Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Preview - National League Divisional Series

Segunda parte do preview das semifinais de conferência (Divisional Series) da MLB. Logo abaixo está a ALDS, e agora vamos para a NLDS. As mesmas regras de noite passada continuam valendo - quando o post começar pra valer, qualquer menção ao Red Sox será varrida da minha mente (A única forma que eu achei pra superar sem recorrer ao álcool foi ler TODOS os posts do Bill Simmons sobre a lendária série de playoffs contra o Yankees em 2004 - Sim, aquela que o Red Sox virou depois de estar perdendo a série por 3 a 0 com o Yankees ganhando de 4 a 3 na nona entrada do jogo quatro e Mariano Rivera no montinho. Sim, a série na qual o Big Papi sozinho assassinou o Yankees em dois jogos seguidos. Sim, a série da meia ensangrentada do Curt Schilling. Sim, a série do Grand Slam do Johnny Damon. Sim, a série que o Derek Lowe lançou um one hitter com DOIS DIAS DE DESCANSO em pleno Yankee Stadium. Meu Deus, está fazendo efeito, vamos terminar logo com isso pra eu voltar a ler os posts. Eu juro que essa série ainda vai virar um especial do TM Warning).


Homens de verdade rebatem só com o cabo do bastão!

Arizona Diamondbacks at Milwaukee Brewers
Jogo 1: 01/10 (Sábado), 15:00 -Ian Kennedy (21-4) vs Yovanni Gallardo (17-10)
Pra variar, mais uma série equilibradíssima nesses playoffs. Esses playoffs podem ser os mais disputados dos últimos anos, nenhuma das séries tem um franco favorito. Ainda assim, Diamondbacks e Brewers seguiram um caminho diferente até aqui.

O Diamondbacks foi uma grande surpresa no começo da temporada, se aproveitou da lesão do Buster Posey e tomou a dianteira da NL West, na frente do então campeão Giants. Mas não demorou muito tempo pra todo mundo olhar pra esse time e entender o que não era tão óbvio - Esse time não é um cavalo paraguaio!! O Diamondbacks montou nos últimos anos um núcleo muito jovem, trocou seus principais jogadores por prospects e deixou seu time quieto, perdendo porque sabia que com o tempo aqueles jovens talentos iriam maturar e o time voltaria a ser relevante.E agora estamos jogadores que vieram como prospects por trocas (Ian Kennedy, Daniel Gibson, os dois melhoers pitchers do time), um astro criado no time candidatíssimo a MVP (Justin Upton, irmão do BJ Upton do Rays... E não, ele não é meu MVP da NL. Mas o MVP está nessa série.) e mais um sem-números de jogadores recém promovidos que estão tendo um começo espetacular de carreira (E sim, eu estou pensando no Paul Goldschmidt nessa) misturado a alguns jogadores revitalizados (Miguel Montero está sendo o melhor C ofensivo de toda a temporada, e ele tem apenas 28 anos!!). Ninguém esperava que tudo caisse no lugar certo para o Diamondbacks tão cedo. Hell, nem eles mesmos esperavam isso. Mas o fato é que quando começou, não parou mais - o time está empolgado, tem bons jogadores, não tem muito a perder (o que os torna mais perigosos) e tem muito futuro porque os principais jogadores tem todos menos de 28 anos!


Ainda assim, o time sofreu um pouco com consistência ao longo da temporada, o que aliás é extremamente normal para um time tão jovem e que joga junto tem tão pouco tempo. O time tem vários jogadores explosivos e rebate muitos Home Runs. O time também tem jogadores velozes (como o próprio Upton) e pode jogar com sua velocidade em alguns momentos contra defesas mais pesadas. Mas isso acontece as vezes. Várias vezes eu assisti a um jogo do D-Backs esperando Home Runs e o time não conseguiu colocar dois hits juntos. Outras Upton, Montero e Goldschmidt iam para o outro lado do muro. Essa incapacidade de manter o ritmo pode ser fatal para o time, mas pra mim é apenas o menor dos três problemas do time. O segundo e mais óbvio é que por ser um time muito jovem, ele nunca enfrentou uma série de playoffs. Jogo de playoffs é totalmente diferente: Cada arremesso vale mais, a torcida tem um papel muito mais importante e o clima é diferente como um todo. Jogar nos playoffs depende de experiência, e o D-Backs está tendo seu primeiro gostinho dos playoffs só agora. O Brewers é um time mais rodado e tem a vantagem da experiência do seu lado.


Por fim, tem a questão dos arremessadores. O D-Backs tem o melhor arremessador da série no Ian Kennedy e o Daniel Gibson pode ser muito bem o segundo melhor da série. No entanto, o grupo de titulares de Arizona não tem muita profundidade - atrás desses dois, não tem nenhum jogador confiável para jogar contra o potente ataque do Brewers. O fato do Kennedy ser o melhor pitcher é bom, mas não trás uma vantagem tão grande - ele e o Gibson formam uma dupla melhor do que Yovanni Gallardo e Zack Greinke, mas a diferença no talento não é tão grande a ponto de compensar a diferença entre os dois ataques. O ataque do Brewers é mais consistente que o do D-Backs, e a dupla de trás da rotação do Brewers é muito melhor que a do D-Backs.


O Brewers, ao contrário do D-Backs, era a grande aposta para surgir essa temporada rumo aos playoffs. O time tinha um bom ataque, bons pitchers e melhorou seu bullpen antes da trade deadline. Tudo isso foi carregado para essa série, com alguma folga desde o meio da temporada. Além disso, o Brewers tem o MVP da NL a meu ver no Prince Fielder. Ele foi a principal causa do Brewers ter ganho mais de 20 jogos em Agosto e ter conseguido gordura o suficiente para não sofrer com os avanços do Cardinals, seus números estão acima de qualquer outro jogador de playoffs (Matt Kemp não está na pós temporada) e ele foi fundamental junto com o Ryan Braun para o Brewers ser tão temido. O problema do Brewers é justamente o excesso de dependência dessa dupla, Fielder e Braun. Os dois são espetaculares, tem bom aproveitamento, sabem rebater com força, batem Home Runs e impulsionam corridas, estão entre os melhores jogadores da Liga e são uma dupla muito temida. O problema é que nos playoffs, você não ganha séries longas com dois jogadores, você precisa de pelo menos cinco - ou de uma rotação espetacular, como foi o caso do Giants em 2010. A rotação titular do time é muito profunda e regular, mas o time não tem um ás. Greinke e Gallardo tiveram um bom ano e devem continuar sólidos nos playoffs, mas o time pode sentir falta de um ás, aquele arremessador que o time recorre quando precisa desesperadamente de uma vitória. De todos os times desses playoffs, só o Brewers e o Rangers não possuem um, sendo que Rays (David Price, James Shields) e Phillies possuem dois.


Os dois times tem falhas, com certeza, e eu duvido que algum deles chegue na final. Mas pra mim a melhor dupla titular do D-Backs não vai ser suficiente pra colocar o time na frente, pelo menos no papel. Quem não garante que o Backs não vai explodir nos playoffs como o Giants fez ano passado? Mas pelo menos pra mim as fraquezas do D-Backs são mais siginficativas que as do Brewers, e por isso eu confio mais nos cervejeiros. Brewers em quatro.

