jay Cutler pra abrir o placar ainda no começo: Trabalhando pelo chão com Matt Forte e Chester Taylor e abusando do play action, ele acertou um passe lindo pro Greg Olsen de quase 60 jardas pra TD, depois Taylor e o próprio Cutler anotaram mais pontos pelo chão pra fechar o primeiro tempo 21 a 0, e Cutler ainda notou mais um TD terrestre no terceiro quarto. 28 a 3 era o placar no final do terceiro periodo. No final, Hasselback acertou tres TDs quando tudo ja estava perdido ha muito tempo. O problema do Seahawks nem é a eliminação ou o jogo fraquissimo que teve. O problema é que o time tem jogadores novos, jogadores velhos, jogadores medianos, e não parece ter um plano de reconstrução mas tambem não tem um núcleo velho em torno do qual de pra colocar peças chave. Hasselback está velho e destruido por lesões mas ainda é capaz de bons jogos, e o reserva Charlie Whitehurst, apesar de um bom jogo contra o Rams pra chegar aos playoffs, nunca foi nada alem do terceiro reserva em San Diego e não acho que seja o QB do futuro da Franquia. E com o Rams ficando mais forte e com o 49ers finalmente fazendo juz ao seu elenco (torcedor é uma desgraça!), não vejo muito futuro imediato pra essa Franquia. E agora o Bears recebe o Packers na final de conferência num jogo da maior rivalidade histórica da NFL.

Os melhores momentos da partida estão aqui


'"Meu nome é Rex Ryan e eu estava ha 17 semanas sem ganhar do Patriots"

New York Jets 28 vs 21 New England Patriots
O preview desse jogo pode ser visto aqui

Esse jogo foi falado, falado e falado antes de acontecer de verdade. O Patriots foi o time que escancarou todas as fraquezas do Jets que muita gente (tipo eu) insistia ja fazia muito tempo que existiam, e que ficaram muito óbvias quando tomaram uma surra histórica em Foxborough na temporada regular. Mas como todo mundo que acompanha esportes americanos sabe, o que conta não é a temporada regular e sim a pós temporada. E nos playoffs, o vencedor foi outro.

Eu falei bastante no preview sobre o que o Pats deveria fazer pra ter a vantagem na partida, na pratica fazer tudo que fez quando massacrou o Jets, que explorou tão bem as falhas do Jets e camuflou tao bem as deficiencias do próprio time. Isso envolvia correr bem com a bola, controlar o relógio, deixar o ataque do Jets atrás no placar e abusar da genialidade e da fase do Tom Brady, que conseguiu explorar muito bem a defesa do Jets. Ou seja, o time sabia o que fazer, e o Jets sabia que eles iam fazer isso. A questão era simplesmente quem ia fazer melhor. Eu achava, pelo maior talento e pela fase memoravel, que o Patriots, e em especial o Brady, iam conseguir ir encurralando o Jets, um time que é pessimo jogando atrás no placar. Mas o fato é que o Patriots absolutamente não conseguiu colocar seu plano de jogo pra funcionar. E isso acabou jogando contra eles.

No começo do jogo, o Patriots até conseguiu fazer parte do que tinha se proposto a fazer: correr bem com a bola, viver dos passes curtos e explorar os tight ends calouros. A defesa fez bem seu papel no começo e Brady gastou o relógio liderando boa campanha campo acima, mas foi interceptado num dos passes mais ridiculos que eu vi nesses playoffs, foi um screen pass que voou uns dois metros mais pra frente de onde tava o Benjarvus Green-Ellis e direitinho nas mãos do Devin Harris que só não levou pra touchdown porque a beluga do Augie Crumpler veio correndo la do campo de ataque pra dar o tackle. Novamente a incompetencia do ataque do Jets - inclusive do kicker que errou um FG - deixou o jogo empatado finda essa campanha, mas o Patriots pegou a bola e levou campo acima pra chegar na linha de 7 jardas. Brady até acertou um passe perfeito pra Crumpler dentro da end zone, mas o gordinho deixou a bola cair e o Pats se contentou com um FG.

Depois de mostras de incompetencia de ambos os lados, o Jets acalmou: colocou a bola no chão e contou com um belo passe de Mark Sanchez e uma recepção ainda melhor do Braylon Edwards pra chegar bem perto da end zone adversária, e converteu o TD com Sanchez passando pra Ladainian Tomlinson. Mas o Patriots não conseguiu mais reagir, nem mesmo recuperar aqueles bons momentos do primeiro quarto: Não conseguiu correr a bola, a linha ofensiva do Patriots foi completamente massacrada pelo pass rush do Jets e o Brady teve dificuldade pra se livrar da bola, e o Jets assumiu o controle do jogo. E aproveitou pra fazer o que o Patriots não conseguia: Controlar a bola. Cuidou bem da bola, gastou o relógio e deixou o ataque adversário quieto no banco enquanto explorava a defesa fraca do Patriots com corridas e passes curtos. Mesmo não convertendo o TD, o Jets foi capaz de evitar que o Patriots controlasse o jogo e a bola, que era fundamental pra não deixar o ataque de New England ganhar ritmo e confiança. O time continuou incapaz de converter e de sequer incomodar a defesa do Jets, os recebedores estavam bem cobertos, Brady estava tendo dificuldades lendo a marcação e a proteção não era confiavel. O Patriots tentou então surpreender o Jets, com um snap direto pro safety Patrick Chung, posicionado perto do punter numa 4th pra 4 jardas. Ele tinha espaço livre e provavelmente teria conseguido o first down, mas os problemas do Patriots eram maiores do que parecia. Chung não conseguiu dominar a bola, sofreu o fumble e o Jets recuperou a bola ja no campo do Patriots. LT e Edwards fizeram o serviço sujo pra anotar mais um TD. Ou seja, o Jets fez o serviço que o Patriots deveria ter entrado pra fazer: Controlar a bola, manter o ataque adversário no banco e avançar usando corridas e passes curtos, ocasionalmente explorando passes longos quando o QB achasse que a cobertura permitia e protegeu bem o QB pra que ele tivesse tempo pra pensar. Na defesa, o Jets misturou uma boa defesa, boa cobertura e bons talentos com a incompetencia do ataque do Pats como um todo. E saiu pro intervalo com 14 a 3 no placar.

