Um dos 5 melhores momentos da minha vida
Nessa série de previews já falamos de 28 times diferentes, incluindo toda a AFC East, South, North e West e das NFC East, South e North. Hoje começamos a falar da NFC West. Você pode acessar todos os previews direto do nosso índice. Se você não tem ideia do que estou falando, recomendo que leia esse post introdutório. Btw, a falta de crases nesse texto é porque esse teclado não tem crase, então não reparem, ok?
San Francisco 49ers
2012 Record: 11-4-1
Ataque ajustado: 5th
Defesa ajustada: 2nd
Se voltarmos um instante para 2010 para olhar o cenário da NFC West em comparação com o resto da NFL, vamos lembrar de como a divisão era lamentável naquele momento. Não foi a toa que o nome NFC West virou sinônimo de piada na NFL: aquela divisão foi vencida por um Seattle Seahawks com record 7-9, a primeira vez na história da liga que um time vence uma divisão com record negativo E a primeira vez que um time com record negativo sediou um jogo de playoffs. Na verdade, aquele Seattle foi provavelmente o pior time da história do universo a sequer ir para os playoffs: um time 7-9 mas com Pythagorean Expectations de 5-5 vitórias e a terceira tabela mais fácil da NFL, aquele foi na verdade o terceiro PIOR time da liga pela estatística de eficiência ajustada do Football Outsiders, de longe a menor classificação para um time de playoffs desde que o Football Outsiders tem esse dado. Na verdade, para se ter uma noção de quão ruim a NFC West, em termos de eficiência ajustada seus quatro times estavam entre os 9 piores de toda a NFL: Cardinals ficou em último depois da aposentadoria do Kurt Warner; Seattle foi o terceiro pior e ainda ganhou um jogo de playoffs; Rams (que terminou 7-9 e perdeu a vaga para o Seahawks na última rodada) ficou em 27th; e o melhor time da divisão foi um 6-10 Niners que ficou em 24th e que mandou o técnico embora faltando duas rodadas. Foi um ano brutal que solidificou a reputação da NFC West como a piada da liga. Três anos depois, você pode fazer um argumento muito sólido que a divisão possui dois dos três melhores times da NFL e é a mais forte da liga. So... Yeah. As coisas mudaram um pouco desde então.
E essa mudança começou pelo San Francisco 49ers. A verdade é que, depois de perder os playoffs todo ano desde 2002 - sem sequer um 8-8 ou melhor entre esse período - por conta de má gestão, más decisões e basicamente uma franquia bagunçada, o time começou a dar a volta por cima em 2009. Antes da temporada, a franquia passou para Jed York, o filho milionário de 28 anos de John York (o antigo dono) e sobrinho do lendário Eddie DeBartolo (dono da equipe na época de ouro), algo que na época parecia uma bomba relógio com um milionário jovem e imaturo assumindo o comando do time e que acabou virando uma das melhores coisas que aconteceram a equipe em anos recentes (não existe na NFL atualmente três donos de times melhores que York). Aquela foi a melhor temporada do 49ers desde 2002, terminando 8-8 mas com o Pythagorean Expectations de 10-6, a quinta melhor defesa da NFL, o melhor ano da carreira de Alex Smith e uma performance defensiva extremamente dominante contra os atuais campeões da NFC Cardinals (um 24-9 no qual o Niners forçou sete turnovers e engoliu Warner e Larry Fitzgerald) que pareciam indicar uma melhora considerável em 2010 e, quem sabe, uma vaga nos playoffs.