Roy Halladay lançou um Perfect Game e um no-hitter nos
playoffs em 2010. Até que ele é bom. 

Saint Louis Cardinals at Philadelphia Phillies
Jogo 1: 01/10 (Sábado), 18:00 - Kyle Lohse (14-8) vs Roy Halladay (19-6)
O Cardinals foi o Rays da NL, tirando uma absurda vantagem que o Braves tinha no Wild Card na última rodada depois de um mês espetacular de Setembro. Os áses do time funcionaram - Albert Pujols, Chris Carpenter - e diversos Role Players do time começaram a acertar suas bolas (Rafael Furcal, Yadier Molina, David Freese) e de repente tudo começou a cair no lugar. Kyle Lohse, Edwin Jackson, Jaime Garcia e Jake Westbrook começaram a jogar com mais confiança, sabendo que o ataque lhes estava cobrindo. O time começou a ganhar, começou a acreditar, e o time de Atlanta - especialmente seu bullpen, sólido durante toda a temporada - não aguentou a pressão. E o Cardinals chega na pós temporada embalado, com o melhor rebatedor do jogo em talvez sua última temporada pelo Cardinals (For the record, espero que não seja. Pujols tem que ficar em Saint Louis, é onde ele pertence), um ataque que finalmente encontrou as reservas que tinham mas não usaram durante toda a temporada e está confiante porque sabe que pode vencer qualquer time na Liga. Recentemente, o Cards venceu dois de três do Phillies na Philadelphia justamente contra o Roy Halladay. Eles sabem que se existe um time embalado na NL, são eles. O Phillies está em modo de hibernação faz algum tempo (Tirando o fato de terem varrido o Braves pra tirá-los dos playoffs), o Brewers bambeou no final da temporada e o D-Backs simplesmente é inconsistente apesar de todo seu talento. O Cardinals não, o Cardinals chega embalado e pronto pra enfrentar quem vier. Nunca se pode relevar o momento dos times nos esportes. Simples assim.

Dito isso, eu quero deixar um ponto bem claro: Eu não acho que exista nenhum time nessa pós-temporada que seja capaz de vencer o Phillies numa série de playoff. O único time que tinha chance de derrotar esse Phillies sofreu um acidente em Setembro. O Phillies é simplesmente bom demais, completo demais. Você pode vencer um grande pitcher numa série de playoff. Você pode vencer Roy Halladay numa série de playoffs. Você pode vencer Cliff Lee numa série de playoffs. O Giants venceu os dois, primeiro Halladay e depois Lee, no caminho para a World Series. Ter um ás desse nível numa série é uma vantagem importante, mas não quer dizer que você não possa vencer a série como um todo. Vencer Lee é possível. Vencer Halladay é possível. Mas infelizmente, vencer Lee E Halladay ao mesmo tempo talvez seja uma tarefa impossível. O Phillies tem uma das melhores rotações de todos os tempos. Roy Halladay é o melhor pitcher da MLB (Desculpe, Justin Verlander, sua temporada foi melhor, mas precisa jogar bem nos playoffs pra mostrar que está nesse nível. Halladay é o cara que mandou um no-hitter nos playoffs do ano passado) e Lee é um dos melhores da história da pós temporada (Até a World Series do ano passado, Lee NUNCA tinha perdido um jogo de playoffs). Se você passar por eles, ainda vai enfrentar Cole Hammels e Roy Oswalt. O quinto homem dessa rotação - QUINTO - que provavelmente não vai começar jogando nos playoffs terminou com 11 vitórias e 1 derrota!!! Sinto muito, MLB, mas a rotação do Phillies é de outro mundo.

Mas além disso, o time tem ataque, especialmente depois da brilhante troca do time pelo Hunter Pence. O time trouxe um rebatedo destro pra colocar no meio dos canhotos da sua lineup, um dos melhores Right Fielders defensivos da Liga e um jogador que sabe jogar todas as facetas desse jogo - rebater Home Runs, rebater por contato, roubar bases, chamar walks, trabalhar contagens... Ele é um dos jogadores mais inteligentes e caiu como uma luva nessa lineup. Pra mim o ponto fraco do Phillies era seu ataque, que dependia demais de canhotos e só tinha um ou dois rebatedores realmente confiáveis na rotação. Sozinha, a adição do Hunter Pence resolveu esses problemas. Aquelas 102 vitórias não foram por acaso - esse é o melhor time da MLB no momento.

Então é, o Phillies vai ganhar essa série. Tem uma rotação titular história, um sólido bullpen e um forte ataque. Pra piorar, o ás do Cardinals - Carpenter - jogou o último jogo da temporada regular e só deve jogar o jogo quatro da série (caso ele ocorra). Os demais titulares do Cardinals são bons e tem jogado muito bem, em especial Jackson, mas nenhum deles tem cacife para bater de frente com Halladay e Lee. Carpenter poderia dar mais esperanças ao time eventualmente (lembrando que o verdadeiro ás do time, o Adam Wainwright, perdeu toda a temporada por causa de uma cirurgia), mas com ele só num eventual jogo quatro fica muito difícil. Até acredito que Pujols leve um jogo para casa, mas não mais do que isso. Estou me mordendo para chamar a vitória do Phillies em três jogos, mas não vou. Phillies em quatro.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

O que ficar de olho na MLB - Parte II (NL)


O Giants pode não ser favorito ao bi,
mas ainda temos que temer essa barba

Ontem a gente falou sobre os times de maior interesse nesse início de temporada do lado da AL: Os renovados e favoritos Red Sox, o Yankees e a descendente dos seus principais jogadores, o finalista de 2010 Rangers, a aposta do Twins na saúde de seus principais jogadores e no melhor time de 2010 mas que perdeu jogadores importantes, o Rays. Hoje, a gente vai falar dos times interessantes do lado da NL e o que eles esperam pra essa temporada.

1. O San Francisco Giants não é favorito ao bi
O San Francisco Giants de 2010 foi uma das grandes zebras campeãs na MLB em muito tempo, é a minha história de Cinderela (como os americanos chamam esses times desacreditados que vão longe) favorita da MLB que não envolva o Red Sox, e eu sou um fã assumido do time de San Francisco. Mas a verdade é que como eu falei muito ao longo dos playoffs, e principalmente no post do título do Giants (Que é um dos meus posts favoritos no blog e vale a leitura), o Giants não tinha de forma alguma a formação de um time campeão. O time contava com uma rotação titular fantástica, um dos melhores arremessadores da Liga e um dos melhores closers da Liga (Ou pelo menos o com a barba mais legal), mas que as vezes sofria com inconsistência e que tinha problemas graves rebatendo. O lineup era uma mistura de veteranos em decadência, jogadores secundários ao longo de toda a vida e algumas jovens esperanças, mas o time sequer deveria ter ído à pos-temporada, só conseguiu porque a entrada do Buster Posey no time titular impulsionou o time a uma chegada espetacular e contou ainda com uma chegada ruim do seu rival direto, San Diego Padres. Nos playoffs, o Giants mudou completamente, elevou seu jogo de uma forma que eu nunca vi antes, todos os pitchers jogaram demais, Tim Lincecum foi Deus, Cody Ross encarnou o Baby Ruth, o Aubrey Huff mostrou pro Mark Teixeira que é um defensor melhor que ele, veteranos como Juan Uribe e Edgar Renteria de repente reviveram seus dias de glória, e o time jogou uma pós-temporada perfeita pra ser campeão.

