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Okay, o fim de mais uma semana de NFL chegou, e agora é hora de passar rapidamente pelos pontos de interesse. Essa rodada não foi nem de longe tão interessante quanto a última, teve vários jogos chatos e tudo mais, mas ainda assim nos trouxe um jogo excelente e mais alguns pontos interessantes.
Para os perdidos de plantão a idéia aqui é a seguinte: isso aqui NÃO é um recap da rodada, e o nosso intuito não é passar por todos os jogos ou falar de todos os jogadores, bons ou não. Outras pessoas podem fazer isso, mais rápido e melhor do que eu, e eu também não acho que isso se enquadre na proposta do blog. A proposta aqui é para dar uma olhada nos fatores, dentro de cada jogo, que são relevantes ao maior cenário da NFL. Vamos olhar a performances que foram importantes mas receberam pouco crédito, fatores pouco observados que estão influenciando alguns pontos importantes, e por ai vai. Então de novo, o objetivo não é passar por todos os jogos e falar alguma coisa relevante: muitas vezes teremos dois ou mais pontos sobre um mesmo jogo, e jogos sem comentário nenhum.
Dessa vez o post será um pouco mais curto que de costume, porque amanhã pretendo escrever um pouco sobre MLB também, que está nas Finais de Conferência.
A melhor noite de Boston
Em uma rodada com poucos jogos realmente interessantes (Bengals-Bills, Rams-Texans, Jets-Steelers, etc), de longe aquele que se destacou como sendo o melhor foi o esperado duelo entre New England Patriots (ainda sem Vince Wilfork) e o invicto New Orleans Saints. E como vocês provavelmente sabem, o duelo fez jus ao hype, sendo decidido por três pontos nos segundos finais em um passe espetacular de Tom Brady quando tudo parecia perdido para o time de New England, que recebeu a bola com 1:20 no relógio, sem tempos para pedir, e precisando anotar o TD para sair com a vitória. Foi um dos melhores jogos do ano e uma das melhores viradas dos últimos anos.
Para New England, em particular, esse jogo foi muito importante para mostrar a evolução da equipe e ver como o time reagiu enfrentando talvez seu maior desafio no calendário até o momento (e talvez o segundo maior, no papel, da temporada depois do jogo contra Denver). E embora um jogo seja, obviamente, muito pouco para tirar qualquer tipo de conclusão, ele apresentou alguns pontos encorajadores.
Ele começa pela defesa, que se preparou muito bem para enfrentar um dos melhores ataques da NFL, e o líder da liga em jardas (Jimmy Graham). O que o Patriots fez foi principalmente tirar o Saints da sua zona de conforto: embora tivesse tido dificuldade para pressionar o QB (terminando a partida com apenas um sack), o Patriots fez um trabalho genial tirando de Drew Brees seu principal alvo e válvula de escape (Graham) e forçando o QB do Saints a ter que se virar sem ele E sem o espaço extra que as defesas normalmente geram colocando dobras ou marcações triplas em cima de Graham. O resultado foi que o Saints ainda conseguiu boas jogadas pelo ar porque afinal de contas ainda tem Drew Brees e Sean Payton, mas tirando sua principal arma e ameaça de grandes jogadas, o Pats conseguiu forçar o adversário a jogar com outros jogadores e com outras jogadas (ou mesmo mais pelo chão) que não são tão perigosas como as que envolvem Graham.
O responsável por tirar Graham do jogo foi aquele que tem sido, discretamente, o segundo melhor jogador da defesa do Pats (e agora o melhor, com Vince Wilfork fora da temporada), Aqib Talib. Embora o Patriots tenha tido cuidado de raramente deixar Talib em uma ilha com Graham, sempre com ajuda de um safety ou um LB, o fato é que Talib acompanhou o melhor TE da atualidade pelo campo todo, em praticamente todas as jogadas, e fez um trabalho espetacular em cima de Graham, segurando ele a nenhuma recepção pela primeira vez em três anos. Talib na verdade tem feito um excelente trabalho em geral se alinhando junto dos melhores recebedores adversários, e tem sido o segredo para o bom desempenho dessa secundária, que em geral confia em Talib para realizar o trabalho sujo e não precisa se desdobrar tanto cobrindo jogadores como Graham ou AJ Green (que levou a melhor contra Talib de maneira geral, mas pelo menos não provocou grandes mudanças no resto da defesa). Um dos motivos pelos quais a lesão de Talib é tão preocupante para o Patriots, btw, não só por ser o melhor CB do time mas por ter sido uma peça tática fundamental na montagem dessa defesa, especialmente depois que Wilfork se machucou.
