Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

terça-feira, 23 de julho de 2013

Preview NFL 2013 - Baltimore Ravens

"120 milhões, fuck yeah!!"



Para saber do que estamos falando aqui e dessas estatísticas, recomendo a leitura desse post antes
Se quiser opinioes e analises sobre o Draft, voces podem ler o Running Diary da primeira rodada ou o manual de como avaliar um Draft na NFL


Depois de terminar a série de previews da AFC East e os previews da NFC East para a temporada 2013 da NFL, é hora de voltar para a AFC e falar da divisão North e do seu principal representante, o atual campeão do Super Bowl, Baltimore Ravens. Se você não tem ideia do que estou falando, recomendo que leia esse post introdutório. Btw, a falta de crases nesse texto é porque esse teclado não tem crase, então não reparem, ok?

Baltimore Ravens

2012 Record: 10-6
Ataque ajustado: 13th
Defesa ajustada: 19th


Não existe time mais difícil de falar do que um time que acabou de ganhar o Super Bowl, especialmente se for um Super Bowl que poucas pessoas esperavam, como é o caso do Baltimore Ravens. Não porque exista muita incerteza como nos casos que falamos ontem sobre o Eagles, mas porque as pessoas muitas vezes não entendem como a pós-temporada tem pouco valor analítico. Algumas pessoas adoram apontar que pouca gente previa o título do Ravens antes dele acontecer e, se estamos falando que o Ravens não vai ser tão bom assim em 2013, que vai regredir ou qualquer coisa parecida, de repente é porque "não gostamos" ou "sempre subestimamos" o time porque também ninguém tinha dito que seriam campeões antes. Mas como já falamos um pouco no texto sobre o Giants, o valor amostral da pós temporada é quase zero (tirando casos extremos). Para qualquer análise de qualquer tipo, uma coisa fundamental é ter uma amostra grande, para que a quantidade de dados seja grande o suficiente para compensar tudo que foi gerado pelo acaso ou por fatores aleatórios (ou próximos disso). Como temos visto repetidamente ao longo desse preview e vamos ver muito mais indo para frente (esperem até chegarmos no Lions, no Bears e no Colts), 16 jogos é uma amostra extremamente pequena e sujeita a enormes influências de fatores além do controle das equipes. Se 16 jogos já é uma amostra pequena com influências enormes de acasos e sorte, o que dizer então de três ou quatro, especialmente quando um jogo já serve para eliminar um time? Muitos estudos (meu favorito sendo do Football Prospectus) já mostraram que a maior parte das discrepâncias entre temporada regular e playoffs na temporada dos times é majoritariamente aleatória e não se carrega de uma temporada a outra. Então sim, o Ravens teve uma ótima pós-temporada e foram campeões. Mas isso não significa nada em relação a temporada regular de 2012 e muito menos para a de 2013.

Se não acreditam, pensem da seguinte maneira. O Ravens ganhou o Super Bowl e de repente viraram a reencarnação do Niners de 1989 (o melhor time a pisar nessa Terra). Mas se na segunda rodada Rahim Moore não comete um dos erros mais grotescos dos últimos playoffs furando um quase hail mary para Jacoby Jones nos segundos finais, o Ravens teria perdido o jogo, sido eliminado, e provavelmente chamado de amarelão pelos próximos anos. Mas Moore furou (curiosidade do dia: Moore foi a pick que o 49ers enviou no Draft de 2011 para o Broncos para subir na segunda rodada e selecionar Colin Kaepernick), o Ravens empatou, ganhou o Super Bowl três semanas depois, e Joe Flacco virou Azor Azhai renascido (para quem lê Game of Thrones essa). Sem falar em todas as coisas que deram certo para o Ravens entre o TD do Jones e o título, mas basicamente toda essa história de sucesso do Ravens na pós temporada dependeu de uma jogada sob a qual eles tiveram zero controle, no caso a furada de Moore. Três centímetros a mais e aquele passe vira incompleto e todo o resto nunca acontece. Não estou falando que o Ravens não devesse ou não merecesse ser campeão, que seja um time ruim ou algo assim, que fique claro. Só estou falando que, nos playoffs, o que acontece tem uma influência de acasos muito grande em uma amostra muito pequena, de forma que o que nele acontece é muito mais irrelevante para análise do que os 16 jogos da temporada regular. Tenham isso em mente, ok?

