Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Alguns pontos interessantes da NFL, Parte II - Turnovers e palpites

Um bom resumo da temporada 2013 do Giants até aqui


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Ontem, nós começamos a falar de alguns pontos interessantes da temporada da NFL até aqui ao comentarmos da situação de quarterbacks do Tampa Bay Bucs e dos problemas de um time 0-3, o Vikings, que aliás vai mesmo colocar Matt Cassell de titular domingo em Londres. Nenhuma verdade nos boatos de que é um castigo pela guerra de independência dos EUA.

Hoje vamos continuar aquele post falando de outro time 0-3, seguindo depois para os palpites da semana. A idéia era falar também do Tennessee Titans, mas infelizmente o tempo não deu, então prometo falar deles terça feira (ou quinta, dependendo de como a rodada transcorrer). Se você perdeu a parte 1, só clicar aqui. Mas antes de começarmos (continuarmos?), só queria lembrar e deixar claro uma coisa que escrevi no post de ontem... 

Uma coisa extremamente importante que tem que estar na cabeça de todo mundo, antes de começarmos, é que foram apenas três semanas de temporada. Três jogos é uma amostra ridícula que dificilmente tem um valor analítico muito grande, com viéses de todos os lados: alguns times enfrentaram uma tabela mais fácil que outros, enfrentaram matchups melhores ou piores, podem ter jogado mais jogos em casa ou fora, ou mesmo podem estar sendo alvo de um enorme azar que dificilmente se manterá durante mais 13 jogos (ou, da mesma forma, alvos de uma enorme sorte que também deve regredir para a média). O retrato que estamos vendo agora (e que vamos ajudar a pintar nessa coluna) não necessariamente vai representar a temporada inteira de um time, é apenas um olhar rápido no que aconteceu até aqui para chegarmos aonde estamos e o que é ou não sustentável indo para frente. Alguns times provavelmente se manterão em um nível ou padrão semelhante até o final do ano, mas muitos outros verão seus ritmos mudarem de acordo com tabelas mais ou menos fortes, alguns times resolverão problemas que estão lhes atrasando nesse começo de ano e outros terão novas questões a serem resolvidas. Então embora estejamos usando jogos para explicar o que já se passou, tenham em mente que essa é uma amostra pequena que vai mudar com mais jogos. Três jogos não pintam uma história completa, e se você não acredita, vamos voltar um ano no tempo e ver como as coisas estavam depois da terceira semana de temporada regular? Bom, o Cardinals estava 3-0 mesmo tendo sido superado em jardas nesses três jogos (assim como o 3-0 Dolphins desse ano, btw); Jets, Chargers e Eagles lideravam suas respectivas divisões com 2-1; e Patriots, Packers, Broncos, Redskins e Colts estavam 1-2 e enfrentando todo tipo de história clichê sobre decadência ou ainda não estar pronto. So there!

Pronto! Sem mais delongas...

A grande decepção


Se tem um time na NFL que era a coisa mais próxima possível do Jason, de Sexta Feira 13, sempre foi o New York Giants. Sempre que parecia que eles estavam acabados, sempre que parecia que não tinha mais como voltar... o Giants voltava, ganhava dos melhores times e se reestabelecia como uma força a ser reconhecida. Foi assim nos seus dois títulos recentes, e toda vez que o Giants tinha um ano ruim, parecia voltar com mais força no ano seguinte. Com o tempo, todo mundo na NFL acostumou a ver o Giants ser vencido e parecer derrotado e pensar "Ops, lá vem chumbo, não queria estar no caminho deles nas próximas rodadas".

Isso que fez da derrota/massacre para o Panthers - outro time 0-2 - semana passada ainda mais assustador. Se tinha um momento para o Giants mostrar essa mesma mania irritante de nunca realmente ser derrotado, era esse: 0-2, duas semanas muito ruins, um adversário com muitos problemas, a urgência de escapar de um buraco talvez fundo demais (apesar da NFC East talvez ser a pior divisão da NFL em termos de talento de topo) e o histórico de um time que sempre parece aparecer quando todo mundo está pronto para dá-lo como morto. Mas dessa vez não só não aconteceu como foi ainda pior, um massacre por 38-0 que praticamente grita "CRISE NO TIME!" para quem olha de fora. 

Não se enganem, o Giants TEM sido um time horrível nesse começo de ano. Olhando além do record de 0-3, e mesmo considerando que a equipe enfrentou um dos juggernaults da temporada no Broncos, o Giants também tem o segundo pior saldo de pontos de toda a NFL nesse começo de temporada atrás apenas do poderoso Jaguars. Então não é como se fosse um bom time que tenha esse record por conta de uma série de pequenos azares ou fatores que levou a algumas derrotas apertadas e que escondem um time não tão ruim por trás (como Bucs, por exemplo). O que nos resta é identificar algumas das causas por trás desse começo atroz, e ver o que pode se manter ou não.

Perguntei a opinião de alguns torcedores do Giants sobre o principal responsável, e fiquei surpreso ao ver a quantidade deles que mencionou a defesa, em parte porque existe uma regra não escrita entre torcedores do  Giants que os proíbe de falar mal do Eli Manning. Parece que a defesa (e o jogo terrestre, mais citado do que todos, mas uma coisa de cada vez) acabou recebendo uma parcela de culpa pelos torcedores mesmo, então fui olhar para ver se era o caso... e não era. Não que a defesa tenha sido boa, não é o caso... mas ela também não tem sido tão ruim assim, e certamente não tão ruim ao ponto de justificar esse começo de ano. Tanto contra a corrida como contra o passe (em jardas cedidas por jogada) a defesa do Giants se encontra em um patamar mediano, 17th overall, certamente não uma força mas também nem de longe um grande problema, e nem de longe o causador de um começo de temporada que coloca a franquia como a segunda pior até aqui.

Mas a defesa apresentou um problema grave, e que pode ser um problema para o resto da temporada: a falta de pressão. Base e principal força da defesa do Giants por tanto tempo, esse ano o pass rush está simplesmente inexistente até aqui: em três jogos foram apenas três sacks, e nenhum time na NFL (com exceção do Steelers) tem sido pior criando situações de pressão, hits ou knockdowns nos QBs adversários. Considerando que a equipe possui jogadores como Jason Pierre-Paul, Mathis Kiwanuka e Justin Tuck e que apenas dois anos atrás foi justamente o pass rush desses jogadores que levou o Giants ao título, é muito difícil entender porque de repente esse grupo parou de conseguir produzir situações de pressão. É possível que alguns deles (em especial Paul) estejam lidando com questões de lesão ou mesmo que tenha sido uma aberração de amostra pequena, algo que pode mudar ao longo do ano (e é uma boa aposta inclusive, considerando o nível desses caras), mas é algo que influenciou esse começo de temporada. Mesmo que a defesa tenha conseguido manter um nível decente apesar disso, é algo que prejudica demais a equipe especialmente em conversões de terceiras descidas - não a toa o Giants é um dos times que mais cede conversões de terceiras descidas na NFL, especialmente para passes (6th no quesito). 

Mas isso sozinho não explica tamanha dificuldade no começo de ano. Para isso, precisamos olhar para o ataque, e aí a coisa fica realmente feia. E começa pela linha ofensiva: depois de um competente 2012, especialmente abrindo espaços para a corrida, tudo desandou em 2013. Até esse momento, o Giants possui a PIOR linha ofensiva da NFL, inclusive aquela que é de longe a pior em jogadas de corrida. Parte disso pode ser atribuído a lesões, em especial David Diehl perdendo os três jogos e David Bass perdendo um (e jogando machucado os outros dois), mas o impacto é notável: nenhum time abriu menos espaços para seu jogo terrestre (per Football Outsiders, o Giants tem a pior OL da NFL tanto abrindo caminho em corridas por força como em conversões curtas), apenas três times (Dolphins, Browns e Jaguars) permitiram mais sacks, e apenas cinco (incluindo ai o Colts e o Rams, com um jogo a mais) permitiram que seu QB fosse atingido mais vezes.

O principal efeito disso é sobre o jogo corrido, algo que também sempre foi um carro-chefe desse ataque. Depois de terminar em sétimo em 2012 em jardas por corrida (4.6) e quinto em DVOA pelo chão, esse ano o Giants terminou essa horrível sequência de três jogos com o terceiro ataque terrestre menos produtivo da NFL (2.7, que o Rams ultrapassou depois das suas incríveis 1 Y/C de ontem), um dos motivos pelos quais as campanhas da equipe são as terceiras com menor duração da liga em tempo (1:57) e a que envolve MENOS jogadas em toda a NFL (4.6). Parte disso se deveu ao problemas do time com RBs: Ahmad Bradshaw saiu nessa free agency porque o time queria ficar mais jovem e dar a bola para sua nova dupla de Andre Brown e David Wilson, mas Brown se machucou e foi parar no IR e, depois que Wilson sofreu dois fumbles na estréia da equipe, Tom Coughlin perdeu completamente a confiança no garoto, então jogadores que nunca deveriam encostar na bola como Darrel Scott e Brandon Jacobs estão tendo que (tentar) produzir para a equipe - uma situação que só deve piorar agora que Henry Hynoski, FB, está fora da temporada. E embora o ataque aéreo tenha produzido sólidas 8 jardas por passe, oitava melhor marca da temporada, mesmo ele tem sido bastante ineficiente por conta do alto número de sacks e da dificuldade em converter terceiras descidas, em parte por causa da pressão sofrida por Eli. Não são os números de um time que pretende competir na temporada, e embora alguns devam melhorar um pouco com a volta de Diehl, ainda tem muitos problemas a serem resolvidos.

E agora chegamos ao grande problema do Giants, bem como uma possível fonte de algum otimismo: turnovers. A equipe tem até aqui na temporada um salto horrível de -9 em turnovers, segunda pior marca da NFL. Nesse momento, o Giants é o time que mais cometeu turnovers em toda a temporada, com 13, e o terceiro colocado (San Francisco 49ers, que tem um jogo a mais) está mais próximo da média da NFL do que de alcançar o Giants no quesito. Esses 13 turnovers são motivados por dois fatores: Eli Manning lidera a liga com 8 interceptações em três jogos (!!!), ou seja, 7% de seus passes são interceptados; e o Giants é o terceiro time da liga recuperando fumbles com 22%, sendo o pior (0%) em fumbles no seu ataque. Esse é possivelmente o maior motivador desse abismal começo de temporada do Giants, mas é também a causa para otimismo: é impossível que o time continue produzindo turnovers nesse ritmo. Desde 1990, apenas outros cinco times começaram a temporada com 13 turnovers em três jogos (quatro deles 0-3, um 1-2), incluindo um time do Saints de 1997 que cometeu incríveis 19 (!!!). Depois de cometerem em média 4.7 turnovers por jogo nos três primeiros da temporada, esses cinco times cometeram apenas 2 turnovers em média por jogo nos 13 restantes da temporada, ainda acima da média da liga que gira em torno de 1.8 e 1.9, mas bastante próxima.

Isso é uma forma de dizer que o Giants não vai continuar cuspindo a bola nesse ritmo alucinado durante a temporada inteira, é intrinsecamente possível. Para começar, é impossível que o Giants continue recuperando apenas 22% de seus fumbles, especialmente os 0% que recuperou quando estava com a bola até aqui - esse é um número que depende de sorte e não habilidade, e que tende a 50% para qualquer time. Da mesma forma, Eli Manning não vai continuar tendo 7% de seus passes interceptados: usando o excelente Pro-Football Reference, eu pesquisei todos os QBs desde 1980 a começarem a temporada com oito interceptações ou mais em três jogos. O resultado me deu 13 QBs além de 2013 Eli Manning, e embora seja interessante que nenhum deles aconteceu depois de 2005 (quando modificaram as regras para favorecer QBs e o jogo aéreo), vale ressaltar alguns pontos interessantes. O primeiro e de longe mais interessante é que Eli, Peyton e Archie Manning aparecem nessa lista, cada um uma vez. O segundo é que nenhum deles, tirando Steve DeBerg que foi para o banco depois disso, manteve esse abismal número de 7% de Int% ao longo da temporada, embora a maior parte deles (tirando Dan Foults duas vezes e Jim Kelly uma) tenham tido anos ruins e/ou acabaram indo parar no banco. O que também é um consolo, significa que é extremamente improvável que Eli continue lançando tantas interceptações - especialmente nessa era onde os QBs possuem muito mais vantagens.

