Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

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quinta-feira, 3 de outubro de 2013

A ressurreição do Kansas City Chiefs

"Um QB que sabe acertar passes? Tem certeza?"
"Ouvi boatos mas nunca tinha visto um ao vivo em KC"


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Para os pontos importantes da semana 4 da NFL, nossa coluna de terça feira, clique aqui

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Existem poucas coisas no mundo que mudam mais rápido do que a NFL. Muito poucas. A amostra é tão pequena e o jogo tão dependente de pequenos detalhes que jogadores explodem ou deixam de ser eficientes (o mesmo vale para times) sem que a gente perceba, e só perceba quando é tarde demais. Por exemplo, todos sabemos como a NFL está agora em termos de times bons e ruins, times que venceram e times que perderam, e tudo mais. Bom, então vamos dar uma rápida olhada em como a NFL estava um ano atrás, ao final da quarta rodada da temporada regular?

Bom, vejamos... O Saints perdia para o Packers e começava a temporada 0-4... O Titans era massacrado pelo Texans e caia para 1-3... o Cardinals ganhava sua sexta partida seguida (contando a temporada anterior) para começar o ano 4-0... Falcons arrancava uma vitória em casa contra o Panthers na incompetência do Ron Rivera (algumas coisas nunca mudam) para abrir o ano 4-0... o Browns perdia do Ravens para ficar 0-4... o Patriots ganhava do Bills para chegar a 2-2... Seattle perdia do Rams para começar 2-2 e a mídia pedia Matt Flynn de titular e Russell Wilson no banco... e claro, o Kansas City Chiefs perdia em casa para o Chargers e caia para 1-3.

Bom, todos nós sabemos como a temporada terminou para esses times e como a temporada 2013 começou, e é verdadeiramente fascinante imaginar que apenas um ano depois o Falcons estaria começando o ano 1-3, o Saints 4-0, e claro, o Chiefs 4-0 também. Como eu disse, faz parte da natureza da NFL, onde pequenas coisas - que muitas vezes só percebemos quando acontecem - acabam fazendo um mundo de diferença.

E entre todas as grandes mudanças de equipes de 2012 para 2013, nenhuma é mais incrível e ao mesmo tempo menos surpreendente do que a do Kansas City Chiefs, que terminou o ano 2-14 e com a primeira escolha do draft apenas oito meses atrás, e agora está invicto e forte candidato a uma vaga nos playoffs. Então o que exatamente aconteceu entre esses dois pontos para causar tamanha mudança?

Quando eu comecei minha série de previews, cujo foco era procurar em estatísticas diferentes eventuais indicadores de que o record final de uma equipe não refletia o seu verdadeiro nível de performance (usando por exemplo Pythagorean Expectations e jogos decididos por uma posse de bola), o Chiefs era um dos times que mais me interessava e um dos times que eu mais esperava que fosse encontrar um nível de produção que não fosse condizente com seu horrível record final de 2-14. Afinal, apesar da horrível situação de QBs da equipe, o Chiefs ainda contava com seis Pro Bowlers no seu elenco, uma defesa cheia de grandes talentos e um dos melhores RBs da NFL. Não fazia sentido nenhum que a equipe fosse tão ruim tendo tantos jogadores bons. Então eu estava crente que iria encontrar muitos indicadores aleatórios influenciando o record da equipe.

Não foi o caso. Por qualquer métrica usada, o Chiefs foi o time horroroso que pareceu ser: o ataque foi o segundo pior da liga, e a defesa a terceira pior. O time teve a pior eficiência ajustada, o pior saldo de pontos E o menor Pythagorean Wins (2.5) de toda a NFL. Tudo indicava que o time era simplesmente ruim. Mas eu não estava satisfeito com isso, não com tantos grandes talentos dos dois lados da bola na equipe e com o upgrade para Andy Reid e Alex Smith nas posições de HC e QB, respectivamente. Por isso que o preview do Chiefs foi o único que eu ignorei totalmente estatísticas e minhas métricas e fui de acordo com o meu feeling e minha experiência no assunto quando sugeri que seria um bom time e que brigava por uma vaga nos playoffs. Se toda regra tem uma exceção, nesse caso só podia ser o Chiefs.

Agora que a equipe começou o ano 4-0 e com o terceiro melhor saldo de pontos da NFL, posso falar que de fato eu acertei nessa. Ainda assim, é difícil explicar exatamente porque esse time, com apenas algumas poucas mudanças significativas, foi tão ruim em 2012 se o talento estava lá para gerar seis Pro Bowlers. A solução fácil seria atribuir isso ao péssimo desempenho dos QBs da equipe e do ataque que levou para o fundo do poço todo o time, e embora isso tenha uma grande parcela de culpa, não justifica porque a defesa também terminou o ano tão mal mesmo com quatro PBs. Talvez o péssimo desempenho ofensivo tenha desanimado e tirar o esforço dos demais jogadores. Talvez tenha sido apenas uma temporada onde tudo deu errado. Talvez um pouco de todos. Só sei que o talento estava lá, e com a mudança de comando e mesmo de ares lá em Kansas City, era de se esperar que esse talento aflorasse.

A mudança da água para o vinho nesse time começou com a chegada lá do grande (enorme!) Andy Reid. Reid claramente estava com a relação desgastada na Philadelphia, cometendo muitos erros e precisando urgente de uma mudança de ares. Mas ele é também um técnico experiente e inteligente, que sabe como tirar o máximo de seus jogadores. E Reid, desde o primeiro momento, soube exatamente o que ele tinha nas mãos e o que tinha que fazer para o time funcionar. Ele sabia que Alex Smith era um sólido quarterback com um conjunto específico de habilidades, mas que não conseguia desequilibrar jogos sozinho como Drew Brees ou Aaron Rodgers. MAs ele também sabia que, seguindo o manual do Jim Harbaugh em San Francisco, ele tinha as peças exatas para fazer Smith funcionar ao máximo de suas capacidades. Então Andy Reid prosseguiu para montar esse time como uma réplica muito boa do 49ers de 2011 que quase chegou ao Super Bowl.

Os paralelos são bastante precisos nesse aspecto, e é uma tática que tem sido bastante utilizada ultimamente. Alex Smith não tem um braço forte, não tem uma grande precisão nos passes longos e não é particularmente bom acertando passes em janelas apertadas, mas ele é muito bom tomando decisões, cuidando da bola e acertando passes curtos. Ele é um QB pouco explosivo, mas super eficiente. Então para aproveitar ao máximo o que ele sabe fazer e não colocá-lo em situações onde ele seja forçado a fazer o que não é tão bom, é simples: você foca no jogo terrestre e nos passes curtos, você controla o relógio, você move a bola lentamente, encurta as conversões e força a defesa a se preocupar com a corrida para abrir as linhas de passe. É uma forma de manter o ritmo do jogo sob seu controle, ainda que não resulte em muitos pontos.