A boa noticia para o Ravens é que, como eles ganharam o Super Bowl, eles estão praticamente garantidos nos playoffs desse ano e... Ah, espera, não é verdade também. Desde o primeiro título do Patriots em 2001, cinco dos onze campeões do Super Bowl perderam os playoffs na temporada seguinte (01' Pats, 02' Bucs, 05' Steelers, 08' Steelers, 11' Giants) e só um (03' Pats) repetiu o título, então realmente não tem nenhuma garantia nisso. O que, vamos reforçar pela milionésima vez, não quer dizer que o Ravens não possa classificar aos playoffs ou não possa repetir o título, só que uma coisa não garante a outra.

O Ravens, em particular, é um caso estranho porque foi um time que mudou muito entre seu título do Super Bowl e a temporada seguinte. Depois de mais de uma década de dominação por conta de sua forte defesa (liderada por Ray Lewis), a equipe decidiu logo após o Super Bowl se livrar de diversos dos seus veteranos e remodelar o time em diversos aspectos. Muita gente criticou duramente o Ravens se livrando de alguns jogadores, perdendo outros na Free Agency, dando um enorme contrato ao Flacco e basicamente parecendo sem energia e letárgico nessa offseason. Mas já que estou aqui, vamos aproveitar e explicar exatamente os motivos que levaram o Ravens a tudo isso, e vamos ver que, no final, faz bastante sentido. Você pode concordar ou não, claro, mas faz sentido.

Após o título do Super Bowl, o Ravens não era um time preso com o mesmo problema do Giants ou do Cowboys - ou seja, um time estourado no teto salarial que precisava se virar só para entrar no teto do ano que vem, e que precisava dispensar jogadores ou não renovar com outros para não estourar o salary cap. O problema do Ravens era outro: era um time com um núcleo velho, e com vários jogadores jovens e promissores atingindo a Free Agency (mais notavelmente Joe Flacco) e que iriam comandar contratos caros e longos caso o Ravens quisesse mantê-los. Ao mesmo tempo, o Ravens já tinha no lugar um núcleo bastante velho que ocupava uma boa parte do teto salarial, e seria impossível para franquia manter todo mundo. O que o excelente GM Ozzie Newsome provavelmente concluiu após o título é que aquele grupo liderado pelos veteranos já tinha atingido seu auge e seu limite, e que se continuasse com aquele núcleo ele só iria decair com o passar dos anos enquanto ocupava seu teto salarial. Com jovens jogadores como Cary Williams, Paul Kruger e Danell Ellerby virando Free Agents (e Flacco exigindo uma enorme extensão), a decisão de Newsome simples: limpar os veteranos da equipe, que já estavam em decadência e dificilmente contribuiriam em alto nível por mais muito tempo, como uma forma de limpar o espaço salarial para acomodar os novos contratos desses quatro.

Então foi por isso que o Ravens, aproveitando a aposentadoria de Ray Lewis, correu para dispensar Ed Reed, Bernard Pollard e trocar Anquan Boldin (eu discordo dessa última, btw, mas enfim) foi porque Newsome acreditava que seu elenco velho tinha atingido seu limite, e precisando limpar espaço salarial para os novos contratos eles foram as casualidades. Os três provavelmente ainda tinham lenha para queimar, mas se fosse para manter eles por mais um ou dois anos, perderiam a chance de renovar com seus jogadores mais jovens, e eles preferiram manter os jovens por mais tempo do que os veteranos por menos.

O Ravens logo correu para fechar a extensão de Flacco, tornando-o o jogador mais bem pago da NFL. Ainda que Flacco provavelmente não valha esse contrato todo (você tem quatro anos de evidência dele sendo um QB mediano e quatro jogos onde ele foi Tom Brady, qual é mais convincente?), não da para criticar Baltimore oferecendo essa grana a ele porque não tinham realmente a menor opção: era ou pagar, ou explicar para a torcida que estavam deixando o Super Bowl MVP da equipe ir embora para recomeçar com Caleb Hanie de QB, então eles realmente não tinham opção. Apesar da chance existente (embora muito pequena) de Flacco realmente ter dado um salto nesses playoffs que vá carregar para o resto da sua carreira, Newsome com certeza sabe que seu quarterback provavelmente nunca vá de fato valer seu salário. Mas era a única opção que a equipe tinha, e pagaram de bom grado.