Em resumo, é fácil olhar para o Giants e identificar dezenas de problemas, algumas solucionáveis e outras nem tanto. Mas considerando o enorme impacto que os turnovers causaram nessa equipe e o ritmo histórico no qual o time tem perdido a bola, é possível imaginar que muita coisa ruim para a equipe foi fruto de uma anomalia que dificilmente vá se repetir. É impossível que o time continue recuperando tão poucos fumbles e Eli Manning continue transformando 7% de seus passes em interceptacões (especialmente com as regras a seu favor como são hoje). Isso significa que o problema com os turnovers deve nivelar pelo menos um pouco e que isso fará o Giants voltar a ser bom? Também não. O time tem diversos outros problemas (principalmente seu jogo terrestre, falta de pash rush, e de longe mais importante sua linha ofensiva que tem transformado Eli Manning num saco de pancadas), alguns deles que podem ser resolvidos com o tempo, alguns que não. Não da para saber a essa altura do ano. O que eu sei é que o time não vai conseguir manter esse nível de turnovers por tanto tempo, e isso terá seus impactos em campo.


Palpites para a semana 4 da NFL (condensado)

Week 3 Record: 9-7
Week 3 contra o spread: 6-10


RAMS over Niners
Contra o spread: RAMS (+3) over Niners
Não me incomodo nem um pouco de ter errado esse palpite. O Niners precisava urgente de uma vitória contundente e conseguiu isso contra um fraco time do Rams. Mas mais do que isso, fiquei feliz de ver que o Niners mudou seu plano de jogo dos dois lados da bola para melhor se adaptar aos desfalques da equipe. Boa vitória, 11 dias de descanso para colocar todo mundo saudável.


Steelers over VIKINGS
Contra o spread: Steelers (-3) over VIKINGS
Se esse jogo fosse em Minnesota, no Superdome, eu apostaria no Vikings mesmo agora que Matt Cassell é o titular. Mas o jogo é em Londres, e bem... Matt Cassell!! O jogo ser em Londres (não é uma coincidência que os times que jogam em Londres esse ano são Vikings e Jaguars, as duas maiores ameaças de realocação) tira a vantagem do mando de campo da equipe e o Steelers deu sinal de vida semana passada contra um bom time do Bears. Btw, são os dois piores pass rushes da temporada se enfrentando em um jogo, o que favorece o time capaz de passar a bola, e se Jared Allen e companhia não conseguirem chegar em Big Ben, não vejo motivo para ele não destroçar essa secundária porosa com seu braço. Btw, os boatos de que esse jogo ser em Londres quase causou um incidente internacional que terminou com o Obama negando publicamente qualquer vingança pela Guerra de Independência são falsos.


Ravens over BILLS
Contra o spread: Ravens (-3) over BILLS
Eu ainda não estou convencido no Ravens como um bom time de futebol americano principalmente porque o ataque deles tem secretamente sido muito ruim esse ano sem nada que lembre um jogo terrestre. Ainda assim, o Bills acabou de ser humilhado pelo Jets e Geno Smith, e a defesa do Ravens está vindicando minha previsão de que seria ainda melhor que a do ano passado (se esquecermos o jogo contra o Broncos, pelo menos). Não consigo ir de EJ Manuel aqui.


Bengals over BROWNS
Contra o spread: BROWNS (+4) over Bengals
Não estou pronto para entrar na Bryan Hoyer bandwagon depois de um bom jogo contra uma defesa horrível. Não tem a menor chance que os céus se abram novamente e o Bengals consiga tantas jogadas sortudas a seu favor como na vitória contra o Packers semana passada... mas contra o Browns não deve precisar. Se não acredita pense bem no que a diretoria do Browns que acabou de trocar seu RB titular e procura urgente um Franchise QB no próximo draft vai pensar se o time ganhar um segundo jogo e sair do Teddy Bridgewater Watch. Mas esse jogo está com cara de ser apertado, e o Bengals adora esses jogos apertados decididos por três pontos, então vou aproveitar os pontos.


Colts over JAGUARS
Contra o spread: JAGUARS (+8.5) over Colts
Sim, estou escolhendo o Jaguars para cobrir um time que acabou de ganhar de 27-7 do San Francisco em SF. Porque? Bom, principalmente porque esse jogo do Colts foi um pouco bom demais para um time que mal ganha do Raiders e perdeu do Dolphins, ao ponto de que me parece um pouco fora da curva. Além disso, Bradshaw não vai jogar (o que torna mais difícil para o Colts administrar vantagem no final com corridas) e Justin Blackmon voltou de lesão (vale olhar no seu fantasy), o que aumenta o potencial de um TD em garbage time aqui mesmo sendo, bem, o Jaguars.


Seattle over HOUSTON
Contra o spread: Seattle (-2.5) over HOUSTON
Seattle disputa com Denver o título de "melhor time da NFL no momento", enfrenta um Texans com seus dois melhores WRs machucados e que tomou uma surra do Ravens semana passada, e a linha é de apenas 2.5 pontos?! Eu confio na defesa do Texans, mas não confio no ataque, e eu confio que o Seahawks é um bom time de futebol americano... embora fora de casa quase tenha perdido do PAnthers. Ok, vamos em frente, eles definitivamente tem o benefício da dúvida.


BUCS over Cardinals
Contra o spread: BUCS (-2.5) over Cardinals
Escrevi ontem sobre o Bucs, então vocês sabem o que eu penso de Mike Glennon. Mas o que eu realmente acho desse jogo é que, em casa, o Bucs vai vencer uma briga de foice de placar baixo com alguns bons passes longos do calouro, todo mundo vai achar que o time está pronto, dai eles vão tomar o choque de realidade quando as defesas se prepararem para um QB que não consegue tomar decisões sob pressão ou se movimentar no pocket (de acordo com o scouting report da ESPN). Mas eu confio em um bom jogo de Doug Martin e da defesa.


LIONS over Bears
Contra o spread: LIONS (-2.5) over Bears
O Bears é um bom time, isso eu tenho certeza. Mas seu record de 3-0, com dois jogos decididos por uma posse de bola e duas partidas contra times 0-3, engana um pouco para mim. O Bears é bom, mas não é elite. E o Lions é um time um pouco inferior, mas que joga em casa e que representa um missmatch em diversos aspectos. Vou confiar na minha intuição pela última vez na temporada (se der errado, claro).


CHIEFS over Giants
Contra o spread: CHIEFS (-4) over Giants
Por tudo que eu escrevi acima, e pelo fato de que o Giants tem a pior OL da NFL e enfrenta o lider em sacks da liga, em um Arrowhead Stadium lotado e barulhento contra um time secretamente muito bom do Chiefs. Eu sei que os turnovers do Giants vão normalizar, mas é um matchup ruim para isso acontecer contra um time que ainda não cometeu nenhum na temporada. Não consigo apostar no Giants nesse momento, especialmente sem três linemen.


TITANS over Jets
Contra o spread: Jets (+3.5) over TITANS
O Jets é um time razoável e o  Titans tem tido alguma sorte esse ano com turnovers que vai normalizar cedo ou tarde e essa poderia ser uma pick suspeita... se o jogo fosse em NY. Em Nashville, e com Geno Smith continuando a tradição de interceptações da franquia contra uma defesa surpreendentemente boa, eu não me sinto confortável escolhendo o Jets. Mas vai ser um jogo feio e de placar baixo, o que favorece o Jets e esse spread. Por isso Titans ganha, mas acho que o Jets cobre.


Cowboys over CHARGERS
Contra o spread: Cowboys (-2) over CHARGERS
Mudei essa escolha cinco vezes desde que vi que Miles Austin não joga. Fico com Cowboys porque a defesa tem se mostrado muito boa pressionando o QB nesse começo de ano e o Chargers deve ter dois desfalques na linha ofensiva. Matchup ruim.


Redskins over RAIDERS
Contra o spread: Redskins (-2.5) over RAIDERS
Dois times ruins de futebol americano se enfrentando. Porque ir de Redskins fora de casa? Porque eu acho o Raiders pior, porque Terrelle Pryor vem de uma concussão e pode perder o jogo, e porque RG3 uma hora vai ter um bom jogo para todo mundo overreact "YES, 2012 RG3 está de volta!!". Eu diria mais, mas cada letra a mais gasta nesse jogo me deprime.


BRONCOS over Eagles
Contra o spread: BRONCOS (-10.5) over Eagles
Esse tem meu voto para "primeiro tempo mais divertido da rodada até o Broncos abrir 20 pontos de vantagem". O melhor ataque da NFL contra o ataque mais rápido e criativo da liga? Estou espumando só de imaginar. E sim, não tem a menor chance da horrível defesa do Eagles segurar Peyton Manning na altitude de Denver.


FALCONS over Patriots
Contra o spread: FALCONS (-2) over Patriots
Patriots convenceu semana passada contra o incrivelmente disfuncional Bucs, mas não convenceu na temporada, e esse jogo é obrigação de vitória para o Falcons, jogando em casa, em seu estádio fechado. Eu não fico realmente animado escolhendo essa defesa horrível do Falcons contra Tom Brady, mas ainda assim, em casa e um must-win para o Falcons é suficiente para justificar.


SAINTS over Dolphins
Contra o spread: SAINTS (-6.5) over Dolphins
Por quatro motivos: 1) O Dolphins ganhou os seus três primeiros jogos mesmo tendo menos jardas em todos -  o último time a fazer isso foi o Cardinals de 2012, que começou 4-0 e terminou 1-11; 2) Por mais que eu esteja gostando do que vejo em Ryan Tannehill, ainda preciso ver ele em um estádio fechado; 3) O melhor jogador de Miami, Cameron Wake, não vai jogar; 4) O Dolphins tem um bom time mas não é montado para jogar atrás no placar ofensivamente. Junte tudo isso, e eu fico com o bom-mas-um-tanto-overrated Saints.


2013' Record: 20-12
2013' contra o spread: 14-18

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Alguns pontos interessantes da NFL, Parte I - Questões de QB

Método Schiano de colocar jogadores no banco


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Essa terça feira, quando soltamos nosso tradicional "Pontos importantes da semana 3", eu me foquei em duas questões que vinham de fora dos gramados: a troca de Trent Richardson envolvendo Colts e Browns, e os problemas de Aldon Smith e Von Miller com a NFL. A idéia era incluir mais pontos, mas esses acabaram ganhando tanto destaque e ficando tão grandes que acabaram sendo os únicos da semana. Então agora, quinta feira - nosso dia de análises - vamos aproveitar para dar um giro por alguns times da NFL que estão atraindo algum interesse e que ainda não foram contemplados muito por aqui nas últimas semanas. Eu pedi aos meus seguidores no twitter (www.twitter.com/tmwarning, para quem tiver interesse) que comentassem quais times ou aspectos da NFL até o momento eles gostariam de uma análise mais aprofundada. E enquanto ainda é cedo demais na temporada para fazer qualquer tipo de análise profunda ou tirar grandes conclusões, achei que valia a pena dedicar algum espaço a esses cinco pontos de interesse que as pessoas levantaram. Os primeiros dois vem hoje, e os últimos dois amanhã junto dos palpites da rodada, e o quinto vai ficar para quinta que vem porque deve ganhar um post só dele. 

