Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

domingo, 31 de outubro de 2010

Clássico de Outono

Fall Classic. World Series. A grande final.

Tenha o nome que tiver, a série de sete jogos entre o campeão da AL e NL, na Major League Baseball, é a série que determina o campeão da temporada e quem ganha leva para casa o prepotente título de 'Campeões do Mundo'. Eu falei mais sobre a final da MLB num post antes de viajar, a trajetória de Giants e Rangers até esse lugar, o que cada time tinha de força, fraqueza e onde estavam as chances de cada time. Pois bem, tres jogos ja foram, e os Giants lideram a série por 2 a 1. Antes do jogo quatro, hoje a noite, vou contar um pouco sobre os tres jogos que tivemos até aqui. A partir de amanha corro pra botar em dia os assuntos que eu perdi quando estava na praia.


Willie Mays aprova essa série

Jogo 1: Tim Lincecum vs Cliff Lee
A foto acima é do lendário Willie Mays, grande jogador do passado e responsavel por uma das maiores jogadas da história da MLB, chamada 'The Catch'. Mays tem uma estátua na frente do AT&T Park (Um dos estadios mais legais que eu ja vi na vida e um dos motivos da minha relação com o Giants. Não sou torcedor do Giants, torço pro Red Sox, mas prometo contar minha relação com o time caso eles vençam a World Series) assim como outras lendas como Willie McCovey Juan Marichal, todos Hall of Famers. Mas quem está merecendo ganhar a sexta estátua do AT&T Park é o Juan Uribe.

Se contra o Phillies Uribe decidiu duas partidas, uma com uma rebatida de sacrificio pra impulsionar a corrida da vitória e outra um Home Run pra quebrar o empate em 2 a 2 que persistia no jogo 6, no jogo 1 da World Series foi novamente a vez de brilhar a estrela de Uribe. Se antes do jogo o duelo entre os pitchers Cliff Lee e Tim Lincecum era a atração do jogo, pro qual era esperado um placar baixo, na hora da partida os ataques que se mostraram dispostos a aparecer. Logo nos dois primeiros Innings, o Texas anotou duas corridas (uma em cada) com Vladimir Guerrero, jogando no Right Field ja que nao podia jogar de Designated Hitter, onde alias teve muitas dificuldades, cometeu tres erros e mostrou que realmente vai enfraquecer a defesa do time, e Elvis Andrus impulsionando. Mas o ataque do Giants voltou com sangue nos olhos pra terceira entrada pra tirar uma casquinha do Lee. Depois de colocar dois jogadores em base com um erro e um hit by pitch, Freddy Sanchez e Buster Posey impulsionaram corridas pra empatar a partida.

No quinto inning, depois de duas rebatidas duplas (Uma impulsionando corrida) e um walk, o Giants conseguiu duas rebatidas simples consecutivas pra anotar mais duas corridas e abrir 5 a 2 no placar e deixar dois homens em base. O técnico do time Rangers deve ter pensado algo como "Puxa, o Cliff Lee está mal, vou botar outro cara pra arremessar". Mas o que ele descobriu de cara é que o problema NÃO era o Cliff Lee. Na primeira bola que Darren O'Day arremessou pra Juan Uribe, uma rebatida mandou ela pra arquibancada num Home Run triplo pra abrir 8 a 2 e selar de vez a vitória do Giants. O time ainda amplicou pra 11 e o Rangers anotou mais cinco corridas contra os reservas do Giants, mas o jogo ja tinha sido decidido por Uribe.

"Na boa, eu jogo muito"

Jogo 2: Matt Cain joga muito e o resto é história
Matt Cain começou o jogo dois para o Giants contra CJ Wilson, do Rangers. Começou seu terceiro jogo na pós temporada e, incrivelmente, pela terceira vez não cedeu nenhuma corrida, seu ERA é um zero perfeito  (A unica corrida anotada contra Cain veio de um erro de Aubrey Huff)! Foram quase oito entradas cedendo apenas quatro rebatidas e dois walks. O massacre do Giants, contudo, nao foi facil. Ele começou apenas na quinta entrada com Edgar Renteria, que com o Florida Marlins em 1997 foi o responsavel pelo título com uma rebatida impulsionada no final da partida. Renteria mandou a bola pro outro lado do muro contra o até então perfeito Wilson. Na sétima entrada - adivinhe quem! - Juan Uribe impulsionou mais uma corrida pra deixar 2 a 0 o placar. Com Cain jogando a barbaridade que estava, o Giants nao corria muitos riscos, até porque Brian Wilson estava no bullpen, mas o ataque nao quis cometer erros: Após ter dois eliminados na oitava entrada, Buster Posey conseguiu um single e os pitchers do Rangers cederam quatro Walks consecutivos pros Giants. Renteria impulsionou mais duas corridas, Aaron Rowand mais duas, Andres Torres outra, e o Giants acabou o inning ganhando de 9 a 0 do Rangers!! Um massacre vindo de um ataque bastante desacreditado antes da pré temporada.


"Não estou chorando, entrou um cisco no meu olho"

Jogo 3: Colby Lewis e a sobrevida do Rangers
O medo de alguns (inclusive eu) pra essa partida do lado do Giants era quem iria começa-la: Jonathan Sanchez. Sanchez é um pitcher jovem e promissor, e teve uma temporada regular boa com 13 vitórias e um ERA de 3.07. Nos playoffs, contudo, está 0-2 com 4.05 de ERA e só nao perdeu todos os jogos que começou porque o ataque conseguiu se virar de alguma forma. Ou seja, o Sanchez está jogando mal demais na pós temporada, ainda nao encontrou seu jogo e nao acho que a torcida do Giants se sinta muito segura com ele no montinho. Foi exatamente essa a história contra o Rangers: Sanchez jogou apenas 4.2 entradas (Quatro entradas completas e duas eliminações da quinta), cedeu seis rebatidas e quatro corridas em dois Home Runs (Mitch Moreland triplo na segunda entrada e Josh Hamilton na quinta) e logo saiu do jogo pra evitar que afundasse mais o time. Curioso notar que depois que ele saiu o Bullpen cedeu só duas rebatidas e nenhuma corrida. Mas o ataque, dessa vez, nao conseguiu produzir em peso, principalmente devido a Colby Lewis. Lewis foi bastante sólido, arremessou 7.2 entradas e cedeu apenas duas corridas em cinco rebatidas, em Home Runs de Cody Ross e Andres Torres, ambos simples. Fora isso foram seis strikeouts e o ataque do Giants, ainda que tenha dado sinais de vida com esses dois HRs no final,  o fez tarde demais e nao conseguiu superar Naftali Feliz, o closer do Rangers.


Sobre o jogo 4 e o resto da série:
Hoje a noite tem o jogo quatro, com Madison Bumgarner contra Tommy Hunter. Bumgarner ainda é calouro, mas tem mostrado que é um bom pitcher e que tem maturidade pra arremessar nos playoffs, está 1-0 com ERA de 3.55 e tem se saido bem mesmo contra times fortes como Phillies. Do outro lado o inconstante Hunter, que depois de boa temporada regular está 0-1 com 6.14 de ERA na pós temporada  e tambem tem sofrido bastante. Acho que o Rangers nao está muito feliz com ele no montinho e ele deve sair de lá o quanto antes, o que não é bom porque o bullpen do Rangers não é confiavel. Se o Giants conseguir ganhar o jogo quatro, duvido muito que percam a série. O jogo cinco deve ficar nas mãos de Lincecum e o seis de Cain, e um eventual jogo sete pode voltar a Lincecum. Portanto acho dificilimo que o Giants nao consiga ganhar pelo menos um desses tres jogos. O Rangers tem que ganhar hoje a todo custo pra deixar Cliff Lee subir no montinho no jogo cinco sem a corda no pescoço e pra tentar levar a vantagem de uma partida pra San Francisco. Mas Hunter nao está tendo boas partidas e o ataque do Giants vem crescendo incrivelmente nos playoffs, a situação nao está facil pros texanos.
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Voltei de feriado, e portanto agora vou retomar o ritmo normal. O Celo me mandou mensagem ontem avisando que tinha postado, e tambem nao vou reclamar, pra quem nao viu está logo abaixo e fala sobre o Pro Bowl da NFL. Vou tentar apressar um pouco essa semana pra cobrir o que tiver ficado acumulado. Valeu o apoio e bom domingo!

sábado, 30 de outubro de 2010

É hora de votar!

"Bicudinha diz: Eu voto no Peyton Manning!
Bicudinho diz: Eu voto no Michael Vick!"

Todo cidadão tem um dever cívico, nesse final de semana, de ir às urnas para eleger seus favoritos, que estarão presentes em suas memórias por, pelo menos, os próximos 4 anos. O que?! E eu lá me importo com eleição pra Presidente?! Estou falando da eleição mais importante do ano! A escolha dos jogadores do Pro Bowl 2011! Milhões de fãs de futebol americano têm o dever de escolher os dois times - O da NFC e o da AFC - que irão jogar, em 30 de Janeiro de 2011, no Aloha Stadium, estádio da paradisíaca Honolulu, Havaí, o "jogo das estrelas" da NFL. A eleição dos jogadores começou hoje, no site da NFL (http://www.nfl.com), e você escolhe 3 jogadores, de cada divisão, por posição para dar seus votos, num total de 6 escolhidos por posição. Assim se formam os 2 times dos melhores da temporada.

Não, o Pro Bowl nada vale. É simplesmente um jogo para a diversão dos fãs do esporte, extremamente divertido. Apesar disso, as escolhas para o jogo contam muito. Jogadores eleitos para o Pro Bowl, geralmente, se valorizam e despertam interesse de outros times. O número de eleições para o Pro Bowl, inclusive, para cada jogador, mostra experiência e habilidade. Com isso, o Pro Bowl ganha maiores dimensões. Não pelo lado "físico" do jogo. Mas por toda essa especulação existente acerca dele, o que torna a eleição dos Pro Bowlers mais emocionante!

Assim como na temporada regular, o Pro Bowl também elege um MVP (ok, na temporada regular é mais de um, mas aqui é um só, pô!). O MVP do Pro Bowl, jogador que melhor atuou durante seu período em campo na partida, recebe um prêmio pelo feito, além do reconhecimento e da valorização.