Mas o segundo tempo trouxe mais do mesmo pro time de Foxborough, pelo menos no ataque: Brady incapaz de completar passes mais dificeis, a linha ofensiva tendo muito trabalho pra conseguir ganhar tempo e cedendo sacks, e tambem não sendo ajudada por um Tom Brady que estava segurando demais a bola. O ataque do Pats vivia de migalhas, corridas e passes curtos, o que eu e muita gente esperava do ataque do Jets, um ataque que conta com um QB que tem dificuldade em conversões longas, não do ataque liderado pelo provavel MVP da Liga. E tambem um ataque que consome o relógio, o que nao é bom quando voce perde por mais de uma posse de bola. No entanto, a defesa do Patriots começou a endurecer a partida: Começou a parar melhor o jogo terrestre e colocou o Sanchez em mais situações de terceiras descidas pra seis ou mais jardas. Tambem era um ataque que não conseguia gerar pontos, mas pelo menos gastava o relógio, que era o que eles queriam, ao contrário do Patriots.

Mas o ataque do Patriots, de repente, acordou, e Brady fez o que tinha que ter começado a fazer desde o primeiro quarto: contou com boas corridas, acertou passes curtos nas horas certas, mas soltou o braço mesmo com cobertura, conseguiu passes longos e de média distancia, e anotou um TD com Crumpler dessa vez sem consumir o relógio mais que o necessário. Era a hora do Patriots viver do braço do Brady, de jogadas explosivas, que não ficassem gastando o relógio pra ganhar quatro jardas, e sim jogadas longas que pudessem virar pontos rápidos, deixar tempo no relógio pra forçar o Jets a chutar a bola e ai poder anotar mais pontos. O Patriots acertou a estratégia e acertou a execução, pelo menos por essa campanha. O problema foi que o Jets respondeu com um TD depois que um passe curto e despretensioso pro Jericho Cotchery pelo meio do campo se transformou numa jogada de 58 jardas depois que Cotchery correu, correu e ninguem sequer deu uma fungada no cangote dele, e depois Santonio Holmes só teve o trabalho de colocar a bola na end zone.

Nesse momento, o Jets liderava o jogo 21 a 10. O quarto quarto tinha 13 minutos no relógio, e o Patriots tinha tres tempos pra pedir. A situação era clara e simples, voce tem um dos melhores QBs de todos os tempos, tem um bom corpo de recebedores, é hora de colocar isso pra funcionar, conseguir jardas rapidamente pelo jogo aéreo, anotar um touchdown o mais rapido possivel e devolver a bola pro Jets, sem pedir nenhum tempo. O Jets logicamente ia querer gastar o relogio, voce queimava seus tres tempos e tinha uma ultima chance de empatar ou virar a partida. Simples. E o que o Patriots fez? Exatamente o contrário. Correu muito com a bola, usou bastante os passes curtos, converteu terceiras descidas curtas em consequencia disso. O Patriots, nessa campanha, correu mais com a bola (7 vezes) do que passou (seis). Só que, chegando na linha de 31 do Jets, um sack voltou o Pats pra linha de 34, onde não conseguiu converter uma terceira descida. Era um FG de 51 jardas, mas o Patriots tentou converter a jogada e Deion Branch deixou a bola cair. O tempo no relógio? 5 minutos.

Voces conseguem perceber a imbecilidade que foi essa campanha do Patriots? Perdendo por duas posses de bola, com bastante tempo no relógio e com um dos melhores QBs da Liga, voce joga curto, usa os RBs, consegue conversões curtas e gasta bastante o relógio pra sair sem sequer pontuar?? Voce fez exatamente tudo que o Jets queria estar fazendo, gastando oito relógios pra nao ir a lugar nenhum, nem nos sonhos mais bizarros do Rex Ryan ele imaginava que o Patriots ia dar um presentão desses pra ele, e olha que os sonhos bizarros do Rex Ryan devem envolver o Bill Belichick de minisaia. Até entendo que o Belichick queria gastar o relógio pra forçar o Jets, se recebesse a bola com 4 minutos por exemplo, a correr tres vezes com a bola, o Pats queimaria seus tres tempos e receberia a bola pra uma campanha final, mas é arriscado demais e deu errado demais!! Voce entrar no alcance do FG e começar a gastar o relógio, jogar curto e tudo mais é uma coisa, mas voce fazer isso desde o campo de defesa, desde onde recebeu a bola é loucura! Podia dar absurdamente errado, e deu, o time gastou mais de metade do quarto pra não sair nem com um field goal! Resultado que a bola voltou pro Jets, o Patriots perdeu um tempo e dois minutos nessa brincadeira. Ainda tinha tres minutos e meio no relógio e dois tempos pra pedir, portanto o time tinha que anotar pelo menos um FG e devolver a bola pro Jets ANTES do two-minute warning, porque ai o Pats poderia parar o jogo com os dois tempos e uma pararia automaticamente com o two-minute. Mas o time continuou com alguns passes curtos desnecessários, gastou o relógio o menos que pode apesar disso e, numa 3ª pra 10 na red zone faltando 2:21 (Logo, 21 segundos pro two-minute warning), a pressão chegou no Brady e ele, pra se livrar da bola, faz um passe curto, inutil pra primeira descida, e longe da lateral, ou seja, voce não ganhou nada com o passe, manteve o relógio correndo e o two-minute warning soou antes que o Pats pudesse chutar o field goal.