Mas quando correram para fechar com Ellerbe, Williams e principalmente Kruger, as coisas saíram do plano de Newsome. Outros times, mais desesperados que o sempre calmo e paciente Ravens, correram para fazer ofertas muito altas e muito acima do valor que esses jogadores deveriam receber, com Dolphins (35M para Ellerbe), Cleveland (40M para Kruger) e Eagles (17M para Williams) inflacionando o preço dos jogadores com ofertas muito superiores as ofertas originais que Baltimore fez a esses jogadores. Embora todos deixassem claro que o Ravens tinha a opção de igualar as ofertas, isso significaria pagar um valor muito acima do mercado para jogadores que, embora jovens, talentosos e promissores, não tinham uma longa história de sucesso e titularidade para justificar esses números enormes que vieram provavelmente por causa de uma pós-temporada de sucesso.

E é por isso que eu acho Newsome um dos melhores GMs da NFL nos últimos 10 anos. Ao invés de entrar em pânico por perder os jogadores que ele queria reassinar (e os jogadores pelos quais ele abriu mão de veteranos populares na cidade) e aceitar pagar esses valores quase absurdos que iriam prender o time indo para frente em termos salariais - especialmente considerando que esses salários eram apostas nesses jogadores desenvolvendo em titulares de tempo integral depois de sucesso em papeis menores ou situacionais - o ex-TE do Browns decidiu que não valia a pena fazer isso, e deixou os três irem para seus novos times e mantendo a folha salarial aberta. Embora ele tenha sido alvo de enormes críticas dentro de Baltimore e ao redor da Liga por mandar embora seus veteranos e falhar em segurar os jovens, eu acho que aqui é um caso onde temos que olhar o processo e não o resultado. Newsome assumiu um risco calculado deixando seus veteranos partirem para manter o núcleo do time nas mãos dos jovens (sabendo que o futuro da franquia estaria acompanhando Flacco, de todo modo), mas ele foi esperto de perceber que limitar sua folha salarial oferecendo contratos absurdamente altos a jogadores que ainda não se provaram como titulares na NFL é o tipo de coisa que, se desse errado, poderia prender a franquia na mediocridade por anos. Embora o resultado não tenha sido ótimo, a paciência de Newsome evitou algo pior.

E claro, Newsome não ficou parado. Ele sempre entendeu duas coisas perfeitamente: que poucos times na NFL entendem como maximizar seus ativos no dia do Draft como o Ravens (e portanto eles sempre podem contar com isso), e principalmente, que na Free Agency da NFL é muito melhor esperar a poeira baixar do que sair gastando logo de cara. Os primeiros dias da FA são geralmente marcados pelos times com maior espaço salarial (que normalmente são os times ruins em busca de talentos com potencial) inflacionando o mercado e gastando valores altíssimos (e acima do valor de mercado) em todos os jogadores jovens e muitas vezes que ainda não tem uma história longa de sucesso como jogador de tempo integral para justificar esses valores. Quando esses times (esse ano Colts, Dolphins e Cleveland foram os mais notáveis) terminam e a poeixa abaixa, sobram no mercado jogadores mais sólidos, mais veteranos e com menos potencial que são perfeitos para times com uma boa base como o Ravens, e sem os times com mais dinheiro (em cap mesmo) inflacionando o preço desses caras, eles geralmente acabam saindo em contratos muito mais razoáveis e seguros. Newsome entende isso, e por isso não entrou em pânico.