Curiosidades Pro Bowlísticas:

- Merlin Olsen e Bruce Matthews, ex jogadores, respectivamente, dos Rams e dos Oilers/Titans, são os jogadores com o maior número de escolhas para o Pro Bowl, com 14 cada um. A diferença é que Olsen fez isso consecutivamente. E, mais surpreendentemente, a partir do seu primeiro ano.

- Joe Klecko é o único jogador da história a participar de Pro Bowls em 3 posições diferentes. DeSean Jackson, dos Eagles, é o único a participar em 2 posições diferentes no mesmo Pro Bowl (Wide Receiver e Kick Returner).

- Os 2 treinadores com o maior número de vitórias em Pro Bowls são Bill Cowher e Chuck Noll. Coincidentemente, os dois eram head coaches do Pittsburg Steelers.

- O time com mais seleções para o Pro Bowl na história é o Dallas Cowboys de 2007/08

- O único Pro Bowl que teve sua data alterada foi o da temporada 2001/02, devido aos ataques terroristas ao World Trade Center.

Então, não se esqueçam, crianças. Votem consciente, levem suas colinhas e tornem o Pro Bowl um jogo mais feliz, pra mim e pra você!!!

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Amanhã começa a 8ª semana da temporada regular. Os Byes dessa semana são Falcons, Ravens, Bears, Browns, Giants e Eagles. Com isso, teremos os seguintes jogos (já acompanhados das minhas previsões):

Denver Broncos @ San Francisco 49ers - Acredito numa recuperação dos Broncos, depois do vexame contra Oakland.

Jacksonville Jaguars @ Dallas Cowboys - Jogo duro...de assistir. Cowboys sem Tony Romo, mas acredito que Jon Kitna os leva à vitória.

Miami Dolphins @ Cincinatti Bengals - Dolphins vencem, mas não vai ser um jogo muito fácil. Bengals precisam se recuperar.

Green Bay Packers @ New York Jets - Por mim, um dos jogos mais esperados da temporada. Acho que dá Jets.

Buffalo Bills @ Kansas City Chiefs - Chiefs levam fácil. Bills só engrossa contra os favoritos ao título.

Washington Redskins @ Detroit Lions - Jogo difícil, acho que Washington leva por pouco.

Carolina Panthers @ St. Louis Rams - Talvez um dos piores jogos do ano. Acredito em Sam Bradford e nos Rams.

Tennessee Titans @ San Diego Chargers - Titans leva, com uma bela atuação de Vince Young, anotem.

Minnesota Vikings @ New England Patriots - Jogão. Patriots levam, talvez no Overtime.

Seattle Seahawks @ Oakland Raiders - Acredito nos Raiders. Depois do que fizeram com o Broncos, Seahawks é piada.

Tampa Bay Buccaneers @ Arizona Cardinals - Bucs. Josh Freeman vem se mostrando um ótimo QB.

Pittsburg Steelers @ New Orleans Saints - Steelers levam. Defesa vem forte e o Saints vem avacalhando.

Houston Texans @ Indianapolis Colts - Jogaço! Mas Texans não repetem o que fizeram na primeira semana. Dá Colts.

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Bom, caros senhores, depois de tanto tempo sem postar, me despeço desse post com um sonoro...

FINALMENTE, GORDO PREGUIÇOSO!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Resumo da semana 7 da NFL - Parte II

Voltamos hoje com a segunda parte dos resumos da semana, lembrando que amanha nao conseguirei postar pois estarei viajando.

"Eu ganho do Rams com uma perna só!"

Saint Louis Rams 17 vs 18 Tampa Bay Bucanneers
Um jogo muito bom entre times desacreditados. Nivelado por baixo, ok, mas foi um belo jogo, decidido apenas no final. O Bucs é um time extremamente jovem, empolgante e com um grande futuro, mas o record de 4-2 é enganoso. O time é bom, vai melhorar, mas nao é um time pra 4-2. Ja o Rams é um time patético com dois bons jogadores: Steven Jackson e Sam Bradford. O jogo foi bom, dominado pelos jogos terrestres, com os Quarterbacks tendo atuações boas mas discretas. O jogo foi decidido pelo vovô Cadillac Williams. Williams ja foi um grande jogador mas nao tem jogado nada. Alias, o jogo terrestre, que tem sido o ponto fraco do time (E que eu disse algumas vezes que devia ser o proximo alvo no draft do time) mostrou uma evolução com o calouro LeGarrett Blount de titular (75 jardas) e se continuar jogando nesse nivel pode dar ao time o RB jovem que o time precisva pra evoluir. O jogo só foi decidido num touchdown aéreo de Williams a oito segundos do final. Por incrivel que pareça, os dois tem chances de playoffs. O Bucs é melhor, mas o Rams joga na pior divisão da NFL...

"Porra, é minha vez denovo? Já?"

Philadelphia Eagles 19 vs 37 Tennessee Titans
Eu falei num post dia desses sobre o problema com os Quarterbacks que o Eagles tinha, Michael Vick ou Kevin Kolb. Kolb estava de titular por enquanto, com Vick machucado, e estava jogando muito bem. Mas contra o Titans Kolb nao funcionou bem, teve duas interceptações, o Titans ganhou com facilidade e o técnico Andy Reid ja disse que Vick será o titular quando voltar de lesão. Pois é, Philadelphia nao é um lugar tranquilo para um Quarterback. Mas a principal razão do massacre nao foi Kolb jogando mal, e sim o dia monstruoso de Kenny Britt!! Britt, que havia sido suspenso pela equipe pelo primeiro quarto, terminou com 225 jardas e 3 touchdowns. Kerry Collins, no lugar do lesionado Vince Young, jogou bem, teve 276 jardas aéreas (sim, 225 pro Britt) e 3 TDs, a defesa jogou muito bem e o time conseguiu uma vitória importante pra continuar no topo da AFC South.


Selo Tiririca de "pior que ta não fica" pra esse jogo

Arizona Cardinals 10 vs 22 Seattle Seahawks
Cinco turnovers do Cardinals. Apenas um do Seattle. Esses dois numeros foram as principais causas do Seattle ter vencido o jogo e estar 4-2 na temporada! Ajudou muito o fato do Cardinals ser uma droga e nao ter quarterback, claro. Max Hall jogou um pouco e teve 2 turnovers, Derek Anderson jogou mais um pouco e nao fez nada de util, e o time ta uma droga mesmo, o ataque terrestre do Seattle somou quase 100 jardas e foi suficiente pra vencer. O vovô Matt Hasselback tem tido bons jogos, cuidou bem da bola, e levou o time à vitória. O Seattle lidera a divisao mais fraca da NFL e até agora é favorito aos playoffs.


"Se voces me mandarem embora, vou amaldiçoar os especialistas de voces!!"

New England Patriots 23 vs 20 San Diego Chargers
Parece piada pronta, mas nao é: O Chargers perdeu mais um jogo por causa dos especialistas, o quinto!! Se por um lado Stephen Gostkowsky, Kicker do Patriots, acertou tres field goals pra dar a vitória ao time fora de casa, do outro lado o Chargers entregou mais uma. O Chargers tambem é o time com mais fumbles da NFL, foram tres contra o Patriots, o que bastou pro time de New England sair com a vitória. O jogo terrestre nao funcionou, Brady nao teve uma partida espetacular, mas os quatro turnovers do Chargers ajudaram o time de New England a abrir uma boa vantagem de 23 a 6. No entanto, o Chargers reagiu, fez dois touchdowns e chegou a teve a chance de, no final, empatar a partida com um field goal de 45 jardas. Sem Nate Kaeding, machucado, Kris Brown teve a chance de empatar o jogo. Mas uma saida falsa do ataque causou uma falta de 5 jardas e o novo field goal foi de 50 jardas, que o Kicker mandou na trave e decretou a quinta derrota do Chargers no ano, a quinta por causa dos especialistas!!


"Me belisca pra ver se eu não tou sonhando mesmo?"

Oakland Raiders 59 vs 14 Denver Broncos
Eu adoraria falar que isso é pegadinha do malandro e que o mundo NAO ESTÁ chegando ao fim após esse jogo, mas nao posso mentir. O que voces viram e vao ler adiante é a mais pura verdade: Fora de casa, com Jason Campbell, os RAIDERS marcaram 59 pontos, anotaram mais de 300 jardas terrestres, Darren McFadden teve quatro touchdowns e a defesa do Raiders parou o segundo melhor ataque aéreo da NFL de forma brilhante. Sério, quantos erros teriam, sob circunstancias normais, no que eu falei acima?? Como da pra dormir tranquilo a noite depois disso?? Não da, sinto muito!! E tambem nao da pra confiar em nenhum dos dois!! O Denver cai pra 2-5 e o Oakland sobe pra 3-4. Com o Chargers tambem 2-5, o Kansas City Chiefs ta rindo a toa e fazendo as contas pros playoffs.


"Podia ser pior, eu poderia estar sendo investigado por assedio sexual. Ah, perai..."

Minnesota Vikings 24 vs 28 Green Bay Packers
Depois de duas derrotas doloridas pra Brett Favre e os Vikings ano passado, os cabeças de queijo finalmente tiveram sua vingança contra o vovô Favre. Os Vikings foram ao Lambeau Field pela segunda vez desde que Brett virou o titular, mas dessa vez sairam com uma vitória. Alias, é engraçado que, antes do jogo, a torcida vaiou e muito Favre, que saiu do Packers em 2007 pra ir pro maior rival do time em 2009. Mas ao final do jogo, o time havia ganho, todo mundo tava feliz, e o nosso querido idoso acabou recebendo uma salva de palmas da torcida quando foi ao centro de campo cumprimentar Aaron Rodgers. Ou talvez eles achassem que Favre era seu quarterback denovo. Ele completou tres passes para jogadores do Green Bay (Pros mais lerdos, tres interceptações) em jogadas bastante forçadas, em jogadas que ele podia jogar a bola fora ou simplesmente engolir o sack, mas ao inves disso preferiu forçar uim passe e o resultado foram as interceptações, uma delas retornada pra touchdown. Mas tudo bem, se nao fizesse isso nao seria o Favre que a gente conhece. Do outro lado, seu substituto Rodgers conseguiu 295 jardas e 2 TDs, mas foi interceptado duas vezes, uma na end zone. Como de costume, mesclou passes brilhantes com algumas jogadas tortas. Nao que Rodgers nao seja muito bom, mas confesso que esperava uma evolução maior dele pra essa temporada. Mas tudo bem, do jeito que está ta muito longe de estar ruim. Tambem merece destaque o grande Adrian Peterson, que correu pra 131 jardas e 1 TD e tem tudo pra acabar o ano como lider da Liga em jardas terrestres.