Uma coisa extremamente importante que tem que estar na cabeça de todo mundo, antes de começarmos, é que foram apenas três semanas de temporada. Três jogos é uma amostra ridícula que dificilmente tem um valor analítico muito grande, com viéses de todos os lados: alguns times enfrentaram uma tabela mais fácil que outros, enfrentaram matchups melhores ou piores, podem ter jogado mais jogos em casa ou fora, ou mesmo podem estar sendo alvo de um enorme azar que dificilmente se manterá durante mais 13 jogos (ou, da mesma forma, alvos de uma enorme sorte que também deve regredir para a média). O retrato que estamos vendo agora (e que vamos ajudar a pintar nessa coluna) não necessariamente vai representar a temporada inteira de um time, é apenas um olhar rápido no que aconteceu até aqui para chegarmos aonde estamos e o que é ou não sustentável indo para frente. Alguns times provavelmente se manterão em um nível ou padrão semelhante até o final do ano, mas muitos outros verão seus ritmos mudarem de acordo com tabelas mais ou menos fortes, alguns times resolverão problemas que estão lhes atrasando nesse começo de ano e outros terão novas questões a serem resolvidas. Então embora estejamos usando jogos para explicar o que já se passou, tenham em mente que essa é uma amostra pequena que vai mudar com mais jogos. Três jogos não pintam uma história completa, e se você não acredita, vamos voltar um ano no tempo e ver como as coisas estavam depois da terceira semana de temporada regular? Bom, o Cardinals estava 3-0 mesmo tendo sido superado em jardas nesses três jogos (assim como o 3-0 Dolphins desse ano, btw); Jets, Chargers e Eagles lideravam suas respectivas divisões com 2-1; e Patriots, Packers, Broncos, Redskins e Colts estavam 1-2 e enfrentando todo tipo de história clichê sobre decadência ou ainda não estar pronto. So there!

Trocando o quarterback


Eu já tinha escrito algumas vezes, em especial aqui, mas poucas novelas estão mais cansativas e prejudiciais ao seu próprio time quando aquela envolvendo Josh Freeman, QB de Tampa Bay, e Greg Schiano, o técnico da franquia e ganhador da votação de "Técnico para quem eu menos iria querer jogar" (não, sério). Não vou retomar os detalhes porque eles são repetitivos e já foram explorados aqui, mas basicamente, Schiano já tinha começado desde o ano passado uma campanha pela mídia para reclamar e criticar sempre que podia Freeman, vazando detalhes para a imprensa, reclamando publicamente de seu QB e simplesmente fazendo todo o possível para acabar com o moral e a confiança do jogador. E quando Freeman, no último ano de seu contrato, começou mal a temporada 2013, era apenas uma questão de tempo para o garoto ir parar no banco de reservas - o que finalmente aconteceu quarta de manhã. As mídias sociais logo se encheram de gente criticando ou apoiando Schiano, então antes de tirar alguma conclusão, vamos dar uma olhada na situação que o Bucs, Freeman e Schiano se encontravam.

Deixando de lado por um instante o óbvio problema pessoal de Schiano com o QB e os efeitos que isso pode ter tido sofre Freeman dentro de campo, o fato é que o camisa 5 não tem feito nada dentro de campo para justificar manter sua posição. Foram apenas três jogos e contra três defesas entre "decentes" e "boas" (Jets, Patriots e Saints), mas sua performance tem deixado a desejar: 45.7% de aproveitamento nos passes, 2 TDs e 3 interceptações, 6.1 jardas por passe e um QBR de 26.3. Para efeito de comparação, esses números são piores que os de Tim Tebow na sua carreira: em 16 jogos são 17 TDs, 9 interceptacões, 47.9% de aproveitamento nos passes e 6.9 jardas por passe (o QBR de Tebow é baixo porque a estatística é limitada e não considera suas intervenções sobrenaturais). Embora seja apenas três jogos, Freeman falhou ao liderar seu ataque a mais do que 20 pontos em um jogo sequer, e a porcentagem de campanhas ofensivas da equipe terminando em pontos (14.3%) é bem próxima das campanhas ofensivas terminadas em turnover (11.9%). Nesse momento, Freeman possui o quinto pior QBR entre os 34 quarterbacks qualificados. Então não é como se ele estivesse em uma sólida campanha e estivesse indo para o banco por conta de problemas com seu técnico, ele est á bem mal em campo também.

É possível identificar alguns aspectos além desses para justificar essa queda de rendimento em Freeman? Alguns. O jogo terrestre piorou em relação ao ano passado, caindo de 4.5 jardas por corrida para apenas 4.0 YPC, e a equipe não possui um bom alvo de checkdown com um tight end ou um bom slot receiver para aumentar a variedade de jogadas. Além disso, a equipe está sem seu melhor lineman em Carl Nicks, que perdeu os dois primeiros jogos com uma lesão no pé (e jogou limitado o outro), e Freeman sempre teve muitos problemas lidando com a pressão. Mas olhando mais de perto os dados, eles não justificam. Nicks faz muita falta, mas a linha ofensiva ainda tem sido acima da média (12th overall, per Football Outsiders) e os problemas de Freeman não estão acontecendo apenas quando pressionado. Ele tem tido um aproveitamento horrível em passes curtos, e embora essa nunca tenha sido realmente sua praia, dessa vez ele não tem sido capaz de compensar com suas bombas. Depois de completar 50% de seus passes acima de 15 jardas em 2012, esse ano ele completou apenas 2 de 14 dessas bolas, o que naturalmente destruiu seu aproveitamento e suas jardas por passe. E isso tendo uma dupla de WRs de extrema velocidade e que sempre foram muito proficientes nessas situacões em Vincent Jackson e Mike Williams, e vendo vídeos você acha diversas situações onde um deles esteve livre e o passe simplesmente não foi preciso o suficiente. Freeman nunca foi um QB muito preciso, completando menos de 60% dos seus passes na carreira, mas sempre compensou isso com longos ganhos e uma boa média de 7.8 e 7 jardas por passe nos seus dois melhores anos de titular (mais ou menos como Cam Newton, por exemplo), só que quando ele passa a errar os arremessos longos, ele perde a sua principal arma e fica apenas com suas fraquezas. E é isso que está acabando com seu 2013 até aqui. Claro, é possível que um QB com um bom histórico como o de Freeman possa estar sendo prejudicado pela situação com seu técnico e tudo mais, mas a evidência dentro de campo é mais do que suficiente para justificar a decisão do treinador.

Para o Bucs, a mudança de QB faz todo o sentido. Independente do quanto vocês creditem essa grande piora de Freeman nos problemas com Schiano, a franquia claramente não vê Freeman como o seu QB do futuro e pretende se livrar dele ao final do ano, quando acaba seu contrato. Considerando que da forma como está jogando Freeman não vai conseguir mudar o rumo do time para 2013 e recolocá-lo na briga por playoffs, e que ele deve sair do time até o final do ano, era a coisa lógica a ser feita. O Bucs é um time montado para ganhar o quanto antes e que investiu pesado na sua defesa com contratos milionários para Darrelle Revis e Dashon Goldson, então precisa urgente de um bom QB para isso. A entrada de Mike Glennon de quarterback da ao time a chance de avaliar o que possui atualmente no seu elenco por quase uma temporada inteira antes de tomar a decisão de como lidar com isso no futuro. A temporada ainda não está perdida mas está delicada, e Freeman não seria a solução, então Glennon era a última opção para tentar reverter o 0-3... e se isso não acontecer, pelo menos eles sabem se o garoto pode ser a solução para os próximos anos ou se precisam ir em busca de seu QB em outro lugar, seja no draft ou oferecendo um caminhão de dinheiro para o Jay Cutler na free agency. Era de fato a melhor solução nesse momento. Além disso, eu também gostei do timing da troca, uma semana antes do bye. Glennon vai ter um jogo de titular para mostrar como se comporta em campo, e depois a comissão técnica vai ter duas semanas para modificar o playbook, trabalhar suas forças e corrigir suas fraquezas dependendo do que ele mostrar nesse seu primeiro jogo, então isso foi inteligente. Se Mike Glennon vai funcionar ou não, eu não sei: essa era uma classe notavelmente fraca de QBs e Glennon caiu até a terceira rodada, o que quer dizer alguma coisa. A vantagem do garoto é que desde o colegial ele já jogava em esquemas ofensivos semelhantes aos profissionais, o que lhe da uma experiência, mas vendo vídeos dele na NCAA é fácil de ver porque muitos questionam sua capacidade de se adaptar a velocidade do jogo profissional. Mas pelo menos assim o time sabe o que tem em mãos e pode tomar sua decis ão para 2014.

Para Freeman, isso significa que seu último snap com o time provavelmente já aconteceu e que ele deve mudar de ares ano que vem, ou mesmo antes, via uma troca. O Bucs já deixou claro que está aberto a ouvir propostas de outros times, embora tenha dito que não iria aceitar "qualquer coisa" por ele. O argumento é que o time ainda iria receber uma escolha de draft compensatória caso perdesse seu QB na free agency, mas é um argumento fraco: a escolha deve ser de sexta ou sétima rodada e só viria em 2015, então não é como se precisasse de muito para oferecer uma recompensa maior. O problema mesmo é que são poucos os times que teriam interesse no jogador. Jaguars e Browns apareceram como possíveis nomes, mas nenhum dos dois faz sentido: Jags está um lixo e  vindo com força para conseguir a primeira escolha e Teddy Bridgewater, e a diretoria tem todos os motivos para querer uma solução definitiva para seu problema, não um remendo temporário, então não tem porque trocar por um QB de 25 anos; e o Browns seria uma opção viável uma semana atrás quando tinha um bom time e só precisava urgente de um QB, mas a troca de Richarson indica que a franquia claramente vai apostar no próximo draft para achar seu titular do futuro e nova cara do ataque e que está entregando essa temporada para Deus, então não tem porque trocar por um QB nesse momento. O que sobra além da free agency? Já chegaremos lá.

Em resumo, eu achei que a mudança de QB era o movimento lógico para o Bucs, que não tinha mais Freeman nos seus planos e precisava descobrir o que tinha em Glennon para decidir sua trajetória para 2014. O que eu não gostei foi a forma como Schiano conduziu todo esse carnaval, para a imprensa e seu próprio time, e que pode ou não ter afetado negativamente Freeman e levado a esse começo abismal e praticamente um ano jogado fora. Vale citar também que o time poderia estar tranquilamente 2-1 se não fossem duas jogadas, ambas não ofensivas e nas quais Freeman não teve qualquer impacto, e que mudaram resultados nos segundos finais dos dois primeiros jogos do time... e não tem a menor chance de Freeman ir para o banco se estivessem 2-1 e não 0-3. Então tem isso também.

Quando o melhor jogador da NFL não é o suficiente


O Vikings era um dos maiores candidatos possíveis a regressão em 2013, como eu escrevi no preview da equipe. O record de 10-6 de 2012 enganava um pouco, já que a equipe tinha ido 9-7 em sua Pythagorean Expectation e terminado o ano com um insustentável 5-1 em jogos decididos por uma posse de bola. Além disso, essa campanha tinha vindo nas costas de uma das melhores temporadas de um RB da história da NFL por Adrian Peterson, algo que era improvável que se repetisse. Por isso e mais a perda de Percy Harvin, eu esperava que Minnesota sofresse com a natural regressão de um time que chegou longe demais um ano antes, e por isso não foi nenhuma surpresa quando Lions e Bears (dois bons times) derrotaram Minnesota. Mas quando o Browns o fez, derrubando o Vikings a 0-3 e destruindo muitos dos survivals pelo caminho, todo mundo entrou em pânico.

