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sexta-feira, 11 de abril de 2014

Prêmios de final de temporada - versão NBA

Joakim Noah não acredita que ganhou dois prêmios no TMW


Eu sei que o blog anda parado, mas é por um bom - um ótimo - motivo. Estou me dedicando no momento a dois grandes projetos, que tem tomado todo meu tempo livre para o assunto. Esses dois grandes projetos devem pintar por aqui (e um deles no SpinballNet também) semana que vem, espero que no mais tardar. Mas enquanto isso, só para não deixar isso aqui totalmente morto, vou fazer uma versão mais curta de uma coluna que eu particularmente gosto: prêmios de final de temporada.

No caso, é para falar dos prêmios da NBA: MVP, Rookie of the Year, Most Improved Player, Sixth Man of the Year, Coach of the Year, e Defensive Player of the Year. Depois, aproveitando, os três times All-NBA para fechar. Vou tentar me alongar menos que de costume em cada um porque a idéia é fazer isso rápida e eficientemente. 


Most Valuable Player: Kevin Durant

Merecem consideração: Lebron James, Blake Griffin, Joakim Noah

Se você colocar uma arma na minha cabeça e me perguntar quem é o melhor jogador da NBA na atualidade, eu provavelmente ainda vou responder Lebron James. Ele é brutalmente eficiente, defende quatro posições, e é um dos jogadores mais completos a pisar em uma quadra de basquete - ele ainda tem uma certa vantagem sobre Kevin Durant. Cada vez menor, mas ainda uma vantagem.

Mas fato é que LeBron não foi um jogador melhor na temporada 2014 do que Kevin Durant. Jogando a força total, LeBron é o melhor dos dois, mas ele jogou poucas vezes assim em 2014 e regrediu em praticamente todos os fundamentos: seus rebotes e assistências caíram em quase 1 por jogo, sua defesa foi extremamente inconsistente o ano todo, seus números de roubos e tocos foram os piores da carreira, e seu turnover % o maior. Ele simplesmente não se dedicou constantemente essa temporada, e seu jogo decaiu. Não que eu culpe LeBron, claro - ele está vindo de dois títulos no qual jogou mais de 6000 minutos, jogou as Olimpiadas no que deveriam ser suas férias em 2012, e claramente sentiu o peso de tudo isso nos playoffs do ano passado. É natural que ele se poupe e aprenda a proteger seu corpo e seu fôlego para quando realmente importa. Não da para criticá-lo por isso.

Mas se estamos falando do melhor jogador de 2014, que é o que importa para o prêmio, isso deve ser levado em consideração. Em contraste, Durant jogou a força total a temporada inteira e teve que evoluir cada vez mais seu jogo  (principalmente sua defesa e seus passes) para levar o Thunder para frente sem Russell Westbrook, e ele teve uma temporada histórica assim: 32-7.5-5.5, 50-40-87 nos arremessos, recorde da era moderna da NBA para mais jogos consecutivos com 25 pontos ou mais, e teve 45 jogos de 30+ pontos (quinze a mais que o segundo colocado) e 13 de 40+ pontos (mais do que os números 2, 3 e 4 da NBA somados). Ele liderou a NBA em PER, WS e WS/48. E ele foi fantástico do começo ao fim, consistente como ninguém, e imparável sempre que quis ser. Quando pensar na temporada 2014 daqui a alguns anos, primeiro eu vou pensar em Kevin Durant. Para mim essa é a marca de um MVP. 


Rookie of the Year: Victor Oladipo

Merecem consideração: Michael Carter-Williams, Mason Plumlee, Trey Burke, Tim Hardaway

Sempre é difícil e contra-recomendado tirar conclusões sobre classes de draft com uma amostra tão pequena quanto um ano, mas nossa senhora, como essa classe foi ruim!! Apenas uma meia dúzia se salvou na temporada de calouro, as escolhas #1 e #3 tiveram Win Shares negativos, a #5 mal entrou em quadra, a #6 DE FATO não entrou em quadra, e só dois jogadores com pelo menos 700 minutos tiveram PER acima da média da liga (Plumlee e Carter-Williams). 

Entre todos esses, Oladipo foi para mim o que mais se salvou. Eu sei que é uma escolha impopular e que muita gente vai apontar os números superiores de MCW como prova de que ele deveria ter sido ROY. Me permitam fazer o caso por Oladipo em alguns pontos:

1. Uma das fontes dos números inflados de MCW (17-6-6 contra 14-4-4) é porque ele joga no time com maior ritmo, ou posses de bola por jogo, da NBA, enquanto o Magic de Oladipo joga em um ritmo mediano. Isso significa mais posses de bola e portanto mais jogadas para acumular estatísticas. Normalizando para o mesmo número de jogadas para ambos os jogadores, temos que a cada 100 jogadas MCW tem média de 20-7.5-7.5 e Oladipo tem médias de 20-6-6. Os números ainda são melhores? Claro. Mas não tanto.

2. Oladipo é um jogador ofensivo muito mais eficiente. Ele está arremessando 42% de quadra, 32% de 3PT e 78% da linha do lance livre. Em comparação, Michael Carter-Williams arremessa 40%-25%-69%. Oladipo não é um bom arremessador ou um jogador ofensivo eficiente, mas ele parece Steve Nash perto de MCW nesse quesito.