O jogo realmente morreu ai. O Patriots foi péssimo pra manejar o cronometro, absolutamente ridiculo, e pagou o preço. Não soube gastar na hora certa, e quando esteve atrás no placar no final da partida quis gastar demais o relógio pra ganhar de menos, e ainda teve aquela pessima decisão do Brady no final. O Patriots tentou um onside kick, sua unica saida, mas não só o Jets recuperou como o Antonio Cromartie, de novo ele, levou até quase a end zone - onde a bola foi parar duas jogadas depois. O Patriots até anotou um TD depois, mas ja era tarde demais e o Jets ganhou, ajudado pelo tempo que o Pats disperdiçou.

No final, o Jets aproveitou pra fazer a festa. Falaram, provocaram, e ganharam dentro de quadra. A atitude de superioridade do Patriots fora de quadra, de não se arrastar pro joguinho psicologico do Jets, acabou não se traduzindo dentro de campo, onde o time foi nervoso e muito abaixo do seu potencial. O ataque não conseguiu de forma alguma se impor como fez em todos os jogos da temporada regular, não teve em Brady o jogador que teve o ano todo, e o elenco de apoio do ataque - ou seja, todo o resto do ataque tirando Mr Bunchen - tambem não conseguiu corresponder à altura. A defesa do Patriots sempre foi fragil e o time estava cobrindo isso com um ataque que pontuava muito e controlava a bola, mas a partir do momento que o ataque não fez a parte dele, a defesa mostrou suas limitações e não conseguiu forçar os turnovers de costume, e acabou vencida por um ataque terrestre forte e um QB que, quando a defesa abriu, aproveitou pra encaixar os passes certos. O Jets foi eficiente, contou com uma defesa e um técnico que souberam se aproveitar do futebol americano abaixo da media apresentado pelo rival e, apesar do time pior, saiu com uma vitória merecida. O Jets foi melhor dentro e fora de quadra, e embora Rex Ryan provavelmente nunca chegará ao nivel do Belichick dentro da NFL, nesse jogo ele foi muito superior ao Mestre.

Os melhores momentos desse jogo estão aqui

domingo, 16 de janeiro de 2011

Preview: New York Jets at New England Patriots


"Mas eu já não ganhei desses caras antes??"

Esse é o jogo mais comentado do mundo nos ultimos dias, mas não pelo que acontece dentro de campo. Esse jogo começou, na verdade, no momento que o Nick Folk acertou um FG no ultimo segundo contra o Colts pra classificar o Jets com a 6th seed, que automaticamente enfrenta a 1st. Em outras palavras, quando foi determinado que o Jets iria enfrentar o Patriots nos playoffs. Foi quando o Jets começou a provocar e fazer seu famoso jogo psicologico contra o Patriots. Eu falei aqui algumas vezes (Essa por exemplo) de como o Rex Ryan, técnico do Jets, gosta de avacalhar verbalmente seus adversarios antes da partida, mexer com o adersário e deixá-los desconfortaveis, e como o time do Jets abraçou isso como uma identidade. As vezes é de forma sutil, como no post ali em cima, as vezes de forma descarada, como foi o caso agora. O fato é que o Ryan tem uma rivalidade muito forte com o Bill Belichick, ou pelo menos pelo lado dele. O Belichick é o melhor técnico da NFL ha anos, e acho que o Ryan tem vontade de tomar esse posto pra ele, por isso tanta vontade de vencer o time do Belichick. Ele montou, nas suas palavras, um time pra vencer o Patriots e que tinha isso como objetivo. O time realmente teve algum sucesso contra o time de Foxborough, principalmente no segund jogo ad temporada. Parecia que a defesa do Jets ia relamenet ser superior ao ataque do Pats, ainda mais depois da saida de Randy Moss. Mas o Pats respondeu como o Belichick gosta: na bola. O time massacrou totalmente o Jets, foi a surra mais humilhante da NFL em tempos recentes, e o time expos as fraquezas do Jets que eles vinham camuflando recentemente com vitórias, e mostrou o Jets como um time vulnerável pro resto da Liga.

Agora o Jets tem mais uma chance de se vingar e finalmente derrotar o time que tanto rivaliza. E o Rex Ryan ja disse que vai vencer, o Antonio Cromartie ja falou mal do Tom Brady, e voce nao ouviu uma palavra de protesto ou de reclação do time do Pats, no máximo o Deion Branch falando que nao tinha ouvido antes a trash talk do Jets e que nao ligava pra isso. Em outras palavras, o primeiro round entre os dois teve vitória do Patriots. Não respondeu ao Jets, nao deixou se levar pra uma briga de palavras, simplesmente se fechou e deixou o Jets falando sozinho e se queimando com a midia. O Jets gosta de provocar mas gosta de ouvir uma resposta, de sentir que acertuo a ferida, mas o Pats não deu esse gostinho a eles. Mas não se enganem, o QB mais competitivo da NFL com certeza vai entrar em campo mais empolgado que nunca. E ninguem segura Tom Brady quando ele quer.