O título foi sensacional, mas ele não pode cegar um simples fato: O Giants não parece que vai em busca do bi. O Giants manteve a rotação jovem e talentosa dos playoffs, deve ter uma evolução ainda maior do Jonathan Sanchez e do Madisom Bumgarner, e por isso já é um time que mete medo nos adversários. No entanto, os problemas do time do ano passado ainda estão lá: Os veteranos estão ainda mais veteranos, os jogadores secundários que jogaram monstruosamente nos playoffs são uma incógnita quanto a repetir essas performances, e ninguém tem certeza do que esperar desse time. Um time com uma rotação tão forte sempre é candidato a ir aos playoffs e, se chegando lá o time conseguir reviver aquele espírito de luta monstruoso do ano passado, pode até sonhar com o bi. Mas agora, no começo da temporada, ele parece ser novamente o que era ano passado: Um time bom, mas com muitas falhas que, até que sejam superadas - seja por mudanças no elenco ou por força de vontade sobre-humana, que nem ano passado - parecem impedir que o time possa sonhar mais alto.

2. O Philadelphia Phillies está vindo com tudo, mais uma vez
Eu disse que o Rays era o melhor time da MLB em 2010, e realmente o foi, mas tinha um time que talvez fosse ainda melhor, e era o Phiilies. A famosa rotação H20 (Cole Hammels, Roy Halladay e Roy Oswalt) era uma das mais fortes da MLB, o ataque do time era infernal e era um time completo, cheio de estrelas e jogadores capazes de alterar um jogo. O time chegou muito bem à pós temporada e varreu com uma facilidade assustadora o Cincinnati Reds, e só não foi campeão (Ou alguém realmente acha que o Rangers tinha chances numa eventual final?) porque foi vencido numa série espetacular pelo fenômeno que foi o Giants desses playoffs, com o Cody Ross isolando toda bola que via pela frente e com uma atuação histórica do Brian Wilson.

Mas o Phillies está de volta esse ano, e pronto pra mais. Eles trouxeram ninguém menos que Cliff Lee, um dos melhores arremessadores de pós temporada de todos os tempos (As suas únicas derrotas em pós temporadas foram para Lincecum na World Series, mas depois do que ele fez com Rays e Yankees, os Rangers ainda deviam fazer uma estátua dele) pra se juntar ao seu já espetacular trio de arremessadores, e eu não estou exagerando quando digo que essa talvez seja a melhor rotação titular da história do baseball. E com essa rotação, qualquer time é um candidato forte.

O problema do Phillies é o seu ataque, e principalmente lidar com as lesões nele. O time perdeu Jayson Werth na free agency para o Washington Nationals, um dos seus principais rebatedores e o melhor destro de um elenco de canhotos, e agora ainda vai ter que lidar com a lesão no joelho do Chase Utley e no cotovelo (já cirurgicamente reconstruído) do Placido Polanco. As duas causam preocupação e vão forçar os jogadores a ficarem de fora do time por algum tempo, além de serem lesões que preocupam pelo risco de re-incidencia. Além disso, o calouro promissor e favorito pra substituir Werth, Domonic Brown, quebrou a mão e também vai passar um tempo de molho. Isso não só faz com que o time fique absurdamente desfalcado no ataque como também preocupa a médio prazo, principalmente com a aspiração ao título da MLB.

Com a nova rotação titular e se esses jogadores conseguirem se recuperar ao longo da temporada, é difícil duvidar do Phillies, mas não vai ser fácil superar todos esses problemas. Muitos especialistas dizem que essas lesões e incertezas (até o closer Brad Lidge se machucou! Estamos falando do Phillies ou do Clippers?), é a chance do Atlanta Braves pra tomar o título da divisão pra si. E o Braves é um time bem interessante, especialmente se o Jason Heyward continuar jogando o que jogou ano passado.

3. Um minuto de silêncio pelo Cardinals
Num post de curtinhas recente, eu falei (Na verdade quem falou foi o Paulo Antunes, eu só comentei mesmo) sobre a lesão do Adam Wainwright, pitcher do Saint Louis Cardinals, que vai fazer a temida Tommy John Surgery e vai perder o resto da temporada. Isso coloca o Cardinals numa situação bem desagradável, porque o Wainwright é de longe o melhor pitcher do time, um dos melhores da MLB e só não ganhou o prêmio Cy Young de melhor arremessador da NL ano passado porque existe um cara por aí conhecido como The Doc. A perda do Wainwright afeta demais a equipe e com certeza vai ficar mais difícil ainda pro time superar o Reds como campeão da divisão, mas os problemas do Cardinals não param por aí.

Albert Pujols, pra mim o melhor rebatedor da MLB na atualidade e que caminha pra aposentar como um dos maiores de todos os tempos, está no último ano do seu contrato e ele e o clube não conseguiram chegar a um acordo para uma extensão bilhonária (125 milhões de patacas), o que quer dizer que é possível que Pujols saia do clube ao final dessa temporada. Perder o pitcher titular pra temporada, e ainda correr o risco de perder seu melhor jogar ao final do ano, não é agradável para ninguém. Agora que tinham trazido o Matt Holliday e parecia que iam desbancar o Reds. Pobre Cardinals...

4. O Reds não assusta ninguém
O Reds, sem o Adam Wainwright no caminho, tem tudo para conseguir mais um título de divisão em cima dos rivais Cardinals. Mas assim como ano passado o Phillies não tomou conhecimento deles nos playoffs, esse ano o Reds não começa assustando ninguém a não ser que algo de novo aconteça por lá ao longo do ano.

O Reds tem um ataque muito forte, o Joey Votto foi o MVP da NL em 2010 e o time é fortíssimo quando o assunto é anotar corridas, tiveram o melhor ataque ano passado e não tem motivos para desacelerar agora. O problema é que o time não tem arremessadores confiáveis. Aliás, o time mal tem bons arremessadores. É uma tendência do time do Reds já faz algum tempo, como se eles fossem o Phoenix Suns da MLB: Divertidíssimos de assistir, capazes de explodir no ataque pra superar os adversários, mas que quando precisam apertar na defesa eles não conseguem e acabam perdendo o jogo. E esse é o futuro do Reds a não ser que de repente eles comecem a jogar bem, com regularidade, e descubram um pitcher capaz de decidir jogos importantes pro time. Porque assim como na NBA, você não pode depender apenas do seu ataque. O Suns, infelizmente, é a prova viva disso.

