Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Análise do Draft da NFL - NFC North


"Ãããããã.... Não sei"


Faltam apenas três divisões da NFL pra gente discutir e analisar aqui, e hoje a gente diminui o número pra dois falando da NFC North, uma das divisões mais interessantes da Liga e que possui o atual campeão e um dos times jovens mais divertidos e promissores da Liga, o Lions. Além disso, o time tem uma franquia em decadência que busca se reerguer, o Vikings, e uma Franquia que chegou na Final da NFC ano passado e que quer provar que não foi apenas um golpe de sorte, o Bears. Vamos ver agora como esses times sairam do Draft.

(O Blogger zuou pela milésima vez o meu post sobre a NFC South. Prometo que arrumo isso outra hora, desculpem o transtorno.)

Detroit Lions
Nota: A-
Escolhas:
1st round, 13th pick:  Nick Fairley, DT, Auburn
2nd round, 44th pick: Titus Young, WR, Boise State
2nd round, 57th pick: Mikel Leshoure, RB, Illinois
5th round, 157th pick, Doug Hogue, OLB, Syracuse
7th round, 209th pick, Johnny Culbreath, OT, South Carolina State
 
Análise: O Lions é um dos meus times preferidos da NFL no momento, porque ele é um time cheio de jogadores jovens, extremamente talentosos e o que é mais importante, o time continua evoluindo e pegando novos talentos. Seguindo essa diretriz, o time não teve vergonha de pegar o Nick Fairley quando ele sobrou até a 13th pick. Alguns times seguem a estratégia de pegar o melhor jogador disponível naquela escolha. O Lions pode ter pego o melhor jogador disponível em todo o Draft!
 
Claro que não é fácil assim, senão ele teria saido lá em cima. O Fairley é talentoso pra cacete, tem tudo pra ser um monstro no miolo da linha defensiva e talvez, em puro talento, seja o melhor jogador do Draft. Mas ele tem problemas fora de campo, alguns dizem que ele não é muito esforçado e portanto o medo de selecionar um Albert Haynesworth que mais daria problemas do que soluções fez muitas pessoas desistirem dele. Sorte do Lions, que aproveitou e pegou o cara pra quem sabe formar com o Ndamukong Suh a melhor linha defensiva da NFL pelos próximos 15 anos. Eu acho que a escolha foi boa porque o Fairley vai jogar na linha junto com dois líderes de personalidade forte, o Kyle Vanden Bosch e o próprio Suh, e se existem dois jogadores capazes de manter o Fairley na linha são esses dois. Eu acho que o ambiente é propício, o talento é imenso e tem tudo pra dar certo até demais. Esse tipo de jogador precisa estar junto de alguém capaz de mantê-los na linha, e no Lions ele terá.
 
Outra coisa que eu adorei no Draft do Lions é que eles não disperdiçaram nenhuma escolha. Na segunda rodada, duas escolhas para o ataque, o Titus Young, que caiu bastante no Draft porque acham que ele é baixo demais pra posição (O Steve Smith do Panthers também teve que ouvir isso, e deu no que deu) mas que é muito bom e jogando com o Calvin Johnson vai se destacar, e o Mikel Leshoure, que é um tremendo RB pra combinar sua força com a explosão do Jahvid Best pra dar ao Lions uma bela dupla de RBs. O time também apostou no Johnny Culbreath, que é meio cru mas que é enorme e tem muita força e potencial, pra uma sétima rodada é uma aposta muito interessante, risco quase zero e com possibilidade de achar um bom Left Tackle.
 
O problema do Draft fica por conta da secundária, que não recebeu nenhum jogador que faça melhorar essa área. Mas se o Fairley der certo a pressão só da linha defensiva do Lions já vai ser tão abusiva que alivia pro resto do time, então o time fez muito bem ao ir com o Fairley. O time mais interessante da Liga.
 