3. Oladipo é um jogador defensivo muito superior. Orlando é 6 pontos/100 posses pior na defesa sem Oladipo, e ele segura adversários a 0.77 pontos por posse em jogadas de pick and roll, e 0.81 em jogadas em geral. Enquanto isso, o Sixers é um time melhor defensivamente sem MCW em quadra. E por falar nisso...


4. Michael Carter-Williams é o segundo melhor jogador de um time que perdeu 26 jogos seguidos. Leia isso de novo.

5. Eu assisti muitos jogos desses dois times só para ver Oladipo e MCW jogarem, porque eu tenho uma fascinação por calouros. Acreditem: MCW foi só piorando conforme o tempo foi passando. Seus números chamam atenção porque ele tinha a bola nas mãos o tempo todo e total liberdade para fazer o que quisesse para um time que tentava perder o máximo possível. Ao longo do ano, MCW foi desenvolvendo todo tipo de habito ruim - saia de posição para tentar pegar rebotes, atacava linhas de passe em busca de roubos deixando a defesa totalmente aberta, tentava fazer a jogada mais chamativa ao invés da mais eficiente, e basicamente parecia que estava jogando My Player no PS3. Enquanto isso, Oladipo evoluiu ao longo do ano em uma força dos dois lados da quadra, jogando excelente defesa e cumprindo qualquer função que o Magic exigia dele: jogar em três posições, armar o jogo, defender jogadores maiores, etc. Ele dava ao seu time uma chance melhor de vencer a cada jogo.

E é por isso que eu prefiro de longe Oladipo a MCW ou qualquer outro calouro dessa classe no momento. Ele não é um produto finalizado, mas causa maior impacto dos dois lados da quadra e é o único jogador dessa classe que me parece um futuro All-Star mesmo se nunca atingir seu potencial. Eu sei que é uma escolha impopular, mas eu não tenho a menor dúvida.


Coach of the Year: Jeff Hornacek

Merecem consideração: Greg Popovich, Terry Stotts, Dwayne Caasey, Tom Thibodeau, Steve Clifford, Rick Carlisle, Doc Rivers, Mike Budenholzer

Caso você ainda não tenha reparado pelos 12 apóstolos nas menções honrosas, deixa eu deixar isso bem claro: esse foi um ano sensacional do ponto de vista dos técnicos, e esse prêmio poderia ir para um enorme número de pessoas diferentes e ainda estar em boas mãos. Eu não vou desperdiçar seu tempo falando do que cada um desses caras fez para merecer estar nas considerações para o prêmio, mas tivemos todos os tipos de trabalhos, em todos os tipos de times, e todos eles merecem ser lembrados.

Meu voto vai para Hornacek por um simples motivo: sete meses atrás, todo mundo tinha certeza de que o Suns iria brigar pelas primeiras posições do draft. Só um jogador dos seus sete principais (Goran Dragic) começou mais de 45 jogos em 2013, eles trocaram seu segundo melhor jogador (Marcin Gortat) por uma escolha de draft, e era esperado que fossem usar todo tipo de jogador aleatório (Miles Plumlee, PJ Tucker, etc) ou refugo (Channing Frye, Gerald Green) por tempo demais para dar certo, além da experiência com dois armadores (Dragic e Bledsoe) que não tinha como dar certo. Dai o time começou a ganhar, a dupla Bledsoe-Dragic destruiu todo mundo no seu caminho, Dragic evoluiu em um dos melhores armadores do mundo, tudo se encaixou, e hoje eles estão prestes a se classificar para os playoffs em um Oeste historicamente competitivo. De segundo pior time da pré temporada para 9th em eficiência na temporada, o que o Suns fez essa temporada foi impressionante, e Hornacek merece grande parte dos créditos. Trabalho inacreditável.


Most Improved Player: Gerald Green

Merecem consideração: DeAndre Jordan, DeMar DeRozan, Taj Gibson, James Johnson, Lance Stephenson

Esse é um prêmio difícil, porque "Most Improved" é muito subjetivo e abrangente, e assim como no caso do MVP, não tem um critério único. Muitos jogadores melhoram seus números de forma impressionante, mas as vezes não é o jogador que melhorou, ele só ganhou mais minutos e um papel maior na equipe. As vezes votam em um jogador jovem, como Anthony Davis, que mostrou grande evolução, mas também não gosto - não é ESPERADO que esse tipo de jogador (jovem, escolhido no topo do draft apenas um ano antes) evolua nesse ritmo? Então é difícil padronizar, e cada um tem seu critério. Eu evito tanto evoluções esperadas (ex-Top5 picks nos seus primeiros anos, jogadores nos dois primeiros, etc) como jogadores iguais que ganharam um papel melhor.

Por isso Gerald Green. Pra quem não lembra, ele passou dois anos e meio jogando na Russia sem espaço na NBA, antes de voltar, fazer isso aqui e brilhar em alguns jogos irrelevantes de final de temporada pelo Nets. Ele imediatamente foi para o Pacers como o jogador energético para vir do banco e mudar o jogo, mas foi um imenso fiasco e logo foi chutado para Phoenix (junto com Miles Plumlee e uma escolha de primeira rodada) por Luis Scola. Dai, assim como todo o time do Suns, ele explodiu essa temporada: está anotando 16 pontos por jogo em apenas 28 minutos, chutando 40% de três pontos, e sendo tudo que o Pacers esperava dele ano passado. 

