Some people think football is a matter of life and death. I assure you, it's much more serious than that.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Resumo da semana 12 da NFL - Parte I

Galera, o resumo de hoje e amanha vai ser mais curto por motivos de prova, por isso nao vou botar as fotos com legendas cretinas como de costume (Ta, uma só, nao da pra nao botar). Semana que vem tudo volta ao normal. Agradecemos a compreenção. E lembrando que falei do primeiro jogo de quinta feira no Cinco Jardas da semana passada.


New Orleans Saints 30 vs 27 Dallas Cowboys
No segundo jogo de quinta feira, com Jon Kitna e sem Tony Romo, o  Dallas novamente mostrou que é um time forte que, noutras circunstancias, tinha plenas condições de realizar o favoritismo que tinha no começo de tamporada. Ta bom que foi derrotado, mas ainda assim, foi surpreendente. No segundo quarto, o Saints chegou a abrir 20 a 3 de vantagem, com dois touchdowns de Chris Ivory e se aproveitando de uma interceptação de Kitna, e foi pros vestiários ganhando de 20 a 6. Mas logo na segunda jogada do terceiro quarto, um End Around pro Miles Austin resultou numa corrida de 60 jardas e um touchdown do WR. Depois de um drive improdutivo de cada lado, um fumble num punt devolveu a bola pro Boys, que converteu mais um TD. O Saints ainda viu, após um turnover de Drew Brees, o Dallas marcar seu terceiro TD terrestre na partida e abrir 27 a 23. O Saints nao conseguiu produzir e a bola no fim do jogo voltou pro Dallas, mas o Dallas nao gosta de ganhar e Roy Williams sofreu um fumble pra dar pro Drew Brees uma segunda chance, que ele nao disperdiçou, conduzindo a campanha da vitória no finalzinho da partida. Merito do Dallas pela recu´peração, demérito do Saints pela incompetencia. Eu achava que eles tava se reerguendo, mas foi um jogo bem fraco. Espero melhoras.

Cincinnati Bengals 10 vs 26 New York Jets
E o Bengals continua seu inferno astral em mais uma derrota pro Jets, de quem eles perderam duas vezes seguidas ano passado, inclusive nos playoffs. Dessa vez Mark Sanchez não teve um bom jogo, mas o ataque terrestre do Jets teve: foram 170 jardas entre Shonne Greene, Ladainian Tomlinson e Brad Smith. Pera, voce não sabe quem é Brad Smith? Bom, ninguem sabia, nem o Bengals e talvez nem o Jets, mas agora todo mundo sabe. O WR está na sua quinta temporada na NFL e nunca se destacou de forma alguma até esse jogo. Mas agora se destacou pra valer. Alem de uma corrida pra 53 jardas e um TD, ainda teve um TD de 85 jardas retornando um kickoff. Greene ainda somou mais 70 jardas terrestres e LT, 49. Do outro lado o Carson Palmer continua uma desgraça ímpar, 17/38, 135 jardas, 1 TD e 1 Int. Tudo bem que a defesa do Jets é boa, mas o Palmer consegue fazer isso contra o Bills. O Bengals até aqui sao uma das maiores decepções da temporada. Eu ia divagar sobre o Jets, mas acho que eles merecem um post proprio. Mas só quinta feira a tarde.


Sei que eu falei sem fotos, mas as 'Cheerleaders' do Packers no Georgia Dome não podem ficar de fora.

Green Bay Packers 17 vs 20 Atlanta Falcons
Dois times que eu apontava antes da temporada como favoritos ao título da NFC e que ultimamente vem mostrado que tem totais condições disso. O Packers, mesmo bastante desfalcado de jogadores importantes como Ryan Grant e Jermichael Finley, tem jogado muito bem e nao da pra duvidar da força desse time. E o Falcons era (e continua sendo) o time com melhor campanha da NFC e ta muito proximo de conseguir o First Seed, o que pra um time que não perde em casa é importantissimo. E se o jogo estrelou dois grandes QBs, pra surpresa de ninguem, o Matt Ryan novamente conduziu uma campanha impecavel nos instantes finais da partida pra garantir a vitória do seu time. Ja é o que, a sexta vez na temporada? Ryan ta virando um dos melhores 4th Quarter QBs da NFL. E se o Falcons ganhou, é porque foi premiado por sua ousadia. O jogo estava empatado 10 a 10 quando o Falcons teve uma 1st and goal na linha de 1 jarda. Depois uma 2nd. 3rd. 4th. Na quarta pra uma jarda, ao invés de chutar o field goal, o time tentou sua quarta corrida consecutiva. Dessa vez o time teve sucesso e Michael Turner (110 jardas e 1 TD na partida) entrou na end zone. Ousadia que foi premiada, porque no final da partida Aaron Rodgers conduziu campanha impecavel pra anotar o TD do empate. Mas ainda sobraram 47 segundos no relógio, e isso pro Matt Ryan é uma eternidade. Depois de um excelente retorno de kickoff do Falcons, que só foi parado com um facemask de mais 15 jardas, Matt Ryan completou 4 passes seguidos para posicionar Matt Bryant num Field Goal de 47 jardas e ganhar a partida.

Pittsburgh Steelers 16 vs 13 Buffalo Bills
Foi uma desgraça pro Steelers, um jogo patético da parte deles, e o Bills merecia ter ganho a partida - e quase realmente ganhou, mas... ah, o azar... Sabem, o Bills é um time melhor do que a gente pensa, e o Ryan Fitzpatrick ta jogando o melhor futebol americano de sua carreira. O Bills não é BOM, gente, a defesa é uma droga e o ataque só joga quando quer, mas ja é uma grande melhora do começo do ano, quando nem tinham isso. Não acho o Trent Edwards o pior QB do mundo, mas o Fitzpatrick ta jogando num nivel surpreendente. E tambem tem o fraco jogo do Steelers. Rashard Mendenhall teve o terceiro melhor jogo da carreira, foram 151 jardas e 1 TD, mas Ben Roethlisberger nao conseguiu lançar nenhum TD contra a defesa do Bills, a pior da NFL, e no final o Bills só nao conseguiu virar a partida porque foi incapaz de aproveitar um turnover quando o jogo estava 13 a 10, e só conseguiu chutar o FG pra empatar. Na prorrogação, um passe de 40 jardas de Fitzpatrick, perfeito, cirurgico, achou Steve Johnson, que ta tendo uma temporada incrivel, na end zone, livre. Mas nao é que Johnson deixou a bola cair? A bola caiu perfeitamente entre seus braços, mas nao conseguiu segurar. O Steelers nao deu uma segunda chance pra ele e Shaun Suisham acertou o FG da vitória. Uma pena, porque o Bills mereceu ganhar e foi triste ver Steve Johnson arrasado na coletiva de imprensa. Talvez... apenas talvez... o Bills comece a ter uma esperança pro futuro. Ajudada por uma boa posição no draft, logico.

Carolina Panthers 23 vs 24 Cleveland Browns
Apesar de uma droga, foi um jogo interessante. Tudo bem, sem o Colt McCoy, machucado, o Browns é uma porcaria e o Jake Delhomme teve duas interceptações e nenhum TD jogando contra o time que ele uma vez levou ao Super Bowl, quando ainda era bom. Do outro lado, o calouro Jimmy Clausen nao jogou taaao mal, mas tambem nao jogou bem, mas foi auxiliado por um forte jogo terrestre que finalmente se achou... bom, contra a defesa do Browns nao conta, ele só jogou bem. Jonathan Stewart teve 98 jardas, Mike Goodson 55 e um TD, e o Panthers só nao ganhou porque John Kasay errou um FG de 42 jardas no ultimo segundo de partida. E tambem porque, do outro lado, se o Delhomme foi uma ameba em campo, Peyton Hillis não foi. Uma das maiores surpresas individuais da Liga, Hillis teve 151 jardas e 3 TDs terrestres na partida, espetacular, e agora soma pelo menos um TD em todos menos um dos jogos que jogou até aqui, contra o Steelers. Pra um jogo entre dois times tao ruins, pelo menos os RBs nos deram algo pra apreciar.

Tennessee Titans 0 vs 20 Houston Texans
O Houston voltou a vencer, e pra isso afundou o Titans ainda mais. Sem seus dois QBs principais, o Titans teve que recorrer ao calouro Rusty Smith, que teve 3 interceptações e foi uma droga - nao tou culpado o coitado, é uma tremenda fria pra entrar, mas digamos que isso nao ajudou o Titans em nada. Tambem nao ajudou o Chris Johnson ter apenas 7 corridas pra 5 jardas. O Texans conseguiu, pela primeira vez na história da franquia, segurar um oponente no 0, o que é um feito ainda mais impressionante quando se leva em consideração que eles tomaram 24 pontos ou mais em cada um dos ultimos 10 jogos da temporada. A defesa do Titans tambem foi uma peneira e Arian Foster, com suas 149 jardas, fez a festa. O jogo tambem ficou marcado por uma treta entre Andre Johnson e Cortland Finnegan. Os dois ja se estranham faz algum tempo dentro de campo, e o Finnegan é um dos jogadores mais sujos e chatos da NFL, adora dar umas cutucadas quando o juiz nao ta olhando, e o Johnson pelo visto perdeu a paciencia dessa vez. Depois de um tranco de Johnson na jogada anterior, Finnegan provocou o banco do Texans antes de uma jogada começar, uma corrida, onde Finnegan agarrou e puxou a facemask de Johnson, que o estava bloqueando. Johnson ficou puto e arrancou o capacete de Finnegan, que fez o mesmo, mas levou a pior, levando dois socos na cabeça do pequenininho Johnson (Johnson tambem levou a melhor dentro de campo, 9 recepções, 60 jardas e 1 TD). OS dois foram expulsos da partida e devem ser multados e talvez até suspensos. O video da treta pode ser visto aqui. Detalhe que, quando os juizes separaram, o Finnegan aplaudiu achando que só o Johnson ia ser expulso. A cara de cu dele quando tambem foi expulso foi impagavel.

Jacksonville Jaguars 20 vs 24 New York Giants
E ninguem quer a liderança da AFC South. Colts, Jaguars e Titans perderam e por enquanto o Jaguars está em primeiro no criterio de desempate. E o Jaguars pode reclamar bastante de si mesmos, porque tiveram tudo pra ganhar. O time ganhava de 17 a 10 no começo do quarto periodo, mas Eli Manning conectou em dois TDs e David Garrard, que teve boa partida pelo chao (41 jardas terrestres e 1 TD) mas uma fraca pelo ar, sofreu o sack e o fumble pra selar a vitória do Giants. O Giants mostrou vulnerabilidade na defesa terrestre, foram mais de 200 jardas pro ataque terrestre do Jaguars, mas o Giants se aproveitou da fraca partida do Garrard pra ganhar. Mas mesmo assim, nao parece aquele time de algumas semanas atrás.

domingo, 28 de novembro de 2010

O que está acontecendo com o Miami Heat?

Bosh urra, Wade pensa e logo existe e Lebron está com prisão de ventre

Antes de começar minha sessão diária de falar mal do Miami Heat, um esclarecimento (na verdade dois). Primeiro que eu estou na ultima semana de aula da faculdade, e em portugues isso quer dizer 'semana de provas'. Portanto, essa semana (até a outra segunda, na verdade) eu vou estar estudando feito idiota pra fechar o semestre. Nao vai dar pra postar todos os dias e as vezes vou ter que fazer posts mais curtos, mas depois a gente deve voltar ao normal nas ferias (talvez até mais, sabe como é o tédio...). E a segunda é que na ultima semana eu andei bem enrolado com faculdade tambem e pedi pro Celo me cobrir alguns dias e... bem, vamos falar mal do Heat.

