Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

terça-feira, 12 de junho de 2012

O fim (?) do Big Three de Boston

RED - (quase) Aposentados e Perigosos


Sim, as Finais começam amanhã. Sim, eu sei que ela é a prioridade. Mas não consigo fazer um preview sem antes esclarecer tudo sobre o Celtics e o que significou o jogo 7 das Finais do Leste, quando o Heat eliminou o Celtics dos playoffs. Vou guardar as grandes análises táticas pra amanhã no preview, então vou tentar encurtar um pouco mais esse post e ser um pouco mais direto.

O Celtics é, junto com o Lakers, a Franquia com mais história de toda a Liga. São 17 títulos, vários Hall of Famers, jogadores do calibre de Bill Russell (11 títulos em 13 anos, melhor defensor de todos os tempos, maior vencedor da historia dos esportes americanos), Larry Bird (3 MVPs, 3 títulos, um dos cinco maiores jogadores da história), Bob Cousy (dono do meu apelido preferido da NBA - Houdini of the Hardwood) e John Havlicek (Top20 All-Time, 5 títulos), sem falar em Red Auerbach e companhia. Enfim, a Franquia tem mais história do que qualquer time de basquete não chamado Lakers (curiosidade do dia: Sabia que em 1960, o time do Lakers esteve envolvido em um acidente aéreo, quando o avião no qual o time viajava não tinha mais condiçōes de completar o voo por conta de uma falha mecânica e não estava suficientemente perto de nenhuma estação de pouso? O piloto não conseguia um pouso de emergência por causa do grande número de fios elétricos no local, até que enfim conseguiu pousar numa plantação coberta de neve enquanto os bombeiros e funerários locais (sério!) cercavam o avião. Ou seja, por muito pouco não chegamos a ter uma tragédia que possivelmente teria feito o Lakers nunca mais se recuperar. Voce sabia disso? Imaginei que não. Ainda bem que estou aqui!), e é o time mais vitorioso da NBA. Kevin

No entanto, o Celtics chegou a passar anos muito ruins entre os anos 80 e o final dos anos 2000. Depois da geração de Larry Bird, Kevin McHale e Robert Parish ter perdido sua competitividade no final dos anos 80 (Kevin McHale nunca foi o mesmo depois de jogar os playoffs de 1987 com um freaking pé quebrado - uma das histórias mais underrateds da Liga, porque ele estava com uma droga de um pé quebrado os playoffs inteiros! - e o corpo de Larry Bird começou a se quebrar por volta de 88/89), o time do Celtics passou por um periodo de times muito ruins: Depois da aposentadoria de Bird (92) e McHale (93), uns bons tres ou quatro anos depois da dupla parar de ter sido realmente eficiente em quadra por conta das lesōes, o time tentou se montar em torno do ala Reggie Lewis, que infelizmente morreu por conta de problemas cardíacos (vale aqui o parênteses: Em 1987, o Celtics - campeão no ano anterior com aquele que era, pra mim, o maior time de todos os tempos da NBA - tinha a secunda escolha do Draft, e escolheu o ala Lenny Bias. Lenny era um combo-foward muito talentoso, atlético, bom pontuador e reboteiro, e que jogava com muita atitude. Ou seja, um jogador que tinha tudo pra ser a nova cara da Franquia e pegar a tocha de Bird... Se não tivesse morrido de overdose de cocaína dois dias depois do Draft. E assim o Celtics perdeu o jogador que daria a proteção para Bird/McHale em 87 e 88 e seria seu Franchise Player indo pra frente). O Celtics então tentou se remontar com uma cacetada de movimentos pouco inteligentes, como por exemplo assinar com um Dominique Wilkins que estava uns oito anos passado do seu auge pra ser o go-to guy do time, trocar o então calouro Chauncey Billups porque ele não jogou bem nos seus primeiros CINQUENTA jogos como profissional (Nao foi nem uma temporada completa!), e se montar com escolhas fracassadas de Draft e veteranos pouco uteis.