Não são apenas nos números, no entanto - é como ele tem feito. 40% de 3PT é impressionante para qualquer jogador, mas agora ele não tem sido apenas um cara que fica esperando a bola. Ele está criando seu próprio arremesso, chutando 41.1% em pull-up 3PT, e com ridículos 46% de aproveitamento nas bolas de três da zona morta. E agora ele tem aproveitado essa eficiência ridícula para colocar sua habilidade atlética em uso, atraindo closeouts e atacando os espaços deixados pelos adversários que tentam tirar sua bola longa, usando sua incrível habilidade física para atacar o aro (65% na área restrita) e cavar faltas (2.8 FT por jogo, de longe a melhor marca da carreira). Ele sempre teve as ferramentas, mas agora parece ter finalmente descoberto como usá-las.

Pelo ridículo salto em produção e evolução no jogo, sem falar que fez isso DOIS ANOS depois de ter estado fora da NBA, ele ganha o meu prêmio de MIP.


6th Man of the Year: Taj Gibson

Merecem consideração: Jamal Crawford, Markieff Morris, Marco Belineli, Vince Carter

Taj Gibson fez muitos avanços em 2014 e merecia consideração para o MIP, mas como não levou, tem que se contentar com esse aqui. Ele sempre foi um dos melhores defensores de pick and roll da NBA, mas o que fez dele o vencedor desse prêmio dessa vez foi seu ataque. Gibson sempre insistiu muito no seu arremesso de meia distância, mas esse ano ele começou a acertar - o aproveitamento pulou de 32% para 39%. Ele também funciona muito bem em sincronia com Joakim Noah, cortando muito bem para a cesta e fazendo uma ótima combinação high-low com o francês. Ele não é exatamente Tim Duncan no ataque, mas agora é um ativo.

A evolução de Gibson foi tanta que Carlos Boozer desapareceu quase por completo da rotação do Bulls no quarto período - Thibodeau se sente totalmente confortável mantendo Gibson lá, com uma enorme melhora defensiva mas sem agora precisar sacrificar tanto no ataque. Ele manteve o forte do seu jogo, assumiu uma responsabilidade maior no ataque, e aumentou sua eficiência como nunca, e foi talvez o segundo melhor jogador do Bulls nessa arrancada final.


Defensive Player of the Year: Joakim Noah

Merecem consideração: Roy Hibbert, Tim Duncan, Andre Iguodala, Andrew Bogut, Dwight Howard

Em termos puros, talvez Hibbert seja o jogador de maior impacto defensivo na NBA hoje. Ele segura adversários a 41.5% de aproveitamento perto da cesta - de longe a melhor marca da NBA - e, por bem ou por mal, é o principal defensor da defesa #1 da temporada. 

Mas Hibbert tem caído vertiginosamente nas últimas semanas (junto com todo o time do Pacers), o que dificulta sua candidatura. Ele ainda tem sido um monstro defendendo o aro, mas ele tem passado cada vez menos tempo perto do aro fazendo esse papel - tem saído cada vez mais de posição, tentando atacar quem tem a bola longe da cesta, e isso obviamente prejudica a sua defesa e do time. Ele tem sido ruim o suficiente para abrir a porta para outro jogador levar o troféu.

E não é como se Noah não tivesse as credências para isso. Ele é o pilar defensivo E o melhor jogador da segunda melhor defesa da NBA. Sua defesa não é o mesmo estilo "montanha de braços levantados na frente do aro", é uma defesa muito mais móvel, hiperativa que está em todos os lugares fazendo tudo o tempo todo. Ele ataca quem tem a bola, faz a blitz em arremessadores, corta linha de passes e ainda consegue voltar para defender o aro. Ele força turnovers em quase 9% das posses que defende, e segura adversários a um PPP (ponto por posse) de 0.73 em jogadas de pick and roll - 14th melhor marca da NBA. E ele esteve pegando fogo desde que a temporada começou a entrar na reta decisiva, sendo que essa defesa hipermaníaca é o principal motivo pelo qual o Bulls se tornou um time surpreendentemente assustador mesmo depois de perder Rose e Deng. Sua defesa é mais completa e consistente que a de Hibbert, e a má fase do pivô do Pacers deixa aberta a disputa o suficiente para Noah levar o prêmio.


First, Second e Third All-NBA Teams


Para quem não lembra ou não sabe, os All-NBA Teams funcionam assim: São três times, cada um com cinco vagas. Dois guards, dois forwards, e um Center. Não importa a posição específica (se é PG ou SG, ou se é SF ou PF), mas precisa obedecer a essa proporção de 2-2-1. Geralmente essa é a que envolve mais reclamações, mas tentem entender que os espaços no time são limitados. Um jogador não aparecer aqui não quer dizer que ele é um lixo, só que tem jogadores a mais para espaços de menos.

First Team All-NBA: Steph Curry, James Harden, LeBron James, Kevin Durant, Joakim Noah
Second Team All-NBA: Chris Paul, Goran Dragic, Blake Griffin, Kevin Love, Dwight Howard
Third Team All-NBA: Kyle Lowry, Mike Conley, Dirk Nowitzki, Paul George, Tim Duncan

Explicações agrupadas para facilitar a vida:

Guards: Harden tem que ser 1st Team All-NBA depois desse final alucinante de temporada que teve,  finalmente se restabelecendo como o melhor SG da NBA agora livre de lesões, e a dúvida era quem iria ocupar a outra vaga. Fiquei com Curry porque Paul perdeu quase 20 jogos machucado, porque Curry teve um impacto dentro/fora de campo maior do que quase qualquer jogador da NBA, e porque  a verdade é que o Clippers decolou de vez quando Blake Griffin assumiu o papel de Alpha Dog do time (se CP3 não tivesse machucado, provavelmente estaria no 1st Team). Dragic foi o terceiro melhor PG da temporada, então fica junto de CP3.

Para o terceiro time, era uma disputa entre quatro jogadores: Kyle Lowry, John Wall, Tony Parker e  Mike Conley. Fiquei com Conley (por ser o melhor PG defensivo entre os de elite e por sua estabilidade., e seus números não são tão bons a primeira vistaem parte porque o Griz é o time com menos posses da NBA) e Lowry (mais estável e mais sólido que o volúvel mas explosivo Wall), mas qualquer combinação estaria de bom tamanho. Parker foi a omissão mais difícil porque o nível de dificuldade de conduzir o ataque do Spurs é imenso, mas ele perdeu quase 15 jogos, jogou menos de 30 minutos e não teve um encargo jogo-a-jogo tão grande quanto Lowry e Conley.

Forwards: Essa é muito fácil no começo e muito difícil no fim. Durant, Lebron e Griffin são 1-2-3 (ou 1-2-4) na minha votação para HR, então é fácil encaixar os três primeiros forwards. Love também me parece que merece o lugar no segundo time, seus números foram espetaculares (26-13-4, com 46-38-82 nos arremessos) e o Wolves teve um bom saldo de pontos apesar de tudo. Dirk também não pode faltar nesse time, ainda que caia para o 3rd: um dos jogadores mais underrateds de 2014, Dirk é o pilar central de um ataque que conta com Monta Ellis, Vince Carter, Shawn Marion e Sam Dalambert e consegue ser o terceiro melhor da NBA. E a chave para tudo isso é  a consistência e eficiência de Nowitzki, com seus 22 pontos, 50-40-90 nos arremessos e mágica de meia distância e de costas para a cesta (ele está chutando 50% de meia distância, um número impossível e acho que proibido).

Ai começa o problema, pois só sobra uma vaga para escolher um de Anthony Davis, Paul George, Carmelo Anthony, LaMarcus Aldridge e Josh Smith (o último é mentira). Depois de muita consideração e diversas mudanças de opinião, acabei ficando com George por muito pouco. Ele tem jogado mal na reta final de temporada, mas ele é o melhor jogador de uma Top2 seed e ainda tem bons números agregados na temporada, especialmente se ajustarmos para o ritmo extremamente lento da equipe. Os números de Carmelo são um pouco superiors ofensivamente ajustando por ritmo, mas George compensa na defesa e sendo a estrela de um time superior, e tanto Aldridge como Davis perderam mais tempo com lesões. Isso não quer dizer que George é o melhor desses todos, só que é quem, na soma de todos os fatores, teve o melhor 2014, na minha opinião.

Centers: Joakim Noah, para mim, é um no-brainer para 1st Team: ele ganhou meu voto como DPOY, e mais importante, ele tem feito ofensivamente algo que não vemos desde... Bill Walton? TODO o ataque do Bulls passa por Noah, e depende totalmente da sua capacidade de fazer passes e armar o jogo do topo do garrafão. E ele faz isso a perfeição: ele tem quase SETE assistências por jogo desde Fevereiro, com menos de três turnovers, números históricos para um pivô. Nenhum pivô tem importância maior para seu time, e Noah é o que faz do Bulls um time perigoso.  Dwight também me pareceu uma escolha fácil para segundo time, sua melhor temporada desde seu auge em Orlando, dos dois lados da quadra.

Para finalizar, a última vaga ficou entre Al Jefferson (uma máquina ofensiva no post nessa temporada e o pilar do ataque do Bobcats) e Tim Duncan (um jogador muito melhor e mais completo, mas que joga menos minutos e menos jogos). Fiquei com Tim Duncan pelo seu impacto mais all-around, defesa fora de série, incrível consistência... e porque concordo com o Bill Simmons de que não da para não ter um cara do Spurs nesses times. San Antonio é o melhor time dessa temporada regular, e algum jogador precisa representar essa excelência. E Duncan ainda é o melhor e mais importante jogador do Spurs. 


Comentem, critiquem, deem os votos de vocês, perguntem, façam o que quiserem nos comentários. Só mantenham a educação.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Primeira impressão nem sempre é a que fica

 Sei que é dificil perceber sem a faixa na cabeça, mas esse é o Rajon Rondo 

Ontem comecou a temporada 2010/2011 da NBA, e comecou em grande estilo: Boston Celtics e seu Big Three das antigas, mais Rajon Rondo e Shaquille O`Neal, recebeu em Boston a sensacao do verao, Miami Heat e seu Big Three 2.0. Era o primeiro jogo da temporada, os times ainda estao aquecendo, mas mesmo assim era um jogo que ninguem deveria ter perdido. Foi uma partida dificil, com boas defesas, ataques desentrosados e turnovers, muitos turnovers.

Enquanto de um lado tinhamos o Heat, jovem, renovado, comecando a primeira de muitas caminhadas pra tentar um titulo, mas pela primeira vez jogando junto (Dwyane Wade nao jogou a pre temporada, machucado), do outro tinhamos os Celtics, velhos, cansados, tentando um ultimo folego rumo a um titulo, mas com o entrosamento que ja vem faz algum tempo e com uma das jovens estrelas da Liga(em grau menor do que os superstars do Heat, claro), Rajon Rondo, comandando a festa. O jogo nao e um bom parametro pro resto da temporada, afinal os times vao ter mais 81 jogos pra fazer ajustes no ataque, na defesa, na rotacao, vao ter a volta de jogadores machucados, etc. Por isso e muito dificil falar sobre como sera o ano. Mesmo assim, posso falar sobre o que eu vi ontem e o que eu espero que mude (ou continue) na sequencia desses dois candidatos ao titulo.

