Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Problemas com Quarterbacks

"Ae, somos ruins mas pelo menos somos importantes!!"

O post de hoje veio mais tarde que de costume porque fiquei sem internet até agora, desculpem o atraso

Claro que cada equipe tem sua formação, seu estilo, seus jogadores e suas peculiaridades. Mesmo assim, é dificil negar que o Quarterback é a posição mais importante dentro de uma equipe. Tudo bem, vamos achar Trent Dilfer com um anel de Super Bowl, Rex Grossman chegando a ele (Se bem que ele entregou de bandeja aquele jogo pro Colts), entre outras aberrações. Mas de uma forma geral, não se ganha um título sem um bom Quarterback. Em 2009, Drew Brees levou o Saints ao titulo. Em 2008(E 2005) foi Big Ben Roethlisberger, claro que impulsionado por uma grande defesa, mas foi Big Ben quem conduziu as derradeiras campanhas do título. Em 2007, Eli Manning jogou como um gigante nos playoffs e foi melhor que qualquer outro QB na pós temporada. Em 2006, Peyton Manning levou pra casa o troféu. Em 2001, 2003 e 2004 quem liderou sua equipe ao título foi Tom Brady.

Em resumo, uma grande franquia começa com um grande Quarterback. Sem um QB que seja um líder em campo e que seja capaz de ganhar jogos sozinhos, é extremamente dificil pra qualquer time ser campeão. Claro que um RB como Chris Johnson ou Adrian Peterson pode levar o time à pós temporada mesmo com um QB que fede, mas 90% das vezes não irão adiante, só ver o caso daquele que foi pra mim o melhor Running Back de todos os tempos, Barry Sanders. Tudo bem, o time todo do Sanders era uma grande porcaria, a linha ofensiva era uma das piores da história, mas Sanders carregou por anos o time nas costas sem conseguir ir adiante na pós temporada. É lei, todo time que quer ter aspirações maiores tem que começar arrumando o seu Quarterback. 99% das jogadas ofensivas do futebol americano passam pelo Quarterback e quando a coisa aperta, que voce precisa gastar pouco o relogio e avanços longos, voce 100% das vezes vai recorrer ao seu quarterback.

Apesar de termos Quarterbacks ativos hoje que estão entre os maiores de todos os tempos como Brett Favre, Tom Brady e Peyton Manning, e mais recentemente aposentado Kurt Warner, vários times ainda estão tendo problemas ou dúvidas com seu jogador principal. Vamos ver alguns desses casos (Times como o Cardinals, que simplesmente tem quarterbacks ruins, não contam!) :


Washington Redskins
O Celo não falou no resumo da rodada porque eu preferi falar de forma mais extendida do assunto, mas uma das grandes manchetes da rodada foi o técnico do Redskins, Mike Shanahan, que no jogo contra o Lions, com 1:45 no relógio faltando e 31 a 25 no placar, tirou seu titular Donovan McNabb e colocou no seu lugar Rex Grossman sem motivo aparente. McNabb foi um dos grandes QBs da NFL na década passada e Rex Grossman foi um dos QBs mais ridiculos a ganharem um jogo de playoffs que eu ja vi, quem viu ele jogar sabe do que eu tou falando. Mas inexplicavelmente, precisando de um touchdown desesperadamente faltando menos de dois minutos pra virar a partida, o experiente técnico do Redskins tirou um ótimo QB pra colocar um reserva que é fraco! Logo na primeira bola que Grossman recebeu, ele sofreu um fumble que foi retornado pelo absurdo calouro Ndamukong Suh pra touchdown e matou o jogo.

Depois do jogo, Shanahan disse que colocou Grossman porque ele sabia melhor no momento como lidar com um ataque de dois minutos (Aqueles ataques que voce geralmente faz sem conferencia e com velocidade pra impedir que o relogio acabe), o que é ridiculo. Grossman nunca na vida soube liderar um ataque de dois minutos, e McNabb, ainda que nunca tenha se destacado como um QB que aparece no final dos jogos (Seus numeros nos finais de jogo sao iguais à media da carreira como um todo), tambem não é um QB que ferra tudo nessas situações. No dia seguinte, Shanahan mudou a versão e disse que McNabb não estava EM FORMA FISICA pra liderar um ataque de dois minutos. Ahã, Claudia, senta lá. Se o cara não tem forma fisica pra liderar um ataque de dois minutos, ele não deveria começar a porcaria do jogo, cacete!! Ou seja, as desculpas do Shanahan nao convenceram ninguem, vazaram boatos que o técnico estaria insatisfeito com a rotina de treinos de McNabb, o mau estar em Washington (Que ja tinha em Albert Haynesworth um prato cheio de confusão) foi geral e o time chegou ao cúmulo de fazer treinos com Jamarcus Russell!!! Ainda que eu tenha fé que trazer o Jamarcão pra um treino tenha sido apenas uma piada do time, o fato é que eles trouxeram, e parece que os dias do McNabb estão contados em Washington, nenhum QB do seu calibre vai gostar de algo desse tipo. Um time que tinha (ou tem) chances concretas de playoffs parece disposto a jogar tudo fora e ficar ainda mais longe de algo que preste. Confesso que essa eu nao entendi. (Ou então pensem no lado comico: Se McNabb sair e Jamarcus vier, eles trocaram Jason Campbell por Jamarcus Russell! A troca do século!)


Philadelphia Eagles
Eu escrevi dia desses um post sobre o problema do Eagles com seus Quarterbacks, dizendo que o time não conseguia decidir se jogava com Michael Vick ou Kevin Kolb. Kolb vinha jogando bem com Vick machucado, teve ótimas partidas e parecia que seria o titular, quando perdeu uma partida de forma dura pros Titans.
Ainda que nao tenha tido uma partida tão ruim do moleque, ele tambem nao se destacou, e o time perdeu com 3 TDs do Kenny Britt. Depois do jogo nosso querido Andy Reid, o técnico, disse que assim que estivesse saudável Vick voltaria a ser o titular! Tudo bem, entendo que ele queira o Quarterback mais pronto ja que o time tem chances concretas de pós temporada, mas nao é bom voce anunciar isso com o Kolb ainda de titular. Vai que o Vick começa a jogar mal, vai recorrer ao Kolb de novo? Podiam decidir de uma vez por todas quem é o titular dessa budega, cazzo!!


San Francisco 49ers
Era o ano do vamos ver para Alex Smith, ou respondia à altura ou ia pro banco. Smith não jogou mal, tirando um começo cheio de interceptações Smith implacou boas partidas, mas o time não ganhava e chegou a quase ir pro banco. Quando mostrava evolução e que poderia levar o time a algumas vitórias, Smith lesionou novamente seu ombro. Seu substituto na partida foi David Carr, que foi uma droga e entregou o jogo de bandeja. Para o confronto contra o Broncos em Londres no ultimo domingo, quem foi escalado de ultima hora foi o terceiro reserva Troy Smith, que chegou de free agent no começo da temporada. Falei um pouco de Smith nesse post aqui, um ex vencedor do Heissman Trophy que nao teve muitas oportunidades na NFL por causa de lesões e do Joe Flacco. Afinal, Troy Smith começou bem devagar em Wembley, errando passes e mostrando falta de entrosamento com o time. No entanto, no segundo tempo, Smith teve uma performance excelente, conduzindo tres campanhas consecutivas pra TD, um pra Michael Crabtree, um de Frank Gore e um que ele mesmo converteu correndo com a bola. Smith foi tão bem no segundo tempo que muitos ja dizem que ele deveria ganhar a posição de titular.