As atenções logo caíram sobre o (muitas vezes merecidamente) criticado Christian Ponder, especialmente depois que seu reserva Matt Cassell treinou entre os titulares no começo da semana (supostamente por causa de uma lesão com Ponder). Ponder está começando muito mal a temporada, com 5 interceptações e dois fumbles (contra apenas dois TDs aéreos, embora tenha dois correndo) e um QBR de 43.2, e considerando todas as críticas (merecidas) que recebeu em 2012 como sendo o elo fraco desse ataque e um "limitador" do potencial do time com seu braço fraco, logo foi apontado como o principal causador desse começo ruim da equipe e a peça que deveria ser movida para o time engrenar. E embora o ataque tenha seus problemas, e Ponder esteja bem no meio deles, o fato é que o ataque não é o maior problema do time nesse começo de temporada. É a defesa.

Apesar da temporada estar apenas no começo, o ataque do Vikings tem desempenhado seu papel de anotar pontos. Passando por enquanto (chegaremos a eles) por cima dos problemas do Vikings ofensivamente essa temporada, o fato é que no futebol americano ganha quem anota mais pontos, e o ataque do Vikings tem feito seu papel: são 81 pontos em três jogos totais, sétima melhor marca da NFL, incluindo jogos de 30 pontos contra Bears e 27 contra Browns (duas boas defesas). No entanto, você também tem que impedir o adversários de anotar os pontos deles, o que é o problema para esse time: apenas Redskins e Giants cederam mais pontos que os 96 de Minnesota. Olhando mais fundo, os problemas continuam: o Vikings também foi o quarto time que mais cedeu jardas na temporada e o terceiro que mais cedeu 1st downs. Eles permitiram viradas na campanha final de dois jogos consecutivos contra Jay Cutler e Brian freaking Hoyer. Então sim, é importante ressaltar que a defesa do Vikings é um fator ainda mais importante que o ataque para esse começo.

Um dos motivos que causam esses problemas é a falta da defesa terrestre. Faz muito tempo que a linha defensiva do Vikings, a famosa Williams Wall, é uma força a ser reconhecida contra jogos terrestres. Não só isso tem um bom impacto contra as corridas adversárias, como permitia a defesa de Minnesota uma flexibilidade bem grande, usando mais LBs em blitz ou colocando mais DBs para proteger contra o passe e reforçando outros setores defensivos. Em 2012 essa defesa terrestre foi a sexta melhor da liga em jardas por corrida, cedendo apenas 4.0, e em 2011 foi a quinta melhor com 3.9. Esse começo de ano, Kevin Williams está lidando com lesões incorridas durante a pré-temporada e Shariff Floyd - que deveria funcionar como um jogador de rotação para dar descanso aos titulares - ainda não se achou dentro de campo, o que criou diversos problemas na linha defensiva da equipe, que viu as jardas terrestres por corrida subirem para 4.4, nona pior marca da NFL. Observando alguns vídeos dos últimos dois jogos pude notar também que isso levou a comissão técnica a usar formações mais conservadores contra o jogo terrestre, tirando a vantagem que a equipe usava de direcionar jogadores extras para a secundária... o que por sua vez resultou em um outro aumento nas jardas aéreas, de um nível top12 em 2012 para um oitavo-pior-da-NFL 6.8 jardas por jogada de passe. Então quando sua defesa terrestre E sua defesa aérea estão cedendo consideravelmente mais jardas do que antes, você tem um problema.

Talvez mais preocupante que isso seja a absoluta e total falta de pass rush por parte do time. Mesmo tendo jogos contra uma OL que sempre é fraca (Bears, embora esteja melhor esse ano) e uma que perdeu seus dois tackles titulares (Lions), a equipe gerou apenas quatro sacks nessa temporada, terceiro pior time depois dos também 0-3 Giants e Steelers. E não é como se estivessem compensando com outras pressões, ainda é o quarto pior time em hits (no QB adversário) e terceiro em knockdowns. Essa falta de pressão em parte acontece de um maior conservadorismo quanto ao jogo terrestre em termos de blitzes, como já foi dito, mas também vem de uma enorme incapacidade da defesa de ocupar bloqueadores e chegar aos QBs. Jared Allen está sofrendo as dobras de sempre, mas a defesa não consegue manter esses bloqueadores longe dele com seus DTs ou fazer as defesas pagarem, o que está dando aos adversários tempo de sobra para lançar contra uma secundária que já é suspeita.

Claro, isso não significa que a defesa do Vikings é uma atrocidade que está atrasando um ataque muito bom. Na verdade, o ataque tem uma boa parcela de culpa também: a defesa do Vikings tem começado suas campanhas defensivas nas PIORES posições de campo de toda a NFL, cortesia dos turnovers e dos 3-and-outs do ataque, começando defendendo em média na linha de 36 jardas. Também vale citar que a defesa do Vikings tem sido uma das melhores da NFL forçando turnovers com 10 (em parte por uma boa sorte recuperando fumbles), e mesmo assim a equipe tem um saldo de zero porque também entregou a bola 10 vezes no ataque (apesar do azar com fumbles).

Ofensivamente, antes de tirar conclusões, eu procurei alguns vídeos para ter alguma base para comparar com os números. E elas fazem todo o sentido do mundo. Por exemplo, a stat line do Christian Ponder está muito ruim esse ano: 59% de aproveitamento, 2TDs contra 5 INTs (2 TD terrestres, mas 2 fumbles), 10 sacks sofridos (em parte porque está tentando fazer mais jogadas com as pernas esse ano) e 43 QBR. Mas fiquei surpreso ao ver que mesmo com esse aproveitamento pífio, ele ainda tem 6.9 jardas por passe, o que é de longe a melhor marca da sua carreira. Da mesma forma, não é agradável ver Adrian Peterson com apenas 4.1 jardas por corrida (se desconsiderarmos aquela de 78 que abriu a temporada, são 3.0 YPC) depois de ter 6.0 em 2012. Observando os vídeos, a explicação salta aos olhos: as defesas estão direcionando todos seus esforços para a linha de scrimmage tentando parar Peterson, enfrentando sete, oito e até mesmo algumas vezes nove homens pelo meio tirando seus espaços. A consequência óbvia com isso é que ofereceria novos espaços na secundária, onde o QB seria capaz de explorar com seus passes. A questão é que ninguém realmente está preocupado com o braço de Ponder, que é fraco e não tem boa precisão em bolas que viajam mais tempo. As defesas tem pressionado os WRs para tirar os passes curtos e deixado muito espaço em jogadas mais intermediárias ou longas, confiando na incapacidade do QB de acertar essas bolas. E embora Ponder tenha acertado algumas delas para longos ganhos, tem errado muitas outras de forma que nenhuma defesa vai pensar duas vezes em continuar com essa estratégia desde que isso contenha o atual MVP da liga.

E embora o ataque tenha feito um trabalho decente marcando pontos, eles escondem outro problema. Esse bom número de pontos veio em parte de um alto número de posses de bola, especialmente gerados por turnovers em boas posições de campo pela defesa (que enfrentou admitidamente três ataques famosos por não cuidarem bem da bola). Na verdade, na hora de converter posses de bola em pontos, eles são medíocres, convertendo apenas 33.3% das suas campanhas, próximo da média da liga (32%). E enquanto isso acontece, eles são o terceiro time que mais cospe a posse de bola, cometendo turnovers em 23.4% das suas campanhas ofensivas, quase o dobro da média da NFL (12%) - o que obviamente é um grande problema, que gera péssimas posições de campo para a defesa. O Vikings também tem se mostrado muito dependente desses ganhos longos nessa temporada e muito sujeito a 3-and-outs: sua campanha média tem apenas 5.3 jogadas (5th pior da liga) e controla o relógio por apenas 2;09 segundos (também 5th pior).

Esse é o motivo pelo qual eu apoiava que o time trocasse uma escolha de sexta rodada por Josh Freeman - e, a esse ponto, é o único time que faria sentido trocar pelo futuro ex-QB do Bucs. O time e a mídia parece cada vez menos crente que Ponder é o QB para jogar nesse time, especialmente pois suas características não batem com as de Peterson e do recém-contratado Greg Jennings. Se Christian Ponder fosse um QB individualmente espetacular, eu não iria realmente sugerir que o trocassem por outro só por se adequar melhor as características da equipe - o ideal era achar uma harmonia entre ambos. Mas considerando que Ponder não é um grande QB de NFL e não tem nenhuma solução imediata que trouxesse um grande QB (Cassell não é um bom QB), porque não trazer Freeman? Não digo que ele seria um Franchise QB ou mesmo a solução a longo prazo da franquia, mas se você tem um once-in-a-generation RB em torno do qual você pode montar seu ataque, mas que não está conseguindo porque seu QB medíocre não tem as características necessárias, porque não apostar em um jogador que tem e que não oferece ao seu time um problema de longo prazo, já que ele é free agent ao final do ano?

Você trás um jogador que casaria melhor com Jennings e com a forma como as defesas estão se preparando para Adrian Peterson e faz o teste, ve se isso resolve os problemas ofensivos e solta melhor o time, e dai tira suas conclusões sobre quais as verdadeiras necessidades da equipe. Se concluírem que Freeman não serve e precisam de um Franchise QB nesse draft profundo, não é diferente da conclusão que tirariam com Ponder ou Cassell, e é só não renovar com Josh. E se a troca de cenário e a fuga de perto do Greg Schianno trouxer de volta o ótimo JAAAAAASH Freeman de 2010 e de 2012 pré-lesão do Carl Nicks, você pode conseguir um sólido QB que tome conta da bola, faça os arremessos longos para manter as defesas honestas, e de vários handoffs  para Peterson, fazendo seu esquema funcionar e podendo usar o draft para resolver sua defesa. Você pode vencer na NFL se tiver um QB competente e Adrian Peterson, e Freeman pode ser esse QB. Qual é a parte negativa dessa experiência? Se tem um time hoje montado e com a superestrela para fazer seu ataque funcionar com um QB com as características certas, hoje, é o Vikings. E Ponder não está ajudando. Qual o problema em rolar o dado com um novo jogador e ver no que da?

Claro, eles não vão fazer isso porque isso significa admitir o erro que todo mundo já sabe que foi pegar Christian Ponder com uma 12th pick. Ponder ainda tem mais um ano de contrato garantido que iria contar contra o teto salarial da equipe salvo em caso de troca, que dificilmente vai acontecer. Ainda assim, a equipe precisa ir atrás de Freeman para descobrir o quanto esse ataque pode render com um QB com as características certas, até para concluir se isso é suficiente ou se precisam mesmo de um cara em um nível acima. Mesmo com o lotado draft de 2014 vindo ai para oferecer quarterbacks como se fosse a Oprah, essa não deveria ser a prioridade para o Vikings por um simples motivo: você tem uma das maiores comodidades da história da NFL em Adrian Peterson, e RBs hoje em dia tem uma vida útil curta e que costuma apresentar uma decadência bem repentina. A não ser que seja um QB que esteja pronto como Andrew Luck ou RG3 de já entrar e liderar um ataque profissional por 16 jogos mais playoffs, a equipe precisa pensar em extrair o máximo possível enquanto podem do seu MVP antes que ele deixe de ser essa força da natureza. Por isso, antes de se comprometerem com um novo QB no draft, eles precisam tentar a outra alternativa que pode oferecer uma solução imediata, ir em busca de um quarterback mais adequado ao time como Freeman. Se existe um jogador na NFL hoje que precisa de um novo começo é Freeman. E se existe um jogador na NFL hoje que precisa de um bom QB para deix á-lo livre para fazer história, é Adrian Peterson.