Não aconteceu. A temporada 2010 foi uma enorme decepção, com Mike Singletary ganhando o cinturão de "pior técnico da NFL" e mudando (para pior) quase toda a comissão técnica da equipe, Troy Smith e Alex Smith praticamente se revezando semanalmente na titularidade (algo péssimo para qualquer time) e tudo que podia dar errado, deu. Singletary foi mandado embora faltando ainda dois jogos para acabar o ano, e a "volta por cima" da equipe acabou em fiasco. Ou pelo menos por mais um ano. Naquela offseason, York e Trent Balkee (GM da equipe) foram buscar Jim Harbaugh em Stanford, e fazer um upgrade do pior técnico da NFL para um dos melhores pagou dividendos: o 49ers pulou de 6-10 para 13-3, transformou Alex Smith de "wow, esse cara foi um dos maiores busts da década" para "ganhei o jogo mais espetacular dos últimos anos faltando 7 segundos contra um ótimo time do Saints nos playoffs", ganhou o jogo mais espetacular dos últimos anos (nenhum jogo na minha vida foi melhor do que Saints-49ers em 2011. Nenhum) e chegou muuuuuuito perto do Super Bowl antes de perder na prorrogação para um excelente time do Giants. Um ano depois, com Colin Kaepernick no lugar de Smith, o 49ers repetiu sua boa campanha e esteve a uma falta não marcada e um erro da arbitragem nos segundos finais do Super Bowl de conseguir seu primeiro título em 18 anos. Então sim, foram dois anos bem diferentes do que os torcedores do 49ers estavam acostumados. Ou seja, divertidos. Mas vamos dar uma olhada mais de perto no que realmente funcionou para o Niners nesses dois últimos anos, e nos pontos importantes olhando para frente.
A reviravolta do 49ers começou na verdade alguns anos antes da chegada de Harbaugh, do lado defensivo da bola. Antes mesmo de Jim transformar Alex Smith em um bom QB titular e do ataque explodir de vez sob a batuta de Kaepernick, a defesa de San Fran já dava mostrar de ser um grupo de elite: A defesa terminou como a quinta melhor de 2009 e nono em 2010 apesar de nenhuma ajuda do ataque (más posições de campo, ataques que não precisavam se apressar e ser previsíveis, etc), e foi isso que deu esperanças para os torcedores. Se o Jets conseguiu chegar em duas finais de conferência com Mark Sanchez porque tinha um bom ataque terrestre e uma excelente defesa, porque não o Niners? Enquanto tivessem essa defesa, era possível (eventualmente foi o que aconteceu em 2011, mas chegaremos lá).
E a questão da defesa do 49ers não é que era apenas uma defesa boa, mas era uma defesa que intimidava. Extremamente física, com bons jogadores dando tackles e uma mentalidade de atingir os adversários com o máximo de força permitida pelas regras, é o tipo de defesa que ninguém gostava de enfrentar sabendo que ia tomar pancada toda vez que tocasse na bola, que sua linha ofensiva ia ser empurrada como um monte de sacos de areia, e que ia passar o jogo todo brigando para conseguir cada jarda. Era uma defesa cujo atrito desgastava qualquer ataque, fisica e psicologicamente, e isso acabou constituindo a identidade que o time quis montar. Não apenas na defesa, mas como um todo: um time mais forte e mais rápido do que qualquer outro, que joga mais fisicamente do que todos os demais.
Nos dois anos depois da chegada de Harbaugh, as coisas não mudaram: a defesa continuou sendo o grande ponto forte da equipe, 3rd em 2011 e 2nd em 2012, e com uma mesma abordagem: uma linha de frente dominante, intransponível contra corridas, e o resto encaixando em volta. A diferença é que, pela primeira vez com um técnico capaz de controlar o ataque e jogar de acordo com as forças e fraquezas de Alex Smith, a defesa começou a se ver numa situação privilegiada: com um ataque que evitava turnovers quase fanaticamente e com um dos melhores punters da NFL em Andy Lee, nenhuma defesa de 2011 viu os adversários começarem suas campanhas com pior posição de campo. A responsabilidade continuava alta, de levar nas costas um ataque eficiente mas pouco produtivo, mas pelo menos agora podia fazer isso com mais tempo, sem precisar enfrentar adversários que tinham o controle do placar e com posições de campo favoráveis. Não a toa a defesa subiu mais um nível, liderou a liga em turnovers forçados e foi a grande força por trás da excelente campanha de 13-3 da equipe. Em 2012, ainda mais do mesmo: os turnovers forçados caíram pois, como já disse aqui algumas vezes, uma temporada em nível muito alto nesse quesito costuma indicar regressão (Olá, Chicago!), mas não importou: ainda foi o segundo melhor grupo de toda a NFL depois do Bears, e mesmo com alguns problemas mais para o final do ano, ainda foi uma potência.