5. Os candidatos a surpreender: Atlanta Braves e Milwalkee Brewers
O Brewers é uma versão genérica do Reds, mais ou menos o que o Braves era ano passado para o Giants. O ataque do Brewers é sensacional, o Corey Hart é um monstro, e o time possui pelo menos mais três ou quatro titulares que assustam qualquer arremessador. O time anota muitas corridas e não cansa de isolar as bolinhas, mas o time também sofre demais na defesa, a rotação titular do time ano passado era patética e por isso o time não conseguiu ir bem. Esse ano, no entanto, trouxe dois pitchers relativamente desacreditados mas que eu acho que são muito bons, Zach Greinke e Shaun Marcum. Greinke teve um 2009 fantástico, um ERA de menos de 2.20, mas ano passado teve a infelicidade de jogar em um dos piores times da Liga no Kansas City Royals, e aí ficou meio esquecido num cantinho escuro, ganhando só 10 jogos (Pro Royals, isso é muito!) e sem atrair muita atenção de ninguém. O Marcum voltou de lesão ano passado e jogou muito bem pelo Blue Jays mesmo ainda fora de ritmo. Agora os dois fazem parte da rotação titular do Brewers, e eles precisam desesperadamente produzir no alto nível que nós sabemos que eles podem para que o ataque do time tenha suporte pra tentar levar o time longe. Mas eu acho que foram ótimas contratações e que elas tornam o Brewers um time de verdade, que de repente pode surpreender o Reds na divisão.

O Braves era uma versão genérica do Giants, mas isso é um pouco distorcido, porque o Braves era um pouco melhor no ataque e pior na defesa em relação ao Giants. Mas a principal semelhança é porque muitas vezes a gente via o time perder jogos mesmo com os pitchers segurando o adversário a uma ou duas corridas, e as vezes a dificuldade de anotar corridas nos momentos importantes pesava demais pras aspirações do time. Ano passado, quem deu o boost que o time precisou no ataque foi o calouro Jason Heyward, que só não foi calouro do ano por causa do Buster Posey. Heyward jogou bem demais, acertou 18 Home Runs (Ontem, na abertura da MLB, ele conseguiu um já) e levou o time praticamente nas costas até a pós temporada. A rotação titular era fantástica (Mais uma semelhança com o Giants) e por isso o time conseguiu segurar as pontas, até chegar nos playoffs e perder para - adivinhem! - o Giants, numa pequena surra com direito a jogo histórico do Tim Lincecum (14 strikeouts). Esse ano, portanto, o Braves se preocupou em reforçar o ataque e trouxe Dan Uggla. Ele tem nome de homem das cavernas, mas não deixe isso enganar vocês, ele realmente é um homem das cavernas, pelo menos no que diz respeito a isolar bolinhas de baseball com muita força. Ele teve 33 Home Runs no fraco Marlins ano passado e junto com o Heyward é bem capaz do Braves ter um ataque mil vezes melhor que o do ano passado, o que torna a rotação titular do time ainda mais perigosa. Uma boa rotação titular e dois monstros no ataque, não é a toa que tanta gente coloca o Braves tirando o Phillies do topo da divisão depois de tantas lesões. Mas eu, pelo menos, duvido. Mas ainda assim, é um time perigoso, bem perigoso.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Por um fio

Como prometido, vou falar hoje de baseball. Como expliquei ontem, eu deixei o post da MLB pra hoje pra poder comentar dos jogos 3, 4 e 5 das duas séries (O jogo 5 da NLCS foi ontem). Se voce está procurando o post sobre as punições que a NFL quer dar pra pancadas violentas, ele está logo abaixo.
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Rays, Yankees e Phillies entraram na pós temporada como favoritos. Melhores campanhas, ataques fortes, rotações talentosas, boa defesa e um bom bullpen, nada menos que se possa pedir de um time de baseball com aspirações ao título. O Rays, como todo mundo sabe (Sabe?), perdeu pros Rangers logo na primeira rodada numa ótima série de cinco jogos, com o Cliff Lee comendo eles com farinha nos jogos 1 e 5. Yankees e Phillies, por outro lado, varreram Twins e Reds e chegaram com bastante folga na segunda rodada para enfrentar duas zebras: O Rangers, e o Giants, que só foi pros playoffs porque o Padres perdeu tudo e o Giants ganhou tudo em setembro. Mas acontece que agora tanto Phiilies como Yankees tão perdendo de 3 a 2 e estao desesperadamente precisando de vitórias!


Provavelmente foi um strikeout

New York Yankees vs Texas Rangers

Jogo 3: Cliff Lee vs Andy Pettite
Um é o maior ganhador da história dos playoffs, com 19 vitórias e 10 derrotas, uma lenda na MLB, Andy Pettite. O outro é um pitcher que tem apenas oito jogos de pós temporada e, desde que foi pro Rangers, perdeu seis jogos e ganhou só quatro, Cliff Lee. Antes do jogo, havia todo um hype em cima de um desses pitchers, como se o seu time ja houvesse assegurado a vitória. Mas incrivelmente, esse pitcher era Cliff Lee!
Isso pode ser explicado por sua performance em playoffs. Cliff Lee começou oito jogos e ganhou sete (O outro nao foi uma derrota) e nunca foi derrotado. Seu ERA é de 1.26 (Um dos cinco maiores da história) em playoffs. Ano passado comeu o Yankees na World Series duas vezes e essa temporada massacrou sem dó nem piedade os pobres Rays, tambem duas vezes. Muitas pessoas reclamaram desse hype, afinal Pettite tem muito mais história que Lee, é um pitcher campeão, consagrado.

Mas na hora do vamos ver, quem mostrou que domina completamente a pós temporada não é o seu maior ganhador, e sim o cara que surge como o novo rei dos playoffs, Lee. Cliff Lee arremessou as primeiras oito entradas, cedeu duas rebatidas, nenhuma corrida e TREZE Strikeouts, dominou completamente a rotação do Yankees e nessas oito entradas o Rangers abriu 2 a 0 com um Home Run do Josh Hamilton logo na primeira entrada. Se nao fosse o fato de que na primeira parte da nona entrada o Rangers anotou SEIS corridas e abriu 8 a 0 no placar, com certeza Lee voltaria na nona entrada pra fechar seu fantástico jogo. Lee dominou totalmente o Yankees, se tornou o primeiro pitcher da história da pós temporada a conseguir tres jogos consecutivos com mais de 10 strikeouts e está escalado pro jogo 7, caso ele aconteça. Aposto que o Alex Rodriguez ta embaixo da coberta pensando nisso desde ja. Lee quase foi pro Yankees na trade deadline, ja estava quase tudo acertado entre o time e o pitcher (Lee chegou até a ligar pro CC Sabathia pra pedir dicas sobre a cidade) quando o Yankees não quis pagar o preço alto que o Marines pedia, alegando que não valia a pena por ele. Assim, Lee caiu no colo do Yankees e está mostrando pro seu quase time que sim, ele vale muito a pena!