Palpite para o jogo de quinta a noite


RAMS over Niners
Contra o spread: RAMS (+3) over Niners
O jogo contra o Packers foi muito bom, o jogo contra o Seattle foi ruim mas explicável (e não tão one-sided como o resultado indica)... mas o jogo contra o Colts, uma derrota por 20 pontos em casa contra um time sólido mas não tão bom assim, levanta questões sobre se esse time é realmente tão bom assim. A defesa foi bem quando esteve inteira, mas está lidando com lesões (Ian Williams fora da temporada, Pat Willis questionable para a partida de hoje, Aldon Smith na NFI), e o ataque está sendo explorado depois de ter pego o Packers desprevinido na primeira rodada, já que não tem nenhum WR capaz de criar separação além de Anquan Boldin (especialmente com Vernon Davis machucado). Então inteiro e antes da temporada, esse tinha tudo para ser um grande time, mas na prática, as lesões e a dificuldade para achar bons substitutos está cobrando um preço alto. Enquanto isso, o Rams tem sido um time bem medíocre dos dois lados da bola e vem de uma derrota bem forte para o Cowboys, mas pelo menos joga em casa, tem uma excelente linha defensiva e enfrenta um adversário com muito mais questões e menos inteiro. Fico com o time da casa nesse, e confesso que não entendi porque o spread era tão alto a favor do Niners... fora de casa.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pontos importantes da semana 3 da NFL



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Acabou a semana 3 da NFL, uma das mais cheias de surpresas dos últimos tempos, e é hora de fazer nosso tradicional giro pelo que de importante aconteceu nos últimos dias. Para os perdidos de plantão a idéia aqui é a seguinte: isso aqui NÃO é um recap da rodada, e o nosso intuito não é passar por todos os jogos ou falar de todos os jogadores, bons ou não. Outras pessoas podem fazer isso, mais rápido e melhor do que eu, e eu também não acho que isso se enquadre na proposta do blog. A proposta aqui é para dar uma olhada nos fatores, dentro de cada jogo, que são relevantes ao maior cenário da NFL. Vamos olhar a performances que foram importantes mas receberam pouco crédito, fatores pouco observados que estão influenciando alguns pontos importantes, e por ai vai. Então de novo, o objetivo não é passar por todos os jogos e falar alguma coisa relevante: muitas vezes teremos dois ou mais pontos sobre um mesmo jogo, e jogos sem comentário nenhum. 

Curiosamente, em uma rodada cheia de "zebras" e a primeira vitória de um time "underdog" por 10 ou mais pontos na temporada, os dois pontos de maior interesse da semana vieram fora de campo.


A troca mais corajosa da história recente da NFL


Eu confesso que adoro quando trocas acontecem na NFL, especialmente se forem trocas importantes, bombásticas ou polêmicas como essa. Porque? Elas nunca acontecem na NFL, por isso! Em termos de futebol americano, 95% das trocas acontecem no draft e envolvem basicamente só escolhas de draft, algo que é divertido de julgar mas ao mesmo tempo é totalmente insosso e até mesmo desinteressante. Mesmo a maior dos últimos anos, a troca do Redskins para subir e pegar Robert Griffin ano passado (a escolha de primeira rodada dos 0-3 Redskins desse ano pertence ao Rams, btw) foi assunto por algumas horas e depois sumiu. Quando jogadores são trocado, geralmente são jogadores menores e por escolhas menores, que não atraem interesse. Marshawn Lynch foi o melhor RB de 2012 não chamado Adrian Peterson, mas você provavelmente não lembra que ele foi trocado para o Seattle alguns anos atrás por uma escolha de quarta e uma de quinta rodada quando esquentava o banco de Buffalo. Talvez pelo impacto limitado que um único jogador que não seja QB possa ter sozinho hoje em dia, talvez pelos enormes elencos de um time de NFL, ou talvez até mesmo porque na NFL não existe um motivador financeiro relacionado ao tamanho do mercado (como é o caso da NBA ou da MLB), mas fato é que grandes trocas envolvendo jogadores simplesmente não fazem parte da cultura da NFL. Por isso que, quando temos uma, é um grande acontecimento. Especialmente uma envolvendo um jogador que foi a terceira escolha de um draft menos de 18 meses atrás.

A essa altura, você provavelmente já sabe o que aconteceu. Jim Irsay, o meio bizarro dono do Colts que adora chamar a atenção, disse que tinha uma troca "monstro" para anunciar. Da última vez que Irsay fez farol sobre uma contratação, sua equipe trouxe Darius Heyward-Bey, então todo mundo estava realmente cético quanto ao grande anúncio do Colts. Então todo mundo ficou realmente de boca aberta quando Adam Schefter anunciou antes dele que de fato era uma troca importante, com o Colts trocando uma escolha de primeira rodada de draft por Trent Richardson, o RB de Alabama que o Browns tinha escolhido em terceiro lugar no draft de 2012 (logo depois de Andrew Luck e Robert Griffin). Eu não consigo lembrar da última vez que uma escolha tão alta foi trocada tão rápido (tirando claro trocas no próprio dia do draft, como Eli Manning), e realmente foi inesperado: ninguém esperava que Cleveland fosse se livrar tão rápido do que muitos projetavam como seu Franchise RB, e foi um pouco surpreendente um time como o Colts que não parecia ter grandes pretensões para a temporada fazer uma aposta com valores tão altos dessa maneira. Foi sob todos os aspectos uma troca fora do comum, e por isso temos que analisar ela de forma um pouco diferente também. Em uma troca como essa, temos que olhar para mais coisas do que somente ver o impacto disso na prática, envolve todo um processo incomum de tomada de decisões. Então temos que olhar para três pontos diferentes nessa cadeia: primeiro, temos que olhar no que motivou o Browns a querer trocar Richardson, já que sabemos hoje que eles que iniciaram as conversas; depois, olhar para porque o Colts ofereceu essa troca; e por fim, porque o Browns aceitou e aonde isso os deixa.

No primeiro ponto, sobre porque o Browns quis trocar seu RB, a reação mais comum que eu encontrei por ai era de choque. Porque o Browns trocou um jogador tão bom em apenas um ano de time?? Mas a pergunta mais relevante aqui para mim é outra: porque nós temos tanta certeza de que o Trent Richardson é um bom/grande jogador?

A verdade é que o único motivo para acharmos Trent Richardson um bom RB é o fato dele ter sido draftado em terceiro ano passado. Só por causa disso ainda achamos que ele é um jogador valioso como foi dito por ai depois da troca. Abstraindo isso por um instante, quem é Trent Richardson? Um RB que teve uma temporada de calouro mediana, com 3.6 jardas por corrida (Doug Martin, escolhido 28 picks depois, correu para 4.6. Alfred Morris, escolhido seis rodadas e 170 picks depois, teve 4.8), cuja corrida mais longa da carreira foi para 28 jardas e que, desde que estreou na NFL, tem apenas QUATRO corridas de mais de 20 jardas e 16 de mais de 10 jardas. Algumas pessoas tentam defender Richardson culpando a linha ofensiva de Cleveland, o que não é bem verdade: antes da temporada passada, a linha do Browns era considerada sólida e terminou o ano na média ou acima em boa parte das estatísticas avançadas. Se esquecermos de quem estavamos falando e de sua posição no draft, esses são os números e o histórico (curto, claro) de um RB bastante medíocre. E se quiser ir além dos números, é só ver três jogos de Richardson: ele até agora ele não mostrou nem perto da explosão que se esperava, e tem dificuldade de identificar espaços e tomar decisões sobre qual buraco atacar na linha de scrimmage. Ignorando seu status na noite do draft, a amostra (pequena) que temos até aqui indicam que Richardson é apenas um RB mediano.

A decisão do Browns de trocar Richardson claramente indica que, por algum motivo, a diretoria atual (que não foi a mesma que o draftou) não acredita que ele seja o pilar ofensivo que se esperava para o futuro, e que eles queriam aproveitar e conseguir o máximo de valor possível por ele agora (já chegaremos nisso). E talvez esse tenha sido o motivo: eles assistiram e observaram Richardson jogar por tempo suficiente (principalmente em treinos e workouts, algo que eu, você e o Jim Irsay não vimos) para concluir que como RB ele é mediano e que não traria futuro para a equipe. Talvez eles tenham alguma preocupação quanto as lesões que supostamente o incomodaram ano passado, talvez tenham problemas com sua atitude e personalidade, talvez seja um encaixe ruim no que a organização está tentando implementar em termos de jogo, mas fato é que os cabeças da organização concluíram dentro do que eles sabem (e eles possuem muito mais informações sobre Richardson do que o resto da NFL) que Richardson não era o jogador que prometia ser e que levaria esse time para o futuro. De certa forma, eles estão tentando corrigir um erro da organização anterior (que ainda subiu no draft para pegar Richardson sem a menor necessidade), mas não estariam fazendo isso se não tivessem certeza de que conseguiriam por ele muito mais do que ele realmente vale.

(Um ponto interessante levantado pelo Bill Simmons: o atual GM do Browns, Mike Lombardi, escreveu em sua coluna antes do draft daquele ano que Richardson era o terceiro melhor jogador depois de Andrew Luck e Robert Griffin. Então não é como se ele tivesse algum preconceito contra o jogo de Richardson ou simplesmente quisesse se livrar de um jogador importante da organização anterior. Claramente alguma coisa chamou a atenção de Lombardi que o fez acreditar que Richardson não era tudo isso, mas só podemos especular o que.)

Entra o Colts, que imediatamente ofereceu uma escolha de primeira rodada ao Browns quando oferecido o camisa 33. A idéia do Colts era adquirir um talento de primeira rodada imediatamente para ajudar seu time a brigar pelo Super Bowl (sim, essa é a idéia de Irsay), e para isso eles estavam dispostos a abrir mão do seu segundo maior ativo, a escolha de primeira rodada de 2014. O problema com isso é o seguinte: a não ser que seja um talento fora de série como Adrian Peterson, é uma estupidez usar escolhas tão altas de draft em um RB nessa época onde o passe é muito mais valioso do que qualquer outra coisa em um campo de futebol americano. A grande maioria dos times tem tido grande sucesso achando RBs entre o finalzinho da primeira rodada e o começo da terceira, especialmente hoje em dia que os times em geral preferem ter múltiplos RBs com características complementares - ou seja, você simplesmente não usa escolhas altas assim (a do Colts deve cair em torno da metade da primeira rodada, mais ou menos) em um RB que não seja de elite. E Richardson não é, pelo menos até agora, elite. Meu problema com a decisão do Colts é menos com a troca por Trent (afinal, o Colts está em parte pensando também no futuro e que ele possa evoluir, não apenas no que ele mostrou até agora) e mais no preço a ser pago. Hoje em dia, com tantos backfields revezando jogadores, é mais vantajoso buscar RBs na segunda ou terceira rodada e usar suas escolhas mais valiosas em posição de maior impacto, especialmente um com tantos buracos como Indianapolis.