Ofensivamente, o time também fez um jogo inteligente. Sem Rob Gronkowski, que continua sem jogar mesmo depois do departamento médico do time tê-lo liberado (mas não seu médico pessoal), e com Danny Amendola claramente limitado (e depois saindo de campo com uma concussão que pareceu séria), o time claramente não confiou no seu corpo de recebedores, então focou seu ataque em outra direção. Enfrentando a pior defesa terrestre (em jardas decidas por corrida) da NFL, New England usou e abusou do seu jogo terrestre, correndo 35 vezes com a bola. Embora o ataque terrestre não tenha sido exatamente eficiente (4.1 jardas por corrida), foi bom o suficiente para manter o ataque avançando e principalmente para controlar o relógio, deixando o ataque do Saints fora de campo quando precisou. Planejamento inteligente de um time que entrava com uma desvantagem em campo.
Um outro ponto positivo para New England foi a campanha final, e especialmente o que ela significou para Tom Brady. Brady está tendo um ano abaixo dos seus excelentes padrões, completando apenas 56% de seus passes com 6.2 jardas por passe, ambas as piores marcas de sua carreira. Seu TD/Int ratio (2:1) é seu pior desde 2006, e seu QBR (52.1) é basicamente o mesmo do Andy Dalton. Eu sei que muito disso é explicável pelo fraco corpo de recebedores de New England, especialmente com seu melhor recebedor ainda sem ter voltado aos gramados (e outro preso), mas mesmo reconhecendo isso ainda não tem sido um ano fácil para o futuro Hall of Famer, seus passes não parecem ter a mesma precisão e toque de antes e ele teve dois jogos (Jets e Bengals) legitimamente ruins essa temporada a despeito de seus horríveis receivers. Então ver Brady conduzindo aquela campanha em pouco mais de um minuto, terminando com um passe absolutamente perfeito para Kembrel Thompkins anotar o TD da vitória, foi muito bom tanto para alguém que gosta de ver grandeza em ação (como eu) como torcedores do Patriots que eventualmente estariam se perguntando se Brady estaria sentindo a idade (aliás, isso nunca aconteceria, torcedores do Patriots em geral vivem em um mundo separado onde tudo é verde e brilhante e o time sempre termina 16-0). Um passe perfeito para finalizar um excelente jogo.
Claro, essa vitória não quer dizer que o Patriots é perfeito. A equipe continua sofrendo muito com a ausência de Vince Wilfork, cedendo mais de 5 jardas por corrida para o Saints, e a lesão de Talib pode prejudicar em muito a secundária enquanto ele estiver fora. O ataque continua com seus problema no jogo aéreo, que não vão acabar (ou pelo menos diminuir) até Gronk voltar, especialmente com Amendola sofrendo uma nova lesão. Isso a gente já sabe. O encorajador foi ver New England conseguindo jogar de forma a contornar esses problemas, atacar inteligentemente outras áreas e missmatches que pudesse levar vantagem e conseguir uma vitória importante contra um grande adversário jogando dessa maneira.
Em tempo, uma decisão particular do Saints ao final da partida chamou minha atenção como sendo estranhamente conservadora. Quando o Saints recebeu a bola depois de uma (péssima) interceptação de Brady em um (péssimo) passe longo para Julian Edelman ao final da partida, o Saints correu três fezes, forçou o Patriots a pedir seu último tempo, fez o relógio cair para 1:20, e devolveu a bola para a campanha final de New England. Correr na 3rd and 7 era a decisão comum e conservadora, já que se o time fosse para o passe e não conseguisse, o relógio não iria correr e o Patriots teria mais 40 segundos no relógio para tentar sua virada, enquanto que com uma corrida a chance de converter a primeira descida (e matar de vez o jogo) era menor, mas pelo menos garantia esses 40 segundos. Então não da para falar que Sean Payton tomou a decisão errada nem nada, mas ela foi um pouco curiosamente conservadora, já que Payton historicamente é um dos técnicos mais agressivos da NFL. Sob Payton, o Saints sempre foi o time que assumiu riscos para aumentar suas chances de vitória, e com Drew Brees (e sabendo muito bem que era Tom Brady do outro lado) eu esperava totalmente que ele abandonasse a jogada conservadora e fosse para a que daria a vitória a equipe. Ele não foi - talvez não se sentisse confiante sem Graham - e decidiu pela jogada conservadora. Alguém poderia argumentar que a jogada chamada foi um bootleg, então a idéia era conseguir o passe, mas esse é o tipo de jogada - especialmente com a OL perdendo o gás no final da partida - que parece mais uma chamada para diminuir o risco (já que Brees teria mais tempo para ver a pressão chegando e tomar um sack sem correr o risco de tomar uma pancada pelas costas e sofrer um fumble) e menos para completar de fato um passe, que seria mais eficiente (a sete jardas, principalmente) com um play action de dentro do pocket ou em formação shotgun. Decisão curiosamente conservadora de um técnico que costuma ser bastante agressivo.