Quando os times mais desesperados levaram seus jogadores jovens, e o Ravens se viu com muito espaço salarial, o time calmamente esperou a segunda fase da Free Agency para ir atrás de veteranos como Marcus Spear (um veterano talentoso que caiu de produtividade por conta de lesões, contrato de 2 anos e 3,5M) e Chris Canty (um sólido DT que também vinha sofrendo com lesões, contrato de 3 anos e 8M) que foram dispensados de seus times para liberar espaço salarial, e Michael Huff (safety sólido que falhou ao longo da carreira a corresponder a expectativas, 3 anos e 6M) que não tinha espaço em um time em reconstrução como o Raiders. Quando Elvis Dumervil, na burrice suprema de seu agente que não conseguiu mandar um fax para o Broncos a tempo reestruturando seu contrato, foi dispensado pela equipe do Colorado, o Ravens não perdeu tempo indo atrás do veterano pass rusher com um contrato de 5 anos, 35M. Em outras palavras, Baltimore assinou com Dumervil (um jogador melhor que Kruger e mais experiente) por 5M a menos do que teria pago por Paul Kruger se não fosse a calma e paciência de Newsome. Então o saldo da equipe foi (tirando Ray Lewis, que aposentou) foi que a equipe perdeu seu bom FS de 35 anos para substituí-lo por um pior mas ainda sólido jogador de 30 anos; trocou Bernard Pollard (um sólido jogador, mas caro) pelo calouro Matt Elam, mais jovem e barato (btw, excelente Draft do Ravens, como sempre); Cary Williams era um bom CB, mas nada indispensável; perdeu o substituto de Lewis em Ellerbe (trouxeram um LB via draft e só) e seu pass rusher do futuro em Kruger, mas trouxe o superior Dumervil para jogar do outro lado do excelente Terrell Suggs indo atrás do QB (embora sim, seja uma red flag que o Broncos tenha dispensado o Dumervil apesar da situação salarial); e reforçou sua linha de frente (o Ravens foi péssimo contra a corrida em 2012) trazendo dois jogadores para jogar junto do excelente Haloti Ngata. Então mesmo que no curto prazo a equipe tenha sofrido uma pequena redução de capacidade dentro de campo com essas trocas, ela acabou com um grupo muito mais jovem e, principalmente, muito mais barato, dando a equipe boa flexibilidade salarial por algum tempo. Excelente GM, inteligente offseason.

Por isso eu acho bem razoável imaginar que, com a volta de Lardarius Webb e uma temporada inteira saudável de Suggs e Ngata, a defesa do Ravens seja melhor em 2013 do que foi em 2012. Não que precise de muito, claro, a defesa do Ravens foi bem fraca temporada passada (19th ajustada) e, embora isso possa ser atribuído em parte as multas lesões que a defesa sofreu ao longo do ano, os números ponderados da equipe não são muito diferentes dos normais (ligeiramente piores, mas pouco). Mas mesmo perdendo jogadores importantes em termos táticos e principalmente de liderança, ainda vejo a defesa do Ravens mais forte em 2013 depois de um fraco (e possivelmente até atípico) 2012. Não elite, como foi por tanto tempo, mas mais forte. A equipe manteve sua comissão técnica e esquema defensivo por tanto tempo que sabe exatamente qual tipo de jogador buscar para cumprir cada papel, e podem ter certeza que fizeram isso quando trouxeram esse pessoal na offseason.

Minhas preocupações são do outro lado da quadra. O ataque de Baltimore foi apenas decente (13th) em 2012 com um bom jogo terrestre e um jogo aéreo apenas ok. Flacco teve um dos seus piores anos como titular atrás de uma linha ofensiva suspeita (e que não deve melhorar para 2013), e agora não só deve lidar com um aumento de responsabilidades por causa de seu novo contrato e de sua defesa perdendo seus veteranos e o status de principal força do time. Antes "protegido" por ser o complemento a defesa da equipe, agora ele vai ser o ator principal na Franquia, e vai ter que fazer isso sem seu melhor recebedor. Anquan Boldin foi, depois de Ray Rice, o melhor jogador do ataque do Ravens em 2012, a jogada de segurança de Flacco e o jogador listado pelo Football Outsiders e suas estatísticas (todas ajustadas) como o 29th melhor WR total de 2012 e 31st melhor por jogo (nenhum outro Raven entra no Top40). A expectativa é que Torrey Smith assuma também um papel maior, mas além de ser um ótimo burner usando sua velocidade em profundidade, pouco vimos de Smith para indicar que ele possa assumir aquele papel de rotas mais complexas no mano a mano usando seu corpo para escudar a bola e fazer as recepções seguras (Smith recebe apenas 45% dos passes lançados para ele, contra 60% de Boldin). Não só é uma habilidade crucial para primeiras descidas, como também foi a base de todo o ataque do Ravens em três dos quatro jogos que ganhou nos playoffs, a capacidade de Boldin de usar seu tamanho e força física para vencer bolas em espaço neutro contra CBs, e nenhum jogador no elenco do time tem essa habilidade agora. Então mesmo que Ray Rice continue sendo brilhante (e eu ainda achei ele subutilizado em 2012), esse ataque vai precisar que Flacco dê um salto de rendimento para 2013. Dentro de campo e psicologicamente.