Claro, a impaciência de Indianapolis (que ao invés de esperar o próximo draft saiu trocando valores altíssimos agora) para achar um RB vem da política de Irsay que quer/acredita na capacidade de seu time de competir imediatamente, seja por um título ou só por playoffs. Em outras palavras, esse valor "a mais" pago por Richardson é porque Irsay acredita que com a chegada do seu Franchise RB o time esteja pronto para brigar por coisas maiores. O Colts vem de uma grande vitória fora de casa contra o 49ers, mas também é o time que perdeu em casa do Miami (um bom time) e quase não vence o Raiders, então é difícil acreditar que o Colts esteja de fato a chegada de um RB de competir com times como Broncos, Patriots ou mesmo Bengals pela supremacia da AFC, pelo menos no curto prazo. Então sua opinião sobre a troca do lado do Colts depende da sua crença em duas coisas: se Richardson pode evoluir e se tornar um RB de elite que justifique uma escolha de primeira rodada como Lynch ou Peterson (ou mesmo seja capaz de ser algo semelhante logo de cara) ; e o quão perto o Colts está de realmente competir por grandes coisas só com a chegada de um novo RB. Eu não confio muito em nenhuma das duas coisas no momento, acho que Richardson não mostrou nada que me faça crer que ele seja um RB superior (tanto com seus números como com seu jogo) e não acho que Indianapolis esteja tão perto assim de brigar por grandeza na AFC enquanto não resolver diversos outros problemas (provavelmente ficando naquele 8-8/9-7 que briga pela última vaga dos playoffs), e por isso eu não achei uma boa troca, achei que pagaram caro demais com base numa ilusão. Se trouxeram Richardson e suas 3.6 YPC a esse preço proibitivo, porque não trazer um RB como Willis McGahee (4.4 YPC em 2012) a um valor muito menor para dar uma produção semelhante em 2013, e dai usar uma escolha de segunda ou terceira rodada em um RB (e sua 1st round em um jogador muito melhor que tape uma necessidade muito maior)? A não ser que Richardson acabe se transformando fora de Cleveland (em 2013 e no futuro) para virar um Franchise RB, eu não gosto da forma como o Colts lidou com essa questão - o que não quer dizer que a franquia não seja melhor agora do que era antes. Eu só acho que erraram totalmente na avaliação de valor da posição de RB e da sua escolha de draft.

E para o Browns, aceitar essa oferta foi fácil pelo mesmo motivo: ninguém hoje em dia usa uma escolha tão alta em um RB tão questionável, o que significa que nenhum time iria trocar uma escolha de primeira rodada... até que o Colts aceitou, o que facilitou muito a tomada de decisão. Uma vez que eles concluíram que Richardson não valia o trabalho e que preferiam adquirir mais ativos, o fato de que alguém realmente lhes ofereceu uma escolha de primeira rodada foi praticamente um presente de natal antecipado. Se o Browns esperasse até a trade deadline, o Colts provavelmente não estaria tão desesperado atrás de um RB para vencer agora e o valor de Richardson teria caído ainda mais depois de (supostamente) mais um ano fraco. Então se a idéia era se livrar de Richardson e maximizar o retorno pensando em um draft de 2014 extremamente carregado, eles conseguiram o grande prêmio: nenhum time além do Colts estava tão desesperado a ponto de pagar tanto por Trent, e agora eles conseguiram "de volta" uma escolha de primeira rodada sabendo que poderiam substituir a produção de Richardson em campo com uma escolha de segunda ou terceira rodada. Para o Cleveland, o importante é conseguir finalmente seu QB do futuro, algo que eles tem tido um enorme insucesso conseguindo, e agora - na véspera de um draft particularmente profundo - eles tem duas chances de conseguir atingir seu objetivo. Eles podem montar um pacote muito bom com seu alto número de escolhas de draft para subir até as duas primeiras e pegar Teddy Bridgewater, ou pelo menos ter uma escolha ruim o suficiente para pegar um Aaron Murray ou mesmo Johnny Manziel (e ainda ter uma segunda escolha de primeira rodada para adereçar outras necessidades). Como um time muito jovem e talentoso mas que possui uma fraqueza na posição mais importante de todas, foi uma decisão extremamente corajosa para maximizar suas chances de sair do draft de 2014 com o jogador que iria solucionar esse problema de uma vez por todas.

E por isso ela faz dessa a troca mais corajosa da história recente da NFL: a nova diretoria do Browns (e esperança de um futuro melhor para essa torturada franquia) acabou de trocar o jogador que muitos tinham encarado como a "salvação" do ataque do time para os próximos anos, e o trocou por uma tentativa no futuro de adquirir um Franchise QB que ninguém sabe se virá ou se será realmente bom. Foi basicamente um all-in: se o Browns sair do próximo draft com Manziel ou Bridgewater, tem tudo para voltar a disputar uma vaga nos playoffs e solidificar a posição de QB pelos próximos 10 anos e finalmente colocar esse time cheio de fracassos de volta no bom caminho da NFL; mas se fracassar nessa empreitada ou sair de lá com um QB decepcionante, vai ter jogado fora todo seu moral e apoio da torcida de uma vez por todas e o resultado pode ser irrecuperável. E sinceramente, para uma franquia que há tanto busca sair da lama, eu adorei a coragem de Lombardi e da nova diretoria da equipe! Isso provavelmente significará mais um ano de sofrimento e mediocridade, mas vai ser o time mais interessante da NFL chegando Março.

(Ps. Algumas pessoas me falaram que a troca foi ruim porque o Browns tem errado em suas decisões no draft e tem saido de lá sem bons QBs. Esse é um argumento bem fraco, considerando que é uma diretoria totalmente nova da que trouxe Brandon Weeden e Brady Quinn e que ainda não temos um histórico no draft para nos basearmos)

Nas manchetes, pelo motivo errado


A classe defensiva do draft de 2011 parecia pronta para entrar para a história da NFL em apenas dois anos. Ao final da temporada 2012, esse draft já tinha gerado o melhor pass rusher da NFL inteira (Aldon Smith), o melhor LB da liga (Von Miller) E o melhor jogador defensivo da liga (JJ Watt), sem falar em jogadores como Justin Houston, Ryan Kerrigan, Richard Sherman e Patrick Peterson. Se tudo continuasse como estava, essa classe tinha tudo para ser lembrada como a lendária classe de QBs de 1983, que nos trouxe Jim Kelly, Dan Marino E John Elway de uma só vez. Mas essa semana, dois jogadores dessa classe algum-dia-será-lendária viraram notícia e foco de polêmica pelos motivos errados. E o pior, aconteceu em um espaço de 24h.

A primeira e talvez mais triste notícia envolveu Aldon Smith, OLB do San Francisco 49ers. Smith foi preso após um acidente bizarro, no qual ele teria batido seu carro contra uma árvore na madrugada de sexta feira, sozinho e completamente bêbado. Smith foi preso por dirigir embriagado, e uma busca no seu carro revelou também diversos remédios não revelados para os quais o jogador não teria receita. Considerando que foi o segundo DUI de Smith e mais um problema extra-campo para o talentoso jogador, isso imediatamente chamou a atenção da mídia e da própria NFL para seus problemas, inclusive com muitos comentários chamando a atenção da necessidade de ajuda profissional para o jogador, dado o grande risco que Smith colocou a si mesmo (afinal, ele bateu o carro contra uma árvore!). Depois da partida contra o Colts (na qual Smith jogou mas não teve impacto significante), o 49ers emitiu uma nota dizendo que seu OLB estava entrando em uma clínica de reabilitação para resolver seus problemas de abuso de substâncias e que seria colocado na NFI, ou Non-Football Injury, ficando fora do time por tempo indeterminado. Como isso resultou em um número surpreendentemente grande de perguntas sobre o que isso significa, e um número lamentavelmente grande de pessoas passando informações errôneas ou precipitadas, e portanto acho importante esclarecer essa situação para todo mundo.

Em primeiro lugar, é importante frisar o papel da equipe nessa situação. Pelo novo CBA, o 49ers não tem o direito de suspender (e portanto suspender também os pagamentos) um jogador do seu time por questões fora da organização, uma tarefa que cabe somente a NFL. Da mesma forma, a NFL tem um comitê para monitorar e disciplinar jogadores por conta de problemas com abuso de substâncias (o que aconteceu, por exemplo, com Von Miller nessa offseason), mas nesse aspecto ele era réu primário e não foi pego em um exame antidoping, o que tornava a tarefa da NFL bem mais delicada e difícil. Uma suspensão era provável em algum ponto, mas não era uma situação comum e portanto não tinha exatamente uma solução clara ou "tabelada" para a liga, era o tipo de coisa que precisava ser considerada sob diversos aspectos, inclusive os legais (ou seja, o que a NFL teria ou não legitimidade para usar como base na suspensão, de acordo com o CBA). Foi quando o 49ers indicou que Smith deveria entrar em reabilitação segunda feira, o que de fato aconteceu.

Nesses casos, sempre tem o aspecto humano da questão: Aldon Smith é um ser humano com um problema sério e que precisa de tratamento, aquilo que cansamos de ouvir toda vez que o Adriano fazia uma besteira aqui no Brasil. A questão é que Smith admitiu seu problema e aceitou a internação, um ponto importante pois o time não pode "forçar" o jogador a isso. Com isso, Smith foi colocado na NFI, o que significa que ele continua recebendo salário, mas não conta entre o limite de 53 jogadores do time (o que permite a equipe buscar alguém para ocupar seu lugar no plantel). Vamos falar mais da NFI mais para frente, mas por enquanto a questão é que Smith só pode ser colocado na NFI se for confirmada sua internação, então já é oficial que ele está nesse momento nessa clínica. A idéia, naturalmente, é que Aldon Smith possa tratar da melhor forma possível seu problema e retornar ao time quando os médicos e os cartolas do 49ers acharem que ele está pronto, o que pode demorar um mês ou um ano. Mas de certa forma, o fato de Smith ter aceitado a internação de admitido seu problema já é um avanço tanto na situação pessoal do jogador como na questão burocrática da NFL, já que agora o 49ers pode adquirir um novo jogador e manter Smith no seu time enquanto ele se trata. Isso também provavelmente significa uma vida mais fácil para a NFL, que agora não precisa mais se preocupar tanto em dar uma suspensão ao jogador. O fato dele já perder algumas semanas e ter se internado voluntariamente vai contar a seu favor, e considerando as dificuldades legais da NFL em definir a punição (como dito anteriormente), é menos problemático para a liga também não precisar tomar nenhuma atitude drástica. Uma pequena punição ainda pode acontecer para estabelecer um precedente, mas não será nada muito volumoso ou complexo dadas as circunstâncias atuais.

Por fim, as pessoas perguntam quando Smith pode voltar, agora que está na NFI. A NFI é uma de várias listas que um time pode colocar um jogador para tirá-lo da contagem de 53 jogadores do elenco, mas ela tem uma diferença em relação as outras. Algumas mais famosas como o IR (quando o jogador não volta mais a jogar nessa temporada), IR designated for return (apenas um jogador por time, esse jogador precisa ficar de fora até pelo menos a semana 11 e pode ou não voltar depois), ou PUP (o jogador é obrigado a perder seis semanas, e dai o time tem três semanas para decidir se ativa o jogador ou o coloca na IR) possuem todos um tempo "mínimo" de permanência e possuem regras ditando quando e como o jogador pode voltar a ser ativado, mas no caso da NFI, isso não acontece: o 49ers pode trazer de volta o jogador a qualquer momento que quiser, sem qualquer regra ou consequência. Naturalmente, para o time e para o jogador a questão é que isso seja quando ele estiver apto a voltar para sua vida (pelo menos até o final da temporada), então é totalmente imprevisível: pode ser que em um mês ele faça progressos para voltar, pode ser que não faça até o final da temporada, ninguém sabe, é algo muito pessoal do jogador. As expectativas são de pelo menos um mês fora, mas depende 100% do jogador, nenhuma regra que o impeça de voltar antes ou depois.

Infelizmente, esse caso Aldon Smith acabou obscurecendo um caso ainda mais grave envolvendo outro OLB desse draft, Von Miller. Miller foi suspenso por quatro jogos antes da temporada começar por ter sido pego em um exame antidoping por uso de substâncias proibidas (importante: no caso de Smith e Miller, quando falamos de substâncias proibídas estamos falando de drogas ou de medicamentos, não PEDs como foi o caso de metade do time do Seahawks ano passado), pois já tinha passagem pelo comitê de abuso de substâncias da NFL. O jogador do Broncos decidiu apelar da suspensão, e muita gente ficou surpresa quando ao invés de reduzida, sua pena foi aumentada para seis jogos. Claro que logo começaram as piadas com os advogados do Broncos, mas ninguém entendeu exatamente os motivos que levaram a NFL a aumentar em dois jogos a pena de Miller.