A jogada que definiu a partida e a temporada do Cowboys

New York Giants 41 vs 35 Dallas Cowboys
Algo me diz que o Giants gosta de jogar no novo estádio do Dallas. Depois de vencer os Cowboys na inalguração, agora os Giants foram la e sairam com a vitória com requintes de crueldade. Mas o jogo começou bem mal pro Giants, foram duas interceptações logo de cara pro Eli Manning, o Cowboys abriu 10 a 7 e estava bem melhor. No entanto, Tony Romo foi derrubado tentando um passe e, ao fim da jogada, não se levantou. A preocupação dos médicos virou uma certeza, Romo nao voltaria mais. Entrou assim seu reserva, Jon Kitna. Sério, AQUELE Jon Kitna?? Que teve uma temporada brilhante em 2007 só pra virar uma ameba careca em 2008 e conseguir ser banco do Dan Orlovsky, o pior QB que eu vi começar um jogo de NFL e que cometeu o Safety mais ridiculo da história da terra?? Esse Jon Kitna? Comecem a rezar, Cowboys. (O safety histórico do Orlovsky voces podem ver no video abaixo.)



Mas o Cowboys ainda tinha vida, e com o retorno de punt de Dez Bryant pra touchdown, o Cowboys abriu 20 a 7 de vantagem. Ai acabou a graça, o Eli Manning começou a jogar, o Jon Kitna mostrou que realmente merecia ser reserva do Orlovsky (ta, sem exagero), o Giants começou a massacrar o time do Dallas, o time texano nao teve qualquer tipo de forças pra reagir com seu Quarterback indo pro hospital e o Giants só ganhou por seis pontos porque eles quiseram e relaxaram totalmente no final, senão era mal. Se a temporada pro Cowboys tava ruim, ficou ainda pior, e eles tao realmente ferrados agora.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Resumo da semana 7 da NFL - Parte I

E a loucura na NFL não para! É o Saints perdendo pro Browns, o Bills quase ganhando do Ravens, e o Oakland Raiders ganhando marcando 59 pontos. Sem falar nos problemas sérios com arbitragem e saude de quarterbacks: Dois textos que farei separadamente porque merecem. Hoje trago a primeira parte, e amanha postarei a segunda, como de costume.

Como eu disse no post anterior, eu estou viajando, e portanto só consigo acessar a net de 3G e olhe lá. Assim, deixei as duas partes do resumo da semana pronta e posto de manha rapidinho. Sabado nao teremos post, mas domingo eu ja volto e mando um post novo e decente e retomamos o ritmo normal. Mas vamos ao resumo.

Ele consegue fazer isso e ainda pegar a bola que ta chegando

Cincinnati Bengals 32 vs 39 Atlanta Falcons
Roddy White é bom. Na verdade, ele é muito bom, e o entrosamento dele com o Matt Ryan é incrível. Foram 200 jardas e dois touchdowns para o Wide Receiver dos Falcons no Georgia Dome, enquanto do outro lado Terrell Owens teve 88 jardas e 1 TD e Chad Ochocinco 108 jardas e um touchdown. Foi um jogo de altissima pontuação, ataques explosivos (Carson Palmer teve 412 jardas e 3 TDs, Ryan 299 3 TDs, 1 Int e Michael Turner teve 121 jardas e 2 TDs) e as defesas deixaram um pouco a desejar. O Falcons sentiu a falta de Dunta Robinson, lesionado depois de uma trombada forte com Desean Jackson semana passada, e o Bengals devia ligar o sinal de alerta: Quando finalmente Palmer joga bem, a defesa parece uma peneira. A defesa foi o ponto forte da campanha ano passado que terminou nos playoffs, e como o ataque teve unma grande melhora esse ano com a chegada de TO, se a defesa conseguisse manter o ritmo eu acrediatva seriamente nos playoffs, mas a defesa não está tão agressiva como ano passado, não consegue chegar no quarterback adversário e deixa sua defesa vulnerável. Ja o Falcons ta numa boa sequencia, apesar da derrota pro Eagles. Nenhum outro time da NFC está se mostrando um sério candidato ao título e é possivel que o Falcons ainda seja o melhor time de lá.


"Foi fumble, porra!"

Pittsburgh Steelers 23 vs 22 Miami Dolphins
Alguem precisa avisar aos juizes da NFL o que é um FUMBLE!! Porque parece que ninguem sabia nesse jogo e foi o que acabou decidindo a partida. Foi um jogo com fortes defesas, nenhum RB passou de 48 jardas, e os ataques aéreos acabaram decidindo, com atuação excelente de Hines Ward, 131 jardas e 1 TD. Mas a jogada da partida foi no final do quarto periodo. Com 2 minutos e meio no relógio, o Dolphins ganhava por 22 a 20 e o Steelers tinha a bola numa 3 pra 2 jardas na linha de 2. Big Ben Roethlisberger tentou entrar com bola e tudo mas sofreu um fumble na linha de uma jarda. Os juizes bizarramente deram touchdown e nao se preocuparam com a bola. O Dolphins desafiou a jogada e os juizes deram o fumble, mas como nao se preocuparam em ver quem ficou com a bola após o fumble e como no video nao deu rpa determinar quem a pegou... Eles deram 4 pra 1 jarda pros Steelers! O Steelers chutou o FG e ganhou o jogo com isso. Algo ridiculo ter uma partida sendo decidida por um erro de arbitragem, mas foi o que aconteceu. Nessa situação, o juiz deveria ter visto quem pegou a bola, pra só ai ter marcado o touchdown e se fosse revertê-lo, saberia com quem ficou a bola. Ridiculo e acabou decidindo um grande jogo.


"Ih caraca, achei que a gente ia mesmo perder pro Bills"

Buffallo Bills 34 vs 37 Baltimore Ravens
É sério, o Ravens quase perdeu do Bills! Parem de rir, é verdade!! O mesmo Bills que quase ganhou do Patriots agora quase ganha do Ravens, o mesmo Bills que fez o Jaguars parecer o Patriots de 2007!! Se isso não é prova que a NFL está doida, nada mais é!! Por incrivel que pareça, Ryan Fitzpatrick teve outra boa atuação (374 jardas, 4 TDs, 2 ints) e o ataque terrestre do time passou das 120 jardas. O Bills é patético mas ta conseguindo levar times fortes ao sufoco, dessa vez só perdeu pro Ravens na prorrogação com um turnover forçado pelo Ray Lewis!! Outro destaque da partida foi a folta de Ed Reed. O safety, um dos melhores da história da NFL, voltou depois de perder boa parte da temporada passada e o começo dessa com lesões, e voltou forçando dois fumbles e tendo duas interceptações. Nao galera, ele nem joga muito não, só impressão. Mas a defesa do Ravens preocupa, e não é de hoje. Ja havia passado por problemas contra o Patriots e agora toma 34 pontos do Bills em casa, tem algo deveras errado ai.

Um dos estádios mais legais da NFL está mais perto que nunca de voltar aos playoffs


Jacksonville Jaguars 20 vs 42 Kansas City Chiefs
E os Chiefs continuam fazendo a festa, ganharam mais uma em casa e avançaram pra 4-2 de record. A defesa jogou bem, o ataque terrestre é destruidor, e a divisão do Chiefs (Em especial o Chargers) está muito inconstante, o Chiefs tem tudo pra ir para os playoffs! Matt Cassell está jogando bem, foram 193 jardas e 2 TDs e nenhum turnover, o ataque terrestre somou mais de 230 jardas (Thomas Jones 125 jardas e 1 TD, Jamaal Charles 71 e 1 TD), o calouro Eric Berry teve uma interceptação e um fumble forçado e o Chiefs tem se mostrado um dos times mais consistentes da NFL! Tudo bem, todo mundo sabe as limitações do time e nao acho que tenha alguma chance de Super Bowl, mas ir pros playoffs numa temporada onde o time esperava ter alguma dificuldade na transição pra uma defesa 3-4, a adaptação dos novos jogadores e ficar no maximo nos 8-8 ja é um tremendo avanço!!

Por outro lado, o Jaguars ja entrou no jogo sem esperanças. Tanto David Garrard como Trent Edwards estavam machucados e o Jaguars teve que pegar da free agency um QB que nao começava um jogo de titular ha cinco anos. Nao é de surpreender as duas interceptações, né? O Jaguars  nao é um time horrivel, mas nao ta tendo nada de bom: Garrard ta extremametne inconstante, o jogo terrestre não engrena, e a defesa nao faz a parte dela (Foram 42 pontos, afinal). Mais um ano no grupo dos mediocres da NFL, será que o time continua em Jacksonville pro ano que vem?


Vergonha da nação: Primeiro o Cardinals, agora o Browns!

Cleveland Browns 30 vs 17 New Orleans Saints
Até o final do ano, o Saints vai enfartar alguem. Primeiro o Drew Brees tem tres interceptações, que geraram 17 pontos, pro Arizona Cardinals e o Saints perde. Agora, em casa, Brees tem o pior jogo da sua vida, com quatro interceptações, sendo duas retornadas pra touchdown, e o Saints perde EM CASA pros Browns!! Colt McCoy é bom, mas nao teve um grande jogo, foram apenas 16 passes tentados, e evitou turnovers, ao contrario do seu amigo de dourado. Mas foi um jogo divertido: O Browns começou a entender que o time é uma droga e que pra ter chance de ganhar dos times bons da NFL vai ter que surpreender e fugir do convencional. Claro que nao vai funcionar sempre, alias vai dar muito errado, mas pelo menos é legal pra quem assiste. Foi o que aconteceu: Primeiro, num retorno de kickoff, Joshua Cribbs faz um passe de um lado pra outro do campo (para trás, portanto válido) para Eric Wright continuar o retorno até a linha de 19 do Saints, o que resultou num field goal. Depois, numa 4 pra 8 na linha de 23 do próprio campo, o punter Reggie Hodges fingiu que ia dar o punt e correu 68 jardas pra posicionar outro field goal, com direito a dançada pra escapar de um tackle! Ou seja, o Browns ja está chutando o pau da barraca, mas é divertido pra cacete ver um time fazer essas tricky plays. Por incrivel que pareça (Estou falando isso muito hoje), talvez valha a pena acompanhar alguns jogos do Browns. Do lado do Saints, a coisa ta tão feia que eu prefiro me abster de comentar. Sério, quatro interceptações contra a secundária do Browns nao da, Brees. Madden Curse pra voce!