Ainda que o Celtics tenha melhorado com as chegadas de Paul Pierce e Antoine Walker (O famoso "Cabeça-de-Lego - via Bola Presa), e tenha se remontado em cima da sua nova estrela Pierce com um bando de Role Players em volta dele , e mesmo que tenha chegado até a Finais de Conferência, isso se deveu muito mais aà falta de bons times no Leste do que a um time realmente bem montado, e o Celtics em nenhum momento se viu como um grande time na NBA.

Afinal, em 2007, o Celtics estava começando a montar um núcleo jovem em torno de Pierce: Rajon Rondo (muito antes de virar o monstro que é hoje), Sebastian Telfair (na época era considerado uma grande promessa), Ryan Gomes, Gerald Green (Sim, aquele que ta no Nets, na época também era considerado uma promessa vinda do High School), Tony Allen (Apelidado de Trick or Treat Tony. Voces imaginam o porque) e Al Jefferson. Ainda assim, o time ia se desenvolvendo lentamente, sem grandes progressos pra um time que queria tanto voltar ao topo. E acreditem, pra uma franquia tão acostumada a vencer como o Celtics (11 títulos com Russell entre 1957 e 1969, mais dois com Havlicek e Dave Cowens em 74 e 76 - deveria ter ganho em 73 se o Hondo nao machuca, mas enfim - depois mais três com Bird nos anos 80, com times dominantes em todas essas eras), não foi fácil aguentar quase 20 anos de times medíocres, jogadores que não se interessavam em ir jogar na franquia, jogadores jovens sendo trocados por veteranos inuteis só para depois nos assombrarem (Billups e Joe Johnson, alguem?) e estar em um segundo plano no mundo do basquete, sem um time carismático ou capaz de representar algo mais. Não foi fácil pra Boston.

Em 2008, após um começo de ano ruim principalmente por causa do impacto da morte do Red Auerbach no time, o Celtics aproveitou uma pequena lesão do Pierce pra afundá-lo no banco, deixou tempo demais os jogadores jovens pra levarem pancada e, em poucas palavras, fez de tudo pra perder o máximo possível pra ter uma boa posição no Draft e pegar os dois jogadores muito cobiçados daquele draft. Ou seja, Greg Oden e Kevin Durant. Era a chance do Celtics conseguir um jogador que alterasse o destino da Franquia (engraçado como pensavam isso do Oden na época, muito mais do que do Durant). Bom, vocês sabem o que aconteceu depois: O Celtics não só ficou sem Oden e Durant, como terminou com a quinta escolha, alta demais pra pegar um jogador que pudesse mudar o time. Ai o time decidiu jogar tudo pra cima e fingir um ataque cardíaco, e desmontar todo seu estabanado projeto de reconstrução em troca de ajuda imediata enquanto Paul Pierce estava nos seus melhores anos pra tentar uma arrancada rumo a um título.

Assim, o GM Danny Ainge foi atrás de veteranos, caminhando para o final da carreira, que estavam em busca de um título e que jogassem em times medíocres que estivessem prestes a começar uma reconstrução. Então mandou sua quinta escolha do Draft (eventualmente, Jeff Green) junto com Wally Szczerbiak e Delonte West para o então Seattle Supersonics, que nas mãos do genial GM Sam Priesti começava seu processo de reconstrução e já tinha a secunda escolha do Draft, em troca do veterano arremessador Ray Allen. Encorajados com a troca (importantíssima pra Seattle, mas ainda assim desequilibrada em favor do Celtics), e de repente com duas estrelas no time, o Celtics começou a se tornar um local atraente pra mais um All-Star. E o Wolves, que deixou o Kevin Garnett puto ao tentar trocá-lo antes do Draft (ele nunca quis sair), de repente viu um cenário muito mais tentador pro KG com Allen em Boston, e enfim Ainge conseguiu pegar o KG pro Celtics num assalto que eu tenho 99% de certeza que só aconteceu porque o GM do Wolves era, claro, Kevin McHale, que sangrava verde até o ultimo segundo. A troca foi o KG por Al Jefferson (Um legitimo futuro All-Star), Green, Theo Ratliff (Contrato expirante), Ryan Gomes e Sebastian Telfair, mais uma escolha de primeira rodada. Ao final das trocas, o Celtics tinha se livrado de todo seu núcleo jovem e promissor, sobrando apenas Glen Davis (veio junto com Ray), Rondo e Kendrick Perkins pra cercar o seu Big Three. Nos meses seguintes, Ainge tratou de assinar veteranos sem contrato em busca de um título e role players baratos pra cercar o Big Three, e ai o Celtics estava pronto pra 2008.

