Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

sábado, 30 de julho de 2011

Análise do Draft da NFL - AFC North

Nossa planilha de Free Agents (http://two-minutewarning.blogspot.com/2009/07/movimentacao-de-free-agents.html) continua sendo atualizada a todo vapor, mas ainda não vamos comentar as principais movimentações da Free Agency. Vamos primeiro terminar a análise do Draft e depois comentamos sobre a ida do Nnamdi Asomugha e do Cullen Jenkins pro Eagles e tudo mais. Hoje, vamos com a AFC North.


Baltimore Ravens
Nota: B
Escolhas:
1st round, 27th pick: Jimmy Smith, CB, Colorado
2nd round, 58th pick: Torrey Smith, WR, Maryland
3rd round, 85th pick: Jah Reid, OT, Central Florida
4th round, 123rd pick, Tandon Doss, WR, Indiana
5th round, 164th pick, Chykie Brown, CB, Texas
5th round, 165th pick, Pernell McPhee, DE, Mississippi State
6th round, 180th pick, Tyrod Taylor, QB, Virginia Tech
7th round, 225h pick, Anthony Allen, RB, Georgia Tech

Análise: O Ravens é o típico time que é bom demais pra conseguir escolhas muito altas no Draft. Times assim tem duas opções: Ou tentam se reforçar com o que tem, uma abordagem segura mas com recompensas as vezes mais limitadas, ou arriscam trocas para subir no Draft ou conseguir bons jogadores, como foi o caso por exemplo do Falcons. O Ravens optou por manter suas escolhas, não tentar nada mirabolante e ver o que conseguiam. E conseguiram coisa pra burro, dadas as escolhas que tinham.

O Ravens tinha dois maiores problemas pra essa temporada, sua secundária (Chris Carr era Free Agent e os cornerbacks do time não estavam confiaveis) e seu corpo de Wide Receivers, que não foi o esperado em 2010. Com a 26th pick (Que virou 27th porque o Ravens ia trocar ela com o Bears mas o Bears esqueceu de avisar o Roger Goodell a tempo e o relógio estourou) o time podia ir com qualquer uma das duas, e optou por pegar o Jimmy Smith, ótimo cornerback de cobertura e que se encaixa perfeitamente no esquema agressivo do time. Provavelmente vai entrar e ser titular de cara com o Carr (que renovou), o que já torna o Ravens um time mais  perigoso.
Mas como se não fosse o bastante, o time ainda teve a sorte de ver o Torrey Smith (que eu achava que eles iam pegar com a 27th pick) caindo até o final da segunda rodada no colo de Baltimore. Outro que é talentoso pra burro e é perfeito pro time, o Anquan Boldin rendia muito mais em Arizona quando tinha o Larry Fitzgerald pra correr as rotas longas, e agora o Ravens achou um cara rápido pro diabo que pode fazer o papel de deep threat pra liberar o Boldin pra jogar como gosta mais (O time ainda pegou outro WR na quarta rodada pra aumentar o poder de fogo do ataque). E ainda saiu com um bom reserva no Jah Reid, já que o Jared Gaither não deve renovar e o Michael Oher sofreu com lesões em 2010. Pra um time que só tinha escolhas no final das rodadas, saiu com dois talentos que devem ajudar de cara. Não arriscou e ainda saiu com bons jogadores pro time.


Cincinnati Bengals
Nota: B-
Escolhas:
1st round, 4th pick:  A.J. Green, WR, Georgia
2nd round, 35th pick: Andy Dalton, QB, TCU
3rd round, 66th pick: Dontay Moch, OLB, Nevada
4th round, 101st pick: Clint Boling, OG, Georgia
5th round, 134th pick, Robert Sands, S, West Virginia
6th round, 167th pick, Ryan Whalen, WR, Stanford
7th round, 207th pick, Korey Lindsey, CB, Southern Illinois
7th round, 246th pick, Jay Finley, RB, Baylor