Troy Smith é jovem, está apenas em sua quarta temporada na NFL e ainda tem muito a aprender. No entanto, notou-se uma clara evolução no jogo do time no segundo tempo, quando Smith entrou no seu ritmo com o ataque. Smith é bastante dinamico, compensa a fraca linha ofensiva do time com sua velocidade ao sair do pocket e ganha assim mais tempo pra lançar a bola. Não tem o braço mais forte do mundo mas consegue conectar passes longos, e principalmente protege bem a bola, toma decisões certas na maioria do tempo, em parte porque consegue ganhar tempo com as pernas e tem visão de jogo. Mas o mais importante pro time talvez tenha sido a liderança que Smith trouxe ao time. Alex Smith muitas vezes foi criticado por falta de liderança ao time, de não passar confiança, de não comandar respeito no huddle. E Troy Smith (É Smith demais nessa droga!) semrpe foi um jogador confiante no time e em suas habilidades, não tem medo de assumir a responsabilidade e foi um vencedor no College. Não sei se vai chegar a ser um grande Quarterback, mas tem mostrado as habilidades pra pelo menos ser um titular na NFL. O Niners tem um bye nessa semana e talvez Alex Smith esteja disponivel pra decima rodada. Se for assim, quem começa a partida? Ninguem sabe, mas acho que muita gente esteja torcendo pro braço do Alex ainda tar doendo. Se não der certo com Troy Smith, consigo ver esse time fazendo uma investida em McNabb.


Minnesota Vikings
Estava relendo meus posts antigos e queria me desculpar por uma errata. Eu disse que a denuncia contra o Brett Favre era de racismo, mas na verdade era de assédio sexual. Desculpem o erro, confundi os envolvidos.
Mas o problema do vovo Favre não se resume aos problemas extra-campo - que, alias, não deram em nada até agora. Favre demorou pra decidir se voltava entre outros motivos (principalmente viadagem) porque estava saindo de uma cirurgia no pé. No final das contas, decidiu que estava bom o bastante pra voltar (Nossa, que surpresa, hein galera) e acabou assinando novo contrato. Mas parece que o corpo dele não está tão bom assim. Favre vem sofrendo com pequenas lesões desde o começo do ano, inclusive uma no cotovelo e outra no pé, que chegaram a ameaçar sua sequencia absurda de 292 jogos consecutivos iniciados, recorde da NFL. E não só a lesões se limitam os problemas do vovô, ja que sua produtividade decaiu vertiginosamente de sua temporada de MVP ano passado e parece ter voltado à sua forma de lançar interceptações desnecessáriamente. A questão se Brett deveria sentar no banco ja foi levantada várias vezes, mas o Quarterback sempre teve o apoio de Brad Childress.

Até que no jogo contra o Patriots, onde não vinha bem e ja tinha lançado uma interceptação, Favre sofreu uma pancada mais forte que lhe abriu o queixo. O velhote teve que sair e levou varios pontos no queixo. Tarvaris Jackson entrou e jogou melhor que Favre, passando inclusive pra um touchdown. Não que Tarvaris Jackson seja um grande quarterback, ele não é, mas protege bem a bola e é capaz de ganhar jardas com as pernas. Talvez Jackson seja uma opção melhor pro Vikings porque ele seria secundário no time em relação a Adrian Peterson, deixando o running back liderar o ataque e deixando Tarvaris sem a pressão de ter sempre que lançar a bola. Seria bom tambem pra aproveitar melhor o calouro Toby Gerhart, bom running back que foi candidato ao Heissman Trophy de 2009, e que pouco tem aparecido. Mas não é facil voce colocar um QB como Favre no banco, ainda mais com todo o problema envolvendo a saida de Randy Moss do time e a necessidade de um líder pra manter o time unido: Favre é o unico jogador de ataque no vestiário capaz disse - e muito capaz. Apesar de tudo, ainda não se sabe se o vovô terá condições de jogo esse domingo contra o Cardinals. Se tiver, deve começar, mas por quanto tempo?


Cleveland Browns
Primeiro tenham em mente o seguinte fato: O Browns não tem nada a perder. Acharam um bom Running Back em Peyton Hillis, tem uma boa linha ofensiva, mas o time como um todo é muito fraco. Joe Haden é um bom cornerback mas ainda não vai demorar até se desenvolver totalmente. O record do time é muito ruim e a divisão e conferência do Browns é fortissima e disputadissima. Ou seja, o Browns sabe (ou devia saber) que é ruim e que esse ano eles não vao mais caçar nada. Jake Delhomme, que começou o ano como titular, ja foi um titular respeitado na Liga, chegou a receber votos pra MVP, levou o time a um Super Bowl, mas está velho e agora é o rei das interceptações, claramente ja está na descendente -e bem acentuada - de sua carreira. Seneca Wallace ja teve boas partidas e chegou a dar flashes que podia ser um QB decente, mas eles em geral passam rápido e o gordinho é um QB bem pouco confiavel, não vai conseguir ganhar sem um time muito bom ao lado dele - o que ele não tem e não vai ter tao cedo. Delhomme começou de titular e, machucado, deu lugar a Wallace. Mas Wallace tambem machucou e quem entrou no seu lugar foi o calouro Colt McCoy.

 Falei do McCoy nesse post aqui, mas pros preguiçosos ele é da escola Tim Tebow de Quarterbacks, ou seja, o moleque destruia no College, levou o time a varios titulos, era um dos melhores QBs de lá (O Texas Longohorns inclusive ta sofrendo pacas sem ele lá), mas quando foi pra NFL ninguem via ele com bons olhos, todos achavam que ele não ia dar certo na NFL devido aos mesmo fatores que falaram pro Tebow e que falam par varios QBs que vem do College - E, varias vezes, com razão. McCoy era tratado como um projeto futuro, Eric Mangini, o técnico do time, chegou a declarar que McCoy não deveria jogar esse ano nem no proximo, que deveria estar pronto pra liderar a franquia só em 2012. Ou seja, ninguem esperava nada do McCoy pra agora, ele era um QB que precisava de tempo e experiencia pra se desenvolver, e não deveria entrar em campo. Mas por causa da falta de QBs no time, ele teve que entrar, e logo numa fria, contra o Steelers. E não é que o pirralho jogou bem? Tudo bem, duas interceptações, mas uma não foi culpa dele e sim do WR, e... Cazzo, era o primeiro jogo de um calouro que só devia ficar pronto em dois anos e contra a melhor defesa da Liga, que que tem se ele foi interceptado?? McCoy foi nomeado o titular depois disso e teve jogos decentes, protegendo melhor a bola, soltando o braço apenas quando necessário, tendo partidas discretas, mas boas - Lembrando que a falta de alvos em Cleveland é assustadora, e só piorou quando James Harrison quase matou Mohamed Massaquoi e Joshua Cribbs no mesmo jogo.

Sabendo disso tudo, e não tendo nada a perder, decidiu deixar o calouro como titular. Ele vai apanhar, vai sofrer, é um calouro, não está acostumado ao jogo no nivel da NFL, mas vai crescer muito mais, sem nenhuma pressão (Vai falar que tu espera algo do Browns?? A franquia é mais famosa pelo que deu errado do que pelo deu certo!!) e podendo levar o seu ritmo. Achei a escolha de Mangini a melhor pro futuro do time, e talvez até pro presente, ja que os outros dois são tristes e McCoy tem tido boas partidas. Sempre gostei de McCoy, vi ele jogar no College e o moleque era bom demais, e sempre achei que com alguma experiencia e paciencia ele poderia render na NFL. Agora ta a chance do moleque por isso à prova, ser titular, jogar, aprender... E perder, claro, é o Browns. Mas se o time perder, levar uma surra, ser humilhado, mas o McCoy jogar bem e melhorar a cada jogo com isso, aposto que ninguem vai ficar mais feliz que o Eric Mangini. Talvez eu, com aquele sorriso pentelho de "eu avisei!". Boa sorte, McCoy!

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Randy Moss e o fim do resumo da rodada

"Cazzo, meu nome apareceu denovo?"

Primeiro: Sim, o Marcelo voltou a escrever, eu sou bonzinho.
Segundo que como essa novela do Randy Moss acabou seu capítulo 'Minnesota Vikings: O retorno' e começou o capítulo 'Tennessee Titans: Um novo começo', vou aproveitar pra fazer o resumo rapidinho e falar do que ocorreu com o Randy Moss.
Começando pelos resumos:


"Colocado no ângulo, olha só"

Miami Dolphins 22 vs 14 Cincinnati Bengals
Se os special teams do San Diego Chargers estão acabando com o time (Essa semana quase conseguiram denovo! Leia mais abaixo) quem anda vencendo jogos para o Miami Dolphins é o Kicker Dan Carpenter. Pela segunda vez em tres semanas eleito o jogador da semana pra AFC, o kicker acertou cinco field goals - um deles de 54 jardas - contra o Bengals pra dar ao Dolphins sua quarta vitória fora de casa em quatro jogos fora de casa. Cool!

Não é que o ataque do Dolphins seja ruim, eu gosto do Chad Henne, o ataque terrestre somou 130 jardas, os WRs estão produzindo, mas o time tem problemas quando começa a chegar do outro lado do campo. A meu ver o time ainda nao achou aquele equilibrio entre ataque aéreo e ataque terrestre, e ta tendo problemas com isso depois de algumas séries de ataque. Tirando um TD terrestre do Ricky Williams, o time nao entrou na End Zone nenhuma vez na partida. Ja o Bengals jogou bem, mas Carson Palmer voltou a ter problemas, acertou menos de metade dos seus passes, 156 jardas. Terrell Owens teve dois touchdowns, mas o time sofreu com o jogo aéreo. Talvez seja hora do Bengals buscar outro Quarterback, Donovan McNabb talvez pinte no mercado ja ja...


Um domingo comum em San Diego

Tennessee Titans 25 vs 33 San Diego Chargers
Dessa vez os Chargers ganharam e os especialistas não conseguiram entregar o ouro, mas não foi por falta de tentativa. Eu ja tou de saco cheio de vir aqui e escrever isso, mas cacete, foi MAIS UM punt bloqueado, que acabou causando um safety!! Sério, os Chargers deveriam pendurar uma placa enorme no Qualcomm Field falando "Estamos ha X semanas sem termos um punt bloqueado", porque ta mais comum do que ex-BBB na Playboy! E se os Chargers dessa vez sairam com a vitória, eles tem que agradecer ao Antonio Gates e seu TD de 48 jardas. Gates terminou com 123 jardas e 1 TD e junto com as 305 jardas, 2 TDs e 1 Int do Phillip Rivers foram os unicos jogadores dignos de nota do Chargers. Vince Young vinha jogando bem mesmo sem seu principal alvo, Kenny Britt, mas se machucou denovo e teve que dar lugar a Kerry Collins, que nao comprometeu, mas tambem nao conseguiu virar a partida.


"No passinho, no passinho, no passinho do Proust é culto!"

Minnesota Vikings 18 vs 28 New England Patriots
E o Patriots é o novo líder da NFL. São seis vitórias e apenas uma derrota, e o time que começou com uma defesa fraca e um ataque inconstante agora é o time mais embalado da NFL. Os motivos que levaram o time a estar bem como estão hoje, mesmo com a saida de Randy Moss, eu vou explicar num post ainda essa semana, mas por enquanto saibam que eles se resumem em duas palavras. Bill. Belichik.

Contra o Vikings e sua forte defesa terrestre, o Patriots não quis nem saber. Foram 112 jardas e 2 TDs do Benjarvus Green-Ellis (O nome mais legal de toda a NFL!), mais um TD do Danny Woodhead, Tom Brady mais uma vez eficiente sem turnovers e 240 jardas com 1 TD, e ainda contaram com um jogo ruim do vovô Brett Favre, que saiu após uma pancada no queixo (E bizarramente o reserva Tarvaris Jackson ainda passou pra um TD. O mundo ta realmente doido!). O Vikings ainda perdeu Randy Moss após o jogo, leia mais abaixo.


Kurt Warner percebendo como o time é uma draga sem ele

Tampa Bay Buccaneers 38 vs 35 Arizona Cardinals
Esse jogo foi intenso, mas foi bizarro. O Cardinals teve dois QBs jogando (Max Hall e Derek Anderson) e cada um teve 1 TD e 2 interceptações, mais Cardinals impossivel. Larry Fitzgerald (2 TDs) e Steve Breaston (147 jardas) tiveram boas partidas, mas os turnovers mataram o Cardinals, que ainda anotou dois TDs pelo chão (e  um com a defesa). Mas foi pelo chão que os times fizeram a festa. 100 jardas do Cardinals foram boas, mas as 120 e 2 TDs do calouro não draftado LeGarrett Blount, do Tampa Bay, foram os destaques da partida. Blount era um bom RB, mas teve problemas com brigas e por isso não foi draftado, até chegou a agredir um companheiro de time na pré temporada com o Titans, e acabou dispensado. Mas pra sorte do Bucs ele joga bem e ta sendo o RB que o time precisava pra nao ter que confiar a corrida ao vovô Cadillac Williams e tambem pra aumentar os gastos com fralda e mamadeira.


Agora o Darren McFadden pode pagar de malandro

Seattle Seahawks 3 vs 33 Oakland Raiders
O Seahawks nao sabe jogar em casa, ponto final. Jason Campbell está jogando bem e teve 2 TDs sem turnovers, mais um sinal de que o mundo é apenas um sonho bizarro. Enquanto o vovô Matt Hasselback teve um jogo muito fraco e o ataque terrestre do Seahawks nao conseguia correr nem pro vestiário (Puxa, jogando fora de casa, quem diria! Só o Bears conseguiu a proeza de perder pro Seattle em casa), o ataque terrestre do Raiders somou mais de 220 jardas totais e o ataque do Raiders fez a festa pela segunda semana seguida. Olho no Darren McFadden e suas 110 jardas. O moleque jogava muito no College e apesar de ter decepcionado no começo da sua carreira, agora ta engatando a quinta marca e ninguem parece mais capaz de parar esse cara.


Rashard Mendenhall tentando mostrar que qualquer um faz o que o Big Ben faz

Pittsburgh Steelers 10 vs 20 New Orleans Saints
Os Saints ganharam uma sobrevida na temporada e o Steelers mostrou uma certa vulnerabilidade que antes nao tinha. Claro, o time ainda é forte, a defesa é insana e é um candidato ao título, mas estar 1-1 com seu QB titular de volta depois de estar 3-1 sem ele levanta algumas questões que não vou aprofundar agora, talvez num post futuro. O que importa é que Big Ben Roethlisberger nao jogou bem, e apesar de um bom jogo do Rashard Mendenhall, o ataque do Steelers ainda ta procurando algumas respostas. Tambem atrapalha os planos do Steelers o fato de que o Drew Brees pegou mania de jogar um jogo sim e um jogo não. O ataque terrestre do Saints foi parado de uma forma que eu poucas vezes vi antes pela defesa do Steelers, mas num jogo dominado por fortes defesas as 300 jardas e 2 TDs do Brees fizeram a diferença. Darren Sharper jogou bem e deu um ânimo novo aos torcedores do Saints, e a gente nao espera mais muita coisa do Brees depois que ele foi capa do Madden, mas pelo menos conseguiu uma ótima partida contra uma das melhroes, senão a melhor, defesa da NFL.


"Tou sentindo falta daquele corredor que arrasou a gente na primeira semana"

Houston Texans 17 vs 30 Indianapolis Colts
A vingança do Colts pela derrota sofrida em casa pro Texans veio em grande estilo. Peyton Manning teve uma atuação normal pra ele, 260 jardas e 2 TDs, mas quem sacramentou a vitória do Colts foi a tão criticada defesa e o tão apagado jogo terrestre. Matt Schaub é um dos melhores QBs da Liga quando tem tempo pra lançar a bola, com ótima precisão, mas a linha defensiva do Colts, em especial a dupla Robert Mathis e Dwight Freeney, fizeram questão que isso nao acontecesse. Foi pressão o jogo todo, tres sacks, um fumble forçado, e sempre forçando Schaub a sair do pocket, lançar a bola em movimento ou simplesmente joga-la fora. Complementando isso, Mike Hart, corredor que era o terceiro reserva do time, teve ótima atuação com 84 jardas terrestres e 19 aéreas. Por outro lado, apesar do Arian Foster ter tido 102 jardas e 1 TD, confesso que senti falta dele. O RB que destroçou e comeu as migalhas da defesa do Colts na primeira semana correu apenas 15 vezes com a bola, uma media de quase 7 jardas por carregada. Da a bola pra ele correr mais vezes, era uma partida pro Foster correr umas 25 vezes e tirar um pouco a pressão do braço do Schaub! Alheio a isso, o Colts, que perdeu Bob Sanders, Melvin Bullit e Dallas Clark , está 5-2. Olho neles!


O caso Randy Moss:

"Estou levando meus talentos pra Nashville, pra jogar pelo Tennessee Titans"

Segunda feira, pra surpresa geral da NFL, o técnico do Vikings Brad Childress anunciou que o time estava dispensando o WR Randy Moss após quatro partidas apenas com o time. A noticia caiu como uma bomba, afinal Moss é um WR de calibre Hall da Fama, possivelmente o segundo melhor da história, e não é comum ver um jogador desse nível simplesmente sendo dispensado. Pipocaram boatos e intrigas, já que domingo após o jogo contra o Patritos o Moss fez uma declaração de amor ao time, jogadores e comissão técnica do Patriots, e a coisa ficou mais grossa quando passado o prazo limite do dia pra dispensar jogadores (4h da tarde pra costa Leste dos EUA, 6h de Brasilia) o nome de Randy Moss não aparecia como dispensado. Varias pessoas ligadas à diretoria do Vikings disseram que havia divergencias dentro do clube sobre o destino de Moss e que dispensá-lo era uma iniciativa de Childress, não da diretoria, e que era possivel que Moss acabasse ficando.

Mas terça feira apareceu a história toda. Depois dos jogos, o time do Vikings ia a algum restaurante para jantarem juntos, como uma forma de se aproximarem. Era um pequeno restaurante e, enquanto os jogadores comiam, Moss se levantou, xingou a comida do lugar, falou que era uma porcaria, que ninguem deveria comer uma coisa dessas, que ele nao serviria isso nem ao seu cachorro e que só comia essas merdas quando era pobre. O dono do restaurante estava à mesa com o time e o mau estar foi geral, Brett Favre ficou extremamente irritado com isso (Chegaram a dizer que, se ele tivesse uma bola por perto, teria acertado a cabeça do Moss com ela), e Moss se levantou e foi embora sem mais nada. Foi a gota d'água pro técnico Childress, que dispensou Moss e deu declarações dizendo que trocar por ele foi um grande erro. Assim, Moss ficou on waivers por 24h. Qualquer time que o quisesse deveria fazer um pedido junto à NFL. Ao final dessas 24h, entre os times que tivessem feito o pedido, o que tivesse maior prioridade (Pior campanha) levaria o jogador, e ao contrário do que o Marcelo falou ontem, esse time teria que pagar o salário do jogador até o fim do ano, quando acaba seu contrato. Se ninguem pedisse por Moss na waivers, Moss viraria um free agent e ai sim o Vikings pagaria seu salário até o fim do ano.

Acabou que somente o Titans pediu por Moss, e acabou ficando com ele. Por um lado, achei que a troca foi boa. Britt está machucado e pode ficar de fora até o fim da temporada regular (volta pros playoffs) e ele era o melhor WR do time. Moss chegaria ao time pra subrir essa ausencia enquanto Britt ficasse de fora, e Moss indubitavelmente ainda e´um grande WR quando quer jogar. Por outro lado, o Titans ja tem uma folha salarial alta e o salário de Moss (Mais 2,8 milhoes de dolares até o fim do ano) não é baixo. Vince Young é um QB que ja teve muitos problemas psicológicos ao longo de sua carreira, principalmente de depressão, e por causa disso as vezes tem problemas de liderança. Tudo que eu acho que Young nao precisa é um jogador pra botar sua liderança em xeque, que lhe traga maiores problemas, e é isso que o Randy Moss vem sendo ultimamente, um câncer de vestiário. Tambem acho que Moss, com sua idade e queda natural de produtividade, funciona mais como um depth threat, um jogador pra bolas longas, o que nunca foi o maior ponto forte do Young. Sob esse ponto de vista, não sei se o que o jogador traria ao time vale o risco.

Mas se existe uma esperança ao Titans, e tenho certeza que foi só por isso que o time o trouxe, ela se chama Jeff Fisher. Fisher é um técnico durão e de personalidade, que tem o respeito dos seus jogadores, e que se cercou na comissão técnica principalmente com homens de caráter e personalidade, que sempre souberam lidar bem com jogadores problemáticos e mantê-los na linha. Albert Haynesworth nunca deu um pio sob o comando de Fisher e Jim Washburn, o coordenador de linha defensiva do time, melhor da NFL. E se tem algum técnico na Liga, além de Bill Belichik, consegue manter Randy Moss na linha, é ele. Tenho certeza que vão fazer o máximo pra blindar Young e se colocarem entre Moss e qualquer problema, e acreditem, não é nada facil passar por cima desse grupo.

Detnro de campo, se conseguirem motivar Moss, ele ainda é um dos melhores WRs da Liga. Se não conseguirem, ele ainda é um jogador rapido capaz de ser um alvo impar em bolas longas, o que acaba atraindo a cobertura da defesa - uma defesa que ja tem que se preocupar com Young e Chris Johnson correndo na linha de scrimmage. O maior problema de Moss é realmente extra campo. SE, e eu repito, SE Jeff Fisher e sua cambada conseguirem controlar Moss, será uma ótima adição pro Titans, porque ele obriga a defesa a se aprofundar para cobri-lo, o que abre espaços pra CJ. Se não conseguirem, contudo, é muito possivel que no final isso acabe com as chances dos Titans de pós temporada.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Resumo da semana 8 da NFL - Parte 1

"Reclamaram do meu cabelo, mano!
Tou metendo o pé!"


13 jogos marcaram a semana 8 da NFL. Os Buccaneers e os Chiefs mantiveram-se como as grandes surpresas da temporada, vencendo novamente seus jogos, e o Oakland Raiders venceu mais uma, mostrando como a NFL está de pernas para o ar, nessa temporada de 2010.


Carolina Panthers 10 @ 20 St. Louis Rams


"Espera aí, Niners, vocês são os próximos!"

Sim, o St. Louis Rams ganhou mais uma! A quarta desta temporada! Com mais uma ótima atuação do QB calouro Sam Bradford, que passou para 191 jardas e 2 TD (Acertando incríveis 25 passes em 32 tentativas), Bradford superou os Panthers de Matt Moore e Steve Smith, combinação que, sozinha, gerou 85 jardas aéreas. Outro destaque positivo foi a defesa dos Rams, interceptando 3 vezes o QB de Carolina. Com isso, os Rams ficam na segunda posição na NFC West, atrás do Seattle Seahawks, com 4 vitórias e 4 derrotas. Numa divisão não tão difícil, os Rams têm reais chances de se classificar para os playoffs. Surpreendente, não!?


Green Bay Packers 9 @ 0 New York Jets


"FFFFFFFFFUUUUUUUUUUUUU"

Num dos jogos mais esperados da temporada, a decepção. Packers e Jets não entraram NENHUMA vez na End Zone, durante todos os 60 minutos da partida. Os highlights então ficam para as defesas, a do Packers, que interceptou Mark Sanchez 2 vezes e o sackou também 2 vezes, e a dos Jets, com 2 sacks e um fumble recuperado, e para o Kicker cabeça-de-queijo Mason Crosby, que acertou 3 Field Goals, que deram números totais ao placar da partida. Com a vitória, o time de Green Bay chega a 5-3, deixando pra trás o rival Chicago, que folgou nessa rodada, e assume a liderança da NFC North. Já os Jets, com 5-2, perderam sua liderança dividida com o New England Patriots, e amargam o segundo lugar da AFC East.


Bufallo Bills 10 @ 13 Kansas City Chiefs


"Fatiou, passou, BOOOA, 25!"


Ok, foi em cima do Bufallo Bills, mas o Chiefs ganhou mais uma! E com Jamaal Charles com mais um jogo sensacional! Mesmo sem marcar TDs, o RB de Kansas correu para 177 jardas. Com mais 77 jardas de Thomas Jones e umas outras corridas quebradas dos outros jogadores do ataque, os Chiefs chegaram a sensacionais 274 jardas corridas, além das 152 jardas aéreas passadas pelo QB Matt Cassel, que vem numa crescente desde que deixou de ser a sombra de Tom Brady nos Patriots, e passou para um TD de Dwyane Bowe. O ponto positivo para os Bills foi a atuação do QB Ryan Fitzpatrick, que passou para 223 jardas e 1 TD, apesar de 1 INT. Os Chiefs agora têm uma campanha de 5-2 e se isolaram na liderança da AFC West, para a surpresa de muitos. Já os Bills continuam como o pior time da NFL, sem vencer, ainda, em 7 jogos.


Jacksonville Jaguars 35 @ 17 Dallas Cowboys


"Sims-Walker, comemore. Estou de volta!"

Se antes da lesão, David Garrard não vinha bem, agora, ele voltou com tudo! Com uma atuação sensacional, passando para 4 TD e marcando um com as pernas, o QB levou os Jaguars à vitoria contra a baranga do ano, os Cowboys, que, ainda semTony Romo, fora até o fim do ano, fazem vergonha aos que os esperavam no Super Bowl.Maurice Jones-Drewtambém ajudou muito, com 135 jardas terrestres, além das 260 de Garrard. Jon Kitna teria um excelente jogo, com 349 jardas aéreas. Mas o pobre coitado foi interceptado 4 vezes, evitando sequer uma atuação decente dos Cowboys. Mesmo com a vitória, os Jaguars continuam na quarta posição da AFC South, com 4-4, enquanto os Cowboys vão dando adeus aos playoffs, com a pífia campanha de 1-6, quarto colocado na NFC East, e vendo os Giantsroubando-lhes a vaga.

Washington Redskins 25 @ Detroit Lions 37

"E não é que ele tá acertando os passes pra mim?!"

A NFC North está tendendo embaralhada. Não tão surpreendente é o fato do Chicago Bears estar disputando uma vaga nos playoffs, mas sim o Lions estar tendo jogos tão bons. Arrisco dizer que, se não estivesse numa divisão tão forte (A mais forte, na minha opinião), poderia sim disputar uma vaga. Apesar da campanha de 2-5, o time vem funcionando bem, a defesa vem impressionando. Só faltavam os resultados, que começaram a vir. A vítima da semana foi o Washington Redskins, de Donovan McNabb, que foi atropelado pelo QB Matthew Stafford, passando para 4 TDs, interceptado apenas 1 vez, totalizando 212 jardas aéreas. Outro ponto positivo foi a atuação de Calvin "Megatron" Johnson, fazendo jus ao seu apelido. Recebendo em 9 tentativas para 101 jardas e 3 TD. Os Redskins não tiveram muito o que fazer para evitar a derrota. McNabb passando para apenas 1 TD e 1 INT, não teve potencial ofensivo para sobrepujar a boa defesa de Detroit. Os problemas por falta de alvos atrapalha muito, não dá pra dizer que o Redskins é candidato à vaga na pós temporada. O curioso desse jogo foi ver Rex Grossman, depois de tanto tempo, voltar a campo para fazer passes. Triste, gente. Triste.


Denver Broncos 16 @ 24 San Francisco 49ers

"Bestas! Ficaram achando que errar passe é mal de nome!"

Alex Smith lesionado. David Carr barrado. Quem entra em campo, meldels!? Smith!? Mas eu já não disse que estava lesio - - Calma, ele entrou! Calma, ele tá acertando passes! Ó MEU DEUS! O QUE ACONTECEU!? Ah, não é o Alex Smith. É o vencedor do Heissman Trophy Troy Smith, que levou o Niners à sua segunda vitória na temporada, em seu primeiro começo como jogador da NFL. Além disso, Frank Gore novamente destruiu a defesa terrestre do Broncos, correndo para 118 jardas e marcando 1 TD (O outro foi uma recepção de Michael Crabtree. Esse promete). O ataque do Broncos funcionou bem também. Kyle Orton passando para 369 jardas, com 1 TD e 1 INT. Brandon Lloyd, melhor recebedor da liga, em jardas, novamente com um excelente jogo (169 jardas em 7 recepções). O problema foi: O Niners soube cuidar do tempo de posse de bola. Com isso, os favoritos à vaga da NFC West começam a respirar um pouco mais aliviados, e a correr atrás da vaga, mas ainda estão na última posição, de uma divisão que tem o Seattle Seahawks como líder.

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E hoje, provavelmente, se resolve o caso Randy Moss. Talvez a maior notícia da NFL tenha sido sua dispensa dos Vikings, time onde começou sua carreira na NFL. Depois de ser acusado de mal comportamento, Moss foi dispensado e agora está nos Waivers. Os times devem fazer seus pedidos por ele até as 4 da tarde, horário do Leste dos EUA (8 da noite de Brasília) para ter Moss como recebedores do seu time. O salário do astro continuará sendo pago pelo Minnessota Vikings até o final do ano.

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Atualizando: Shawne Merriman, OLB, dispensado dos Chargers, acaba de assinar com o Buffalo Bills, vindo dos Waivers.

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Atualizando II: Randy Moss, WR, dispensado dos Vikings, acaba de assinar com o Tennessee Titans, vindo dos Waivers.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Os Campeões do Mundo

Pela primeira vez, esse troféu vai pra San Francisco

Sei que ficou gigante denovo o post, mas é um post sério sobre um título de MLB. Pra quem tiver paciencia de ler, eu recomendo, achei que ficou muito bom. Pra quem nao tiver, amanha volto a falar sobre NFL. Obrigado pela compreensão.
Noite de 26 de dezembro de 2009, um Toyota alugado atravessa a Bay Bridge pra entrar em San Francisco. Dentro do carro, dois torcedores do San Francisco 49ers fanáticos chegavam com a familia à cidade onde, dia seguinte, realizariam o sonho de ver seu time jogar ao vivo. Passando perto da baía pra ver melhor a cidade no escuro, uma construção aberta que emitia forte iluminação chamou a atenção do carro. Era um estádio onde se podia ler num letreiro luminoso "AT&T Park". Chegando ao hotel e acessando o Wi-Fi de la, descobriram que era o estádio era do San Francisco Giants, um time fraco da MLB que ha anos nao obtinha sucesso.



No dia seguinte, indo pro Candlestick Park pra ver Niners vs Lions, os dois passaram em frente a uma interessante e bonita construção de tijolos, com duas estátuas (Que depois descobriram ser cinco no total) na frente, estilo antigo. O motorista do carro informou que era o AT&T Park, e avisou que o time era um fracasso desde que se mudou de New York e que nao ganhava um titulo desde 1954. Um deles, o mais velho, virou para o outro e brincou falando que agora que tinhamos passado por ali, seria a hora do Giants se reerguer e ser campeão, e que quando começasse a temporada da MLB os dois iriam acompanhar aquele time. San Francisco é a cidade americada favorita dos dois, os dois sao fanáticos por outro time da cidade (49ers) e o estádio era extremamente simpatico, e os dois prometeram que acompanhariam a temporada do Giants.



Um desses torcedores era meu pai. O outro, eu. Naquele dia, de volta do jogo (Niners venceram 20 a 6), fiz questão de passar pelo AT&T Park denovo. Vi a parte que estava aberta, a estátua do Willie Mays, a homenagem ao Jackie Robinson, e comprei um boné do time. Aprendi mais sobre a franquia e decidi que, se os Red Sox nao fossem ser campeões, eu iria torcer pro Giants. Eu prometi que em caso de titulo do Giants eu iria contar um pouco da minha historia com o time, e ai está ela. Pode parecer idiota, gostar do time só porque simpatizei com o estádio, mas nao é só isso. Ja estive em estadios ou ginásios de cinco esportes diferentes em sete países e nao achei nenhum que eu gostasse tanto quanto esse alem do Morumbi. San Francisco sempre foi minha cidade favorita dos EUA e eu senti muito bem, na viagem, o clima que a cidade tinha com o baseball, e caso algum dia voces forem pra la e sentirem o baseball na alma da cidade, é dificil nao se apaixonar. E agora estou aqui, vendo MNF e escrevendo sobre o título do Giants que meu pai falou ha dez meses de brincadeira enquanto passavamos na frente do estádio que hoje estará lotado pra receber os campeões.