Dentro de quadra, o impacto dessa troca é relativamente fácil de entender: O Celtics montou um time em torno do Big Three, cercando-os com role players com papel limitado e diversos veteranos em busca de um título, um time com uma defesa fortíssima ancorada pelo intenso Kevin Garnett e ataque baseado em isolaçōes, improvisos e no talento individual dos seus três craques. Um time ultra-competitivo, intenso e com muita atitude, ele basicamente adquiriu as características do seu líder emocional (o recem-chegado  Garnett) e tudo se encaixou em torno disso. O Celtics logo engrenou, tomou a Liga de assalto e, depois de playoffs dificeis, fechou as Finais contra o Lakers com um jogo 6 no qual ganhou por 39 pontos. No ano seguinte (2009), o Celtics viu Rondo evoluir em uma máquina de Triple-Doubles capaz de carregar o time nas costas por longos períodos, mas perdeu a chance de repetir (E provavelmente teria repetido porque era mais time que Lakers e Magic naquele ano) o título do ano passado quando KG estourou o joelho e perdeu os playoffs. Em 2010, depois de uma temporada regular lenta, cheia de jogadores um pouco velhos e lentos, o Celtics pareceu que tinha perdido seu fogo... Quando chegou nos playoffs, engatou a quinta marcha, atropelou Magic e Cavaliers (os favoritos) e levou a Final contra o Lakers a 7 jogos antes de perder mesmo depois de controlar todo o jogo 7 (e ter tomado 28 rebotes ofensivos, algo assim), o que dificilmente teria acontecido se Perkins não se machucasse no Jogo 6 ou se Ron Artest não acerta o mais imbecil arremesso de toda a série (que, lógico, caiu pra três nos minutos decisivos do jogo 7). O resumo do Big Three nos seus primeiros anos, portanto, foi o seguinte: Título em 2008; Deveria ter ganho em 2009 não fosse a lesão do KG; e um vice-campeonato em 2010 contra um bom time do Lakers (sim, com seu pivô titular machucado no jogo 7, no qual tomou mais rebotes ofensivos do que pegou na defesa. Algo me diz que um Perkins saudavel teria ajudado, mas enfim). E ai chegamos a 2011, quando o Danny Ainge entrou em pânico com a falta de um SF para dar descanso ao Pierce e trocou Kendrick Perkins por Jeff Green e apostou que Shaq ia conseguir ficar saudável o suficiente para jogar 30 minutos por jogo nos playoffs. Não só isso deu errado, porque o Shaq machucou e o Celtics perdeu a vantagem da sua altura de garrafão (maior força na temporada) como também destruiu o time psicologicamente ao pisar em tudo que o time acreditava (lealdade, amizade, entrosamento...)  e mandar embora um jogador que servia como a âncora emocional de toda a equipe.  O Celtics não se recuperou, foi massacrado pelo Heat e parecia acabado (Sim, estou deixando a temporada 2012 de fora por enquanto. Segurem um pouco).