E de alguma forma, esse não foi nem o melhor momento do dia para torcedores de Boston. Algumas horas depois que Thompkins pegava o passe para TD e completava a virada espetacular do Patriots, David Ortiz acertava um Grand Slam dentro do bullpen do Boston Red Sox para empatar um jogo que o time perdia por 5-1 nas finais de conferência, e logo depois a rebatida simples de Jarrod Saltalamacchia completava a segunda virada espetacular da noite na cidade, para igualar a série em 1-1. Domingo foi um dia bom para ser torcedor de times de Boston.
Via instagram da NFL
Pesando as opções de um técnico
Uma tecla que eu SEMPRE bato aqui, quando se trata de qualquer esporte, é que as decisões de um técnico não devem ser julgadas pelo resultado, e sim pelo processo que levou a essa decisão. Por exemplo, se um técnico decide tentar uma 4th down em um momento crucial da partida, essa decisão é considerada boa ou ruim dependendo do resultado: se ele consegue a conversão e ganha o jogo com isso, ele é um técnico inteligente e corajoso, se não conseguem e perdem o jogo, é porque o técnico é ruim e assumiu um risco desnecessário. É sempre assim que gostamos de avaliar qualquer coisa.
Essa abordagem apresenta um problema mais do que óbvio: quem toma a decisão não sabe qual vai ser o resultado antes, ela só tem uma série de cursos de ação para avaliar e precisa pesar os benefícios, custos e riscos envolvidos em cada uma delas para tentar atingir seu objetivo (maximizar as chances de vitória da sua equipe). Infelizmente, ninguém hoje olha para isso, em parte porque é mais difícil e envolve considerar múltiplos cenários, enquanto olhar apenas o resultado é muito mais fácil e envolve menos raciocínio.
Felizmente, essa semana temos um caso excelente para demonstrar como funciona o processo de tomada de decisões de um técnico, e que mostra muito bem o tipo de análise que precisamos fazer do processo para podermos avaliar o resultado, e como isso muitas vezes contraria o senso comum.
Ontem a noite, durante o jogo Chargers e Colts, eu causei alguma estranheza no twitter sugerindo uma certa jogada nos momentos finais da partida. O que aconteceu foi o seguinte: liderando o jogo por exatamente 7 pontos (16-9), o Chargers foi parado em uma 3rd down na linha de 34 jardas, meia jarda antes da marca do first down, enfrentando então uma 4th para menos de meia jarda. Ao final da jogada, o jogo foi paralisado para o Two-Minute Warning, então tinha 2:00 sobrando no relógio e o Colts tinha dois tempos para pedir. O cenário mais comum seria chutar o FG de 51 jardas, tentar abrir a diferença para duas posses de bola, e confiar que seria quase impossível para o Colts conseguir tirar a diferença em menos de dois minutos e com dois tempos para pedir. Foi então que eu, no twitter, disse que o Chargers deveria tentar a conversão, o que levou muita gente a perguntar porque diabos eu estaria dizendo isso. Segundos depois, Nick Novak converteu o FG de 51 jardas, e o Chargers saiu com a vitória. Mas como a idéia aqui é mostrar o raciocínio por trás dessa decisão, vamos ignorar o resultado (o FG que decretou a vitória) e analisar o processo, e ver qual então seria a melhor decisão a ser tomada e se eu estava alucinando quando pedi a tentativa da conversão.
Antes de mais nada, vamos relembrar o cenário: Chargers com 7 pontos de dianteira, 4th para polegadas, linha de 34 jardas do campo de ataque, 2:00 no relógio (parado), e o Colts tinha dois tempos para pedir. Já que nesse cenário um punt é a opção menos vantajosa de todas, o Chargers tinha duas opções: chutar um FG de 51 jardas para tentar abrir 10 pontos de vantagem, ou tentar a conversão, manter a campanha viva e o relógio correndo, e vencer a partida.
Primeiro, vamos ver qual das duas opções oferecia um cenário mais vantajoso em caso de sucesso. Se o FG de Novak entra, o Chargers abre 10 pontos de vantagem e devolve a bola para o Colts anotar um TD, recuperar um onside kick, e anotar um FG depois (ou a ordem contrária) em menos de 1:50 com apenas dois tempos para pedir... apenas para levar o jogo para prorrogação. É um cenário bem improvável, especialmente considerando que a defesa de San Diego estava jogando muito bem, considerando o tempo em mãos e que o Colts ainda teria que recuperar um onside kick (uma jogada com baixo índice de sucesso por si só). Mesmo com um grande QB como Andrew Luck, é um cenário muito difícil, então embora existisse uma chance de derrota, ela é bastante baixa, de forma que a chance de vitória de San Diego estaria em torno dos 95%. No entanto, se o Chargers consegue converter a descida, eis o que acontece: o Colts é obrigado a gastar seu segundo tempo, e o time tem mais três descidas para correr e gastar o relógio. se o Colts pedir tempo em um desses, ainda vai chegar na 4th down com algo como 25 segundos no relógio, onde o Chargers pode simplesmente chutar um FG mais fácil (já que espera-se que o time tenha ganho algumas jardas nessa corrida) para abrir os mesmos 10 pontos e devolver a bola com muito menos tempo ao adversário, ou mesmo se não conseguir acertar o FG, ainda vai entregar a bola para o adversário conduzir uma campanha para anotar um TD em menos de 20 segundos e nenhum tempo para pedir, algo quase impossível. Então se no FG a chance de vitória da equipe fica em torno de 95%, esse segundo cenário da ao time uma chance quase perfeita de vencer, já que o único cenário de derrota seria um turnover bastante improvável ou um TD milagroso de 70 jardas em menos de 20 segundos sendo que a defesa provavelmente vai jogar em prevent até o final do jogo - uma situação quase impossível. Então em caso de sucesso, converter a 4th down tem uma recompensa maior para o time.
Considerando agora o outro cenário, ou seja, caso a jogada não funcione (o FG erre ou a conversão não tenha sucesso), vamos ver qual é mais problemático. Caso o time não consiga converter a 4th down (seja através de uma corrida para menos daquela polegada ou um passe incompleto), o relógio imediatamente para e o adversário toma posse da bola em uma boa posição de campo, nessa mesma linha de 34 jardas. Ou seja, um cenário no qual o Colts tem 1:50 e dois tempos para anotar um TD depois de caminhar 66 jardas. No entanto, se Novak erra o FG, o relógio também para, mas o Colts toma posse da bola não de onde começou a jogada (ou seja, da linha de 34 jardas) mas sim de onde ele foi chutado, na linha de 41 jardas. Ou seja, caso o FG seja incompleto, o Colts agora tem o mesmo 1:50 e dois tempos para anotar o TD, mas agora tem uma posição de campo ainda melhor, precisando avançar apenas 59 jardas. Então o FG errado oferece ao Colts uma situação mais favorável de conseguir o empate do que uma 4th down que não conseguiu avançar essa meia jarda.
Agora que estabelecemos que chutar o FG oferece uma chance melhor de vencer em caso de sucesso e uma chance maior de empate (ou eventual derrota) em caso de fracasso, a única coisa que nos resta é analisar qual a chance de sucesso de cada tipo de jogada. Primeiro, o FG de 51 jardas, uma distância considerável. Ao longo dos últimos quatro anos na NFL, foram tentados 367 field goals de 50 jardas ou mais, e 60.4% deles foram convertidos. Ainda assim, esse número apresenta um viés de seleção significativo. Uma boa parte desses chutes foram tentados em estádios fechados ou por kickers melhores, já que um técnico estaria mais disposto a arriscar um FG dessa distância caso um desses dois fatores estivesse a seu favor, enquanto que um técnico estaria mais relutante em arriscar um chute desses com um kicker mediano ou em um estádio aberto onde o vento influencia mais no chute. Então não é razoável supor que a chance de Novak - um kicker decente, mas não elite - fosse igual a esses 60%, já que ele não é tão bom assim e estava chutando em um estádio aberto. Em sua carreira, Novak chutou 12 bolas de 50+ jardas e acertou 6, ou seja, aproveitamento de 50%. Ainda que a amostra seja pequena, o viés existente nesses 60%, as condições não favoráveis a Novak e seu histórico indicam que de fato a chance dele acertar esse chute de 51 jardas era em torno desses 50%. Enquanto isso, nesse mesmo período de quatro anos, tivemos 2294 situações de 3rd ou 4th and 1 (e o Chargers precisava converter menos que isso) que foram jogadas de corrida... e 69% delas viraram um 1st down. Então considerando que o Chargers, além de tudo, possui um bom RB e estava dominando totalmente a linha defensiva do Colts no segundo tempo com suas corridas, me parece razoável fixar as chances de sucesso do Chargers próximas desse 69%. Então a chance de sucesso em uma conversão de 4th and 1 com uma corrida era consideravelmente superior a chance de acertar um FG dessa distância.
Em outras palavras, contrário ao senso comum que diz que chutar o FG é a jogada mais "segura", o fato é que tudo indica que tentar a conversão da quarta descida nessa situação é o que da ao seu time a melhor chance de vencer o jogo. Uma corrida nessa 4th and meia jarda possui uma taxa de sucesso muito maior do que o chute, algo em torno de 69%-52% (a excelente calculadora do site Advanced NFL Stats coloca as chances de sucesso em 72% e 52%, respectivamente). Além disso, ela oferece uma recompensa maior em caso de sucesso E tem um custo menor em caso de fracasso. Porque, exatamente, o chute que é considerado a jogada mais "segura"? Mais um caso das pessoas não saberem o que estão falando e de julgarem a decisão com base no resultado (o FG que Novak acertou), mas agora pelo menos vocês sabem qual exatamente era o processo que um técnico deveria levar em consideração na hora de escolher pela corrida ou pelo FG (de acordo com o ANS, chutar o FG dava ao Chargers uma chance de vitória de 92%, e tentar a conversão uma chance de 96%). Novak acertou um belo chute, mas isso não significa que a decisão de Mike McCoy pelo FG foi a decisão que maximizava as chances de vitória da sua equipe. Ela não foi.
A decisão de chutar um FG foi realmente bem equivocada. A 4th and 1 era bem mais sensata. Se não me engano o Paulo Antunes até falou isso na transmissão. Eu acredito que o McCoy mandou chutar o FG porque o Novak tem indo bem em FG de 40-49 jardas (acertou 5-5), se não fosse isso provavelmente iria para a 4th and 1.
ResponderExcluirEm relação a Aqib Talib é mais uma comprovação que pequenos detalhes, que não podem ser controlados decidem os jogos. Nos playoffs entre Baltimore e NY, a defesa do NY dominou totalmente o Ravens com um tática bem simples; colocar Aqib Talib em Anquan Boldin e cobertura dupla em Torey Smith. Só que a sorte, dessa vez no lado dos Ravens, resultou na contusão de Talib que mudou completamente a partida. Esse é um dos motivos que gosto tanto de futebol, é um jogo coletivo, extremamente individual. Onde um time funciona como um todo, mas um só jogador (e não apenas o QB) muda tudo.
ResponderExcluirEmbora obviamente não de para falar que o Patriots teria vencido o jogo se o Talib não machuca (a defesa do Ravens também jogou muito bem), é um bom exemplo de coisa além do controle das equipes que acaba influenciando bastante no resultado. A lesão do Gronk em 2011 também é um bom exemplo. Não adianta, para ganhar o Super Bowl, você tem que ser bom E ter sorte. Por isso digo que praticamente qualquer time que chega aos offs pode levar o caneco.
ExcluirEu normalmente também acho que correr seria a melhor opção para a maioria dos times e o mathews jogou bem, ma ninguem me tira da cabeça que ele é um running back mediano que sofre muitos fumbles(peguei ele 2 vezes no fantasy e me arrependi).
ResponderExcluirE como o Thiago disse acima o novak está indo bem esse ano, mesmo que o mathews tenha sofrido apenas 1 fumble, historicamente ele não é mto confiável.
Matthews é um RB acima da média quando saudável, o que infelizmente é raro. Mas acho que para tão pouco não era nem o caso de dar a bola para ele, é só o Rivers pegar a bola e esticar o corpo que ele consegue. Queria ver o índice de sucesso de QB Sneaks em uma 3rd/4th para menos de uma jarda, mas acredito que seja em torno dos 80%.
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