O jogo começou com os jogadores um pouco nervosos, com muitos turnovers e faltas de ataque. A defesa do Boston entrou com um esquema eficiente de help defense (Parecido com o esquema que parou Lebron James nos playoffs passados) em cima do Big Three: Quando um deles pegava na bola, sempre havia um jogador marcando em cima e um jogador na sobra. Muitas vezes pudemos ver Carlos Arroyo e Joel Anthony livres com Rondo ou Shaq ficando mais próximos do jogador com a bola pra fechar seu caminho para a cesta. O time do Heat mostrou que esta bem desentrosado, Wade e Lebron bateram cabecas e o time cometeu muitos turnovers. Foi quando o Boston comecou a tomar conta do jogo. Rajon Rondo colocou a bola embaixo do braço e começou a partir pra cima, infliltrou muito bem e desmontou o sistema defensivo bem montado do Miami Heat e distribuiu muito bem o jogo, jogadas proximas a cesta pro Shaq, bolas longas pra Paul Pierce e Ray Allen, etc. A defesa bem fechada do Boston e o ataque eficiente e cadenciado nas maos de Rondo fez o Boston abrir o placar e segurar o temido ataque do Heat a apenas nove pontos no primeiro quarto. No segundo quarto o padrão continuou o mesmo, e embora o Heat tenha se soltado mais ofensivamente (foram 21 pontos no quarto) o Boston ampliou a vantagem em contra ataques fulminantes. O trio principal do Heat pouco fez e cometeu oito disperdicios de bola.

No segundo tempo, o padrão mudou um pouco. O Miami Heat se fechou mais na defesa e começou a jogar nos contra ataques, se aproveitando de uma defesa agressiva e de uma afobação no ataque de Boston. Lebron liderou contra ataques, distribuiu o jogo e chutou bastante - e bem - de meia e longa distancia pra causar panico na defesa de Boston. O ataque do Boston tentou devolver na correria, o que rendeu mais turnovers e rebotes longos, que pegavam a defesa do Boston desmontada e permitiam cestas faceis, até mesmo dos coadjuvantes, ja que a rotação nao tinha tempo de se acertar. Curiosamente, o melhor momento do Heat aconteceu quando só Lebron estava em quadra e jogando de armador junto com Udonis Haslem, Zydrunas (?) Ilgauskas, Eddie House e James Jones, e Chris Bosh e Wade descansavam no banco. Como disse o Bola Presa no twitter, parece que o Lebron joga melhor quando só tem lixo do lado. Esse melhor momento tambem aconteceu quando Shaq e Kevin Garnett estavam no banco e Glen Davis e Jermaine O'Neal estavam em quadra, dois que nao conseguiram criar o próprio arremesso bem. Pierce, que vinha fazendo um bom trabalho marcando Lebron, saiu contundido depois de uma falta em Lebron - que alias deveria ter sido de ataque- numa trombada em contra ataque do Heat, e Marquis Daniels teve problemas pra marcar o MVP da temporada passada. Pra piorar, Rondo estava sofrendo uma marcação semelhante à que o Boston impôs às estrelas do Heat no começo do jogo, o que limitava sua penetração. Com Lebron marcando 15 pontos no quarto, o Miami Heat diminuiu a diferença - que tinha sido de 15 no intervalo - para seis pontos, e parecia que a coisa iria virar de vez.

A diferença poderia ter caido pra tres pontos numa bola de tres de Eddie House no começo do quarto periodo, mas a jogada havia sido parada por falta de Ilgauskas. Foi quando apareceram duas pessoas pro Boston: Kevin Garnett e Paul Pierce. O Heat tirou a diferença para apenas quatro pontos, mas Paul Pierce respondeu com quatro tentativas de bolas de tres: Duas cairam, uma errou e a outra cavou uma falta, lances livres que Pierce converteu. Garnett mostrou que apesar de seu fisico nao ser o mesmo dos tempos de Wolves ele ainda tem uma precisão impressionante, sendo acionado algumas vezes na cabeça do garrafão por Rondo com o relogio estourando, e acertando todas. O Heat esboçou outra reação nos segundos finais, mas uma bola de tres de Ray Allen da zona morta, seguida de dois lances livres convertidos por Paul Pierce, colocaram um ponto final no jogo.

O Boston lembrou bastante o time da temporada regular de 2009/10: Uma defesa forte, um bom primeiro tempo, mas caindo de produção no segundo tempo, tendo dificuldades pra produzir no ataque, cedendo contra ataques e tendo que salvar sua vitória no final. Rondo jogou demais, teve 17 assistencias e 5 rebotes (e só 4 pontos, Jason Kidd ficaria orgulhoso) e liderou o time do Boston. Ray Allen foi o cestinha do time com 20 pontos e acertando 5 de 8 bolas de tres pontos, seguido por Pierce com seus 19 em 3-4 de tres pontos. Kevin Garnett terminou com um double double de 10 pontos e 10 rebotes e apesar de ter jogado pouco, gostei do que vi do Shaq: Ele está mais magro que ano passado, mais ágil e sendo uma presença no garrafão que, enquanto esteve em quadra com KG, acabou com o fragil garrafão do Heat, terminando com 9 pontos e 7 rebotes em apenas 18 minutos. O banco entrou bem, com 26 pontos, e parece estar no caminho certo.

