Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Tenha medo dos velhinhos...

"Pedala, Robinho!"


Em uma das minhas passagens favoritas do excelente livro The Book of Basketball, o autor Bill Simmons usa uma conversa com o Hall of Famer Isiah Thomas pra dissertar sobre como o jogo é profundamente afetado por coisas que NÃO tem a ver com o jogo. Como o segredo do esporte é entender o que afeta o jogo por fora, aquelas coisas que naão tem a ver com basquete mas que um time precisa compreender pra ter sucesso. No caso de Isiah, ele usa como referência seu Pistons campeão de 1989, um time que sempre deixou o ego e o individualismo em segundo plano, jogava um jogo bastante coletivo e cujos jogadores só se preocupavam com a vitória e nada mais - e sobre como isso foi profundamente afetado por uma troca feita logo antes da temporada, trocando o SF/PF titular da equipe (Adrian Dantley) por Mark Aguirre. Dantley era o melhor jogador, mas durante os playoffs de 1988 ele reclamou - continuamente - de ficar no banco nos minutos cruciais das partidas com o segundo-anista Dennis Rodman ganhando seus minutos. Foi trocado assim que a offseason permitiu por Aguirre - um jogador não tão bom mas que não ligava de ficar no banco, não ligava pros seus números e tinha a mentalidade "o time em primeiro lugar" que o seu time e o seu líder - Isiah - sempre pregaram. O resultado? O Pistons de 1989 era muito melhor que o de 1988 e foi campeão com folgas... Sendo que a única mudança foi que o time trocou seu SF titular por um jogador pior (E que o Isiah ficou saudável nos playoffs). Porque? Porque essa troca nunca foi voltada pro lado do basquete - Dantley era melhor, ponto - e sim pro lado que naão tinha a ver com basquete, ou seja, a mentalidade que o time compartilhava e colocava em primeiro lugar encontrava uma peça muito mais disposta a abraça-la em Aguirre que Dantley. Embora muitas vezes negligênciado, esse lado do basquete que não tem a ver com basquete eé o fundamental para os grandes times. 

Um outro exemplo em outro esporte, mas seguindo a mesma abordagem? Quando o Red Sox de 2004 trocou seu Shortstop, o All-Star Nomar Garciaparra, por Orlando Cabrera. Cabrera era um bom SS e foi fundamental nos playoffs, mas Nomar era um jogador muito superior... Só que a presença de Nomar na equipe causava distúrbios por causa do seu enorme ego que não aceitava colocar o time em primeiro lugar e parecia se importar mais com os seus números e nunca aceitou que jogadores como David Ortiz e Kevin Millar eram os novos astros da equipe. Nomar não aceitou o segundo plano, quis um contrato grande demais, e foi trocado por um jogador inferior... Que imediatamente melhorou o ambiente do elenco, fez todo mundo se comprometer ainda mais com o grupo e levou o time a ganhar do Yankees na maior série de playoffs de todos os tempos e conquistar o primeiro título da Franquia em 86 anos. E tudo isso começou quando o Sox trocou seu Shortstop All-Star por razōes que nada tinham a ver com baseball.

Em outras palavras, não é só o talento e a habilidade do time que importa. Importa muito também a mentalidade da equipe em quadra, cada jogador entender seu papel e colocar o time em primeiro lugar, desenvolver uma confiança e um entrosamento... Ou seja, times dependem tanto do que tem a ver com o esporte em si como do que não tem a ver com o que vemos dentro de quadra. Não acabamos todos de ver um time com um All-Star e um bando de role players vencer numa Final de NBA o time com dois dos cinco melhores jogadores da NBA com base no jogo coletivo e na força de vontade?

Quem sabe que eu sou um torcedor do Celtics possivelmente já percebeu aonde essa conversa vai chegar: Na trade deadline de 2011, quando Danny Ainge trocou Kendrick Perkins por Jeff Green. Essa troca era defensável dentro de quadra: O único ala no elenco pra defender Carmelo, Lebron, Deng e possivelmente Durant nos playoffs era Paul Pierce. Com a lesão do Marquis Daniels, o time perdeu depth, defesa e flexibilidade no perímetro, e com tantos SFs de alto nivel ameaçando nos playoffs, o time decidiu que podia trocar seu pivô (um jogador mediano e unidimensional) titular, sendo que tinha dois pivôs veteranos reservas em Shaq e Jermaine O`Neal (o problema desse plano: Contar com a saúde do Shaq aos 38 anos) por um bom ala que podia dar a proteção necessária a Paul Pierce e Kevin Garnett vindo do banco. (Parenteses rápido: Faltava defesa, flexibilidade e intensidade no perimetro do Celtics, e isso motivou essa troca absurda. Ou seja, o pequeno segredo da temporada 2011 do Celtics: Eles sentiram falta DEMAIS do Tony Allen!). Dentro de quadra, a troca fazia sentido.