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Algumas coisas parecem que são escritas pra acontecer. Nao importa se a lógica indicava o contrário, se as chances era pequenas. Na hora de acontecer, tudo acontece certo para esse fim, e pra quem ve do final parece que, desde o começo, os Giants estavam destinados a ganhar a World Series.

Para quem olhasse o time do Giants no começo da temporada, era dificil acreditar em alguma coisa vinda dali. Todos sabiam o que esperar de Tim Lincecum, bi campeão do Cy Young, premio de melhor pitcher, da NL, e do jovem mas talentoso corpo de arremessadores do time: Matt Cain, Barry Zito, Jonathan Sanchez. No entanto, não se podia esperar nada do resto do time. Era um grupo montado às pressas, com as sobras dos outros times, jogadores dispensados, velhos, sem perspectivas de um futuro na Major League.

Aubrey Huff estava sem time no meio de janeiro e assinou com o Giants um contrato condicional (dependendo de condições fisicas) de apenas um ano. Edgar Renteria sofreu com contusões durante todo o ano, jogou menos de metade da temporada, estava velho, com o corpo debilitado, desacreditado, e muitos - inclusive pessoas dentro do próprio Giants - acreditavam que ele deveria se aposentar, ou que o time deveria forçá-lo a isso. Cody Ross foi dispensado pelo Florida Marlins no meio da temporada (Agosto) e pego de ultima hora pelo Giants apenas pra evitar que seu rival San Diego Padres o pegasse. Buster Posey era um calouro que tinha passado dois anos nas Ligas menores e só foi chamado ao time no finalzinho e maio, e só virou titular no final de junho. Pat Burrell foi pego da Free Agency pelo Giants pra jogar pela sua franquia das Ligas menores e só foi chamado pro time em junho.

O Giants teve uma campanha bastante irregular, como a montagem desse elenco denunciava. Ganhava seus jogos com placares baixos, era um time varias vezes incapaz de anotar corridas e perdia mesmo quando um bom pitcher segurava o adversário a apenas uma corrida. O time rapidamente ficou pra trás do San Diego Padres na divisão e de Philadelphia Phillies e Saint Louis Cardinals pelo Wild Card. Era claro que o time, apesar de ter uma rotação sensacional, não tinha nenhum ataque, eram apenas pessoas esquecidas, velhas, desconhecidas que foram colocadas juntas com um bastão na mão. Chegado setembro, o Giants tinha 6,5 jogos de diferença pra tirar do Padres, e se conseguisse seria a quinta maior diferença tirada pra ganhar a divisão na história nesse periodo de tempo. Depois de um agosto sofrivel do time inteiro e principalmente do ace Tim Lincecum (jogando lesionado), o time se transfigurou em setembro. Lincecum foi um monstro, Buster Posey jogou mais do que qualquer outro jogador da MLB, o ataque encaixou suas rebatidas, o Padres inexplicavelmente parou de jogar bem, e no final o Giants acabou uma vitória à frente do rival Padres.

Mas na pós temporada o cenário da Major League muda totalmente. Não tem mais jogo facil. O Giants chegou cotado como um time que se superou para chegar ali, mas que nao tinha chances reais de título. Um bando de veteranos em decadencia e alguns jovens talentos foram o suficiente pra levar o time até os playoffs, mais nada.

Mas por sorte, o Giants enfrentou de cara um time que estava na mesma situação que ele e que tinha exatamente as mesmas armas: Uma rotação forte, bons arremessadores, mas um ataque deficiente liderado por um bom novato. Acontece que tanto a rotação como o ataque como o calouro não eram tao bons quanto os do Giants. Depois de Lincecum e Cain terem fechado os jogos 1 e 2 sem ceder corridas impulsionadas (Lincecum com uma atuação monstruosa de 2 hits e 14 strikeouts), o Giants fechou a série em quatro jogos (A semifinal de conferência é melhor de cinco). A série serviu pra mostrar as forças e fraquezas tanto faladas antes: Pitching excepcional e um ataque deficiente e as vezes incapaz de acertar as rebatidas quando era necessário.

O adversário seguinte era o temido Phillies, melhor time de MLB na temporada regular, com a rotação considerada a mais forte da MLB com Roy Halladay (Favorito ao premio Cy Young desse ano), Roy Oswalt e Cole Hammels e um ataque infernal liderado por Jayson Werth e Ryan Howard. A rotação titular do Giants era o ponto forte mas muito falaram que a do Phillies era tão forte quanto - se não mais forte. E o ataque não tinha comparação, o Phillies tinha um dos melhores ataques da Liga.

Foi ai que talvez aquele 'destino' começasse a aparecer. Cody Ross, dispensado no fim do campeonato sem cerimonia e pego apenas pra atrapalhar os planos do rival, acertou dois Home Runs em cima de Halladay e um em cima de Oswalt. O ataque do Giants destrinchou perfeitamente a chamada 'melhor rotação' da MLB. Aquele ataque anêmico e sem força pros playoffs estava destruindo Hammels, Oswalt, Halladay como se enfrentassem o Baltimore Orioles. A rotação do Giants e principalmente Brian Wilson foram sensacionais contra aquele poderoso ataque, e o time passou pelos Phillies mostrando uma clara superioridade dentro de campo, uma superioridade que nao existiria fora dele.

A World Series foi apenas uma repetição. O ataque do Giants subiu mais um nivel. As rebatidas vieram na hora certa. E os arremessadores do time foram absolutamente dominantes. Madison Bumgarner e Cain zeraram os Rangers. E Tim Lincecum venceu duas vezes o monstro Cliff Lee. Edgar Renteria., Aubrey Huff e Juan Uribe mandaram a bola pro outro lado do muro quando precisaram. E os Giants agora são os campeões!!

Pra mim, a jogada emblematica do título foi no jogo dois. O jogo estava zero a zero, e na parte de cima da quinta entrada, Ian Kinsler no bastão enfrentava Matt Cain. Kinsler mandou uma cacetada alta pro fundo do campo. A bola viajou, bateu na parte de cima do muro, subiu e... caiu do lado de dentro do campo! Por um centimetro essa bola não saiu do campo para um Home Run que possivelmente teria mudado o rumo da série. Mas não, a bola caprichosamente, como se realmente fosse o destino, bateu na parte de cima e não permitiu o Home Run, ficou apenas com uma rebatida dupla que Cain tratou de garantir que nao seria mais que isso.

O jogo final, o jogo cinco, não poderia ser diferente. O duelo sensacional entre Cliff Lee e Tim Lincecum foi absurdo e durante seis entradas não tivemos nenhuma corrida. Os dois foram brilhantes eliminando jogadores, controlando os rebatedores e usando o braço quando necessário. Mas os pitchers cansaram e, na sétima entrada, com Cody Ross e Juan Uribe nas duas ultimas bases, Edgar Renteria, que teve a rebatida que deu ao Florida Marlins o título da World Series de 1997, que antes do jogo disse a Aubrey Huff que ia mandar a bola do outro lado do muro, pegou uma bola baixa de Cliff Lee e mandou a bola longe, do outro lado do campo. A bola caprichosamente bateu no topo do muro. E saiu.

Home Run para Renteria, e 3 a 0 no placar pro Giants. Nelson Cruz até assustou ao acertar um Home Run contra Lincecum, sua unica falha na partida quase perfeita, mas de nada adiantou. Lincecum eliminou quem veio depois, Brian Wilson fechou com maestria sua sexta partida com um save nos playoffs e os Giants se sagraram campeões.