Como eu disse, é fácil entender qual foi o impacto que as trocas de Ainge em 2008 tiveram no time e na NBA dentro de quadra: Um titulo, um vice e uma grande chance perdida por lesão. Também nos deram um dos melhores times defensivos de todos os tempos e a chance de ver três (Talvez quatro, dependendo de como a carreira do Rondo continuar) futuros Hall of Famers jogando juntos, em um time histórico. Mas o impacto que esse time teve sobre os torcedores de Boston? Não da pra quantificar isso de jeito nenhum. A chegada de Allen e especialmente Kevin Garnett ressuscitaram o basquete em Boston, e mais importante, ressuscitaram Boston no cenário do basquete nacional. Transformou uma Franquia que tinha amargado quase 20 anos de mediocridade em um Juggernault, extremamente interessante e que jogava com o tipo de atitude, intensidade e paixão pelo jogo e pela vitória que faria Russell, Auerbach, Bird e Dave Cowens sorrirem orgulhosos. Pra uma Franquia e uma fan base tão acostumada a estar sempre brigando, sempre com um time para se orgulharem e com jogadores com os quais a torcida realmente se identificava, era uma tortura ver um time tão insignificante, com jogadores como Antonie Walker e Bassy Telfair, que nunca se identificariam com nenhuma fan base. A chegada do Big Three deu vida nova à cidade (em termos de basquete), deu vida nova à Franquia e se tornou um time extremamente identificado com a torcida. Talvez por esse motivo tenha sido tão dificil aceitar que esse núcleo estava velho e não conseguiria mais brigar por um título. Ate...

Que chegou a segunda metade da temporada 2012 da NBA! O Celtics passou uma primeira metade com jogadores veteranos totalmente sem perna, um time sem nenhuma vibração pós-Perkins e que parecia realmente o quinto ano de um projeto de três destinado a se desmontar (KG e Allen são Free Agents ao final da temporada). Até que passou a Trade Deadline e ninguém foi trocado, o Avery Bradley entrou no time e deu nova vida à equipe com sua defesa e intensidade, Garnett ressuscitou e o time se reinventou como um time veloz, muito agressivo no perímetro que jogava sem um pivô de origem (KG era o Center da equipe) e que acabou se fortalecendo dentro do grupo a cada contratempo que sofria (Os problemas sérios de saúde que acabaram com a temporada de Green e Chris Wilcox, a saída do Jermaine O'Neal, etc) e que, no final da temporada, estava jogando o melhor basquete da NBA de qualquer time que não chamasse Spurs. O time tinha criado uma nova identidade, tinha retomado sua intensidade e competitividade anterior, e estava novamente acreditando no grupo, nos companheiros.

Infelizmente, isso não durou muito. Antes dos playoffs, três dos principais jogadores do Celtics (Bradley, Allen e Pierce) sofreram lesōes importantes, e isso afetou demais a equipe chegando nos playoffs. Ray Allen estava incapacidado de jogar no começo dos playoffs, mas se sacrificou jogando com pedaços de ossos nos fucking tornozelos simplesmente porque o Celtics tinha perdido o Avery Bradley pro resto da temporada com uma séria lesão no ombro (seu melhor defensor de perímetro e as pernas jovens que tanto fizeram falta no jogo 7 das Finais de Conferencia), e Pierce jogou praticamente em uma perna só os playoffs inteiros porque não teve tempo de tratar ou de descansar uma lesão na perna. Pierce jogou no sacrifício e não foi nem de longe o jogador que é, Bradley machucou pra temporada no momento que o Celtics mais precisava dele, e Ray Allen jogou no sacrifício simplesmente porque não tinha mais ninguem pra jogar no seu lugar, ainda que não conseguisse correr, pular ou simplesmente pisar com segurança. O Celtics se arrastou pelos playoffs passando em sete jogos por Hawks e Sixers, depois encontrou uma última reserva de energia pra jogar contra o Heat e colocá-lo contra a parede mesmo com tudo contra Boston... Só que Lebron James teve um jogo épico em Boston pra ganhar o jogo 6 (e o pior, eu não posso dizer que tenha ficado surpreso), e ai no jogo 7 faltou perna, faltou gente pra ajudar vindo do banco e faltou um Pierce ou um Allen saudável pra carregar o ataque do time quando ele estagnou, incapaz de criar nada com Rondo ou acertar arremessos em isolaçōes ou jogadas rápidas. Os destroçados Celtics lutaram até o fim, usaram cada recurso e cada jogada, mas naão foram capazes de parar um time mais atlético, mais saudável e que tem Lebron James no seu auge.