Ja o time do Heat teve mais problemas do que soluções, embora eu seja obrigado a reafirmar que esse foi apenas o primeiro jogo do time, que o time está desentrosado ja que acabou de se juntar e com Wade perdendo a pré temporada, e que com certeza o técnico Eric Spolestra vai ter muito o que ajustar no time ao longo da temporada pra chegar no ponto certo. Mas o que se viu essa noite (repito, UM JOGO, o primeiro jogo!) foi um ataque de meia quadra muito fraco, sem criação nem movimentação de bola, baseado principalmente nas jogadas individuais do Big Three com um ou dois pick and rolls que nao deram em nada. Os tres astros bateram cabeça no ataque, parecia que os tres buscavam ter a bola pra produzir, mas infelizmente acho que o David Stern nao deve ter permitido um time com tres bolas em quadra. O time melhorou muito no segundo tempo, quando passou a controlar melhor a bola e fechar as infiltrações de Rondo, o que como ja disse resultou em varios arremessos longos e turnovers, que Lebron aproveitou nos contra ataques pra ou finalizar na transição ou achar um companheiro livre na defesa bagunçada que se montava nos contra ataques. Tambem ajudou o momento que Lebron teve a bola na mão com dois arremessadores no perimetro (House e Jones) e dois grandalhoes capazes de arremessar de meia distancia (Ilgauskas e Haslem), o que gerava mais espaço pra infiltração e, quando o time fechava, abria um pouco mais pras bolas mais longas, se beneficiando sempre de defesas desmontadas pela velocidade do ataque. Mas ainda assim o time sofreu muita dificuldade para produzir, chutou apenas 36,5% da quadra, e o time teve apenas 15 assistencias no jogo todo - Rondo sozinho teve 17. A favor de Wade, estava muito claro que ele jogou sem ritmo de jogo e abaixo do seu melhor, seu jogo foi fraco (13 pontos, 6 assistencias e 6 turnovers) e ele nao se entendeu com Lebron. Tambem se deve dar créditos à forte defesa do Celtics, que nao deixou os dois trocarem passes faceis e fechou com muita eficiente a infiltração, forçando o time a chutar de longe. Lebron terminou com 31 pontos e 8 turnovers.

Uma coisa que chamou minha atençao no Heat, contudo, foi o garrafão fragil. Bosh teve apenas oito pontos e jogou bastante mal, e o Boston foi absolutamente dominante no garrafão, principalmente quando KG e Shaq estava em quadra. O Heat nao tinha quem pontuasse ali, e embora a defesa do Celtics la dentro tenha sido excepcional, fez muita falta alguem capaz de pontuar ali dentro: Bosh nao conseguiu fazer nada la dentro e saia o tempo todo pra tentar infiltrar, sem sucesso. Anthony a gente descarta. Haslem fez seus oito pontos e jogou bem, mas quase todos em arremessos de media distancia. O Boston teve 38 pontos no garrafão, contra 24 do Heat. E nesse caso, realmente é um problema com o elenco, o time nao tem nenhum pivô decente e vai acabar sendo obrigado a jogar com Bosh e Haslem varias partidas, sendo eles dois jogadores que pontuam muito melhor de fora do garrafão, seja arremessando ou infiltrando, e vai ter problemas contra equipes com pivôs fortes.

As duas equipes voltam a quadra hoje, Boston vai até Cleveland e o Heat recebe os Sixers. O Heat vai ter muito tempo pra se entrosar, os talentos individuais sao excepcionais, o Leste é muito menos disputado que o Oeste e Mike Miller ainda tem que voltar de lesão. Portanto, não ha razão (por hora) pra acreditar que vimos o melhor do Heat, o time terá muito espaço e condiçoes de evoluir muito ao longo do ano, tanto entrosando como corrigindo os detalhes que escondem as fraquezas do time. Na minha opinião o time precisa determinar melhor a movimentação do Big Three e jogar com Arroyo no time titular nao vai dar, vale muito mais a pena botar alguem que chute de tres. Vamos ver hoje como o time se comporta contra um time inferior que gosta de jogar no contra ataque, o Sixers. Se o Heat conseguir fechar os contra ataques, aproveitar bem a posse de bola e forçar o Sixers a jogar um jogo de meia quadra, deve vencer sem maiores dificuldades. O interessante do jogo mesmo vai ser ver as modificações que o Heat vai fazer entre um jogo e outro.


Desculpem pelo post tarde, só agora cheguei em casa. Só pra avisar, amanha eu vou viajar, e portanto essa semana a postagem será mais escassa. Amanha e sexta eu devo postar o resumo da semana em duas partes (Ja estao prontas) e sabado nao postarei nada. Domingo eu volto e retomo a programação normal.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vai começar a NBA!

Kobe está confuso tentando entender esse post

Pois é, como eu ja disse e nunca vou me cansar de repetir, ACABOU A PRÉ TEMPORADA DA NBA!! Tudo bem, eu não levo a sério, nao assisto, mas nao da pra negar que a pré temporada não é tão inutil assim. Alguns times usam pra testar calouros, alguns pra testar formações, outros absolutamente não levam a sério e portanto nao adianta nem assistir suas partidas. Ainda assim, ela fornece algumas informações interessantes. E fornece alguns dados, talvez importantes, talvez nem tanto. Mas eles fornecem algumas análises divertidas.