Jogo 4: Joe Girardi entregando o ouro
A.J. Burnett, que jogou muito mal o final da temporada regular, foi escalado (pra minha surpresa) pra arremessar esse jogo. E começou bem. Nos primeiros cinco innings, cedeu duas corridas no segundo e só, enquanto Robinson Cano (com um home run), Curtis Granderson e Brett Gardner conseguiram impulsionar corridas e deixar a partida 3 a 2. No entanto, no sexto inning e os Texans no bastão, Joe Girardi, o técnico de longa data do Yankees, entregou a mortadela. Nelson Cruz estava em base e Burnett ja tinha duas eliminações quando David Murphy, que nao vinha jogando bem, pegou o bastão. Mas Girardi mandou Burnett andar intencionalmente Murphy para enfrentar Bengie Molina. Claro que Molina meteu um Home Run pra impulsionar tres corridas e virar a partida. Josh Hamilton (duas vezes) e Nelson Cruz ainda anotaram Home Runs pra terminar 10 a 3 a partida.

Jogo 5: CC Sabathia salva o Yankees... Temporariamente
A situação do Yankees era extremamente desconfortavel. Eles precisavam ganhar do Rangers pra levar a série de volta pra casa do adversário, onde eles teriam que vencer dois jogos, um deles contra Cliff Lee. No seu montinho, CC Sabathia, que teve uma pessima primeira partida enfrentava uma rotação que estava adorando mandar bolinhas pro outro lado do muro e com CJ Wilson arremessando.Sabathia jogou até que bem, cedendo 11 rebatidas e 2 corridas em 6 innings, mas quem realmente fez a diferença foi o ataque. Na segunda entrada, Granderson(2) e Jorge Posada impulsionaram corridas e deixaram Sabathia trabalhar com uma vantagem de 3 pontos no montinho, o que é perigosissimo. Pra completar, no terceiro inning, Nick Swisher foi o leadoff e mandou um Home Run na fuça de Wilson, e quem veio depois foi Robinson Cano, que mandou OUTRO Home Run pra dar esperanças pro Yankees. Os Rangers não conseguiram se reencontrar e perderam a partida

Situação da série: Os Yankees ainda estão em maus lençois. Evitaram o pior, mas ainda tem que ganhar dois jogos, no Texas, sem seu melhor pitcher (CC Sabathia) e ainda terá que ganhar do Cliff Lee, sendo que o Yankees tem se mostrado muito inconstante na série até aqui e o ataque do Rangers está excelente. Eu apostaria minhas fichas todas que o Yankees será eliminado e o Rangers avança pela primeira vez na sua história pra World Series.


"Opa, eliminei voces? Foi mal"

San Francisco Giants vs Philadelphia Phillies

Jogo 3: Matt Cain dominante
Os Giants foram pra San Francisco (Pro lindo AT&T Park) empatados em 1 a 1 com o fortissimo Phillies. Matt Cain, do Giants, iria enfrentar Cole Hammels, dois jogadores que tiveram boas atuações nas semifinais. No entanto, quem brilhou mais nessa partida foi Cain. Nos sete innings que arremessou, Cain cedeu apenas dois hits e nenhuma corrida, com cinco strikeouts, e variou muito bem os pitches, deixando os rebatedores do Yankees desconfortáveis. Não que Hammels tenha jogado mal, foram seis innings com cinco rebatidas cedidas apenas e oito strikeouts. O problema foi que foram tres rebatidas no mesmo inning (intercaladas com um walk e 2 eliminações), o que permitiu ao Giants anotar duas corridas. Cain continuou dominando o Phillies até dar lugar a Brian Wilson e sua barba para mais um save.

Jogo 4: Jogo mais emocionante da série
Antes da partida, duas decisões polêmicas: o Phillies escalou para a partida Joe Blanton, que nao começava uma partida ha 21 dias, enquanto que os Giants optaram por deixar Tim Lincecum descansar e escalaram o calouro Madison Bumgarner. O que logo causou problemas ao Phillies: Após uma rebatida simples de Freddy Sanchez, Blanton acabou lançando dois wild pitches (Quando o pitch nao tem controle e o catcher nao consegue pegar a bola, o que permite um avanço de qualquer jogador em base ou do cara no bastão) para levar Sanchez para a terceira base. Uma rebatida simples de Buster Posey colocou os Giants em vantagem. Na terceira entrada, Posey lançou uma rebatida dupla pra impulsionar Aubrey Huff para o home plate e abrir 2 a 0.

No entanto, o jogo virou na quinta entrada. Ben Francisco e Carlos Ruiz, do Phillies, conseguiram rebatidas validas pra chegar em base, e Blanton numa rebatida de sacrifício impulsionou os dois pra posições de anotar corridas (3ª e 2ª bases). Shane Victorino, subindo ao bastão, conseguiu uma forte rebatida simples, que impulsionaria os dois homens em base. Mas foi ai que brilhou a estrela de Buster Posey. Francisco anotou sua corrida com facilidade, mas Aaron Rowand, o Centerfield do Giants, lançou a bola  perfeitamente na direção do homeplate. Posey conseguiu agarrar a bola e fez uma eliminação absolutamente sensacional em Ruiz, que corria pra empatar a partida, por muitissimo pouco. Foi uma linda jogada, que voce pode ver no video abaixo, aos 0:52.

Ainda assim, Placido Polanco conseguiu uma rebatida dupla pra impulsionar duas corridas e deixar o placar em 4 a 2. Na parte de baixo da entrada, Huff conseguiu impulsionar uma corrida e deixar 4 a 3.

O sexto inning quase se tornou alvo de grande polemica. Com dois homens em base (2ª e 3ª), Pablo Sandoval foi ao bastão e conseguiu uma rebatida dupla pro lado direito do campo, impulsionando as duas corridas pra virar a partida. No entanto, o juiz deu bola fora (foul ball) e nao valeram as corridas, ainda que o replay mostre que a bola foi boa. Mas por sorte do juiz, Sandoval conseguiu rebater outra bola dupla, dessa vez válida, para virar a partida para 5 a 4. Os Phillies nao deixaram barato e responderam na oitava entrada, com Jayson Werth impulsionando mais uma corrida pra empatar a partida. Mas na parte de baixo da nona entrada, uma rebatida simples de Buster Posey mandou Huff para a terceira base, e em seguida Juan Uribe mandou uma rebatida de sacrifício pra Huff marcar e abrir a vantagem de 3 a 1 na série

Jogo 5: The Freak vs The Doc
Os aces Tim Lincecum e Roy Halladay entraram em campo depois de um belo duelo no jogo 1, onde Lincecum saiu vencedor. Dessa vez, em termos de performances, nenhum dos dois teve uma vantagem clara. Halladay jogou seis entradas, cedeu seis hits e duas corridas impulsionadas, com dois walks e cinco strikeouts. Lincecum arremessou sete entradas, com quatro hits e duas corridas impulsionadas, um walk um hit by pitch e sete strikeouts. Mas se no duelo particular dos dois tivemos um empate, no jogo tivemos um vencedor, e ele foi Roy Halladay.