DeAngelo Hall virou fã do Jay Cutler

Washington Redskins 17 vs 14 Chicago Bears
Sério, eu devo ser muito pé frio. É só eu falar bem do Jay Cutler e do Bears que eles começam a me avacalhar. Ta bom, eu nunca disse que eles eram bons, disse que tavam bem, mas pora, assim não da. Quatro interceptações do Cutler, e as quatro pro DeAngelo Hall, uma retornada pra touchdown de 92 jardas. Hall empatou o recorde da NBA e foi exatamente isso que levou o time à vitória. Engraçado que o primeito touchdown do Bears tambem saiu de um retorno de interceptação pra touchdown de D.J. Moore, e Santana Moss empatou num belo passe de Donovan McNabb. Johnny Knox deixou o Bears na frente com um TD no segundo tempo, mas o retorno de interceptação de Hall selou a vitória do Redskins: ele ainda teria mais uma no jogo, ainda que nao para TD.

Bom, o Bears ta uma droga. Eu sempre achei o Cutler um QB talentoso, mas sem muito cérebro, e por isso forçava o jogo demais, tomava decisões erradas e nao tinha paciencia pra procurar a melhor opção de jogada. O esquema do Mike Martz, no começo do ano, conseguiu camuflar varias dessas falhas do Cutler, mas agora o esquema de bloqueios do Martz ficou manjado e a linha ofensiva ja é uma droga por natureza, e o tempo todo tem gente chegando e sackando ele, nao tem QB que aguente, o Cutler nao tem tempo no pocket, e isso faz ele tomar as decisões apressadas e idiotas dele: Que resultam, claro, em interceptações. Ja o Redskins faz o que a gente espera deles: Ganhe alguns jogos, perca outros, seja inconstante, sofra com a linha ofensiva e a falta de alvos e ganhe alguns jogos individualmente - nesse caso, com o Hall. Uma surpresa agradável tem sido Ryan Torain, que correu pra 125 jardas contra a forte defesa terrestre do Bears. Um time que começou o ano com Clinton Portis, Larry Johnson e Willie Parker, tres ex-Pro Bowlers, achou no jovem Torain o seu RB titular pra temporada.


Até o Alex Smith ta estranhando como o seu reserva é ruim

San Francisco 49ers 20 vs 23 Carolina Panthers
É o clássico: Ruim com ele, pior sem ele. Começando o ano, os Niners eram os favoritos a vencer a NFC West, a defesa era sólida ja faz alguns anos, o ataque conta com bons playmakers como Vernon Davis, Frank Gore e Michael Crabtree, só faltava Alex Smith produzir em alto nivel pra levar o time ao título. Smith foi extremamente inconstante até aqui, tendo jogos muito ruins e outros excelentes - As vezes até mesmo nos jogos, numa campanha sofria um fumble ridiculo retornado pra TD e depois conduzia duas campanhas perfeitas pra touchdowns. Vai entender.

Mas recentemente Smith vinha tendo boas partidas e o time vinha perdendo por falhas individuais localizadas, faltas e turnovers, alem do azar... muito azar. Nessa partida Alex Smith começou muito bem, teve uma ótima campanha e levou o time a um TD e um field goal. Infelizmente a defesa sofreu novamente com faltas idiotas, como dois pass interferences na mesma campanha, e o Panthers acabou empatando o jogo. Foi quando o Niners descobriu o quanto o Alex Smith faz falta no time. Numa segunda descida, Charles Johnson passou pela linha ofensiva do Niners como se ela nao existisse e sackou Alex Smith. Smith caiu em cima do seu ombro esquerdo, o qual ele ja operou e perdeu duas temporadas, e teve que sair de campo. Agora terá que ficar duas semanas de fora. No seu lugar entrou o reserva David Carr, que é... bem... péssimo! Com Carr o ataque teve que jogar apenas com Frank Gore, o que deu certo no começo, mas depois ele começou a ser marcado por sete negos na linha e Carr teve que soltar o braço, o que claro que nao deu certo. O Niners até retornou uma interceptação pra touchdown, mas a defesa do time fez Matt Moore parecer Drew Brees (Dos dias médios, com certeza não o do Super Bowl e nem o de domingo) e o Panthers conseguiu empatar o jogo nos minutos finais. A bola ainda era do Niners, mas David Carr lançou uma bola idiota que foi interceptada e deu a chance pros Panthers ganharam o jogo - o que eles aproveitaram.

O Panthers ganhou sua primeira partida, e o Niners perdeu sua sexta. Smith está de fora dos proximos dois jogos, e Carr é ruim, entao o time vai começar com Troy Smith. Smith foi um ótimo QB no College, ganhou o Heissman Trophy e foi draftado pelo Ravens, onde teve poucas oportunidades no seu ano de calouro. Jogou quatro partidas, sendo que começou duas, e foi inconstante, porem nao jogou mal, inclusive ganhou do Steelers na sua segunda partida de titular. No ano seguinte, sofreu uma lesão séria e foi reserva de Joe Flacco, o que se repetiu em 2009. Agora chega pra assumir o time do Niners. Não acho que va resolver nada, mas talvez ele consiga alguma coisa. A chance pelo menos ele merece, mas vamos ver como ele se sai depois de dois anos parado.


É isso ai galera, amanha posto a segunda parte de manha, e domingo tem post zerado!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Primeira impressão nem sempre é a que fica

 Sei que é dificil perceber sem a faixa na cabeça, mas esse é o Rajon Rondo 

Ontem comecou a temporada 2010/2011 da NBA, e comecou em grande estilo: Boston Celtics e seu Big Three das antigas, mais Rajon Rondo e Shaquille O`Neal, recebeu em Boston a sensacao do verao, Miami Heat e seu Big Three 2.0. Era o primeiro jogo da temporada, os times ainda estao aquecendo, mas mesmo assim era um jogo que ninguem deveria ter perdido. Foi uma partida dificil, com boas defesas, ataques desentrosados e turnovers, muitos turnovers.

Enquanto de um lado tinhamos o Heat, jovem, renovado, comecando a primeira de muitas caminhadas pra tentar um titulo, mas pela primeira vez jogando junto (Dwyane Wade nao jogou a pre temporada, machucado), do outro tinhamos os Celtics, velhos, cansados, tentando um ultimo folego rumo a um titulo, mas com o entrosamento que ja vem faz algum tempo e com uma das jovens estrelas da Liga(em grau menor do que os superstars do Heat, claro), Rajon Rondo, comandando a festa. O jogo nao e um bom parametro pro resto da temporada, afinal os times vao ter mais 81 jogos pra fazer ajustes no ataque, na defesa, na rotacao, vao ter a volta de jogadores machucados, etc. Por isso e muito dificil falar sobre como sera o ano. Mesmo assim, posso falar sobre o que eu vi ontem e o que eu espero que mude (ou continue) na sequencia desses dois candidatos ao titulo.

O jogo começou com os jogadores um pouco nervosos, com muitos turnovers e faltas de ataque. A defesa do Boston entrou com um esquema eficiente de help defense (Parecido com o esquema que parou Lebron James nos playoffs passados) em cima do Big Three: Quando um deles pegava na bola, sempre havia um jogador marcando em cima e um jogador na sobra. Muitas vezes pudemos ver Carlos Arroyo e Joel Anthony livres com Rondo ou Shaq ficando mais próximos do jogador com a bola pra fechar seu caminho para a cesta. O time do Heat mostrou que esta bem desentrosado, Wade e Lebron bateram cabecas e o time cometeu muitos turnovers. Foi quando o Boston comecou a tomar conta do jogo. Rajon Rondo colocou a bola embaixo do braço e começou a partir pra cima, infliltrou muito bem e desmontou o sistema defensivo bem montado do Miami Heat e distribuiu muito bem o jogo, jogadas proximas a cesta pro Shaq, bolas longas pra Paul Pierce e Ray Allen, etc. A defesa bem fechada do Boston e o ataque eficiente e cadenciado nas maos de Rondo fez o Boston abrir o placar e segurar o temido ataque do Heat a apenas nove pontos no primeiro quarto. No segundo quarto o padrão continuou o mesmo, e embora o Heat tenha se soltado mais ofensivamente (foram 21 pontos no quarto) o Boston ampliou a vantagem em contra ataques fulminantes. O trio principal do Heat pouco fez e cometeu oito disperdicios de bola.

No segundo tempo, o padrão mudou um pouco. O Miami Heat se fechou mais na defesa e começou a jogar nos contra ataques, se aproveitando de uma defesa agressiva e de uma afobação no ataque de Boston. Lebron liderou contra ataques, distribuiu o jogo e chutou bastante - e bem - de meia e longa distancia pra causar panico na defesa de Boston. O ataque do Boston tentou devolver na correria, o que rendeu mais turnovers e rebotes longos, que pegavam a defesa do Boston desmontada e permitiam cestas faceis, até mesmo dos coadjuvantes, ja que a rotação nao tinha tempo de se acertar. Curiosamente, o melhor momento do Heat aconteceu quando só Lebron estava em quadra e jogando de armador junto com Udonis Haslem, Zydrunas (?) Ilgauskas, Eddie House e James Jones, e Chris Bosh e Wade descansavam no banco. Como disse o Bola Presa no twitter, parece que o Lebron joga melhor quando só tem lixo do lado. Esse melhor momento tambem aconteceu quando Shaq e Kevin Garnett estavam no banco e Glen Davis e Jermaine O'Neal estavam em quadra, dois que nao conseguiram criar o próprio arremesso bem. Pierce, que vinha fazendo um bom trabalho marcando Lebron, saiu contundido depois de uma falta em Lebron - que alias deveria ter sido de ataque- numa trombada em contra ataque do Heat, e Marquis Daniels teve problemas pra marcar o MVP da temporada passada. Pra piorar, Rondo estava sofrendo uma marcação semelhante à que o Boston impôs às estrelas do Heat no começo do jogo, o que limitava sua penetração. Com Lebron marcando 15 pontos no quarto, o Miami Heat diminuiu a diferença - que tinha sido de 15 no intervalo - para seis pontos, e parecia que a coisa iria virar de vez.