O Giants foi o time que mais mudou na pós temporada. O calouro as vezes pouco confiavel Bumgarner foi perfeito na final, Tim Lincecum derrotou jogadores como Derek Lowe, Roy Halladay e Cliff Lee (Duas vezes), e tanto Matt Cain como Brian Wilson nao cederam uma corrida sequer em varias atuações dominantes. O Giants foi o time que cresceu na hora de decidir, o time que acertou suas rebatidas, cujo ataque cresceu, evoluiu e funcionou como uma equipe. O time deixou de lado sua identidade 'eu' que tanto aparece no baseball pra se unir em um grupo. Aubrey Huff, que em 11 anos nunca tinha tido uma rebatida de sacrifício, fez uma perfeita pra poder impulsionar Ross e Uribe uma base pra Renteria depois fechar o caixão, e saiu vibrando, batendo no ombro de Renteria e cobrando sua promessa de acertar a arquibancada com a bolinha. E se aquele bando de restos de outras equipes se uniu em torno de uma equipe de forma perfeita, individualmente não foram menos brilhantes. Huff acertou o Home Run que colocou o Giants na frente no jogo 4 - e eventualmente lhe deu a vitória - alem de ter sido o jogador com as rebatidas mais importantes, nas horas mais importantes. Cody Ross, sem time em Agosto, entrou nos playoffs pra conseguir quatro Home Runs importantissimos contra o Phillies e levar o time à World Series, nomeado o MVP da NLCS. Buster Posey, aquele calouro um tanto obscuro, foi um monstro acertando rebatidas com dois eliminados ou com alguem em base, alem de ter sido perfeito defensivamente, com quatro eliminações em tentativas de roubo importantissimas. E Edgar Renteria, velho, machucado, que deveria se aposentar e não tinha mais gasolina pra queimar, foi o MVP da World Series, onde acertou dois Home Runs importantissimos e impulsionou seis corridas, sendo uma delas a corrida que eventualmente deu o primeiro título da World Series à cidade de San Francisco. Ele, que ja tinha sido o responsavel pela rebatida que deu o título ao Marlins em 1997, agora se junta a um grupo que conta com Joe DiMaggio, Yogi Berra e Lou Gehrig, tres dos maiores jogadores de todos os tempos, como os unicos jogadores da história a terem rebatidas que deram a vitória ao seu time em duas World Series diferentes.

Se a pós temporada é a hora de cada time elevar seu jogo, buscar dentro de si a força pra ir mais longe do que poderiam até então, de individualmente e coletivamente alcançar um novo nivel e acreditar em cada partida até o final, ninguem fez isso melhor do que o San Francisco Giants. Foi o time que mais acreditou, o time que mais evoluiu, o time que mais lutou e o time que, apesar de ser considerado zebra durante todo o ano, sempre jogou com confiança e disposição, apoiado por uma torcida fanática que transformou o AT&T Park no estádio mais temido da pós temporada de 2010 e contando com o brilhantismo de jogadores como Lincecum e Wilson, alcançou um objetivo que nem o mais fanático torcedor do Giants acreditava quando começou a temporada. A cada rebatida com jogadores em base, a cada Changeup de Lincecum que passava a milimetros do bastão do rebatedor, a cada vez que a barba de Wilson virava para a segunda base e fazia seu tradicional gesto de saves, a cada hora que um novo herói improvavel aparecia pra dar a rebatida quando o time mais precisava - Ross, Posey, Huff, Renteria, Uribe - e a cada hora que um Home Run nao acontecia por um capricho do destino ao trombar com o topo do muro ou, em contrapartida, uma rebatida dupla se tornava num Home Run porque caprichosamente a bola igualmente bateu no topo do muro mas saiu, não dava pra discordar do óbvio. O Giants era o time destinado ao título da World Series em 2010.

E agora, San Francisco, pode festejar. Voces são os campeões do mundo! E merecidamente!

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Para o bonde que eu cai

Acabou de chegar a noticia que Randy Moss foi dispensado pelo Vikings, ainda que nao tenham dito o porque. Moss jogou quatro partidas em Minnesota, teve 13 recepções pra 174 jardas e 2 touchdowns. Ou seja, de um time com problemas de quarterback, são números razoaveis. Mas depois da derrota para os Patriots, com apenas uma recepção pra oito jardas, um Moss choroso foi abraçar seus companheiros de time, em especial Tom Brady, e disse que sentia falta do vestiário do Patriots. O Vikings o dispensou sem especificar nada e agora Moss ficará 24h no Waivers, ou seja, os times que tiverem interesse nele devem reportar e aquele com pior campanha tem preferencia. Em outras palavras, se o Patriots quiser ele de volta, terá que torcer pros outros 31 times deixarem ele passar. Findas essas 24h, Moss estará livre pra assinar com o time que ele quiser. Seu salário continuará sendo pago pelo Vikings.

Só uma nota pros leitores se orientarem, amanha ou quarta eu falo mais a fundo sobre o que aconteceu, enquanto esperamos uma definição sobre seu futuro. Eu pelo menos nao arrisco um palpite.


Atualização: Moss NÃO FOI dispensado! O técnico disse que ele seria, mas ele nao foi colocado na lista oficial de dispensa de segunda feira, e portanto ainda é um Vikings. Amanha o Vikings terá a chance, até as 4h (6h de Brasilia), pra colocá-lo na lista de dispensas e ai começar o processo de chamá-lo. Aparentemente isso ainda vai dar rolo, Childress teria contrariado muita gente no clube com sua declaração

Atualização terça feira: Moss foi realmente dispensado e nao poderá ser chamado até as 6h de Brasilia de amanha. Acho que entre os times com interesse nele devem estar Chiefs, Rams, Seahawks e Patriots. Ele claramente quer ir pra New England. Vamos ver como isso se desenrola

Two-Minute Warning: MLB e NBA

Pois é, voltei de vez, agora retomamos nossa programação normal.
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As postagens da série Two-Minute Warning vão acabar se tornando cada vez mais comum agora que a NBA começou. A temporada regular da MLB me irrita e eu acabo não acompanhando tao bem, só o meu time com afinco (Red Sox) e alguns outros com bem menos intensidade (Giants, Yankees, etc). Mas quando começa a chegar perto do final da temporada regular e começam os playoffs, ai sim começa a ficar interessante. Ja a NBA é um pouco diferente. A temporada regular ainda é absurda (82 jogos) mas da pra acompanhar de uma forma não tao cansativa (Mas ainda cansativa) e ver como os times reagem a tudo que acontece. Alguns, que tem certeza dos playoffs, fazem ajustes no time pra chegaram neles preparados. Outros, que brigam por uma vaga de playoffs, fazem tudo pra vencer cada jogo e se preparar pro proximo. Outros só querem jogar seus jogadores jovens, fazê-los crescer na marra, e esperar o próximo draft. Enfim, tem bem mais coisas pra ser corrigida ou mudada ao longo da temporada. E por fim, a NFL, uma temporada regular muito curta, onde cada jogo é importantissimo e todo mundo vai dar o sangue até o fim. Em outras palavras, a cobertura do blog por baseball vai ficar mais forte apenas no final da temporada e nos playoffs, enquanto NFL e NBA terão uma cobertura maior o tempo todo.

O que acontece agora é que temos os três - pós temporada da MLB, regular na NFL e NBA - e portanto as vezes da vontade de fazer curtas sobre mais de um tema. Por isso a série 'Two-Minute Warning', pra quando voce nao tem um texto pra fazer sobre uma mas tem coisas pra falar sobre duas. As vezes acontece, principalmente quando voce fica algum tempo desligado do mundo. Por isso os temas da TMW de hoje são MLB e NBA.
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Resumo da partida

World Series: San Francisco Giants vs Texas Rangers

Ontem foi o jogo quatro da World Series e o San Francisco Giants está a uma vitória devar pra casa pela primeira vez em 54 anos o título da MLB. E talvez faça isso sem precisar voltar pra jogar em San Francisco, ja que hoje a noite Tim Lincecum sobe ao montinho no Texas pra enfrentar novamente Cliff Lee, de quem os Giants expuseram o lado humano no jogo 1. E se o Giants é um time que se destaca pelos excelentes pichers que tem, ontem foi a vez do calouro Madison Bumgarner se destacar. Bumgarner tem apenas 21 anos, é um dos cinco arremessadores mais jovens a começar uma partida de World Series, e Bumgarner e Buster Posey (catcher) são a primeira dupla de calouros dessa combinação (Pitcher-Catcher) a começar uma partida de World Series desde Spec Shea e a lenda Yogi Berra, em 1947.