Após sofrer na primeira entrada e ceder uma corrida, Halladay se recuperou e entrou em modo berserk, cedendo uma outra corrida na quarta entrada e mais nada, jogando muito bem e com eliminações importantes. Lincecum jogou bem mas teve problemas na terceira entrada. Cedeu um single e um hit by pitch pra colocar dois jogadores em base. Depois, numa jogada bastante polemica, Roy Halladay errou a rebatida de sacrificio, que claramente foi rpa trás, e logo uma foul ball, o que congelou a defesa do Giants e o próprio Halladay. No entanto, o juiz inexplicavelmente consederou a bola boa, e os corredores em base do Phillies se aproveitaram da confusão da defesa pra roubar as bases 3 e 2, enquanto Halladay foi eliminado. Em seguida, o grande problema pros Giants: Shane Victorino rebateu uma bola pro chão que seria uma rebatida simples, e com Carlos Ruiz indo para o homeplate anotar a segunda corrida da jogada (Raul Ibanez ja tinha marcado a sua) havia tempo suficiente para Aubrey Huff lançar a bola para eliminá-lo. No entanto, Huff deu uma furada grotesca, o que permitiu que Ruiz anotasse sua corrida em um erro da defesa. Victorino anotou outra corrida depois pra deixar 3 a 1. O Giants até conseguiu reagir, anotando uma corrida na quarta, mas o ataque não mostrou nenhuma força no resto da partida, e Werth selou a vitória com um Home Run na nona.

Situação da série: Ao contrário do Yankees, acho que o Phillies tem boas chances aqui. O seu ataque é muito superior ao do Giants e joga as duas partidas em casa. Apesar de não contar mais com Halladay, o Gaints tambem não contará mais com Lincecum por causa da decisão de deixar Bumgarner jogar o jogo 4. Ainda assim, a situação não é de toda agradavel. Matt Cain, que destroçou os Phillies na sua aparição na série, deve jogar o jogo 7, e o duelo entre Roy Oswalt e Jonathan Sanchez no jogo 6 será bastante equilibrado. O Giants tem uma rotação muito forte e mostrou força fora de casa, e só precisa contar com um dia ruim do Phillies pra ir buscar seu primeiro título em San Francisco.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Two-Minute Warning: NFL e MLB

Aproveitar que o Marcelo arrumou um PC e prometeu (Dessa vez sai?) um resumo da rodada pra amanha e falarei um pouco dos playoffs da MLB e tambem de alguns dados interessantes desse fim de semana da bola oval.

"Vai buscar a bolinha ali, ó!"

San Francisco Giants vs Philadelphia Phillies

Na primeira rodada dos playoffs, Tim Lincecum teve 14 strikeouts, e Roy Halladay um no hitter. Após essas duas perfomances históricas, ambos os pitchers se enfrentaram no jogo 1 da final. Todos naturalmente esperavam um jogo de placar baixo. Mas apesar disso, o jogo foi bastante disputado pelos ataques. Ainda assim Lincecum e Halladay tiveram boas partidas, cada um arremessando por sete entradas, Lincecum tendo cedendo tres corridas em seis rebatidas com oitro strikeouts, enquanto Halladay teve quatro corridas em oito rebatidas e sete strikeouts. A emoção começou logo na primeira parte da terceira entrada quando, após dois innings quase perfeitos de ambos os pitchers, Cody Ross mandou a bola pro outro lado do muro pra abrir a contagem a favor do Giants. Mas na segunda parte Carlos Ruiz devolveu o Home Run para deixar tudo igual. Na quinta entrada Cody Ross mandou sua segunda basebola(Hello, Paulo Antunes!) pro outro lado do muro, e no começo da sexta entrada, com dois eliminados em ninguem em base, Buster Posey rebateu simples pra manter os Giants vivos e começar uma sequencia de rebatidas que contou tambem com Pat Burrell e Juan Uribe pra conseguir 4 a 1. Mas o jogo nao ia ficar assim, pois Jayson Werth conseguiu um home run duplo pra recolocar o Phillies na partida. Mas Brian Wilson entrou bem para o bullpen do Giants e fechou a partida, uma importantissima vitória fora de casa.

A segunda partida colocou frente a frente Roy Oswalt e Jonathan Sanchez. Os problemas começaram cedo para o Giants, quando logo na primeira entrada a defesa permitiu uim erro para deixar um jogador em base, e depois Sanchez arremessou TRES WALKS para dar uma corrida de graça para o Phillies. Mas na quinta entrada Cody Ross mandou seu terceiro home run na série para empatar tudo. No entanto, uma rebatida de sacrificio Placido Polanco recolocou o Phillies na frente. Na sétima entrada, o bullpen do Giants que vinha jogando muito bem na temporada regular e está pessimo nos playoffs, cedeu dois walks intencionais para Werth e Chase Utley, o que se mostrou um erro: Jimmy Rollins mandou uma rebatida dupla pra impulsionar tres corridas para o Phillies fechar o caixão.

Eu havia dito que a chave para o Giants ia ser o Tim Lincecum ganhar o jogo sempre quie subisse no morrinho. E foi o que ele fez no jogo 1, apesar de ter cedido tres corridas. Para grata surpresa, o ataque do Giants (Em especial nosso querido Cody Ross) respondeu muito bem garantindo a vitória. Parece idiota, mas é simples: Lincecum tem que ceder menos corridas do que seu time marcar. Contra o Phillies, Lincecum nunca deixou seu time em desvantagem, cedeu as corridas que poderia ceder e sairam com a vitória. Lincecum com certeza volta mais duas vezes até o final da série se tivermos um jogo 7, e é essencial que ele continue ganhando. Mas o Giants precisa conseguir ganhar jogos sem ele, e o jogo 2 era uma ótima chance, ainda que fora de casa, para trazer de vez a vantagem para San Francisco. O Phillies tem mais volume de ataque e o Giants precisa ser impecavel pra vencer sem Lincecum no montinho.


"E ai Yankees, lembram de mim?"

New York Yankees vs Texas Rangers

Por mais tenso que seja, esse série deveria estar 2 a 0. No jogo 1, no Texas, o Rangers tinha aberto 5 a 0 de vantagem sobre o Yankees no final do sexto inning, impulsionados pelo Home Run triplo de Josh Hamilton. A corrida dos Yankees na sétima entrada, anotada num Home Run do brilhante Robinson Cano, nao arrefeceu o ânimo do Rangers, que parecia encaminhado pra abrir a série com uma vitória fora de casa. Mas na oitava entrada, Brett Gardner e Derek Jeter(Impulsionando Gardner) conseguiram rebatidas válidas, e o bullpen Darren Oliver do Rangers cedeu dois walks consecutivos, deixando Alex Rodriguez pegar o bastão com bases lotadas. Meu querido Darren Oliver, esse foi o maior engano que voce poderia cometer. Alex Rodriguez conseguiu uma rebatida válida pra impulsionar duas corridas, e em seguida Cano e Marcus Thames conseguiram dois singles pra impulsionar mais duas corridas, virando o placar para 6 a 5. Os Rangers se mostraram completametne sem forças para reagir e os Yankees conseguiram uma virada histórica.