Para 2013, a defesa apresenta algumas questões interessantes: a equipe perdeu seu All-Pro (absurdo, mas enfim) safety Dashon Goldson para Tampa, seu NT Isaac Sopoaga para o Eagles, seu reserva para o Colts, e seu nickel corner Chris Culliver para um ACL. Em particular os dois primeiros deveriam ser sentidos, afinal eram jogadores titulares de alto nível, mas eu me pergunto se seria esse mesmo o caso. Uma vez, meu escritor favorito (Bill Simmons) criou uma Ringo Starr Theory, que diz que você não pode avaliar corretamente role players quando estão jogando com um jogador ou um grupo transcendental que eleva o nível de todo mundo. Parte de mim pergunta se não seria esse o caso com essa defesa do 49ers, especialmente considerando que todos os jogadores titulares desde 2009 que saíram da equipe pioraram consideravelmente em seus novos times: Nate Clemens saiu da equipe em 2010, e agora é um reserva no Bengals; Aubrayo Franklin era considerado o melhor NT da NFL quando saiu do time em 2011, foi para o Saints e nunca mais jogou em alto nível; Takeo Spikes quase foi ao Pro Bowl em 2010, um ano depois mal conseguia ser titular no Chargers e agora está sem time. Você não vai achar um único jogador importante da defesa do Niners que tenha saído no período e tenha tido o mesmo sucesso fora. Fato é que é mil vezes mais fácil se destacar e jogar em alto nível quando você está cercado de franchise players e Pro Bowlers executando diversas funções, forçando o ataque adversário a se ajustar e onde você pode focar em apenas algumas menores funções. Um safety que joga em Miami provavelmente vai ter maior responsabilidade contra o jogo terrestre do que um que joga em San Francisco com os dois melhores MLBs da NFL patrulhando o meio, permitindo que se foque na cobertura e nas interceptações, por exemplo. O mesmo é válido para um NT que tem Justin Smith do lado ocupando quinze bloqueadores, e por ai vai. Por isso eu acho que se preocupar demais com essas perdas é uma besteira, e esse foi o motivo que levou o 49ers a não se preocupar demais com essas perdas. Assim como um dos segredos da defesa do Steelers nos últimos anos foi sua capacidade de saber exatamente o que precisa de seus role players ao redor de um brilhante núcleo, o mesmo vale para o 49ers da atualidade.
E sim, esse núcleo é brilhante. Eles possuem um dos melhores corpos de linebackers da história recente da NFL (me diga o último time dos últimos 20 anos a possuir três 1st Team All-Pro LBs e um 2nd Team. Você não vai conseguir) e possuem bons playmakers em posições chaves. A chegada de Nnamdi Asomugha (impressionante até aqui, ainda que a preseason não sirva para avaliar jogadores de fato) reforça uma secundária que foi suspeita em alguns momentos mas que conta com bons jogadores e deve ganhar um boost com a chegada do calouro Eric Reid. Mas sinceramente, o fato é que essa defesa consegue fazer de tudo sem ter que mudar de formações ou usar esquemas complexos: a linha de frente do seu esquema 3-4 é destrutiva o suficiente para colocar pressão no QB com pouca ou nenhuma ajuda de blitzes e não precisa de praticamente nenhuma ajuda extra para segurar as corridas adversárias, o que permite aos jogadores da secundária manterem suas funções sem precisar correr para ajudas. A secundária é um pouco mais suspeita, com alguns jogadores irregulares como Donte Whitney e Carlos Rodgers, mas ainda se beneficia enormemente do bom pash rush da equipe e principalmente das terceiras descidas longas que costuma enfrentar, já que os adversários não conseguem encurtá-las com boas corridas. Em um ano que eu (que vi todos os jogos da equipe) achei que a secundária não foi bem, ela ainda foi a 6th melhor ajustada da NFL (em parte por causa do calendário ridiculamente forte, terceiro pior da NFL). É a área de preocupação da equipe, mas enquanto a pressão continuar chegando, essa defesa vai continuar sendo uma força a ser reconhecida. Não tem porque isso mudar em 2013.