As chaves da partida para o Patriots:
Explorar tudo que eles mostraram ao mundo sobre as fraquezas do Jets no segundo confronto entre os dois: a defesa enfraquecida em relação à do ano passado, a inconsistencia do ataque tanto no jogo terrestre como no aéreo, e a incapacidade de jogar atrás no placar. O Patriots nesse jogo, por exemplo, destruiu completamente o Darrelle Revis, as vezes pelo Branch outras pelo Wes Welker. E, em primeiro lugar, o Patriots tem que se estabelecer no ataque. O time ja provou que a defesa do Jets, apesar de muito forte, é vulnerável, especialmente se o Revis nao conseguir fechar seu homem no 1x1. Com a saida do Kerry Rhodes, e o  Jim Leohnard machucado, a cobertura do Jets é muito falha e tem problemas em bola intermediárias. O Patriots tem que estabelecer o jogo terrestre e o fato do Jets nao ter nenhum jogador capaz de marcar o Wes Welker se ele tiver 100% (Quem tem?) pra controlar o relógio e manter a posse de bola, alem de explorar os passes curtos pro Danny Woodhead de forma a manter a defesa mais vulneravel do PAts fora de campo. Se o Pats executar isso direito, pode  sair na frent n placar, o que tambem é importante, o Jets não sabe jogar atrás no placar e tem um ataque inconsistente demais. Mantendo a defesa jovem no banco e pouco tempo em quadra e o fraco Mark Sanchez sem ritmo, voce tem muito mais chance de deixar o Jets sem pontuar a desesperado, como aconteceu no jogo 1. Mas acontece que, apesar de controlar o relógio e manter sua defesa fora do campo, o Pats não pode ter medo de explorar o jogo aéreo. Brady é o melhor QB da NFL no momento, e ele ja mostrou que a defesa do Jets é vulneravel, até porque o Patriots tem muitos alvos perigosos no jogo aéreo em todo o campo. Se o Brady achar uma vulnerabilidade, ele tem que explorar, porque quanto mais ele abrir o placar mais o Jets tem que abandonar o jogo aéreo, sua melhor chance, pra deixar o Sanchez se virar.

Na defesa, o time tem que ir atrás do Sanchez. Ele ja é nervoso, ja nao gosta de jogar atrás no placar e é fraco tendo que conseguir descidas longas sozinho, entao quanto mais pressão voce botar nele maior a chance dele se desesperar e forçar um turnover. O ataque tem que fazer sua parte pra controlar o tempo que a defesa fica em quadra e principalmente colocar a bola na mao do Sanchez pra correr atrás no placar, mas enquanto isso nao acontece, a defesa tem que fechar o jogo terrestre, mesmo que às custas de algumas primeiras descidas. É importante voce fazer o Sanchez assumir a responsabilidade, até porque a defesa aérea do Patriots, que conta com o fantástico calouro Devin McCourty, é melhor que a defesa terrestre, ainda que ambas tenham evoluido loucamente ao longo da temporada. O jogo terrestre ainda é a melhor arma do Jets contra essa defesa, e o PAts tem que fazer o Jets assumir o jogo aéreo como maior arma, nem que isso seja colocando sete negos na frente da linha ofensiva. Se o plano funcionar e o placar abrir, o time do Jets vai ter que continuar jogando com a arma que tinha, mas agora com o Patriots sabendo o que enfrentar. Se não funcionar, ainda é a melhor chande do Pats de forçar turnovers. Mas eu acredito em Tom Brady.

As chaves da partida para o Jets:
Precisa que o esquema de blitzes do Rex Ryan funcione como funcionou contra o Peyton Manning, mas tem tres problemas nisso. Primeiro que Pats e Jets se enfrentam 2x durante a temporada regular. Isso quer dizer que o Tom Brady ja jogou muito mais contra esse esquema e ja o viu muito mais vezes, está muito mais acostumado a enfrentá-lo do que o Manning. Segundo que o Patriots tem um jogo terrestre muito mais confiavel e variado do que o Colts, o que evita que as jogadas fiquem viciadas, e com uma linha ofensiva mais perigosa que exige mais defensores tanto pra parar a corrida como pra chegar no QB. E terceiro é que o Brady está muito mais confortavel com seus alvos do que o Manning com os dele, e assim fica muito mais facil voce acertar uma jogada rapida ou improvisada, voce tem uma jogada de segurança que não depende do Reggie Wayne marcado pelo Revis, porque como eu ja disse o Patriots tem alvos demais com caracteristicas variadas demais e o Revis é menos efetivo do que contra o Colts. O Jets é muito mais familiar pro Brady do que par qualquer outro QB da Liga, e isso torna a tarefa do Jets ainda mais dificil.

Outra coisa que o Jets tem que fazer é algo que eles tiveram dificuldades em fazer contra o Colts e por isso teve tantos problemas naquela partida. Estabelecer o jogo terrestre, encurtar as descidas e deixar o Sanchez trabalhar só em jogadas curtas, de preferencia laterais pro Dustin Keller. Quanto menos o Sanchez tiver a bola na mão, melhor, por isso quanto mais o Ladainian Tomlinson, Shonne Greene e até o Brad Smith sejam capazes de arrancar boas jardas e primeiras descidas antes que o Sanchez tenha que resolver algo com os braços. Contra o Colts o Jets deixou o Sanchez lançar bolas longas, trabalhou os RBs menos do que devia pra tentar que o Sanchez entrasse num ritmo bom, mas deu muito errado, o QB mais atrapalhou do que ajudou e o time só teve sucesso no ataque quando colocou nos ombros do LT a responsabilidade. O Sanchez fez boas jogadas no final, mas foi uma excessão e não a regra durante todo o jogo, e portanto quanto menso ele tiver que resolver melhor. Pra isso a linha ofensiva tambem tem que fazer a parte dela, nao só protegendo o Sanchez como protegendo as corridas. Ai a perda do Alan Faneca tambem pode pesar, ele e o Nick Mangold eram de longe os dois melhores jogadores da linha ofensiva, e quem costumava abrir os caminhos pelo meio. Por melhor que o Mangold seja, ele nao vai sozinho conseguir abrir o espaço, mas ele temq ue fazer pelo menos a parte dele. O Brad Smith tambem pode aparecer em pacotes de wild cat, até mesmo pra lançar a bola, o que confundiria a defesa inexperiente do PAtriots e pode ser mais efetivo mesmo pelo ar. Mas de certa forma, o Jetss tem que fazer um jogo perfeito dos dois lados da bola se quiser ganhar.