O post de hoje ficou exageradamente grande, por isso eu acabei dividindo em duas partes. A primeira é essa aqui, a segunda eu postarei ainda hoje. Da pra ler em partes facil, afinal ficou bem subdividido, mas achei que ficou grande demais pra um post só e preferi dividir. A ideia nesses posts é simples: Primeiro vou botar e analisar alguns dados dessa pré temporada, brincar um pouco com eles. Depois, analisar os dados individuais e coletivos de times que tiveram algum tipo de mudança ou reformulação importante (O Jordan Farmar saindo do Lakers não é uma delas, por exemplo). E me divertir enquanto faço isso, espero que voces tambem achem interessante.

Pra começar, vamos dar uma olhada nos times e nos records finais de cada um:

Eastern Conference:
Orlando Magic: 7-0
Boston Celtics: 7-1
Cleveland Cavaliers: 6-2
Chicago Bulls: 4-4
Charlotte Bobcats: 4-4
Toronto Raptors: 4-4
Washington Wizards: 3-4
Miami Heat: 3-4
Indiana Pacers: 3-4
Detroit Pistons: 3-5
New York Knicks: 3-5
Milwaukee Bucks: 3-5
New Jersey Nets: 3-5
Philadelphia 76ers: 2-5
Atlanta Hawks: 2-5

Western Conference:
Utah Jazz: 8-0
Memphis Grizzlies: 8-0
Minnesota Timberwolves: 6-2
Denver Nuggets: 5-3
Oklahoma City Thunder: 4-3
San Antonio Spurs: 4-3
Los Angeles Lakers: 4-4
Dallas Mavericks: 4-4
Houston Rockets: 4-4
Portland Trailblazers: 3-4
Sacramento Kings: 3-4
Golden State Warriors: 3-5
Phoenix Suns: 2-6
Los Angeles Clippers: 1-7
New Orleans Hornets: 1-7

Tudo bem, isso é inutil e não quer dizer nada, o Heat 3-4 e o Cavs 6-2 não quer dizer que o Cavs esteja mais proximo de ganhar um titulo que o Heat, como o Dan Gilbert sonha. Magic, Grizzlies e Jazz foram os invictos, e nenhum time conseguiu perder todas. Sim, falei o obvio e realmente nao tem muito o que analisar desses dados ai. Os dados indivuais são mais interessantes, portanto vamos a eles (Nessas listas só figuram jogadores que disputaram pelo menos 75% das partidas do seu time.).

Melhores pontuadores
Os melhores pontuadores da pré temporada foram os seguintes:
Em primeiro lugar, Amare Stoudamire, com 25.7 pontos por jogo (ppg) em 27.1 minutos por jogo (mpg).
Em segundo, Lebron James. Foram 24.2 ppg em 27 mpg
Terceiro lugar ficou Monta Ellis, 21.1 ppg e 34.6 mpg (Catapultados por um jogo de 53 minutos e 41 pts na ultima semana)
Em quarto, Arron Afflalo, 20.4 ppg e 35.2 mpg.
E em quinto Brook Lopez, 20.3 ppg em 30.1 mpg.

Normalizando pelo numero de minutos, temos que o melhor pontuador da pré temporada foi ainda Amare Stoudamire (0.948 pontos por minuto, ou ppm), e em segundo tambem ficou Lebron com (0.896 ppm). A surpresa fica com o terceiro colocado: Kevin Martin, 0.748 ppm. O quarto foi Kevin Love, com 0.713 ppm e em quinto Vince Carter com 0.710 ppm. Do Knicks, do Heat e dos Wolves eu vou falar mais no próximo post.

Quanto aos outros jogadores que apareceram ai, o Afflalo tem uma media de pontos por minutos muito baixa e só aparece entre os maiores pontuadores porque joga tempo pra cacete mesmo. O Lopez aparece em sexto em ppm e deve dividir com o Devin Harris de novo o papel de maior pontuador do time. O Vince Carter até agora tem feito o que foi contratado pra fazer, pontuar pra cacete principalmente no final das partidas. E o Kevin Martin é um dos melhores pontuadores da NBA, chuta bem de tres, infiltra muito bem e é ótimo cavando faltas, com certeza vai ser o lider ofensivo de um Houston Rockets que tem um esquema de compartilhar bastante a bola e com o Yao Ming limitado a 24 minutos por jogo.

Melhores reboteiros
Em numeros absolutos, quem leva pra casa essa disputa é o calouro Blake Griffin, com 12.3 rebotes de media tendo 29.5 em media de minutos. Temos em segundo Dwight Howard com 11.7 rebotes por jogo (rpg) em 26.4 mpg, depois Lamar Odom em terceiro (10.7 rpg, 31.8 mpg), Kevin Love aparece denovo em quarto com 10.6 rpg em 24.9 mpg. David Lee ( 10.2 rpg, 30.9 mpg) fecha o grupo dos cinco melhores. Normalizando por minutos, Howard é o primeiro, Griffin o segundo, Tim Duncan o terceiro e Kevin Love o quarto. Merece destaque tambem o calouro Demarcus Cousins, com 8 rebotes por jogo em 25.9 minutos.