Pelo menos até essa semana, quando foi revelado que Miller tinha conspirado com um coletor oficial de amostras da NFL para adulterar seu exame. Obviamente, essa é uma acusação extremamente séria por dois motivos. Primeiro, enquanto basicamente é uma admissão de culpa no antidoping que levou a esses dois jogos a mais de suspensão, também é um evento criminoso contra as regras da NFL que pode levar a uma nova punição ainda mais severa. Ninguém sabe dizer ao certo se essa nova punição já está imbutida nesses seis jogos de suspensão, ou se estavam apenas juntando evidências para depois iniciar um novo processo contra o jogador, mas se for esse segundo caso a situação pode ficar dramática para um forte candidato ao Super Bowl desse ano. Se for aberto um novo processo dentro da NFL contra Miller, isso provavelmente lhe custaria o resto da temporada dada a gravidade dessa ofensa, então o Broncos pode perder seu segundo melhor jogador durante uma das últimas temporadas da carreira de Peyton Manning. Em outras palavras, Broncos fans, torçam para sua pena já estar incluída naqueles seis jogos.

O segundo problema é bem maior: isso cria uma enorme desconfiança sobre o atual sistema de testes da NFL, já que temos evidências de que um dos supervisores gerais dos testes estavam em conluio com um acusado, obviamente levantando enormes dúvidas sobre a credibilidade dessas pessoas e desses testes. Algumas pessoas insinuam que isso pode levar a NFL a mudar seu sistema de coleta de amostras, enquanto outras acreditam que uma nova investigação pode colocar em xeque diversas amostras anteriores de jogadores acusados (sim, estamos olhando para você, Richard Sherman). Por algum motivo, isso tudo acabou sumindo da mídia que mostrou um interesse muito maior na história de Aldon Smith, talvez porque a NFL prefere assim. Mas enquanto algo a esse respeito não for esclarecido, fica a dúvida sobre o quão significativo foi o impacto dessa descoberta e quais as consequências, tanto para Miller como para uma liga que parecia estar dando passos importantes na direção de apertar o controle de substâncias proibidas, incluindo PEDs.

E além disso, agora temos dois dos melhores jovens jogadores da NFL que podem perder o resto da temporada por conta dessas questões extra-campo, e talvez mesmo até mais tempo depois. Espero que possamos ver os dois de volta aos campos o quanto antes, pois nada é mais triste do que ver esse tipo de coisa minando a carreira de dois talentos fora de série.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Palpites para a semana 3 da NFL

Um resumo da volta de Andy Reid a Philadelphia



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Bom, chegamos a sexta feira, dia dos palpites da rodada. Se perdeu o que rolou nessa semana, falamos um pouco sobre alguns pontos de interesse da rodada na terça feira e fizemos um estudo sobre os times que começam a temporada 0-2, na quinta. Também temos a nossa promoção de NBA, que está a todo vapor e continua aberta até Outubro, e você pode participar pelo link lá em cima. Hoje é dia de brincar de adivinho novamente, dar uma olhada nos jogos da semana, e ver o que achamos de interessante. E como um número surpreendentemente grande de pessoas gostou de eu ter incluído os spreads de Vegas semana passada, incluirei novamente hoje. Vamos então aos jogos, time da casa em caixa alta.

Week 2 Record: 11-5
Week 2 contra o spread: 8-8

Chiefs over EAGLES
Esse palpite estava na minha coluna de ontem com a seguinte explicação:
"De certa forma, esse é o confronto entre a força irresistível contra o objetivo que não pode ser movido. O Eagles é o time que joga em extrema velocidade ofensivamente e gosta de jogos de inúmeras posses de bola, vencendo os adversários no volume de ataque. Enquanto isso, enfrentam um time do Chiefs que é exatamente o oposto, gosta de jogar devagar, controlar o relógio e maximizar cada posse de bola. Duas filosofias de ataque exatamente opostas, e acho que o Chiefs vai ter mais sucesso implementando a sua: o ataque do Eagles vai tentar fazer valer seu esquema ofensivo contra uma excelente defesa de Kansas, enquanto o do Chiefs vai ter que fazer o mesmo contra uma bem fraca defesa da Philadelphia. Então acho que esse jogo é um matchup favorável a um time muito bom do Chiefs."
Não foi exatamente assim como eu esperava, o Chiefs teve dificuldades ofensivamente (inclusive para correr a bola, pelo menos até o último quarto) e não controlou o relógio tanto quanto eu esperava (39 minutos é bastante, não se enganem, mas eu esperava algo na casa dos 45). Mas saiu vitorioso com mais uma performance espetacular de sua excelente defesa e com ajuda da máquina de turnovers vestida de verde, e já é bom o suficiente (o ataque do Eagles não foi de todo ruim, mas você não pode cometer cinco turnovers e sair impune). Meu QB favorito está 3-0 na temporada.
Contra o spread: Chiefs (+3.5) over EAGLES

Jogos de domingo e segunda


Texans over RAVENS
Esse jogo é mais difícil do que parece a primeira vista. Os dois times entraram na temporada com status de favoritos a uma vaga de playoffs, mas ambos tem decepcionado um pouco até aqui: Ravens tomou uma surra do Broncos e suou para vencer o Browns em casa, enquanto o Texans está 2-0 mas os dois jogos foram vencidos por menos de uma posse de bola por causa de um colapso absurdo do Chargers e uma virada espetacular contra o Titans. Nenhum realmente tem convencido nesse começo de ano, e eu vou de Texans porque me parece o mais seguro: Baltimore tem apresentado alguns problemas já antecipados nesse começo de temporada do lado ofensivo e a defesa do Texans não me parece um matcuhp ideal, especialmente considerando que o time pode estar sem Ray Rice (ou com um Rice limitado). Aposto em mais uma vitória sem convencer do Texans.
Contra o spread: Texans (-2.5) over RAVENS - Apostando em um jogo feio, apertado e de placar baixo, eu iria no Ravens se essa linha fosse um pouco mais alta. Mas abaixo de um FG, mantenho Texans.


Giants over PANTHERS
Ironicamente, ao final do post de ontem sobre times que começaram 0-2 a temporada, eu disse que o Giants era (pelos números do post) o time mais provável para dar a volta por cima nesse começo ruim, e que o Panthers não era um forte candidato mas era um sleeper. Bom, agora os dois se enfrentam e nenhum time desde 1990 chegou aos playoffs depois de começar 0-3, então... yeah.
Errata: O Bills conseguiu chegar em 1998 depois de começar 0-3

Para mim esse é de longe o palpite mais difícil da rodada, com os dois times mostrando algumas coisas boas e muitas coisas ruins nesses primeiros jogos. Panthers joga em casa, mas perdeu seus dois melhores jogadores de secundária (que já era fraca). Enquanto isso, o Giants parece incapaz de correr com a bola, e sua defesa tem deixado a desejar. Eu escolho o Giants por dois pequenos motivos: primeiro, porque é um time mais experiente que vai sentir mais a urgência dessa partida para evitar começar o ano 0-3; e segundo, porque o técnico deles não é o Ron Rivera - não consigo deixar de achar que o Panthers vai entregar esse jogo sendo conservador em uma 4th and 1 nos minutos finais da partida, e enquanto Rivera estiver lá sendo conservador e se recusando a jogar junto das forças de seu ataque, isso vai continuar limitando o potencial ofensivo de seu time.
Contra o spread: Giants (+1) over PANTHERS - Esse spread é basicamente inútil, a não ser em caso de empate (improvável), então...


Packers over BENGALS
Estou começando a ficar inquieto: em quatro jogos (incluindo o de quinta feira), é o quarto time seguido que eu escolho para vencer que joga fora de casa. O Bengals não é um time ruim, mas também não me parece particularmente bom, parece ser aquele time sólido e acima da média que garante os jogos contra times inferiores e não vence os times melhores. Acredito que Green Bay nesse caso se enquadre em "times melhores" enquanto Aaron Rodgers estiver por lá. O Packers tem suas fraquezas: a linha ofensiva é muito ruim,  a secundária está sentindo falta de Morgan Burnett e Casey Heyward e tudo mais.  Mas eles ainda são um time muito sólido liderados por um grande QB, e embora eu não espere que esse seja um jogo de placar tão alto assim por conta da boa defesa de Cincinnati, eu também não confio em Andy Dalton.
Contra o spread: Packers (-3) over BENGALS - Confesso que achei que o spread ia ser maior a favor de GB e ia escolher o Bengals pensando em um jogo de placar baixo, com potencial de um TD em garbage time de Cincy. Mas tão baixo assim, não vale a pena mudar.


COWBOYS over Rams
Finalmente um time que joga em casa! Não sou exatamente o maior entusiasta de Dallas esse ano, mas eles tem um time certinho e Demarco Murray ainda não se machucou, então há esperança. O Rams também é um time arrumado e eficiente que não faz muito mais do que isso, então realmente me parecem dois times bem parelhos se enfrentando. O Rams tem uma defesa melhor e uma das melhores duplas de DEs da NFL em Robert Quinn e Chris Long, o que vai causar problemas para Dallas, mas seu ataque não me parece um perigo. Dallas provavelmente se sentiria mais confortável em um jogo de placar largo e o Rams em um jogo de placar baixo, e jogando no Texas, eu espero que o Cowboys tenha mais sucesso na sua empreitada. A secundária do Rams tem se mostrado surpreendentemente vulnerável para começar o ano também, e isso favorece o time da casa. Vai ser um jogo feio, mas fico com o Cowboys.
Contra o spread: COWBOYS (-4) over Rams - Eu gosto desse time de Dallas, embora não seja do nível de outros candidatos aos playoffs da NFC. Ganhar os jogos em casa é um bom começo para voltar aos playoffs.


VIKINGS over Browns
Eu realmente não estou muito confiante com o que vejo do Vikings, mas como escolher o Browns para vencer fora de casa sendo que eles vão escalar Brian Hoyer de QB e acabaram de trocar seu RB que tinha sido a terceira escolha do draft ano passado?? É simplesmente impossível. Minhas ponderações sobre a troca de Trent Richardson ficam para semana que vem porque senão vão ocupar muito dessa coluna, mas eu antecipo que gostei do que o Browns fez, mesmo que isso signifique ser ruim esse ano e apostar em um draft muito promissor de 2014. Mas claro, a consequência é mais um ano de tortura para os torcedores do Browns enquanto sonham com Teddy Bridgewater ou Johnny Manziel. O Vikings não poderia ter pedido um adversário melhor - ok, o Jaguars seria melhor, mas enfim - para começar sua tentativa de ir aos playoffs depois de começar 0-2.
Contra o spread: VIKINGS (-6.5) over Browns - Minha única dúvida: você foi um time de playoffs um ano atrás, tem o MVP e possivelmente o melhor jogador da NFL no seu time, e está enfrentando - EM CASA - um time que começou o ano 0-2 e acabou de trocar aquele que era (em teoria, pelo menos) seu melhor jogador ofensivo por uma escolha de draft futura, com seu QB reserva, e que vai para esse confronto sem nenhum jogador em seu elenco inteiro que tenha corrido UMA vez com a bola nessa temporada. Como diabos você só está com 6.5 pontos de spread?! Christian Ponder é tão ruim assim?! Holy s...!