Claro, a teoria é mais fácil que a prática e para isso você precisa de um conjunto de jogadores bem definidio. Mas a questão é que o Chiefs é um dos times que possuem esse tipo de característica: possuem um RB bom no Jamaal Charles capaz de encurtar as descidas e mover as correntes, e uma boa linha ofensiva. E mais do que isso, Andy Reid tem feito um excelente trabalho usando Alex Smith correndo com a bola tanto em conversões curtas como em jogadas de primeira ou segunda descida. Smith (contando três ajoelhadas) tem 151 jardas e 5 jardas por corrida, e o ataque terrestre como um todo ganha mais do que 4.3 por corrida (tirando ajoelhadas), uma boa marca considerando que o time enfrenta sete ou oito jogadores na linha adversária com frequência. Jamaal Charles já soma mais de 500 jardas (entre corridas e recepções) e 4 TDs, Alex Smith tem sete TDs e cometeu apenas dois turnovers, e o ataque do Chiefs em geral tem cumprido muito bem sua função de evitar turnovers (5.2% das posses terminando em turnovers, terceira melhor marca da NFL) e de aproveitar as suas boas oportunidades (9 TDs contra três turnovers) que eventualmente tiver. O DVOA do Football Outsiders coloca o Chiefs como o 11th melhor da temporada até aqui e ressalta que esse bom número vem justamente da sua capacidade de proteger a bola e converter oportunidades, ainda que tenha dificuldade em campanhas mais longas.

Mas quando você monta seu ataque dessa forma, para ser conservador, tomar conta da bola, evitar turnovers e basicamente converter oportunidades, você não pode esperar que seja seu ataque a vencer jogos para você. É basicamente admitir que seu ataque não conseguiria (ou não seria eficiente o suficiente) jogar em um esquema de profundidade e alto volume, e montar uma forma de esconder essa dificuldade para valorizar aspectos mais conservadores do jogo. Não tem nada errado com isso, é claro - na verdade, acho inteligente quando um técnico reconhece as limitações do seu time e consegue efetivamente esconder isso enquanto explora os seus pontos fortes, é o que faz de um bom técnico um bom técnico. Mas para isso funcionar, você vai precisar de uma outra força no seu time: uma defesa que consiga manter os jogos favoráveis aos placares baixos do ataque, que force turnovers e boas posições de campo para o ataque aproveitar, e que possa vencer jogos uma vez ou outra quando o ataque não funcionar. Ou seja, você precisa de uma defesa dominante que compense e complemente esse ataque conservador.

E nessas quatro semanas, é exatamente o que essa defesa tem sido. Além de ser rankeada como a terceira melhor defesa pelo Football Outsiders (ajustada), a defesa do Chiefs é a segunda que menos cedeu pontos na temporada, nona melhor cedendo jardas e terceira melhor forçando turnovers. Apenas 14.8% das posses de bola adversárisa resultam em turnovers contra essa defesa, a melhor marca da NFL por uma considerável margem, enquanto que ela força turnovers em 20.4% das posses - quinta melhor marca. A defesa tem sido surpreendentemente ruim contra corridas, cedendo 5.4 jardas por corrida (segunda pior marca da liga), mas apresenta a melhor secundária, segurando o adversário a apenas 4.5 jardas por jogada de passe (de longe a melhor marca). 

O segredo para essa defesa, pelo menos até aqui, tem sido seu pass rush: em quatro semanas, nenhuma defesa conseguiu anotar mais sacks (18) e teve mais situações de pressão ou hits do que a linha de frente de Kansas City. A dupla de OLBs do time, Tamba Hali e Justin Houston, em particular, tem sido letal: Hali sempre foi um grande rusher, com temporadas de 14.5 e 12.5 sacks na sua carreira, e esse ano teve mais um começo bom de temporada com 3 sacks nos primeiros quatro jogos, mas a grande surpresa do ano tem sido Houston, que já tinha sido bom em 2012 (10 sacks e uma vaga no Pro Bowl) mas que explodiu em 2013 com 7.5 (!!) sacks em quatro jogos, incluindo um fumble forçado e 9.5 tackles atrás da linha de scrimmage (contando sacks). Esses dois sozinhos somam mais sacks do que 15 times da NFL e mais sacks do que Bears e Giants SOMADOS. Esses números provavelmente não vão continuar assim um ano inteiro, mas é o suficiente para que esse pass rush seja reconhecido como uma força que desestabiliza quarterbacks e força times a ajustarem para sair da sua zona de conforto. Outro jogador que explodiu em 2013 e tem sido fundamental para esse bom começo é o NT Dontari Poe, uma escolha de primeira rodada que decepcionou em 2012 mas que já soma 3.5 sacks em 2013 como um NT de uma defesa 3-4!!! Poe tem sido uma das forças mais destrutivas da NFL pelo meio essa temporada, não só forçando sacks como obrigando ajudes e até mesmo marcações triplas em cima do gradalhão. Então a defesa do time já era boa, com a secundária trazendo Dunta Robinson e Sean Smith para reforçar um grupo já forte que contava com Eric Berry e Brandon Flowers e mais Derrick Johnson e Tamba Hali na frente, e só de se livrar do que quer que já estivesse a atrasando em 2012 já seria o suficiente para fazer dessa uma defesa muito sólida... mas dai Houston e Poe explodiram e colocaram esse grupo um patamar ou dois acima. Não é a toa que os adversários enfrentando o Chiefs tem apenas 53% de aproveitamento nos passes (terceira melhor marca da NFL), um NFL-worst 5.9 jardas por passe (não por jogadas de passe, note bem) e 4.8 jardas ajustadas por passe (segunda melhor). É um pesadelo ter que passar contra esse time.

Claro, não é apenas a questão do ataque mediano, mas eficiente, e da defesa destrutiva. Depende de diversos outros fatores que pouco são observados, mas estão diretamente ligado a capacidade do time de integrar essas duas coisas, funcionar como conjunto e executar seu plano de jogo. E a primeira e talvez mais importante dessas é a questão da posição de campo. Como um time de futebol americano, naturalmente, você quer que seu ataque comece suas campanhas o mais próximo possível da end zone adversária (menos caminho a percorrer para anotar pontos) e que as campanhas de seus adversários comecem o mais longe possível da sua. Isso pode parecer uma questão de special teams (capacidade de retornar chutes, bons punters, etc) e de certa forma é, mas não apenas: depende diretamente da estratégia e da forma como um time atua. Isso envolve tomada de decisões em diversas situações (por exemplo, o chiefs é mais provável que vá para o punt em uma 4th and 4 na linha de 38 do adversário do que o Packers ou Broncos) e também toda sua filosofia de jogo, já que evitar turnovers ofensivos e conseguir forçá-los na defesa é uma forma de conseguir uma vantagem no quesito. Em particular, para um time como o Chiefs que usa essa estratégia de um ataque eficiente mas com dificuldades para longas campanhas e uma defesa absurdamente dominante que é uma ameaça para forçar turnovers a todo instante, a posição de campo é crucial: você quer seu ataque tendo que andar o mínimo possível para anotar pontos já que ele não se da bem em longas campanhas, e você quer oferecer a sua defesa o maior espaço possível para fazer sua mágica e forçar os turnovers que, por sua vez, darão ao ataque boa posição de campo para anotar pontos. É por isso que o Chiefs é um time que não é tão agressivo ofensivamente e não se incomoda em chutar punts quando seu ataque estagna em uma campanha, porque assim eles oferecem boa posição de campo a defesa para conseguir uma eliminação rápida do ataque ou um turnover, e dai o ataque receberá novamente a bola em uma boa posição. Então posição de campo é um ingrediente crucial para o estilo de jogo de KC, e até agora, eles tem sido extremamente  eficientes com isso: as suas campanhas ofensivas começam em média na linha de 37.5 jardas do seu próprio campo, e as suas campanhas defensivas começam com o adversário em sua linha de 20.3 jardas... e ambas as marcas lideram a NFL por uma LARGA margem. Nunca neglicencie o efeito disso sobre uma partida e um time.