O jogo dois foi um festival de bases roubadas para o Rangers. No entanto, a história do jogo 1 parecia fadada a se repetir: Na primeira entrada, Elvis Andrus roubou a terceira base, e em seguida roubou o Home Plate para abrir 1 a 0 na contagem (Na mesma jogada, Josh Hamilton roubou a segunda base). Um roubo de home plate é algo extremamente raro de acontecer, e eu nao lembro de ter visto isso na pós temporada recentemente. Na segunda entrada, um home run de David Murphy e uma corrida impulsionada abriram ainda mais o placar, e o mesmo Murphy impulsionou uma corrida e anotou outra na terceira entrada pra abrir 5 a 0. Mas na quarta entrada, o mesmo Robinson Cano anotou uma corrida para deixar 5 a 1. Mas o Rangers não ia repetir a bobeada, e logo na entrada seguinte anotou mais duas corridas pra fechar o caixão do Yankees. Cano até conseguiu mais um Home Run, mas não foi suficiente. Josh Hamilton ainda quase anotou mais uma corrida após o quarto roubo de base do time na partida.

O Rangers com certeza não está satisfeito, tendo perdido um jogo em casa da forma como perdeu o jogo 1. Ainda assim, eles tem esperança. Cliff Lee vai subir ao montinho hoje a noite e ele nunca perdeu em pós temporadas, é o quinto pitcher da história com melhor ERA nos playoffs tendo jogado ao menos seis jogos (Dos quatro à sua frente, tres estão no Hall da Fama) e tem um histórico bastante favoravel contra o Yankees. Na World Series de 2009, ele foi o responsavel pelas duas vitórias do Phillies comendo o Yankees com farofa e acabou com o melhor time da AL na semifinal de conferência. Do outro lado, o lendário Andy Pettite, com 19 vitórias e apenas uma derrota, maior número de vitórias na história dos playoffs para um pitcher. Pettite terá que resolver o problema com os pitchers do Yankees: CC Sabathia no jogo 1 e Phil Hughes no jogo 2 cederam juntos 13 corridas, e o Yankees não pode ceder tantos pontos assim sempre pra tentar correr atrás no final. Robinson Cano está pegando fogo e pode ser o diferencial pra esse time.


Curiosidadades da NFL

"Avisa o Lovie Smith que eu sou o número 1!"

- Na derrota do Bears para o Seahawks, Devin Hester fez história. Com um retorno de punt de 89 jardas pra touchdown, Hester conseguiu seu nono retorno de punt para touchdown, empatando Brian Mitchel com a segunda maior marca da história só ficando atrás de Eric Metcalf, com 10. Hester tambem combinou ja para 14 retornos para touchdown com punts e kickoffs, empatando Mitchel no recorde da NFL. Ah, mas aposto que o Hester é velho e ja deve tar no fim da carreira. Ah não, espera, o Devin Hester está só na quinta temporada como profissional! E lembrando que essas marcas são apenas para temporada regular, e Hester tem um retorno pra touchdown de kickoff no... Super Bowl! Alguem duvida que ele vá quebrar ambas as marcas? Eu com certeza não! A pergunta que fica é: Porque diabos a besta quadrada do Lovie Smith parou de usar ele como retornador de punts por tanto tempo e ainda não voltou a usá-lo como retornador de kickoff?? Hester teve temporadas geniais retornando ambos em 2006, como calouro, e 2007. De repente, Hester parou de retornar tanto kickoffs como punts! Faz sentido voce ter possivelmente o melhor retornador da história e não usá-lo para retornar?? Pra mim não faz nenhum! Se em 2008, 2009 e agora em 2010 o Hester tivesse retornado kickoffs e punts (Hester voltou a retornar punts com frequencia no fim da temporada passada), eu tenho certeza que ele teria estourado essas marcas ha muito tempo!

- Tom Brady conseguiu, com a vitória sobre o Ravens, sua 23ª vitória consecutiva em casa na temporada regular. Assim, ele empatou a marca de John Elway e está apenas atrás de Brett Favre, que entre 95 e 98 teve 25 com os Packers. Os próximos jogos de Brady em casa serão contra Vikings, Colts e Jets. Será que ele consegue bater a marca de Favre com essa tabela?? Eu acredito que sim! E voces?

- Randy Moss agora tem 944 recepções em sua carreira e passou Art Monk como quarto maior recebedor da história. Os tres jogadores na sua frente são os tres integrantes do 'Clube dos 1000'. Terrell Owens (1,037), Marvin Harrison (1,102) o último é tão absurdo que eu tenho até vergonha de falar, mas ja que voces insistem, é claro que é o Jerry Rice, com apenas 1,549. Calma, que tem mais Jerry Rice vindo ai.

- Hines Ward, o nosso querido Risadinha, conseguiu registrar seu 183º jogo consecutivo com uma recepção, empatando com Art Monk para a quarta maior seqüencia desse gênero na história da NFL. À sua frente estão Terrell Owens com 185, Marvin Harrison com 190 e... Perai, produção, ta certo esse número aqui?? Cacete! Então acompanhe comigo. Ward, empatado com Monk, tem 183 jogos consecutivos com pelo menos uma recepção. Se conseguir mais dois jogos assim, ele empata com o terceiro lugar. Pra empatar com o segundo lugar, ele precisa de mais sete. E pra empatar com o primeiro lugar, ele precisa de apenas mais NOVENTA E UM jogos com pelo menos uma recepção!! É isso ai, o líder da lista é novamente Jerry Rice, com 274 jogos consecutivos! O cara é ou não é um monstro?

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Boletim MLB versão Playoffs

Estou quase tendo um ataque cardiaco aqui após o Sunday Night Football que tivemos e se eu escrevesse sobre NFL eu despejaria uma cacetada de reclamações, declarações de amor ao meu time, e considerações sobre o Alex Smith que fariam voces olharem e falarem algo como "Ahã, Claudia, senta lá" ou entao rissem da minha desgraça, porque cheguei à conclusão que ver o 49ers perder me dói mais que ver o São Paulo perder, juro que estou passando mal de nervosismo. Assim, para quem vier a acessar o blog segunda feira e quiser ler um post sobre NFL, recomendo o post logo abaixo desse sobre o Monday Night, achei bem interessante e como bônus vocês podem rir dos meus palpites pra rodada recheado de fails. Vou aproveitar aqui pra falar sobre os playoffs da MLB que tão bem adiantadinhos até e com jogos bem interessantes.


Sergio Romo bem que tentou, mas os Giants tem a vantagem

San Francisco Giants 2 x 1 Atlanta Braves

Depois do jogo 1, o qual ja comentei num post anterior, o Giants entrou com bastante moral no jogo 2. Depois da performance assustadora de Tim Lincecum, Matt Cain estava tambem num bom jogo, cedendo apenas 7 hits e nenhuma corrida (A corrida anotada pelo Braves veio num erro do Giants), com seis strikeouts. O ataque do San Francisco tinha funcionado bem e o time abriu 4 a 1 na oitava entrada. Na oitava entrada entrou o bullpen Sergio Romo... Que cedeu duas rebatidas seguidas, sendo a segunda um home run. Assim entrou Brian Wilson, que foi o melhor fechador da MLB na temporada regular... Mas que assim que entrou cedeu mais uma corrida pra empatar o jogo em 4 a 4. O jogo foi pra prorrogação onde os Braves conseguiram, na 11ª entrada, a vitória. Uma das grandes forças do Giants na temporada regular, o bullpen, acabou causando uma derrota dura em casa.