Também tem o fato de que o Ravens é um candidato a regressão. A equipe terminou 2012 com um Pythagorean Expectations de 9-7 e terminou 7-4 em jogos decididos por uma posse de bola, dois sinais de que a equipe foi um pouco melhor em 2012 do que deveria ter sido (na temporada regular). Além disso, apesar de não ter tido exatamente um calendário fácil em 2012 (16th overall), a equipe projeta ter o quinto mais difícil da temporada 2013.

Então tudo isso faz do Ravens um time delicado de se projetar para 2013. Sim, eles ganharam o Super Bowl. Não, não significa nada para 2013. Eles passaram por grandes mudanças na defesa e, embora no papel sejam até melhores que ano passado por conta dos retornos de lesão, ainda precisamos ver como essa unidade mais jovem e que nunca jogou junta vai render sem a liderança e a segurança de alguns veteranos (e sem o Pollard para machucar todo mundo do Patriots). O ataque perdeu um jogador importante e não conta com grandes melhorias, e o time tende a sofrer alguma regressão para esse ano. Apesar de toda a incerteza e possibilidades que o Ravens apresenta, essa temporada vai ser principalmente definida pelo quanto Joe Flacco vai melhorar em relação a temporada passada. Eu sou um cético que acha que quatro bons jogos não são um indicador melhor que quatro anos de mediocridade, então eu espero que o Ravens sofra um pouco mais essa temporada, caindo para 9-7 ou 8-8 apesar de tudo. Eu acho 9-7 interessante porque pode garantir uma vaga nos playoffs, e o Ravens sabe muito bem que a pós-temporada é outra coisa totalmente diferente, mas também porque a linha de frente da defesa da equipe parece extremamente interessante com Canty, Spears e Ngata ancorando a frente e Dumervil e Suggs indo atrás do QB. Então sim, eles devem ter condições de brigar nessa temporada, especialmente porque a divisão está relativamente fraca com Browns e um Steelers remontando a defesa, e porque chegando nos playoffs tudo pode acontecer. Mas não conte com nada só porque eles tem um anel novo.

8 comentários:

  1. Concordo com quase tudo que foi dito. Só acho que os números da defesa não mostram o que ela realmente fez. Diferente da maioria, na minha opinião ela foi mais importante para o título do que o ataque; por sua capacidade de força TO em momentos decisivos, eficiência na red zone e principalmente pelo tempo que fica em campo. É difícil ter números consistentes, quando o ataque não controla o relógio. Em relação a pós-temporada, o único erro do time foi perde Boldin. Em relação a Flacco, não espero evolução alguma; ele não jogou metade daquilo que dizem e não joga metade do que realmente jogou. Logo, creio que o time vai involui, mas chegará aos playoffs como campeão da divisão. Além disso, com a queda do nível da conferência, continua tendo muita chance de chegar ao SB.

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    1. Concordo com quase tudo que falou, mas não creio em Ravens indo pros playoffs como campeão de divisão não, acho mais realista falar de um 9-7 pelo wildcard.

      Outra coisa que eu acho que o Ravens poderia ter feito é segurado o Cary Williams, eu achava que valeria a pena manter ele no elenco pelo preço que saiu.

      Sobre o Kruger, só eu achava que ele não seria o pass rusher pro futuro?Nunca achei ele um jogador com tanto potencial assim e pagaram demais por ele.

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    2. A defesa foi realmente muito boa na Red Zone, uma das melhores ajustadas da NFL, e foi o que salvou a equipe porque de resto ela foi muito ruim em quase tudo. E os TOs estão contabilizados em DVOA (a estatística que eu sempre uso pra ataque/defesa). Mas isso de segurar o relógio não sei se é muito mérito da defesa ou simplesmente porque a defesa terrestre foi um lixo e todo mundo corria contra ela. A experiência da defesa ajudou ano passado, mas pra 2013 acho que a parte mais importante é que os jogadores que formavam o nucleo "experiente" da defesa não estão mais lá. E eu não confo no Flacco, na verdade.