A diferença poderia ter caido pra tres pontos numa bola de tres de Eddie House no começo do quarto periodo, mas a jogada havia sido parada por falta de Ilgauskas. Foi quando apareceram duas pessoas pro Boston: Kevin Garnett e Paul Pierce. O Heat tirou a diferença para apenas quatro pontos, mas Paul Pierce respondeu com quatro tentativas de bolas de tres: Duas cairam, uma errou e a outra cavou uma falta, lances livres que Pierce converteu. Garnett mostrou que apesar de seu fisico nao ser o mesmo dos tempos de Wolves ele ainda tem uma precisão impressionante, sendo acionado algumas vezes na cabeça do garrafão por Rondo com o relogio estourando, e acertando todas. O Heat esboçou outra reação nos segundos finais, mas uma bola de tres de Ray Allen da zona morta, seguida de dois lances livres convertidos por Paul Pierce, colocaram um ponto final no jogo.

O Boston lembrou bastante o time da temporada regular de 2009/10: Uma defesa forte, um bom primeiro tempo, mas caindo de produção no segundo tempo, tendo dificuldades pra produzir no ataque, cedendo contra ataques e tendo que salvar sua vitória no final. Rondo jogou demais, teve 17 assistencias e 5 rebotes (e só 4 pontos, Jason Kidd ficaria orgulhoso) e liderou o time do Boston. Ray Allen foi o cestinha do time com 20 pontos e acertando 5 de 8 bolas de tres pontos, seguido por Pierce com seus 19 em 3-4 de tres pontos. Kevin Garnett terminou com um double double de 10 pontos e 10 rebotes e apesar de ter jogado pouco, gostei do que vi do Shaq: Ele está mais magro que ano passado, mais ágil e sendo uma presença no garrafão que, enquanto esteve em quadra com KG, acabou com o fragil garrafão do Heat, terminando com 9 pontos e 7 rebotes em apenas 18 minutos. O banco entrou bem, com 26 pontos, e parece estar no caminho certo.

Ja o time do Heat teve mais problemas do que soluções, embora eu seja obrigado a reafirmar que esse foi apenas o primeiro jogo do time, que o time está desentrosado ja que acabou de se juntar e com Wade perdendo a pré temporada, e que com certeza o técnico Eric Spolestra vai ter muito o que ajustar no time ao longo da temporada pra chegar no ponto certo. Mas o que se viu essa noite (repito, UM JOGO, o primeiro jogo!) foi um ataque de meia quadra muito fraco, sem criação nem movimentação de bola, baseado principalmente nas jogadas individuais do Big Three com um ou dois pick and rolls que nao deram em nada. Os tres astros bateram cabeça no ataque, parecia que os tres buscavam ter a bola pra produzir, mas infelizmente acho que o David Stern nao deve ter permitido um time com tres bolas em quadra. O time melhorou muito no segundo tempo, quando passou a controlar melhor a bola e fechar as infiltrações de Rondo, o que como ja disse resultou em varios arremessos longos e turnovers, que Lebron aproveitou nos contra ataques pra ou finalizar na transição ou achar um companheiro livre na defesa bagunçada que se montava nos contra ataques. Tambem ajudou o momento que Lebron teve a bola na mão com dois arremessadores no perimetro (House e Jones) e dois grandalhoes capazes de arremessar de meia distancia (Ilgauskas e Haslem), o que gerava mais espaço pra infiltração e, quando o time fechava, abria um pouco mais pras bolas mais longas, se beneficiando sempre de defesas desmontadas pela velocidade do ataque. Mas ainda assim o time sofreu muita dificuldade para produzir, chutou apenas 36,5% da quadra, e o time teve apenas 15 assistencias no jogo todo - Rondo sozinho teve 17. A favor de Wade, estava muito claro que ele jogou sem ritmo de jogo e abaixo do seu melhor, seu jogo foi fraco (13 pontos, 6 assistencias e 6 turnovers) e ele nao se entendeu com Lebron. Tambem se deve dar créditos à forte defesa do Celtics, que nao deixou os dois trocarem passes faceis e fechou com muita eficiente a infiltração, forçando o time a chutar de longe. Lebron terminou com 31 pontos e 8 turnovers.

Uma coisa que chamou minha atençao no Heat, contudo, foi o garrafão fragil. Bosh teve apenas oito pontos e jogou bastante mal, e o Boston foi absolutamente dominante no garrafão, principalmente quando KG e Shaq estava em quadra. O Heat nao tinha quem pontuasse ali, e embora a defesa do Celtics la dentro tenha sido excepcional, fez muita falta alguem capaz de pontuar ali dentro: Bosh nao conseguiu fazer nada la dentro e saia o tempo todo pra tentar infiltrar, sem sucesso. Anthony a gente descarta. Haslem fez seus oito pontos e jogou bem, mas quase todos em arremessos de media distancia. O Boston teve 38 pontos no garrafão, contra 24 do Heat. E nesse caso, realmente é um problema com o elenco, o time nao tem nenhum pivô decente e vai acabar sendo obrigado a jogar com Bosh e Haslem varias partidas, sendo eles dois jogadores que pontuam muito melhor de fora do garrafão, seja arremessando ou infiltrando, e vai ter problemas contra equipes com pivôs fortes.

As duas equipes voltam a quadra hoje, Boston vai até Cleveland e o Heat recebe os Sixers. O Heat vai ter muito tempo pra se entrosar, os talentos individuais sao excepcionais, o Leste é muito menos disputado que o Oeste e Mike Miller ainda tem que voltar de lesão. Portanto, não ha razão (por hora) pra acreditar que vimos o melhor do Heat, o time terá muito espaço e condiçoes de evoluir muito ao longo do ano, tanto entrosando como corrigindo os detalhes que escondem as fraquezas do time. Na minha opinião o time precisa determinar melhor a movimentação do Big Three e jogar com Arroyo no time titular nao vai dar, vale muito mais a pena botar alguem que chute de tres. Vamos ver hoje como o time se comporta contra um time inferior que gosta de jogar no contra ataque, o Sixers. Se o Heat conseguir fechar os contra ataques, aproveitar bem a posse de bola e forçar o Sixers a jogar um jogo de meia quadra, deve vencer sem maiores dificuldades. O interessante do jogo mesmo vai ser ver as modificações que o Heat vai fazer entre um jogo e outro.


Desculpem pelo post tarde, só agora cheguei em casa. Só pra avisar, amanha eu vou viajar, e portanto essa semana a postagem será mais escassa. Amanha e sexta eu devo postar o resumo da semana em duas partes (Ja estao prontas) e sabado nao postarei nada. Domingo eu volto e retomo a programação normal.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Que venha a World Series!

Começa e termina aqui!

Philadelphia Phillies, New York Yankees e Tampa Bay Rays eram apontados, no começo dos playoffs, como os favoritos a levarem pra casa o título da World Series. No entanto, o Clássico de Outono, que começa essa quarta feira, terá um duelo inusitado: San Francisco Giants contra Texas Rangers. Se me perguntassem antes dos playoffs começarem, essa final só era mais improvavel do que Twins e Braves se enfrentando, ou seja, foi uma grande surpresa.

O Texas Rangers se classificou em quarto lugar na AL e só não era o time mais desacreditado porque o Twins estava sem Justin Morneau. Mas mesmo assim, Josh Hamilton estava voltando de lesão e o time enfrentaria o forte e temido time do Tampa Bay Rays. Com duas sensacionais performances de Cliff Lee, o Rangers eliminou o Rays e seguiu para enfrentar o Yankees, onde Hamilton deu show e o time texano massacrou os atuais campeões nas partidas nas quais venceu, apesar de uma virada histórica do Yankees no jogo 1.

O San Francisco Giants nao deveria nem ter ido para os playoffs, estava 6,5 jogos atrás do San Diego Padres na divisão faltando pouco mais de um mês de temporada regular. Mesmo assim, o Giants foi impecavel em setembro (A começar pelo seus astros, Tim Lincecum e Buster Posey), tirou a diferença pra San Diego e foi para os playoffs. A diferença de 6.5 jogos tirados no tempo que o Giants o fez para ir aos playoffs é uma das maiores marcas da história da MLB. O Giants enfrentou seu clone paraguaio, o Atlanta Braves, e venceu uma série apertada. Em seguida, enfrentou o embalado e fortissimo Phillies numa excelente série, jogos disputados, emocionantes, os ataques funcionaram, tres jogos decididos por uma corrida de diferença (Dos sete jogos vencidos pelo Giants nos playoffs, seis foram por uma corrida de diferença) e belas viradas, e no fim o Giants fez valer sua ótima rotação e chegou à World Series. Essa World Series tambem será a quebra de um tabu: Enquanto o Rangers, em seus 49 anos de história, nunca foi campeão da World Series (E tambem nunca havia nela chegado), o San Francisco Giants tambem nunca foi campeão. A franquia Giants foi campeã cinco vezes quando ela ainda estava em New York, mas desde que se mudou de cidade nunca alcançou o título, são 56 anos sem título, a terceira maior seca da MLB (Atrás de Cubs com 102 e Indians com 62 anos).

A World Series, ao contrário das Finais da NBA ou do Super Bowl, tem o mando de campo definido pelo All Star Game. Ou seja, a Liga (National ou American) que ganhar o All Star Game tem o direito do mando de campo nas finais. O ALG desse ano acabou 3 a 1 para a NL, e portanto o Giants tem a vantagem. O que tem uma outra vantagem alem da torcida. Na MLB, as duas Ligas são bastante diferentes, cada uma oferece um premio de MVP, calouro do ano, Cy Young (Melhor pitcher), etc dentro dela mesma. E tambem ha algumas diferenças entre as regras, e a principal a meu ver é a existencia ou não da posição do Designated Hitter, ou Rebatedor Designado.

No baseball, os jogadores são classificados de acordo com a posição que ocupam na defesa: Catcher, Pitcher, Centerfielder, First Baseman, etc. Na hora de ir o bastão, o técnico escolhe a rotação independentemente da posição. No entanto, na American League, existe um jogador, o Designated Hitter, que não faz parte do time defensivo mas que pode rebater quando seu time está no ataque, ocupando o lugar de rebatedor que normalmente seria do pitcher. Claro que isso favorece o ataque, pois geralmente os pitchers nao tem como caracteristica a rebatida e assim voce coloca em campo um jogador capaz de render mais corridas ao ataque. No entanto, na National League, não existe o DH, e o pitcher faz parte da rotação dos batedores (Para um exemplo, leia abaixo o resumo do jogo 6 da NLCS). Como resolver, então, esse problema na World Series? Simples, se usam as regras da Liga do time que recebe a partida. Portanto, nas quatro partidas em San Francisco, não existirá DH (Vladimir Guerrero, o DH do Rangers, vai começar o jogo 1 como Right Fielder) e os pitchers rebaterão normalmente, enquanto que nos jogos no Texas a posição existe e funciona como sempre (Pablo Sandoval, Pinch Hitter do Giants, deve ser o DH). A meu ver, isso favorece o Giants: Guerrero jogando de RF vai prejudicar a defesa do time, enquanto o Giants está acostumado a jogar com essa formação. Nos jogos no Texas, a entrada do DH só beneficia o Giants em relação à sua formação normal.

Vamos ver mais um pouco sobre os times agora, depois de duas séries de playoffs.



San Francisco Giants
Eu tinha me comprometido a falar do jogo seis da final da NL aqui, e vale muito a pena, porque foi um jogasso, cheio de emoção e com um final espetacular. Roy Oswalt, que teve um ótimo jogo 2, estava escalado para começar pelos Phillies, enquanto Jonathan Sanchez, que até aqui tem tido uma fraca pré temporada, estava no montinho pelo Giants. E Sanchez nao conseguiu sair de sua má fase, logo na parte de baixo da primeira entrada ele cedeu um walk, uma rebatida dupla, dois singles e uma rebatida de sacrifício, permitindo que o Phillies abrisse 2 a 0 de vantagem logo de cara. No entanto, Sanchez se recuperou na segunda entrada e na parte de cima da terceira foi a vez do Giants mostrar serviço: Após rebatidas simples do próprio Sanchez e de Andres Torres e uma rebatida de sacrifício de Freddy Sanchez, o Giants tinha dois jogadores em condições de anotar corridas (2ª e 3ª bases). Aubrey Huff conseguiu uma rebatida simples pra impulsionar a corrida de Sanchez, mas Shane Victorino fez um lançamento lindo pro catcher Carlos Ruiz eliminar Torres antes que ele chegasse ao home plate. Mas na bola seguinte Buster Posey contou com um erro da defesa pra Huff anotar outra corrida e empatar a partida.

No entanto, os problemas do Giants continuaram. Na parte de baixo da terceira entrada, Sanchez cedeu primeiro um walk pra depois acertar uma bola nas costas de Chase Utley num hit  by pitch, que esquentou o jogo: Os dois bancos entraram em campo e ameaçaram começar uma briga. Controlada a situação, Sanchez foi tirado rapidamente de campo pra entrada de Jeremy Affeldt, que entrou muito bem e fechou o inning. A partir dai, a partida virou um jogo de paciencia para ambos os times. Apesar dos Giants estarem jogando melhor no ataque (terminaram o jogo com 13 rebatidas, contra 8 do Phillies), os pitchers e as defesas se mostravam sólidos e ninguem conseguia pontuar. Roy Oswalt saiu pra entrar Ryan Madison, e Madison Bumgerner e Javier Lopez sucessivamente substituiram Affeldt.

Esse equilibrio foi quebrado na oitava entrada, parte de cima: Com dois eliminados e Madison no montinho, Juan Uribe, que ja havia sido o heroi do jogo quatro ao impulsionar uma corrida na nona entrada pra ganhar a partida, rebateu um Home Run que atravessou o campo e só foi cair na primeira fileira de cadeiras da arquibancada. Mas na parte de baixo da oitava entrada, com os Giants em vantagem 3 a 2, pra minha surpresa, quem entrou pra arremessar foi Tim Lincecum! Confesso que na hora fiquei sem entender nada. Os Bullpens geralmente são jogadores que arremessam com bastante força e que tem como função eliminar rapidamente, na base da porrada, enquanto Lincecum é um jogador bastante equilibrado e técnico. Ta bom que era O Lincecum, mas ele estava frio, contra rebatedores que ja vinham jogando faz tempo, a situação era muito desfavoravel. Depois de um strikeout em Jayson Werth (Melhor jogador do Phillies na série), Lincecum cedeu duas rebatidas simples e acabou saindo pra entrada do closer Brian Wilson, que contou com uma queimada dupla excelente de Aubrey Huff pra fechar a entrada. Na nona entrada, com o closer Brad Lidge, o Phillies teve alguns problemas: Torres e Sanchez rebateram simples, e com dois elminados e dois em base Buster Posey subiu no montinho. Foi ai que Lidge optou por ceder um walk intencional a Posey pra lotar as bases. Foi ai que eu entendi porque o técnico botou Tim Lincecum: Quem subiu ao bastão com bases lotadas foi... Brian Wilson! Se Lincecum tivesse fechado o inning, o técnico poderia botar nessa situação um pinch hitter pra tentar ampliar a vantagem e Wilson entraria só na nona entrada. Mas como nao deu, o técnico nao quis arriscar tirar Wilson, que foi eliminado.

Na nona e decisiva entrada, Wilson eliminou dois jogadores, mas cedeu dois Walks, e com dois em base e dois eliminados subiu ao bastão Ryan Howard, que seria seguido por Jayson Werth! Uma rebatida simples de Howard empatava, uma dupla provavelmente ganhava, e um strikeout levava o Giants à World Series! Wilson deixou de lado totalmente qualquer tipo de arremesso que nao fosse uma bola rapida nessa entrada.
Primeiro arremesso. Strike. Começou bem, mas Howard estava 2-4 no bastão aquele dia, perigoso.
Segundo arremesso. Bola. A contagem ainda era favoravel a Wilson.
Terceiro arremesso. Bola. Um walk aqui poderia ser fatal, Werth estava jogando muito na série e iria ter bases cheias.
Quarto arremesso. Foul. Mais um strike pros Giants irem pra World Series!
Quinto arremesso. Ball. Contagem completa, momento de decisão!
Sexto arremesso. Foul. Howard sobrevive.
Seis arremessos até aqui. Seis bolas rápidas. Mas na sétima bola, a bola decisiva, Brian Wilson mandou um dos Sliders mais lindos que eu vi na vida na parte de baixo da zona de strike. Ryan Howard só pode olhar enquanto o juiz chamava o strikeout e Buster Posey saia correndo pra abraçar Brian Wilson, que teve brilhante atuação, enquanto a torcida comemorava sua primeira World Series desde 2002.
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O Giants chegou nos playoffs como um time de ataque fraco e ótima rotação de pitchers, melhor ERA da MLB. E realmente foi o que vimos na série contra Atlanta, as tres vitórias sendo decididas por uma corrida e com baixas contagens com ótimas atuações de Matt Cain e Lincecum. Mas na série contra Phillies, um time claramente superior, o ataque apareceu e muito bem! Foram cinco home runs em seis jogos (Tres do Cody Ross), partidas sendo decididas com placares altos e em geral atuações consistentes de jogadores como Posey e Huff, esse ultimo um monstro na defesa. O time mostrou uma postura de campeão contra o Phillies: rotação titular forte, bom Bullpen e um ataque consistente capaz de produzir nas horas certas. A defesa e a rotação do Rangers é muito inferior à do Phillies e se o ataque do Giants mantiver o impeto, pode conseguir grandes feitos. O que preocupa é a fraquissima pós temporada de Jonathan Sanchez, que perdeu um jogo e só nao perdeu outros dois porque saiu antes. Para o time aumentar suas chances, Sanchez precisa recuperar seu jogo, assim como Bumgarner.


"Opa, sou eu de novo?"

Texas Rangers
Eu ia falar um pouco do jogo seis entre Rangers e Yankees, mas acho que tudo que eu tinha pra falar ja está nesse post, porque realmente aquela foi a história do jogo: Tres rebatidas impulsionadas do Vladimir Guerrero, um Home Run duplo do Nelson Cruz e um Yankees apatico incapaz de fazer qualquer coisa.

O Rangers teve um dos melhores ataques da MLB na temporada regular, foi o melhor time em hits, e conseguiu carregar isso para a pós temporada. O problema tinha sido a rotação titular, CJ Wilson é um bom pitcher mas está longe da elite de Liga. Cliff Lee chegou no ultimo dia de trocas e teve um final de ano fraco, tres vitórias e quatro derrotas. Mas nos playoffs, baixou o santo no Lee, foram tres jogos contra os dois melhores times da AL, tres vitórias e tres atuações dominantes, e está escalado pra começar o jogo 1 da World Series contra Tim Lincecum. O ataque do Rangers está pegando fogo, em especial o Josh Hamilton, MVP da ALCS, e está mandando bolas pra longe num ritmo alucinado. Bengie Molina, Cruz, Guerrero, Ian Kinsler e Hamilton vem de ótimas atuações e vao meter medo mesmo na rotação fortissima do Giants. Se os pitchers conseguirem segurar o ataque do Giants, que vem embalado contra uma defesa bem mais forte que a dos texanos, o Rangers tem tudo pra levar o seu primeiro titulo.


World Series
O primeiro jogo da WS vai ser amanha, quarta feira, 9 e meia da noite. Cliff Lee vai enfrentar Tim Lincecum. O Giants tem uma vantagem muito evidente nos pitchers em geral, área onde o Rangers só apresenta um Lee consistente, e se o bullpen é equilibrado, Brian Wilson é um closer pra meter medo em qualquer time da Liga. Por outro lado, o ataque do Rangers é superior ao do Giants, manda bolas pro outro lado do muro com boa frequencia e tem pra mim o melhor jogador desses playoffs, Josh Hamilton. O Giants apresentou grande evolução ofensiva quando foi enfrentar um time de ataque forte, e se conseguir manter o ritmo de evolução, vai dar muito trabalho pro Rangers. A questão parece ser se voce confia mais num ataque ou numa defesa pra ganhar o título, a defesa do Giants ou o ataque do Rangers. Talvez o ataque do Giants esteja mais proximo do do Rangers do que o inverso acontecendo com os pitchers, mas nao esqueçam que o Rangers tem Cliff Lee, invicto.

Pra mim, a chave da série vai ser o jogo 1: Se o Giants ganhar de Lee, colocar o melhor pitcher da pós temporada no final da rotação do Rangers e abrir a série com uma vitória do seu ace em casa, é meio caminho andado pro titulo. Voce tira o moral do Rangers, do Lee, ganha uma partida contra um pitcher que até agora ganhou todos os jogos que subiu no montinho e sai na frente em vantagem, sendo que nos proximos jogos voce tem uma vantagem muito clara nos arremessadores. Por outro lado, se o Rangers ganhar, ainda que nao seja o maior estrago do mundo pro Giants, atrapalha: Perde a vantagem do mando de campo, ve seu melhor pitcher perder sua segunda partida seguida, um Rangers com mais moral do que nunca e claro, sai em desvantagem na série.

O duelo entre esses pitchers promete ser senscional e podem ter certeza que, nove e meia da noite de quarta, estarei sentado no sofá assistindo a esse jogão.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Vai começar a NBA! - Parte II

Para quem nao viu, eu postei mais cedo (Está logo ai abaixo) a primeira parte desse post. Era um post só, mas tava ficando exageradamente grande e por isso eu postei uma parte antes e outra agora. Naquele post eu explico tudo, mas se voce tem preguiça de ler, eu brinquei de analisar os dados da pré-temporada dos times da NBA sob varios pontos de vista. Lembrando que a pré-temporada nao quer dizer nada, mas como esses times passaram por alguma mudança significativa, a pré temporada serviria pra fazer testes, e portanto da pra ter uma noção geral.

Nessa segunda parte, vamos ver alguns times que tiveram mudanças importantes do ano passado pra esse. Os times que eu escolhi foram Cavaliers, Wizards, Heat, Pacers, Knicks, Raptors, Jazz, Wolves, Suns, Warriors e Clippers. Deixei o Bulls de fora porque o Carlos Boozer não jogou na pré temporada direito, e nao da pra avaliar como fica o time com ele direito. A ideia é analisar o ponto onde ocorreram as mudanças ou, em casos mais extremos, a divisão do time como um todo, e caso o time tenha recebido reforço, seu impacto, e caso tenha perdido alguem importante, quem herda suas funções.

Cleveland CavaliersO Cleveland perdeu Lebron James e agora fede. Sim, a verdade é bastante simples: Com Lebron la, o time funcionava perfeitamente. Sem Lebron, nao tem ninguem que pontue, nao tem quem controle o jogo, não tem um dos melhores jogadores da NBA, não tem nada. Lebron era o lider do time em pontos, em assistencias, em rebotes... Ou seja, ele fazia tudo, o time era dele, e o resto a gente sabe. O Cavs foi um dos times que mais mudou a formação titular ao longo da pré temporada, da pra entender que o Byron Scott está tentando achar a melhor formação do time sem Lebron. Com base nos jogadores que mais começaram, o quinteto titularseria Ramon Sessions, Anthony Parker, Jamario Moon, JJ Hickson e Ryan Hollins, mas Mo Williams só jogou uma unica partida e quando ele entrar acredito que seja titular. Antwan Jamison tambem pouco jogou e pouco fez, mas deve aumentar seus minutos na temporada regular.

Na ausencia de James, o time teve que dividir bastante a pontuação: Sessions, Hickson e Daniel Gibson tiveram 14.3 ppg de media. Sessions e Gibson tambem lideraram o time em assistencias e Hickson e Anderson Varejão em rebotes. Ou seja, o time não tem um pontuador nato (Talvez o melhor do time seja o Williams) e provavelmente vai ter que dividir o fardo. Eu pessoalmente gosto muito mais do Ramon Sessions do que do Mo Williams. Ainda que nao arremesse bem, ele é ótimo armando o jogo, infiltra bem e não é fominha que nem o Mo, e num esquema focado na armação como o do Scott, acho que nao demora pra ele virar titular. O Gibson tambem pode acabar forçando uns minutinhos a mais, não só pontuou bem como tambem armou o jogo direitinho. Se eu fosse o Cavs eu deixava o Sessions de titular e trocava o Mo Williams por um ala ou por um pivô. Com a saida do Shaquille O'Neal, o time deixou de ter um pivozão legítimo. A pontuação no garrafão deve ficar por conta do JJ Hickson mesmo.


Washington Wizards
O time é do calouro John Wall e ponto final. Ele é a estrela do time, ele vai ser o lider do time, ele vai fazer o que quiser em Washington. Tudo bem que o Gilbert Arenas jogou muito pouco na pré temporada (Até porque mentiu pro técnico que tava lesionado pra dar uma chance pro Nick Young e ficou de castigo) e não da pra saber como o técnico pretende usá-lo. Mas pelo que podemos ver, o John Wall não só vai ser o responsavel pela armação (7.9 apg) como pela pontuação (15.7). O número de turnovers (3.6 por jogo) foi muito alto e assim deve continuar, ja que a bola deve ficar na sua mão boa parte do tempo. Precisa treinar mais seu arremesso, principalmente de tres pontos, onde seu aproveitament foi só de 7,7%, o que tambem deve fazer cair o numero de turnovers. A não ser que o Flip Sauders decida dar outro molho (Ja chega, cacete!) no Arenas, acho bem provavel que ele seja o titular na posição 2 (Shooting Guard). Assim resta ver qual será o papel dele, se terá mais a bola mas mãos como ele gosta ou se o ataque continuará começando no John Wall e acionando o Agent Zero apenas quando ele tiver afim.


Se o Wall deve ser mesmo o pilar do time fora do garrafão, dentro dele vai ser o Andray Blatche. Blatche teve media de 14.7 pontos e 6.3 rebotes jogando pouco mais de 26 minutos e deve se beneficiar da presenção não só do Wall mas do Arenas, tendo mais espaço pra trabalhar dentro do garrafão. JaValle McGee e seu lindo nome tiveram 9.9 pontos e 6.9 rebotes de media e deve complementar o garrafão.


Miami Heat
O time mais badalado da história da NBA me causou um problema sério nesse post: Dwyane Wade se machucou logo no primeiro jogo e perdeu o resto da pré temporada, e portanto nao da pra avaliar o desempenho do time com seu trio de estrelas completo. Mas sem Wade, Lebron e Chris Bosh que dominaram o time: Lebron teve media de 24.2 pontos, 4.8 assistencias e 5.3 rebotes, enquanto Bosh teve 16.3 pontos e 7 rebotes. Se a gente ja sabia que esses dois (sem Wade) iam ser os principais, ja deu pra ver que vão ter muito pouca ajuda dos coadjuvantes. Tirando Udonis Haslem com seus 11.3 pontos e 9.2 rebotes, o resto do time só conseguiu pontuar em alguns arremessos de tres pontos e ninguem se destacou com mais de 10 ppg. A falta de um pivozão bom (Sério, se alguem citar o Ilgauskas nos comentários vai receber uma resposta desagradável) talvez force o Haslem a ser titular com o Bosh jogando de pivô (O que ele odeia). Com Wade, o numero de pontos do Big Three deve diluir ainda mais, tanto em assistencias como em pontos e rebotes.


Indiana Pacers
O Pacers me interessava porque com a chegada do Darren Collison o time tinha pela primeira vez um armador que prestasse. Collison fez um bom trabalho, com 12.9 ppg e 4.4 apg, controlou bem o jogo e parece que o Pacers não vai jogar tanto na correria esse ano como com o TJ Ford. Danny Granger, que pra mim é um dos melhores pontuadores da NBA, teve modestos 14.2 ppg e 4.8 rebotes, o que com certeza não vai tirar o sono de nenhum torcedor do Pacers, só o fato dele ter saido andando da quadra ja valeu. O destaque do time foi Roy Hibbert, com 17 pontos e 8.7 rebotes por jogo, alem de 2.3 tocos. Hibbert, que tem evoluindo bastante desde que entrou na Liga, se beneficiou bastante da cadência que o Collison traz ao time. Com a porralouquice que era o time com o TJ Ford, sobrava muito poucas chances pro Hibbert jogar de costas pra cesta, o que ele faz muito bem. Ta muito cedo pra falar, mas pra mim o Hibbert tem chances de ser o 'Most Improved Player' ao fim da temporada.


New York Knicks
O Knicks fez sua parte na orgia de Free Agents e trouxe Amare Stoudamire pra ser o seu franchise player e Raymond Felton pra fazer o papel do Steve Nash no time, mas perdeu David Lee para o Warriors. Amare foi o destaque do time com 25.7 pontos por jogo, mas pegou apenas 5.7 rebotes por jogo, o que foi pessimo pro seu time, que teve uma atuação muito fraca em rebotes, cedendo mais de 14 rebotes ofensivos por jogo. Se a chegada de Amare deu ao time uma força ofensiva bem superior ao David Lee, Amare não deve repetir a cacetada de double doubles que o Lee tinha. Se com o Lee, que é um tremendo reboteiro, o time ja tinha problemas com rebotes e era um dos piores da Liga nesse qusito (Ta, ele jogava com o Eddy Curry), com o Amare o time vai ficar ainda pior, a não ser que o Timofey Mozgov consiga melhorar MUITO dos pífios 3.9 rebotes por jogo que teve na pré temporada.

Ofensivamente, Amare claramente é a principal opção ofensiva do time mesmo: Enquanto terminou com seus 25.7 ppg, os outros tres jogadores seguintes em pontuação do time foram Danilo Gallinari, Toney Douglas e Wilson Chandler, com 117, 11.3 e 11 ppg, respectivamente. Ou seja, Amare vai pontuar feito um maluco e o resto do time vai pontuar vez ou outra. Felton nao se destacou pela pontuação e sim pelas 6 assistencias por jogo, mas acho que conforme o time for se ajustando ele deve começar a chutar mais bolas, principalmente de tres, mas nao seria de estranhar se com o tempo o Toney Douglas roubasse sua vaga de titular.


Toronto Raptors
Sem Hedo Turkoglu (Sim, ele é ala, mas ele quem armava o time varias vezes ano passado), o time confiou a armação das jogadas na mão do Jarrett Jack, que terminou com 4.9 assistencias e 12.5 pontos por jogo, e do Jose Calderon, com boas 5.3 assistencias por jogo. A saida de Bosh foi mais sentida: Enquanto que a carga de pontuação acabou caindo sobre as recentes aquisições Linas Kleiza e Leandrinho (13.6 ppg cada) e o sophomore DeMar DeRozan (12.5), são todos jogadores de perímetro (Sim, o Kleiza tambem é ala, mas tem como principal caracteristica o arremesso), e o problema no garrafão continua longe de ser resolvido: Andrea Bargnani teve apenas 12 ppg e 4 rebotes por jogo, o que é ridiculo pra um pivô. Ou seja, o Bargnani vai ter que mostrar que pode liderar o time no garrafão, principalmente pontuando. Como 4 rebotes por jogo pra um pivô que jogou 27 minutos por jogo é muito pouco, quem acabou ficando com uma boa parte dos rebotes foi o Reggie Evans, com 8.4 por jogo em apenas 22.5 minutos, uma das melhores da Liga. Nao deu pra avaliar melhor como o time resolveu o problema no garrafão porque o novato Ed Davis se machucou e perdeu toda a pré temporada, mas com certeza o time vai sentir demais a saida do PF, tanto ofensivamente (Parece que o time vai sofrer demais pra pontuar no garrafão) como nos rebotes.


Utah Jazz
O Jazz perdeu Carlos Boozer e ganhou Al Jefferson. Nao deu pra medir o quanto Boozer foi util ao Bulls porque se machucou, mas Jefferson teve um bom impacto no Jazz: foi o lider do time em pontos (14.5) e rebotes (6). Claro que o Deron Williams se poupou, nao foi pra cima como de costume pra nao causar problemas ao seu corpo, mas acho que isso só tende a ser benéfico ao Jefferson, Williams com certeza nao vai ter só 4.2 assistencias por jogo na temporada regular e pode ter certeza que varias das assistencias do armador vao ser em pick and rolls pro Jefferson, uma das jogadas mais comuns de se ver no esquema do Jerry SloanPaul Millsap, que com Jefferson e sem Mehmet Okur estava jogando de titular, teve discretos 8 ppg e 4.8 rpg. O calouro Gordon Hayward, apesar de discreto (8.1 pontos e 2.8 rebotes em 22.8 minutos), mostrou talento e acho que vai acabar virando um bom jogador. E o fato do Raja Bell ter conseguido jogar os oitos jogos sem se machucar ja deve ter feito os torcedores do Jazz terem esperanças. Ainda que discreto (6.1 ppg), Bell acertou 50% das bolas de tres que chutou, o que é bem importante pro esquema do Jazz: O Deron infiltra, o Millsap e o Jefferson pontuam no garrafão, e o resto fica chutando de fora. Simples assim.


Minnesota Timberwolves
Se a estrela do Wolves era Al Jefferson, que deu o fora, ja ficou bem claro que é a nova estrela do time: Kevin Love. O branquelo é uma máquina de double doubles, teve 17.8 ppg e 10.6 rpg em apenas 24.9 mpg. Love deve ter muitos minutos sem Jefferson pra disputar a posição e tambem pelo fato que o Wolves é bem fraco e tem muita gente jovem, devem desenvolver os moleques na base do suor, e deve ser o líder do time no ataque e nos rebotes. Tambem tem uma ótima visão de jogo e pode fazer o papel de distribuir a bola no ataque, como o Kevin Garnett faz as vezes no Boston quando o Rajon Rondo ta no banco. Outra adição interessante do Wolves foi o Michael Beasley. Enquanto muitos botavam o Beasley de PF, eu sempre achei que o feioso ia render mais de SF, que é onde ele tem jogado no Wolves. E tem jogado bem, 13.1 pontos e 4.1 rebotes. Só tem que parar de ser fominha e querer resolver tudo sozinho, seu aproveitamente foi abaixo dos 40% e teve mais de 3.3 turnvoers por jogo. O branquelo e eterno draft bust, Darko Milicic, nao teve uma pré temporada ruim, foram 5.1 rebotes, 2.4 assistencias, 2 tocos e 6.6 pontos por jogo.  O calouro Wesley Johnson, que teve uma pré temporada discreta, deve vir do banco atrás do Beasley mesmo, nao se destacou muito nos números, foram apenas 7.9 pontos por jogo em mais de 21 minutos, mas tem talento defensivo, chuta bem (54% de aproveitamento de tres pontos), tem velocidade pra jogar nos contra ataques (Com aqueles passes de garrafão a garrafão que o Love volta e meia da) e pode evoluir ainda bastante, principalmente se o Kurt Rambis colocar ele pra aprender na marra de titular na posição 2.

Phoenix Suns
Sem Amare Stoudamire era questão de tempo para que o ataque do Suns começasse a sentir. Mas o que nós vimos foi um absurdo: só 95.8 pontos por jogo, o maior pontuador do time teve 11 pontos por jogo (Jason Richardson) e mais ninguem passou dos 10 ppg!! Tudo bem que o jogador que mais teve minutos foi o Steve Nash com 22, o que é bem pouco, mas ainda assim, ninguem se destacou o suficiente pra dar alguma esperança pros torcedores do Suns. Claro, é pré temporada, o Nash vai jogar muto mais tempo na temporada regular, e ele tem aquela habilidade de fazer qualquer zé mané virar um craque, mas o Amare e o Nash se complementavam perfeitamente, não vejo o Turkoglu ou o Hakeem Warrick fazendo o mesmo, atacando a cesta com ferocidade depois de um pick and roll. Mas nao da realmente pra prever muito porque o time jogou pouco tempo juntos, os reservas tiveram muito tempo, e não deu pra ter uma noção clara de quem deve ficar com a carga ofensiva sem o Amare.


Golden State Warriors
O Warriors recebeu David Lee, Monta Ellis voltou de lesão, mas mais importante do que isso talvez tenha sido a saida do técnico maluco Don Nelson. Sem ele o time nao foi tão porra louca no que diz respeito à correria, mas ficou bem claro que o técnico novo quis achar na pré temporada uma formação ideal: Ellis, Lee, Stephen Curry, Reggie Williams e Dorrell Wright jogaram todos mais de 27 minutos por jogo, e tirando Williams os outros foram titulares quase sempre. Outro que foi titular em todos os oito jogos, mas teve menos minutos, foi o Andris Biedrins. Não deu pra ter uma noção tao clara de como vai ser o plano de jogo do Warriors sem o Nelson, mas o time sofreu menos na defesa e correu menos no ataque. Se havia uma duvida de como Ellis e Curry iriam jogar juntos, parece que nao existe mais: Os dois dividiram bem as funções, mas deu pra ver que Curry ficou mais encarregado da armação (15.4 ppg, 5 apg) e Ellis da pontuação (21.1 ppg, 3.4 apg). O David Lee continua sendo a máquina de double doubles que era no Knicks, teve medias de 15 ppg e 10.3 rpg. Apesar de ter jogado pouco, Biedrins teve medias de 6.1 e 8 rpg, e deve fazer uma boa dupla de garrafão com o Lee. A carga ofensiva ficou muito concentrada nesses jogadores, o que quer dizer que eles vão ter alguns problemas com o banco de reservas, mas é um time titular muito interessante e divertido de se ver jogar. Se conseguirem manter um jogo rapido mas sem exagerar naquela maluquice que era o time do Don Nelson, os jogadores tiverem minutos consistentes e eles começarem a usar os jogadores direito (Epke Udoh, calouro, nao jogou ainda por lesão), da até pra sonhar em brigar pela nona vaga do Oeste (O que eu duvido que consigam, o Oeste é disputado demais e o time não tem banco, mas acho que iria pros playoffs se jogasse no Leste).


Los Angeles Clippers
Claro que alguem vai se machucar sério e perder o resto da temporada, mas o time do Clippers está bem interessante. Blake Griffin foi um monstro na pré temporada, foram 17.3 ppg e 12.3 rebotes, e parece ser realmente um futuro superastro da NBA. O garrafão do Clippers está muito forte com Griffin e Chris Kaman (16 ppg, 7.1 rpg) e parece que realmente vai ser o foco do time ofensivamente. Atras da linha dos tres pontos tem Eric Gordon, que tambem teve uma boa preseason com 14.9 ppg, ainda que um aproveitamento de só 33% de bolas de tres. Pela milésima vez, ta bom que é pré temporada, mas o Baron Davis (9.8 ppg, 7.2 apg) parece que ficou bem confortável distribuindo a bola pro seu time. Ele vai ter que pegar a bola embaixo do braço e ir pra cima algumas vezes, o que nao fez muito na pré temporada, mas o Davis tem jogado muito desmotivado em LA e com esse bom elenco de coadjuvantes  o Davis tem tudo pra se empolgar denovo e voltar a ter bons números. Pelo visto o Clippers vai focar seu ataque no garrafão que tem e ver quem sobra livre do lado de fora, com a bola passando pelo Davis quando apertar.

Galera, eu sei que a analise ficou bem superficial, mas a ideia era essa mesmo, senao fica grande demais. Amanha eu venho falar da World Series e quarta e quinta eu posto o resuminho resumido da rodada da NFL. Embolou tudo por causa do começo da NBA, vamos ver como fica o ritmo de posts agora. Nao prometo nada, mas acho que da pra equilibrar numa boa! Valeu a compreensao!