Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Preview - Miami Heat vs Boston Celtics


"Ih, não olhe agora, mas aquele cara ali ta olhando pra gente"

Mais um preview atrasado, já ta virando rotina aqui no TM Warning, né? Mas pra essa série, eu tinha dois bons motivos pra não fazer o preview antes, além do fato óbvio de que eu estou postando sozinho nessa budega (O Celo agora só colabora via twitter, aparentemente) e tenho uma vida social. O primeiro motivo é simples: eu estou morrendo de medo do que o Miami Heat pode fazer com o meu Celtics se o Shaq não voltar e não escrever sobre isso, de alguma forma, parece menos doloroso. Sim, somos um blog (que tenta ser) imparcial, mas eu também sou torcedor quando o Celtics está envolvido e não da pra encarar uma série dessas sem emoção (Lembrando que a raiva também é uma emoção).

Segundo que eu não sei se tenho algo a adicionar sobre essa série. O duelo entre Heat e Celtics está na mídia desde que o Lebron James fez o seu 'The Decision'. Esse confronto foi altamente explorado ao longo da pré-temporada, tivemos três (o quarto não contou) jogos na temporada regular onde tudo que podia ser dito sobre a série ficou muito exposto, todas as vantagens de ambos os lados ficaram muito claras, e todo mundo sabia onde cada time tinha suas chances de vencer: O Boston ganharia se fosse capaz de dominar o matchup entre Rajon Rondo e quem quer que estivesse jogando contra ele (No jogo três ele chegou a dominar o duelo contra o próprio Lebron até o Erik Spolestra tirar seu ala de perto do armador do Celtics) e dominasse o garrafão, pegasse a maior parte dos rebotes e controlasse a área em volta da cesta, no ataque ou na defesa, e que o Heat ganharia se pudesse explorar os contra ataques e explorasse o talento do Lebron e do Dwyane Wade. O diferencial entre os dois times, nos três primeiros jogos vencidos pelo Boston, foi simples: O garrafão. Shaq e Kevin Garnett, e depois o Garnett e o Kendrick Perkins, dominaram fisicamente o garrafão, não deixaram ninguém pontuar lá perto com facilidade, dominaram os rebotes e explodiram a defesa de Miami de dentro pra fora. Enquanto o Boston tivesse Rondo e um garrafão forte o suficiente pra dominar os garrafões, o Boston era um time que era mais do que páreo para o Heat.

Até que aconteceu a troca do Perkins, e o Danny Ainge mandou seu pivozão titular, querido por todos no elenco, que tinha 'defesa' escrito na testa e formava a melhor dupla defensiva de garrafão da Liga com o Garnett pro Thunder sonhar com vôos mais altos (O Zach Randolph comeu um pedaço desse sonho domingo) em troca de um ala que cubrisse as duas necessidades fundamentais do Celtics, defesa e bolas de três pontos vindo do banco para não deixar o Paul Pierce sobrecarregado na hora de marcar Carmelo Anthony, Lebron, Luol Deng e, quem sabe, Kevin Durant. Quem veio foi o Jeff Green, que, curiosamente, não supre nenhuma dessas necessidades: É um bom jogador, sabe jogar perto da cesta, tem um arremesso decente, mas não é um defensor muito acima da média e nem um especialista em bolas de três pontos. O Boston supunha que os irmãos O'Neal conseguiriam ficar saudáveis para o Boston não sentir falta do tamanho do Perks e a versatilidade do Green tornaria o Celtics um time mais atlético, capaz de jogar um basquete mais baixo e mudar sua formação de acordo com o adversário.

Acontece que, como todo mundo previu, o Shaq não está saudável e a série começou com uma vitória convincente do Heat, 99 a 90. O Boston viu seu garrafão ser uma piada, não conseguiu dominar esse lado do duelo e ainda viu o Rondo jogar muito mal e passar o dia com problemas de faltas. Sem dominar o confronto dos armadores e o garrafão, o time foi destruído pelo Wade, Lebron e pelas bolas longas do James Jones, que inexplicavelmente ficava sem marcação porque todo mundo aparentemente tem mais medo das bolas de três do Wade, que acerta 13% a menos dos seus arremessos de três que o Jones. Ou seja, a questão aqui é só interpretar o que todo mundo já sabe de acordo com as circunstâncias: O Boston, pra vencer, vai precisar do Shaq saudável, mas ninguém sabe quando (se?) isso vai acontecer, e até lá o Boston vai precisar contar com o Garnett voltando alguns anos no tempo e boas partidas do Jermaine O'Neal, além de torcer para o Rondo voltar a aniquilar a marcação de quem quer que esteja pela frente. Mas pra ganhar quatro dos próximos seis jogos da série, o Boston vai precisar do seu garrafão - e do Shaq, a não ser que o Garnett e o O'Neal realmente consigam dominar essa série fisicamente no garrafão.

Palpite: Não vou arriscar palpite pra essa, não da pra saber quando ou se o Shaq volta e eu prefiro deixar os chutes de lado nessa série. Vou só assistir, comentar e, eventualmente, pedir a cabeça do Danny Ainge em uma bandeja.

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