Fora de campo? Não fazia nenhum. Estritamente sobre basquete, Perkins era apenas um pivô defensivo que era o quinto melhor jogador do time (se tanto). Mas existem coisas que não aparecem em estatísticas, como o fato de Perkins ser a âncora emocional da equipe dentro e fora de quadra e o Celtics ter construído sua identidade com base na palavra Ubuntu, que significa algo como "União" (em inglês a tradução é mais expressiva: Togetherness). O Celtics acreditava de fato que era como uma familia, todos eram amigos, saiam juntos nas ferias, estavam sempre apoiando uns aos outros. Eles não eram colegas, eles realmente eram amigos, e acreditavam - como o técnico Doc Rivers pregava - que sua força em quadra se dava pelo seu coletivo, sua união (ubuntu). E ai o Ainge pega o Perkins - o melhor amigo do Rajon Rondo, o jogador que todos sabiam que estariam la com eles caso de problema, o jogador que tinha "as costas" de todo mundo, e que valorizava o orgulho de ser um Celtic mais do que ninguém - e trocou sem mais nem menos por que fazia sentido no papel! Como o Doc Rivers podia pregar Ubuntu depois do Ainge pegar uma peça essencial da chemestry do time e mandar embora sem cerimonia, provando definitivamente que Ubuntu eé apenas uma palavra e que no esporte a racionalidade eé mais importante que o que os jogadores e o grupo significam uns com os outros? Ele basicamente pegou o "Segredo" do Isiah - e o Celtics se apoiava nisso mais do que qualquer outro time - e jogou pela janela... E isso destruiu completamente o espirito da equipe! (A troca também quebrou o Cs dentro de campo, por causa da incapacidade de deixar o Shaq saudável, e o Celtics acabou perdendo sua principal arma contra o Heat - seu garrafão forte e extremamente defensivo. Sem tamanho, o Celtics não tinha como bater de frente com Heat ou Bulls. Sem a intensidade e a confiança que o Perks trazia... Pior ainda).

O Celtics terminou a temporada um horror e essa temporada começou de onde parou ano passado. Os jogadores pareciam ter perdido seu espiírito com a troca do Perkins. Os jogadores não eram mais os marrentos, ultra-intensos, competitivos e confiantes uns nos outros de antes da troca fatidica, o time parecia assustado, sem confiança, como quem sabe que não tem mais seu irmão mais velho pra cuidar das suas costas. O time perdeu seu pilar de sustentação emocional quando perdeu Perkins e depois viu o seu Ubuntu ser jogado pela janela. Os boatos de troca envolvendo Rondo e o Big Three começaram a explodir, e o começo de temporada de 15-17 mostrava bem o que era esse time: Velho, sem energia, cansado, e sem ninguém pra levantar emocionalmente o grupo. Mesmo o sempre intenso KG, o coração do Celtics, parecia abatido sem Perkins do lado. O Celtics era um grupo destruído - o quinto ano de um projeto de três anos, como disse o Bob Ryan - que parecia só esperar o golpe de misericordia (O fim dos contrados do Ray Allen e do KG no fim da temporada ou alguma troca). A imprensa fez parecer que o time estava desesperadamente querendo trocar o Rondo (O Rondo só foi colocado em negociaçōes UMA vez: Por Chris Paul. E só. O resto foi tudo especulação e boatos da mídia) ou alguém do Big Three, o que não era verdade. Trocas foram discutidas pelo Big Three (Não por Rondo), mas nenhuma foi realmente avançada. Ainge sabia que sua melhor chance era manter o time unido.