E por fim, temos uma questão mais complicada: turnovers. Quando eu escrevi terça sobre o Titans, eu disse que o segredo por trás do seu bom começo de temporada era seu saldo de turnovers de +9, algo que era absolutamente insustentável já que era motivado por uma taxa de recuperação de fumbles de 89% e pelo fato de que seu time ainda não tinha lançado uma interceptação, dois fatores extremamente prováveis a sofrerem regressão indo para frente. Bom, o  Chiefs também é um time que tem beneficiado demais dos turnovers: seu saldo de +9 lidera a NFL junto com o Titans, resultado de 12 takeaways da defesa contra apenas 3 turnovers do ataque. E como esperado, isso também envolve alguma sorte: o Chiefs tem recuperado 71% dos fumbles, terceira melhor marca da liga. Então o normal seria concluir que, assim como o Titans, o Chiefs está sujeito a uma regressão nesse quesito. E não deixa de ser verdade: é impossível que a equipe continue recuperando 71% de seus fumbles, e quando isso regredir, o total de turnovers da equipe também vai regredir. 

Mas a equipe de Kansas City tem uma chance melhor de continuar se dando bem no quesito do que a de Nashville por dois motivos. Primeiro, porque esse bom começo e esse saldo de +9 dependem muito menos de sorte e de fatores absurdos do que seus adversários da AFC. No caso do Titans, isso está vindo de dois fatores absolutamente insustentáveis: recuperação de 89% de seus fumbles e taxa de interceptações de 0% por parte de seus QBs (inclusive duas interceptações dropadas), dois dados que contrariam todas as evidências histórias e que estão sujeitos a violentas regressões que afetarão mais fortemente o seu time do que o Chiefs, que deve diminuir esse saldo mas de um patamar muito menor (entre 71% e 89% tem uma GRANDE diferença) e cujo QB não está tendo particular sorte ou um número estranho ou insustentável com interceptações - então a regressão tende a ser mais fraca em cima do Chiefs. E segundo, porque a batalha dos tunovers é uma consequência direta do plano de jogo da equipe: o ataque do Chiefs é FEITO para segurar a bola e evitar turnovers, composta de passes curtos e seguros que diminuem a chance de uma interceptação, e ainda por cima com o QB que melhor evita turnovers em toda a NFL desde que assumiu a titularidade em 2010. Da mesma forma, a defesa do Chiefs é uma das melhores da liga e extremamente agressiva em busca desses turnovers, então eles vão recuperar mais fumbles (mesmo quando o 71% nivelar) porque eles vão simplesmente forçar mais fumbles do que os outros times. Não que todos os times da liga não busquem também evitar turnovers e produzir os seus, mas no caso do Chiefs, todo o plano de jogo é voltado para essa finalidade, então me parece algo muito mais natural que KC tenha +9 de saldo do que um outro time que não coloque tanta ênfase nesse aspecto do jogo. Eles tem dado alguma sorte, mas também tem executado muito bem seu plano de jogo. E no fundo, é isso que tem feito a grande diferença na equipe, dos dois lados da bola. Não vejo motivo para que o Chiefs não continue sua temporada mágica rumo a uma vaga nos playoffs.


Palpite para o jogo de quinta a noite


BROWNS over Bills
Contra o spread: BROWNS (-3.5) over Bills
Então depois de começar o ano 0-2 e trocar seu (supostamente, porque ele tem sido medíocre a sua carreira inteira) melhor jogador ofensivo E colocar seu QB reserva para jogar, o time está 2-0, venceu supostamente o melhor time da sua divisão no Bengals, e agora lidera a AFC North (empatado, mas enfim). Alias, inesperadamente esse jogo que tinha tudo para ser um fiasco no papel acabou sendo uma disputa entre dois times 2-2 que de repente sonham com uma vaga nos playoffs! Quem teria imaginado no começo da temporada. Enfim, minha aposta vai para o Browns porque eles tem me impressionado bastante desde que trocaram Trent Richardson (a ponto de me fazer questionar se, no final das contas, ele era mais responsável por aquele ataque ruim do que imaginávamos), tem jogado com muita intensidade e jogam em frente a uma torcida que não comemora nada faz seis anos, e enfrentam um Bills que não tem jogado bem fora de casa, joga sem metade da secundária e que quase conseguiram perder do Ravens mesmo com Joe Flacco lançando cinco interceptações. A boa defesa do Browns me parece favorecida por esse jogo ser numa quinta a noite também. Agora se me dão licença, tenho que subir na Cleveland Browns Bandwagon. Volto amanhã.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Palpites para a semana 3 da NFL

Um resumo da volta de Andy Reid a Philadelphia



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Bom, chegamos a sexta feira, dia dos palpites da rodada. Se perdeu o que rolou nessa semana, falamos um pouco sobre alguns pontos de interesse da rodada na terça feira e fizemos um estudo sobre os times que começam a temporada 0-2, na quinta. Também temos a nossa promoção de NBA, que está a todo vapor e continua aberta até Outubro, e você pode participar pelo link lá em cima. Hoje é dia de brincar de adivinho novamente, dar uma olhada nos jogos da semana, e ver o que achamos de interessante. E como um número surpreendentemente grande de pessoas gostou de eu ter incluído os spreads de Vegas semana passada, incluirei novamente hoje. Vamos então aos jogos, time da casa em caixa alta.

Week 2 Record: 11-5
Week 2 contra o spread: 8-8

Chiefs over EAGLES
Esse palpite estava na minha coluna de ontem com a seguinte explicação:
"De certa forma, esse é o confronto entre a força irresistível contra o objetivo que não pode ser movido. O Eagles é o time que joga em extrema velocidade ofensivamente e gosta de jogos de inúmeras posses de bola, vencendo os adversários no volume de ataque. Enquanto isso, enfrentam um time do Chiefs que é exatamente o oposto, gosta de jogar devagar, controlar o relógio e maximizar cada posse de bola. Duas filosofias de ataque exatamente opostas, e acho que o Chiefs vai ter mais sucesso implementando a sua: o ataque do Eagles vai tentar fazer valer seu esquema ofensivo contra uma excelente defesa de Kansas, enquanto o do Chiefs vai ter que fazer o mesmo contra uma bem fraca defesa da Philadelphia. Então acho que esse jogo é um matchup favorável a um time muito bom do Chiefs."
Não foi exatamente assim como eu esperava, o Chiefs teve dificuldades ofensivamente (inclusive para correr a bola, pelo menos até o último quarto) e não controlou o relógio tanto quanto eu esperava (39 minutos é bastante, não se enganem, mas eu esperava algo na casa dos 45). Mas saiu vitorioso com mais uma performance espetacular de sua excelente defesa e com ajuda da máquina de turnovers vestida de verde, e já é bom o suficiente (o ataque do Eagles não foi de todo ruim, mas você não pode cometer cinco turnovers e sair impune). Meu QB favorito está 3-0 na temporada.
Contra o spread: Chiefs (+3.5) over EAGLES

Jogos de domingo e segunda


Texans over RAVENS
Esse jogo é mais difícil do que parece a primeira vista. Os dois times entraram na temporada com status de favoritos a uma vaga de playoffs, mas ambos tem decepcionado um pouco até aqui: Ravens tomou uma surra do Broncos e suou para vencer o Browns em casa, enquanto o Texans está 2-0 mas os dois jogos foram vencidos por menos de uma posse de bola por causa de um colapso absurdo do Chargers e uma virada espetacular contra o Titans. Nenhum realmente tem convencido nesse começo de ano, e eu vou de Texans porque me parece o mais seguro: Baltimore tem apresentado alguns problemas já antecipados nesse começo de temporada do lado ofensivo e a defesa do Texans não me parece um matcuhp ideal, especialmente considerando que o time pode estar sem Ray Rice (ou com um Rice limitado). Aposto em mais uma vitória sem convencer do Texans.
Contra o spread: Texans (-2.5) over RAVENS - Apostando em um jogo feio, apertado e de placar baixo, eu iria no Ravens se essa linha fosse um pouco mais alta. Mas abaixo de um FG, mantenho Texans.