Mas pelo visto alguem esqueceu de avisar Bumgarner que um calouro devia ficar nervoso quando joga sua primeira partida de World Series, porque Bumgarner foi dominante do começo ao fim do jogo, jogou oito entradas completas, cedeu apenas tres rebatidas, dois walks e teve seis strikeouts, enquanto zerou o forte ataque texano. Do outro lado, Tommy Hunter teve mais problemas. Logo na terceira entrada, Aubrey Huff acertou um Home Run duplo pra colocar os Giants na frente. Hunter saiu no começo da quinta entrada pra dar lugar ao bom Alexi Ogando, que teve que sair com uma lesão nas costas pouco depois. Na sétima entrada, Andres Torres conseguiu sua quarta rebatida dupla na série (!!) pra impulsionar uma corrida, e na oitava Buster Posey mandou a bola pro outro lado do muro pra abrir 4 a 0. Só restava ao Giants colocar Brian Wilson e sua barba na nona entrada pra rapidamente eliminar os tres rebatedores do Rangers e comemorar. A série está 3 a 1 e os dois ultimos jogos, se necessários, vão ser em San Francisco, onde é dificil ganhar. Lincecum arremessa o jogo cinco hoje a noite, e se tivermos um jogo seis ele será de Matt Cain. A preocupação pra eles fica com um eventual jogo 7, pois pela rotação quem arremessaria seria Jonathan Sanchez, que tem jogado muito mal nessa pós temporada. Eles podem colocar Bumgarner pra jogar com um dia a menos de descanso, mas seria arriscado. Acho que o Giants está bem ansioso pra fechar essa série o quanto antes.

Pro Rangers, a situação está bem dificil. O time joga em casa e, contra Lincecum, Lee vai ter que jogar o baseball que vinha jogando e sempre jogou em playoffs. Mas mesmo que ganhe, CJ Wilson vai ter que ir a San Francisco enfrentar o gigante Cain com uma torcida babando no seu pescoço pra empurrar a série para um decisivo jogo sete. Ganhar em San Francisco não é tarefa facil e, como o torcedor de lá nunca viu seu time mais perto de ser campeão do que vê agora, pode ter certeza que a tarefa do Rangers só fica ainda mais dificil.


Considerações sobre a NBA

"O que? O Lebron tambem vem?"

- O Miami Heat parece estar achando uma identidade e tem feito vítimas no processo. Depois do Boston Celtics ter mostrado ao mundo que o Heat é um time humano, Miami parece ter entendido algumas coisas. Nos tres jogos seguintes (Sixers, Magic e Nets), o que se viu foi uma defesa extremamente feroz, muitos roubos de bola, e tambem muitos problemas no ataque. Mesmo o Magic, apontado como um dos favoritos ao título, teve muitos problemas pra pontuar contra o Heat. Tudo bem, são tres adversários com problemas ofensivos, eu sempre defendi que o Magic é um time forte mas extremamente vulnerável por sua previsibilidade (Marque o Dwight Howard sem precisar dobrar a marcação e nao deixe os chutadores de tres livres que voce nao terá problemas), só ver o que o Celtics fez com eles nos playoffs, mas ainda assim foram pouco mais de 78 pontos por jogo desde a abertura, e esse numero foi alavancado ainda por um quarto periodo com os reservas contra o Sixers, onde cederam 33 pontos.

Em contrapartida, o ataque ainda está vivendo basicamente de isolações de Dwyane Wade e Lebron James. O time tem dificuldades de movimentar a bola, Lebron está com 6.2 turnovers por jogo, e o time sente bastante falta de um armador puro. Isso até é o de menos, ja que Lebron e Wade gostam de jogar com a bola nas mãos, mas fazem isso basicamente em isolações e nao pra armar o jogo, distribuir a bola e envolver seus companheiros. Não duvido que o Heat acabe virando uma cópia do Celtics de 2008: Defesa forte, contra ataques, e isolações quando tiver que jogar em meia quadra. Outra coisa que eu não entendi até agora é: O que o Chris Bosh está fazendo em Miami? As vezes tenho a impressão, vendo esse time jogar, que era melhor deixar logo o Udonis Haslem la, o Bosh ta fazendo um papel tão secundário no time que da até vergonha, e o Haslem acaba sendo até mais util servindo apenas como um reboteiro que chuta bem de meia distancia, ao inves de se ter em quadra um jogador extremamente habilidoso e completo mas que se limita basicamente a essa função.

- O Celtics perdeu pro Cleveland Cavaliers e depois ganhou do Knicks com 24 assistencias do Rajon Rondo. O Boston é um time extremamente forte, Kevin Garnett está jogando muito bem no garrafão, Rondo talvez seja o melhor armador da NBA, mas de vez em quando o time parece desmotivado, até desinteressado. Foi o que aconteceu contra o Cavs que lhes custou uma vitória, o time entrou lento, sem aquela vontade que eles mostraram contra o Heat. Pra quem acompanhou o time temporada passada como eu, não é nada novo, as vezes o Boston abria uma vantagem grande no jogo e voltava pra quadra sem interesse em continuar jogando e levava a virada. Eu acho que eles realmente não ligam desde que nos playoffs eles cheguem bem, mas eu tambem acho que era importante aproveitar agora, que todo mundo está descansado, pra abrir um record favoravel e se dar ao luxo de poupar os titulares mais idosos do time ao final da temporada regular.

- Os Lakers estão 3-0, Kobe Bryant está jogando bem, Pau Gasol e Lamar Odom estão destruindo, o banco do time está muito mais completo e ainda tem Andrew Bynum pra voltar de lesão. Esse time, saudavel, focado e motivado, é o meu candidato ao titulo. Alias, ja pensou se isso realmente acontece? Ia ser o quarto three-peat (Tres titulos consecutivos) da carreira do Phil Jackson, foram tres com os Bulls entre 91 e 93, depois mais tres entre 96 e 98, tres com o Lakers de Kobe e Shaquille O'Neal entre 2000 e 2002, e agora mais tres com o Lakers. Tudo bem que o Zen Master teve jogadores como Michael Jordan, Scottie Pippen, Kobe, Shaq e Gasol nos seus títulos, mas o cara é fera e teve uma participação muito importante em todos os títulos desses grandes jogadores.

- Os outros times 3-0 no campeonato são Atlanta Hawks, Portland Trail Blazers e New Orleans Hornets. O Hawks está jogando agora na Princetown Offense com seu técnico novo e parece que o time tem se ajustado bem, embora eu ainda nao consiga levar o time tão a sério sem um garrafão forte pros playoffs. Joe Johnson está jogando bem, Jamal Crawford é realmente o melhor sexto homem da NBA nesse momento, Josh Smith é lider em tocos da NBA e Al Horford está jogando muito bem no garrafão. O Portland teve problemas sérios com lesões temporada passada mas até agora está saudavel e o Brandon Roy é um dos melhores jogadores da NBA quando quer. Wesley Matthews está jogando muito bem e se Greg Oden voltar, conseguir pegar um pote de biscoitos em cima da geladeira sem estourar o joelho e for a presença defensiva que dele esperavam quando foi draftado, da até pra colocar o Portland como um time pra incomodar o Lakers nos playoffs. O terceiro time é a surpresa do Hornets. O Hornets não está dependendo tanto do Chris Paul na pontuação, o que é ótimo, ele fica livre pra armar o jogo, desmontar as defesas e abrir pros companheiros. O que até aqui tem funcionado bem, o time tem quatro jogadores com medias acima dos 10 pontos por jogo, e pra melhorar tem jogado muito bem na defesa. O time ganhou de Spurs, Nuggets e Bucks até aqui, tres times que devem ir aos playoffs. Se Paul ficar saudavel, olho nesse time!