Ai de repente, as coisas pareceram que começaram a mudar pro Celtics. Uma sequencia de quatro vitórias antes da Trade Deadline, coroada com a histórica performance de 18-20-17 do Rondo contra o Knicks, pareceu dar vida nova ao time, mas que voltou a sofrer com inconsistência de seus dois principais veteranos (Pierce e Garnett) e lesōes do terceiro (Allen). A falta de pivôs após a lesão do Jermaine obrigou o KG a jogar de pivô, onde ele não parecia render tão bem, e saindo do garrafão pra evitar o contato e as lesōes o Celtics não tinha nenhum jogador que começasse a pontuar dentro do garrafão e atacasse a cesta com intensidade.

Ai de repente passou o All-Star Game... Passou a trade deadline... E o Celtics agora tem um record de 18-7 após o ASG, esta jogando defesa num nível histórico, recobrou a sua intensidade e confiança e, como eu disse no nosso twitter, embora eu não aposte no Celtics pra ser campeão da NBA ainda, ningueém em sã consciência quer cruzar com eles numa série de playoffs! E isso aconteceu... como??

Pra responder essa pergunta, temos que analisar os dois lados da história. A parte que é sobre basquete... E a parte que não é sobre basquete.

A parte que é sobre basquete tem nome e sobrenome. Ainda que ele seja apenas a ponta do iceberg, foi ele quem permitiu que o resto todo aparecesse: Avery Bradley. Bradley foi draftado ano passado como um armador defensivo, mas ganhou poucas chances. Quando ganhou, foi como reserva do Rondo, e sua dificuldade pra controlar a bola e fazer passes acabou fazendo com que ele fosse pouco aproveitado apesar de ser excelente defensor. Mas com a lesão de Ray Allen, Bradley acabou entrando numa posição que eu já tinha cantado para meu amigo Zeca que era a melhor pra ele: Shooting Guard. Apesar da dificuldade nos arremessos - o que nos daria um backcourt que naão arremessa - Bradley se livraria da responsabilidade de armar o jogo e poderia se concentrar na sua defesa, que era excepcional. Ainda que ele não tenha tido muitas chances como SG antes, com a lesão do Allen e o Sasha Pavlovic como alternativa, o Bradley acabou entrando de titular na posição 2, enquanto Garnett continuava jogando de pivô com o Brandon Bass do seu lado. 

O resultado foi que o Avery Bradley trouxe TUDO que o Celtics precisava. Primeiro, o Bradley é um dos melhores defensores de perimetro em TODA a NBA. Ele não só sabe marcar no mano a mano como sabe marcar na cobertura, protege o garrafão com sua habilidade atleética (Como o Wade aprendeu a duras penas) e é muito agressivo nas linhas de passe, forçando uma cacetada de turnovers, que geram contra ataques para o Rondo. Alias, lembra como o Rondo costumava puxar excelentes contra ataques... se não fosse pelo fato de que ninguém no time tinha o fôlego e o atleticismo mais (bando de velhotes) para acompanhá-lo, o que forçava o Rondo a puxar todos os contra ataques praticamente sozinho? Agora ele ganhou um jogador jovem, atlético e que finaliza muito bem perto do aro pra puxar contra ataques com ele. Isso melhorou em muito a eficiencia ofensiva do Celtics: Nao so o time força mais turnovers como esses turnovers são melhores aproveitados agora que o Rondo tem companhia. 

A defesa do Bradley, portanto, era esperada. O que ninguém esperava era o impacto que ele teria no lado ofensivo. O Bradley não é um grande driblador ou passador - um dos motivos pelos quais ele não rendia de PG - então ele não fica com a bola na mão tanto quanto o Rondo. No entanto, o Bradley é um jogador extremamente agressivo cortando em direção à cesta e que finaliza muito bem perto dela. Como o KG, mesmo de pivô, prefere jogar mais longe da cesta pra poupar seu físico, o Celtics não tinha jogadores que criassem pressão perto da cesta (Bass também prefere receber a bola mais longe ou em velocidade), o que forçava o Pierce a jogar lá perto. Com o Bradley jogando o tempo todo perto da cesta, o Celtics começou a criar essa pressão la perto, e permitiu que Garnett voltasse a ser um monstro do pick and pop e que o Pierce jogasse mais no perímetro e se movimentasse mais sem a bola. O Bradley não é um monstro ofensivo como o Wade, por exemplo, mas sua presença trouxe uma dimensão nova ao ataque do Celtics, e ajudado pela espetacular fase do Rondo todo o time se encaixou em torno disso. Pierce voltou a se movimentar com liberdade, Garnett ta tendo uma fase espetacular mais longe da cesta, e até o Ray Allen disse que jogaria vindo do banco para não desmontar o funcionamento do time (lembra aquela parte de deixar de lado a individualidade em nome do time?). Se você não acha que o Bradley - o principal responsável por essa mudança no Celtics - é um bom jogador de basquete, você não assiste NBA.