A verdade é que eu, como torcedor do Boston, não podia ficar mais orgulhoso desse time. Mesmo com tantas lesōes, tantos problemas e tantos jogadores no sacrifício, o Celtics chegou a uma vitória das Finais na pura raça, vontade e experiência. Tudo que esse time representava - vontade, fome de vencer, confiança, jogadores se sacrificando pelo time - foi o que levou esse time muito mais longe do que deveria ter ido com tantos jogadores importantes machucados e tantos buracos no elenco. Eu não poderia respeitar mais esse time e esses jogadores, que conseguiram ir muito longe mesmo com tudo contra. Esse foi meu time do Celtics favorito da era do Big Three, simplesmente pela intensidade, pelo entrosament, pela confiança e pela forma como esse time sempre buscou dentro do proprio grupo a força pra superar adversidades, além da forma como Rondo jogou os playoffs todos. Não ver esse time jogar mais vai ser a pior coisa após a derrota pro Heat. Era um time com o qual nos identificavamos e que era muito bom de ver jogar.

Agora, ninguém sabe que rumo as coisas vão tomar com KG e Allen indo pra Free Agency. Garnett termina um contrato de 21 milhōes, e Allen um de 10. Em outras palavras, 31 milhōes estão saindo do Cap do Celtics. O Celtics pode reassinar os dois por muita grana, pode deixar os dois saírem e reconstruir de novo em torno do Rondo, pode tentar convencer os dois a reassinarem por valores muito mais baixos, de forma que o time possa ir atrás de Free Agents e Role Players pra completar o elenco em torno do Big Four. Eu pessoalmente acredito que Garnett volta por um salário baixo, mas não tenho muita certeza quanto ao Allen, especialmente porque arremessadores como ele sempre terão grande demanda e  Allen sabe que pode ir para um time, ganhar mais dinheiro por mais tempo e jogar por mais um título. Eu confio que a lealdade e teimosia do Garnett irão mantê-lo um Celtic, mas o Allen vai ter propostas muito melhores e mais interessantes (especialmente se os boatos dele e do Rondo não estarem nos melhores termos forem verdadeiros). Saudável, ele é o tipo de jogador capaz de dar um grande boost a times como Bulls ou Clippers mesmo nessa idade. E isso significa que o Celtics pode estar muito perto de dar adeus ao seu Big Three. Se Garnett ficar, mesmo sem Allen, o Celtics ainda tem cap space (e Bradley) e jogadores bons o suficiente pra tentar brigar mais uma vez com alguma criatividade na Free Agency (Como eu disse, vai ter cap para tal se Garnett aceitar ganhar pouco). Mas se Garnett e Allen sairem ambos, a coisa complica, porque aí o Celtics fica com pouca base pra se organizar pra tentar algo ainda com Pierce em bom nível. Nesse caso, faria mais sentido trocar Pierce e reconstruir em torno de Rondo... não fosse o fato de que você estaria apunhalando pelas costas um dos maiores Celtics de todos os tempos. Então tudo depende de como KG e Allen vão reagir. Pra mim, KG fica, Allen sai, o Celtics taca tudo que tem pra cima de Eric Gordon e Nicolas Batum na Free Agency, pega meia duzia de role players (chutador de três, defensor de garrafão), talvez até fique criativo com suas duas escolhas de primeira rodada (21 e 22, via Clippers)... Mas pra isso precisa manter Garnett.