 
 
Chicago Bears
Nota: C+
Escolhas:
1st round, 29th pick:  Gabe Carimi, OT, Wisconsin
2nd round, 53rd pick: Stephen Paea, DT, Oregon State
3rd round, 93rd pick: Chris Conte, DB, California
5th round, 160th pick, Nathan Enderle, QB, Idaho
6th round, 195th pick, J.T. Thomas, OLB, West Virginia
 
Análise: O Bears conseguiu um jogador importante pra área mais carente do time, a linha ofensiva, e adicionou um sólido DT pra sua fortíssima linha de frente na defesa. Se é assim, porque a nota baixa?
 
A nota que eu dei pro Bears não foi pelo talento e pelos jogadores que eles conseguiram. O talento do Gabe Carimi é real, ele melhora a fraquíssima linha ofensiva do Bears (que ainda perdeu o Olin Kreutz, C seis vezes Pro Bowler), e o Stephen Paea é um cara enorme, bateu o recorde de repetições no combine e vai ser um jogador importante na linha defensiva. O Bears é um time melhor com esses dois no elenco, sem dúvida, ambos provavelmente vão ser titulares logo de cara em busca de um título. Meu problema com o Bears é a abordagem do time no Draft. O Paea é um bom jogador, ok, ele melhora a defesa do Bears, mas o impacto marginal de adicionar um defensor na já fortíssima linha de frente do Bears é muito menor do que o impacto marginal de adicionar alguém de uma área carente do time. O Bears não tem nenhum recebedor acima da média agora que trocou o Greg Olsen e a secundária só não é uma peneira porque seria desrespeito com a peneira. Não tenho dúvidas de que adicionar um jogador nessas áreas teria um impacto marginal muito maior do que um DT.
 
Além disso, o Bears pra mim jogou fora suas outras três escolhas do Draft. O Chris Conte é esforçado pra burro, o que sempre é bom, mas foi escolhido umas três rodadas acima do que deveria, e as outras duas escolhas foram jogadas no lixo, dois jogadores que provavelmente nunca vão adicionar em nada na Franquia. O Paea vai ser útil e a adição do Carimi é muito boa, mas o Bears saiu com um Draft muito abaixo do que podia ter conseguido.
 
 
 
Green Bay Packers
Nota: B
Escolhas:
1st round, 32nd pick:  Derek Sherrod, OT, Mississippi State
2nd round, 64th pick: Randall Cobb, WR, Kentucky
3rd round, 96th pick: Alexander Green, RB, Hawaii
4th round, 131st pick: Davon House, CB, New Mexico State
5th round, 141st pick, D.J. Williams, TE, Arkansas
6th round, 179th pick, Caleb Schlauderaff, OG, Utah
6th round, 186th pick, D.J. Smith, OLB, Appalachian State
6th round, 197th pick, Rick Elmore, DE, Arizona
7th round, 218th pick, Ryan Taylor, TE, North Carolina
7th round, 233rd pick, Lawrence Guy, DT, Arizona State

Análise: O Packers está naquela posição invejável onde seu time já está muito bem montado, e por isso o time pode se dar ao luxo de arriscar um pouco nas suas escolhas, pegar projetos de prazo maior e simplesmente fazer o que quer. Não tem grandes escolhas, então o custo é baixo, e a recompensa as vezes pode ser maior sem a pressão por resultados. O que não impediu o Packers de endereçar algumas áreas carentes do seu time, reforçar outras já boas e ainda pegar bons jogadores com um bom futuro.
 
Por exemplo, o time pegou o Derek Sherrod, um Left Tackle com muito talento e potencial, mas que precisa de rodagem e experiencia antes de entrar e jogar. Provavelmente não vai entrar e jogar essa temporada muito, adiciona alguma profundidade para a posição mas dificilmente vai roubar a posição do Chad Clifton, que jogou bem em 2010 e ainda é o dono da posição. Mas o Clifton já tem 36 anos e não vai jogar mais muito tempo, e o Packers vai treinando o Sherrod pra entrar e assumir a posição daqui a algum tempo. A falta de necessidade de resultados imediatos faz com que o Packers possa gastar sua escolha e seu tempo para treinar tranquilamente o potencial desse jogador.
 