Claro que o Bradley teve uma grande influência por causa da forma como seu estilo de jogo casou perfeitamente com o grupo do Celtics, mas ele foi apenas o catalizador. Nada adiantaria isso se o resto do time não se adaptasse ao redor dele, no que tem uma grande mão do Doc Rivers. Eu nunca achei o Rivers um grande técnico, em 2008 ele era um cara extremamente medíocre, mas ele tem melhorado de ano pra ano, e agora pra mim ele disputa o  Coach of the Year com o Gregg Popovich, ele tem trabalhado absurdamente bem com esse elenco, soube remontar o time a cada problema e percebeu a importância do Bradley pra esse elenco. Confiou no Rondo (como o Bradley não é um bom criador, esse novo estilo de jogo coloca ainda mais pressão no Rondo pra controlar cada movimento do ataque do Celtics. Eu diria que, depois de 18 jogos seguidos com pelo menos 10 assistências, a sua boa fase é um fator importantíssimo para o sucesso dessa equipe), tornou a unir o time, definiu uma rotação (colocar Allen vindo do banco foi uma excelente leitura da situação, e não seria qualquer tecnico que o faria) e confiou nos seus jogadores para desenvolver novamente sua identidade. E ela esta lá. A grande fase de Pierce e Garnett tem a ver com as mudanças no estilo de ataque do Celtics, mas de nada adiantaria se eles não estivessem calibrados e jogando com intensidade - e eles estão. 

Essas foram as principais mudanças dentro de quadra que o Celtics sofreu, especialmente desde a inclusão do Bradley: Defesa mais forte no perímetro (Rondo e Bradley sao provavelmente a melhor dupla defensiva de perimetro da Liga), mais roubos de bola e contra ataques, um ataque que ocupa melhor os espaços na quadra (especialmente porque recentemente o Bradley deu pra acertar arremessos também!) e a boa fase de seus jogadores. Mas uma grande parte do sucesso da equipe vem da parte fora de quadra. A energia, defesa e intensidade do Bradley, tudo isso trouxe ao Celtics o espírito guerreiro que a equipe perdeu com a saída do Perkins.

O Bradley nunca sera o teammate que o Perkins era, mas ele trouxe de volta alguns elementos que o Perkins trazia e que o time murchou quando pararam de aparecer toda a noite. Por mais importante que fosse o Perkins pra chemestry do time, ele era apenas um jogador no meio de um time. O que o Bradley trouxe fez com que os jogadores recuperassem a sua parte dessa intensidade e energia. Ela contagiou o time, e cada jogador começou a jogar com a mesma intensidade e energia que pareciam ter perdido em algum lugar do ano passado - na trade deadline. O Celtics recuperou sua identidade, o time se uniu novamente (os titulares do time comemoram do banco como se fossem cestas da vitória qualquer boa jogada que os reservas fazem num jogo ganho por 30), começou a jogar com energia e intensidade... E basicamente foi isso que ressuscitou o Garnett. O Garnett sempre foi um cara de grande intensidade e vontade quando jogava no Wolves (e mesmo no Celtics), ele jogava como se sua vida dependesse disso, e isso sempre foi uma fonte de energia e vontade pros seus companheiros. Quando ele perdeu seu parceiro no Perkins, ele pareceu pela primeira vez sem essa energia. A energia que o Bradley trouxe pro time reacendeu a energia do Garnett, e quando o Garnett começa a jogar com sangue nos olhos o Celtics é um time totalmente diferente, muito mais agressivo. A defesa do Celtics, que está em niveis estatisticamente historicos desde o All Star Break, se torna uma força da natureza capaz de engolir qualquer time com farinha, e quando Pierce e Garnett estão calibrados (sabe, como tem estado faz uns 20 dias) o ataque do Celtics funciona como uma máquina em torno do Rondo. Eles ressuscitaram o cara mais problemático (no bom sentido) e essencial na equipe, e a intensidade de Bradley e Garnett, juntos, é o que manteve esse time com sangue nos olhos até o final e causou boa parte dessa mudança de postura. Que levou à reviravolta na temporada dos verdinhos.