Palpite: Não vou colocar meu palpite pra nao secar ninguem, até agora só acerte um palpite nos playoffs!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

O que a gente ve e o que a gente acha

Braylon Edwards sentiu a derrota

Novamente peço desculpas pela semana anterior. Como eu expliquei varias vezes, era semana de provas na faculdade e eu nao tive tempo pra postar direito. O Celo ta sem pc e por isso acabamos ficando varios dias sem posts. Hoje eu ia postar mais cedo, mas só consegui chegar em casa agora devido ao trânsito e a um Play Station 3. Agora vamos retomar o ritmo e tentar recuperar tambem o tempo perdido.

Logo quando eu criei o blog, a temporada da NFL ja tinha começado, e eu postei analises sobre cada time da Liga e o que eu esperava pra temporada. Quando eu falei sobre o Jets, apesar de ter dado uma nota alta pro time, eu disse que eu estava muito desconfiado sobre o Jets, que eu tinha minhas duvidas tanto sobre o ataque como a defesa, e que embora nao pudesse ser descartado como um time forte na AFC, eu nao tinha muita fé. Pra alguns amigos eu cheguei afalar que achava que o Jets seria a decepção da temporada ao perder os playoffs.

Quando começou a temporada, parecia que eu estava enganado: O Jets estava ganhando, inclusive uma vitória importante sobre o Patriots na segunda rodada onde forçou Tom Brady ao seu pior jogo na temporada. E eu continuava com um pé atrás. Falava que eu achava que era fogo de palha, que o time nao era consistente, que ia perder folego, etc. Mas la estava o Jets, ganhando, com Ladainian Tomlinson rejuvenescido, Mark Sanchez ganahndo jogos no final da partiad e Santonio Holmes levando fazendo grandes jogadas nos momentos decisivos das partidas, o que ja lhe rendeu um MVP do Super Bowl. A defesa estava forte como de costume e Rex Ryan mostrava cada vez mais que é um ótimo técnico. E eu continuava la, reclamando, falando que ue nao acreditava no Jets.

Eu nao acreditava no Jets, primeiro, porque nao acreditava no Mark Sanchez. Ele tem algum talento, mas pelo que eu vi dele ano passado eu nao acreditava que ele pudesse ser um jogador a fazer a diferença. Ano passado Sanchez teve boas partidas nos playoffs, mas porque ele jogava apenas passes de segurança, bolas curtas, e com as defesas adversarias altamente preocupadas em parar o imparavel jogo terrestre do Jets. Eu vi ele jogar e, embora claramente houvesse espaço pro calouro crescer, eu nao via nele o talento pra ser um QB de elite na Liga. Titular sim, mas não de elite. Eu tambem achava que o jogo terrestre ia sofrer uma perda consideravel com a saida de Alan Faneca e Thomas Jones e que o LT, ainda que pudesse carregar a bola e funcionar em terceiras descidas, nao tinha mais a gasolina no tanque pra ser o monstro que ele era no Chargers. O jogo terrestre tinha sido o pilar do ataque ano passado e graças a ele que Sanchez conseguiu ter espaço pra jogar bem, e Thomas Jones tinha sido o principal jogador do ataque, sem duvida.

Em segundo lugar, eu tinha minhas duvidas quanto a defesa. Alem de Kris Jenkins ter se machucado no começo da temporada, eu tinha duas duvidas com relação a essa defesa. Primeiro, se Darrelle Revis ia conseguir repetir o ano monstruoso que teve em 2009. A defesa aérea do Jets era totalmente baseada no fato de que Revis era capaz de segurar o melhor Wide Receiver do adversário no 1x1, e em torno disso voce estruturava a defesa por zona. Revis foi perfeito nisso ano passado, um dos melhores anos pra um CB que eu vi na vida. E eu achava que ele nao ia ser capaz de reproduzir com tanta excelencia isso. Nao entendam errado, o Revis é um cornerback absurdo, ainda acho ele um dos melhores (senao o melhor) da NFL, só digo que o nivel que ele jogou ano passado foi tao alto que ia ser dificil ele repetir. Alem disso, Kerry Rhodes, ótimo safety, saiu do time pra ir pro Cardinals. Esses dois foram os pilares da secundaria do time e, sem Rhodes e com Revis não tão bom quanto ano passado (ainda excelente), eu queria ver como esse time ia se segurar.

Mas o Jets ia ganhando e algo me chamou a atenção. Eu falo que existem alguns QBs bipolares na NFL (Alex Smith, Brett Favre), capazes de alternar momentos mediocres e geniais varias vezes dentro de um mesmo jogo. O Mark Sanchez estava entrando nessa caracteristica. TEve jogos excelentes, jogos com 3 TDs, levou o time a vencer dois jogos seguidos na prorrogação com atuações sólidas. Mas tambem tinha jogos patéticos, com varias interceptações, poucas conversões de terceira descida e jogando com insegurança. Ele tinha, até ontem, quatro jogos com mais de 100 de rating e quatro com menos de 60. Mas nesses jogos fracos de Sanchez que o jogo terrestre do Jets explodia. LT calou a boca de muita gente que acreditava que ele tava acabado pra NFL e ta tendo uma temporada excepcional. Claro que nao é o mesmo LT que foi MVP do Chargers, o corpo dele nao aguenta, mas se ele conseguir ser esse jogador por 10, 15 jogadas em uma partida, ja está excelente! Ajudado por uma linha ofensiva muito forte no jogo terrestre, LT liderou o Jets a várias vitórias e chegou até a se pensar numa possivel arrancada pra MVP do RB. Mas o desgaste começou a fazer LT cair de produção um pouco e Shonne Greene, que era pra ser o titular mas acabou indo pro banco frente à dominação de LT, começou a ver mais toques na bola, nao só porque ele tambem é bom mas tambem como forma a poupar o Tomlinson. E quando o jogo terrestre não funcionava, o Sanchez e o Holmes principalmente tinham que salvar pelo ar, e assim o Jets seguiu ganhando.