PATRIOTS over Bucs
Tem jogo mais chato para palpitar do que esse? Os dois times estão com grandes dificuldades ofensivas, e os dois possuem boas defesas. Os dois praticamente viveram de jogos feios e apertados até aqui, com o Pats vencendo um jogo nos segundos finais e contando com três interceptações de Geno Smith só no quarto periodo para vencer quinta passada, enquanto o Bucs está 0-2 tendo perdido as duas partidas para FGs nos segundos finais depois de se queimar a noite inteira com faltas. Vale citar também que o maior ridículo do Pats nesse exato momento é a falta de recebedores, com Danny Amendola fora, Rob Gronkowski possivelmente ainda sem jogar, e tendo que confiar em Julian Edelman e mais um bando de jogadores medíocres. Com Darrelle Revis provavelmente colando em Edelman, chega a ser quase cômica (se você não torce para o Pats) a falta de alvos do time e mesmo com um QB como Tom Brady, não vai ser tarefa fácil conseguir anotar pontos com tamanha mediocridade. 

Então porque não escolher o Bucs? Porque eles continuam dando toneladas de chances aos seus adversários com faltas e descontroles, algo que o Pats vai procurar aproveitar ao máximo caso seu ataque não engrene; porque seu técnico continua em uma cruzada maluca para destruir completamente a imagem e a confiança do seu QB; e porque eu não consigo apostar em um time que continua atirando no próprio pé nos momentos cruciais jogando fora de casa contra uma boa defesa. É o tipo de jogo que me parece que o Bucs vai controlar até o final, dai vai tomar uma virada dolorosa por alguma besteira. Alguns times simplesmente não inspiram confiança, e esse é um deles.
Contra o spread: Bucs (+7) over PATRIOTS - De longe, o spread mais inexplicável da semana. A diferença provavelmente vem do fato de que o Pats está 2-0 e o Bucs 0-2, mas a natureza desses jogos torna esse spread ainda mais inexplicável: os dois jogos do Pats foram feios, de placares baixos e decididos por poucos pontos, e as duas derrotas do Bucs também foram feias, de placares baixos, e decididos por dois pontos ou menos. Então porque eu deveria acreditar que logo agora, com Edelman preso na Revis Island e o Patriots tendo que atacar com Trey Thompkins e Aaron Dobson, eles vão ganhar de um time com uma boa defesa por uma margem considerável? Não vejo acontecendo.


SAINTS over Cardinals
Arizona tem sido um time surpreendente nesse começo de ano, com um ataque mais competente do que o esperado e uma defesa estranhamente mais vulnerável. São apenas duas rodadas então vamos tirar nenhum tipo de conclusão, mas me parece um time mais interessante do que teria achado duas semanas atrás. O Saints, por sua vez, é um time que vem ganhando muito feio, segurando Falcons na red zone na semana 1 e virando contra Bucs com um FG nos segundos finais. Isso é de certa forma um bom sinal, já que com a defesa atroz de 2012 isso provavelmente não seria fisicamente possível, mas também não mostra uma grande dominância para começar o ano. Jogando em casa, acho que a vantagem sobre o Cardinals é considerável, ainda que não tão grande quanto possa parecer a primeira vista: Patrick Petterson provavelmente vai ficar colado em Marques Colston, e embora o Cards seja vulnerável contra TEs sem Daryl Washington, é um jogo interessante para ver a defesa de Arizona se recuperando um pouco. Saints leva, mas não vai ser o massacre que muita gente espera.
Contra o spread: Cardinals (+7) over SAINTS - Não que eu não ache que o Saints seja 7 pontos melhor que o Cardinals, é só que em um estádio fechado, o potencial de garbate time é muito alto aqui. Ano passado Carson Palmer foi o rei do garbage time jogando com Darius Heyward-Bey e Denarius Moore, então com Larry Fitzgerald esse ano o Cardinals tem tudo para ser o terror dos spreads nos finais de jogos.


Chargers over TITANS
Eu mudei de idéia 1000 vezes aqui antes de me decidir por Chargers. Tennessee tem jogado surpreendentemente bem esse começo de temporada, embora a falta de jogo terrestre (3.1 YPC) seja um problema, como de fato foi contra o Texans quando a equipe precisou gastar o relógio e não conseguiu correr para isso. O ataque é anêmico e a defesa de San Diego não é ruim, mas a defesa do Titans tem sido surpreendentemente sólida nesse começo de ano e o Chagers perdeu mais um WR em Malcom Floyd (e Eddie Royal não vai anotar 40 TDs na temporada). Esse jogo está cheirando a placar baixo, o que naturalmente é uma vantagem para o Titans que parece ter mais confiança na sua defesa nesse momento. Os dois enfrentaram um adversário em comum (Texans) e quase o venceram. Os dois parecem ser aquele típico "sólido e só" que termina o ano em torno das 7 vitórias, então é realmente bem difícil escolher um deles, é um duelo muito parelho. Então porque Chargers se joga fora de casa? Porque o teto da equipe é maior, só por isso. Aposto mais na chance do Chargers explodir ofensivamente do que o Titans, e no papel é um time melhor. Sinceramente, só por isso.
Contra o spread: Chargers (+3) over TITANS - Na dúvida, pego os pontos, especialmente com dois times que vem de dois jogos de placares baixos e apertados


Lions over REDSKINS
Perdido em meio a toda a especulação sobre Robert Griffin está um fato muito simples e que tem passado desapercebido: a defesa da equipe é muito ruim, e nem Ryan Kerrigan jogando como se fosse JJ Watt pode salvar esse grupo. O Lions decepcionou semana passada perdendo mais uma vez para si mesmo um jogo que poderia ter ganho, mas era contra um time de Arizona que possuía Peterson para marcar Megatron (DeAngelo Hall não tem a menor chance) e que era mais sólido no time de especialistas. O Redskins não tem nenhum desses, então se quiser vencer esse jogo vai ter que ser no volume de ataque, e não gosto de suas chances nisso contra a linha de frente de Detroit e com RG3 claramente ainda fora de ritmo. Matchup ruim desde o começo, especialmente se virar um jogo de placar alto como promete. 
Contra o spread: Lions (+1.5) over REDSKINS - Até aqui Griffin tem sido um potencial Garbage Time All-Star, mas isso não adianta quando o spread é negativo.


SEAHAWKS over Jaguars
Eu não realmente preciso me explicar aqui, certo? 

Tangente rápida: perdido em meio a todo o (justificado) hype de Seattle como o melhor time da NFC está perdido um fato que pode ser questão de amostra pequena ou não: o ataque não tem sido bom até aqui na temporada. Anotou apenas 12 pontos contra Carolina e, apesar dos 29 contra uma boa defesa de San Francisco, foram apenas 5 antes da lesão de Eric Reid, e nas três campanhas de TD na partida do Hawks a equipe avançou mais jardas com faltas do que com seu ataque de fato (e duas vieram em ótimas posições de campo após turnovers). Obviamente isso não vai importar contra o Jags e pode ser apenas uma amostra pequena contra das boas defesas, mas é algo a se monitorar.
Contra o spread: SEAHAWKS (-19.5) over Jaguars - Muito para minha surpresa, essa linha não se moveu desde que abriu exatamente em 19.5. Pergunta honesta: qual aqui seria um spread que faria você apostar no Jaguars? +25? +30? -19.5 parece muito pouco.


NINERS over Colts
Lembra quando eu escolhi semana passada o Packers para vencer confortavelmente seu jogo com sede de vingança depois de uma derrota na semana 1 para um rival direto? Bom, o 49ers é meu candidato ao jogo "Eff-You!" da semana contra uma defesa horrenda (e uma linha ofensiva ainda pior) de Indianapolis. Trent Richardson dificilmente vai ter algum impacto depois de chegar no meio da semana e ainda sem conhecer o playbook da equipe, e o Colts simplesmente não é um grande time. Boa oportunidade para o 49ers voltar a estabelecer seu jogo terrestre, que tem sido totalmente sumido nesses dois primeiros jogos e vai ser um fator importante no resto da temporada.
Contra o spread: NINERS (-10) over Colts - Sabia que Colin Kaepernick nunca perdeu um jogo em casa? Não sinto que vai ser a defesa do Colts que vai conseguir parar esse ataque do Niners em Eff-You Mode.


Falcons over DOLPHINS
Miami é um time muito sólido e cujo começo de 2-0 não deveria surpreender ninguém. Não é um time espetacular, e o ataque ainda me parece um pouco longe de achar o equilibrio ideal e sua melhor forma de jogar com tantas peças novas como Lamar Miller e Mike Wallace. Mas tem obtido resultados, e sua defesa tem se mostrado bastante sólida. Minha aposta no Falcons é muito menos por achar que o Miami é um time ruim e mais por achar que eles estão mais "prontos" nesse momento, apesar dos defeitos óbvios: linha ofensiva muito fraca (que provavelmente vai ser explorada pela boa linha de frente de Miami) e defesa muito limitada, mas seu ataque é uma máquina bem calibrada e que sabe como aproveitar ao máximo seus jogadores. Miami é um bom time que é uma boa aposta para ir aos offs, mas ainda precisa equilibrar melhor Miller, Wallace e Ryan Tannehil, e isso talvez demore mais um pouco.
Contra o spread: Falcons (+2.5) over DOLPHINS - O Phins realmente causou uma boa primeira impressão para ter vantagem no spread sobre o Falcons, hein? Nada mau.


JETS over Bills
Dois QBs calouros e atléticos, duas boas defesas, e um jogo bem mais parelho do que parece. Acredito que o Bills seja um poooouco melhor, ganhou de um bom time do Panthers essa semana (apesar do Ron Rivera ter entregado o jogo sendo burro) e deu trabalho ao Patriots na primeira semana, mas jogou ambos os jogos em casa e agora tem que jogar fora de casa contra um time ok do Jets. Acho o Bills um pouco melhor, mas vou pegar o time que joga em casa para esse jogo.
Contra o spread: JETS (+2.5) over Bills


Bears over STEELERS
Depois de perder Mike Wallace e James Harrison na free agency, Le'Veon Bell e Heath Miller para o começo do ano e depois Larry Foote e Maurkice Pouncey, fica realmente difícil manter algum tipo de estabilidade em um time que supostamente deveria estar passando por uma fase de reformulação. E qualquer tipo de reformulação é mais difícil quando você não consegue correr com a bola ou manter a defesa afastada do seu QB que deveria ser a parte estável disso tudo. A defesa não tem sido ruim, mas também não tem conseguido fazer a diferença como antigamente, e o ataque tem sido uma enorme decepção. O Bears não tem sido brilhante, mas tem jogado um futebol americano sólido e isso me parece suficiente para vencer o Steelers nesse momento.
Contra o spread: Bears (-2.5) over STEELERS - Não consigo confiar no Steelers para anotar pontos e cobrir um spread nesse momento


BRONCOS over Raiders
Bom, essa foi fácil. O Raiders conseguiu escapar do estigma de pior time da NFL depois de vencer o Jaguars, mas ainda não está nem perto de desafiar o poderoso Denver Broncos, especialmente em Denver. Talvez nenhum time da AFC esteja, na verdade, mas isso não vem ao caso agora. A questão é que o Raiders ainda não é um bom time, e o Broncos é. Mas aqui está o que eu acho interessante...
Contra o spread: Raiders (+15) over BRONCOS - Eu apostaria no Raiders contra o spread, simplesmente porque é muito fácil imaginar um cenário onde o Broncos abra 20 ou 21 pontos de vantagem, acomode com a diferença, e dai o Raiders anota um TD em garbage time para cobrir a vantagem. É mais fácil apostar contra o Jaguars em um spread grande contra uma grande defesa (em um estádio ensurdecedor) do que contra o Raiders e seu ataque liderado por Terrelle Pryor. Isso não quer dizer que o Raiders seja bom ou Pryor um grande QB, mas acho que a chance de um TD irrelevante no final da partida para cobrir o spread é bem grande.


2013' Record: 11-5
2013' contra o spread: 8-8