Giants over PANTHERS
Ironicamente, ao final do post de ontem sobre times que começaram 0-2 a temporada, eu disse que o Giants era (pelos números do post) o time mais provável para dar a volta por cima nesse começo ruim, e que o Panthers não era um forte candidato mas era um sleeper. Bom, agora os dois se enfrentam e nenhum time desde 1990 chegou aos playoffs depois de começar 0-3, então... yeah.
Errata: O Bills conseguiu chegar em 1998 depois de começar 0-3

Para mim esse é de longe o palpite mais difícil da rodada, com os dois times mostrando algumas coisas boas e muitas coisas ruins nesses primeiros jogos. Panthers joga em casa, mas perdeu seus dois melhores jogadores de secundária (que já era fraca). Enquanto isso, o Giants parece incapaz de correr com a bola, e sua defesa tem deixado a desejar. Eu escolho o Giants por dois pequenos motivos: primeiro, porque é um time mais experiente que vai sentir mais a urgência dessa partida para evitar começar o ano 0-3; e segundo, porque o técnico deles não é o Ron Rivera - não consigo deixar de achar que o Panthers vai entregar esse jogo sendo conservador em uma 4th and 1 nos minutos finais da partida, e enquanto Rivera estiver lá sendo conservador e se recusando a jogar junto das forças de seu ataque, isso vai continuar limitando o potencial ofensivo de seu time.
Contra o spread: Giants (+1) over PANTHERS - Esse spread é basicamente inútil, a não ser em caso de empate (improvável), então...


Packers over BENGALS
Estou começando a ficar inquieto: em quatro jogos (incluindo o de quinta feira), é o quarto time seguido que eu escolho para vencer que joga fora de casa. O Bengals não é um time ruim, mas também não me parece particularmente bom, parece ser aquele time sólido e acima da média que garante os jogos contra times inferiores e não vence os times melhores. Acredito que Green Bay nesse caso se enquadre em "times melhores" enquanto Aaron Rodgers estiver por lá. O Packers tem suas fraquezas: a linha ofensiva é muito ruim,  a secundária está sentindo falta de Morgan Burnett e Casey Heyward e tudo mais.  Mas eles ainda são um time muito sólido liderados por um grande QB, e embora eu não espere que esse seja um jogo de placar tão alto assim por conta da boa defesa de Cincinnati, eu também não confio em Andy Dalton.
Contra o spread: Packers (-3) over BENGALS - Confesso que achei que o spread ia ser maior a favor de GB e ia escolher o Bengals pensando em um jogo de placar baixo, com potencial de um TD em garbage time de Cincy. Mas tão baixo assim, não vale a pena mudar.


COWBOYS over Rams
Finalmente um time que joga em casa! Não sou exatamente o maior entusiasta de Dallas esse ano, mas eles tem um time certinho e Demarco Murray ainda não se machucou, então há esperança. O Rams também é um time arrumado e eficiente que não faz muito mais do que isso, então realmente me parecem dois times bem parelhos se enfrentando. O Rams tem uma defesa melhor e uma das melhores duplas de DEs da NFL em Robert Quinn e Chris Long, o que vai causar problemas para Dallas, mas seu ataque não me parece um perigo. Dallas provavelmente se sentiria mais confortável em um jogo de placar largo e o Rams em um jogo de placar baixo, e jogando no Texas, eu espero que o Cowboys tenha mais sucesso na sua empreitada. A secundária do Rams tem se mostrado surpreendentemente vulnerável para começar o ano também, e isso favorece o time da casa. Vai ser um jogo feio, mas fico com o Cowboys.
Contra o spread: COWBOYS (-4) over Rams - Eu gosto desse time de Dallas, embora não seja do nível de outros candidatos aos playoffs da NFC. Ganhar os jogos em casa é um bom começo para voltar aos playoffs.


VIKINGS over Browns
Eu realmente não estou muito confiante com o que vejo do Vikings, mas como escolher o Browns para vencer fora de casa sendo que eles vão escalar Brian Hoyer de QB e acabaram de trocar seu RB que tinha sido a terceira escolha do draft ano passado?? É simplesmente impossível. Minhas ponderações sobre a troca de Trent Richardson ficam para semana que vem porque senão vão ocupar muito dessa coluna, mas eu antecipo que gostei do que o Browns fez, mesmo que isso signifique ser ruim esse ano e apostar em um draft muito promissor de 2014. Mas claro, a consequência é mais um ano de tortura para os torcedores do Browns enquanto sonham com Teddy Bridgewater ou Johnny Manziel. O Vikings não poderia ter pedido um adversário melhor - ok, o Jaguars seria melhor, mas enfim - para começar sua tentativa de ir aos playoffs depois de começar 0-2.
Contra o spread: VIKINGS (-6.5) over Browns - Minha única dúvida: você foi um time de playoffs um ano atrás, tem o MVP e possivelmente o melhor jogador da NFL no seu time, e está enfrentando - EM CASA - um time que começou o ano 0-2 e acabou de trocar aquele que era (em teoria, pelo menos) seu melhor jogador ofensivo por uma escolha de draft futura, com seu QB reserva, e que vai para esse confronto sem nenhum jogador em seu elenco inteiro que tenha corrido UMA vez com a bola nessa temporada. Como diabos você só está com 6.5 pontos de spread?! Christian Ponder é tão ruim assim?! Holy s...!


PATRIOTS over Bucs
Tem jogo mais chato para palpitar do que esse? Os dois times estão com grandes dificuldades ofensivas, e os dois possuem boas defesas. Os dois praticamente viveram de jogos feios e apertados até aqui, com o Pats vencendo um jogo nos segundos finais e contando com três interceptações de Geno Smith só no quarto periodo para vencer quinta passada, enquanto o Bucs está 0-2 tendo perdido as duas partidas para FGs nos segundos finais depois de se queimar a noite inteira com faltas. Vale citar também que o maior ridículo do Pats nesse exato momento é a falta de recebedores, com Danny Amendola fora, Rob Gronkowski possivelmente ainda sem jogar, e tendo que confiar em Julian Edelman e mais um bando de jogadores medíocres. Com Darrelle Revis provavelmente colando em Edelman, chega a ser quase cômica (se você não torce para o Pats) a falta de alvos do time e mesmo com um QB como Tom Brady, não vai ser tarefa fácil conseguir anotar pontos com tamanha mediocridade. 

Então porque não escolher o Bucs? Porque eles continuam dando toneladas de chances aos seus adversários com faltas e descontroles, algo que o Pats vai procurar aproveitar ao máximo caso seu ataque não engrene; porque seu técnico continua em uma cruzada maluca para destruir completamente a imagem e a confiança do seu QB; e porque eu não consigo apostar em um time que continua atirando no próprio pé nos momentos cruciais jogando fora de casa contra uma boa defesa. É o tipo de jogo que me parece que o Bucs vai controlar até o final, dai vai tomar uma virada dolorosa por alguma besteira. Alguns times simplesmente não inspiram confiança, e esse é um deles.
Contra o spread: Bucs (+7) over PATRIOTS - De longe, o spread mais inexplicável da semana. A diferença provavelmente vem do fato de que o Pats está 2-0 e o Bucs 0-2, mas a natureza desses jogos torna esse spread ainda mais inexplicável: os dois jogos do Pats foram feios, de placares baixos e decididos por poucos pontos, e as duas derrotas do Bucs também foram feias, de placares baixos, e decididos por dois pontos ou menos. Então porque eu deveria acreditar que logo agora, com Edelman preso na Revis Island e o Patriots tendo que atacar com Trey Thompkins e Aaron Dobson, eles vão ganhar de um time com uma boa defesa por uma margem considerável? Não vejo acontecendo.