Mas também teve um outro fator externo que contribuiu pro time ficar mais focado do que nunca. O fato que me chama a atenção não foi de que o Celtics começou a jogar de forma alucinada depois do All Star Game... E sim depois da Trade Deadline. Com tantos boatos de troca rondando o time do Celtics, tanto Rondo como o Big Three, não era de se espantar que eles estivessem desconcentrados com o rumo das coisas. Lembram de como o Russell Westbrook estava jogando mal, nervoso, e de repente ganhou uma extensão de 80 milhōes, relaxou e começou a jogar que nem um retardado mental metendo 30 pontos todo jogo na cara das pessoas? A extensão deu ao Westbrook a confiança e a segurança que lhe faltavam em meio a tantas criticas, e ai seu jogo apareceu. O mesmo aconteceu com o Celtics. Quando ficou oficial que o Big Three nao iria a lugar nenhum, os jogadores pareceram jogar com um foco muito maior, com mais vontade, como se tivessem entendido qual sua função na temporada. Isso pareceu tirar um peso dos jogadores, que conseguiram jogar com mais confiança e liberdade.

Então temos dois tipos de impactos que se mostraram nessa incrível recuperação do Celtics, um impacto objetivo e um subjetivo. Essa recuperação do Celtics pode se dar por um deles, provavelmente pelos dois, ou até por nenhum. Mas o fato é que o Celtics finalmente se achou na temporada. Taticamente o time esta mais organizado, com um estilo que se adaptou muito bem às caracteristicas do time, e voltou a jogar com aquela intensidade contagiante. As vezes, o que importa não é como um jogador (ou qualquer fator num jogo) afeta o jogo em si, e sim como ele afeta seus companheiros. Jogadores como Bill Russell e Larry Bird eram tão bons porque faziam os companheiros ao seu redor chegarem a niveis mais altos. Times como o Celtics de 86, o Bulls de 96 ou o Lakers de 87 faziam isso coletivamente. O time todo do Celtics de 2012 está fazendo isso, cada jogador se alimentando da energia e da vontade do outro, cada jogador apoiando os companheiros. O time todo está jogando com vontade e com confiança, jogadores como Greg Stiemsma estão sendo muito valiosos (19 mpg, 2 bpg, acertando arremessos de meia distancia (!!), bom defensor, briga dentro do garrafão, joga com intensidade, tudo que um pivô reserva deve fazer), e todos os jogadores sabem seu papel no time. O time titular esta definido (Rondo, Bradley, Pierce, Bass, KG) e os reservas (Stiemsma, Michael Pietrus assim que voltar de lesão, Sasha Pavlovic e, claro, Ray Allen) sabem quais são seus minutos e suas responsabilidades... Ou seja, é um time que se encaixou, arrumou uma identidade e está executando seu plano de jogo com perfeição. Demorou um ano pro Celtics recuperar sua identidade perdida com o Perkins, sua intensidade e confiança, mas isso está acontecendo agora, e no melhor momento possível na temporada. Isso significa que o Celtics será campeão? Não. Isso torna o Celtics um candidato ao título com Derrick Rose batalhando lesōes e um Heat que as vezes parece perdido em quadra? Sem dúvida. Não há certezas nos playoffs, especialmente nessa temporada. Só garantoo seguinte: nenhum time com juizo perfeito quer enfrentar esse time do Celtics nos playoffs.

3 comentários:

  1. Excelente post! Concordo contigo em 100%! E que venham os offs e o Celtics cresça ainda mais!

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  2. Esse Celtics de 2012 ta me lembrando muito o Flamengo de 2009. As situações que ocorreram com os dois times em sua competições se assemelham muito, e espero que como o Flamengo, os verdinhos saiam campeões esse ano!
    Parabéns pelo Blog, sempre leio, mas não comento com frequencia

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  3. Espero que pelo menos o resultado seja o mesmo que com o Flamengo! Espero que a lesao do Rondo nao seja seria... Valeu os elogios, galera!

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