Nenhum segredo aqui, Howard e Duncan tem fama de serem excelentes reboteiros (e de mais uma paulada de coisas, mas tamos falando de rebotes agora) e o Kevin Love, que vinha tendo minutos bizarros por causa do time onde ele joga, é um reboteiro absurdo que com certeza vai ter uma media de duplos duplos no ano. Griffin tinha fama de ser um excelente reboteiro na faculdade e está mostrando que realmente é pra valer.

Melhores passadores
Os cinco melhores passadores da NBA tiveram uma presença bastante interessante. Em primeiro lugar, pra surpresa de ninguem, foi Chris Paul, 8.4 assistencias por jogo (apg) em 28.3 mpg. Em segundo, ficou o calouro John Wall! Foram 7.9 apg em 35.4 mpg. Tudo bem, Wall jogou muitos minutos e em termos de assistencias por minutos com certeza ele vai cair muito na lista (Do top5 ele foi o unico com mais de 30 mpg), mas pra um calouro está muito bom. Em terceiro temos Rajon Rondo (7.7 apg, 26.3 mpg), em quarto Steve Nash (7 apg, 22.6 mpg), até aqui nenhuma grande surpresa. Em quinto está nossa surpresa, Raymond Felton! Foram 6 apg (Sim, incrivel como cai aqui) e 28 mpg. Aposto o que voces quiserem que 5 apg em media foram pro Stoudamire! Mesmo assim, é um progresso pra um armador que nunca se destacou por assistencias. Normalizando por minutos Wall e Felton saem do top 5 pra darem lugar a Jameer Nelson e Russell Westbrook, dois jogadores que tem liberdade pra infiltrar, armar e deixar jogadores em condições apenas de finalizar. (Como só jogou cinco jogos ele ficou de fora dessa lista, mas merece menção honrosa o Baron Davis e suas 7.2 apg. Davis pareceu bem confortavel criando pra um time com boas peças de finalização, em especial Griffin)

Seção especial: Calouros
A pré temporada é a segunda (Summer League) e ultima chance dos times avaliarem seus calouros antes do começo da temporada regular, então os numeros dos calouros realmente tem um valor maior do que o resto. Portanto vamos ver quem tem se destacado até aqui (Lembrando: ppg = pontos por jogo, apg = assistencias por jogo, rpg = rebotes por jogo e mpg = minutos por jogo)

John Wall: 7 jogos - 15.7 ppg - 7.9 apg - 2.6 rpg - 35.4 mpg

Blake Griffin: 6 jogos - 17.3 ppg - 1.7 apg - 12.3 rpg - 29.5 mpg

Demarcus Cousins: 7 jogos - 14.3 ppg - 0.7 apg - 8 rpg - 25.9 mpg

Jordan Crawford: 6 jogos - 13.8 ppg - 3.2 apg - 2.8 rpg - 31.6 mpg

Evan Turner: 7 jogos - 7.7 ppg - 3.7 apg - 5.9 rpg - 29 mpg

Esses cinco foram os calouros de mais destaque na pré temporada. John Wall e Blake Griffin parecem ser até aqui os dois que vão disputar até o final o prêmio de calouro do ano, e vai ser uma das disputas mais interessantes dos ultimos tempos. Os dois tem cara de estrelas e tem tudo pra serem os principais jogadores dos seus times. Griffin parece ser um monstro dos double doubles e é um jogador bastante completo ofensivamente. Tem tudo pra ter medias proximas das que teve na pré temporada. Ja Wall deve sofrer um pouco mais, afinal jogou muito mais tempo que qualquer outro calouro por jogo, mas ja mostrou muito talento nas Summer Leagues (Foi MVP em Las Vegas) e realmente tem muita velocidade, infiltra muito bem e tem boa visão de jogo. Resta ver como ele vai jogar do lado do Gilbert Arenas, que costuma jogar com a bola na mão.

Correndo por fora tem o Demarcus Cousins. Cousins era apontado como uma aposta de risco, que tinha problemas extra-campo, não lidava bem com críticas e tinha problemas de adaptação, mas está jogando muito bem até agora, foi lider em Las Vegas em rebotes e com a contusão do pivô Samuel Dalambert deve sair jogando de cara e aprender na marra. Tem talento e é bem atlético, eu acho que vai ser um belo jogador e um ótimo complemento pro Tyreke Evans de dentro do garrafão.

Jordan Crawford é uma cópia do Jamal Crawford até no nome. Nao se destaca por fazer nada alem de pontuar, o que tem feito bem. Com Wall mandando assistencias e Griffin pegando rebotes até no banco, duvido que ele tenha chances de ser calouro do ano, mas pode ocupar o lugar do Jamal no Hawks e liberar o SG pra uma possivel troca, alias um boato que tem pipocado bastante até aqui.

E por fim, Evan Turner, a segunda escolha do Draft. Turner foi muito mal na Summer League de Las Vegas e nao tem sido muito melhor na pré temporada. Parece ser daqueles que faz tudo bem sem dominar nada: Teve bons numeros em assistencias e rebotes mesmo disputando com Andre Iguodala e Jrue Holliday, que tiveram bons minutos, mas Turner teve algum problemas com pontuação. Precisa melhorar um pouco no ataque, mas deve aprender apanhando tambem.

Aposto em Wall e Griffin disputando até o fim o prêmio, com Griffin levando a melhor. Os dois são muito bons, vão ser estrelas na Liga e não duvido ver algum deles no All Star Game.

Mais tarde trago a segunda parte, onde falo dos times. Ainda hoje, não percam.