O ataque que é o ponto de interesse. No primeiro ano de Jim Harbaugh, o HC tentou estabelecer no 49ers o estilo de jogo que tinha dado certo no Jets nos dois anos anteriores: um time baseado em uma defesa extremamente potente, que forçava muitos turnovers, e um ataque conservador que corria muito com a bola, controlava o relógio, minimizava os erros, ganhava os duelos em termos de posição de campo e protegia seu QB titular. É basicamente um esquema extremamente conservador que tenta vencer a batalha por atrito, contando com sua defesa dominante e seu ataque conservador e eficiente. Apenas o Denver Broncos de Tim Tebow correu mais com a bola do que o Niners em 2011, e nenhum time foi melhor evitando turnovers. Junte a isso uma defesa que forçou mais turnovers que qualquer outra e um dos melhores técnicos da NFL (e a tabela mais fácil da liga) e o Niners terminou o ano 13-3, ganhou um jogo histórico do Saints na primeira rodada e esteve a dois fumbles de special teams de chegar ao Super Bowl. Em 2012, Alex Smith evoluiu muito e o ataque do 49ers estava entre os melhores da liga, embora ainda fosse essencialmente o mesmo ataque correr primeiro, correr segundo e passar depois. Até que Alex Smith se machucou durante uma partida contra o Rams, e Harbaugh colocou Kaepernick de titular.
A decisão de Jim Harbaugh de manter Kaepernick como seu titular e colocar no banco Alex Smith - 4th em QBR, 4th em produtividade por jogo na NFL até aquele ponto - tem que ser uma das mais corajosas dos últimos anos. Você tem um QB perfeitamente confiável, que conhece o playbook, tem funcionado muito bem sob seu comando e que evoluiu em relação ao "game manager" do ano anterior para um jogador que realmente ganhava jogos, e tem que decidir se o mantém ou se arrisca no moleque que ele mesmo chamou de "o melhor jogador do draft" antes do draft de 2011 e que escolheu a dedo para ser o QB do futuro da franquia, um jogador que entrou muito bem enquanto Smith não pode jogar e que parecia dar uma dimensão nova ao ataque do time com sua explosão física e passes profundos. Era uma decisão entre ir no seguro e no que estava dando certo, ou ir na direção mais arriscada e que tinha maior potencial futuro. Não tinha realmente uma decisão certa, era escolher uma e saber que iria responder pelos resultados. Harbaugh escolheu Kaepernick por um simples motivo: o ex-QB de Nevada oferecia a equipe uma chance maior de vencer. Como já insistimos um bilhão de vezes, o resultado de apenas um jogo tem muito de aleatório e é influenciado por diversos fatores, mas dentro deles, Jim acreditava que teria uma chance melhor de vencer com ele do que com Smith. E sabemos que é impossível fazer o jogo do "e se Smith tivesse jogado, teriam chegado ao Super Bowl?" para saber como as coisas seriam em outro cenário, então só posso dar minha opinião pessoal: de forma alguma o 49ers teria vencido um duelo de ataques contra Green Bay sem Kaepernick.