E por outro lado, o time pode gastar duas escolhas em Randall Cobb e Alexander Green, dois jogadores de ataque que deve contribuir desde já, o Cobb deve aproveitar e ganhar minutos com o fim de carreira do Donald Driver conforme o veterano for caindo de produção, enquanto o Green é um bom Third Down back, algo que o Packers não tem depois da saída do Brandon Jackson.
 
Entre jogadores pro futuro e jogadores pro agora, o Packers fez um ótimo trabalho em adicionar talento ao time. Usou bem as escolhas que tinha, e continuou draftando bem. Depois ainda perguntam porque o Packers está no topo da Liga.
 
 
 
Minnesota Vikings
Nota: C-
Escolhas:
1st round, 12th pick:  Christian Ponder, QB, Florida State
2nd round, 43rd pick: Kyle Rudolph, TE, Notre Dame
4th round, 106th pick: Christian Ballard, DL, Iowa
5th round, 139th pick, Brandon Burton, CB, Utah
6th round, 168th pick, DeMarcus Love, OT, Arkansas
6th round, 170th pick, Mistral Raymond, DB, South Florida
6th round, 172nd pick, Brandon Fusco, OG, Slippery Rock
6th round, 200th pick, Ross Homan, OLB, Ohio State
7th round, 215th pick, D’Aundre Reed, DE, Arizona
7th round, 236th pick, Stephen Burton, WR, West Texas A&M
 
Análise: Fiasco. Essa é a palavra que resume o Draft do Vikings. Não que eu ache que ele foi 100% horrível, mas ele foi um desastre em termos de planejamento e execução. Toda vez que você gasta uma escolha do top15 num Draft fraco de QBs num QB que dificilmente está entre os cinco melhores dessa classe no papel (Se estiver está em quinto) é porque você esta fazendo alguma coisa errado. E muito errado.
 
Não que o Vikings não tenha saido com bons jogadores, eu pessoalmente adoro o Kyle Rudolph e o Christian Ballard, e o time ainda deu azar de não ter uma escolha de terceira rodada. Mas o Draft foi uma bagunça completa, e o Vikings foi o resumo desse Draft: Quando, numa classe de QBs fraca, você vê quatro QBs saindo na primeira rodada, é porque o desespero está batendo forte. Tudo bem, vários times estavam precisando desesperadamente de QBs e o fato da Free Agency não ter acontecido deixou os times ainda mais preocupados sobre o que poderiam conseguir (ou não conseguir, no caso). O Vikings foi a personificação desse desespero e gastou sua 12ª escolha em um QB que não deveria nem ter saido na primeira rodada.
 
Claro, pode ser que de certo. O Christian Ponder tem bons intangíveis, é habilidoso, atlético e pode desenvolver bem sob a tutela do Donovan McNabb (Lembrando que quando Draftaram não tinham garantias de que poderiam pegar um QB desses. Se soubessem, talvez nem tivesse Draftado o Ponder...) em uns dois anos, o que seria o melhor cenário para o time. Agora, supondo que isso aconteça (melhor cenário, repito), o que o Vikings está fazendo é basicamente condenando o Adrian Peterson a ir embora do time assim que tiver a chance. Ele não vai querer disperdiçar seus melhores anos jogando num time fraco que ainda está preocupado em desenvolver o seu QB jovem, inexperiente e de alto risco. O time também não se ajudou, o Rudolph é um ótimo jogador mas o time já tem o Visante Shiancoe pra jogar de TE, será que dadas as condições do time não valeria mais ter apostado em um OT? Mesmo o Ballard também é um projeto pro futuro, já que o paredão Williams ainda ta de pé e o calouro provavelmente só vai jogar com regularidade daqui a um tempo. Se o Vikings estava tão desesperado por um QB deveria ter trocado pra subir no Draft e pego um cara pronto como o Blaine Gabbert. Pegar um QB que não merece a 12th pick e que ainda vai provavelmente fazer você perder seu melhor jogador dos últimos 13 anos? Mau negócio!

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