SAINTS over Cardinals
Arizona tem sido um time surpreendente nesse começo de ano, com um ataque mais competente do que o esperado e uma defesa estranhamente mais vulnerável. São apenas duas rodadas então vamos tirar nenhum tipo de conclusão, mas me parece um time mais interessante do que teria achado duas semanas atrás. O Saints, por sua vez, é um time que vem ganhando muito feio, segurando Falcons na red zone na semana 1 e virando contra Bucs com um FG nos segundos finais. Isso é de certa forma um bom sinal, já que com a defesa atroz de 2012 isso provavelmente não seria fisicamente possível, mas também não mostra uma grande dominância para começar o ano. Jogando em casa, acho que a vantagem sobre o Cardinals é considerável, ainda que não tão grande quanto possa parecer a primeira vista: Patrick Petterson provavelmente vai ficar colado em Marques Colston, e embora o Cards seja vulnerável contra TEs sem Daryl Washington, é um jogo interessante para ver a defesa de Arizona se recuperando um pouco. Saints leva, mas não vai ser o massacre que muita gente espera.
Contra o spread: Cardinals (+7) over SAINTS - Não que eu não ache que o Saints seja 7 pontos melhor que o Cardinals, é só que em um estádio fechado, o potencial de garbate time é muito alto aqui. Ano passado Carson Palmer foi o rei do garbage time jogando com Darius Heyward-Bey e Denarius Moore, então com Larry Fitzgerald esse ano o Cardinals tem tudo para ser o terror dos spreads nos finais de jogos.


Chargers over TITANS
Eu mudei de idéia 1000 vezes aqui antes de me decidir por Chargers. Tennessee tem jogado surpreendentemente bem esse começo de temporada, embora a falta de jogo terrestre (3.1 YPC) seja um problema, como de fato foi contra o Texans quando a equipe precisou gastar o relógio e não conseguiu correr para isso. O ataque é anêmico e a defesa de San Diego não é ruim, mas a defesa do Titans tem sido surpreendentemente sólida nesse começo de ano e o Chagers perdeu mais um WR em Malcom Floyd (e Eddie Royal não vai anotar 40 TDs na temporada). Esse jogo está cheirando a placar baixo, o que naturalmente é uma vantagem para o Titans que parece ter mais confiança na sua defesa nesse momento. Os dois enfrentaram um adversário em comum (Texans) e quase o venceram. Os dois parecem ser aquele típico "sólido e só" que termina o ano em torno das 7 vitórias, então é realmente bem difícil escolher um deles, é um duelo muito parelho. Então porque Chargers se joga fora de casa? Porque o teto da equipe é maior, só por isso. Aposto mais na chance do Chargers explodir ofensivamente do que o Titans, e no papel é um time melhor. Sinceramente, só por isso.
Contra o spread: Chargers (+3) over TITANS - Na dúvida, pego os pontos, especialmente com dois times que vem de dois jogos de placares baixos e apertados


Lions over REDSKINS
Perdido em meio a toda a especulação sobre Robert Griffin está um fato muito simples e que tem passado desapercebido: a defesa da equipe é muito ruim, e nem Ryan Kerrigan jogando como se fosse JJ Watt pode salvar esse grupo. O Lions decepcionou semana passada perdendo mais uma vez para si mesmo um jogo que poderia ter ganho, mas era contra um time de Arizona que possuía Peterson para marcar Megatron (DeAngelo Hall não tem a menor chance) e que era mais sólido no time de especialistas. O Redskins não tem nenhum desses, então se quiser vencer esse jogo vai ter que ser no volume de ataque, e não gosto de suas chances nisso contra a linha de frente de Detroit e com RG3 claramente ainda fora de ritmo. Matchup ruim desde o começo, especialmente se virar um jogo de placar alto como promete. 
Contra o spread: Lions (+1.5) over REDSKINS - Até aqui Griffin tem sido um potencial Garbage Time All-Star, mas isso não adianta quando o spread é negativo.


SEAHAWKS over Jaguars
Eu não realmente preciso me explicar aqui, certo? 

Tangente rápida: perdido em meio a todo o (justificado) hype de Seattle como o melhor time da NFC está perdido um fato que pode ser questão de amostra pequena ou não: o ataque não tem sido bom até aqui na temporada. Anotou apenas 12 pontos contra Carolina e, apesar dos 29 contra uma boa defesa de San Francisco, foram apenas 5 antes da lesão de Eric Reid, e nas três campanhas de TD na partida do Hawks a equipe avançou mais jardas com faltas do que com seu ataque de fato (e duas vieram em ótimas posições de campo após turnovers). Obviamente isso não vai importar contra o Jags e pode ser apenas uma amostra pequena contra das boas defesas, mas é algo a se monitorar.
Contra o spread: SEAHAWKS (-19.5) over Jaguars - Muito para minha surpresa, essa linha não se moveu desde que abriu exatamente em 19.5. Pergunta honesta: qual aqui seria um spread que faria você apostar no Jaguars? +25? +30? -19.5 parece muito pouco.


NINERS over Colts
Lembra quando eu escolhi semana passada o Packers para vencer confortavelmente seu jogo com sede de vingança depois de uma derrota na semana 1 para um rival direto? Bom, o 49ers é meu candidato ao jogo "Eff-You!" da semana contra uma defesa horrenda (e uma linha ofensiva ainda pior) de Indianapolis. Trent Richardson dificilmente vai ter algum impacto depois de chegar no meio da semana e ainda sem conhecer o playbook da equipe, e o Colts simplesmente não é um grande time. Boa oportunidade para o 49ers voltar a estabelecer seu jogo terrestre, que tem sido totalmente sumido nesses dois primeiros jogos e vai ser um fator importante no resto da temporada.
Contra o spread: NINERS (-10) over Colts - Sabia que Colin Kaepernick nunca perdeu um jogo em casa? Não sinto que vai ser a defesa do Colts que vai conseguir parar esse ataque do Niners em Eff-You Mode.


Falcons over DOLPHINS
Miami é um time muito sólido e cujo começo de 2-0 não deveria surpreender ninguém. Não é um time espetacular, e o ataque ainda me parece um pouco longe de achar o equilibrio ideal e sua melhor forma de jogar com tantas peças novas como Lamar Miller e Mike Wallace. Mas tem obtido resultados, e sua defesa tem se mostrado bastante sólida. Minha aposta no Falcons é muito menos por achar que o Miami é um time ruim e mais por achar que eles estão mais "prontos" nesse momento, apesar dos defeitos óbvios: linha ofensiva muito fraca (que provavelmente vai ser explorada pela boa linha de frente de Miami) e defesa muito limitada, mas seu ataque é uma máquina bem calibrada e que sabe como aproveitar ao máximo seus jogadores. Miami é um bom time que é uma boa aposta para ir aos offs, mas ainda precisa equilibrar melhor Miller, Wallace e Ryan Tannehil, e isso talvez demore mais um pouco.
Contra o spread: Falcons (+2.5) over DOLPHINS - O Phins realmente causou uma boa primeira impressão para ter vantagem no spread sobre o Falcons, hein? Nada mau.


JETS over Bills
Dois QBs calouros e atléticos, duas boas defesas, e um jogo bem mais parelho do que parece. Acredito que o Bills seja um poooouco melhor, ganhou de um bom time do Panthers essa semana (apesar do Ron Rivera ter entregado o jogo sendo burro) e deu trabalho ao Patriots na primeira semana, mas jogou ambos os jogos em casa e agora tem que jogar fora de casa contra um time ok do Jets. Acho o Bills um pouco melhor, mas vou pegar o time que joga em casa para esse jogo.
Contra o spread: JETS (+2.5) over Bills


Bears over STEELERS
Depois de perder Mike Wallace e James Harrison na free agency, Le'Veon Bell e Heath Miller para o começo do ano e depois Larry Foote e Maurkice Pouncey, fica realmente difícil manter algum tipo de estabilidade em um time que supostamente deveria estar passando por uma fase de reformulação. E qualquer tipo de reformulação é mais difícil quando você não consegue correr com a bola ou manter a defesa afastada do seu QB que deveria ser a parte estável disso tudo. A defesa não tem sido ruim, mas também não tem conseguido fazer a diferença como antigamente, e o ataque tem sido uma enorme decepção. O Bears não tem sido brilhante, mas tem jogado um futebol americano sólido e isso me parece suficiente para vencer o Steelers nesse momento.
Contra o spread: Bears (-2.5) over STEELERS - Não consigo confiar no Steelers para anotar pontos e cobrir um spread nesse momento


BRONCOS over Raiders
Bom, essa foi fácil. O Raiders conseguiu escapar do estigma de pior time da NFL depois de vencer o Jaguars, mas ainda não está nem perto de desafiar o poderoso Denver Broncos, especialmente em Denver. Talvez nenhum time da AFC esteja, na verdade, mas isso não vem ao caso agora. A questão é que o Raiders ainda não é um bom time, e o Broncos é. Mas aqui está o que eu acho interessante...
Contra o spread: Raiders (+15) over BRONCOS - Eu apostaria no Raiders contra o spread, simplesmente porque é muito fácil imaginar um cenário onde o Broncos abra 20 ou 21 pontos de vantagem, acomode com a diferença, e dai o Raiders anota um TD em garbage time para cobrir a vantagem. É mais fácil apostar contra o Jaguars em um spread grande contra uma grande defesa (em um estádio ensurdecedor) do que contra o Raiders e seu ataque liderado por Terrelle Pryor. Isso não quer dizer que o Raiders seja bom ou Pryor um grande QB, mas acho que a chance de um TD irrelevante no final da partida para cobrir o spread é bem grande.


2013' Record: 11-5
2013' contra o spread: 8-8

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Preview NFL 2013 - Kansas City Chiefs


Cassell apontando para onde jogou seu último passe


Para saber do que estamos falando aqui e dessas estatísticas, recomendo a leitura desse post antes
Se quiser opinioes e analises sobre o Draft, voces podem ler o Running Diary da primeira rodada ou o manual de como avaliar um Draft na NFL


Nessa série de previews já falamos de 26 times diferentes, incluindo toda a AFC East, South e North e das NFC East, South e North, mais o Denver Broncos e o San Diego Chargers. Você pode acessar todos os previews direto do nosso índice. Se você não tem ideia do que estou falando, recomendo que leia esse post introdutório. Btw, a falta de crases nesse texto é porque esse teclado não tem crase, então não reparem, ok?

Kansas City Chiefs

2012 Record: 2-14
Ataque ajustado: 31st
Defesa ajustada: 30th


Caso ninguém tenha percebido ainda, muitas vezes eu aproveito esses previews para dissertar sobre alguns temas relacionados ao time, mas que não influenciam diretamente a temporada 2013 - eles simplesmente são interessantes. Falamos um pouco sobre como times inteligentes se comportam na offseason quando falamos do Ravens, falamos sobre porque times ruins continuam ruins quando falamos do Jaguars, dissertamos sobre regressão de outliers quando falamos do Vikings, sobre dúvidas com quarterbacks quando falamos do Eagles... e por aí vai. São todos relacionados o suficiente aos times para justificarem estar aqui, mas ao mesmo tempo são oportunidades para dissertar e explicar alguns temas que sempre se repetem na NFL e que portanto precisam ser explicados. No caso do Chiefs, a troca de QBs que a equipe fez na offseason é uma excelente deixa para explicar mais sobre o draft, e porque existe tanta incerteza nesse evento tão importante.

Hoje em dia, as pessoas adoram julgar qualquer tipo de coisa pelo resultado. Se o resultado foi bom, então tal time fez o certo, e se o resultado foi ruim, é porque a decisão tomada foi errada e a culpa é de quem a tomou. Essa visão é comum hoje, mas extremamente limitada, porque existe um milhão de variáveis influenciando diretamente o resultado que estão além do controle (ou dentro do controle, mas não relacionadas a questão inicial) da equipe, do técnico ou do GM que tomou tal decisão. Por isso é muito mais importante avaliar o processo de tomada de decisão antes de olhar para o resultado... o que claro, todo mundo ignora, já que concluir tudo a partir do resultado é mil vezes mais fácil. E o draft não é exceção: nós julgamos praticamente tudo só pelo resultado que eles geram (e as vezes esse resultado É motivado por boas decisões e excelente avaliação de jogadores mesmo) quando nem sempre é a melhor forma. O 49ers escolher Colin Kaepernick na segunda rodada não foi um acaso, ele era o alvo da equipe desde o começo, só que Trent Balkee entende que ele precisa maximizar o valor de cada escolha ao invés de pular logo no jogador que ele quer, então esperou até a segunda rodada para subir algumas picks e atingir seu alvo. Da mesma forma, não podemos culpar o Jaguars por escolher Blaine Gabbert apesar do garoto não ter dado certo (ainda) na NFL: Gabbert era considerado um QB top naquele draft, o Jaguars precisava de um QB e portanto a decisão fez sentido. Deu errado, mas foi uma boa decisão. Heck, eu até escrevi um post inteiro sobre como avaliar um draft pelo processo e não pelos resultados.

Aonde eu quero chegar com isso? No novo quarterback do Kansas City Chiefs, Alex Smith, primeira escolha do draft em 2005. Smith sempre foi universalmente reconhecido como um bust antes da sua temporada 2011 por ter sido a primeira escolha do draft e nunca ter sido um Franchise QB... ou mesmo um bom QB até a chegada de Jim Harbaugh. E para piorar a vida de Smith, 23 escolhas depois o Green Bay Packers selecionou Aaron Rodgers, que acabou virando o melhor QB da NFL na atualidade, o que deu ainda mais crédito para o argumento de "o Niners errou feio escolhendo Smith ao invés de Rodgers". Afinal, o resultado foi esse: Alex Smith não foi um bom jogador por seis anos e Rodgers virou o melhor da NFL. E isso que importa. Certo?

Bom, para responder a essa pergunta, vamos voltar para 2005. O 49ers tinha a primeira escolha do draft e precisava desesperadamente de um QB, só que nesse draft não havia nenhum consenso sobre qual seria o melhor jogador. Dois QBs se destacaram como os dois melhores desse ano, Smith e Rodgers, mas nenhum era cotado como melhor que o outro e era uma decisão pessoal. Mas o péssimo HC de SF, Mike Nolan, decidiu que queria Smith porque Rodgers tinha uma personalidade mais forte e ele não queria outro jogador para tirar a liderança dele sobre o elenco (caso você esteja se perguntando, sim, esse é uma motivação horrível para escolher um jogador com a 1st pick e não a toa Nolan não achou outro emprego de HC depois). Então o Niners pegou Smith e Rodgers (nativo da Califórnia e torcedor do 49ers desde pequeno) caiu para o Packers na 24th pick. E ai está a parte que todo mundo ignora: um jogador pego no Draft não é um produto finalizado. Ele ainda tem que passar por diversas adaptações, aprender um esquema tático, e encaixar em um time totalmente novo, e isso nem sempre acontece igual para todos os jogadores. E isso importa muito.

Então quais foram os caminhos de Alex Smith e Aaron Rodgers, uma vez na NFL? Smith foi jogado no fogo logo de cara, sendo o titular em um time horrível que não tinha uma linha para protegê-lo e nem recebedores para ajudá-lo, teve que se virar praticamente sozinho correndo de sacks e acertando recebedores que não se livravam de marcação, nunca teve calma ou estabilidade para desenvolver as partes ainda não desenvolvidas do seu jogo e acabou desenvolvendo alguns hábitos ruins no processo (principalmente arremessar apoiado no pé de trás). Ele nunca teve um bom técnico ou coordenador ofensivo que montasse um ataque em torno de suas forças ou fraquezas, e nunca teve um bom mentor para lhe ensinar os truques do jogo. Ele teve na verdade sete coordenadores ofensivos em sete anos, e portanto nunca teve muito tempo para estudar e se adaptar a um playbook ou estilo de jogo já que era constantemente mudado. O excesso de pancadas atrás dessa horrível linha ofensiva lhe causou lesões no ombro que lhe tiraram um ano e meio de aprendizado e evolução e o obrigou a ficar praticamente parado perdendo tempo que poderia estar usando para evouir. Enquanto isso, A-Rod entrou na situação mais confortável possível: ficou três anos na reserva aperfeiçoando e lapidando seu jogo, acostumando a essa nova realidade e evoluindo e corrigindo seus defeitos como passador. Ele jogou no mesmo playbook durante esses três anos, então sempre soube a perfeição o ataque no qual estava, e passou esses três anos aprendendo com um Hall of Famer de titular que lhe ensinava nos treinos. Quando finalmente assumiu a posição, Rodgers tinha polido suas habilidades ao máximo, dominava totalmente o playbook e entrou em um ataque extremamente bem montado e estável em torno dele. Agora me digam, qual dos QBs teve a maior chance de sucesso? Claro que foi Rodgers. Tudo que aconteceu com Smith foi o pior cenário e com Rodgers, o melhor. E isso está totalmente fora do controle de ambos, mas está totalmente relacionado com o resultado final que vemos hoje. Então sim, Rodgers provavelmente era melhor que Smith desde o começo, mas se o 49ers tivesse pego Rodgers e Smith fosse para o Packers, não existe a menor chance da carreira dos dois ter acabado da mesma forma: Rodgers nunca teria evoluido nesse super QB se tivesse sido jogado na mesma situação que Smith, e atrás de Brett Favre e com paciência e calma para se desenvolver, Smith teria tido uma carreira muito melhor e mais estável. Provavelmente nunca seria o jogador que Rodgers é, mas não seria aquele bust por seis anos. Tudo depende do contexto, e portanto é errado julgar as coisas pelo resultado. Espero ter deixado isso claro.

Mas de volta a Kansas City, a grande preocupação para o Chiefs, nesse primeiro momento, tem a ver exatamente com Smith: qual Alex Smith eles estão recebendo? O Alex Smith entre 2005 e 2010, incapaz de proteger a bola, sem força no braço e que não compensava isso com um bom aproveitamento nos passes e era basicamente um QB nível Matt Cassell (QBR nunca acima de 42.0)... ou o Alex Smith pós-Jim Harbaugh, o quarterback ultra-inteligente que dominava perfeitamente seu esquema ofensivo (voltado para suas forças e fraquezas), controlava o relógio, protegia a bola, ultra-eficiente que tinha o melhor aproveitamento de passes (71%) na NFL antes de se machucar? Sabia que Smith terminou a temporada 2012 com o sétimo maior QBR da liga e 10th em produção por jogo (Kaepernick terminou em terceiro em ambos, btw)? Apesar do óbvio efeito Harbaugh e jogar em um esquema que maximizava seus talentos, Alex Smith foi um excelente QB em 2012, um jogador que executou perfeitamente seu papel e maximizou as chances de sua equipe. Andy Reid, o novo técnico da equipe, claramente acredita que esse segundo Smith é quem está vindo para Kansas City para mandar uma escolha de segunda rodada por ele. O maior salto que um time pode dar de um ano a outro é um upgrade em termos de QB (falamos nisso no preview do Colts), e considerando que os QBs de Kansas ano passado foram Matt Cassell (36.57 de QBR) e Brady Quinn (27.4), Alex Smith já é um belo upgrade.

Mas claro, ele sozinho não vai ser suficiente para tirar Kansas desse buraco 2-14 que, inclusive, é sustentado pela sua Pythagorean Expectations (2.5-13.5) e tendo ido 2-3 em jogos decididos por uma posse de bola. Mas sabe o que é realmente estranho? Eu nunca vi um time tão ruim que nem esse Chiefs que joga com tantos jogadores excelentes!! Eles possuem um dos melhores RBs da liga em Jamaal Charles (quando saudável, mas enfim), uma boa linha ofensiva (que melhora ainda mais com a chegada de Eric Fisher) e um bom WR em Dwyane Bowe. Na defesa é ainda melhor, porque eles tiveram quatro Pro Bowlers e mais um bom número de jogadores jovens como Dontari Poe e Brandon Flowers. Na verdade, o time como um todo teve SEIS Pro Bowlers e mesmo assim foi 2-14 sem nenhum grande indicador de azar (tirando o fato de ter sido o terceiro pior time recuperando fumbles, 33%), como diabos explicar isso? Técnico ruim? Entrosamento? Fatores ocultos? Macumba? Eu não faço a menor idéia.

Talvez por isso esse preview seja tão interessante e tão difícil de escrever. Quando falamos do Lions, apontamos que praticamente todos os fatores possíveis e imagináveis apontavam, estatisticamente, para um 2012 muito abaixo do nível normal da equipe e que tudo indicava uma enorme reviravolta em 2013.  Isso não acontece no caso do Chiefs, onde tanto a PE como record em jogos decididos por uma posse de bola mostram que a equipe foi tão ruim quanto pareceu ser (Chiefs também foi o pior time pela eficiência ajustada do Football Outsiders)! Alguns fatores (chegaremos neles) estatísticos que temos usado realmente indicam alguma evolução, mas na verdade a maior parte da volta por cima que podemos esperar do Chiefs vem do senso comum, de parar e pensar que um time com tanto talento e tanto potencial não possa de forma realista repetir uma performance tão abismal como essa. De certa forma isso contraria um pouco a idéia dessa série, que é partir das estatísticas, mas alguns times sofrem tantas mudanças e dão sinais de serem tão diferentes ano a ano que temos que partir um pouco para a análise tradicional e experiência desses 12 anos de NFL (claro que temos usado também esse tipo de análise, ele é indispensável, mas nesse caso ele é ainda mais marcante). 

Primeiro, vamos deixar claro que existe alguns indicadores sim que mostram que o Chiefs vai melhorar para 2013, embora nenhum explique ou justifique como esse time com tanto talento foi tão mal em 2012. Já demos uma amostra do primeiro, que foi o problema dos fumbles: Kansas City foi o terceiro pior time da NFL, recuperando apenas 33% de seus fumbles. A defesa foi particularmente ruim, recuperando apenas cinco o ano inteiro (31%), e isso sem dúvida contribuiu para o saldo de turnovers da equipe de -24, pior marca da liga. Eu acho que não preciso dizer que, historicamente, um patamar tão alto assim é insustentável ano a ano por causa dos fatores que precisam estar em ação para chegar nisso, mas colocando um pouco mais de raciocínio, qual a chance de um ataque com Alex Smith (o QB mais conservador da NFL e o melhor protegendo a bola) gerar 20 interceptações e mais uns oito fumbles em sacks? É impossível que o Chiefs repita essa performance abismal nos turnovers, a equipe vai recuperar muito mais e o ataque vai oferecer muito menos. E só isso já é motivo de muito otimismo. Vale citar também que o Chiefs deve ter talvez a tabela mais fácil de toda a NFL, enfrentando AFC South, NFC East, Bills, Browns, e mais quatro jogos contra Chargers e Raiders. Então razões práticas para otimismo na região nós temos.

Mas a parte teórica é muito, muito maior. Começando pela mudança de técnico, onde o Chiefs mandou embora Romeo Crennel (segundo pior técnico de 2012 pela minha lista na frente de Pat Shurmur) e trouxe o bom Andy Reid da Philadelphia. Eu defendi a saída de Reid do Eagles pelo simples desgaste gerado entre time, técnico e torcida, e para um time que ia recomeçar do zero era melhor fazê-lo com um técnico novo e vida nova (senão os resultados de Reid sempre seriam julgados pelo passado), mas a morsa favorita da NFL ainda é um excelente técnico que também vai se beneficiar enormemente de um novo cenário e um time tão talentoso. É sempre difícil julgar uma troca de técnicos, mas trocar um tão ruim como Crennel por um tão reconhecido como Reid não pode ser ignorado, é um upgrade massivo que com certeza vai se refletir na equipe. O outro upgrade imenso que já comentamos foi de QB: Smith provavelmente não será o QB de elite que foi em 2012 fora do esquema do Niners e longe de Jim Harbaugh, mas ainda assim se for um quarterback "bom" ou mesmo "acima da média", já é uma melhora em relação ao patamar "cataclisma ambulante" de Cassell e Quinn em 2012. Reid também é famoso pelo seu bom trabalho com QBs e tem cobiçado Smith desde seus dias na Pensilvânia, então é de se esperar que pelo menos Smith mantenha um nível acima da média. E "acima da média" já é melhor do que o Chiefs tem de QB desde... hmm... desde... Trent Green em 2005? Yeekes!

A equipe também se reforçou ofensivamente de forma a melhorar as chances de um QB como Smith ter sucesso. Com Jamal Charles saudável e a chegada da primeira escolha do draft, Eric Fisher, o Chiefs deve ter uma boa combinação RB/linha ofensiva para estabelecer o jogo terrestre como foco do ataque da forma que Smith rendeu em SF: conversões mais curtas, muito play action, passes de alto aproveitamento e defesas mais equipadas para parar a corrida. A chegada de Fisher também aumenta a proteção que Smith vai ter, o que sempre é bom. Ainda é cedo para ver como Reid vai usar Smith em KC, mas pelo menos os primeiros sinais indicam que será de forma semelhante ao que o Niners fez: forte ataque terrestre, passes conservadores e muito missdirection. Tenho minhas dúvidas se o corpo de recebedores vai ser bom o suficiente para dar conta sendo que o único bom WR deles (Bowe) é um jogador mais de velocidade (eu gosto de Donnie Avery mas ele precisa ficar saudável), mas qualquer coisa é melhor do que o fiasco histórico do ano passado. Então não sei se o ataque vai ser bom, mas com certeza vai ser bem melhor. 

Mas é na defesa que o potencial é muito maior, apesar do fato de que inexplicavelmente o grupo terminou como a terceira pior de 2013. Realmente, no papel, é um dos grupos com mais talento na NFL: um NT (Poe) que é um candidato forte a explodir indo para seu segundo ano; um grupo de linebackers com três Pro Bowlers (Tampa Bali e Justin Houston - 19.5 sacks combinados em 2012 - pelas pontas e Derrick Johnson pelo meio); e uma secundária com o melhor jovem safety da liga em Eric Berry e um sólido CB em Brandon Flowers. Além disso, a equipe manteve esse núcleo junto e ADICIONOU mais quatro peças importantes, com Mike DeVito na linha defensiva junto a Poe, Akeem Jordan para fazer par com Johnson no meio da defesa (3-4), e DOIS excelentes reforços para a secundária em Dunta Robinson (excelente CB que vai assumir a responsabilidade de defender o melhor WR adversário de Flowers) e mais o Sean Smith do Dolphins para fazer a função de nickel, o que faz a secundária passar de "suspeita" para "transbordando talento". Basicamente a equipe tem um núcleo titular de sete defensores de alto nível e mais pelo menos quatro peças de reposição ou situacionais que poderiam jogar de titular em outros times. Esquecendo por um instante que foi a terceira pior defesa de 2012... bom, é uma ótima defesa, certo? É a mesma base que foi a 13th melhor defesa de 2011 e que só melhorou no papel desde então, adicionando novos e jovens playmakers. Não faz o MENOR sentido que esse grupo tenha sido tão mal quanto foi ano passado, e eu não consigo esperar nada além de uma grande reviravolta para voltar a metade superior da liga, talvez mesmo um Top10 (de novo, 13th melhor dois anos atrás, os jovens jogadores evoluiram consideravelmente, adicionou mais quatro bons playmakers desde então, melhor sorte com fumbles...). Não existe nenhum dado dizendo isso, mas olhe de novo para essa base e para os números de 2011 e é difícil NÃO concluir que 2012 foi uma aberração. A defesa vai dar a volta por cima. Ela tem que dar.

É bem difícil estimar exatamente o quanto isso vai resultar em uma melhora dentro de campo. O Chiefs vai melhorar consideravelmente, mas quanto? Hmm... eu não sei. Eu realmente não sei. O ataque deve melhorar nem que seja um pouco com a chegada de um QB competente e de um bom técnico ofensivo, uma OL mais sólida (não foi exatamente ruim ano passado, mas melhorou) e sem entregar tanto a bola para o adversário com fumbles e interceptações (o índice de interceptacões dos QBs do Chiefs em 2012 foi de 4.2%, o de Alex Smith foi 1.1% em 2011 e menos de 1.5% nos dois últimos combinados), o que vai ser crucial para estabilizar esse ataque horrível do Chiefs. E enquanto isso, a defesa deve dar um enorme salto de produtividade pelos fatores palpáveis e até alguns nem tanto (com menos TOs e um ataque melhor a defesa vai precisar jogar menos e ficar menos cansada, vai enfrentar adversários com pior posição de campo, etc), mas o resultado com certeza vai ser imensamente positivo. Junte a isso o efeito de um novo técnico e de uma tabela que pode muito bem ser a mais fácil da NFL, e eu confesso que me sinto bem otimista quanto a uma volta por cima de Kansas City. Playoffs ainda podem estar um pouco distantes já que o potencial ofensivo é um tanto limitado (a não ser que Smith realmente consiga carregar sua temporada 2012 para Kansas, mas eu acho difícil sem Jim), mas algo como 8-8 ou 7-9 me parece perfeitamente dentro do alcance dessa equipe. E convenhamos, faz mais sentido do que um time com seis ou sete Pro Bowlers terminando 2-14 com o 14th pior saldo de pontos dos últimos 25 anos. No aguardo do que esse time tem a oferecer para a temporada.