A manutenção de Kaepernick levanta algumas questões interessantes para o futuro da equipe. Se com Smith no comando o esperado era um ataque conservador e ultra-eficiente mas com potencial limitado, com Kaepernick isso muda totalmente de figura. O 49ers ainda tem todos os elementos de um grande ataque terrestre (3rd overall em 2012 com Kaepernick jogando menos de metade dos jogos) em um excelente grupo de RBs (liderado pelo underrated Frank Gore) e uma linha ofensiva de elite que está na conversa para ser a melhor da NFL. Junte a isso um dos melhores QBs correndo com a bola do mundo e que tem experiência jogando no option, e não existe nenhum motivo para acreditar que esse ataque terrestre espetacular do 49ers (terceiro na liga em jardas por corrida, segundo considerando apenas RBs) vá desacelerar em 2013. Na verdade, com aquele jogo de 181 jardas terrestres de Kaepernick queimado no cérebro de cada coordenador defensivo do planeta, o potencial desse ataque terrestre é ainda mais absurdo porque ele agora possui uma arma a mais para manter defesas confusas, então é muito possível (e talvez até provável) que o Niners continue sendo um ataque cuja principal força é o jogo terrestre.
A questão é que Kaepernick adiciona uma nova dimensão no jogo aérea. Se Smith era um QB conservador, Kaepernick é o exato oposto, um quarterback explosivo correndo com a bola que também possui um braço espetacular nos passes, impressionando tanto pela precisão como pela força. Contando apenas sua participação na temporada regular (vale citar que quebrou alguns muitos recordes nos playoffs), Kaepernick terminou a temporada terceiro em QBR, terceiro em produtividade ajustada (por jogo) e teria liderado a liga em jardas por passe se qualificasse para as estatísticas. Então o camisa 7 não é apenas um bom corredor, ele é um excelente passador, e o 49ers esteve muito confortável com ele comandando um ataque mais explosivo em 2012 apesar de não ter tido UMA jogada nos treinos como titular até a lesão de Smith. Mesmo assim o Niners terminou com o quinto melhor ataque aéreo (e geral) da NFL, então eu não consigo imaginar realmente qual será o potencial total desse ataque com uma temporada inteira de Kaepernick depois de uma offseason inteira como titular. Basta dizer que o potencial é muito maior do que com Alex Smith, e eu digo isso com dor no coração porque não existe maior fã do camisa 11 do que eu.
O ataque enfrenta apenas duas dúvidas. A primeira é sobre regressão: sim, Kaepernick foi fantástico em 2012, mas em uma amostra muito pequena. Será que esse é realmente seu nível, ou ele vai sofrer uma regressão enfrentando defesas mais preparadas e em uma amostra maior e mais considerável? É uma dúvida legítima e eu não tenho nenhum tipo de comentário contra ou a favor esse argumento, a única forma de saber é esperar uma amostra maior, mas Colin terá a seu favor o fato de poder contar com um ataque que vai muito além dele para não ser tão exposto logo cedo. Acho que esse é um problema menor, embora a dúvida seja real.