      Eu acho um 9-7 possível porque o calendário da divisão está mais difícil esse ano e porque alguns fatores no Bengals podem indicar uma pequena queda. Steelers é um pouco incógnita também, mudou muita coisa e Big Ben não consegue ficar saudável. Mas como já deu pra ver, 16 jogos ofereecem uma amostra muito pequena, qualquer pequena aberração já pode derrubar o Bengals ou subir o Ravens. Se tivesse que apostar meu dinheiro, Ravens iria de Wild Card e Bengals de campeão de divisão, mas os dois estão muito próximos.

      Eu não liguei tanto de perder o Cary Williams (embora desse pra segurar) porque a secundária do time foi melhorzinha ano passado sem o Webb por boa parte, então tem potencial de melhorar. Eu acho que teria segurado ele, mas pra mim a pior perda foi o Boldin, que ia ganhar pouco (1,5M acho) e seria crucial pro Flacco. Kruger eu acho um sólido jogador mas um risco a esse valor, pela falta de rodagem como titular full-time.

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    3. Realmente o Cary Williams fez ótimos jogos, mas o acho meio inconsistente. Como o preço foi baixo, dava para segurar; mas também aceito perde-lo. Em relação ao tempo de relógio, não sei se existe uma estatística para isso; mas ficava claro que era demérito do ataque. Sempre inconstante,principal caracteristica do Flacco, ou fazia um TD longo ou era 3 jogadas e punt (na maioria dos casos, era a segunda opção).

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    4. Não falei do boldin, pq o WizardHsc já havia falado, como concordava com ele nesse aspecto, não achei que deveria bater na mesma tecla.
      Achei o Boldin o jogador mais importante do Ravens, tanto na temporada como nos playoffs.
      Gosto mto do rice, tanto que até tive ele no fantasy temporada passada e por isso mesmo o acompanhei mais e o achei mto mal utilizado, dava para ele ter tido numeros muitos melhores. Acho bom o Ravens dividir o numero de carregadas que ele tem, mas mesmo assim não foi pra mim o melhor jogador.

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  2. Olha, só li o começo do texto (estou meio sem tempo aqui e pretendo ler/comentar sobre o resto depois), mas assim, dizer que Baltimore só ganhou o título por causa da falha do Moore é a mesma coisa que dizer "se o Cundiff não tivesse errado o FG no final do AFCCG contra New England na temporada retrasada, os Ravens seriam bicampeões" ou "se o Boldin não tivesse dropado aquele TD nos playoffs contra o Steelers na temporada anterior a essa (2011), seriam tricampeões" ou mesmo "se minha mãe fosse homem eu não estaria aqui pra contar história". Não dá pra ficar entrando nesse tipo de suposição sobre o que teria acontecido se UM só lance tivesse um resultado diferente. Por mais que ele tenha sido um dos momentos decisivos, não foi só ele que influenciou o resultado. Eu poderia apontar do mesmo jeito "se o ST de cobertura dos Ravens (que sempre foi muito bom, ainda mais o HC do time tendo sido originalmente um ST coach) não tivesse vacilado tanto e 'dado' 2 TDs pra Denver, Baltimore teria ganho esse jogo muito mais facilmente".

    Ficou parecendo que você tirou o crédito do merecimento do time e colocou o descrédito da falha do outro como causa do evento, o que no fim não é bem a verdade.

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    1. Então você claramente não entendeu nada do que eu quis dizer com esses dois parágrafos. Talvez lendo o resto fique mais claro.

      O que eu quis dizer é que a minuscula amostra dos playoffs depende demais de jogadas aleatórias como essa. Não foi que essa jogada sozinha deu o título, mas foi uma jogada sobre a qual o RAvens não teve nenhum controle e que poderia ter mudado a narrativa contada da equipe de "Time do destino, campeões, etc" pra "Ravens realmente não consegue ganhar nos playoffs, talvez Flacco não mereça uma extensão". Só um exemplo de como não devemos levar os playoffs a sério como uma amostra do verdadeiro nível de um time.

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    2. Em todos os esportes e na vida, campeonatos cujas eliminatórias são decididas em uma partida, tende a ser aleatórios. O fator sorte, cresce muito. Uma vez um comentarista brasileiro,disse que futebol é bom porque a decisão é imprevisível e NBA não preste porque não tem zebra. O problema é que ele esqueceu de dizer que é muito mais fácil ocorreu o imponderável em um jogo no que numa série de sete.

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