O que eu pensava acerca do time era que o time era inconsistente, devido à incapacidade do Sanchez e do jogo terrestre de jogarem tao bem sempre, um tinha que socorrer os problemas do outro, e que as vitórias eram mais por acaso e sorte do que necessariamente porque o Jets tinha um time pra ser campeão. Mas o que a gente via era o Jets vencendo, o Jets que liderava a AFC, o Jets que era apontado como favorito ao título da conferência por muitos. Por mais que eu pensasse que o Jets era um time instavel e com diversas falhas, o Jets continuava ganhando e cada vez mais o hype em cima do time aumentava. Eu comecei a ser levado a pensar que o que eu via como inconsistencia na verdade era exatamente o oposto: Como o jogo terrestre e o aéreo eram capazes de se complementar, de funcionarem bem juntos, de ter um ataque terrestre tao forte e um ataque aéreo eficiente que, quando um nao está bem, o time usa o outro pra vencer, ancorados pelo ponto forte que era a defesa. Comecei a acreditar nisso e até prometi no blog um post sobre o Jets pra tratarr desse assunto.

No entanto, eu preferi esperar até o fim do Monday Night, por dois simples motivos que me fizeram parar de ser forçado a pensar coisas e me fizeram voltar a abraçar o que eu acreditava, ou pelo menos esperar mais uma prova do contrário. O primeiro é que o Jets, que tinha record 9-2, tinha jogado apenas contra tres times com mais de .500. Patriots, Ravens e Packers, ganhando apenas o primeiro. Todas as outras oito vitórias tinham sido contra times abaixo dessa linha. Ou seja, o estilo bumba-meu-boi do Jets tinha funcionado muito bem pra derrotar equipes fracas, mas pra voce ser levado a sério nos playoffs, voce tem que ganhar dos times fortes, e o Jets não vinha fazendo isso. No entanto, 1-2 não era uma amostra grande o suficiente pra ser levada em consideração e por isso preferi esperar pra ver como o Jets se portava em mais um jogo contra um time forte. Segundo porque eu acreditava que o Jets ia sofrer na defesa. O PAtriots tem o melhor ataque da Liga, Tom Brady é o MVP da temporada até aqui e a media de pontos da equipe era de mais de 30 pontos por jogo. A defesa do Jets era boa, mas como eu tinha repetido como um mantra desde o começo da temporada, Rhodes e Revis iam fazer uma diferença nessa defesa que eu imaginava que tendiam pra baixo. A defesa do Jets, melhor da NFL em jardas totais e aéreas ano passado, agora é apenas a 8ª em jardas totais e amarga a 14ª posição no que diz respeito a jardas aéreas cedidas. E Brady nao ia deixar barato, sendo ultra competitivo como é, aquela derrota no começo da temporada. Eu achava que era muito provavel que o Patriots conseguisse colocar pontos no placar e eu estava curiosissimo pra ver como o ataque do Jets iria reagir ao jogar atrás no placar. Esse jogo seria a prova de fogo pra ver se o que eu pensava era o que eu deveria pensar, ou se o que eu via que era o certo.

E enfim, eu vi o que eu queria ver e, na verdade, esperava ver desde o começo da temporada. O ataque não conseguiu produzir atrás no placar, a defesa aérea foi vulneravel, e os problemas do Jets foram expostos como nunca antes. Nao tem nada de errado em perder pra Tom Brady inspirado, seus 21/29 passes, 326 jardas e 4 TDs foram sensacionais, mas a vulnerabilidade da defesa aérea do Jets foi algo que me impressionou. Com todos os creditos que Brady merece, mas a defesa do Jets foi muito abaixo da temporada passada e exatamente oq ue eu esperava ver desde o começo da temporada. Tudo bem que o Jim Leonhard machucou e fez falta, mas a cobertura dos safetys foi falha, Revis não conseguiu ganhar seus duelos no 1 contra 1 e forçou a defesa a cobrí-lo - e com Brady do outro lado isso foi fatal. A pressão no Mark Sanchez por estar atrás no placar foi péssima para ele, jogou muito mal, nao conseguiu completar nada e ainda teve tres interceptações. O jogo terrestre funcionou razoavelmente bem no começo, mas atrás no placar o Sanchez teve que jogar cada vez mais com seu braço e ai tudo desandou pro Jets, e o Patriots aproveitou pra massacrar, se vingar, amassar, trucidar o Jets e ainda mostrar pra todo mundo que o Patriots ainda está vivo e extremamente ativo, muito obrigado.