O segundo é mais problemático. O melhor WR da equipe, Michael Crabtree, sofreu uma ruptura do tendão de Aquiles e deve perder a maior parte da temporada (e não deve jogar 100% até 2014). Depois que Kaepernick assumiu o comando (inclusive playoffs), Crabtree foi o melhor WR da liga não apelidado "Megatron" e seus números projetados para 16 jogos com Kaepernick seriam de 100-1460-15 (recepções, jardas e TDs para quem não entende), que são espetaculares mesmo antes de lembrarmos que a tabela do 49ers nesse período foi particularmente insana em dificuldade. Mas se preferem algo mais prático, o camisa 15 era de longe o melhor WR desse elenco e, embora a chegada de Anquan Boldin vá ajudar consideravelmente a suprir essa carência na posição, ele não é Crabtree e isso deixa a maior fraqueza do time ainda mais problemática. Tirando Boldin, os outros WRs do elenco estão machucados (Crabtree, Mario Manningham), possuem pouca experiência (Quinton Patton) ou ainda precisam se provar na liga (Kyle Williams, Jon Baldwin, Marlon Moore, Lavelle Hawkins), então é um grupo sem nenhum outro recebedor confiável e com uma profundiddade questionável. O 49ers vai tentar compensar isso com um dos melhores TEs da NFL (Vernon Davis) e outro TE interessante no calouro Vance McDonald, mas para um time que contava em dar um salto com seu jogo aéreo, essa questão dos WRs pode ser um limitante importante. Os WRs da equipe na verdade foram muito bem na pré-temporada, mas isso não quer dizer que vá funcionar na temporada regular, são situações totalmente diferentes. Mas pode servir de consolo. Isso não quer dizer que o ataque não vá ser muito forte esse ano, ele ainda deve ser melhor que o bom ataque de 2013, mas limita um pouco o potencial.
E no final, é por isso tudo que o 49ers é um dos melhores e mais perigosos times da NFL. Sua força se baseia em uma excelente defesa E em um ótimo ataque que deve continuar em ascensão com uma temporada inteira de Kaepernick. Seu ataque pode tanto colocar em funcionamento seu excelente jogo terrestre como pode (ou espera-se que possa) vencer adversários pelo ar no volume de ataque. Apesar de algumas mudanças importantes (em especial, perder Goldson) ainda é provavelmente o time mais completo de toda a NFL, e talvez essa seja sua maior força: é um time que pode e possui os jogadores para jogar de qualquer forma ou com ênfase em qualquer estilo, e que tem talvez a melhor comissão técnica da liga para mexer os pauzinhos quando necessário. E no fundo, toda vez que penso que o 49ers possa ficar de fora dos playoffs (e é possível nessa NFC ridiculamente forte), eu lembro de que eles possuem um dos três melhores técnicos da NFL, um cara que ficou duas semanas (as duas últimas da temporada regular) sem usar nenhuma jogada de option ou pistol para tirá-la dos vídeos de estudo de Green Bay e surpreender o Packers nos playoffs (todo mundo viu o resultado), e que tirou do bolso um potencial Franchise QB quando ninguém esperava. O Niners tem uma das melhores defesas da NFL, pode ter um dos melhores ataques da NFL, e um dos três melhores técnicos na NFL. Mesmo com um calendário difícil, não consigo colocar esse time ganhando menos que 11 jogos. É talento demais. O 49ers passou de piada da liga a candidato ao título em dois anos, e não existe nenhum motivo para acreditar que irão parar por ai.
Avaliação pessoal minha, mas eu acredito que a falta do sopoaga será maior que a do goldson.Goldson é melhor jogador que o Sopoaga, mas um NT bom sempre faz muita falta.
ResponderExcluirLevando em conta esses 2 ultimos anos, o 49ers é realmente um time extremamente talentoso e lembrando que o kaepernick é novo e o Harbaugh serve como um bom mentor por causa de sua carreira.Então mesmo com limitação dos WR deve ter uma ataque melhor.
De jogos muito bons, ainda teve o do Packers X Cardinals(com Kurt Warner) achei ele o melhor jogo que eu assisti.
Eu só discordo porque achei que seria o caso quando Franklin saiu, e o time não perdeu nada mesmo com Sopoaga sendo totalmente desconhecido na época. Acho que vai acontecer mais do mesmo. E no texto de hoje falei mais sobre porque Niners e Seahawks são, pra mim, os dois melhores da NFL.
ExcluirAcho que no Panteão recente dos melhores jogos que eu assisti tem Niners vs Saints (inigualável), Packers vs Cards (Warner, meu herói), Broncos vs Steelers (Tebow!!), e o Super Bowl Cardinals vs Steelers (contando apenas os últimos cinco anos)