Acho que, desde que comecei a acompanhar NBA, eu nunca vi um time com tanto hype em cima quanto o Miami Heat. Ta bom que  não vi o Lakers de 2004 com Kobe Bryant, Shaquille O'Neal, Gary Payton e Karl Malone. Mas desde que todo mundo viu que Chris Bosh, Dwyane Wade e Lebron James iam virar Free Agents juntos, começaram a pipocar boatos e especulações sobre pra onde eles iriam e, claro, sobre se eles iriam jogar juntos. Quando o ego do Lebron superou o bom senso e ele fez o The Decision pra anunciar que iria pra Miami, foi uma comoção nacional: Bosh, Wade e Lebron, os tres maiores Free Agents da maior classe de Free Agents da história, jogando juntos no Miami Heat?? Enquanto alguns se ocupavam amaldiçoando até a décima geração da familia do Lebron, outros começaram a pensar no impacto que isso teria dentro de quadra. Confesso que minha primeira reação foi de tristeza: Imagina se o Lebron vai pro Bulls, por exemplo. Imagina a rivalidade intensa e insana que teriamos pelos proximos cinco anos entre Bulls e Heat (com Bosh)?? Seria genial, quando Lebron e Wade se enfrentavam era promessa de show, e ver esses dois jogadores sensacionais em dois times brigando rodada a rodada por posições e depois pelo título seria uma das coisas mais legais de ver do esporte na atualidade. Depois tambem achei o Lebron um idiota. Entendi a ansia dele em querer ganhar títulos, afinal as pessoas pegavam (e ainda pegam, e vao pegar enquanto nao mudar) no pé do Lebron porque ele nao tinha um título. Como fossem os títulos que fizessem uim jogador grande ou pequeno. Se é assim, Sasha Vujacic é melhor do que Lebron James e o Trent Dilfer é melhor do que o Dan Marino! Mas nessa ansia por ganhar um título, eu achei que ele perdeu a chance de deixar algo maior, pro basquete e pra ele mesmo. Mas a decisão foi essa e só nos restava lamber os beiços pensando nesse Heat em quadra em 2010/2011 ou então falar que o Cavs ia ganhar um título antes do Lebron.

Só que a temporada começou e, até agora, o Miami Heat ainda não convenceu ninguem. Depois de uma derrota humilhante pro Celtics na abertura, o Miami Heat implacou quatro vitórias esmagadoras seguidas, uma delas contra o Orlando Magic, jogando uma defesa excelente, um ataque rápido e eficiente e parecia que o time ia engrenar de vez e alcançar as expectativas colocadas antes da temporada: título, melhor time da história, recorde de vitórias, e etc. Até que o Heat enfrentou o Hornets, até então invicto. O jogo foi apertado, o Heat teve chance de ganhar a partida, o Hornets teve que suar, mas o fato é que o Hornets expos novamente os mesmos pontos fracos que o Celtics ja tinha mostrado. O Heat venceu o Nets logo depois, mas em seguidas duas derrotas: Celtics e Jazz, essa ultima uma virada histórica. Depois de mais tres vitórias contra times fracos, o negocio começou a pegar. Dos ultimos cinco jogos (Os cinco depois dessa vitória contra os tres times fracos), o Heat perdeu quatro jogos e ganhou um e, talvez mais importante, perdeu Udonis Haslem por tempo indeterminado. Agora o Heat está 2-7 contra times .500 ou acima, e 7-1 contra times abaixo de .500. Tudo bem, ganhar de times fracos é importante pra conseguir um bom record no final, mas sem ganhar de times fortes voce não vai chegar a lugar nenhum!

Antes de mais nada, como eu sempre afirmo, ainda não é hora do Heat entrar em pânico. O Heat VAI pros playoffs, e é lá que a coisa conta, não agora. Alguem lembra como Celtics e Lakers entraram nos playoffs do ano passado? Fim de temporada regular muito fraco, muitas derrotas, time inconsistente, sem padrao de jogo, ninguem acreditava. Ou seja, o que acontece agora não é o que vai necessariamente acontecer depois. O que é importante é o time identificar AGORA os problemas e começar a corrigir a tempo dos playoffs, pra ai poder competir com Celtics e Magic. Mas de onde começam os problemas do Heat?

Começando de cima, o Phil Jackson, técnico do Lakers, deu uma declaração que ganhou um pouco de polêmica ao longo da semana. Ele disse que imaginava quanto tempo ia demorar pro Pat Rilley descer do cargo administrativo pra assumir o time e mandar o Eric Spolestra passear. Pra quem nao lembra, ele ja fez isso com o Stan Van Gundy, no time do Heat que foi campeão em 2006, com Wade e Shaq. Tudo bem, o Phil Jackson adora mexer com o psicologico dos adversários e é um mestre nessa arte. O Van Gundy saiu babando reclamando do Jackson e defendendo o Spolestra, o que no fundo só mostra que o Jackson está certo. E a verdade é que por mais que ele tenha provocado o Heat e tentado abalar o time (aposto que conseguiu), ele nao falou nenhuma mentira. Eu nunca gostei do Eric Spolestra, o Celo concorda comigo nisso, ele é bom em montar defesas mas no geral ele não é um técnico com jogo de cintura, que nao sabe montar nem algo que lembre vagamente um ataque e nunca me chamou a atenção por modificações que faz durante os jogos. Ja o Pat Rilley é um técnico consagrado e que na minha opinião tem como tirar desse elenco do Heat mais do que o Spolestra. Se o Rilley VAI fazer isso eu nao sei, mas se ja fez uma vez, aposto que o Spolestra fica feliz todo dia ao chegar ao ginásio do Heat e ver que nao é barrado na porta.

Eu não acho, e nunca disse isso, que a culpa do Heat nao estar aquelas coisas É do Eric Spolestra. Só acho que ele não está conseguindo resolver os problemas (alguns nem o Red Auerbach resolveria) a tempo, e a pressão que ele vem sofrendo só complica mais a vida do coitado. O Bola Presa falou uma coisa que eu achei muito verdade esses dias: De tanta pressão pra arrumar o ataque, o Spolestra deixa de se focar na sua especialidade, a defesa. Mas enfim, o Miami Heat tem problemas sérios que não tem nada a ver com técnico. Tem a ver com o trio de superastros que o time juntou na offseason.

A primeira coisa que chamou a minha atenção e de muita gente com o The Decision foi: Como o Heat vai arrumar teto salarial pra assinar com mais 10 jogadores? O time só tinha mais o Mario Chalmers sob contrato, entao o Heat dispunha de um nada de teto salarial pra assinar com nove jogadores. Depois que cada um do Big Three cortou 15 milhões do salário (um minuto de silêncio) pra poderem renovar com o Haslem, o time foi atrás de Free Agents dispostos a ganhar pouco. Tirando Mike Miller, que assinaram usando a Mid Level Exception (Uma certa quantia que voce pode assinar com um ou mais jogadores e nao entra na conta do Salary Cap), o resto foi assim: Zydrunas Ilgauskas, Eddie House, Joel Anthony, James Jones (Esses ultimos ja eram do Heat, mas viraram Free Agents e renovaram). Era um bando de restolhos, mas ninguem esperava que eles ganhassem jogos: O Big Three que iria fazer isso! Mas acontece que os tres craques do Heat tem um problema: Eles tem o mesmo estilo de jogo. São os tres jogadores que infiltram muito bem, finalizam proximo À cesta e gostam de jogar com a bola na mão, com liberdade pra armar o jogo. Tanto Lebron como Wade  não são grande arremessadores e embora tanto eles como o Bosh sejam capazes de acertar arremessos de meia distancia e até de tres, não é a principal caracteristica deles e não são os arremessos mais confiaveis do mundo - um dia podem acertar 8 de 10 e no outro 1 de 12. E como a NBA não permitiu que os times usassem tres bolas em quadra ao mesmo tempo, o Heat as vezes tem problemas com a distribuição da bola pelos jogadores: O Lebron pega a bola, infiltra, toca pro Wade no perimetro. Wade nao vai arremessar, ele infiltra, toca a bola pro James no perímetro... Ou seja, são excelentes jogadores, Wade e Lebron tao no meu top 3 da NBA, mas eles tem as mesmas caracteristicas, e o time fica sem variação de jogada. Pra piorar, o ataque vive dos 'Passe a bola pra um dos tres' e não parece ter um esquema envolvente e trabalhado de ataque.

Alem disso, o time sofre barbaramente com a falta de peças. Principalmente de um armador e de um jogador de garrafão. As primeiras derrotas do Heat foram pra Celtics, Hornets e Jazz. Ou seja, Rajon Rondo, Chris Paul e Deron Williams, pra mim os tres melhores armadores da NBA. O Jazz demorou pra pegar o esquema que o Celtics e o Hornets pegou rapido: A bola ficava 90% do tempo nas mãos do armador, que batia pra dentro e deixava o Carlos Arroyo ou o House pra trás. Assim, o Heat era obrigado a modificar seu esquema defensivo, e era alvo facil dentro do garrafão sem bife do time ou pro perímetro, com os chutadores de tres pontos. Lembro que quando o Heat estava montado eu falei pro Celo que eu achava que a defesa do Heat ia sofrer bastante pela falta de um pivô grandalhão e de um armador de contenção. A boa defesa do time resultava não das marcações individuais, mas do sistema bem montado pelo Spolestra e de um ou dois jogadores mais ágeis e capazes de roubar bola - Wade e Lebron. Mas quando o adversário tinha um armador capaz de passar facil pelo marcador individual e partir pro garrafão fragil do Heat, voce desmontava todo o esquema de contenção do Heat e abria totalmente a defesa. Principalmente no garrafão. Celtics e Jazz tem garrafões muito fortes e o Emeka Okafor pareceu o Dwight Howard de tanto pegar rebote ofensivo e colocar de volta na cesta no meio do garrafão do Heat.

Alem disso, o Heat tambem sofre na parte ofensiva. O Heat não tem nenhum jogador que pontue de costas pra cesta ou dentro do garrafão. O Lebron ou o Wade podem fazer esse papel, mas não é a melhor opção. O Bosh joga muito melhor de frente pra cesta, com infiltrações ou arremesso de meia distancia. O Udonis Haslem vivia dos seus arremessos de meia distancia, assim como o Ilgauskas - dois com alergia de garrafão. E o pivô de bife, o Joel Anthony... bem, ele é horrivel. O time vive dos arremessos de meia distancia e de tres, e das infiltrações e olhe lá. Ou seja, é facil demais marcar um time assim, no papel. Se nao fosse o talento individual insano dos jogadores, o Heat tambem não teria ataque. Os arremessadores de longe sofrem com a falta de alguem capaz de jogar todos os jogos, como o machucado Miller, e o House e o Jones ficam revezando tanto em quadra que é capaz do Lebron tocar pro Joel Anthony arremessar de tres só porque ele parece com o Jones e na verdade quem está em quadra é o House. Ou seja, uma bagunça, o Spolestra não sabe mais o que tentar pra arrumar o ataque.

Pra mim, o Heat tem que parar de insistir tanto em jogar aquele ataque de 24 segundos e começar a acelerar mais as coisas, pra começar. O time rende muito mais com o Wade ou o Lebron vindo em velocidade, com um jogador acompanhando do lado e um arremessador no perímetro. Claro, nao tou falando pra eles virarem o novo Suns com o Lebron de pivô, só que não precisa tentar toda maldita vez que pega a bola um ataque cadenciado de meia quadra sendo que voce praticametne não tem jogadas desenhadas no ataque! Deixa o Lebron e o Wade levarem a bola mais rapido pro ataque, não vai matar ninguem acelerar um pouco o jogo, voce só explora melhor a velocidade dos seus jogadores. O time sofre demais no ataque de meia quadra, o Lebron é o lider da NBA em turnovers, e no final acaba forçando um arremesso ou com alguem tirando o coelho da cartola - e eu garanto que nao é o Anthony. E de uma vez por todas, assinar com o Erick Dampier nao vai resolver nada, catrambias! O cara é um Joel Anthony mais rico e mais velho!! O Heat tem peças repetidas demais e não tem as variedades que um time campeao precisa ter. Tudo bem, a volta do Mike Miller vai ajudar porque vai ter algum arremessador de tres que nao precisa jogar um dado de RPG pra ver quantos minutos vai ter em quadra e dai da pro time criar uma identidade, mas não vai salvar a patria, até porque ele nao defende.

O que o Heat precisa agora mais do que tudo é calma. Não vai ajudar muito o Pat Rilley botando pressão no Spolestra, ele tem que decidir: Se é pra assumir, assume agora. Senão, aparece logo a publico, fala que o Spolestra vai continuar, e deixa o cara trabalhar em paz. A midia, os torcedores (A favor ou contra), os jogadores, todo mundo está de certa forma botando pressão no time. Odiando ou amando, o Heat foi o time mais falado dos ultimos anos. É normal que tenham muitas atenções voltadas no Heat. O time parecia tão ansioso em calar os criticos que as vezes parecia afobado... exagerado. O time falava que estava focado e nao ligava pra pressão externa, mas a cada vez que o time perdia, o time parecia voltar com mais ansia pro próximo -  e iss ta acontecendo cada vez mais. As vezes funciona, mas as vezes só atrapalha. Enquanto o Heat - e o técnico - não conseguirem deixar o elenco focado dentro dele mesmo, o Heat vai continuar tendo esses problemas. O quinteto titular não está rendendo e o seu melhor reserva ta machucado. Cada vez parece mais dificil pra Wade e Lebron jogarem juntos - é extremamente raro ver os dois com boas noites no mesmo dia. O Heat precisa ir com calma, aceitar os erros, entender que só na individualide dos craques eles vao pros playoffs, e agora se preocupar em corrigir o que está errado. Botar o Chalmers toda noite pra chutar 1000 bolas de tres pontos no ginásio, chamar um espirita pra colocar o Pete Maravich no corpo do Arroyo e rezar pro Dampier conseguir jogar alguma coisa, ter no Bosh seu melhor marcador de garrafão é triste demais. E por fim, o Heat ainda tem mais 65 jogos. Foram 17 jogos interessantes, instrutivos, mas só 17 jogos. Tem mais 65 pra se arrumar, e ai entrar nos que valem de verdade.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Cinco Jardas ou Menos

Adivinha de quem era o dia de postar ontem? Pois é. Adivinhem se ele postou? Pois é...
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Mais um Cinco Jardas, com o MVP da MLB, jogos do Thanksgiving, Ryan Leaf, atuações da NBA e mais. Confiram.


"Touchdown!!"

- Finalmente sairam os ultimos prêmios da MLB, isso é, o de MVP. Da American League, o MVP foi - poderia ser outro? - o outfielder Josh Hamilton, do Texas Rangers. Jogadores como Miguel Cabrera e Robinson Cano tambem tiveram temporadas excelentes, mas a única coisa que poderia tirar o MVP dele seria a lesão que o tirou da reta final da temporada regular - sem maiores consequencias. Hamilton teve um ano extraordinário, foram 95 corridas anotadas, 32 Home Runs e 100 RBIs, alem de líderar toda a MLB em aproveitamento, 0.359, mesmo passando quase todo o mes de setembro fora dos campos pelas lesões na costela. Hamilton ganhou uma castanhada de prêmios fora da MLB (ou extra-oficiais), como Sporting News Major League Player of the Year, Players Choice Award for AL Outstanding Player e Boston BBWAA Chapter Ted Williams Award pro melhor rebatedor da MLB, alem de um Silver Slugger da MLB. Mas esse MVP coroa todos e deve ter um gostinho extra de rendeção pro Hamilton. Apesar de um excelente jogador, Hamilton sempre teve problemas fora de campo com drogas e alcool. Foi escolhido em primeiro no Draft de Primeiro-anistas de 1999 pelo Rays, mas perdeu mais de tres anos e meio por causa de seus problemas. Em 2006 ele ganhou uma utlima chance, pelo Reds, de onde foi trocado pro Rangers em 2007. E agora, alem da ótima atuação, dos playoffs e de levar o time pela primeira vez pra World Series, Hamilton ainda ganhou o MVP com 22 dos 27 votos de primeiro lugar! Extremamente merecido, e torço pra que esse excelente jogador possa ficar livre dos problemas extra-campo que tem vivido.

- Do lado da NL, o vencedor foi ainda mais unânime: Joey Votto, first baseman do Cincinnati Reds. Dos 32 votos pro primeiro lugar, Votto recebeu 31 deles pra acabar com o reinado de Albert Pujols, do Saint Louis Cardinals, vencedor dos ultimos dois  MVPs e segundo lugar na votação. Engraçado notar que Pujols ganhou pra primeira base tanto o prêmio de Silver Slugger como de Gold Glove, ambos à frente de Votto, e tambem teve a melhor marca da NL em Home Runs (42) e RBIs (118). Mas no final, Votto foi o vencedor do prêmio de MVP por uma margem até assustadora - eu confesso que esperava o Pujols ganhando. Votto foi o terceiro melhor em Home Runs (37) e RBIs (113) na NL, alem do segundo em aproveitamento (.324). No final, o que provavelmente acabou pesando foi o título de divisão que o Reds ganhou em cima do Cardinals, uma das principais rivalidades da MLB hoje. Não sei dizer em quem eu votaria, só sei que em qualquer um que ganhasse, o prêmio estaria em boas mãos.

- A Free Agency ainda não está muito aquecida, pelo menos no que diz respeito aos jogadores de destaque. Por hora, as principais movimentações foram o Giants reassinando com Aubrey  Huff, que foi importantissimo e o melhor jogador defensivo na World Series que o time ganhou, e o Detroit Tigers, que está muito proximo de contratar Victor Martinez, antes no Red Sox, que ja mira Carl Crawford (ex-Rays) e Jayson Werth (ex-Phiilies) pro lugar. Mais notificações conforme formos avançando.


"Vamos la, a gente acaba esse jogo rápido e vai comer peru na casa do Brady!"

- Ontem foi um dos principais feriados nos EUA, o Thanksgiving, ou dia de Ação de Graças. É um dos feriados que eles mais gostam e ficou famoso no mundo inteiro mais porque é o dia em que os americanos comem peru. E la, acho que o principal motivo deles gostarem tanto é porque a NFL no Thanksgiving ja é uma tradição quase tao importante quanto o próprio feriado. Por isso, ao invés de apenas o Thursday Night, tivemos tres jogos ontem. Patriots enfrentando o Lions em Detroit, o Saints freando a reação do Cowboys em Dallas e o Jets recebendo - e massacrando - o Bengals. Eu não ia falar detalhadamente desses jogos ainda, ia falar tudo junto no resumo da rodada, mas teve UM jogo que eu vou ter que comentar.

- No primeiro jogo tivemos, via ESPN e Bandsports, o jogo do Patriots e do Lions. E tudo o que eu posso dizer é que o Tom Brady não quer que o MVP vá pro Michael Vick, e eu confesso que estou pensando seriamente no assunto!! Voce sabe o que é QB Rating? É uma medida que vai de 0 a 158.3 que mede o quatno um QB foi produtivo no jogo com base em cinco fatores - Passes tentados, passes completos, numero de jardas, touchdowns e interceptações. No Brasil chamamos isso de índice de produtividade. É um calculo extremamente chato de se fazer e se alguem quiser calcular um dia o rating de um QB qualquer, sugiro que taquem no google que voces acham calculadoras pra isso. Ontem o Brady terminou o jogo com 21 de 27 passes completos, 341 jardas, 4 TDs e nenhuma interceptação! Ou seja, um rating perfeito de 158.3!!

Mas o primeiro tempo da partida foi do Lions, que com Calvin "Megatron" Johnson e Maurice Morris (no lugar do calouro machucado Jahvid Best) anotou dois touchdowns contra apenas um do Patriots (Com Benjarvus Green-Ellis rebocando o defensor do Lions), e cuja defesa conseguiu botar muita pressão em cima do QB do Patriots, obrigando Brady a sair bastante do pocket e o deixando desconfortavel. O calouro Ndamukong Suh, um monstro, teve ótima atuação, com um sack e um tackle genial em cima de Ellis pra uma perda de cinco jardas logo no começo da partida. Suh é o melhor Defensive Tackle da NFL hoje, ponto. O Lions foi pro vestiário com a vantagem de 17 a 10.

Mas no segundo tempo, Brady decidiu que era hora de fazer valer seu jantar (E sua esposa). Brady começou a pegar fogo, e só no segundo tempo passou pra quatro touchdowns: Primeiro pra Wes Welker, que tambem teve ótima atuação. Depois, um de 79 jardas que foi uma jogada genial, tanto o passe como a corrida de Deion Branch até a endzone. Depois, mais um pra Branch pra virar a partida e, pra sacramentar a vitória, mais um pra Welker. Green-Ellis ainda anotou mais um pelo chão, e destaque tambem pro calouro Devin McCourty, que teve duas interceptações e é líder dos calouros no quiesito, com cinco. Brady parece estar crescendo na hora certa da temporada e, se ele conseguir continuar jogando a esse nivel, o Patriots tem tudo pra levar mais um título pra casa. E Brady agora tem 23 touchdowns no ano e somente quatro interceptações, com 2703 jardas e um Rating de 105.8. Alguem alem de mim acha que a disputa pra MVP esse ano vai até a ultima rodada??


Young da um facepalm para ele mesmo

- O problema do Vince Young continua complicado, embora tenha amenizado. Depois de mandar uma mensagem de texto pro técnico Jeff Fisher pedindo desculpas, o técnico disse que isso não era suficiente, mas tambem disse que ele nao seria (ou estava sendo) afastado do clube. Fisher é BEM linha dura e com certeza vai cobrar mais disciplica do Young, que pode tar colocando a carreira com o Titans em risco dessa forma. Os americanos gostam de falar em Work Ethic, ou a ética de trabalho dos jogadores, que é mais ou menos a dedicação ao trabalho que os jogadores tem, no que diz respeito a comparecer aos treinos, treinar a mais, treinar com vontade, etc, e é costume falar que um grande talento sem uma ética de trabalho boa não vai conseguir se dar bem. O que não é exatamente verdade, varios jogadores que nao gostam de treinar e não dao tudo de si, chegam atrasados e etc acabam arrasando nos campos por puro talento. Mas tambem é bem verdade que muitos jogadores talentosissimos acabaram com as próprias carreiras por causa disso. Nao que ele fosse talentosissimo, ams um exemplo de cara que tinha grandes expectativas mas tinha uma work ethic pífia era o Jamarcus Russell.

Ja ouviram falar em Ryan Leaf? Em 1998, tinham dois Quarterbacks saindo do College com excelentes antecedentes em campo e os times da NFL estavam loucos pra botar as mãos neles. Ryan Leaf era um deles. O outro se chamava Peyton Manning. A primeira escolha do Draft era do Colts, e a segunda do Chargers. Era uma daquelas discussoes de quem voce pega primeiro e quem voce pega segundo, porque todo mundo sabia que as duas primeiras picks seriam esses dois jogadores. A imprensa falava mais em Ryan Leaf como sendo o primeiro, e Manning como o segundo, mas o Colts não estava decidido. Assim, ligou para os dois e fez uma unica pergunta: Se voce for escolhido em primeiro no Draft, o que voce iria fazer? Manning respondeu : "Eu sairia com minha familia para um jantar para celebrar e depois eu voltaria pra casa pra começar a estudar o playbook do time". E Leaf: "Eu chamaria meus amigos e faria uma enorme festa, viraria a madrugada". O Colts, então, escolheu Peyton Manning em primeiro, e o Chargers Ryan Leaf. Leaf jogou apenas quatro anos na Liga e somou 14 touchdowns e 36 interceptações, e é até hoje o maior Draft Bust da história da NFL. E isso porque, segundo dizem, ele nao ia nos treinos, se atrasava, nao dava duro, nao estudava... Ou seja, uma work ethic de dar nojo. Ja seu colega que deu certo até demais porque, entre outros motivos, é um viciado em estudar e treina como se nao houvesse amanha, e por isso ele é um dos maiores de todos os tempos.

- Mais uma reunião entre a NFL e a NFLPA, a associação dos jogadores. E dessa vez, as noticias são animadoras: Parece que foi a melhor reunião até o momento e que um acordo está mais próximo. Isso reduz consideralmvente as chances de termos uma greve no ano que vem, e é possivel que até o fim do contrato atual entre a NFL e a NFLPA teremos um acordo.



- Pros fãs de música, vale a pena informar que o Show do intervalo do Super Bowl XLV será do Black Eyes Peas. PRa quem nao se recorda, todo intervalo de Super Bowl tem um show de alguma banda ou cantor famoso, e é um grande evento. Ano passado tivemos o The Who, no ano anterior a esse tivemos Bruce Springsteen. Nos Super Bowls XXXIX e XL, por exemplo, tivemos Paul McCartney e Rolling Stones.


Blake Griffin quer que VOCE vote nele no All-Star Game

- Eu demorei, mas nao da deixar de falar do Blake Griffin. O duelo dele com o John Wall pra calouro do ano está espetacular, e cada um é um show à parte, mas é impossivel nao ficar de queixo caido com as enterradas desse cara. O Griffin tem jogado muito bem, deu um show de 44 pontos, 15 rebotes e 7 assistencias contra o Knicks, e depois meteu dois jogos com cerca de 25 pontos e 15 rebotes. O calouro é um monstro e as enterradas dele chamam a atenção, por exemplo essa ontem contra o Kings, e definitivamente vale a pena ver as enterradas dele contra o Knicks no video abaixo, são brilhantes e duas delas, sem o menor respeito pelo Timofey Mozgov ou pelo Danilo Gallinari, estão no top 5 do ano facil.


- Tres noticias sobre lesões, duas boas e uma ruim. A primeira é que depois de perder tres jogos por lesão, o John Wall voltou a jogar pelo Wizards. Um jogo ótimo e um mais discreto ontem, mas ainda assim é excelente ver o Wall jogando de volta. O segundo é que o David Lee finalmente vai voltar a jogar pelo Warriors depois da operação no braço. O Warriors perdeu cinco dos seis jogos sem ele e são um time completamente diferente quando ele está fora, nao reboteia e nem defende o garrafão. Eu falei um tempo atrás da importancia do David Lee pro time, e esses jogos que ele perdeu só me deixaram mais convencido. E por fim, numa noite em que o Boston viu o Shaq voltar a jogar como nos velhos tempos (Tudo bem, exagerei, mas 25-11 são numeros que ele colocava diariamente no Lakers ou no Magic e deu gosto de ver), o Delonte West quebrou o pulso numa bandeja, ao cair no chão. Uma pena porque o West, depois de cumprir suspensão da NBA por carregar um arsenal digno do Complexo do Alemão enquanto andava de moto, estav jogando muito bem e sem o Rajon Rondo, machucado, ele quem substituia o Nate Robinson com problemas de falta. Alem disso, mais importante, é que o West, que sofre a anos de depressão e vivia se metendo em problemas fora de quadra, estava com a vida pessoal bem mais calma. Vamos ver como vai ficar depois de tres meses parado...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Metendo a espora


Se o Duncan aceitar o hi-five, o Manu cai no chão e pede falta


No começo da temporada, comprei todo feliz o ótimo League Pass da NBA.com. A definição é excelente, a conexão muito boa, e tirando um certo delay em relação ao original é impecavel. Alem disso, nunca tive paciencia de ficar caçando na internet aqueles streams que sempre caiam, e portanto o League Pass é um grande alivio. Tambem não sai caro, tava em promoção, e ainda vou ter os playoffs completos sem esse maldito horario de verão, vai Brasil!! Mas em todo caso, eu ando me divertindo com esse negocio, assistindo jogos de varios times, claro que do meu Boston principalmente, mas as vezes eu acabo priorizando os melhores jogos OU os jogos dos times mais divertidos de assistir. E com o tempo voce acaba tendo times preferidos pra assistir. Golden State é um time muito divertido, por exemplo. O Thunder tambem. Até o Detroit Pistons é, as vezes. Mas por incrivel que pareça, um dos meus times preferidos de assistir no League Pass tem sido o San Antonio Spurs.

Pra quem nao pegou a época, o Spurs era um time conhecido como uma potência defensiva (E realmente o era!) e tambem um time bem chato de assistir. Antes da NBA mudar as regras que facilitaram em muito a marcação de faltas no garrafão, o Spurs e o Pistons disputavam o posto de defesa mais pentelha da NBA. Quando os dois se enfrentaram na final de 2005, foi um festival de placares baixos, varios jogos com ambos os times abaixo dos 80 pontos (e uma cesta no ultimo segundo do Robert Horry, CLARO). Era um time que tinha como base defensiva o eternamente odiado Bruce Bowen (Nao conhece? Deveria, nao odiar o Bowen é um desperdicio), que apesar de tudo era um excelente (E extremamente sujo) marcador individual, e o Tim Duncan, que é um dos jogadores mais completos que eu ja vi jogar e ótimo defensor. Alem disso, era uma defesa extremamente eficiente montada pelo doente do Greg Popovich. Do outro lado da quadra, era um ataque extremamente disciplinado, milimetricamente montado, alem de muito lento e cadenciado. Alem disso, o Tim Duncan, astro do time, não é o jogador mais carismatico nem explosivo que voce ja viu jogar, até porque cresceu sendo comparado ao Kevin Garnett, que era super intenso, carismatico e com um estilo de jogo fisico e explosivo. Duncan sempre foi muito técnico e habilidoso, o que é ótimo, mas as vezes não atrai tanta atenção. Ou seja, o Spurs tem um timaço ha mais de 10 anos, mas nunca foram times divertidos ou empolgantes de se ver jogar.

Mas agora, pra minha enorme surpresa, o time está muito diferente. Pra começar, o time não está ganhando jogos na defesa, ele os está ganhando no ataque! O Spurs tem o segundo melhor ataque da NBA atrás só do Lakers, são 107.6 pontos por jogo. O Spurs começou a jogar no ataque com mais (UM POUCO, mas ja é alguma coisa) liberdade e ao invés daquele ataque chato e controlado de antes. Alem disso, o principal jogador do ataque não é mais o Tim Duncan (ou pelo menos não vai ser na temporada regular) e sua regularidade, dominio completo dos fundamentos e téncica. Agora quem está liderando o ataque são Tony Parker e Manu Ginobili, jogadores explosivos, que atacam a cesta e fazem jogadas que fazem a gente vibrar - não o ataque só eficiente de outrora, e sim um ataque empolgante! Agora que esses jogadores tem mais liberdade pra jogar, o time está muito mais divertido de acompanhar. Talvez até porque eu acabo torcendo pra ver o Tiago Splitter se dando bem la tambem, mas cada vez mais eu vejo jogos do time e cada vez mais eu quero ver jogos do time. Alem do ataque forte, sempre é divertido acompanhar jogadores que individualmente são interessantes. Vi muitos jogos do Jazz só pra ver o Deron Williams jogar, por exemplo. O mesmo com o Bulls do Derrick Rose. E o Spurs tem um dos meus jogadores preferidos no Manu Ginobili, um dos melhores infiltradores da Liga em Tony Parker, e tambem Richard Jefferson, que tem jogado muito melhor essa temporada. O San Antonio tambem tem chutado bastante de tres pontos essa temporada (Ponto fraco na temporada passada) e é o time que mais acerta bolas de tres, com um aproveitamento de 0.444%. Ironicamente em segundo vem o Los Angeles Lakers, outro time que tambem teve problema nas bolas de tres temporada passada.

E a questão é, está funcionando! Mudou o estilo, o foco (ou pelo menos o ponto forte) tem sido outro, mas tem dados resultados! Depois de treze partidas, o Spurs tem o melhor record da Liga com 12-1. Se voces lembram bem, ano passado eles estavam 7-6 depois de treze jogos. O que tambem é bom, considerando que o Manu Ginobili começou o ano machucado, mas 12-1 é de outro mundo. É o melhor começo da história da franquia e o time está numa sequencia de 11 vitórias consecutivas. E ainda que o time tenha enfrentado muitos times fracos (2x o Clippers, por exemplo) tambem venceu Jazz, Thunder, Bulls e Magic com propriedade, portanto não é como o Hawks, que começou 6-0 tendo só vencido restolhos e agora ta apanhando dos times fortes.

Porque o Spurs está dando certo agora? Bom, de certa forma, é um atraso. Quando o Spurs trouxe Richard Jefferson e Antonio McDyess ano passado, muita gente achou que era hora do Spurs voltar a ganhar um título. Mas Jefferson não se adaptou ao time, McDyess justificou o apelido de 'Cone',o time não conseguiu ficar saudavel e parecia que ia ser um fiasco. Mas o time foi pros playoffs, achou em George Hill um bom marcador individual que chuta de tres, em Dejuan Blair um bom reboteiro, ganhou do Dallas... E tomou uma surra do Suns. A maior vantagem do time talvez tenha sido achar duas peças que faltavam pro time: Um marcador individual capaz de chutar de tres (Uma versão baixa e menos suja do Bowen) e um jogador de garrafão pra fazer companhia ao Duncan. Pra essa temporada, o time finalmente trouxe o Splitter da Europa, draftou James Anderson e trouxe o calouro Gary Neal. Ou seja, o time se encheu de peças diferentes com as caracteristicas que precisava: Um bom marcador, um chutador de tres e outro jogador de garrafão - um confiavel, pelo menos na teoria.

Mas eu confesso que, no inicio da temporada, eu estava um pouco cético com o Spurs. Tony Parker teve uma offseason meio turbulenta, com rumores de troca de todos os lados, alem de ter passado as ferias se recuperando de uma lesão. Tim Duncan e Ginobili estavam, claro, um ano mais velho. E eu não tinha muitas razões pra acreditar que o Richard Jefferson iria melhorar muito da temporada passada. A temporada começou e o Spurs começou 1-1 depois de perder do Hornets. Mesmo algumas vitórias subsequentes contra times fracos (Clippers, Suns, Bobcats) não serviu pra aliviar muito essa desconfiança. Tiago Splitter estava fora com uma lesão desde a pré temporada. Tim Duncan não vinha jogando bem, e está tendo sua pior temporada em termos de pontos e rebotes (13.8 ppg, 9.2 rpg), alem de tar vendo cada vez menos minutos (29.1 por jogo). A idade e algumas lesões tem pesado e eu achava até normal que o Greg Popovich quisesse poupar seu principal jogador - apesar de velho ele ainda é o melhor PF de todos os tempos - para os playoffs. E apesar de tar jogando menos, ele estava sendo menos eficiente que de costume dentro de quadra. Como o Popovich, mesmo tendo reduzido um pouco seus minutos, não poupa ninguem, o Duncan continuava entrando e jogando. Mas eu via o Duncan incapaz de pontuar, como se ele não fosse mais um fator importante dentro de quadra. Me passou pela cabeça, nao só uma vez, se isso era a idade ou se era o próprio Duncan se poupando um pouco. Parker e Ginobili, por outro lado, estavam jogando muito bem. Acho que foi uma combinação desses fatores, inclusive o Splitter estar no time, que me levou a ver mais jogos do Spurs.

E eu vejo o time engrenando cada vez mais, e isso seu deu por diversos fatores. Primeiro, ajuda que Richard Jefferson está jogando seu melhor basquete desde que chegou ao time. Sua média de pontos está só 3 pontos por jogo maior que ano passado, mas seu aproveitamento está bem maior, principalmetne nas bolas de tres (de 31% para 46%) e seu numero de turnovers diminuiu. Ele nao precisa ter as bolas nas mãos pra pontuar, mas ele está fazendo quando o time precisa, ele tira um pouco da pressão dos outros jogadores - e sua mira está bem calibrada depois de passar todas as ferias treinando com Popovich. Por falar em mira calibrada, o calouro Gary Neal e o veterano Matt Bonner estão chutando muito bem de longe. Neal tem media de 5.6 pontos por jogo e tem chutado 43% de longe. E o Bonner? 9.1 pontos por jogo e absurdos 69% em bolas de tres pontos!! Se ano passado o Spurs sentiu falta dessas bolas longas, agora está acertando muitas dessas bolas, até porque tem criado espaços do lado de dentro. O calouro Anderson, antes de machucar, tambem estava chutando seus 50% de tres em 7ppg. Por falar em bolas de três, Tony Parker acertou as duas que tentou e Manu tem 39,5% de longe. Ou seja, o negocio realmente está jogando a favor do Spurs agora, e não contra, como foi o caso dos playoffs do ano passado. Ataque que marca muitos pontos, contra ataques, e muitas bolas de tres pontos. Alguem alem de mim acha que o Spurs aprendeu algumas coisinhas com o Suns na temporada passada??
Mas talvez o mais importante seja o trio Duncan-Manu-Parker. Falei ali em cima do Duncan, mas quanto mais eu via os jogos, mais eu chegava a duas conclusões: A primeira é que eu estava muito mais certo quando pensava nele se poupando. E a segunda é que ele realmente demorou um pouco, mas agora está entrando mais no jogo do seu time, só ver que tem produzido mais a cada jogo que passa. Ele sabe quando tem que entrar no jogo - só ver a aula que ele deu no Dwight Howard essa semana - e quando pode se limitar em quadra, quando pode deixar seu time tomar conta da partida e fazer só a função de um role player. O Duncan sempre foi a cara do Spurs - Discreto, mas muito eficiente. Aquele que faz tudo certo, tudo pra melhorar as chances do time, mas nao chama a atenção. Por exemplo o Spurs, que sem nenhum auê extendeu o contrato do Ginobili nas férias, e depois de tantos rumores de troca, calmamente, sem alarde, assinou uma extensão de cinco anos com o Tony Parker. Ninguem prestou atenção, não foi noticia, mas o Spurs ta fazendo o certo pra garantir a chance de um título esse ano - e até mais, dependendo do fôlego dos velhos Manu (que ta jogando como se tivesse 25) e Duncan. E o Duncan é aquele cara que um dia voce vai ver e está com 18 pontos e 10 rebotes - números bons, mas não espetaculares. Mas quando voce vai ver o jogo, o Duncan é aquele cara que atrai a marcação, que deixa os companheiros livres, que num passe da cabeça do garrafão desmonta a defesa adversária, que da a assistencia pra assistencia - em outras palavras, eficiente. No Hockey, se voce tem a seguinte situação de contra ataque: um jogador está com o disco avançando pelo meio da quadra. Dois companheiros de time o acompanham, um pela direita e um pela esquerda. O do meio toca o disco pro da direita, mas pra enganar o goleiro, esse jogador toca o disco pro outro jogador, da esquerda, e ele faz o gol. O gol vai para o jogador da esquerda, e a assistencia? Pros dois outros jogadores, uma pra cada. Se a assistencia no basquete fosse contada da mesma forma, o Duncan com certeza teria uma media muito maior de assistencias. É só um exemplo, pra mostrar o papel dele em quadra, though.

Eu sempre gostei muito tambem do Tony Parker, acho ele um ótimo armador, muito divertido de assistir, mas ele nunca se destacou por dar assistencias. O esquema de jogo do Spurs muitas vezes fazia o Parker infiltrar, a defesa fechava nele, ele tocava pro Duncan, que com sua visão de jogo e ótimo passe achava o Bowen livre na zona morte e pronto - tres pontos. Ou seja, o Parker era muito importante pro time, mas ele armava a bola num time que sempre ia girar ela mais um pouco, e assim ele ficava com menos assistencias. Até, tambem, por ser um ótimo finalizador na infiltração. A melhor marca de sua carreira em uma temporada foi na de 2004-2005, de 6.1 por jogo. Nessa temporada, ele ta com 7.8 por jogo. Pois é, acho que o Popovich se tocou, depois da temporada passada, que ficar com o mesmo esquema de jogo que ele usava antes rigidamente não ia funcionar. Agora podemos ver o Parker fazer o papel de armador puro algumas vezes - dribla o seu marcador, entra no garrafão e toca pra alguem que ficou livre finalizar. Sem mais rotações, direto assim. Pra quem viu o jogo contra o Cavs, que o Splitter teve 18 pontos, a grande maioria veio nessas jogadas: Parker infiltra, atrai a marcação, toca pro Splitter finalizar. Dois pontos, uma assistencia. O que, pra mim, torna o Parker mais util ainda. Se ele dribla o marcador e a defesa não fecha nele, ele tem mais do que competencia suficiente pra finalizar - com uma bandeija, um arremesso de meia distancia ou o seu classico tear drop. Se a defesa fecha, ele pode passar pra alguem proximo finalizar. Assim, está com media de 19.7 ppg e 7.8 apg.

E pra finalizar esses dois jogadores, temos o meu preferido (apesar de argentino), Manu Ginobili. Ginobili é, desde a temporada 2006, o sexto homem do time. O Popovich botou ele de sexto homem durante os playoffs de 2005 pra botar o Brent Barry de SG pra chutar de tres, e deu muito certo, o Barry acertaria até bola de boliche, e o Manu destruiu vindo do banco. Desde então, ele tradicionalmente vem do banco nos jogos do Spurs. Mas esse ano, não só está de titular como está tendo o maior numero de minutos por jogo (O Manu teve um estilo de jogo bem agressivo, entao deixa-lo no banco no começo tambem era uma forma de poupá-lo de maiores contusoes) de sua carreira, e está correspondendo como era esperado depois do final de ano de MVP que ele teve ano passado - Maior media da carreira em pontos e steals, e segunda maior da carreira em assistencias (perdendo por 0.1 pro ano passado). O Manu está infiltrando, chutando 39.5% de tres pontos (isso porque ele geralmente chuta marcado) alem de ser o terceiro jogador que mais fez cestas de tres na temporada, e ta sendo o principal jogador desse time. É ele quem tem a bola nas mãos nos finais de jogos e é ele que vai pra cima quando o time precisa mais de uma cesta. Ele ta sendo o líder do melhor time da NBA - não da pra exigir mais nada dele.

Daqui pra frente, por mais assustador que seja, se conseguir ficar longe de lesões o Spurs deve melhorar ainda mais. Duncan está pegando seu ritmo, e o time ainda tem James Anderson pra voltar de lesão. Alem disso, Splitter, que perdeu a pré temporada e varios jogos até aqui, ainda está pra ganhar mais tempo em quadra. Ele tem jogado alguns jogos, fica outros de fora, e ainda não entrou na rotação. O Manu até disse pra ele depois de um jogo pra nao esquentar, que o Popovich era assim mesmo, que um dia ele ia jogar 25 minutos e no outro nao ia nem entrar. O Splitter não vai ter vida facil, ele tem concorrencia de Matt Bonner, Dejuan Blair e Antonio McDyess no garrafão, alem do Duncan. Vai ser dificil pra ele conseguir bons minutos nessa rotação mesmo com o Duncan sendo poupado um pouco mais pro final da temporada. Mas eu acho que o Splitter deve ganhar mais e mais minutos com o tempo, conforme vai se ajustando ao esquema tático rigido (ta MENOS rigido, o que nao quer dizer que não seja rigido!) e complicado do Popovich e recuperando a forma fisica. Eu acho que o Popovich vai querer dar cada vez mais tempo de jogo ao Spliter até os playoffs pra ele pegar na raça o estilo de jogo mais trombado da NBA. Um amigo meu disse que o Splitter faz faltas demais, mas se ele nao for jogando pra aprender a defender mais eficientemente ele não vai aprender nunca. O Splitter tem experiencia na Europa, foi MVP lá, e eu acho que ele vai ser muito util pro Spurs até por outro motivo: Ele é o jogador do elenco do Spurs que melhor renderia ao lado do Duncan. O Duncan é um ótimo pivô, deu um banho no Howard (Que sempre sofre com jogadores técnicos), mas eu acho que ele rende mais de ala de força, jogando fora do garrafão. Nao que ele NAO POSSA jogar no garrafão, mas eu acho melhor deixar ele pegar a bola do lado de fora e decidir o que fazer com ela - passar, infiltrar ou usar seu arremesso mortal usando a tabela. Ele tem um recurso muito grande no ataque e voce explora eles melhor deixando o Duncan epgar a bola proxima da cesta. E pro Duncan jogar de PF, a melhor solução é deixar o Splitter no garrafão de pivô. O McDyess é ala de força tambem, daqueles que chutam de meia distancia. O Dejuan Blair fica no garrafão e pega muito rebote ofensivo, mas ele é bem mais baixo e talvez o Popovich prefira uma dupla mais alta nos playoffs. E o Bonner ta jogando muito bem, mas ele nao fica no garrafão, ele fica chutando de tres do perimetro. Por isso eu aposto que, com os playoffs em vista, o Popovich vai querer desenvolver o Splitter o maximo que ele conseguir agora, e portando ele deve começar a jogar mais e mais. E se o Splitter se encaixar direito nesse elenco, sai de baixo, porque vai ser muito dificil ganhar deles nos playoffs. Nao que ninguem tenha condições, varios times tem, mas é um candidato ao título. Vamos ver só se o Spurs consegue ficar livre de lesões, volta e meia um jogador importante la se machuca, o que pode estragar bastante o plano de jogo deles.
E se voce ainda não tiver convencido, saiba que o San Antonio Spurs tem quatro títulos em sua história. Eles foram nas temporadas 1999, 2003, 2005 e 2007, todos anos ímpares. Nessa temporada de 2011, o Spurs começou 12-1. Como diria a ótima propaganda da Topper... Coincidencia? Não... Não

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Resumo da semana 11 da NFL

O Celo disse que ia postar ontem e se não pudesse ia me avisar que eu postava. Bom, ele não postou e tambem não avisou, e portanto ficamos sem post ontem (Daqui a pouco todo mundo vai achar que o Celo não existe e ele é só a minha desculpa pra quando tou com preguiça de postar). Hoje vou postar logo o resumo todo da rodada, mais resumido que de costume, pra nao empacar o que a gente tem por postar no resto da semana. Então vamos começar com a programação normal.
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"A verdadeira temporada da NFL começa após o dia de ação de graças".
Essa frase ficou famosa ao ser dita por Bill Belichick sobre as rodadas finais da NFL. E ela está bastante correta, o que vai definir os playoffs e tudo mais é o que vai acontecer a partir de agora. Claro, o Dallas se ferrou pelo que aconteceu antes disso, mas é uma excessão e não a regra. A partir de agora, cada partida vale muito mais, e geralmente temos mais confrontos dentro da divisão mais pro final da temporada, e portanto partidas que valem mais. É agora que o bicho vai pegar de verdade e as proximas rodadas da NFL vão ser imperdiveis. Lembrando que ja falei sobre o jogo de quinta a noite no Cinco Jardas da semana passada.


Grandes chances dele ir parar em Carolina, entao é bom ir acostumando

Baltimore Ravens 37 vs 13 Carolina Panthers
Para quem não sabe, o cara da foto é o Jake Locker, QB da Universidade de Washington e que é cotado como o melhor QB desse ano. Porque ele ta ilustrando esse jogo? Bom, um grande QB geralmente é escolhido no começo do Draft. O Panthers é o time com pior campanha da NFL e eu duvido que ganhe mais algum jogo. O time  não tem QB no elenco. Somou tudo? Que ótimo, então digam oi pro Jake Locker.

Foi um massacre, o Ravens é um time infinitamente superior ao Panthers, e a coisa mais interessante nesse jogo foram as marcas alcançadas por jogadores do Ravens. Primeiro, Derrick Mason se tornou o 13º jogador da história da NFL a alcançar 900 recepções. Depois, retornando uma interceptação, Ed Reed se tornou o terceiro jogador da história da NFL com mais jardas retornando interceptações (Poderia ter somado mais se nao fosse um engraçadinho que jogou a bola pro lado pro cornerback do time fazer o TD). E por fim Ray Lewis, com sua interceptação, se tornou apenas o segundo (Rodney Harrison) jogador da história da NFL com 30 ou mais sacks e 30 ou mais interceptações (30 Ints, 38.5 sacks). Jogos contra o Panthers são ótimos pra essas coisas, não?



Galera combinando aquele barzinho esperto pra festejar

Buffallo Bills 49 vs 31 Cincinnati Bengals 
Esse foi o jogo mais bizarro do dia. Ponto.No intervalo, tinhamos 31 a 14 para o Bengals. Ryan Fitzpatrick, do Bills, tinha 2 interceptações e só 1 TD. Cedric Benson, Terrell Owens e Chad Ochocinco tinham um touchdown cada. E tinha tudo pra ser um massacre histórico em cima do pobre Bills. Ai no segundo tempo... O Bills ganha de 35 a 0 com tres touchdowns do Fitzpatrick e mais um do Fred Jackson, que alem dos dois TDs ainda correu pra 116 jardas. Steve Johnson, WR do Bills, teve 137 jardas e 3 TDs. E o Bengals toma uma virada história pro Bills. Mas que porcaria, o que diabos isso significa?? Significa que o Bengals está uma droga alem da imaginação pra um time que foi 6-0 na divisão temporada passada, chegou aos playoffs e que só se reforçou na offseason. E o Bills conseguiu escapar da primeira escolha do Draft. Parabens?


"Então... O Jon Kitna é melhor que voce..."

Detroit Lions 19 vs 35 Dallas Cowboys
Com Wade Phillips, o Dallas foi 1-7 na temporada. Com Jason Garrett, o time está 2-0. Meu Deus, Garrett é um gênio? Não, mas o Dallas realmente está diferente mesmo sem Tony Romo. Quer dizer que o Jon Kitna vai ser o QB titular do Cowboys? Claro que só enquanto o Romo tiver machucado. Mas é fato que a postura em campo do time é outra, e o time está jogando com muito mais vontade e garra e ajudou ter enfrentado o Lions sem Matthew Stafford. Jon Kitna teve seus tres touchdowns (Miles Austin e Dez Bryant combinaram pra só 15 jardas, mas tambem 3 touchdowns) e o ataque terrestre do Lions mal chegou nas 70 jardas, foi muito fraco. O adversário era fraco, verdade, mas o Dallas está pelo menos ganhando. Será que ainda da tempo de tentar os playoffs? Eu duvido, mas quem sabe... A temporada ta doida mesmo.


Uma foto do ataque todo dos Browns

Cleveland Browns 20 vs 24 Jacksonville Jaguars
E ai, voces sabem quem é o líder da AFC South? Colts? Titans? Texans? Nada disso, o líder da divisão é o Jacksonville Jaguars. Eu falei nos previews da temporada que o Jaguars é aquele time que ninguem liga, ninguem da importancia, mas que quando voce vai ver ta la em cima. E dessa vez se David Garrard teve mais interceptações que TDs (3 x 2) quem levou o time nas costas foi o baixinho Maurice Jones-Drew. 133 jardas terrestres, 87 aéreas, e 1 TD, sendo ele o da vitória.

E olha, o Browns está virando um dos times mais divertidos de se assistir. Mas tambem é um dos mais aflitivos. O ataque só tem DOIS MALDITOS caras, o Colt McCoy e o Peyton Hillis. É incrivel. Quando é pra correr, é bola no Hillis ou um bootleg do McCoy. Quando é pra passar, o McCoy não tem nenhum alvo que preste então ele tem que passar pro... Hillis!! Sério, é angustiante ver o McCoy olhando e nao ver ninguem livre, correr pro lado pra fugir da pressão (A linha ofensiva pelo menos é boa) e ai ter que jogar pro Hillis. Hillis terminou com 95 jardas terrestres e foi o único alvo sério do McCoy, ainda mais com Joshua Cribbs machucado. Uma pena, porque esses dois tem muito futuro mas jogam sozinhos.


Beanie Wells está com medinho do Fitzgerald, mas está sendo protegido pelo Safety

Arizona Cardinals 13 vs 31 Kansas City Chiefs
Se tivesse um prêmio na NFL pro jogador que mais evoluiu ao longo da temporada, eu taria me coçando pra votar no Matt Cassell. Se no começo o Cassell e o jogo aéreo era o fraco de um time com uma boa defesa e um excelente jogo terrestre, agora ele está jogando muito bem, evitando turnovers e fazendo seus touchdowns. Claro que um jogo terrestre forte abre o ar, mas o Cassell está elevando seu jogo na hora certa e agora eu vejo o Chiefs com chances reais de irem pros playoffs. Ajudou tambem o ataque terrestre do Chiefs combinar pra 160 jardas e 2 TDs. Dessa vez o Derek Anderson até não jogou mal, evitou interceptações, mas o time do Cardinals é muito fraco e o jogo terrestre está muito inconsistente. Cardinals nao merece as tres vitórias que tem, e o Kansas realmente parece um time de playoffs. Ou pelo menos pra chegar neles.


- "Brad Childress, voce está demitido!"
- "É, fedeu"

Green Bay Packers 31 vs 3 Minnesota Vikings
A verdade é que não tem nenhuma surpresa aqui. Nem no resultado da partida e nem no que aconteceu depois. Brett Favre jogou mal, Aaron Rodgers destruiu (301 jardas, 4 TDs), Greg Jennings foi monstruoso (152 jardas e 3 TDs) e o Packers fez mais duas vitimas: O Vikings, e o técnico Brad Childress. Não vou entrar no mérito da partida, até porque a história foi exatamente essa. A questão é que Brad Childress foi demitido após essa linda surra que levou do Packers, a mesma coisa que aconteceu com o Wade Phillips duas semanas atrás em Dallas.

Eu nunca gostei muito do Childress, ele não é horroroso mas tambem acho que ele as vezes não tem jogo de cintura, e se ano passado ele ficou famoso por ir buscar Favre no aeroporto, assinar com ele um contrato e ficar a um Field Goal de ir pro Super Bowl, esse ano ele teve problemas com seu QB, com seus WRs e não conseguiu rearrumar o time. Foi bastante controverso na situação de Randy Moss, enfrentava alguma oposição dentro do próprio elenco e achei que não teve competencia pra ajustar efetivamente o esquema tatico do time pra temporada. Tudo bem que o time deu muito azar, Favre nao está bem, Sidney Rice machucou, Percy Harvin está tendo problemas com enxaquecas, e tudo mais. Faltou um pouco de jogo de cintura pra focar no jogo terrestre, deixar Favre trabalhar com passes curtos e fazer aquele mongol do Bernard Berian jogar alguma coisa. Mas ele insistiu no braço do vovô e jogo vertical, que deu tão certo ano passado, mas não deu esse ano. Seu substituto será Leslie Frazier, o coordenador defensivo. A defesa do Vikings é boa, ele fez nisso um bom trabalho, mas não sei se ele seria um bom treinador principal. Mas acho que isso é mais provisório, no final do ano o time deve ir atrás de um técnico novo. Por hora, Frazier ja avisou que Favre continua como titular. Eu não tenho certeza se isso é bom ou ruim, mas tudo bem.

"Se voces me mandaram embora eu vou enfiar essa bola no seu ..."

Houston Texans 27 vs 30 New York Jets
E o Santonio Holmes salvou denovo o Jets nos ultimos segundos de partida. Com 10 segundos, Holmes pegou um passe curto pra touchdown de Mark Sanchez, que decretou a virada e a vitória do Jets em cima do Texans. É a terceira seguida decidida no aperto e essa sorte do Jets não parece ter fim. Mark Sanchez jogou muito bem, principalmente no final da partida, e está sendo importantissimo: A defesa do Jets não é nem de perto a defesa dominante do ano passado e o time está tendo que ganhar mais no ataque que na defesa. O Jets parecia ter o controle da partida no começo do quarto periodo, 23 a 7, mas o Texans passou na frente com 20 pontos consecutivos. No final do jogo, uma campanha perfeita de Sanchez que terminou no TD de Holmes e, pela segunda partida seguida, deu ao Jets uma vitória suada.


Oakland Raiders 3 vs 35 Pittsburgh Steelers
O placar diz tudo, não? Big Ben Roethlisberger jogou demais (4 TDs), Jason Campbell vinha jogando mal quando machucou, o reserva jogou pior, e o Steelers se recupera parando a arrancada do Raiders. Foi um dos jogos mais sem graça da rodada e eu tambem não assisti, e pelo que li e vi dos melhores momentos não teve nada digno de nota, a não ser o baile do Steelers e o soco que o Richard Seymour deu no Big Ben. Foi uma das muquetas mais legais da temporada. Mas só, me recuso a comentar mais alguma coisa desse jogo e nem imagem ele vai ganhar.


Vince Young tenta agredir um companheiro de time com uma joelhada

Washington Redskins 19 vs 16 Tennessee Titans
Nao que ele não seja um encrenqueiro e chato pra cacete, mas as vezes não parece que a culpa é dele. Mas a verdade é que por onde o Randy Moss passa, o time tem problemas. Tudo bem, o problema com o Vince Young é ja antigo, mas agora que o negocio estourou de vez. Pra quem não lembra, na semana passada o Titans tinha Young recuperando de lesão e o Kerry Collins cotado pra ser o titular. Quando foi anunciado que o Collins ia ser mesmo o titular, Vince Young deixou de ir no médico no sabado, o que gerou algum mal estar no time pela falta de dedicação do jogador - Ele tinha a obrigação de se recuperar o quanto antes da lesao pra ajudar o time, e faltar no medico porque nao ia começar jogando mesmo nao ajuda em nada. Acontece que o Collins machucou e o Young teve que entrar. Nesse jogo, o Vince Young até não jogou mal, foram 12/16 passes e 165 jardas, mas o QB sentiu uma lesão e teve que sair pra entrar o QB Rusty Smith. Ja ouviu falar dele? Pois é...

O ataque do Titans foi ineficiente o resto da partida. O time conseguia as jardas, mas não produzia touchdowns. O único TD do Titans na partida foi anotado num retorno de punt do Marc Mariani, o resto tudo de field goals. E o problema do time não parou por ai. Quando saiu de campo, Young jogou seu uniforme e equipamento de proteção pra torcida e saiu sem dar satisfações. Até voltou pra tentar uns passes no banco, mas os passes foram ruins e o técnico Jeff Fisher reclamou que Young nao veio falar com ele sobre sua situação. Após a partida, Michael Griffin, safety e amigo de Young, tentou ir falar com ele, mas ele saiu direto pro carro ignorando as chamadas do amigo e se mandou. Fisher declarou mais tarde que Young precisa de cirurgia e que 'não será mais o QB titular'. Se a unica causa é a lesão ou não, nao deixou claro. Ou pelo menos nao falou explicitamente, porque claro ele deixou sim.

E do outro lado, o Redskins se redimiu da ultima derrota. Donovan McNabb jogou bem e Graham Gano acertou um Field Goal na prorrogação pra ganhar a partida. Não só afasta um pouco a crise como recoloca o time em posição de, de repente, tentar brigar por um Wild Card. A concorrência está um pouco frouxa na NFC.


i'm master chief the saints are coming lololol

Seattle Seahawks 19 vs 34 New Orleans Saints
E o Saints fez seu ponto: Estamos de volta e vamos brigar pelo título. Tudo bem, o time não está impecavel e perfeitamente em sincronia como estava o time ano passado, mas ver Drew Brees passando pra quatro touchdowns e 380 jardas e acertando 10 alvos diferentes foi uma injeção de ânimo pros torcedores. Mesmo sem Reggie Bush e Pierre Thomas, ainda machucados, Chris Ivory jogou muito bem e a defesa controlou totalmente o jogo terrestre do Seahawks, permitindo apenas 58 jardas. Apesar disso, a defesa aérea se mostrou vulneravel e tomou 366 jardas e 1 TD do Matt Hasselback e claramente sentiu a ausencia do Darren Sharper. Mas o time está voltando a ganhar, tem a segunda melhor campanha da NFC (e da NFL) e se pegar o embalo nessas rodadas finais vai chegar bem perigoso nos playoffs. O confronto direto com o Falcons será crucial e, mais importante, sensacional.



"McCoy. Gerald McCoy."

Tampa Bay Buccaneers 21 vs 0 San Francisco 49ers
Fazia 33 anos que o San Francisco 49ers não passava um jogo em casa em branco, mas foi o que aconteceu esse domingo. A defesa do Bucs foi claramente superior ao ataque do Niners e o dominou de todas as formas possiveis, e o ataque do Bucs só fez o que não podia mais ser evitado. As vezes, quando se ve tal dominancia, nos perguntamos: O vencedor jogou muito bem ou o perdedor jogou muito mal? Nesse caso, acho que foi um pouco dos dois. A defesa do Buccaneers jogou muito bem, o calouro Gerald McCoy fez talvez sua melhor partida na temporada e realmente o time teve uma defesa sólida. Mas por outro lado, a linha ofensiva só não ganha o título de pior da NFL atualmente porque existem o Steelers. A linha ofensiva foi desastrosa, permitindo seis sacks e incapaz de abrir qualquer tipo de espaço pro Frank Gore correr ou de dar tempo ao Troy Smith no pocket. A linha ofensiva foi o principal problema do 49ers ano passado com o Tackle Joe Stanley machucado. Esse ano, com dois calouros de primeira rodada, parecia que ia engrenar, mas os calouros não jogaram bem (Normal, costuma demorar mesmo) e nao foram capazes de ajudar, e Stanley machucou denovo na semana passada e a linha ficou sem seu melhor jogador. Foi uma atuação patética da linha e acredito que o técnico Mike Singletary esteja muito proximo de um ataque cardiaco. O ataque do Bucs não foi sensacional, mas foi ajudado por sua defesa: Turnovers, boas posições de campo e MUITO tempo com a posse de bola. Josh Freeman soube controlar o jogo e o assim o Bucs ganhou uma fora de casa. O Niners perde a chance de se aproximar do Seahawks na ponta da divisão e agora ninguem sabe qual Smith começará o proximo jogo.


Uma dancinha maluca pra cada interceptação é a regra em New England

Indianapolis Colts 28 vs 31 New England Patriots
Sempre que os dois melhores QBs da ultima década se enfrentam, é porque vai vir jogo bom pela frente. E pra variar, foi exatamente isso o que aconteceu. Eu falei quando dei meu palpite (Alias, errei varios essa rodada) que o diferencial ia ser se o Patriots conseguisse estabelecer o jogo terrestre, o que tem feito e que eu falei num outro post aqui que é o diferencial dessa temporada. E foi justamente o que aconteceu: O ataque terrestre do Pats combinou para de 170 jardas e 2 TDs e tirou a pressão de Tom Brady, que como sempre acontece quando enfrenta adversarios fortes, foi excelente. Do outro lado, o braço do Peyton Manning foi forçado, e pra variar com maestria. Um grande duelo entre grandes Quarterbacks.

Mas por outro lado, ficou evidente como o Colts está fraco. A defesa jogou muito mal (Merito de um e demerito do outro) e mesmo com Peyton Manning em ótimo dia o time não conseguiu sair com a vitória. O Colts não estabelecue o jogo terrestre e Peyton Manning lançou 52 passes, terceira vez que ele tem mais que 50 em uma partida, e só confiando no braço de Manning voce vai ganhar jogos, mas vai ficar bem dificil ganhar títulos. O Patriots começou a partida destruindo e Brady logo conectou em dois passes pra touchdowns e colocou o Patriots em vantagem. Manning respondeu com um TD, mas uma corrida recolocou a vantagem do Patriots em duas posses de bola. Mas em sua especialidade, o two-minute offense (Ataque de dois minutos) nos instantes finais do primeiro tempo um passe MARAVILHOSO do Manning achou Reggie Wayne no fundo da end zone pra reduzir a diferença. Danny Woodhead, uma grata surpresa pro Patriots, ampliou novamente a vantagem pra 28 a 14, e aumentou com um FG pouco depois. Mas no final da partida, Manning entrou em Berserk. Conduziu duas campanhas rápidas para dois touchdowns e teve a chance de conduzir uma terceira, ja que o Patriots não conseguiu a primeira descida. A campanha estava impecavel e faltando 24 jardas e 40 segundos no relógio - uma eternidade pra Manning - aconteceu o erro fatal: Manning foi interceptado por James Sanders pra selar de vez o destino da partida. A excelente atuação de Manning, 396 jardas e 4 TDs, acabou sendo estragada por conta de tres interceptações, e o calmo e eficiente Brady, que soltou o braço apenas 25 vezes, acertando 19, acabou superando o rival por pouco. Espero uma revanche nos playoffs, porque é promessa de clássico!


"Aaaah, ela ta fugiiiindo!!"

New York Giants 17 vs 27 Philadelphia Eagles
ATé quando Michael Vick não tem um dia de MVP, o Eagles ganha. Até quando Assante Samuel tenta entregar o jogo pro adversario (No Super Bowl XLII ele conseguiu!) o Eagles ganha!! A questão é que, com o ataque super explosivo e com Vick de QB, as pessoas acabam esquecendo que a defesa do Eagles tambem é boa e que Samuel é o líder da NFL em interceptações! Domingo foram duas interceptações em cima de Eli Manning, que teve partida pra esquecer. O começo de jogo foi todo do Eagles, que abriu 16 a 3 no inicio do terceiro periodo com TD terrestre de Vick. Depois, o susto: Ellis Hobbs, o retornador do Eagles, levou uma pancada muito feia no capacete retornando o kickoff e caiu desacordado em campo. Foi constatada uma lesão grave no pescoço do jogador que lhe tirará o resto da temporada e ameaça até sua carreira. O Eagles ficou aparentemente abalado com essa jogada, e o Giants aprovietou pra acordar e virar a partida com dois TDs de Manning. Mas numa 4th pra 1 jarda, após um snap mal feito, a defesa foi seca pra parar a corrida pelo meio de Vick, que simplesmente tocou pro lado pra LeSean McCoy correr 50 jardas pro touchdown. Uma atenção que Vick demanda e vai continuar demandando e que inevitavelmente vai abrir espaços pro McCoy. Com a conversão de dois pontos, a diferença era de 7 pontos.

Foi ai que Eli Manning apareceu. Apareceu mal, claro. Primeiro foi uma interceptação pra Assante Samuel, mas o maluco do Samuel quis correr umas jardinhas a mais e acabou sofrendo um fumble, que foi recuperado pelo ataque do Giants e deu mais uma chance ao time de NY. Mas numa 4 pra 6 jardas, Eli Manning foi o espaço no meio da defesa do Eagles e correu pro first down. Mas ao inves de fazer o Slide (Quando o QB se joga no chao com as pernas na frente, ee que termina ali a jogada) como deveria ter feito, ele deu um mergulho de lado extremamente bizarro e, sem ser tocado por ninguem, acabou soltando a bola, que foi recuperada pela defesa do Eagles!! Tudo bem, o Eli Manning tem tido bons jogos e o Giants tem vindo forte, mas é perdoavel um QB que tenta conduzir uma campanha pra virar a partida tomar um fumble sozinho? Como Manning nao fez o Slide, a jogada só terminaria se alguem encostasse nele no chao, e antes disso ele soltou a bola! Uma jogada patética e que agora coloca o Eagles na frente do Giants na briga pelo titulo da NFC East. No final, Manning ainda foi interceptado denovo.

Da pra ver o ódio e o medo nos olhos do Mike Scifress


Denver Broncos 14 vs 35 San Diego Chargers
233 jardas. Esse foi o MENOR numero de jardas que o Phillip Rivers teve em qualquer jogo essa temporada. A despeito disso, ele teve tambem quatro touchdowns e só uma interceptação pra levar o Chargers a massacrar o rival de divisão. A defesa do Broncos foi completamente neutralizada e as 111 jardas terrestres do Mike Tolbert devem ter sido as melhores marcas do time na temporada, um dos piores (Se nao me engano O pior) ataques terrestres da NFL. A defesa tambem apareceu muito bem e, pior de tudo, os ESPECIALISTAS do Chargers jogaram bem!! É sério!! Alem de nao terem um punt bloqueado, numa 4th para 14 jardas o punter Mike Scifres ainda deu uma de engraçadinho e fez um passe lindo de 28 jardas pro Tolbert pra conseguir a primeira descida e impulsionar a campanha do primeiro TD do time! Eu ja tava com dó do Scifres por tanta pancada que ele teve que levar esse ano em punts bloqueados, aquele grupo é pessimo, e parece que o técnico tambem pensa assim e até deixou ele brincar de QB um pouco pra compensar o coitado. Mas o fato é que deu certo e o Chargers está 5-5 e finalmente brigando a sério pelo título da divisão. Se chega forte nos playoffs eu não sei, todo mundo sabe que a função do Chargers na NFL é só derrotar o Colts e mais nada, e eu nao confio nada no jogo terrestre do time, mas pelo menos tem ganho. E ah, tem aqueles especialistas...

domingo, 21 de novembro de 2010

O Ano dos Pitchers


A imagem mais emocionante da temporada da MLB

Em comparação com a NFL e a NBA, as premiações individuais da MLB apresentam duas diferenças importantes. A primeira é que elas são feitas após o fim dos playoffs, ao inves de serem feitas durante a pós temporada. A outra é que existem premiações separadas para as duas Ligas: Uma premiação para a American League e outra pra National League.

Os dois primeiros premios individuais a sairem foram o Gold Gloves e o Silver Sluggers, e eu falei sobre eles nesse post aqui. Agora, foram distribuidos mais tres: Rookie of the Year, Cy Young (Melhor pitcher) e Manager of the Year (Manager, na MLB, é o técnico), e vou aproveitar pra falar mais deles aqui, em especial do Cy Young. Muitas pessoas ligadas à MLB chamaram esse ano de 'Ano dos Pitchers'. E realmente, foi uma alcunha justa. Desde que comecei a acompanhar MLB, acho que nunca vi uma temporada onde os Pitchers tiveram tanto destaque, tanto na temporada regular como nos playoffs. Jogadores como Roy Halladay, Cliff Lee e Felix Hernandez roubaram a cena.

Voces sabem o que é um jogo perfeito? Um jogo perfeito é considerado o feito individual mais dificil do baseball, e é quando um arremessador arremessa as 9 entradas sem ceder NENHUMA base para nenhum jogador. O arremessador simplesmente elimina todos os 27 jogadores (3 por entrada) que pegarem no bastão ao longo do jogo, e nenhum jogador pode pisar na primeira base. Pense nisso, voce nao pode ceder nenhum walk, nenhuma rebatida valida e seu time nao pode cometer nenhum erro. É um feito extremamente dificil e só foi conseguida 20 vezes em toda a história da MLB - 18 vezes na chamada 'história moderna' da MLB, ou seja, desde 1900. Uma versão mais light do jogo perfeito é o chamado no-hitter. O no-hitter é quando um pitcher, em nove entradas, não cede nenhuma rebatida válida. Um jogo perfeito é necessariamente um no-hitter, mas um no-hitter nao necessariamente e´um jogo perfeito: Se algum jogador chega em base através de um walk ou um erro da defesa, nao será mais um jogo perfeito, mas ainda pode ser um no-hitter. Acontece que dessas 20 vezes na história da MLB, DUAS aconteceram nesse ano de 2010, sendo que na verdade foram três, mas um deles acabou não contando por um erro do juiz, que acabou se transformando numa das histórias mais legais da MLB nessa temporada.

O que aconteceu foi o seguinte. No jogo entre Cleveland Indians e Detroit Tigers, o pitcher desconhecido Armando Galarraga estava jogando uma partida excelente e conseguia o seu jogo perfeito. Na nona entrada, com dois eliminados, Galarraga arremessou contra o Short Stop dos Indians, que rebateu na direção do campo direito da defesa e Galarraga conseguiu a eliminação a tempo na primeira base, fechando seu jogo perfeito. No entanto, o juiz responsavel pela primeira base, Jim Joyce, disse que o jogador do Indians estava salvo, pois teria chegado à base antes da bola. Assim, no 27º jogador, o jogo perfeito de Galarraga foi estragado por um erro da arbitragem, porque no replay fica bastante claro que o jogador foi eliminado. Galarraga voltou ao montinho e eliminou o ultimo jogador pra ficar com a vitória. A torcida vaiou intensamente o arbitro e o técnido do Tigers saiu de campo revoltado. No entanto, depois do jogo, Joyce viu o replay da jogada e o que todo mundo reparou: que o jogador havia sido eliminado. Joyce começou a chorar e, assim, deu uma entrevista após o jogo dizendo que ele havia errado na jogada mais importante da sua carreira e que assim tinha custado ao garoto (Galarraga) um jogo perfeito, que seu erro impediu um jogador de entrar pra história. Joyce foi para o vestiário e ficou por la durante muito tempo, mesmo após os outros arbitros terem ido embora.

Galarraga estava com o time voltando para a concentração no ônibus da equipe quando o telefone do técnico tocou. Era Joyce, pedindo que Galarraga fosse se encontrar com ele no vestiário dos arbitros (Nunca vi um jogador entrar no vestiário dos arbitros e nao sei se ja acontecue em toda a história). O técnico levou Galarraga no seu carro e os dois ficaram um bom tempo conversando no vestiário e após muito tempo, ambos sairam, o juiz ainda usando seu uniforme e com o rosto bastante vermelho. Saiu sem falar com a imprensa, mas Galarraga disse que o juiz se desmanchou em desculpas, admitiu seu erro e foi bastante humilde com ele e que ele não o culpava pelo que tinha acontecido e estav afeliz de ter conhecido um homem como ele, para quem o acontecido tinha sido mais duro do que para ele proprio. No dia seguinte, quando os mesmos times se encontraram, Joyce era o juiz do home plate e, antes do jogo, cada técnico vai até o juiz do home plate e entrega a ele uma lista com a ordem de batedores. Mas nesse jogo, quem foi até o home plate entregar ao juiz a lista foi Armando Galarraga. Galarraga entregou a lista para um choroso Joyce e ambos apertaram as mãos, só ver a foto acima. A torcida aplaudiu de pé ambos os envolvidos e o técnico do Tigers disse que toda a organização estava tanto com Galarraga como com Joyce nesse momento dificil. Foi um gesto de muita humildade do juiz, que teve a infelicidade de errar uma jogada como essa mas que, ao contr´rio de muita gente que vemos hoje no esporte, admitiu seu erro, reconheceu a lambança que fez e não quis ficar se explicando. E tambem um gesto de muita classe de Armando Galarraga, do técnico e até da torcida do Tigers, que ao inves de culparem Joyce pelo fim do jogo perfeito reconheceram que aquilo foi um erro que acontece de um ser humano que estava claramente sofrendo com o ocorrido e que teve a humildade de reconhecer seu erro, e que não adiantava ficar se voltando contra ele e ao inves disso o apoiou e perdoou.

Mas esse lance teve uma repercussão que eu nunca tinha visto antes. A MLB é de longe a Liga mais primitiva entre os esportes americanso no que diz respeito ao uso de replays. Se na NBA e na NFL os juizes podem ver replays para mudar chamadas erradas, no baseball ele só pode ser usado para home runs, e nada mais. Portanto, apesar de ter visto seu erro, Joyce nada pode fazer para mudá-lo. E esse lance trouxe à tona essa primitividade do baseball, e a pressão no comissário Bud Selig foi enorme para que ele mudasse a decisão do juiz e desse o jogo perfeito a Galarraga. Um senador norte americano chegou a entrar com uma ação na justiça pra mudar o resultado da jogada. Mas o imbecil do Selig, o pior comissário entre as principais Ligas americanas, nao fez nada, nao aceitou conversar sobre o uso de tecnologia nos jogos, absolutamente nada. Disse que o baseball é um jogo humano e que portanto nao devem usar cameras. Puxa, belo argumento. Só podemos usar cameras no futebol de robôs. O jogo acabou sendo oficialmente um jogo de 1 rebatida e a impresa chamou o jogo de 'O primeiro jogo perfeito de 28 eliminações na história'.

Mas além do jogo quase-perfeito de Galarraga, tivemos mais dois jogos perfeitos: Dallas Braden, cuja mãe morreu de câncer de mama, teve seu jogo perfeito no dia das mães. E Roy Halladay teve seu jogo perfeito 20 dias depois. Alem disso, Halladay e Ubaldo Jimenez tiveram no-hitters, sendo que o de Halladay foi nos playoffs, se tornando apenas o segundo jogador da história a ter um no-hitter nos playoffs. O primeiro foi meio apelão demais, foi Don Larsen que teve um jogo perfeito na World Series de 1956. Portanto, não é a toa que chamaram o ano de 'Ano dos Pitchers'

Mas e ai, quem ganhou o Cy Young desse ano? Bom, na NL, por unanimidade, o vencedor foi o Roy Halladay. Ele se tornou apenas o quinto pitcher da história a ganhar o Cy Young das duas Ligas (Ganhou em 2003 pelo Blue Jays), e apenas o 16º a ganhar mais de uma vez (O ultimo a ganhar multiplos CYs foi Tim Lincecum, em 2008 e 2009). Nao foi nada dificil eleger o Halladay, alem do jogo perfeito ele tambem foi o líder da MLB em vitórias, jogos completos, jogos sem ceder corridas e innings arremessados, alem de ser o segundo na NL em Strikeouts. Halladay recebeu todos os 32 votos pra primeiro lugar no prêmio.

Na AL, a disputa foi bem mais complicada. CC Sabathia, do Yankees, terminou o ano com 21 vitórias (Lider junto com Halladay) e seu time foi o terceiro de melhor campanha de toda a MLB, e David Price terminou com 19 vitórias e seu time com a segunda melhor campanha. No entanto, quem acabou ganhando foi Felix Hernandez, do Seattle Mariners, que teve um record de apenas 13-12 e cujo time terminou 61-101 no ano. E pra mim foi um prêmio justissimo! O pitcher foi o primeiro a ganhar um Cy Young com menos de 15 vitórias, mas nesse caso não foi culpa dele: O time do Mariners desse ano teve o pior ataque da MLB desde a criação da posição de Designated Hitter em 1973!! Não é a toa que Hernandez foi o CY desse ano com 13 vitórias apenas, ele foi excelente, teve o melhor ERA da MLB (2.27), mas o time dele simplesmente não conseguia pontuar pra ajudar ele a ganhar! Hernandez não só teve o melhor ERA da MLB como tambem foi o segundo da AL em Innings arremessados e Strikeouts, e teve atuação individual melhor que qualquer outro pitcher da AL, mas os ataques sensacionais de Rays e Yankees garantiram a Sabathia e Price muito mais vitórias do que o ataque patético do Mariners deu ao Hernandez.

Saindo um pouco dos pitchers, mas ainda neles, temos os Rookies of the Year. Não podemos sair do assunto pitchers porque o Rookie of the Year da AL foi um deles! O fechador do Texas Rangers, Naftali Feliz, venceu o ROY da AL com 20 dos 28 votos possiveis pra primeiro lugar. Feliz virou o closer do Rangers no meio de Abril, e de lá até o fim da temporada ele teve 40 saves, um recorde da MLB para um calouro. Terminou com ERA de 2.73 e foi escolhido até para o All Star Game. E na minha opinião foi merecidissimo, o calouro joga demais, a bola rápida dele é um absurdo, e o braço do garoto é forte pra cacete. Não só isso como ele tambem mostrou muita maturidade e compostura em situações de fim de jogo, o que geralmente é dificil pra um calouro fechador, e não a toa ganhou o apelido de 'Ninth Inning Flamethrower', o Lança Chamas da Nona Entrada, nuima tradução livre e meio tosca.
Do lado da NL, a briga foi mais disputada e não tinha um favorito claro. Isso é, pelo menos até a votação oficial. Assim como seus times disputaram a NLDS, o catcher Buster Posey do San Francisco Giants e Jason Heyward, do Atlanta Braves, disputaram a temporada toda palmo a palmo esse prêmio. Enquanto Heyward jogou a temporada pelo Braves quase desde o começo, com 142 jogos na temporada, Posey subiu ao time apenas no meio da temporada, e jogou apenas 108 partidas. E ambos tiveram números bastante parecidos ao longo da temporada: Posey teve 18 Home Runs, 124 Hits e 67 RBIs (Corridas impulsionadas). Heyward teve 18 HRs, 72 RBIs em 144 hits. Enquanto Heyward, até por ter começado a jogar antes, foi favorito a ganhar o prêmio por boa parte da temporada, um final de temporada alucinante de Posey que levou o Giants de 7,5 jogos atrás do Patres na divisão até os playoffs acabou desequilibrando a balança em seu favor. E apesar do prêmio ser dado apenas pela temporada regular, dificil ignorar que o Giants acabou se tornando o campeão da World Series. Alem disso, apesar de Heyward nao ter tido uma temporada ruim na defesa, a de Posey foi realmente impressionante. É raro um catcher calouro nao ter problemas com o timing e entrosamento com os pitchers, mas em nenhum momento Posey demonstrou alguma dificuldade nisso e atraiu elogios do melhor grupo de pitcher de toda a MLB pelo sue jogo de veterano atrás do home plate. E no final, a disputa foi apertada, mas claramente favoravel ao calouro do Giants: Dos 32 votos possíveis pra primeiro lugar, Posey terminou com 20, e Heyward com 9. Dos votos para segundo lugar, foram 20 para Heyward e 9 para Posey. Ou seja, esses dois realmente roubaram a cena, e no final Posey foi o que marcou mais a ponto de ser eleito o NL ROY, quebrando mais uma seca do Giants. No final, os dois ROYs eram dos dois times que chegaram à World Series.

Por fim, o prêmio de Manager of the Year. Na NL foi a briga mais apertada por qualquer prêmio até aqui, e com a pontuação de 104 (cada votante vota nos tres melhores, em ordem. Voto de primeiro lugar vale cinco pontos, de segundo vale tres, e de terceiro lugar que vale um) Bud Black, Manager do San Diego Padres, levou pra casa o título à frente de Dusty Baker, do Cincinnati Reds, que teve 103 pontos. E foi uma decisão bem dificil mesmo, afinal se Black fez uma ótima temporada levando o Padres a 90 vitórias e chegando pertissimo dos playoffs, o que ninguem esperava, o time do Padres tambem perdeu uma vantagem de 7,5 jogos pro Giants no ultimo mes de temporada e que tirou o time dos playoffs. Ja o Reds teve um ataque infernal, Joey Votto está na briga pra NL MVP, e acabou indo muito longe sem seu principal Pitcher, que voltava de uma delicada cirurgia. Qualquer um dos dois que ganhasse estaria de bom tamanho. Mas se pós temporada contasse... Com certeza o MOY seria Bruce Bochy, do Giants, que ficou em terceiro.

E pra terminar, na AL, tivemos a maior surpresa dessa votação. Ron Gardenhire, do Twins, foi o Manager of the Year. Gardenhire teve um bom ano, levou o Twins aos playoffs com propriedade, Justin Morneau teve uma temporada de MVP não fossem as lesões e Gardenhire sempre foi um grande técnico, apesar de nunca ter ganho esse prêmio, sempre era candidato mas ficava no quase (o famoso rei dos segundos lugares). Arrumou o Bullpen do time, e conseguiu manter o time unido e vencendo mesmo sofrendo lesões em jogadores importantes, que infelizmente não aguentou o tranco de enfrentar o Yankees sem Morneau e foi eliminado da pós temporada numa varrida humilhante. Mas no que dependesse de mim, Gardenhire seria o segundo denovo atrás de Ron Washington. Washington é o Manager do Rangers e ele fez mágica com aquele time. O time era bom, tinha boas peças, mas nao ia pros playoffs ha 11 anos. Washington colocou CJ Wilson de titular (Antes era bullpen), colocou Naftali Feliz de closer (Uma decisão sempre arriscada com um calouro, como disse ali em cima, mas que deu muito certo), arrumou a rotação, fez jogadores como Ian Kisler e Nelson Cruz jogarem muito e com a ajuda da temporada incrivel do Josh Hamilton o time teve um dos melhores ataques da Liga, o lider em rebatidas. Talvez tenha pesado as famas dos técnicos, enquanto Gardenhire é um técnico conhecido por ser bom caráter e simpático, Washington tem uma fama mais manchada (por exemplo admitiu ter usado cocaina durante o All Star Break do ano passado) e os americanos adoram pagar de puritanos nessas horas. Mas ainda que ue ache que o Washington merecia o premio, ele está em boas mãos, é um alivio finalmente ver o Gardenhire ganhando um premio pelo sue trabalho.


Palpites pra NFL

Baltimore @ Carolina
Carolina está sem Matt Moore e Jimmy Clausen e vai jogar o terceiro QB. Ed Reed vai fazer a festa e eu duvido que o Panthers ganhe mais algum jogo até o final do ano se os QBs não voltarem. E talvez mesmo assim.

Buffalo @ Cincinnati
Talvez seja tarde demais pro Bengals, mas pelo menos fica ai a vitória de consolação contra um dos piores times da NFL

Detroit @ Dallas
É tarde demais pro Dallas, mas eles vão mostrar que são um time novo com Jason Garrett e ganhar do Lions sem Matthew Stafford

Cleveland @ Jacksonville
Colt McCoy vai ter um jogo excelente pra parar a escalada do Jaguars rumo aos playoffs

Arizona @ Kansas City
O forte ataque terrestre do Chiefs será demais pra fraca defesa do Cardinals. Nenhuma dificuldade aqui.

Green Bay @ Minnesota
O Packers está baleado, mas vai conseguir escapar com a vitória contra os perdidos Vikings, a não ser que o vovô entre com sangue nos olhos pra vencer seu ex-time.

Houston @ New York Jets
O Jets tem ganho jogos demais na sorte e na incompetencia dos adversários. Matt Schaub e Arian Foster devem jogar e e uma hora a sorte do Jets tem que acabar, e algo me diz que vai ser agora.

Oakland @ Pittsburgh
O Raiders é um dos times mais embalados da NFL e o Steelers parece ter perdido o fôlego, mas com a volta de James Harrison acho que a defesa do Steelers vai ser demais pro Jason Campbell.

Washington @ Tennessee
Washington é outro time que está perdido e tanto Donovan McNabb como Mike Shanahan não parecem saber o que está acontecendo. O Titans vai ganhar sua primeira com Randy Moss.

Seattle @ New Orleans
Algo me diz que o Saints vai vir com força nesse final de temporada, e contra um time do Seahawks que nao sabe jogar fora de casa, é uma boa hora pra embalar. Os RBs do time devem estar de volta e depois de uma semana de descanso a secundária deve estar em melhro forma.

Tampa Bay @ San Francisco
Os Niners estão embalados com Troy Smith e os rivais de divisão devem perder essa rodada. O time está embalado e a chance de se aproximar do topo da divisão vai ser uma motivação extra.

Atlanta @ Saint Louis
Matt Ryan e Roddy White talvez sejam a combinação QB-WR mais mortal da NFL nesse momento, e apesar da grande melhora do Rams eles não tem secundária pra segurá-los. Tambem acho que Sam Bradford terá dificuldades contra a defesa do Falcons.

Indianapolis @ New England
Melhor jogo do dia no papel, os duelos Peyton Manning vs Tom Brady são sempre épicos, e eu nao espero nada menos pra hoje. Manning é muito inteligente e vai saber cansar a defesa jovem do Patriots, mas a defesa do Colts é vulnerável, a linha ofensiva do Patriots jogou muito bem semana passada e acho que o Patriots vai conseguir estabelecer o jogo terrestre pra deixar Manning sentadinho no banco. Brady costuma se inspirar nesses jogos e acho que vai dar show.

New York Giants @ Philadelphia
Valendo a liderança a divisão, acho que o Giants mostrou a sua fragilidade ao tomar uma surra do Cowboys e não vejo o Giants segurando Michael Vick nesse momento, a não ser que Eli Manning desencante mais uma vez.

Denver @ San Diego
Os dois times precisam muito de uma vitória aqui e acho que vai ser um dos jogos com mais jardas aéreas na história da NFL. Mas no final acho que o time mais completo de San Diego deve sair com a vitória.