Um jogo indica muita coisa? Fato que não. Mas tudo que eu esperava ver no Jets desde o começo da temporada eu vi agora, e a ilusão que as varias vitórias do Jets estavam causando sobre mim diminuiu. As vitórias enganam, mas os fatos ainda estão lá - a inconsistencia do ataque, a secundária mais vulnerável que a do ano passado (são mais de 60 jardas por jogo cedidas a mais que ano passado pelo ar) e até aqui uma dificuldade - principalmente em pontuar - contar times mais fortes. Foi assim contra Ravens e Packers, e agora Patriots. A diferneça nesse ultimo caso foi que alem da enorme dificuldade de pontuar, o Jets tambem foi massacrado na defesa, afinal Tom Brady é melhor que Joe Flacco e Aaron Rodgers juntos, apesar de serem dois ótimos QBs. O que o Jets tem feito até agora, ganahr de times mais fracos com base numa defesa ainda boa e com um ataque terrestre e um jogo aéreo que sao capazes de boas partidas, é o segredo pra ir pros playoffs com um bom record - que é o que o Jets tem feito até agora - mas eu continuo achando, como achava no começo da temporada, que as limitações do time vão impedir que o time brigue seriamente pelo título. Depois de Miami, o Jets pega Steelers e Bears. Vão ser as derradeiras provas de fogo do Jets, pra ver se o time pode dar a volta por cima das limitações que eles tem, apesar de nao terem demonstrado tanto até aqui.

Sobre Tom Brady, ele é um gênio e é o melhor Quarterback da NFL nesse momento. Ele quebrou o recorde do Brett Favre pra mais vitórias consecutivas de um QB em casa (Estabelecido no Packers) e agora soma 27 TDs, 4 Ints, 3029 jardas e o rating de Brady na temporada é de 109.5, um numero incrivelmente alto. É meu favorito a MVP e, enquanto ele conseguir jogar nesse nivel e a linha ofensiva conseguir protegê-lo, o Patriots será favorito ao Super Bowl, sempre. Bill Belichik sabe bem disso. E infelizmente pra ele, Rex Ryan tambem sabe que ele é melhor que o Mark Sanchez.

domingo, 10 de outubro de 2010

Guerra psicológica

Ray Lewis acabou de achar Rex Ryan na lateral do campo


Hoje é domingo, e isso significa que é dia de rodada da NFL. Vou aproveitar que ainda é cedo pra dar um palpite e uma justificativa para cada um dos jogos de hoje porque é divertido se vangloriar dos acertos e rir dos erros absurdos (Embora eu nao seja tao doido pra dizer que o Saints perde do Cardinals). Eu ia falar hoje mas vou deixar pra amanha, quando terá acabado a terceira rodada das semifinais da MLB, pra atualizar voces nos resultados (Tem um time ja classificado pros playoffs. Quer saber qual? Nao mude de canal e volte amanha). Mas antes disso, vou me deter pra falar um pouco do jogo de segunda feira entre Jets e Vikings.

O jogo em si ganhou um interesse muito maior quando foi anunciada a troca que levou Randy Moss pra Minnesota. Primeiro porque o Vikings imediatamente se tornou um time muito mais forte do que aquele time da semana passada que nao tinha nenhum alvo que prestasse pra bolas longas e pode ser o que faltava pro vovô Brett Favre finalmente mostrar a que veio no ano. Segundo porque Randy Moss e Darrelle Revis se enfrentaram duas vezes ano passado e Revis dominou os dois confrontos. No entanto, esse ano, Moss levou a melhor sobre o cornerback do Jets, vencendo-o numa jogada longa para um touchdown espetacular e ainda viu Revis sair machucado na mesma jogada, e todos esperam um ótimo confrontos pra amanhã a noite. E terceiro, porque o Rex Ryan é um tremendo de um pentelho.

O Rex Ryan, técnico do Jets, é um excelente técnico, mas é um dos técnicos mais chatos e insuportaveis ao redor da Liga. Ele serviu de anos como coordenador defensivo do Ravens e foi responsável pelas defesas doentias que o Ravens teve ao longo da década, em especial a de 2000, que ganhou o Super Bowl mesmo tendo Trent Dilfer de quarterback. Ele é um gênio defensivo e sua habilidade pra montar defesas é, hoje, a melhor da NFL, melhor até que a do Bill Belichik (Não, o Ryan não é um técnico melhor que o Belichik, ele só é melhor armando defesas, fim). Mas ele tambem é um provocador, adora encher o saco dos adversários antes das partidas e de mexer com o lado psicológico dos adversários (Embora de uma forma muito menos sutil do que o Phil Jackson faça).

Depois que ano passado o Jets surpreendeu e foi pra final de conferência, onde Rex Ryan teve seu esquema defensivo completamente dissecado por Peyton Manning, Ryan se viu confiante o bastante pra declarar no começo da pré temporada que o Jets iria para o Super Bowl. Antes do jogo contra o Ravens, na primeira rodada, aproveitou para provocar o rival, o que rendeu uma reação de Ray Lewis, que jogou demais aquele jogo e o Ravens mostrou pro Jets que a defesa sobrevive mesmo sem seu coordenador defensivo. Depois, Ryan aproveitou pra cutucar o Patriots antes do duelo onde seu time saiu vitórioso com boa atuação de Mark Sanchez. Ou seja, o Rex Ryan adora dar uma cutucada e fazer de tudo pra desconcentrar os adversários antes de um jogo. Essa semana, saiu na imprensa uma possivel acusação de racismo contra Brett Favre. Só que o que é estranho é que essa acusação é de algo que teria ocorrido mais de dois anos atrás, quando Favre era quarterback do - adivinhe - New York Jets. Voces podem ter certeza de que essa acusação, independente de ser real ou fictícia, só apareceu agora porque o Rex Ryan quis assim. Nao foi de forma alguma uma coincidência o fato dessa denuncia ter aparecido logo antes do Jets enfrentar o Vikings, e tambem não estranharia se fosse algo totalmente inventado apenas pra desestabilizar o vovô.