Mas mais do que o tiítulo dos proximos anos em jogo, o fim do Big Three (e especialmente de Garnett) seria o fim de uma era do Celtics que trouxe de volta o orgulho da equipe (Celtic Pride), que recolocou o Celtics no cenário da NBA e que finalmente reaproximou a torcida do time. O time pode continuar competitivo, pode vir a ser campeão, mas independente disso tudo eu vou sentir falta do que Garnett, Pierce e Allen trouxeram pra mim como torcedor do Celtics. Tem times que simplesmente conectam com a torcida de uma maneira diferente. Esse era um desses times. Sou grato por ter visto esse time jogar, vou contar para meus filhos. E ainda que eu preferia que acabasse de forma diferente (com um título), a era Big Three do Celtics não poderia acabar de forma mais emblemática: Um time lutando até o final, usando toda a sua força de vontade e garra pra superar a enorme quantidade de adversidades que teve que enfrentar pra chegar mais alto do que deveria... Mesmo que chegasse perto e não atingisse seu objetivo. A imagem que os Celtics de 2008-2012 deixaram é a do time jogando com mais vontade e fome de vencer do que nenhum outro. E foi assim que essa era pode ter terminado.

4 comentários:

  1. Bacana sua analise e tal, os Celtics realmente se superaram, o KG é uma lenda( top 3 PF all time) e o Rondo é um monstro, mas seguindo sua lógica, se os Bulls estivessem inteiros, os Celtics nao teriam feito nem final de conferência, ou no máximo arrancariam um ou dois jogos do Heat com um Bosh saudável desde o inicio.

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  2. Se o Bulls tivesse inteiro, teria provavelmente esmagado o Celtics e o Heat e ido pras Finais simplesmente porque era o melhor time (gosto um pouco mais do Bulls 2012 do que do Heat pra uma serie de playoffs). Gostei mais assim porque permitiu que vissemos essa ultima arrancada do Celtics pra matar a saudade dos velhos tempos (que provavelmente nunca teria acontecido com o Rose saudavel). Então sim, basicamente você está certo... Quanto ao Bulls.

    Mas cuidado com o argumento do Bosh machucado, porque com Pierce, Allen e especialmente Bradley saudaveis o Celtics era um PESSIMO matchup pro Heat, um time que torrou o saco de Miami a temporada regular inteira e tinha tudo que o Heat mais odiava. Nos dois jogos no final da temporada que Celtics e Heat se enfrentaram completos, o Celtics massacrou duas vezes. Então concordo quanto ao Bulls, e mantenho minha opinião que esse título sempre terá uma marca por causa da lesão do Rose tirando o melhor time do Leste dos playoffs. Mas não acho que o Heat 100% teria vencido o Celtics 100% se fosse o caso nessa Final de Conferencia.

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  3. Justa sua analise, admito que sou um pouco da minha implicante com os Celtics, e muito com os Spurs. Na NFL compartilhamos da mesma paixão, mas na NBA meu coração continua na Califórnia. O blog é muito bacana, sinto falta de mais textos (nos playoffs da NFL foi cruel), mas entendo as dificuldades, ate pq os textos sao bem elaborados. Alias, ta faltando o post do Rubio.
    Abs

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  4. Hahaha mais um me cobrando o post do Rubio... Não se preocupe que ele vai sair, tava ate falando disso no twitter com um amigo outro dia, mas provavelmente só depois das Finais, quando vai dar pra correr atras do prejuizo.

    Confesso que tem sido bem dificil esse ano por conta da falta de tempo e excesso de coisas pra fazer (ultimo ano da faculdade e tal), no começo do ano tava ainda pior porque eu tava sem computador. Tou tentando manter pelo menos dois por semana (o ideal seria tres), mas nem isso eu consigo as vezes. Esse é o problema de tocar o blog sozinho. Mas valeu pela compreensão e por acompanhar sempre, vou tentar aumentar o ritmo nesse final (Ainda hoje sai post novo). Abraço!

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