A temporada regular da NFL começou há quase 1 mês, e, depois das 3 primeiras rodadas, apenas 3 times se mantiveram invictos. Um desses times é o surpreendente Kansas City Chiefs, que, depois de uma campanha pífia na temporada 09/10 (4-12, depois de uma campanha de 2-14 na temporada 08/09), o time começa com 3 vitórias em 3 excelentes atuações, vencendo Chargers, Browns e 49ers. Ok, está certo. O time ainda não teve um grande desafio. Não jogou contra nenhum dos favoritos ao título. Mas suas atuações foram dignas de disputar título de divisão e vaga nos playoffs.
Mas o que causou essa mudança repentina? Ficaram de castigo nas férias? Fizeram macumba?! Pacto com o cão!?!? Claro que não, dã! Tudo tem uma explicação racional, e é pra isso que eu estou aqui. Não. Eu não sou o Padre Quevedo, moleque pentelho!
Para começar, vamos olhar o ataque dos Chiefs. O draft do time do Kansas City Chiefs foi excelente, trazendo o versátil WR Dexter McCluster, para se juntar ao já conhecido Dwayne Bowe, para dar ótimas opções de ataque ao QB, e ex-patriota, Matt Cassel, além do jogo terrestre que, com Jamaal Charles e Thomas Jones, não parece precisar de mais reforços (além do fato de que o novo WR também é um ótimo corredor). Mas talvez o ponto principal dos reforços ofensivos do time do Arrowhead Stadium tenha ficado fora das 4 linhas. Charlie Weis, renomado ex-Head Coach de Notre Dame (já tendo trabalhado como cordenador ofensivo e de RBs nos Patriots, Giants e Jets), assinou como novo coordenador ofensivo do time. E, aparentemente, consertou o que havia de errado com o ataque do time de Kansas City. Para começar, Matt Cassel, pilar de sustentação do ataque (como todo QB), que havia sido interceptado por 16 vezes na temporada passada, só tem 3 intercepções até agora. Ele passou para 16 TD durante toda a temporada. Até agora já são 4. O jogo terrestre também tem sido menos exigido, trazendo mais uma força ofensiva ao time dos Chiefs. Ter as duas opções (jogo aéreo e jogo terrestre) reforça qualquer ataque, por motivos óbvios.
Mas será que o ataque foi o grande ponto de crescimento para o time dos Chiefs? Bom. Talvez não. Mas se não for o ataque, o que é? Dã, só pode ser a defesa, animal! Com a chegada do novo coordenador defensivo Romeo Crennel, a defesa dos Chiefs sofreu uma mudança drástica. O esquema defensivo saiu do 4-3 pro 3-4 (a linha defensiva agora é composta somente por 3 jogadores, 2 DE e 1 NT, dando espaço para 4 LB atrás). É uma defesa mais agressiva e mais forte. Além disso, o draft mais uma vez funcionou. O safety Eric Berry, escolha de primeiro round (5th pick), parece estar já honrando seu contrato de 6 anos, a 10 milhões de dólares por ano, com 17 tackles em 3 jogos. Com isso, o time, que no ano passado cedeu uma média de 388,2 jardas por jogo (3ª pior da liga) e um total de 424 pontos (4ª pior da liga), esse ano está com uma média de 313,0 jardas por jogo (13ª melhor da liga, subindo 17 posições) e apenas 38 pontos nos 3 jogos (2ª melhor da liga, 27 posições acima). Essa inacreditável melhora da defesa é o real motor do time de Kansas City.
Resta agora ver se o time vai funcionar nos grandes jogos. Os Chiefs não jogam na 4ª semana, tendo tempo para descansar para o jogo da 5ª semana, contra um dos favoritos da liga - possivelmente seu primeiro grande teste - o Indianapolis Colts, liderados por Peyton Manning. Façam suas apostas. E fiquem atentos. De repente uma flechada acerta o seu time!
Taí um time que tem meu apoio. Sempre favoreço a zebra! GO, CHIEFS!
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