No jogo 3, em Atlanta, a história quase se repetiu. O ataque do Giants abriu 1 a 0 rapidamente num erro da defesa. Jonathan Sanchez começou o jogo jogando muito bem durante 7 innings sem ceder rebatidas! No entanto, na oitava entrada, cedeu um walk e duas rebatidas com uma corrida, empatando o jogo. Assim novamente Romo entrou... E entrou cedendo - quem diria - um home run, virando o jogo para 2 a 1. O bullpen do San Francisco parecia destinado a perder mais uma partida quando, na nona entrada, o ataque do San Francisco funcionou, forçou o Braves a trocar de pitcher sucessivamente e empatou o jogo numa corrida impulsionada por Aubrey Huff. Logo em seguida, um erro da defesa numa rebatida de Buster Posey deu ao Giants a corrida da virada, e novamente Brian Wilson entrou em campo, dessa vez conseguindo salvar o time. Do lado do Braves, o pitcher Tim Hudson teve uma excelente partida, jogou 7 innings e cedeu apenas 4 hits e nenhuma corrida (A corrida do Giants foi anotada num erro). Uma pena pro Braves que ele tenha jogado o ultimo jogo da temporada regular, quando os Braves precisavam ganhar do Phillies correndo o risco de ficar fora dos playoffs, e por isso só tenha podido jogar na terceira partida. Tim Lincecum ainda deve voltar ao montinho nessa série em caso de necessidade, então acredito que o Giants consiga fechar a série mesmo num eventual jogo cinco.


Saiam da frente Reds, os Phillies tão passando

Philadelphia Phillies 3 x 0 Cincinnati Reds

Essa série foi uma varrida, mas não foi facil como pareceu. Depois do no hitter do Roy Halladay no primeiro jogo (ver o link ali em cima) os Reds vieram com muita força pra cima do Phillies no jogo 2. Os Reds conseguiram quatro corridas (tres ganhas, uma por erro) em cinco hits nos cinco primeiros innings contra o titular Roy Oswalt. Até que o Phillies acordou e começou a acertar as bolinhas. Mas isso nao seria suficiente. Mas foi porque contaram com uma ajuda de quem eles menos esperavam: do Reds! Os Reds cometeram quatro erros nos tres innings seguintes (5º, 6º e 7º) e permitiram que os Phillies colocassem dois homens em base sem rebatidas validas e cedessem duas corridas não ganhas (Vindas de erro) sendo que uma das que foram ganhas veio de um home run onde o homem que estava na primeira base veio de um erro! Ou seja, foram duas corridas na quinta entrada, uma na sexta e tres na sétima (Uma na oitava quando o Reds ja parecia abatido demais pra reagir) com uma GRANDE ajuda do Reds e assim os Phillies ganharam o jogo dois em casa.

No jogo três o Reds ja entrou parecendo abatido, mas causou dificuldades. Foi um duelo defensivo bastante dificil, com ótima atuação dos pitchers. Destaque para Cole Hammels, do Phillies, que arremessou durante o jogo inteiro decendo apenas cinco hits sem nenhuma corrida e com nove strikeouts. Johnny Cueto tambem teve boa atuação, mas o Reds cedeu uma corrida no primeiro inning através de - adivinhem! - um erro da defesa! Cueto continuou jogando bem até a quinta entrada, quando cedeu um home run solo (Sem ninguem em bases) para Chase Utley e foi substituido. O Bullpen do Reds conseguiu ceder apenas mais duas rebatidas, mas o ataque nao conseguiu superar Hammels e os Phillies varreram os Reds numa série dificil apesar do placar final.



Rays e Rangers tendo uma série muito brigada

Tampa Bay Rays 2 x 2 Texas Rangers

Como voces talvez lembrem (Se nao lembram, é só acessar o link do começo do post) o Rays começou essa série perdendo os dois primeiros jogos em casa! Mas parece que o Rays sentiu a água bater na bunda, porque eles foram pro Texas com sangue nos olhos. No jogo 3, Colby Lewis teve um ótimo começo de jogo, cedendo duas rebatidas e nenhuma corrida em cinco entradas fazendo o Texas abrir 1 a 0 na partida com um erro da defesa do Rays. Foi quando o Rangers decidiu usar o Bullpen. Eu nao entendi porque, Lewis nao estava arremessando muitas bolas, eliminando rapidamente os adversarios e ele aguentaria mais innings. O fato é que começou a botar o bullpen pra jogar e o Rays aproveitou para anotar uma corrida e empatar a partida. Na sétima entrada, Matt Garza, titular do Rays, cedeu um home run para Ian Kisnler e parecia que novamente o Texas iria levar o jogo varrendo o melhor time da AL. Mas o Rays voltou pra oitava entrada pegando fogo: foi uma corrida e tres hits pro Rays anotar duas corridas e virar o jogo. Na nona entrada, o Rays terminou o que todos ja esperavam, com um home Run de Carlos Pena e outro de Carl Crawford(duplo) pra abrir 6 a 2. O fechador do Rays Rafael Soriano ainda cedeu um Home Run, mas o jogo terminou com 6 a 3 para o Rays.

Nesse domingo o Texas teve a chance de fechar a série novamente: Tommy Hunter começou o jogo, o estádio estava lotado com 50 mil torcedores e Evan Longoria, principal jogador ofensivo do Rays na temporada regular, estava jogando com muitas dores. Mas Carlos Pena começou a brilhar logo na segunda entrada com um triple pra depois anotar a corrida num erro da defesa. Na quarta entrada, Longoria, Pena e BJ Upton mandaram doubles pra anotar mais duas corridas. O jogo realmente era do lesionado Longoria, que na quinta entrada rebateu um home run duplo pra abrir uma vantagem de cinco pontos. O Texas até tentou reagir com duas corridas e um home run de Nelson Cruz na sexta entrada, mas Joaquin Benoit e Rafael Soriano entraram pra fechar o jogo definitivamente pro Rays. O jogo cinco será terça em Tampa Bay e eu nao me arrisco a dar um palpite. Os dois times foram extremamente inconstantes jogando em casa. O Rays tem mais time, mas se Cliff Lee vier de titular jogando o que jogou no primeiro jogo, o Rangers pode ser a primeira zebra dos playoffs. Tirando o jogo 1, quem tem feito mais diferença nos jogos da série foram sido os ataques e não as defesas. Talvez quebrar esse paradigma seja a chave para o vencedor do jogo 5.


"A gente precisava mesmo ter entrado em campo?"

New York Yankees 3 x 0 Minnesota Twins

Eu ja tinha avisado no preview dos playoffs que essa série nao era de verdade e que o Twins ia tomar uma surra do Yankees. E bom, foi o que aconteceu. O Yankees arrasou o Twins nos tres jogos, o ataque do Yankees foi muito superior ao do Twins e como eu ja tinha avisado, o Twins ia precisar de volume de ataque pra vencer, nao ia conseguir fazer isso na defesa. E bom, não teve volume de ataque, não venceu, tomou uma varrida e volta pro hospital pra levar flores pro Justin Morneau se recuperar logo pra próxima temporada, ele fez muita falta.