Análise: Eu tenho sérias dúvidas sobre o que eu acho desse Draft. É sério. O Carson Palmer, QB do time nos últimos anos, já disse que se não for trocado vai se aposentar, então o time tem um problema de QB. Difícil acreditar que o time que foi pros playoffs jogando tão bem em 2009 foi um dos piores de 2010, mas o fato é que nada funcionou: O Palmer jogou mal, o Cedric Benson nem de longe repetiu sua performance de 2009, e a defesa não conseguiu colocar pressão no QB adversário como no ano anterior. Foi uma desgraça, e agora o time perdeu seu QB, seus dois WRs, seu RB ainda é uma incógnita (Free Agent) e o time ainda perdeu seu melhor jogador de defesa no CB Johnathan Joseph, que foi pro Texans. O time começou a se desmontar todo e parece que agora vai ter que aceitar o fato de que vai passar por uma reformulação.
Dito isso, você imaginaria que o Bengals começaria com um QB, ainda mais com o Blaine Gabbert disponível (Não pegaria o Gabbert nem o Cam Newton com a primeira escolha, mas na quarta...), mas o time preferiu pegar um WR, o AJ Green. Ninguem questiona o talento do Green, ele é um dos melhores (se não o melhor) jogador desse Draft, o tipo de jogador pra entrar, jogar e ser um dos melhores da posição pro futuro. Por um lado, acho que o Bengals deveria ter pego seu QB aqui e se preocupado com um WR depois, não adianta você ter um grande WR se não tiver quem passar pra ele.
Mas por outro lado, o time conseguiu pegar o Andy Dalton na segunda rodada (É um líder dentro e fora de quadra, muito inteligente e com raciocinio rápido. Alguns dizem que seu braço é fraco demais, mas isso não quer dizer nada, Chad Pennington ganhou uma cacetada de jogos com um braço "fraco" e o Joe Montana foi o melhor de todos os tempos sem ser nenhum gunslinger) e acho que ele pode ser um bom QB em algum tempo. O problema é que forçar ele a entrar e jogar pode prejudicar a carreira dele, ele precisaria jogar atrás de um veterano por uma temporada pelo menos, mas parece que o Palmer fala sério, e portanto o Bengals precisa pegar um veterano no mercado com um cenário pouco atraente.
Mas quando eu paro e penso, o Bengals até que fez a coisa certa num certo nível(No Draft. Deixar o Joseph ir embora foi imperdoavel). Pegou o melhor jogador disponivel pro ataque e depois pensou no QB. O Lions fez isso com o Calvin Johnson e deu certo, até porque o time tem uma boa chance de ficar com a primeira escolha do Draft ano que vem, um Draft com bons QBs. Andrew Luck e AJ Green podem evoluir numa das melhores combinações que a NFL viu em muitos anos, caso a primeira escolha fique mesmo por lá...

Cleveland Browns
Nota: B
Escolhas:
1st round, 21st pick: Phil Taylor, DT, Baylor
2nd round, 37th pick: Jabaal Sheard, DE, Pittsburgh
2nd round, 59th pick: Greg Little, WR, North Carolina
4th round, 102nd pick: Jordan Cameron, TE, USC
4th round, 124th pick, Owen Marecic, FB, Stanford
5th round, 137th pick, Buster Skrine, CB, Tennessee-Chattanooga
5th round, 150th pick, Jason Pinkston, OT, Pittsburgh
7th round, 248th pick, Eric Hagg, S, Nebraska

Análise: O Browns tinha a sexta escolha do Draft e o Julio Jones nas mãos, mas preferiu trocar sua escolha com o Falcons por duas escolhas de primeira rodada (2011 e 2012), uma de segunda rodada (2011) e duas de quarta rodada (2011 e 2012). A ideia era simples, deixar de adicionar um talento de primeira nesse Draft pra adicionar mais gente nesse ano e no próximo, de certa forma trocando qualidade por quantidade. Pra um time tão esburacado quanto o Browns, faz sentido, o time precisa do máximo possível de bons jogadores pra sair do buraco.