Outra apimentada pro jogão foi uma declaração de Darrelle Revis dizendo que Randy Moss fez corpo mole no segundo tempo do jogo entre Patriots e Jets. Como eu ja disse, no primeiro tempo o Moss superou o Revis algumas vezes, principalmente para um touchdown longo, onde se machucou. No segundo tempo, Revis nao voltou e Moss foi marcado por Antonio Cromartie, onde foi totalmente anulado e nao tocou na bola. Claro, o Revis é outro tremendo mala e pode muito bem ter sido o jeito dele pra explicar porque ele levou na cabeça do Moss e o outro cornerback do Jets não, mas nao deixa de ser uma provocação explícita a um jogador que já teve criticas por fazer isso quando jogava no Raiders. Essa provocação pode ter partido do chato do Revis, mas é o reflexo do que o treinador do time implementa a cada partida: provocar o adversário e mexer com seu psicológico.

Revis e Ryan provocaram o Vikings, e é algo pra deixar ainda mais imperdivel o jogo de segunda feira. As reações a essas provocações do Ryan variam: Algums times sentem  o golpe (em geral times mais jovens) e outros usam isso como um motivacional, como foi o caso do Ravens. Moss e Favre são beeem experientes (33 anos e 41 respectivamente) e sabem lidar com essas coisas.  Mas ver como eles vão lidar dessa vez será interessante tambem porque o Jets vem numa ótima sequencia e o Vikings joga sob desconfiança. Ou seja, mais um elemento para deixar o jogo ainda mais divertido e interessante. Para nós que estaremos assistindo de casa, bem entendido, nao para o pobre do Shonne Greene que vai estar levando porradas de Linebackers com sangue nos olhos.


Palpites da rodada

Packers at Redskins
Santana Moss vai ser muito bem marcado por Charles Woodson e Aaron Rodgers está jogando muito, mas os Packers tiveram muitos problemas semana passada contra um Quarterback muito inferior a Donovan McNabb. Acredito numa vitória apertada do
Packers.

Rams at Lions
Os Rams tem jogado muito bem em semanas recentes com um Sam Bradford mostrando que é pra valer. Mas o Lions perdeu vários jogos apertados contra times fortes esse ano e acho que vai conseguir sua primeira vitória contra o Rams.

Bears at Panthers
Os Panthers tem um jogo terrestre bom e um jogo aéreo fraco. Os Bears tem uma fortissima defesa terrestre e uma fraca defesa aérea. Mas Todd Collins de quarterback é algo pra assustar os torcedores de Chicago, ainda mais que os esquemas do Mike Martz não são muito bons pra runningbacks correrem com a bola. Esse é meu palpite mais duro porque acho que esse jogo vai ser uma droga e decidido nos detalhes, mas fico com o Panthers.

Saints at Cardinals
Max Hall vai começar de quarterback pra Arizona e Drew Brees pro Saints. Preciso dizer mais?

 Eagles at 49ers
Os Eagles jogam sem Assante Samuel e Michael Vick, e Lesean McCoy provavelmente tambem ficará de fora. Os Niners jogam muito melhor em casa do que fora e virão babando pra nao começar 0-5 a temporada. Acredito numa vitória convincente do 49ers.

Titans at Cowboys
A defesa do Cowboys é forte e Chris Johnson ainda nao mostrou que é o mesmo corredor do ano passado, alternando jogos bons e ruins. A defesa aérea do Titans está forte, mas a terrestre está vulnerável, e o trio de running backs do Cowboys vai dar uma vitória apertada pro time.

Buccaneers at Bengals
Os Bucs foram um time muito divertido no começo do ano, começando 2-0 até levar uma surra de pau mole do Steelers. O Bengals vem numa sequencia dificil e um começo de ano com más atuações de Carson Palmer e Cedric Benson. Mesmo assim, o Bengals tem mais time e vai levar essa.

Giants at Texans
Eli Manning tem jogado muito mal e o Texans contará com a volta de Brian Cushing. Como ele voltará sem esteróides ainda é uma incognita, mas nao esperem que o Giants consiga 10 sacks contra o Texans. O time do Texas (qual será?) leva.

 Falcons at Browns
Falcons tem jogado um futebol muito consistente e ainda que Peyton Hillis tenha tido bons jogos, o ataque do Falcons é muito bom pro Browns.

 Broncos at Ravens
Não é pegadinha: Kyle Orton é o líder da NFL em jardas aéreas! Ainda assim, sem Knowshon Moreno o ataque do Broncos fica unidimensional demais, e Joe Flacco parece ter achado seu jogo. Ravens ganha.

 Chargers at Raiders
Os Raides não tem nenhum grande retornador como Dexter McCluster ou Leon Washington. Assim, o Chargers nao vai ceder 14 pontos de retorno e vai ganhar com um touchdown do Antonio Gates, como sempre.

 Jaguars at Bills
Eu disse antes da temporada começar que o Jaguars era um time que ninguem prestava atenção e quando ia ver tava melhor do que o esperado. Bom, eles estão 2-2 e pegam a tragédia que sao os Bills. Embora eu ache que nao vai ser um jogo facil pro Jaguars, eles conseguem evoluir pra 3-2.

 Chiefs at Colts
O Chiefs é o único time invicto na NFL e mostrou uma evolução muito grande da temporada passada pra essa. O Colts perdeu Melvin Bullitt e agora tem um buraco na posição de strong safety. Nao vai ser um jogo facil porque o Colts tem gravissimos problemas defensivos, mas acho que Peyton Manning nao vai tolerar uma segunda derrota seguida.

Vikings at Jets
Falei tudo que tinha pra falar no post de hoje, acho que Favre e Moss vao vir babando e que o Vikings e sua forte defesa terrestre vai segurar o Jets.