Com essa troca, o time trouxe uma nova âncora pra linha defensiva no Phil Taylor, grande pra burro e que é um monstro contra o jogo corrido, é fundamental na defesa 3-4 do time. E aproveitou sua escolha extra de segunda rodada para trazer dois jogadores, o DE Jabaal Sheard que vai ser o pass rusher pra combinar com o Taylor (Se bem que se era pra arriscar, traz logo o Da'Quan Bowers, que é arriscado mas muito melhor) e um WR para ser finalmente um alvo decente pro Colt McCoy, o Greg Little, que é um bom possession receiver. E com suas escolhas de quarta rodada, pegou uma proteção de FB pro Peyton Hillis e e outro alvo pro McCoy. Ou seja, o time adicionou cinco jogadores onde só teria adicionado três (E tem mais dois vindo ano que vem), realmente o time ficou bem menos esburacado do que antes e adicionou mais talentos que vão render a médio prazo.

O outro lado da moeda é justamente o Colt McCoy. Se o Browns estiver realmente convencido de que ele é o QB do futuro do time, então a troca pode ter sido problemática. O McCoy é um bom QB, um competidor e vencedor desde a NCAA e que entrou no fogo mas se saiu muito bem em 2010. O problema é que pra ele continuar a evoluir ele precisa urgentemente de um alvo realmente confiável. O Little é bom mas não vai solucionar o problema do time, pra isso o Julio Jones seria uma combinação muito melhor. Ao passar o Julio Jones, o time adicionou mais jogadores talentosos num elenco que realmente precisa, mas o custo disso foi atrasar a evolução do McCoy. O Browns claramente manda o recado de que não tem pressa, de que aceita ser ruim mais um ano pra melhorar seu elenco no médio prazo. Parece um bom plano pra mim, só espero que eles não se arrependam pelo McCoy depois.


Pittsburgh Steelers
Nota: B-
Escolhas:
1st round, 31st pick: Cameron Heyward, DL, Ohio State
2nd round, 63rd pick: Marcus Gilbert, OT, Florida
3rd round, 95th pick: Curtis Brown, CB, Texas
4th round, 128th pick: Cortez Allen, CB, Citadel
5th round, 162nd pick, Chris Carter, OLB, Fresno State
6th round, 196th pick, Keith Williams, OG, Nebraska
7th round, 232nd pick, Baron Batch, RB, Texas Tech
 
Análise: E finalmente pra fechar uma divisão morna em questões de Draft, o Steelers, um time que teve a mesma abordagem que o Ravens pra esse Draft - não arriscar em grandes trocas e conseguir o melhor possível com o que tem - mas que não teve tanto sucesso quanto seu rival nisso. Não que o Steelers tenha tido um Draft ruim, pelo contrário, conseguiu jogadores interessantes pro seu esquema. Mas não conseguiu acertar na mosca como o Ravens, que conseguiu os dois jogadores que queriam, com as caracteristicas que queriam, sem precisar trocar nenhuma escolha.
 
O Steelers saiu com jogadores interessantes desse Draft, eu adoro o Cameron Heyward e o Curtis Brown é um jogador bem completo, mas o Steelers não - por assim dizer - brilhou. Nenhum desses jogadores deve ser um titular importante desde o começo, nenhum deles vai ser uma melhoria imediata em alguma posição carente do time. O time titular do Steelers vai ser basicamente o mesmo.
 
Mas o Steelers, por outro lado, adicionou ao seu time algo muito importante, que vai além dos jogadores em si, que é profundidade. As posições de OT, CB, DL e etc foram posições que sofreram com lesões na última temporada, e o Steelers sabia que não ia conseguir grandes blockbusters no final da primeira rodada e afins, então se preocupou em pegar jogadores que vão dar profundidade a essas posições. Não vão tirar ninguém da titularidade, mas vão participar da rotação, vão tapar buracos em casos de lesões e vão permitir ao Steelers variar mais suas formações sabendo que tem bons reservas. O Steelers não vai alterar seu time titular drasticamente (Claro que todo Draft tem uma dúzia de surpresas, tou falando com base no que da pra gente imaginar nesse instante), não vai ter um upgrade grotesco, mas vai adicionar algo que pra um time pronto pra ganhar é extremamente importante.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário